Viver Bahia - Nº16

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Distribuição

Revista Oficial de Turismo da Bahia

Gratuita Edição Especial 2011 - Ano 5 no 16 - Bahia - Brasil

Edição Especial

Viaje por um mundo chamado Bahia de Terra da diversida apresenta cultural, a Bahia osaico de um verdadeiro m que abrange roteiros turísticos de sol e variadas opções se estende praia do litoral e da Chapada pelas montanhas exótica Diamantina, pela ão, às águas vegetação do Sert e às belas do São Francisco ado, na paisagens do Cerr stado. região Oeste do E Viver Bahia | 1


Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Pelourinho, Centro Hist贸rico de Salvador 2 | Viver Bahia

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Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Campo de Golfe, Praia do Forte 4 | Viver Bahia

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Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Poรงo Azul, Chapada Diamantina 6 | Viver Bahia

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fé e devoção dos baianos Bonfim abrange uma semana inteira de festas e rituais religiosos. A Lavagem da Igreja, realizada na quinta-feira antes do dia do padroeiro, desperta maior interesse e frequência do público do que a própria data do santo, seja pela participação de políticos, presença de turistas ou pelas manifestações de festas que acontecem no trajeto de oito quilômetros do cortejo que sai da Igreja

z Marcelo Miranda

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Foto: Tatiana Azeviche/Setur

O

padroeiro da fé da Bahia, Senhor do Bonfim é celebrado no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis, comemorado no dia 6 de janeiro. Sua origem remete ao catolicismo, mas na Bahia seu culto simboliza todo o sincretismo presente na religiosidade dos baianos, já que é identificado com Oxalá, orixá do candomblé, associado com a criação do mundo e da humanidade. A imagem foi trazida para o Brasil em 1745 para honrar uma promessa feita a Deus pelo capitãomor da marinha portuguesa, Theodózio Rodrigues de Faria, depois que escapou com vida de uma fortíssima tempestade em alto mar. Ele prometeu que, se conseguisse chegar a Salvador sem maiores contratempos, construiria uma igreja em um local alto e de grande visibilidade para que todos que chegassem pela Baía de Todosos-Santos pudessem avistá-la. Seria uma igreja consagrada ao culto do Cristo crucificado, culto este já existente na cidade de Setúbal, em Portugal. Segundo ele, a imagem que fora encontrada na cidade portuguesa precisava ter um “bom fim”. Primeiro, a imagem foi alojada na Igreja da Penha, até a finalização da construção da Igreja do Senhor do Bonfim, em 1754. A celebração ao Senhor do

de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na área do Comércio, e segue até a Colina Sagrada, no bairro do Bonfim. A história da lavagem remete a 1773, quando membros da Irmandade dos Devotos Religiosos ordenavam aos seus escravos que lavassem a igreja para a celebração da festa. Muitos dos escravos, adeptos do candomblé, aproveitavam a ocasião para homenagear Oxalá, orixá-mor da religião, relacionando-o a partir daí com o Senhor do Bonfim. Ao tomar conhecimento do fato, a Arquidiocese da Igreja Católica em Salvador, proibiu a lavagem no interior do santuário, e a manifestação foi então transferida para as escadarias do local, sempre ao som de cantos afros. Em 1923, os poetas Arthur Salles e João Antônio Wanderley compuseram o famoso Hino ao Senhor do Bonfim, em comemoração à Independência da Bahia. Uma das gravações mais executadas da música foi gravada, em 1972, por Caetano Veloso.

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Senhor do Bonfim:

Hino do Senhor do Bonfim Glória a ti neste dia de Glória Glória a ti redentor que há cem anos Nossos pais conduziste à vitória Pelos mares e campos baianos. Dessa sagrada colina Mansão da misericórdia Dai-nos a Graça Divina Dai Justiça e dai Concórdia Glória a ti nessa altura sagrada És o eterno farol, és o guia És, Senhor, sentinela avançada És a guarda imortal da Bahia. Dessa sagrada colina Mansão da Misericórdia Dai-nos a Graça Divina Dai Justiça e dai Concórdia Aos teus pés que nos deste o Direito Aos teus pés que nos deste a Verdade Trata e exulta num férvido preito A alma em festa da nossa cidade. Dessa sagrada colina Mansão da Misericórdia Dai-nos a Graça Divina Dai Justiça e dai Concórdia

Sincretismo: Oxalá Dia da semana: sexta-feira Data: segundo domingo de janeiro Cor: branca Comida: arroz branco e inhame pilado e cozido Ferramenta: Opaxorô Viver Bahia | 11


Foto: Rita Barreto/Setur

Índice

Car ta da Redação Nesta edição especial, a Viver Bahia faz uma viagem pelos quatro cantos da Bahia, aliás, uma viagem por um mundo chamado Bahia. São tantas opções de roteiros turísticos que a grande dificuldade da redação foi selecionar os principais atrativos, uma vez que o número de páginas da revista é limitado. Da área litorânea, com mais de mil quilômetros de belíssimas praias, ao cardápio variado de serras e montanhas, caatinga e cerrado, a Bahia oferece um verdadeiro mar de possibilidades, que agrada a todos os gostos. Um mosaico cultural de festas e religiosidade, regado pela hospitalidade de um povo miscigenado, que adotou a alegria de viver como permanente

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estado de espírito. O passeio que fazemos pelas 13 zonas turísticas, com seus 156 municípios e localidades é um pequeno mostruário da enorme diversidade que se descortina em variadas opções para os nossos visitantes. Sejam eles amantes de praias, praticantes de ecoturismo, esportes e aventuras ou engajados na fé, na pluralidade cultural ou em busca de experiências e vivências. Por tudo isso é que os baianos vivem sempre a repetir o famoso verso de Caymmi que diz: Você já foi a Bahia, nego? Não, então vá, então vá..... Porque a Bahia será sempre muito mais do que se espera. A Redação

Rita Barreto, Tatiana Azeviche, Gabriel Carvalho, Marcelo Krause

Carta do leitor Escreva, mande e-mail com sugestões de pautas, dicas, dúvidas, críticas e sugestões. comunicacao@setur.ba.gov.br

Muito simpática e oportuna a matéria O que é que a baiana tem?, principalmente por conta da polêmica sobre a permanência da baiana do acarajé, símbolo da Bahia, na orla marítima da cidade. Lizandra Assunção Salvador / BA Realmente o verão na Bahia é tudo de bom. Muita festa, ensaios, baladas, sol e mar na medida certa e, principalmente, o jeito baiano de receber o turista. A Viver Bahia antecipou esse sucesso

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e acertou em cheio. Sabrina do Rozario Rio de Janeiro / RJ Excelente a matéria Luz, câmera, ação...! O cinema na Bahia e da Bahia mistura cenários belíssimos, temas sociais pungentes e a genialidade de diretores como o inesquecível Glauber Rocha. Parabéns! Ayrton Bezz Porto Alegre / RS A revista Viver Bahia deu um salto de qualidade. A cada edição fica melhor, mais

completa e mais bonita. Gostosa de ler! Roberta Mattos Salvador / BA

Viver Bahia - Revista Oficial do Turismo da Bahia Ano 5 - número 16 - Edição Especial 2011 Uma publicação da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia Av. Tancredo Neves, Desenbahia, Bloco B, Caminho das Árvores, CEP 41.820-904 Salvador, Bahia, Brasil Assessoria de Comunicação: 55 71 3116-4103 Portal de Internet: www.bahia.com.br Site Institucional: www.turismo.ba.gov.br e-mail: ouvidoria@turismo.ba.gov.br Governo do Estado da Bahia Governador: Jaques Wagner Secretário de Turismo: Domingos Leonelli Chefe de Gabinete: João Carlos Oliveira Superintendente de Investimentos em Polos Turísticos: Clarissa Amaral Superintendente de Serviços Turísticos: Cássia Magalhães Editora responsável: Clarissa Amaral - DRT/ BA 956 - clarissa.amaral@turismo.ba.gov.br Redação: Clarissa Amaral, Gabriel Carvalho, Eduardo Pelosi, Ana Paula Cabral, Acácia Martins, Simone Cabral, Tânia Feitosa, Daniel Meira, Silmara Menezes, Fernanda Freitas, Rita Barreto, Tatiana Souza, Adriana Barbosa e Tereza Torres. Estagiários: Amanda Santana, Camila Tíssia, Caroline Martins, Flora Rodriguez, Henrique Brinco, Juliana do Carmo, Lucas Dantas, Marcelo Miranda, Marco Antonio Cruz, Taísa Silveira, Tayse Argôlo, Tunísia Cores e Tainara Figueiredo Pesquisa: Aline de Souza Silva, Alessandro Felisola, Caio Alfano, Carolina Novais, Daniela Souza, Edfrance Pereira, Fernando Piñeiro, Graziela Moreira, João Lima Neto, Joice Caldas, Lidiana Nobre, Manuela Barreto, Marcel Dantas, Marco Aurélio Galende, Mateus Santos Souza, Moises Alves e Paulo Roberto Araújo Produção: Rhene Jorge e Viviane Santos

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Viagem por um mundo chamado Bahia

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Baía de Todos-os-Santos Nas profundezas de um mar sem fim

34

Costa dos Coqueiros O discreto charme do Litoral Norte

42

Costa do Dendê Roteiros: sol, praia, sabores e história

52

Costa do Cacau Paraíso do chocolate

60

Costa do Descobrimento O Brasil nasceu aqui

68

Costa das Baleias Paraíso ecológico

76

Chapada Diamantina Ecoturismo e muita aventura

88

Caminhos do Jiquiriçá Festas regionais agregadas ao ecoturismo

94

Caminhos do Sertão História e cultura a céu aberto

104

Caminhos do Sudoeste Na rota do café

108

Vale do São Francisco Na rota do vinho

114

Lagos e Cânions do São Francisco Turismo com adrenalina

120

Caminhos do Oeste Para além do Velho Chico

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Calendário Turístico

Fotografias: Arquivo Setur - Bahiatursa Estou retornando de férias e logo senti falta da revista Viver Bahia... Será possível continuar recebendo a revista? Em caso afirmativo, será muito bom e ficaremos todos, clientes internos e externos, muito felizes, por ser uma publicação de ótima qualidade. Jane Luzes Salvador / BA

Revisão: Tânia Feitosa Capa (fotos): Gabriel Carvalho, Marcelo Krause, Rita Barreto e Tatiana Azeviche Editoração Eletrônica: Yoemi e Ko Artes Visuais Fotolito e Impressão: ADAServiços Gráficos Viver Bahia é um título de propriedade da Empresa de Turismo da Bahia S. A. – Bahiatursa, Governo do Estado da Bahia.

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Viagem por um mun do chamado Bahia culturais fazem da Bahia um destino turístico mágico e singular

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

O mosaico de atrativos turísticos e a diversidade de alternativas

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e igrejas seculares ao artesanato típico das cidades do interior, da crença diversificada de seu povo mestiço aos mitos e ritos do folclore local, a Bahia se abre num verdadeiro mosaico de atrativos para quem deseja desvendar toda a sua graça e poesia. Terra dos orixás, patuás e babalorixás e também do culto a Todos-os-Santos, a Bahia reúne em si mesma todos os ritos e mitos. As diversas expressões folclóricas ostentam a riqueza do imaginário popular. Rodas de samba, Puxadas de Mastro, Capoeira, Terno de Reis, Bumba-meu-boi, Afoxé e tantas outras colorem, animam e exibem a fé inabalável do baiano por toda a capital e interior. Um mosaico de festejos e celebrações às crenças de origem africana, indígena e portuguesa, ao 14 | Viver Bahia

tempero singular da baianidade. A Bahia é palco de cenários de rara beleza, onde a natureza reina e agracia os visitantes com todo o seu encanto. Um verdadeiro toque dos deuses no Nordeste brasileiro. De norte a sul e de leste a oeste, das belas praias do litoral às montanhas, ao cerrado e ao sertão, a paisagem transforma a Bahia em um lugar especial, onde natureza e cultura se fundem, proporcionando a nativos e visitantes experiências únicas de viver e conviver. Fruto da miscigenação do índio nativo, do europeu e do africano, o baiano é, por natureza e excelência, hospitaleiro, acolhedor, simpático e festeiro. Essas características singulares, expressas na cultura e na religiosidade, acabam por se constituir em mais uma atratividade turística da terra.

Vale dos Três Irmãos, Chapada Diamantina Viver Bahia | 15


Foto: Rita Barreto/Setur

Foto: João Ramos/Bahiatursa

As várias facetas desta terra oferecem ao visitante um turismo diversificado, com opções para todos os gostos. Por isso, o setor é hoje um importante fator de desenvolvimento, de geração de renda e de divulgação do Estado e do País. Dividida em 13 zonas que reúnem 156 municípios e localidades turísticas, a Bahia oferece um sem-número de opções para todos os gostos. Nesta edição, fazemos uma viagem de imersão pelo mundo mágico e fantástico

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Farol da Barra destaca com imponência o início da Baía de Todos-os-Santos

chamado Bahia que se caracteriza por um estado de espírito único: o jeito baiano de ser e de viver. Desde a capital, Salvador, ao interior, a Bahia apresenta um enorme mosaico de atrativos para todos os gostos e idades, abrangendo 15 segmentos, desde o Sol & Mar, Cultural, de Negócios ao Ecoturismo, Enoturismo, Turismo de Aventura, Náutico, Rural, Religioso, de Pesca, de Golfe, GLS, Étnico-afro, Étnicoindígena e Arqueológico. Além disso, o Estado é pródigo em festas populares, como o Carnaval, e ganhou reforço com os investimentos feitos na formatação de novos produtos turísticos, como o São João da Bahia, o Espicha Verão e o GP Bahia de Stock Car. E é através desse caldeirão cultural que vamos viajar juntos pelo mundo chamado Bahia.

Foto: Rita Barreto/Setur

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Abrolhos, na Costa das Baleias, possui uma rica diversidade de flora e fauna. Ao lado, a Cachoeira da Fumaça, um dos principais cartõespostais da Chapada Diamantina

Grutas, rios, cachoeiras e paredões formam um paraíso para os amantes de esportes radicais no Oeste baiano Viver Bahia | 17


Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Nas profundezas d e um mar sem fim

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Baía de Todos-os-Santos

Rota natural de navegação do mundo no século XVI, a região abrange 17 municípios e 56 ilhas repletas de praias paradisíacas 18 | Viver Bahia

moldurando a orla de Salvador, a Baía de Todos-osSantos e os seus recôncavos formam um perfeito cenário para atividades culturais, ecoturísticas e náuticas. Delimitada em suas extremidades pelo Farol da Barra e pela Ponta do Garcez, esta zona turística abriga 16 municípios e 56 ilhas, além da maior baía tropical do Atlântico, com mais de mil metros quadrados de espelho d’água. Descoberta em 1º de novembro de 1501, pelo navegador italiano Américo Vespúcio, durante uma missão de reconhecimento da costa, a baía foi nomeada em homenagem ao calendário cristão, que já celebrava o Dia de Todos-os-

Santos. Com várias marinas e mar de águas tranquilas, recebe regatas internacionais e sedia diversos eventos náuticos. A principal ilha da região é Itaparica, a maior do Brasil e única a possuir estância hidromineral. Sua paisagem é cenário de várias narrativas literárias do escritor João Ubaldo Ribeiro, autor de O Sorriso do Lagarto, romance ambientado na ilha. As belezas da fauna e flora marinha e a possibilidade de conhecer navios naufragados, desde o período colonial, são algumas das razões que fazem da Baía de Todos-os-Santos também o destino ideal para a prática do mergulho. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia.com.br/ destinos/baia-de-todos-os-santos. Viver Bahia | 19


Foto: Rita Barreto/Setur

Salvador

C Pelô abriga o maior conjunto arquitetônico barroco da América Latina

Municípios

A principal ilha da região é Itaparica

Infraestrutura

Opções

A infraestrutura turística da Baía de Todosos-Santos conta com parque hoteleiro com 42.335 leitos, centros de convenções e aeroporto internacional, além de portos e marinas que atendem aos interessados no turismo náutico.

z Sol e Praia z Turismo Cultural z Turismo de Negócios z Turismo Religioso z Ecoturismo z Turismo Étnico-Afro z Turismo GLS z Esporte e Aventura z Turismo Náutico z Turismo de Pesca z Turismo de Mergulho

Cachoeira reúne um dos mais importantes acervos arquitetônicos barrocos e acervo de imagens raras e relíquias religiosas

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Foto: Rita Barreto/Setur

z São Félix z São Francisco do Conde z Madre de Deus z Maragojipe z Nazaré z Candeias z Aratuípe z Muniz Ferreira

Foto: Rita Barreto/Setur

Foto: Rita Barreto/Setur

z Salvador z Vera Cruz z Itaparica z Jaguaripe z Salinas da Margarida z Saubara z Santo Amaro z Cachoeira

ompletamente diferente da cidade fundada por Tomé de Sousa em março de 1549, Salvador é hoje uma das principais metrópoles do Brasil, com aproximadamente três milhões de habitantes e uma frota de 700 mil veículos, além de prédios modernos, novas avenidas e dezenas de shopping centers. Paradoxalmente, no entanto, a capital baiana ainda conserva a mesma topografia que a transformou num dos mais belos cartões-postais do mundo, com suas ladeiras de grandes subidas e descidas, além da sua singular integração com a Baía de Todos-os-Santos, seus 51 quilômetros de praias urbanas e prédios históricos de arquitetura peculiar, espalhados pelo Centro Antigo. Passear por Salvador é um deleite para os olhos de quem a visita, seja pela primeira vez ou pela enésima passagem. Os atrativos são diversos e vão desde a beleza de suas praias, espalhadas em mais de 50 quilômetros de orla, até a beleza e singularidade da sua cultura e população, cujo sorriso e hospitalidade são suas principais características. Além disso, Salvador possui três ilhas paradisíacas: Ilha de Maré, dos Frades e de Bom Jesus dos Passos que oferecem cenários de rara beleza.

