O RITUAL DE BATER CABEÇA
O Ato de se curvar em reverência a alguém ou a alguma coisa está presente desde os primórdios da história da humanidade. Sabemos através das pinturas em paredes de cavernas que os homens da pré-história já se curvavam perante as forças da natureza como trovões e raios. Esse ato de submissão e reverência foi transmitido através dos tempos a várias sociedades e religiões. Podemos citar algumas como o Islamismo, o Cristianismo católico, o Candomblé e a Umbanda. Na Umbanda, esse ritual é realizado em vários Terreiros pelos Filhos de Fé. Há diferentes expressões desse ritual. Uma pluralidade de ritos e formas Essa enorme variedade é produto da experiência vivida e aprendida do(a) Sacerdote(iza) que dirige o Terreiro e também da orientação dos Guias Chefes. Para aqueles que o praticam, conta a experiência vivida, o estudo realizado e a transmissão oral dos mais velhos. Esse artigo é fruto do debate através da troca de e-mails por um grupo de umbandistas que tem como objetivo discutir e refletir sobre a Umbanda. O grupo é composto por Antônio Carlos Bordin, Cláudio El Jabel, Filipe Aguiar, Felipe Nazario, Igor Sousa, Jairton de Souza, José Roberto Souza Junior, Laércio Adriano, Marc-T, Sandra Maria e Tania Jandira. Nosso objetivo é que esse artigo sirva como base à pesquisa e fomente o pensamento, sem o cunho de ser uma opinião final ou fechada ou consolidar um dogma. Assim como a Umbanda, entendemos que o movimento de ideias e concepções é mutável como o tempo.
Foto: Capa do Livro Candomblé, de José Medeiros.