Foto: Manu Dias/Secom

Salvador, capital da alegria

Farol da Barra é um dos palcos da alegria durante o Carnaval

O Centro Antigo, que abriga o maior conjunto arquitetônico barroco da América Latina, o Pelourinho, possui dezenas de prédios e monumentos que impressionam pela beleza e pela riqueza cultural que representam. É o caso da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, situada em plena Ladeira do Pelourinho; a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, que tem como principal

característica paredes e detalhes interiores folheados a ouro, dentre outros. A região também conta com atrativos interessantes, como o conjunto de restaurantes de culinária diversificada, que serve comida baiana, sertaneja e pratos da cozinha internacional, assim como os estabelecimentos que comercializam artesanato e camisetas, e as casas especializadas em penteados afros, espalhadas pelo local.

Disputada por baianos e turistas, Porto da Barra é uma das pincipais praias de Salvador Viver Bahia | 21


Salvador

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Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Ainda no Centro Histórico da capital é possível curtir os ensaios de blocos afros, como o Olodum, que encantam baianos e turistas com o som inconfundível do batuque dos tambores coloridos. Sob o ponto de vista cultural, Salvador é a mais miscigenada das cidades brasileiras, com características próprias e marcantes que não são encontradas em nenhum lugar do mundo. Elementos culturais herdados dos índios nativos, dos escravos africanos e colonizadores portugueses encontram-se espalhados pelos quatro cantos da terceira maior capital do país, seja através das manifestações culturais ou da peculiar culinária, que consegue reunir numa mesma mesa o bacalhau lusitano, a farinha indígena e os pratos à base de dendê trazidos da África. A miscigenação da cultura marca também os costumes e a religiosidade do povo. Na capital baiana, as religiões de matriz africana, o catolicismo e as crenças indígenas convivem de forma pacífica e até mesmo ecumênica. Além do tradicional roteiro cultural, Salvador possui ainda um roteiro étnico-afro, a exemplo do bairro da Liberdade, onde vivem mais de 500 mil pessoas, sendo mais de 80% afrodescendentes. O local, que é um dos berços culturais da cidade, possui na Rua do Curuzu a sede do bloco afro Ilê Aiyê. A cidade possui ainda dezenas de terreiros de candomblé que são abertos à visitação pública. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http:// www.bahia.com.br/cidades/ salvador.

Ilha dos Frades • Praias: da Costa, Loreto, Paramana e Ponta de Nossa Senhora • Parque Ecológico da Ilha dos Frades • Ruínas Igreja de N. S. de Guadalupe • Igreja de Nossa Senhora do Loreto • Igreja de N. S. do Bom Parto Ilha de Bom Jesus dos Passos • Praias: da Pontinha, Nordeste e Padre Solar do Duarte • Capela de N.S. da Conceição • Festa do Bom Jesus (11/01)

Elevador Lacerda e os casarões do Centro Histórico de Salvador

Principais Atrações Histórico-cultural • Centro Histórico de Salvador • Igreja de São Francisco • Ordem Terceira de São Francisco • Igreja do Senhor do Bonfim • Forte de Santo Antônio da Barra • Forte da Capoeira • Mosteiro de São Bento • Catedral Basílica de Salvador • Convento de São Francisco • Elevador Lacerda • Museu Náutico • Museu Carlos Costa Pinto • Museu de Arte Moderna - MAM • Museu de Arte da Bahia • Museu Abelardo Rodrigues • Museu de Arte Sacra da UFBA • Fundação Casa de Jorge Amado • Igreja N. S. da Conceição da Praia • Igreja e Santa Casa de Misericórdia • Igreja e Convento de Santa Tereza • Museu Afro-Brasileiro • Forte de São Pedro • Forte de N. S. de Monte Serrat • Teatro Castro Alves • Igreja de São Pedro dos Clérigos • Igreja e Convento do Carmo • Igreja de São Joaquim • Igreja de N.S. da Vitória • Igreja de N.S. do Pilar • Igreja de N.S. do Rosário dos Pretos • Igreja de S. Antônio Além do Carmo • Igreja de Santo Antônio da Barra • Memorial da Câmara de Salvador • Memorial dos Governadores

• Memorial Irmã Dulce • Forte de Santa Maria • Igreja da Ascensão do Senhor • Igreja do S.S. da Rua do Passo • Museu Arqueológico • Igreja e Convento da Lapa • Museu da Cidade • Museu da Ordem Terceira • Museu da Santa Casa de Misericórdia • Igreja da Ajuda • Ordem Terceira de São Domingos • Igreja da Boa Viagem • Museu do Cacau • Museu do Mosteiro de São Bento • Museu Eugênio Teixeira Leal • Museu Geológico do Estado da Bahia • Museu Henriqueta Catharino • Casa de Angola • Museu Portas do Carmo • Palácio Rio Branco • Quarteirão Cultural • Colégio de São Joaquim

Naturais • Baía de Todos-os-Santos • Lagoa do Abaeté • Orla Marítima • Mergulho em Salvador • Parque de Pituaçu • Parque São Bartolomeu • Parque da Cidade Ilha de Maré • Praias: Itamoabo, Neves, Praia Grande e Botelho • Festa: N.S. das Neves (4 e 5 /8) • Artesanato em renda de bilro • Culinária: frutos do mar e doces

Manifestações culturais e artísticas

Igreja de Nossa Senhora do Loreto, na Ilha dos Frades

Capoeira

Poesia rimada, o cordel é uma manifestação oral que ganha versão impressa em livretos ilustrados com xilogravuras.

Cordel & poesia popular

A capoeira nasceu dentro das senzalas como divertimento de escravos e, ao mesmo tempo, luta. A tradição, que envolve música, dança, arte marcial e questões identitárias, se sobressai na Bahia, com grande concentração de praticantes em Salvador.

coreografada com movimentos inspirados nos orixás. Já a música afro contemporânea, da mesma origem que a dança, inclui uma variedade de estilos que se recriaram ao longo do tempo. Samba

Dança & música afro

Maculelê & orquestra de berimbaus

Expressão afirmativa da identidade negra, a dança afro contemporânea deriva das antigas tradições religiosas africanas vivenciadas na forma de danças sagradas. É definida como uma dança ritmada nos toques de atabaque e

O maculelê surgiu, conforme os folcloristas, nos canaviais de Santo Amaro. A manifestação consiste em uma dança guerreira, na qual seus integrantes utilizam um bastão de madeira. As orquestras de berimbaus, um dos instrumentos musicais mais antigos do mundo, são responsáveis por embalar os passos dos lutadores de capoeira.

Ritmo nacional por excelência e símbolo da identidade cultural brasileira, o samba originou-se de danças africanas, como o lundu e a semba. De caráter lúdico, a atividade é caracterizada por compasso binário, ritmo sincopado e acompanhamento feito por instrumentos de percussão.

Infraestrutura

Distâncias

Como chegar

A infraestrutura turística de Salvador conta com parque hoteleiro com 34.792 leitos, centros de convenções e aeroporto internacional, além de portos e marinas que atendem aos interessados no turismo náutico.

z Porto Seguro: 570 km (via ferry-boat) z Rio de Janeiro: 1.637 km z São Paulo: 1.937 km z Brasília: 1.460 km z Belo Horizonte: 1.372 km

z Via terrestre: As BRs 101 e 116 ligam a Bahia ao restante do país. Estas rodovias passam por Feira de Santana, que fica a 107 quilômetros de Salvador, via BR-324. A capital baiana é servida por linhas de transporte rodoviário vindas de quase todos os estados brasileiros. z Via marítima: Dezenas de cruzeiros marítimos fazem paradas em Salvador, especialmente durante o verão. z Via aérea: Todas as companhias aéreas brasileiras disponibilizam voos diários para Salvador, a partir de qualquer capital, ou mesmo a partir de outros países. Existem diversos voos semanais de 18 cidades no exterior, 13 países e 3 continentes.

BAHIA SALVADOR

Gastronomia • Culinária Afro-baiana • Frutos do mar • Sertaneja • Portuguesa • Caipirinha • Licores (cravinho)

Artesanato • Metal • Instrumentos afro-baianos • Tecidos • Bordado • Tecelagem e tapeçaria • Cerâmica • Vidro • Couro • Lembranças da Bahia • Madeira • Escultura e mosaico em minerais • Renda de bilro • Trançados

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: : http://www.bahia.com.br/servicos

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Santo Amaro: muito além do Subaé

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O Carnaval (acima), a Festa de Santa Bárbara (ao lado) e a Lavagem do Bonfim (abaixo) atraem multidões para as ruas da capital baiana

Esse clima de festa impregna toda a cidade, desde a manhã até a noite, mas no início de dezembro a programação se intensifica. O ciclo começa no dia 4 de dezembro, com a Festa de Santa Bárbara, e tem seu ápice da Lavagem do Bonfim, na Festa de Iemanjá e no Carnaval.

onhecida por ser a terra de grandes artistas baianos, como Caetano Veloso e Maria Bethânia, o município de Santo Amaro está localizado no Recôncavo Baiano e inserido na zona turística da Baía de Todos-os-Santos. Dentre os seus principais atrativos estão o conjunto arquitetônico datado dos séculos XVIII e XIX. O Centro Histórico inclui mais de 50 prédios de valor histórico e arquitetônico, com destaque para três edificações que conferem um cenário cheio de herança cultural: a Câmara e Cadeia, o Chafariz Inglês e a Igreja de Nossa Senhora da Purificação. Atual sede da prefeitura de Santo Amaro e Câmara dos Vereadores, a Casa e Câmara, datada do século XVIII e tombada pelo Iphan em 1941, foi palco de articulações para a independência. Outra grande atração da cidade é a Igreja de Nossa Senhora da Purificação, palco das demonstrações de fé do povo santamarense, desde o século XVII. Seu acervo inclui

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Foto: Rita Barreto/Setur

Salvador é uma cidade pródiga em festas populares. Tem festa o ano todo. Os festejos populares se sucedem, concentrados no verão, mas se estendendo por todo o ano, incluindo as festas juninas, que vão de 13 a 29 de junho. As manifestações folclóricas, de diversas origens proliferam, com exibições ao ar livre de capoeira, maculelê e samba de roda. Milhares de pessoas vão às ruas celebrar os santos padroeiros. Além de popular, essas festas se caracterizam pelo sincretismo religioso e pela mistura de elementos sagrados e profanos. Toda a fé do baiano se manifesta no ciclo de festas populares, desde as comemorações dos orixás do candomblé, quando todos os terreiros da cidade batem seus tambores para seus filhos-de-santo dançarem, até as festas da religião católica, que ganham um cunho profano com muito sambade-roda e barracas padronizadas que servem bebidas e comidas variadas.

Salvador

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Festas, cultura e simpatia

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Salvador

Santo Amaro inclui mais de 50 prédios de valor histórico e arquitetônico

pinturas em estilo barroco, painéis de azulejo e colunas revestidas de mármore. O Museu do Recolhimento dos Humildes é um prato cheio para os apreciadores da arte sacra. O acervo é composto por 493 peças, incluindo imagens barrocas do século XVIII, obras de arte saídas das mãos de irmãs religiosas e mobiliário do século XIX, tudo num ambiente que remete tanto à fé quanto à curiosidade de saber como era vida em Santo Amaro durante o período colonial. A festa mais tradicional é a do Bembé do Mercado, realizada pelo povo de santo, desde a abolição da escravatura. O cenário dos festejos é o Mercado Municipal. Todo 13 de maio, o samba de roda e o batuque típico do candomblé se juntam aos tabuleiros dos vendedores de frutas, verduras, peixes e outros produtos típicos. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia.com.br/cidades/ santo-amaro.

Principais atrações • Museu do R. dos Humildes • Igreja de N. Sra. das Oliveiras • Centro Histórico • Cachoeira do Urubu (Mãe D´água) • Cachoeira da Vitória • Cascatas de Zé Regadas e de Nana • Teatro Dona Canô • Candomblés • Bembé do Mercado (13/05) • Festa da N. S. da Purificação

Gastronomia • Culinária afro-baiana • Maniçoba • Licores

Infraestrutura Santo Amaro conta com um parque hoteleiro com 435 leitos

Distâncias Salvador: 71 km Porto Seguro: 639 km Rio de Janeiro: 1.554 km São Paulo: 1.862 km Brasília: 1.381 km Belo Horizonte: 1.283 km

Como chegar Via terrestre: Santo Amaro Partindo de BA 026 Salvador, seguir pela BR-324 até o entroncamento da BA-026. São mais 11 quilômetros para chegar a Santo Amaro. Quem preferir viajar de ônibus tem como opção a empresa Santana.

BR 324

Salvador

Legenda 24 | Viver Bahia

Festa da Purificação atrai baianos e turistas

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www. bahia.com.br/servicos

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Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Principais atrações

Foto:Rita Barreto/Setur

Cachoeira

Festa da Boa Morte atrai turistas do mundo inteiro

Festas incorporam herança africana

Heroica Cachoeira D e Freguesia de Nossa Senhora do Rosário à Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu e alçada, em 1873, à condição de cidade, a Heroica Cachoeira seguiu uma trajetória de prosperidade econômica e de rica cultura baseada, principalmente, nos costumes dos escravos africanos que lá trabalharam no cultivo do fumo e da cana-de-açúcar, que por muito tempo foi o principal produto de exportação da colônia do Brasil. Cercada pelo Rio Paraguaçu, a cidade teve papel preponderante na independência da Bahia, última província brasileira a conseguir se libertar de Portugal. Por isso, ganhou o epíteto de Cidade Heroica. Com importância histórica, cheia da magia do sincretismo religioso que liga o catolicismo ao candomblé e formada por casarios seculares, a cidade de

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Cachoeira foi tombada, em 1971, como Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Atualmente, é um dos principais destinos do turismo étnico-afro na Bahia. Dentre os eventos de destaque da cidade estão as comemorações da independência da Bahia e a festa da Boa Morte. A festa da independência começa no dia 25 de junho, data em que, em 1823, baianos se reuniram em Cachoeira para montar um governo interino e lutar contra as forças portuguesas. As comemorações pela independência seguem até 2 de julho, quando, naquele mesmo ano, os portugueses foram definitivamente derrotados e expulsos da Bahia graças ao bloqueio naval em Salvador, comandado pelo mercenário Lord Cochrane, e pelo bloqueio em terra, realizado pelos exércitos do Recôncavo.

Foto: Rita Barreto/Setur

Cercada pelo Rio Paraguaçu, Cachoeira teve papel preponderante na independência da Bahia

A segunda festa mais comemorada na cidade de Cachoeira é a festa da Boa Morte, promovida pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte – instituição centenária que agrupa mulheres leigas, negras e mestiças, que antes tinham o intuito

Constituída de uma igreja e um convento, a

Ordem Terceira do Carmo foi construída em 1724

de alforriar escravos ou dar-lhes fuga. Muito procurada por turistas e estudiosos, a festa da Boa Morte é realizada de 9 a 12 de agosto. Durante os dias da festa são realizados cortejos, procissões e missas, além de apresentações de samba-de-roda e de capoeira, mostrando a imponência da herança africana na Bahia, em especial, no Recôncavo. Outra ocasião em que cachoeiranos e visitantes de todos os lugares do mundo ganham as ruas da cidade é o São João. Um dos festejos mais tradicionais realizados no Estado, atrai gente de todos os lugares do mundo para aproveitar o forró e saborear as comidas típicas à base de milho, além da maniçoba (preparada à base de folha de mandioca e carnes de boi e de porco defumadas) e dos saborosos licores, com destaque para o mais tradicional, de jenipapo. Outra festa importante da cidade é a de Nossa Senhora D’Ajuda, realizada na segunda quinzena do mês de novembro, um misto de comemoração sagrada e profana. As celebrações religiosas e procissões se seguem de muita festa ao som das filarmônicas e fanfarras da cidade e com a presença de personagens pitorescos que se escondem por detrás de máscaras e dão o tom da alegria à festa frequentada por gente da terra e por turistas, principalmente afro-americanos.

• Conjunto Arquitetônico • Conjunto da Ordem 3a do Carmo • Igrejas de Cachoeira • Fundação e Museu Hansen Bahia • Ponte Dom Pedro II • Convento S. Antônio do Paraguaçu • Rio Paraguaçu • Lagamar de Iguape • Lago de Pedra do Cavalo • Festa de São João (Junho) • Festa de N. S. da Boa Morte • Festa da Nossa Senhora D´Ajuda • Artesanato em madeira • Candomblé • Filarmônicas

Gastronomia • Maniçoba • Culinária afro-baiana • Licores

Infraestrutura Cachoeira conta com um parque hoteleiro com 325 leitos e um atracadouro.

Distâncias • Salvador: 109 km • Porto Seguro: 559 km • Rio de Janeiro: 1.506 km • São Paulo: 1.237 km • Brasília: 1.278 km • Belo Horizonte: 1.250 km

Como chegar Via terrestre - Partindo de Salvador pela BR-324, seguir por 59 quilômetros até o entroncamento com a BA-026, para chegar até Santo Amaro. A partir daí, seguir pela mesma BA-026, por mais 38 quilômetros. Outra opção é seguir pela BR-324 até o viaduto que dá acesso à BR101 e trafegar até a Barragem de Pedra do Cavalo. É possível sair do Terminal Rodoviário de Salvador em ônibus da empresa Santana. Santo Amaro Cachoeira

BA 026

BR 324

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: : http://www. bahia.com.br/servicos

Salvador

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São Félix

Maragojipe

Principais atrações:

Maragojipe: entre o Paraguaçu e o Guaí

Foto:Rita Barreto/Setur

• Fundação Hansen Bahia • Centro Histórico • Solar dos Guinles • Fundação Luis Ademir • Filarmônica de São Félix • Santuário de Santa Bárbara • Candomblés • Mirante

D

escoberta durante as excursões exploratórias pelo Rio Paraguaçu cerca de duas décadas depois da chegada dos portugueses ao Brasil, Maragojipe foi importante no período colonial por sua rota de navegação e pela cultura da mandioca e da cana de açúcar e instalação de engenhos e casas de farinha. A cidade está localizada exatamente no ponto de encontro do Rio Paraguaçu com o Rio Guaí, formando uma extensa região de lagamar, cercada por cerca de 30 quilômetros de manguezais. Último paradeiro náutico do Recôncavo Baiano, a cidade ainda abriga, no porto do Cajá, dezenas de canoas e saveiros. As antigas embarcações a vela eram muito utilizadas para o transporte das mais diversas mercadorias no interior da Baía de Todos-os-Santos. Com excelentes condições para o turismo náutico, contando, inclusive, com uma ponte de atracação para embarcações de grande porte, a cidade é o ponto de chegada da Regata Aratu Maragojipe, principal regata do Estado e uma das principais da América Latina. O evento, que completou 40 anos em 2010, é realizado todos os anos no mês

Gastronomia Cidade teve importante função de terminal tropeiro

o outro lado do Rio Paraguaçu está a cidade irmã de Cachoeira, São Félix, que também teve importante papel na luta pela independência e reserva atrações para quem pretende passear pelo Recôncavo. É o caso da Igreja Matriz de Deus Menino, vista logo após a travessia entre Cachoeira e São Félix. Seu acervo é composto por imagens sacras, com destaque para as da Sagrada Família e Cristo Crucificado. Na cidade, que já foi polo produtor de charutos muito cobiçados no exterior, a única fábrica que ainda funciona é a Dannenmann. Composto de indústria - com produção artesanal - e centro cultural, o espaço é sede de exposições, oficinas, cursos e da realização do Festival de Filarmônicas e da Bienal do Recôncavo. Lá, o turista também pode conhecer o processo de fabricação dos charutos. O prédio da antiga fábrica, construído no fim do século XIX, agora é a Casa de Cultura Américo Simas, onde são ministradas aulas de língua estrangeira e artesanato, dentre outras. Outros lugares a serem visitados na cidade são a atual sede da prefeitura, prédio construído no final do século XIX, onde belos vitrais e as pinturas nacionalistas do teto podem ser apreciados, e o Arraial de São Félix. Instalado às margens do Rio Paraguaçu, o sobrado foi residência do

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Infraestrutura São Félix conta com um parque hoteleiro com 105 leitos.

Distâncias • Salvador: 109 km • Porto Seguro: 559 km (via Ferry Boat) • Rio de Janeiro: 1.506 km • São Paulo: 1.237 km • Brasília: 1.278 km • Belo Horizonte: 1.250 km

Como chegar Produção artesanal de charutos

Poeta dos Escravos, Castro Alves. Os interessados na cultura do Recôncavo também podem aproveitar o passeio pela cidade para visitar a Fundação Hansen, com sede na casa onde residiu o artista xilógrafo Karl Heinz Hansen, conhecido como Hansen Bahia. Na casa estão expostas algumas das matrizes das obras do alemão radicado na Bahia, a exemplo da Via Crucis do Pelourinho, de 1967, e da Obra Navio Negreiro, inspirada no poema de Castro Alves, além de trabalhos de Genaro de Carvalho e Carybé. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelos links: http://www. bahia.com.br/cidades/cachoeira e http://www.bahia.com.br/ cidades/sao-felix.

Via terrestre - Partindo de Salvador pela BR-324, seguir por 59 quilômetros até o entroncamento com a BA-026, para chegar até Santo Amaro. A partir desta cidade, deve-se seguir para Cachoeira pela mesma BA-026, por mais 38 quilômetros e atravessar a ponte D. Pedro II. Outra opção é seguir pela BR-324 até o viaduto que dá acesso à BR-101 e trafegar até a Barragem de Pedra do Cavalo para ter acesso à cidade de Cachoeira e atravessar a ponte. É possível sair do Terminal Rodoviário de Salvador para São Félix em ônibus da empresa Santana.

Foto:Rita Barreto/Setur

D

Foto:Eduardo Pelosi/Setur

São Félix na rota do Charuto

• Maniçoba • Culinária afro-baiana • Licores

de agosto e integra os festejos a São Bartolomeu, padroeiro de Maragojipe. A largada acontece pela manhã, partindo do Aratu Iate Clube, na Baía de Aratu (Simões Filho), em direção ao porto do Caijá, em Maragojipe, onde o Rio Paraguaçu abraça o mar, e é marcado pelas belezas naturais que os velejadores têm o privilégio de encontrar durante o percurso. Nas primeiras 16 milhas, os competidores passam pela Baía de Todos-os-Santos que, segundo os próprios velejadores, é um dos melhores lugares para se velejar no Brasil. Além do famoso Carnaval de Máscaras, outra grande festa da cidade é a de São Bartolomeu que reúne características religiosas e profanas, como boa parte dos festejos dedicados aos santos na Bahia, e atrai milhares de turistas de todos os lugares do mundo para acompanhar as charangas e grupos de mascarados, desfiles hípicos, com centenas de cavaleiros e amazonas, e a famosa procissão de São Bartolomeu. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia. com.br/cidades/maragojipe

Principais atrações: • Centro Histórico • Alto do Cruzeiro • Ponta do Souza • Praia do Pina • Lagamar e Baixo Paraguaçu • Cachoeira do Urubu • Cascata do Guimarães • Praia de Coqueiros • Candomblé de Maragojipe • Filarmônicas • Carnaval dos Mascarados de Maragojipe • Festa de São Bartolomeu (Agosto) • Artesanato em barro e cerâmica • Regata Aratu-Maragojipe

Gastronomia • Moqueca de Camarão • Caldo de sururu e de mariscos variados • Licores

Infraestrutura Maragojipe conta com um parque hoteleiro com 429 leitos, atracadouros e terminal hidroviário.

Distâncias • Salvador: 155 km • Porto Seguro: 537 km • Rio de Janeiro: 1.506 km • São Paulo: 1.814 km • Brasília: 1.332 km • Belo Horizonte: 1.234 km

Como chegar Via terrestre - Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir até o entroncamento da BA-026, até chegar à cidade de Santo Amaro. A partir deste ponto, seguir até São Félix, passando por Cachoeira. Depois é preciso seguir por 23 quilômetros em direção sul, para chegar a Maragojipe. O percurso é de 155 quilômetros. Quem preferir viajar de ônibus tem como opção a empresa Jauá (71 3450 5544), que liga Salvador, com partida do Terminal Rodoviário, a Maragojipe. Santo Amaro

Santo Amaro Cachoeira

Cachoeira São Félix Muritiba

BA 026

São Félix

BA 026

BR 324

BR 324 Maragojipe

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www. bahia.com.br/servicos Salvador

Famoso Carnaval de Máscaras reúne características das antigas festas de Veneza

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www. bahia.com.br/servicos

Salvador

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A Ilha é a pedida ideal para quem quer aproveitar as praias para mergulhos, caminhadas, cavalgadas e passeios

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Infraestrutura • Fonte da Bica • Centro Histórico • Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento • Igreja de Santana • Capela de Bom Jesus da Lapa • Capela de São Sebastião • Igreja Basílica de N. Senhor da Vera Cruz • Forte de São Lourenço • Artesanato de conchas • Parque Ecológico de Baiacu • Festa da Independência (7 /01) • Praia de Ponta de Areia • Praia do Forte e do Boulevard • Praia da Ponta do Mocambo ou Praia dos Namorados • Praia de Amoreiras • Ponta de Areia • Mar Grande • Penha • Conceição • Barra do Gil • Tairu • Berlinque • Aratuba • Cacha-pregos • Porto Santo • Ilha do Medo (estação ecológica)

holandeses, em 1667, na tentativa de dominar Salvador e o Recôncavo Baiano. Atualmente, o local abriga o complexo onde são realizadas a medição e compensação magnética de navios da Marinha. Os que gostam de misticismo poderão se encantar com a Fonte da Bica, que torna o município uma instância hidromineral reconhecida

Distâncias • Salvador: 278 km (por terra) ou 12 milhas náuticas (via marítima) • Porto Seguro: 562 km • Rio de Janeiro: 1.532 km • São Paulo: 1.839 km • Brasília: 1.358 km • Belo Horizonte: 1.260 km

Como chegar Via marítima - A Ilha de Itaparica fica a 45 minutos de Salvador, com acessos pelo sistema ferry-boat (71 3254-1020) e catamarã, que ligam o Terminal de São Joaquim, em Salvador, ao de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica. Se preferir, a travessia pode ser feita em lanchas, que partem do Centro Náutico da Bahia (bairro do Comércio) para Mar Grande. Tanto em Bom Despacho quanto em Mar Grande existem vans-lotação e ônibus que fazem o transporte para as diversas localidades da Ilha. Via aérea - O Aeroclube da Bahia, em Itaparica, tem capacidade para receber aviões de porte médio, tipo Fokker-50, Bandeirantes e Brasília.

Gastronomia • Peixe frito • Caldo de sururu • Frutos do mar

Itaparica

Salvador

Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: : http://www.bahia.com.br/servicos

Foto:Manu Dias/Agecom

Paisagem encanta pela vasta vegetação tropical e um rico patrimônio cultural

costuma se encantar com o Centro Histórico da sede do município de Itaparica, a começar pelo casario e pelas edificações militares e religiosas que integram o local. Entre as atrações do Centro Histórico de Itaparica, o Forte de São Lourenço chama atenção. De propriedade da Marinha do Brasil, a fortaleza foi construída pelos

Dividida em dois municípios, Itaparica e Vera Cruz, a Ilha de Itaparica conta com um parque hoteleiro com 4.011 leitos e capacidade para receber aviões de porte médio, tipo Fokker-50, Bandeirantes e Brasília no, Aeroclube da Bahia. A infraestrutura náutica de toda a ilha é composta pelo Atracadouro do Duro Mar Grande e Terminal Hirdroviário de Mar Grande, ambos em Vera Cruz, e pela Marina de Itaparica, localizada no município de Itaparica.

Principais atrações

Foto:Rita Barreto/Setur

la é cantada pelos baianos e está em livros de escritores baianos como João Ubaldo Ribeiro. A Ilha de Itaparica reserva aos visitantes muito sol, mar e descanso junto à natureza, assim como esporte e aventura. As praias, que circundam os 240 quilômetros quadrados de seu entorno, oferecem opções de mergulhos, caminhadas, cavalgadas, passeios de bicicleta, aventuras em caiaques, paraquedismo e grandes piscinas naturais de águas calmas, ideais para relaxar, curtindo o sol e a brisa dos ventos. Se você procura aventura com boa dose de sossego, a Ilha de Itaparica é a pedida ideal. Importante centro produtor de cana-de-açúcar, aguardente e cal, na época do Brasil Colônia, Itaparica está dividida em dois municípios, Itaparica e Vera Cruz. Mas, para o visitante, a divisão parece ser apenas um detalhe frente à gama de opções de lazer para grupos de amigos, casais e famílias inteiras. Mesmo em meio à natureza, quem busca um pouco de história

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Itaparica: a grande ilha E

nacionalmente. O motivo é a inscrição gravada nos azulejos azuis e brancos que revestem a fonte. “Êh! água fina. Faz velha virá menina” é o que se promete. Os amantes de aventuras e de esportes náuticos encontram na ilha um ambiente mais que propício à pesca esportiva, mergulho e trekking, além do paraquedismo. Entre as festas populares de destaque estão a do Bom Jesus dos Navegantes e a da Independência de Itaparica. A primeira, realizada no dia 1º de janeiro, reúne pescadores nativos, veranistas e turistas em embarcações que correm por toda a ilha dando graças ao santo. Já a festa da Independência relembra as batalhas contra os portugueses. Os festejos são realizados em 7 de janeiro, quando a população local comemora a independência de Itaparica, conquistada em janeiro de 1823, detendo a hegemonia portuguesa na ilha – um dos passos para a total independência da Bahia e do Brasil. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelos links: http://www. bahia.com.br/cidades/itaparica e http://www.bahia.com.br/cidades/ vera-cruz.

Foto:Tereza Torres

Ilha de Itaparica

Ilha oferece clima de tranquilidade

Praias abrigam grandes piscinas naturais de águas calmas Viver Bahia | 31


São Francisco do Conde

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Nazaré: da farinha ao artesanato

Principais atrações

Principais atrações

• Cine Rio Branco • Centro Histórico • Estação de Trem e Locomotiva • Fazenda Senhor do Bonfim • Rio Jaguaripe • Cachoeira do Roncador • Morro do Silêncio • Artesanato de Nazaré • Capoeira de Nazaré • Festa de São Roque • Feira dos Caxixis

• Centro Histórico • Ilha das Fontes • Ilha de Cajaíba • Monte Recôncavo • Convento Santo Antônio • Igreja de N. S. do Vencimento • Imperial Inst. Baiano de Agricultura • Casa e Capela do Engenho D´Água • Festejos de São João

Gastronomia

Gastronomia

Muitas das belezas naturais que encantam os visitantes estão na Ilha de Cajaíba

• Frutos do mar • Doces caseiros • Farinha

São Francisco do Conde e os engenhos de açúcar

Infraestrutura Parque hoteleiro de Nazaré conta com 216 leitos Com mais de 300 anos de tradição, a cidade reúne turistas na Páscoa

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uma trilha de 5 quilômetros, em meio à vegetação remanescente da Mata Atlântica. Durante a Semana Santa, Nazaré recebe muitos visitantes, atraídos pela bela e grande imagem do Cristo Redentor e pela Feira de Caxixis. Nesta feira são vendidas as tradicionais peças de barro de Maragojipinho, distrito do município vizinho de Aratuípe. Cestos entrelaçados, preenchidos com pequenas contas, conchas, pedras ou feijões, além de talhas, porrões, moringas, louças diversas e objetos de decoração feitos em tornos manuais e assados no forno, também artesanal, mantêm viva a tradição de confeccionar peças em barro que apresentam em sua forma nítidas influências indígenas e portuguesas.

E

Distâncias • Salvador: 239 Km • Porto Seguro: 577 km • Rio de Janeiro: 1.387 km • São Paulo: 1.551 km • Brasília: 1.115 km • Belo Horizonte: 1.129 km

Como chegar Saindo de Salvador e atravessando a Baía de Todos-os-Santos, pelo sistema ferry-boat, são 45 minutos entre os terminais de São Joaquim, na Cidade Baixa, e de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, de onde se segue 56 Km pela BA-001 até a cidade de Nazaré Itaparica Nazaré

Salvador

BR 001

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: : http://www.bahia.com.br/servicos Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

A

Feira dos Caxixis e a farinha de copioba, produzida na região, tornaram famosa a cidade que cresceu ao longo das margens do Rio Jaguaripe. Ela é conhecida como Nazaré das Farinhas, por causa da intensa produção e comercialização deste produto na região. A cidade continua famosa, agora por conta de um filho ilustre, o craque de futebol Vampeta. Ele até presenteou recentemente a comunidade com a recuperação de uma joia arquitetônica: o Cinema Rio Branco. Nazaré é passagem obrigatória para quem transita pela BA001, estrada que liga todo o litoral baiano. Exatamente nesse trecho há belos engenhos particulares, já restaurados, que estão incentivando o turismo rural na região. Entre os atrativos do local estão pequenas ilhas, algumas com praias virgens, próprias para o banho, sendo as ilhas das Fontes, do Patí, e Bimbarra, um deleite para os que gostam de maior privacidade. Uma parada na ilha das Fontes é uma boa pedida para um banho de mar ou água doce que jorra de uma fonte natural. Atrás dessa ilha estão os recôncavos de Marapé e do rio Sergi do Conde. Ainda na ilha das Fontes, o visitante tem a oportunidade de fazer

Foto: Ascom

Nazaré

Feira de Caxixis expõe peças de barro e argila, feitas pelos artesãos locais

ntre ilhas e manguezais, costa litorânea e Mata Atlântica, São Francisco do Conde encanta pela exuberância natural. Muitas das belezas naturais que encantam os visitantes estão na Ilha de Cajaíba. Localizada exatamente em frente à sede do município, a ilha é separada do continente por um canal e tem extensão de oito quilômetros. Além das belezas naturais, incluindo uma praia particular na contracosta, a ilha é palco de episódios da história nacional, remontando aos tempos áureos da nobreza açucareira. No local, ainda existem, e em ótimo estado de conservação, a casa grande, senzala, engenho de fábrica e as centenárias palmeiras imperiais. Um deleite para os apreciadores do turismo histórico. A ilha já foi residência oficial de nomes ilustres, como o 3º governadorgeral do Brasil, Mem de Sá, e o historiador e precursor do movimento bandeirante no estado, Gabriel Soares, além do Barão de Cajaíba, comandante da Sabinada – revolta liberal em favor da Independência da Bahia - e conhecido pela crueldade que dirigia aos inimigos e aos escravos – jogados ao mar, ainda vivos, através de um fosso. O acesso à ilha é exclusivamente por barco. É necessário

contato prévio com a Secretaria de Turismo Municipal para obter a autorização de visita. Engenhos e construções religiosas compõem o potencial turístico da cidade. O Engenho D’Água, localizado na estrada que liga São Francisco do Conde a Candeias, é um conjunto arquitetônico datado do início do século XIX, constituído por casa grande, capela, casa dos trabalhadores, depósitos e barcaças de cacau; o antigo engenho está a oito quilômetros da sede de São Francisco do Conde. Também vale a pena visitar o Convento Santo Antônio, constituído por igreja, convento e Ordem Terceira. Construído pelos padres franciscanos em meados do século XVII, na Cidade Alta, o convento se abre a uma das mais bonitas vistas de toda a cidade, de onde se descortina a parte baixa da exuberante Baía de Todos-os-Santos. Além da arquitetura, belos painéis em azulejos figurados chamam a atenção dos visitantes, assim como a biblioteca com documentos inéditos e as imagens de São Francisco e Nossa Senhora da Conceição. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia.com.br/ cidades/sao-francisco-do-conde

• Arremate de sururu • Moqueca de peixe cozida na folha de bananeira • Doces caseiros à base de frutas • Balas de jenipapo, de coco e de goiaba com coco

Infraestrutura A infraestrutura turística de São Francisco do Conde conta com parque hoteleiro com 147 leitos e um atracadouro para os interessados no turismo náutico

Distâncias • Salvador: 69,6 km • Porto Seguro: 652 km • Rio de Janeiro: 1.568 km • São Paulo: 1.876 km • Brasília: 1.394 km • Belo Horizonte: 1.296 km

Como chegar Via terrestre - Partindo de Salvador pela BR-324, é preciso seguir por 59 quilômetros até o entroncamento com a BA-026, onde se deve seguir em direção a São Francisco do Conde. A partir deste ponto são mais 12 quilômetros em direção ao entroncamento com a BA-522, que deve ser Santo trafegada por Amaro BA 026 BA 522 mais três São Francisco quilômetros do Conde BR 324 para chegar à cidade, que fica situada a 69 quilômetros da capital. Quem preferir viajar de ônibus tem como opção a empresa Nossa Senhora das Candeias. Salvador * Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia. com.br/servicos

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Costa dos Coqueiros

O discreto charme do Litoral Norte

Reduto de belas praias e gente descolada, região atrai gente do mundo inteiro que busca tranquilidade combinada com diversão 34 | Viver Bahia

A

Pôr-do-sol na Praia do Forte

zona turística Costa dos Coqueiros estende-se do município de Lauro de Freitas, Litoral Norte de Salvador, até o povoado de Cachoeira do Itanhim, município de Jandaíra, na divisa com Sergipe. São mais de 200 quilômetros de praias paradisíacas que se interligam através de duas rodovias, numa extensão de 192 quilômetros: a Estada do Coco, que tem início nas imediações do Aeroporto Internacional de Salvador e corta os municípios de Lauro de Freitas e Camaçari, e a Linha Verde, a mais antiga

rodovia ecológica do país, que se estende de Praia do Forte, no município de Mata de São João, até a fronteira sergipana. As praias da Costa dos Coqueiros são conhecidas por proporcionar, a visitantes e nativos, banhos de mar em águas calmas, quentes e quase sempre cercadas de quebra-mar natural. O local ainda conta com a presença de lagoas, rios e paisagens deslumbrantes. Fazem parte do conjunto de belezas naturais da região os rios Jacuípe, Pojuca e Joanes, sendo este último ponto excelente para prática de esportes náuticos.

As rodovias acabaram por desvendar áreas de belezas naturais ainda primitivas do Litoral Norte da Bahia. O seu traçado permite a integração socioeconômica de diversos municípios vizinhos, possibilitando o desenvolvimento da região, principalmente no segmento de lazer, com uma gama de equipamentos turísticos que facilitam aos visitantes explorar as belezas naturais como a flora, dunas e uma extensa malha hidrográfica. Algumas construções antigas também se tornaram grandes atrativos para a região. Viver Bahia | 35


Imbassaí

Imbassaí: tranquilidade à beira-mar

• Frutos do mar • Cozinha Internacional

Infraestrutura O parque hoteleiro de Imbassaí possui 2.555 leitos

Distâncias • Salvador: 63 km • Porto Seguro: 671 km (via ferryboat) • Rio de Janeiro: 1.288 km • São Paulo: 1.537 km • Brasília: 1.137 km • Belo Horizonte: 1.330 km

F

z Imbassaí z Praia do Forte z Guarajuba z Mangue Seco z Costa Azul

z Siribinha z Conde z Sítio do Conde z Barra do Itariri z Baixio

Infraestrutura Parque hoteleiro: 18.917 leitos em resorts, hotéis e pousadas. Centros de convenções, aeroporto internacional (Salvador), dois campos de golfe, polo petroquímico e polo automotivo.

Opções z Sol e Praia z Turismo Cultural

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z Ecoturismo z Turismo GLS

• Cachoeira de Dona Zilda • Regata de Jangadas • Lagoa Jauara • Praia de Imbassaí • Praia de Santo Antônio • Praia de Diogo • Rio Imbassaí e Rio Barroso

Gastronomia

A bela Imbassaí está sendo redescoberta após a implantação de resorts e da con

Municípios e localidades

Principais atrações

Fotos: Manu Dias/Secom

É o caso do Castelo Garcia D’Ávila, ou Castelo da Torre, como também é chamado. Trata-se de um dos mais importantes e significativos monumentos do patrimônio histórico e cultural brasileiro, localizado próximo à Praia do Forte. Foi a primeira grande edificação portuguesa de arquitetura residencial militar no Brasil, com característica de castelo medieval. Infelizmente, no século XIX, já era uma grande ruína, sendo tombado pelo Iphan em 1938, hoje em restauração. O proprietário, o português Garcia D’Ávila, chegou à Bahia para assumir o cargo de almoxarife real e tornou-se um dos maiores latifundiários da história, com 129 fazendas que ocupavam 800 mil quilômetros quadrados, o que equivale a um décimo do território brasileiro. Seus domínios estendiam-se até o Piauí e Maranhão.

oram os primeiros habitantes que apelidaram o lugar de Imbassaí, que, em tupi, significa “caminho do rio”. Não poderia ser de outra forma, pois são muitas as passagens de água doce que escorrem em cascatas e corredeiras, paralelas às dunas, a caminho do mar. Situada no município de Mata de São João, em plena Unidade de Conservação da Linha Verde, a localidade fica a 63 quilômetros de Salvador e apenas 13 quilômetros adiante da Praia do Forte. Reúne atrativos para quem busca turismo ecológico e de aventura, com pontos especiais para a prática de rafting e sandboard. Imbassaí despertou para o turismo ecológico recentemente, a partir da inauguração da Linha Verde. Depois da construção desta estrada, que interliga todos os pontos turísticos da Costa dos Coqueiros, o primitivo lugarejo começou a ser preparado com infraestrutura

hoteleira e de serviços, ganhando, a cada dia, novos equipamentos para receber bem e atender melhor aos visitantes. As pousadas, bares e restaurantes se espalham por uma área de três quilômetros quadrados, entre cajueiros, coqueiral e mata. Os seis quilômetros de praias são margeados por dunas elevadas, que escondem o Rio Imbassaí, famoso na região por oferecer um tranquilo e revigorante banho de água doce. As barracas estão localizadas na faixa de areia entre a praia e o rio, oferecendo bebidas geladas e tira-gostos de peixe frito e mariscos, além do tradicional acarajé. O acesso às praias só é possível para pedestres, pois os rios que as margeiam formam uma barreira natural para veículos, o que aumenta a tranquilidade do lugarejo. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelos links: http://www. bahia.com.br/cidades/imbassaimata-de-sao-joao

clusão das obras de urbanização

Como chegar Via Terrestre: Sair de Salvador pela Avenida Luís Viana Filho, mais conhecida como Avenida Paralela, e seguir pela Estrada do Coco, BA-099, por 14 Km, a contar do Km 0 do Aeroporto, até a via parafuso/pedágio. Após o pedágio são mais 63 Km até Imbassaí. Para maiores informações sobre as condições das estradas acesse o site do DNIT. De ônibus, a empresa Expresso Alagoinhas faz o percurso para Praia do Forte e Imbassaí, seguindo até a Vila. A Expresso Linha Verde oferece roteiros para a Cachoeira do Itahim, passando apenas na entrada de algumas praias. Ambas as empresas saem do Terminal Rodoviário de Salvador. Imbassaí Praia do Forte

BA 099

Salvador

Cachoeira Dona Zilda é uma das atrações de Imbassaí

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: : http://www.bahia.com.br/ servicos

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Praia do Forte

Costa do Sauípe

Principais Atrações • Castelo Garcia D´Ávila • Surfe Billabong • Surfe Eco Festival • Boia-Cross • Rio Timeantube • Rio Pojuca • Cachoeira do Rio Pojuca • Praia do Forte Golf Club • Club House • Capela São Francisco de Assis • Igreja de São Francisco • Lagoa Jauara • Paraquedismo • Pesca Oceânica • Pesca Esportiva • Piscinas Naturais • Projeto Tamar • Reserva Sapiranga • Tirolesa

Praia do Forte: charme cosmopolita

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Tartarugas preservadas Projeto de preservação das Tartarugas Marinhas, o Tamar é ligado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e apoiado por parcerias diversas com ONGs e instituições estaduais e municipais. Criado em 1980, sua primeira sede fica em Praia do Forte, mas o projeto já é realidade também em outros estados da costa brasileira. Em Praia do Forte o visitante pode observar os diversos tanques que servem de abrigo e reprodução controlada da espécie, conhecer os ninhos de desova, além de aprender mais sobre as tartarugas marinhas, com palestras e vídeos apresentados no anfiteatro, e museu com acervos arqueológicos. O melhor período para visitar o projeto é entre setembro e março, quando as fêmeas procuram as praias para desova. Aberto ao público diariamente, das 9h às 17h30.

O parque hoteleiro de Praia do Forte possui 4.525 leitos

Foto:Robson Mendes/Agecom

L

• Frutos do mar • Cozinha Internacional

Infraestrutura

Praia do Forte reúne belezas naturais com diversas opções de lazer e vida noturna agitada

ocalizada no município de Mata de São João, Praia do Forte é carinhosamente conhecida como a Polinésia Brasileira. Difícil é saber por onde começar a desbravar o local, tamanha é a oferta de lazer e entretenimento de que dispõe. Os passeios são muitos e variados, podendo ser feitos a pé, em cavalgadas ou de jipe. São 12 quilômetros de praias, delimitadas por dunas, coqueiral, piscinas naturais, um famosíssimo Sítio Histórico que abriga o Castelo Garcia D´Ávila, a Reserva de Sapiranga, as corredeiras do Rio Pojuca e uma animada aldeia de pescadores, que recebe o turista de braços abertos, oferecendo, além dos irresistíveis atrativos naturais, uma infraestrutura de primeiro mundo. Assim é Praia do Forte, marco zero da Linha Verde, distante 50 quilômetros do Aeroporto Internacional de Salvador, “point” do turista apaixonado pelo turismo ecológico. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelos links: http://www.bahia.com. br/cidades/praia-do-forte-mata-desao-joao

Gastronomia

Distância • Salvador: 53 km • Porto Seguro: 661 km • Rio de Janeiro: 1.206 km • São Paulo: 1.452 km • Brasília: 1.463 km • Belo Horizonte: 1.328 km

Como chegar

Paraíso das tartarugas marinhas

Via Terrestre: Saindo do Terminal Rodoviário de Salvador são 19 km até o Aeroporto. Daí seguir pela Estrada do Coco, BA-099, até chegar a entrada no 34km. O acesso é feito pelo km 1 da Linha Verde. Depois percorre-se 1,5km, através de rua pavimentada com paralelepípedos. Existem linhas regulares de ônibus partindo de Salvador para a Praia do Forte Praia do Forte.

BA 099

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Local oferece diversas opções

Costa do Sauípe mistura o requinte dos resorts com a exuberância de belas praias

Costa do Sauípe: entre requinte e simplicidade

O

destino turístico Costa do Sauípe está localizado no município de Mata de São João e possui vasta infraestrutura de lazer e esportes. Composto por cinco hotéis de bandeira internacional, seis pousadas temáticas, e outras instalações também de nível internacional, o complexo tem capacidade para abrigar até 3,5 mil pessoas.

Um dos grandes hotéis possui, inclusive, um salão que comporta 1,2 mil congressistas. As pousadas temáticas estão localizadas na Vila Nova da Praia, um típico vilarejo praiano, com todo o romantismo de uma capela colonial e ruas calçadas com paralelepípedos. Em cada uma, traços regionais peculiares remetem o hóspede a algum encanto da Bahia. Viver Bahia | 39


40 | Viver Bahia

Mangue Seco

Principais atrações • Reserva Ecológica • Golfe • Museu do Parque • Sauípe Country • Sauípe Esportes Náuticos • Sauípe Tennis

Gastronomia

Foto:Rita Barreto/Setur

A Pousada Aldeia, construída um pouco afastada das demais, prima por reproduzir o cenário de uma aldeia de pescadores; a Pousada Agreste, por sua vez, faz uma referência à cultura nordestina, com arquitetura colonial e clima de forró; a Pousada Torre é inspirada no primeiro castelo medieval construído no Brasil por Garcia D’Ávila; a Pousada Pelourinho remete às sacadas, balcões e cores do conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico de Salvador; a Pousada Carnaval tem fachada em estilo colonial nas cores do Ylê Aiyê, Olodum e Araketu, os mais famosos blocos afros da Bahia; a Pousada Gabriela, que homenageia o escritor baiano Jorge Amado, levando o nome da sua personagem mais famosa, preserva características típicas dos casarões de Ilhéus, cidade natal do romancista. A Vila Nova da Praia é um lugar que convida o visitante tanto a descansar na rede e ler um bom livro, quanto a curtir praias, serenatas e festas típicas promovidas no local. É nela que fica a Praça do Cruzeiro, onde o turista pode encontrar barzinhos, restaurantes típicos, butiques, joalherias e lojas de artesanato. Com a proposta de buscar uma integração com o meio ambiente, o paisagismo do empreendimento foi desenvolvido com vegetação original da região, que possui coqueirais, manguezais, restingas, dunas, rios e lagoas, além de trechos de Mata Atlântica. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link http://www.bahia.com.br/ cidades/costa-do-sauipemata-de-sao-joao

• Frutos do mar • Cozinha Internacional

Infraestrutura O parque hoteleiro de Costa do Sauípe possui 3.300 leitos

Principais atrações • Vila • Dunas • Surfe

Distâncias • Salvador: 76 km • Porto Seguro: 684 km (via ferryboat) • Rio de Janeiro: 1.288 km • São Paulo: 1.537 km • Brasília: 1.137 km • Belo Horizonte: 1.330 km

Como chegar: Via Terrestre: A Costa do Sauípe fica no complexo hoteleiro que disponibiliza ônibus exclusivo para fazer transporte entre Sauípe e o Aeroporto. A partir do Terminal Rodoviário de Salvador, a empresa Expresso Linha Verde faz o percurso. De carro, o visitante deve pegar a Estrada do Coco, partindo do Km 0 e seguir por 53 km até entrada da Praia do Forte. Neste ponto começa a Linha Verde (BA-099), na qual deve-se seguir mais 23 km até a Costa do Sauípe. Costa do Sauípe

Imbassaí Praia do Forte BA 099

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/ servicos

Vilarejo fica entre a foz do Rio Real e as imen

Gastronomia

sas dunas da região

Mangue Seco: paraíso das dunas M

angue Seco é a última praia no extremo norte do litoral baiano, localizado no município de Jandaíra, fazendo divisa com o estado de Sergipe. A beleza do local foi bem retratada na novela Tieta, veiculada pela Rede Globo e inspirada no romance Tieta do Agreste, de Jorge Amado. Esta produção incentivou ainda mais o turismo no local, quando o Brasil passou a conhecer toda a beleza do lugar, que resguarda numerosas dunas e paisagens primitivas de rios e mar. As opções de lazer são variadas, com programas que satisfazem desde os surfistas, que nas praias da região encontram picos de grandes ondas, até os pescadores, que nas águas calmas dos rios conseguem fisgar os mais variados peixes. Dentre eles estão arraias, cações e carapebas, além do peixe-boi, espécie rara, geralmente encontrada no Rio Amazonas, que nas águas calmas do Rio Fundo, mais um dos vários rios que cortam Mangue Seco, encontrou um habitat propício para se reproduzir. O Rio Real também merece destaque. Suas águas, um pouco salgadas, lembram

as águas do mar e são uma verdadeira surpresa para os desavisados. A salinidade diverte os banhistas com a facilidade de, simplesmente, boiar e relaxar ao sabor do rio. O vilarejo fica entre a foz do Rio Real - que dia a dia vai escavando suas margens - e as imensas dunas que se movem com o vento e avançam, querendo encobrir tudo. A dificuldade do acesso exclusivamente de barco, através do Rio Real - é o que torna Mangue Seco mais atraente e a mantém naturalmente rústica. As poucas ruas são cobertas de areia fina e macia. À noite, crianças ainda brincam de roda e de esconde-esconde, enquanto os visitantes ouvem histórias antigas, contadas por pescadores ou, ainda, participam de serenatas junto à população nativa. Pouco iluminada, a vila oferece noites estreladas, com beleza extraordinária nos períodos de lua cheia.

• Praia de Mangue Seco • Unidade de Conservação

A paisagem, que sempre é deslumbrante, ganha um atrativo a mais quando o reflexo da lua se intensifica nas águas dos rios que cercam a região. Em posição privilegiada, na baía de Estância, Mangue Seco testemunha o encontro dos rios Real, Piauí, Fundo, Guararema, Priapu e Saguí com o Oceano Atlântico. A mistura de água doce e salgada propicia a formação de extensas áreas de mangue e, consequentemente, a fartura de frutos do mar. Na praia de rio, os coqueiros se debruçam, curvando o tronco sobre as águas. Por toda a margem, espalham-se pousadas, bares, restaurantes e casas de pescadores, criando uma boa estrutura de apoio para os turistas. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link http://www.bahia.com. br/cidades/mangue-secojandaira

• Frutos do mar • Culinária afro-baiana

Infraestrutura O parque hoteleiro de Mangue Seco possui 367 leitos

Distâncias • Salvador – 225 km • Porto Seguro – 835 km (até Pontal + 15 min de lancha rápida) • Rio de Janeiro – 1.848 km • São Paulo – 2.162 km • Brasília – 1.523 km • Belo Horizonte – 1.427 km

Mangue Seco

Como chegar: O acesso a Mangue Seco deve ser feito a partir da cidade de Pontal, em Sergipe, a 250km de Salvador. Saindo da capital baiana, deve-se seguir pela Estrada do Coco (BA-099) e, em seguida, Linha Verde. De ônibus, com a empresa BA 099 Expresso Linha Verde.

Costa do Sauípe

Imbassaí Praia do Forte

Salvador

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Costa do Dendê

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Roteiros: sol, pr aia, sabores e história

Taipus de Fora, Maraú 42 | Viver Bahia

Região oferece opções que vão desde sol e mar à cultura étnicoafro agregadas à ecologia e à produção artesanal

S

ituada entre a foz do Rio Jaguaripe e a Baía de Camamu, a Costa do Dendê é um verdadeiro mosaico de praias, baías, manguezais, costões rochosos, restingas, nascentes, lagoas, rios, cachoeiras e estuários. Seus 115 km de litoral de praias quase intocadas, de águas claras e quentes, com formações variadas de recifes de corais e emolduradas por vastos coqueirais, figuram entre as melhores do país nos principais guias do gênero. O arquipélago fluvial do Rio Una abriga uma variedade de ilhas paradisíacas, como Tinharé, Boipeba e Cairu. Já a estonteante Baía de Camamu abre-se em dez ilhas inexploradas, com vegetação primitiva e coqueirais. Os intermináveis manguezais servem de berçário para robalos, tainhas, caranguejos, siris, camarões, pitus, ostras e lambretas. Uma extensa contracosta de águas plácidas é ideal para navegação, vela, mergulho e pesca. As imponentes cachoeiras são picos para a prática de esportes radicais. Uma Unidade de Conservação preserva a rica fauna e flora. As abundantes árvores de dendê, tempero que dá o gosto peculiar à culinária baiana, dão o toque final no cenário local. A natureza velada neste paraíso de grande diversidade ecológica divide a paisagem com um rico acervo histórico, herança do Brasil Colônia. Os povoados primitivos preservam características culturais tradicionais. Há ainda lugares maravilhosos como Garapuá, Tassimirim, Praia do Outeiro e das Pedras, Bainema e Boca da Barra. No roteiro de passeios, destaque para a volta em torno da ilha, Rio do Inferno, tour em uma canoa artesanal e caminhada até a Cova da Onça. Viver Bahia | 43


Morro de São Paulo

Fotos:Jota Freitas/Bahiatursa

A influência africana é marcante na região. Suas vilas singulares testemunham, através de casarões, igrejas e antigas fazendas, o seu passado importante para a formação do País, além de praias com recifes de corais que formam excelentes piscinas naturais, oferecendo oportunidades da prática de esportes náuticos como vela, mergulho e pesca. Os povoados de Boitaraca e Jatimane, originários de antigos quilombos, com sua população negra, vivem basicamente da piaçava, catação de mariscos e pesca, além da produção artesanal, utilizando como matériaprima produtos que a natureza local oferece. Várias são as unidades de conservação que procuram preservar e conservar os seus recursos naturais e disciplinar e ordenar a ocupação desse território. Citamos como principais as APAS de Guaibim, Tinharé/ Boipeba, Pratigi, Península de Maraú e Baía de Camamu. Como o próprio nome sugere, a Costa do Dendê é notabilizada pela rica variedade de comidas típicas feitas à base do óleo extraído do fruto característico da região. Se na terra tem dendê, no mar há uma vasta quantidade de opções que vão desde ostras e mariscos a crustáceos muito saborosos como camarões e lagostas. A mistura entre o dendê e os frutos do mar resulta numa combinação imperdível para os paladares mais exigentes. Em toda a zona turística é possível encontrar restaurantes de todos os portes com capacidade para receber bem o visitante que ali chegar em busca de um prato com os encantos e sabores da Bahia.

Municípios e localidades Valença Cairu Morro de São Paulo Boipeba Igrapiúna Camamu Taperoá Nilo Peçanha Ituberá Maraú Presidente Tancredo Neves

Infraestrutura Parque hoteleiro: 12.243 leitos em resorts, hotéis e pousadas. Atracadouros, aeroporto nacional e regional

Opções Sol e Praia Turismo Cultural Ecoturismo Esporte e Aventura Turismo Náutico Turismo de Mergulho Turismo Étnico-Afro

Praias perfeitas para mergulho e banhos em família 44 | Viver Bahia

Estilo pitoresco do lugar resiste ao tempo e à

Morro de São Paulo: cultura à beira-mar A pequena ilha cercada de um belo mar azul por todos os lados e localizada a 272 km de Salvador é um dos destinos mais badalados da Bahia, pois reúne num só lugar a beleza de um paraíso incrivelmente agradável com aspectos culturais e históricos sensacionais. Suas edificações como o Farol de Morro de São Paulo, Fonte

expansão turística

Grande, que data do século XVIII, Igreja de Nossa Senhora da Luz e suas praias sejam elas desertas ou movimentadas proporcionam uma atmosfera diferenciada neste pedaço de litoral baiano. Em Morro, apelido carinhoso que a localidade ganhou dos seus visitantes e moradores, há quatro praias com diferentes particularidades, tendo como aspecto em comum apenas a temperatura da água, quase sempre morna, bem como a sua calmaria e também a rua batizada de Caminho da Praia, que é a principal via do lugar. A primeira praia é repleta de pousadas, bares, restaurantes e lanchonetes

e também é uma das que mais reúnem opções de lazer como mergulhos, tirolesa, dentre outras atividades. A segunda praia também é um lugar com muitos agitos e badalação para todos os gostos, pois lá estão localizados diversos bares com música ao vivo e as danceterias que executam um variado repertório que vai do Axé Music, passa pelo Forró, Reggae, Música Eletrônica e Samba. Um atrativo à parte são os drinques vendidos à beira-mar como capetas e caipiroscas de todos os tipos de frutas. Nas duas primeiras praias é comum ver muitos estrangeiros e brasileiros de outros estados que ali chegaram como turistas, se apaixonaram, montaram seus negócios e nunca mais voltaram para sua terra natal. As duas últimas praias são mais voltadas para aqueles que estão em busca de sossego e contemplação do visual paradisíaco que a ilha oferece. Nelas é possível fazer caminhadas e visualizar piscinas naturais formadas nas praias, cujo mar tem águas cristalinas. É lá também que estão localizados belos hotéis, pousadas e resorts que oferecem conforto e infraestrutura para os turistas que visitam a região. Outro diferencial de Morro de São Paulo é a ausência de veículos automotores. Lá apenas os tratores são usados para atividades como coleta de lixo e, ocasionalmente, transporte de passageiros. Os carregadores de malas, por sua vez, são figuras que já se consolidaram como características deste paraíso. Quem se dispõe a trilhas de dificuldade média, pode partir para a vila da Gamboa, a Fonte do Céu e o Teatro do Morro, estes dois lá no alto, numa zona chamada de Mangaba. O transporte local se limita a tratores puxando cabines para poucos passageiros. Se a hospedagem escolhida não oferecer o translado desde o desembarque, visitantes com bagagem pesada vão precisar do serviço de carregadores, por exemplo.

Principais atrações • Farol • Fonte Grande • Igreja de Nossa Senhora da Luz • Praias • Trekking • Cavalgada • Canoagem • Mergulho • Esportes Náuticos

Como chegar: Via Terrestre: Sair de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, antes subir viaduto que dá acesso à BR-101, daí seguir até o entroncamento com BA-542, que leva a Valença. A partir de Valença, seguir de barco ou lancha para Morro de São Paulo. Todos os dias, saem embarcações do Porto de Valença para fazer a travessia. Existem estacionamentos para deixar o veículo por quantos dias forem necessários (é cobrada uma taxa diária). Via aérea: No Aeroporto Internacional de Salvador, embarcar nos táxis aéreos Adey e Aerostar, que fazem voos para Morro de São Paulo. Via marítima: Sair de Salvador a partir do Terminal Turístico Marítimo. Lanchas e catamarãs de empresas diversas fazem a travessia em horários variados. Nos meses de abril a novembro, não há horário fixo. Outra opção é sair de Salvador pelo ferry-boat, de Bom Despacho, via Itaparica, e seguir pela BA-001 até Valença. Ou, então, seguir de Itaparica em ônibus das empresas Cidade Sol e Águia Branca. A partir de Valença, embarcações partem, diariamente, das 6h às 17h30min. Embarque no Terminal Marítimo da cidade.

Salvador

Itaparica Nazaré

BA 001

Valença Morro de São Paulo

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 45


Principais atrações

Cairu: sol e praia com tempero baiano

• Morro de São Paulo • Ilha de Boipeba • Convento de Santo Antônio • Igreja de Nossa Senhora da Luz • Barca & Barquinha • Samba de roda, samba-chula e música-afro • Capoeira • Maculelê & Orquestra de Berimbaus • Chegança de Marujos & Mouros • Congada • Festa de São Benedito (8/12) • Festa de N.S. do Rosário • Reisada (6/01) • Os Caretas • Bonecões & Mamulengos • Teatro de Rua & Teatro Popular • Artesanato de renda de bilros • Trekking • Cavalgada

Infraestrutura O parque hoteleiro de Cairu possui 6.558 leitos Construções históricas como a Igreja e o Convento de Santo Antônio, datado de 1654

Gastronomia

D

• Frutos do mar • Moqueca de caranguejo e siri

o tupi-guarani Aracajuru, que significa Casa do Sol, Cairu é uma ilha do arquipélago fluvial do Rio Una, juntamente com Tinharé e Boipeba. Cercada por manguezais, a cidade reserva bons pontos de mergulho, em especial nas Pedras da Benedita, Tatiba e Tatimirim, localizadas, respectivamente, a cinco, sete e três milhas da costa. A principal atração é Morro de São Paulo, famoso pelas belas praias de águas cristalinas e pela vila, point de bares, barracas de roskas e batidas,

muita música, agito e paquera. Mas Cairu reserva, ainda, construções históricas como a Igreja e o Convento de Santo Antônio, datado de 1654; a Igreja de Nossa Senhora da Luz, com imagens sacras e seus altares de cedro em estilo barroco dos séculos XVII e XVIII; e as três bicas da Fonte Grande, tombada pelo Patrimônio Histórico em 1943. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link http://www.bahia. com.br/cidades/cairu

Distâncias • Salvador: 140 km até Valença* • Porto Seguro: 474 km até Valença* • Rio de Janeiro: 1.424 km até Valença* • São Paulo: 1.738 km até Valença* • Brasília: 1.300 km até Valença* • Belo Horizonte:1.242 km até Valença* * +1h30m de barco

Como chegar: Via terrestre: Sair de Valença, percorrer 30 km pela BA-001, na direção sul, até chegar a Nilo Peçanha. Seguir por mais 15 km até a sede de Cairu. Outra opção é sair de Valença até a ponte em Torrinhas, e seguir de barco ou lancha com duração de 15 min. De ônibus, partir do Terminal Rodoviário de Bom Despacho pela empresa Cidade Sol [ +55 71 3682 1791].

Itaparica Nazaré

Salvador

BA 001

Valença Sede de Cairu

Torrinhas Cairu

46 | Viver Bahia

Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http:// www.bahia.com.br/servicos

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Fotos:Rita Barreto/Setur

Boipeba

Cairu

A rica flora e fauna destacam-se dentre outras espécies

Boipeba: pequeno paraíso na Costa do Dendê

S

eus 20 quilômetros de praias quase desertas, o ar de tranquilidade e o charme de suas pequenas pousadas bastante confortáveis, apesar do clima rústico, fizeram com que a Ilha de Boipeba se tornasse uma das principais joias do litoral baiano e também ganhasse destaque no site do jornal norte-americano The New York Times, em 2011. E são justamente as características mais rústicas alguns dos principais atrativos de Boipeba, inclusive ressaltados pelo periódico da Terra do Tio Sam, que fez questão de afirmar que aquele é talvez um dos poucos lugares do planeta onde as pessoas podem se desconectar do mundo. Localizada ao sul de Tinharé, município de Cairu, cercada de um lado pelo oceano e de outro pelo estuário do Rio do Inferno, a ilha conta com os povoados de Velha Boipeba, Moreré e São Sebastião, este último também conhecido como Cova da Onça. A paisagem, de uma rara beleza natural e grande diversidade de ecossistemas, abre-se em floresta densa de Mata

Atlântica, restinga, dunas, uma das maiores reservas de mangue do Brasil e praias paradisíacas com extensos coqueirais e recifes de grande valor ecológico. A rica flora e fauna destacam, dentre outras espécies, uma grande variedade de corais, algas, peixes, moluscos, ouriços e estrelas. Habitat de aves, tatus e raposas, é também ponto de desova das tartarugas marinhas. Entre trilhas ecológicas que passam pela Mata Atlântica e 20km de praias paradisíacas e inexploradas, a ilha é igualmente reduto do turismo histórico. Em Velha Boipeba, a Matriz do Divino Espírito Santo data do início do século XVII. Já em São Sebastião, o destaque é a Igreja de São Sebastião, do início do século XX. Entre os passeios imperdíveis para se fazer pela ilha estão as visitas às piscinas naturais da Praia de Moreré, a Praia da Cueira e o visual indescritível do pôr-do-sol do Rio do Inferno. A simpatia dos moradores locais e a riqueza arquitetônica do vilarejo do século XVII também valem muito a pena conhecer.

Principais atrações • Praia de Moreré • Praia da Cueira • Ponta de Bainema • Igreja Matriz do Divino Espírito Santo • Igreja São Sebastião • Praias • Mergulho • Esportes náuticos

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pelo sistema ferry-boat até a Ilha de Itaparica, saltar no Terminal de Bom Despacho e seguir pela BA-001 até Valença. A partir do cais de Valença pegar um barco que faz o percurso em 4 horas. Pode-se também sair de Valença em lanchas rápidas. Outra opção é ir pela estrada de Cairu até o entroncamento de Torrinhas de onde partem lanchas pequenas que fazem a travessia em pouco mais de 20 min. Via Marítima: Saindo de Salvador pelo ferryboat, diariamente, saem ônibus da empresa Cidade Sol, de Bom Despacho para TorriSalvador nhas. Itaparica

Nazaré

BA 001

Valença

Torrinhas

Boipeba

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Viver Bahia | 47


Maraú

Camamu

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

• Capoeira • Cachoeira do Tremembé • Terno de Almas • Mandu • Mascarado • Artesanato em piaçava, madeira, coco e palha

Infraestrutura O parque hoteleiro de Maraú possui 2.639 leitos

Maraú: pensínsula cercada de águas cristalinas

C

ercada por um lindo mar de águas azuis, a Península de Maraú é um dos principais cartõespostais da Costa do Dendê. São 40km de praias e uma paisagem recheada de atrativos como restingas, cachoeiras e manguezais. Suas principais praias são Taipus de Fora e Barra Grande, que oferecem uma excelente infraestrutura turística, com dezenas de opções de hotéis, pousadas e também empresas que fazem passeios náuticos pela Baía de Camamu. Uma das atrações turísticas deste município é o Terno de Almas, ritual que homenageia os mortos, ligado à crença católica, que acontece na Quaresma e segue até a Sexta-Feira Santa. Seus participantes percorrem sete encruzilhadas. A tradição é de que a cada sete passos dados os participantes parem e cantem até andar mais sete passos para rezar. O ritual termina por volta da meianoite, no cemitério da cidade, onde todos se despedem. Outras duas manifestações também chamam a atenção dos turistas: Mandu e Mascarado. O Mandu significa “pessoa sem juízo” e a manifestação é realizada na semana que antecede o Carnaval. Os jovens fantasiamse com balaios e panos coloridos, formando figuras disformes e

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desfilam pela cidade tocando búzios. Já o Mascarado é uma brincadeira que acontece durante o Carnaval com a participação da comunidade que vai às ruas usando máscaras produzidas artesanalmente. A intenção é incitar o medo, o susto, o riso. Inserida na Unidade de Conservação da Península de Maraú, este santuário ecológico revela uma variedade de ecossistemas costeiros, compreendendo águas interiores, estuários e o vasto Oceano Atlântico, bem como ecossistemas fluviomarinhos e terrestres, com uma diversidade de praias, restingas, recifes coralinos, manguezais, campos naturais e tipos florestais da Mata Atlântica, com uma variada fauna e flora. Do mirante na cidade alta, descortina-se uma bela vista do estuário de Maraú e da cidade baixa, incluindo a ampla área de feira e as embarcações do atracadouro. A beleza da cidade conquistou o escritor e aviador francês Antoine de SaintExupéry, autor de O Pequeno Príncipe, que chegou, inclusive, a manter residência no povoado. A importância de Maraú nos séculos passados se revela, ainda hoje, nos prédios de arquitetura antiga, em estilo português, do século XVIII.

Fotos: Jota Freitas/Bahiatursa

Principais atrações

Gastronomia • Frutos do mar frescos • Pirão • Pimenta

Distâncias • Salvador: 330 km (até Camamu + 1h30m de barco) • Porto Seguro: 381 km (+ 40 km até Barra Grande) • Rio de Janeiro: 1.354 km (+ 40 km até Barra Grande) • São Paulo: 1.710 km (+ 40 km até Barra Grande) • Brasília: 1.307 km (+ 40 km até Barra Grande) • Belo Horizonte: 1.238 km (+ 40 km até Barra Grande)

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador via ferryboat até o Terminal Marítimo de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica. A partir daí, seguir pela BA-001, sentido sul, até Camamu. De lá, existem embarcações que partem até Barra Grande, diariamente, das 07h às 16h30. De barco, são cerca de 1h40’. De lancha, o percurso é mais rápido (25min). Em Camamu, há estacionamentos pagos, onde se pode deixar o carro para efetivar a travessia até Barra Grande/ Maraú. A cobrança é de acordo com o número de dias que o veículo permanecer no local. Outra opção é sair de Salvador pela BR-324 e seguir direto pela BR-101 até o entroncamento com Ubaitaba, de onde se pega a BR-030 para Maraú. O acesso rodoviário até Maraú, via BR-030, só foi aberto na década de 60, quando da criação do Porto de Campinho. Todavia, a estrada não é asfaltada, portanto, com tempo chuvoso, o melhor é ir mesmo de barco, a partir de Camamu. Via Marítima: As embarcações partem do porto de Camamu para Barra Grande/ Maraú.

Salvador Itaparica Nazaré

BA 001 Valença

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http:// www.bahia.com.br/servicos

Camamu

Boipeba

Camamu: baía cheia de riquezas culturais

L

ocalizada à margem do Rio Acaraí, distante 330 km de Salvador, a cidade Camamu remete ao período colonial, mais precisamente ao ano de 1560, quando jesuítas ergueram a capela de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu - do qual se derivou a nomenclatura do Vale. O lugar faz parte da paradisíaca Costa do Dendê. Porto de embarcação para Barra Grande e Baía de Camamu, a cidade de Camamu, às margens do Rio Acaraí, abre-se em meio a um vasto manguezal. Uma das mais antigas cidades brasileiras, Camamu chegou a ser o maior produtor de farinha de mandioca do Brasil. Construída em dois andares, assim como Salvador, a cidade alta abriga prédios coloniais, a maior igreja do interior do Estado - Matriz de Nossa Senhora da Assunção, datada do século XVIII - e antigos casarões. Do mirante, descortina-se uma bela vista da Baía de Camamu, entrecortada por mangues. Na parte baixa, destaque

para a feira e o porto, onde, em 1693, funcionava também a Casa de Câmara e Cadeia. Para desfrutar da natureza por completo, vale a pena passeios de barco ao longo desta que é a terceira maior baía do Brasil (a Baía de Camamu) e conhecer a sua infinitude de ilhas entocadas em meio à mata preservada, e os pequenos povoados que mantêm viva a cultura tradicional. Outra boa opção é seguir rumo às praias paradisíacas, cachoeiras, ilhotas e mangues de Barra Grande. A cidade que foi construída nos moldes da capital baiana, devido ao seu relevo, é dividida em duas partes: alta e baixa. Na parte superior, as construções características do período colonial são um prato cheio para quem procura conhecimento arquitetônico e histórico. Antigos casarões, prédios coloniais, além da Matriz de Nossa Senhora da Assunção, maior igreja do interior da Bahia, construída no século XVII, podem ser visitados. Já a parte inferior abriga a feira

Gastronomia à base de frutos do mar e passeios pelas ilhas da baía, como a Ilha da Pedra Furada (foto acima), são alguns dos principais atrativos Viver Bahia | 49


da cidade e o porto, local onde funcionava, em 1863, a Câmara e Cadeia da região. De lá, diversas embarcações dão acesso à Baía de Camamu, terceira maior baía do Brasil, repleta de ilhas paradisíacas em áreas de preservação de manguezais e Mata Atlântica. Do local também partem inúmeros barcos e lanchas para Barra Grande, belíssima praia da Península de Maraú. Para quem procura um relaxante passeio pelas belas ilhas da baía, lanchas e escunas (principalmente na alta temporada) são opções regulares, na maioria dos casos partindo nas primeiras horas da manhã, no intuito de aproveitar mais o dia. Entre os principais roteiros, lugares como a Ilha da Pedra Furada, Campinho, Sapinho, a Ilha do Goió e Ilha Grande, que oferecem inúmeras praias paradisíacas (algumas desertas), cercadas de águas cristalinas, recifes de corais e locais para a prática de esportes náuticos, como o velejo e o mergulho. É possível encontrar bares e restaurantes durante o passeio. Mas para quem pretende desvendar todas as belezas da Baía de Camamu, um único dia não será suficiente para se conhecer todas as maravilhas proporcionadas pela natureza no local. Num passeio mais apurado, destinos como os pequenos lugarejos de Barcelos do Sul, o Tanque, Cajaíba, Âmbar, Ilha das Flores, Ilha Pequena e lugares mais longínquos como o Rio Maraú e a Cachoeira do Tremembé podem ser explorados por quem tem tempo e disposição. 50 | Viver Bahia

Principais atrações

Valença: porto da Baía de Camamu

• Baía de Camamu • Rio Acaraí • Barra Grande • Matriz de Nossa Senhora da Assunção • Artesanato em madeira, palha esteiras, cestos, chapéus e mandalas • Ilha das Flores • Ilha da Pedra Furada • Capoeira • Bumba-meu-boi

D

Infraestrutura

istante 256 quilômetros de Salvador, o município de Valença encontra-se às margens do Rio Una e é o portão de entrada para um dos mais cobiçados pontos de visitação do trecho no estado: Morro de São Paulo. Mas se engana quem pensa que em Valença não há atrativos naturais para a apreciação, lazer e relaxamento. Cidade colonial, erguida na segunda metade do século XVIII, Valença detém um

O parque hoteleiro de Camamu possui 386 leitos

Gastronomia • Frutos do mar • Moquecas variadas

Distâncias • Salvador: 330 km • Porto Seguro: 388 km • Rio de Janeiro: 1.363 km • São Paulo: 1.682 km • Brasília: 1.279 km • Belo Horizonte: 1.289 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso a BR-101, direção ao sul, seguir até o entroncamento para Valença. De ônibus, sair de Salvador pelo Terminal Rodoviário e de Bom Despacho na Ilha de Itaparica. As empresas Santana, Águia Branca disponibilizam linhas para a localidade. Via Marítima: Outra opção é atravessar a Baía de Todos-os-Santos pelo sistema ferry-boat, através da empresa Cidade Sol (Salvador - Bom Despacho). Desembarcar na Ilha de Itaparica e seguir pela BA-001, passando por Nazaré, Valença, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá e Igrapiúna, até chegar em Camamu. São 180 km. Salvador Itaparica Nazaré

Foto:Adenilson Nunes/Secom

Foto:Jota Freitas/Bahiatursa

Cachoeira do Tremembé

Valença

valioso patrimônio cultural e arquitetônico, a exemplo das igrejas Nossa Senhora do Amparo e a Matriz do Sagrado Coração de Jesus, onde é possível se apreciar mosaicos de azulejos portugueses e variadas imagens sacras dos séculos XVIII e XIX. Ruínas históricas como a da primeira fábrica têxtil com energia hidráulica do Brasil (Fábrica Todos os Santos), também podem ser contempladas, após uma trilha em meio à Mata Atlântica. Suas belíssimas praias, em um litoral de 15 quilômetros de extensão, mesmo afastadas do centro urbano, são locais ideais para a prática do veraneio, com opções como caminhadas, passeios e esportes náuticos. Para atender aos visitantes, hotéis, pousadas, casas de veraneio e quiosques são encontrados no local. Localizada a 19 quilômetros da sede, a praia de Guaibim é destaque da região e possui melhor estrutura para atender ao turismo. De areias brancas e mar que proporciona

delicioso banho na maré vazante, Guaibim também é propícia à prática do surfe. Fixada a 22 quilômetros de Valença, a Praia de Ponta do Curral é caracterizada por sua paradisíaca beleza natural e águas mornas, além de proporcionar uma bela vista para o farol de Morro de São Paulo. As areias do local já são menos badaladas que Guaibim, ideal para quem quer maior descanso e sossego. Outra opção de passeio e lazer na região de Valença são as Corredeiras de Sarapuí, sete cachoeiras, excelentes para a prática de rafting. A principal tem uma queda d’água de 20 metros de altura. Rota certa para os fãs do esporte radical, localizada bem perto da entrada do pequeno povoado de Sarapuí, fundado no século XVIII. Para chegar ao local é necessário seguir pela BA-001 no trecho Valença-Ituberá e dobrar à direita na altura do Km 5, entroncamento do povoado de Boca da Mata. A partir daí são 12 quilômetros até Sarapuí.

Principais atrações • Praia de Guaibim • Praia da Ponta do Curral • Artesanato de palha (variedade de chapéus, cestos e luminárias) • Corredeiras de Sarapuí • Cachoeira da Água Branca • Unidade de Conservação • Ruínas Históricas • Igreja Nossa Senhora do Amparo • Matriz do Sagrado Coração de Jesus • Ruínas da primeira fábrica têxtil com energia hidráulica do Brasil • Rafting • Surfe • Esportes náuticos

Infraestrutura O parque hoteleiro de Valença possui 3.330 leitos

Gastronomia • Frutos do mar • Moquecas de peixe, camarão, siri, lagosta, polvos e mariscos

Distâncias • Salvador: 140 km (via BR-001) • Porto Seguro: 474 km • Rio de Janeiro: 1.424 km • São Paulo: 1.738 km • Brasília: 1.300 km • Belo Horizonte: 1.200 km

Como chegar: Via terrestre: Sair de Salvador pela BR-324 até o entroncamento com a BR-101 e depois seguir até a entrada para Valença. Outra opção é sair de Salvador pela BR324 até o entroncamento com a BR-101 e seguir para Santo Antônio de Jesus. A partir daí, pegar a BA-245 até Nazaré, de onde se segue pela BA-001 até Valença ou, então, continuar pela BR-101 até o entroncamento com BA-542, que leva a Valença. Via Marítima: Pelo sistema ferry-boat, sair de Salvador com destino a Bom Despacho, na Ilha de Itaparica. A partir daí, seguir pela BA-001, passando por Nazaré, até a cidade de Valença com a empresa Cidade Sol.

BA 001 Itaparica Valença

Camamu

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/ servicos

Nazaré

Salvador

BA 001

Valença

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Costa do Cacau

Paraíso do Chocolate Conhecida mundialmente pelos áureos tempos do cacau, região hoje se estabelece na indústria de transformação do fruto

C

erca de 180 quilômetros entre os municípios de Itacaré e Canavieiras formam a chamada Costa do Cacau. Reduto de belezas naturais, rios margeados por fazendas de cacau, praias intocadas de vastos coqueirais em meio à Mata Atlântica, e densos manguezais. A região encanta pelas paisagens e pela opulência dos anos áureos do chamado ouro negro. A arquitetura preserva o casario colonial dos séculos XVIII e XIX, em ruas calçadas de pedras, igrejas e casarões antigos, reduto de parte importante da História Nacional e que remonta ao período em que a produção e exportação cacaueira eram a atividade primordial da economia brasileira. Cenário de filmes, novelas e romances – grande parte da obra do escritor Jorge Amado, traduzido em diversos países, é ambientada em Ilhéus, principal cidade da Costa – a região, além de reduto histórico, é destino certo para quem procura diversão e contato direto com a natureza.

52 | Viver Bahia

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 17.893 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Atracadouros • Campos de golfe • Aeroportos nacionais e regionais • Porto • Centro de Convenções

Municípios e localidades • Canavieiras • Ilhéus • Olivença • Itabuna • Itacaré • Pau- Brasil • Santa Luzia • Una • Uruçuca

Opções

Praia São José, Itacaré

• Sol e Praia • Turismo Cultural • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Náutico • Turismo de Mergulho • Pesca Esportiva • Turismo de Negócios

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Fotos: Rita Barreto/Setur

Ilhéus

O fantástico mundo de Jorge Amado Cidade é um verdadeiro caldeirão cultural, entoado pela prosa do célebre Jorge Amado em vários romances

C

apitania foi instituída por Carta Régia de D. João III, a 25 de abril de 1534. Instalada em 1535 pelo espanhol Francisco Romero, administrador do donatário Jorge de Figueiredo Correia, que se estabeleceu após rápida passagem na Ilha de Tinharé (Morro de São Paulo), na foz do Rio Cachoeira (Baía de Ilhéus), onde fundou a Vila de São Jorge no cimo do atual Morro de São Sebastião. A vila só viria a ser elevada à categoria de cidade quando o cacau começou a oferecer um novo poder econômico ao local, já em 1881, através da Lei 2.187, assinada pelo marquês de Paranaguá, a 28 de junho. 54 | Viver Bahia

Ilhéus, a principal cidade da Costa do Cacau, revela belezas de um mar azul esverdeado, rodeado de areias brancas e margeado por extensos coqueirais. Ao longo da orla central, os numerosos ilhéus fluviais e marítimos justificam o nome da cidade. A história da cidade se confunde com a própria história da lavoura cacaueira, que foi iniciada no século XVIII e atingiu seu apogeu no século XX, quando a matéria-prima do chocolate era o produto central de exportação do país. Ilhéus abrigava o principal porto de escoamento da produção e fervilhava de pessoas, dinheiro, luxo e riqueza. O

A antiga sede da capitania oferece uma estrutura completa de hotéis de luxo, pousadas, agências de turismo e restaurantes

intenso intercâmbio com a Europa transformou a cidade em um verdadeiro caldeirão cultural, entoado pela prosa do célebre Jorge Amado em seus vários romances, traduzidos em diversas línguas. Toda a opulência dos anos majestosos do ouro negro é, ainda hoje, exibida na arquitetura local, com suas ruas e praças de paralelepípedos, casarões e bares, como o Vesúvio, cenário de Gabriela, Cravo e Canela - romance de Amado - e onde, outrora, coronéis e intelectuais se reuniam. Surgida há 465 anos, a antiga sede da capitania oferece uma estrutura completa de hotéis de luxo, pousadas, agências de turismo receptivo e uma variedade de restaurantes, onde se degusta o melhor da culinária baiana, regada a dendê e pimenta nos abundantes frutos do mar. As praias, de grande beleza natural, são ótimas para a prática de esportes náuticos, como windsurf, laser, hobby-cat e caiaques. A Mata Atlântica velada, habitat de espécies raras como o mico-leão-dourado, os rios, lagoas e cachoeiras dão o tom deste paraíso ecológico, reduto vivo dos anos áureos de império dos coronéis do cacau.

Principais atrações • Casa de Jorge Amado • Catedral de São Sebastião • Convento e Igreja de N. S. da Piedade • Igreja Matriz de São Jorge dos Ilhéus • Ilhas flutuantes • Lagoa Encantada • Estância Hidromineral de Olivença • Museu de Arte Sacra • Igreja de Nossa Senhora das Vitórias

Infraestrutura O parque hoteleiro de Ilhéus possui 8.985 leitos

Gastronomia • Moquecas de frutos do mar • Chocolate • Cocadas • O tradicional suco de cacau

Distâncias • Salvador: 467 km • Porto Seguro: 310 km • Rio de Janeiro: 1.269 km • São Paulo: 1.696 km • Brasília: 1.299 km • Belo Horizonte: 942 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR-101 com destino a Itabuna, daí seguir pela BA- 415 até Ilhéus. De ônibus, sair do Terminal Rodoviário de Salvador pela empresa Águia Branca Via Aérea: Sair de Salvador com destino a Ilhéus em voos diretos pelas empresas Tam [0300 123 1000] e Gol [0300 789 2121]. Voos diários. Aeronaves partem também do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Via Marítima: O Porto do Malhado serve de ancoradouro para navios vindos de todas as partes do mundo. Feira de Santana BR 324 BR 101 Salvador Itabuna

BR 415 Ilhéus

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Itacaré: paraíso de esportes náuticos

O

Foto: Gabriel Carvalho/Setur

nome Itacaré é uma mistura dos termos indígenas Ita - pedra em tupi - e karé - arcado, torto, em guarani. A cidade teve origem numa aldeia de índios, onde o jesuíta Luís da Grã ergueu uma capela em louvor a São Miguel, batizando o povoado de São Miguel da Barra do Rio de Contas, no século XVIII. Antigo porto de transporte de cacau, Itacaré também guarda no fundo do mar segredos e tesouros de galeões naufragados e histórias fantásticas de invasões piratas. Os mais antigos contam que, durante a fase de colonização, os índios atacavam constantemente os jesuítas, que se viram obrigados a construir

um túnel de aproximadamente um quilômetro de extensão, entre a igreja e a casa paroquial, com saída para a mata. Contam também que o local da cidade, originalmente, era mais rio acima, onde foi erigida a primeira capela. Protegida por um cinturão de Mata Atlântica, Itacaré se abre em uma vasta extensão de praias paradisíacas, rodeadas por coqueirais e areias brancas. Rios, imponentes cachoeiras, matas virgens, restingas e manguezais completam o estonteante cenário natural deste verdadeiro santuário ecológico primitivo, chamariz para a prática de rapel, rafting, passeios de canoa, caminhadas, trilhas ecológicas e o melhor do surfe em praias de ondas perfeitas.

A cidade surgiu às margens do Rio de Contas, a partir da fundação da Igreja de São Miguel, que passou a dar nome ao povoado: São Miguel da Barra do Rio de Contas. Somente em 1931, passou a se chamar Itacaré. A arquitetura local é marcada por antigos casarões e sobrados, fruto dos quase 100 anos de extravagância e prosperidade, decorrente da produção cacaueira desta que foi a principal rota de escoamento do cacau, parte marcante da história baiana. A cidade dispõe de uma infraestrutura completa, incluindo resorts de luxo, além das pousadas. A rua Pedro Longo concentra a maior parte dos bares e restaurantes, onde é possível saborear delícias típicas da região e a famosa pizza a metro. O agito fica por conta do tradicional forró pé de serra ou, se preferir, da moderna música eletrônica.

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Itacaré

Praia da Tiririca é ideal para a prática do surfe

Em Itacaré existem vários pontos excelentes para os amantes de aventura praticarem canoagem, além de rafting e do divertido boiacross. Mais versátil dentre todos, o Rio de Contas vem agradando bastante os praticantes de todas essas modalidades. Para canoagem, em especial, o trecho que vai de Ubaitaba a Itacaré, passando por Taboquinhas e terminando em Barra do Rio de Contas, que apresenta águas tranquilas. Além das praias do Havaizinho, Engenhoca e Tiririca, perfeitas para boas disputas de surfe. Caminhada ecológica, passando pela praia da Concha e conhecendo o Centro Histórico também são opções bastante concorridas, concluídas com um bom banho de mar nas praias rurais de Engenhoca, Havaizinho, Camboinha e Itacarezinho.

Principais Atrações

Distâncias

• Praia do Resende • Praia da Concha • Praia da Coroa • Praia da Costa • Praia da Ribeira • Itacarezinho • Praia do São José • Praia do Centro • Praia do Ciríaco • Praia do Pontal • Prainha • Cachoeira da Usina • Fazenda Providência • Cachoeira do Carioca • Cachoeira do Rio do Engenho • Cachoeira Pancada Grande ou Véu de Noiva • Rio de Contas • Distrito Taboquinhas • Cachoeira do Cleandro • Cachoeira Jeribucaçu / Arruda • Trilha Alto da Esperança / Vila Camboinha • Trilha Janela da Gindiba – Itacaré • Trilha Prainhas • Esportes náuticos na Praia da Concha • Surfe • Rafting / rapel em Taboquinhas • Rafting / cascading no Rio de Contas • Ttrekking na Trilha do Costão • Trilha Refúgio dos Anjos • Mergulho em Itacarezinho • Artesanato de barro e palha de coco • Bumba-meu-boi

• Salvador: 428 km • Porto Seguro: 380 km • Rio de Janeiro: 1.346 km • São Paulo: 1.707 km • Brasília: 1.303 km • Belo Horizonte: 1.133 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324 , sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR-101 sentido Ilhéus, passando por Itabuna. A partir de Ilhéus, seguir pela BA-001 até Itacaré. São 65 km pela estrada ecológica. Outra opção é partindo de Bom Despacho pela BA-001 seguir por 180km até Camamu, daí seguir por mais 97km até Itacaré. De ônibus, a empresa Águia Branca disponibiliza linha direta Salvador-Itacaré Via Aérea: A TAM e Gol mantêm voos diários para Ilhéus, partindo de Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. A partir de Ilhéus, existem ônibus saindo do terminal rodoviário, para a localidade. Via Marítima: Aportar em Ilhéus, no Porto do Malhado.

Feira de Santana BR 324

O parque hoteleiro de Itacaré possui 3.759 leitos

Gastronomia

Protegida por um cinturão de Mata Atlântica, Itacaré se abre em uma vasta extensão de praias paradisíacas 56 | Viver Bahia

• Moquecas de frutos do mar com tempero especial de amendoim, castanha de caju e pequi • Doces de frutas tropicais

Salvador

BR 101

Infraestrutura

Itacaré Itabuna

BR 415

BA 001

Ilhéus

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Una

Canavieiras

• Pesca do Merlim Azul • Puxada do Mastro de São Sebastião • Praia da Barra de Atalaia • Ilha das Garças • Barra do Poxim • Barra Velha • Burundanga • Vila Atalaia e Praias Urbanas • Sítio Histórico de Canavieiras

Infraestrutura O parque hoteleiro de Canavieiras possui 1.596 leitos

Gastronomia

Canavieiras: capital do caranguejo e do Merlim-Azul

U

ma paisagem ainda primitiva, santuário ecológico cercado de ilhas por todos os lados, praias paradisíacas e rios, envolta por Mata Atlântica, vastos coqueirais e áreas de manguezal formam o cenário deslumbrante de Canavieiras. Abrigo de uma diversificada fauna silvestre, Canes, como é conhecida a cidade, é também o maior pesqueiro natural de robalo do Brasil, e o maior viveiro de Marlin-Azul do mundo. Às margens do Rio Pardo e de frente para o mar, seus 17 quilômetros de praias reservam, ao mesmo tempo, águas rasas e tranquilas, ondas radicais para a prática do surfe e pontos ideais para pesca. Opulenta à época do auge do cultivo e exportação do cacau, foi na Fazenda Cubículo, em Canavieiras, que foi plantado o primeiro pé da semente em toda a região, no século XVIII. Ainda hoje, as inúmeras fazendas dominam a paisagem ao longo dos rios. O ano de 1700 é considerado o começo da povoação de Canavieiras. Na época, o município fazia parte da capitania de São Jorge dos Ilhéus. Com o desmembramento, em 1833, o território passou a ser chamado de 58 | Viver Bahia

Imperial Vila de Canavieiras e, ainda nesse século, passa a criar novos núcleos populacionais, visando à colonização e expulsão dos índios que ali habitavam. O início do povoamento se deu com a chegada de um grupo de brasileiros e portugueses fugidos de índios de outras regiões que estavam em busca de melhores terras para suas lavouras. Eles chegaram em um local conhecido como Poxim e ali construíram uma capela para São Boaventura, cuja imagem fora encontrada na praia. Em torno da área foi crescendo um povoamento organizado, que logo se expandiu pelas adjacências. O Centro Histórico remonta aos anos do chamado período do ouro negro, com seus belos casarões dos séculos XVIII e XIX. A cidade dispõe de infraestrutura completa para receber bem o visitante: hotéis e pousadas que prezam pelo contato com a natureza, restaurantes, bares e barracas de praia com o melhor da culinária local, farta em caranguejo e frutos do mar. Para acompanhar, nada melhor do que uma água de coco e drinques à base de frutas tropicais, brindados ao sol da Bahia.

• Frutos do mar, principalmente caranguejo • Doces de frutas tropicais

Distâncias • Salvador: 528 km • Porto Seguro: 380 km • Rio de Janeiro: 1.174 km • São Paulo: 1.601 km • Brasília: 1.368 km • Belo Horizonte: 987 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso a BR-101, com destino a Ilhéus. A partir daí, desviar para a BA-001 que leva até Canavieiras, distante 87 km. De ônibus, saída do Terminal Rodoviário de Salvador pela empresa Águia Branca. A partir de Ilhéus, existem ônibus diários para a localidade, saindo do Terminal Rodoviário Via Aérea: Do Aeroporto Internacional de Salvador partem voos diários com destino ao Aeroporto de Ilhéus. Via Marítima: Aportar no Porto do Malhado, na cidade de Ilhéus. Seguir para Canavieiras pela BA-001, ou em ônibus que fazem a linha Ilhéus-Canavieiras

P

raias, rios, banhos de lama negra medicinal e as corredeiras do Rio Una estão entre os atrativos do município. Os fãs do turismo ecológico não podem deixar de conhecer o Ecoparque de Una, um centro de visitação, pesquisa e educação ambiental com grande área de Mata Atlântica preservada. A Ilha de Comandatuba, uma estreita faixa de terra separada do continente, com fauna e flora intocadas em meio a um vasto coqueiral, é um verdadeiro deleite para os fãs de esportes náuticos. Nos povoados de Comandatuba e Pedras de Una, artesãos e pescadores preservam o modo de vida tradicional, que pode ser melhor evidenciado durante a popular puxada de mastro. A igreja do padroeiro local, São Sebastião, construída pelos jesuítas, conserva as características arquitetônicas de séculos atrás. A estrutura turística é de causar inveja. Ela conta com muitas pousadas e restaurantes, além de lojas de artesanato e uma escola de tapetes e cangas artesanais. Na ilha de Comandatuba está instalado um dos maiores resorts do País, que possui até aeroporto particular.

BR 101

Infraestrutura Ilha preserva grande área de Mata Atlântica

Comandatuba: paraíso ecológico

P

ertencente ao município de Una, a Ilha de Comandatuba abriga o hotel mais imponente da região. No povoado, os pescadores e artesãos contam a história da localidade, fundada ao redor da Igreja de São Sebastião, com a tradição popular da puxada do mastro. Existem muitas pousadas e restaurantes, além de lojas de artesanato e uma escola de tapetes e cangas artesanais. Pode-se conhecer a Ilha da Fantasia, a praia de Comandatuba e de barco pelo canal, os manguezais da região.

BR 324

Salvador Itabuna

BR 415

• Praia de Acuípe • Ilha do Desejo • Praia de Lençóis • Praia da Independência • Praia de Comandatuba • Reserva Biológica de Una • Projeto de Preservação MicoLeão-da-Cara-Dourada • Campos de Golfe • Corredeiras do Rio Una • Ecoparque de Una • Povoado Pedras de Una • Pesca esportiva Praia de Acuípe • Passeio de buggy • Passeios de quadriciclo • Jet tour pelo manguezal • Pesca de canal • Observação de aves • Pôr-do-sol na Barra Norte

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos Feira de Santana

Principais Atrações

Passeios

Foto: Setur

Vastos coqueirais e áreas de manguezal formam um cenário deslumbrante

Una: corredeiras e lama medicinal Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Principais Atrações

O parque hoteleiro de Canavieiras possui 1.596 leitos

Gastronomia • Frutos do mar, principalmente caranguejo • Doces de frutas tropicais

Distâncias • Salvador: 548 km • Porto Seguro: 400 km • Rio de Janeiro: 1.231 km • São Paulo: 1.657 km • Brasília: 1.315 km • Belo Horizonte: 1.037 km

Como chegar: Via Terrestre: Sair de Salvador pela BR-324 até o entroncamento da BR-101 e seguir até Uruçuca. Neste trecho, pegar a BA-001 e seguir até Una. Do Terminal Rodoviário de Ilhéus, partem ônibus para a localidade. Saindo de Una, em direção a Canavieiras, após 16 km, virar à esquerda. Depois, percorrer 3 km. Via Aérea: Do Aeroporto Internacional de Salvador saem de voos para Ilhéus. Pe- Feira Santana gar a BA-001 até Una, que fica 45km ao BR sul. Do Terminal BR 324 Rodoviário de 101 Ilhéus partem Salvador ônibus até a Itabuna BR localidade. 415 Ilhéus

Una

Ilhéus

Una Canasvieiras

Hotel mais imponente da região fica em Comandatuba

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www. bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 59


Foto: Gabriel Carvalho/Setur

Costa do Descobrimento

O Brasil nasceu aqui Berço da civilização brasileira, região oferece cenários deslumbrantes e opções variadas de turismo histórico, cultural, ecológico e étnico-indígena

Mutá, Porto Seguro 60 | Viver Bahia

C

onsiderada o berço da história e da cultura do Brasil, a Costa do Descobrimento foi tombada como Patrimônio Natural Mundial, pela Unesco, em 1999. Cercada por diversos atrativos naturais - como praias, baías, enseadas, falésias, recifes de corais, manguezais e rios navegáveis - a região possui condições favoráveis para a prática do turismo de aventura e ecoturismo. Diversas praias paradisíacas encantam os visitantes do local. Em Porto Seguro, as mais visitadas são Tacimirim, Taperapuã e Mundaí; em Cabrália, destacam-se Coroa Vermelha, Mutary e Arakakaí; Trancoso tem as praias de Nativos dos Coqueiros e do Nudismo como boas opções para banho; em Arraial d’Ajuda, as praias do Delegado, Mucugê e Parracho chamam atenção; quem visita Caraíva não pode deixar de conhecer a praia do Espelho, que, localizada no meio de uma falésia, está entre as dez melhores do Brasil; na Costa do Descobrimento encontram-se, ainda, as praias de Santo André, das Tartarugas e de Santo Antônio, também muito procuradas. As belezas naturais são reconhecidas pelos visitantes, principalmente entre praticantes de esportes radicais, que parecem ter um contato mais próximo com tais atrativos. Durante os passeios de ultraleve é possível admirar toda a beleza da região em um ângulo diferenciado. A Costa do Descobrimento reserva pontos ideais para a prática do mergulho, windsurfe, surfe, kitesurfe, trekking, cavalgadas, dentre outros. Vale ressaltar que a diversão não acaba por aí. Viver Bahia | 61


Fotos: Gabriel Carvalho/Setur

A região tem uma vida noturna bem diferenciada. Ao contrário do que acontece na maioria das áreas litorâneas, onde os programas realizados de dia são mais atrativos do que os realizados à noite, na Costa do Descobrimento o lazer noturno também é ponto de destaque. O turista já não sabe mais se vai preferir aproveitar o dia ou a noite. Na maioria das vezes, ele acaba aproveitando o máximo que pode dos dois, mostrando que, durante as visitas, dormir não é a prioridade. Os horários são tão atípicos que, em muitas cidades da região, o comércio funciona durante a madrugada, com venda de roupas, artesanato, etc. Os eventos promovidos pelas casas de shows, barracas de praia e boates, que sempre terminam ao amanhecer, garantem a diversão madrugada adentro. Diversão que nunca cessa. Há mais de 500 anos essa região recebe a visita de diversos desbravadores, em busca dos mais inusitados produtos. Nos tempos atuais, os desbravadores são mais conhecidos como “turistas”, que buscam altas doses de adrenalina e muita história, em um cenário composto por sol, mar e muita tranquilidade.

Principais Atrações • Centro Histórico • Parque Nacional de Monte Pascoal • Passarela do Álcool • Praia de Taperapuã • Praia do Espelho • Praia de Mutá • Arraial D’Ajuda • Trancoso • Caraíva • Artesanato indígena à base de madeira, casca de coco, sementes e penas

Infraestrutura O parque hoteleiro de Porto Seguro possui 43.860 leitos

Gastronomia Municípios e localidades

Marco do Descobrimento é um dos principais pon

• Porto Seguro • Trancoso • Arraial D’Ajuda • Caraíva

Porto Seguro: re cebendo turistas desde 1500

• Santa Cruz Cabrália • Belmonte • Eunápolis • Itabela

Infraestrutura Parque hoteleiro: 48.018 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Atracadouros • Campos de Golfe • Aeroporto internacional • Centro de Convenções

Opções • Sol e Praia • Turismo Cultural • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Náutico • Turismo de Mergulho • Pesca Esportiva • Turismo de Negócios • Turismo Étnico-Indígena

Réplica da Nau Capitânea ilustra história do local 62 | Viver Bahia

Porto Seguro

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cidade baiana localizada a 723 quilômetros de Salvador é um destino turístico que possui opções para todos os gostos e tem nessa diversidade um dos seus principais diferenciais. Seja na vida noturna agitada, na beleza das suas praias, na riqueza cultural das aldeias indígenas ou no charme das construções e monumentos históricos, Porto Seguro é um lugar que jamais pode deixar de ser visitado. A diversidade gastronômica também é um dos diferenciais da cidade que tem no cardápio dos seus principais restaurantes um menu variado que vai desde a saborosa moqueca de peixe, frutos do mar ou de mariscos cujo preparo remete à África, à tapioca, receita predominantemente indígena, assim como saborosas receitas de bacalhau trazidas pelos portugueses. Assim como nos atrativos naturais, Porto Seguro também possui uma variedade intensa no que se refere aos meios de hospedagem. São diversas opções para todos os tipos e bolsos e gostos nos mais de 40 mil leitos que a cidade dispõe, desde pousadas mais simples a luxuosos resorts à beira-mar.

tos históricos do país

Tal infraestrutura faz com que a Terra do Descobrimento seja o destino mais vendido de diversas operadoras nacionais e internacionais. Agitos – A vida noturna é uma característica marcante de Porto Seguro que possui diversos bares e restaurantes, além de dezenas de casas de show e barracas de praia com uma grande estrutura. A temperatura na cidade é bem alta no que se refere a festas e baladas, principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Em outubro, os hotéis da cidade ficam completamente lotados com a realização da Semana do Saco Cheio, evento criado para movimentar o turismo e o comércio local durante o mês, que é considerado de baixa ocupação por empresários da região. Os outros pontos de agito na cidade são a Passarela do Descobrimento (antiga Passarela do Álcool) e a Rua do Mangue, também conhecida como Corredor Cultural. Durante o Carnaporto, como é chamado o Carnaval de Porto Seguro, milhares de pessoas lotam a arena de shows por onde passam grandes estrelas e bandas da música brasileira.

Quem prefere ir ao encontro da cultura e da história da civilização brasileira pode visitar o Centro Histórico de Porto Seguro, onde está o Marco do Descobrimento, ou ir até a Reserva Indígena da Jaqueira, na estrada que dá acesso a Santa Cruz Cabrália. Lá, o tour inclui vivências indígenas, como atirar de arco e flecha, conhecer a vida nas ocas e saborear um peixe assado na folha da patioba. Praias – A cidade possui 20 praias e as mais famosas delas são Taperapuã, Mutá, Arraial D’Ajuda e Trancoso. Taperapuã é voltada para aqueles que chegam à cidade em busca de badalação. Ao longo da sua extensão há dezenas de barracas de praia com toda a infraestrutura de restaurantes, bares, área de lazer, espaço para shows e prática de dança, e até passeios de helicóptero. Perto dali há a praia do Mutá, mais voltada para os afeitos a esportes náuticos ou para aqueles que preferem o descanso e o sossego. Vista do alto, as enseadas de águas calmas mais parecem um coração ou um abraço. Velejar em suas águas calmas é um verdadeiro refresco para a alma.

• Frutos do mar • Cozinha Internacional • Doces típicos

Distâncias • Salvador: 723 km • Rio de Janeiro: 1.098 km • São Paulo: 1.464 km • Brasília: 1.388 km • Belo Horizonte: 845 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR-101, passando por Itabuna, Itagimirim, Paraíso, até chegar ao entroncamento da cidade de Eunapólis. Seguir pela BR- 367 percorrendo mais 65km até o centro de Porto Seguro. Seguir pelas rodovias BA - 001 e BR - 101 até o entroncamento de Eunapolis (546km), seguindo por mais 65km pela BR-367 até Porto Seguro. Do Terminal Rodoviário de Salvador saem ônibus diários da empresa Águia Branca. Via Aérea: Existem voos diários até o Aeroporto de Porto Seguro pelas Companhias aéreas: TAM e Gol Via Marítima: No Porto de Porto Seguro, todos os anos, diversos navios fazem cruzeiros de rotas internacionais e nacionais, com paradas na cidade (consultar agências de turismo). Eunápolis BR 367 Porto Seguro

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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cinco minutos de balsa da sede, Arraial D’Ajuda é um dos pontos mais badalados de Porto Seguro. Cerca de 16 quilômetros de praias paradisíacas, de águas mornas e areias brancas emolduradas por coqueirais, desenham a bela paisagem desta localidade. Fundado a partir da construção da Igreja em invocação a Nossa Senhora, reza a lenda que o povoado foi assim batizado por conta do surgimento de uma fonte de água milagrosa, que foi de grande ajuda para sanar os problemas de abastecimento da localidade. A fonte, também chamada de Nossa Senhora, teria sido criada ao acaso, a partir da queda de um monte que, ao abrir a terra, abriu também a mais formosa fonte. Além de romeiros, Arraial foi descoberto pelos hippies dos anos 70, atraídos pelo estilo de vida casual, a simplicidade e a exuberância natural. A localização privilegiada, a 17º de latitude - mesma de Bali e outros endereços místicos - atrai esotéricos, alternativos e aventureiros seduzidos pela atmosfera singular que envolve a cidade. Grandes estrelas internacionais já foram cativadas pelo charme local: Michael Schumacher, Robert de

Local oferece uma boa infraestrutura, com pousadas aconchegantes e privacidade

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exótica praia de Caraíva destacase por conta da sua rusticidade que proporciona a sensação de uma viagem ao tempo em que não existiam veículos automotores e também energia elétrica. Pelas suas pequenas ruas de areia e de pousadas charmosas, os carros não circulam. Cercada por fortes símbolos ligados aos momentos iniciais do Descobrimento, Caraíva é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo rio que lhe dá o nome, o antigo Rio Cramimuan, identificado com diversos nomes e grafias. Antigo vilarejo indígena de Cramimoã, tinha suas características preservadas ainda em 1816, quando aí esteve a expedição naturalista do príncipe Maximiliano de WiedNeuwied. A vila fica na foz do Rio Caraíva, distante da civilização moderna, tendo como limites o mar, o rio e o Parque Nacional de Monte Pascoal. A energia é solar ou de gerador, e o único meio de transporte é o marítimo-fluvial. Não há rede elétrica, nem automóveis. Suas ruas

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Como chegar: Via marítima: Atravessar de balsa e seguir 62km, passando por Arraial D’Ajuda e Trancoso em estrada de terra até Nova Caraíva. Daí atravessar de Porto Seguro barco até Caraíva. Arraial D’Ajuda

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Caraíva: viagem no tempo

estreitas e cobertas de areia dão o tom da rusticidade local. Os nativos vivem da pesca e do turismo, oferecem hospitalidade e serviços. Os mais velhos têm histórias interessantes para contar, fazem festas tradicionais, como a de São Sebastião (padroeiro local) e dominam a sabedoria popular sobre plantas, ervas e marés. Paraíso de paz e tranquilidade, envolta pela rica diversidade de belezas naturais, Caraíva oferece uma boa infraestrutura, com pousadas aconchegantes e toda a privacidade para quem busca sossego ao sol da Costa do Descobrimento.

Trancoso Nova Caraíva Caraíva * Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Local tem infraestrutura com pousadas aconchegantes

Niro, Richard Gere e Jimmy Cliff. Biquíni, short e chinelo de dedo, de uma moda livre e descontraída, são a roupa de praxe ao longo do dia e mesmo nos luaus e agitos noturnos. O calçadão da Bróduei concentra os bares e restaurantes de mesas e cadeiras espalhadas por suas ruas de pedra e ao som de estilos musicais diversos. Come-se bem; desde os tradicionais pratos da culinária baiana, à requintada cozinha francesa, cantinas italianas, tacos mexicanos, sushis e sashimis, além da sempre bem-vinda comidinha caseira. Os colares de sementes confeccionados pelos índios misturamse aos adereços hippies e belas obras de arte em pedras e madeira. Point da moçada, a noite não tem hora para acabar. Envolto por Mata Atlântica e falésias à beira-mar, Arraial seduz não só pelas belezas naturais, mas pelo clima tropical ao tempero de seu charme discreto e elegante, brindados ao sol que impera absoluto o ano inteiro. Nas praias do Mucugê, Parracho e Pitinga, há opções de barracas e agitos para todos os gostos, desde a MPB até Axé Music, Forró e Música Eletrônica. Um pouco mais afastada, a Praia de Taípe é talvez uma das mais belas do lugarejo, com suas falésias e trechos quase desertos. Apesar do mar revolto, suas águas são cristalinas. Seu principal cartão-postal é a Lagoa Azul, que fica numa área de Mata Atlântica.

Como chegar: Via Marítima: Partindo de Porto Seguro, atravessar o Rio Buranhém, pela balsa que leva carros e pedestres e faz o percurso em 10 minutos. Depois, seguir por 6km em estrada pavimentada até o centro do Arraial. Porto Horários da balsa: dias Seguro úteis, a partir das 07h às 22h, de 15 em 15 minutos; depois de 22h, de hora em hora. Arraial D’Ajuda * Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Foto: Divulgação

Arraial D’Ajuda: nos embalos e badalos

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Caraíva Costa do Descobrimento

Suas areias claras, falésias e um mar de águas calmas compõem um cenário perfeito

Trancoso: luxo descolado

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m dos lugares mais fascinantes do Brasil talvez seja a pequena vila de Trancoso, onde estão situados maravilhosos resorts e pousadas de charme, que remetem ao luxo e ao descompromisso total do mundo, na companhia de um visual paradisíaco e exuberante. Suas areias claras, falésias e um mar azul de águas calmas que chega a hipnotizar compõem um cenário perfeito. Casinhas coloridas e a pequena igreja de São João Batista enfeitam o lugarejo que cada vez mais tem atraído gente famosa e também visitantes um pouco mais exigentes, como os que buscam o destino para participar de torneios de golfe. Esta simpática vila fica no topo de um pequeno monte, na cidade de Porto Seguro, com muitas praias, falésias, foz de rios e coqueiral, a 26 quilômetros de Porto Seguro. Trancoso nasceu de uma aldeia jesuíta do século XVI, na época conhecida como São João Batista dos Índios, e mantém-se até hoje como um dos últimos exemplares dos primeiros povos do Brasil. Árvores centenárias, como jaqueiras, mangueiras, amendoeiras e jacarandás emolduram a paisagem e dão um clima todo especial à vila. Um grande retângulo, com a igreja de São João Batista, em uma das cabeceiras, e casinhas construídas em linha reta - baixas e grudadas umas nas outras – formam o famoso “Quadrado”. Trata-se

de um dos mais valiosos sítios históricos dentro da Costa do Descobrimento. A aldeia de São João Batista dos Índios, atual Trancoso, foi fundada com a finalidade de defender a região dos contrabandistas de pau-brasil, que chegavam pelo litoral. Atualmente, mais de 500 anos depois, a vila assiste à chegada de novos desbravadores. Só que, desta vez, são turistas de todo o mundo, que buscam sol, mar, tranquilidade e muita história.

Como chegar: Via Terrestre: Pegar a BA – 001 pelo km 33 da BR- 367 que liga Eunápolis a Porto Seguro. A partir dessa BR, são 47km até Trancoso, em estrada de asfalto, totalizando 80km, a partir de Eunápolis. Tem vans e ônibus que partem de Arraial d’ Ajuda para Trancoso. No centro de Trancoso é proibida a circulação de veículos pesados, incluindo microônibus e ônibus de turismo. Via marítima: Chegando a Porto Seguro, pegar a balsa com destino a Arraial d’Ajuda, que fica a uma distância de 24km de Trancoso, em estrada mista de terra e asfalto. Eunápolis BR 367 BA 001

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Porto Seguro

Arraial D’Ajuda Trancoso

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Foto: Rita Barreto/Setur

Santa Cruz Cabrália

Costa do Descobrimento

Santa Cruz Cabrália: reserva indígena

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Belmonte: entre mangues e coqueirais

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anta Cruz Cabrália dispõe de praias praticamente desertas, rios navegáveis, ideais para a prática de esportes náuticos e passeios, e vilas de aspecto bucólico. Este município desenvolveu-se rapidamente e, atualmente, é considerado um grande centro turístico, com moderna infraestrutura. A cidade fica entre o Rio João de Tiba e um quebra-mar natural, situado na baía de Cabrália. Nesta área existiu, inicialmente, o povoado de Santa Cruz, fundado pelo donatário Pero do Campo Tourinho, destruído pelos índios Aimorés em 1564. O local corresponde à atual área da Reserva Indígena da Tribo Pataxó, com sede na Coroa Vermelha, e é um dos ícones mais significativos da Costa do Descobrimento. A Coroa Vermelha, local da celebração e marco do Descobrimento do Brasil, fica perto da entrada da cidade. O município começou a ser povoado a partir da Cidade Alta - local que oferece uma visão panorâmica da região. Ao sopé do morro, em primeiro plano, a cidade de Santa Cruz Cabrália; à direita, a Coroa Vermelha; à esquerda, o início da Unidade de Conservação Santo Antônio, a foz do Rio João de Tiba - com suas ilhas recobertas por manguezal -, o quebra-mar natural de recifes – separando a água doce da salgada - e, ao longe, a Coroa Alta - um imenso recife com banco de areia em alto mar, que é visitado diariamente por dezenas de escunas lotadas de

Belmonte

O local corresponde à atual área da Reserva Indígena da Tribo Pataxó, com sede na Coroa

turistas. Cabrália dispõe de bons hotéis, pousadas, restaurantes, agências bancárias, área de camping e agências de turismo responsáveis pela organização dos famosos passeios de escuna. Com características semelhantes às de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália concentra prédios e monumentos históricos dos séculos XVII e XVIII. Um dos monumentos mais característicos da cidade é a cruz que fica na praia de Coroa Vermelha e simboliza a primeira missa realizada no Brasil, em 1500. Com piscinas naturais repletas de peixes, o Parque Marinho da Coroa Alta é uma das opções para os amantes do ecoturismo. Outra praia imperdível de Santa Cruz Cabrália é Santo André que possui um vasto leque de opções de passeios nos seus arredores, como mergulhos nos corais de Araripe e caminhadas e trilhas que levam o viajante até aldeias indígenas pouco conhecidas. O pequeno vilarejo oferece ainda simpáticas e confortáveis pousadas e também é uma referência para a prática da pesca oceânica do Marlim-Azul.

Vermelha

Principais Atrações

Como chegar:

• Centro Histórico • Reserva Indígena de Coroa Vermelha • Pesca do Marlim-Azul • Esportes náuticos • Praia de Santo André • Parque Marinho da Coroa Alta • Praia da Coroa Vermelha • Artesanato indígena à base de madeira, casca de coco, sementes e penas

Gastronomia

Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR101, passando por Itabuna, Itagimirim, Paraíso, até chegar ao entroncamento da cidade de Eunapólis. Seguir pela BR-367 percorrer 65km até o centro de Porto Seguro. Percorrer 23 km até Santa Cruz Cabrália pela Av. Beira Mar. Diversos horários de ônibus partem de Porto Seguro até a localidade, saindo do Terminal Rodoviário de Salvador pela empresa Novo Horizonte.

• Frutos do mar • Cozinha Internacional • Bolo de tapioca com coco

Via Aérea: De avião, o acesso é através do Aeroporto de Porto Seguro.

Infraestrutura O parque hoteleiro de Cabrália possui 4.287 leitos

Santa Cruz de Cabrália

Distâncias • Salvador: 752 km • Porto Seguro: 22 km • Rio de Janeiro: 1.119 km • São Paulo: 1.485 km • Brasília: 1.384 km • Belo Horizonte: 841 km

BR 367

Porto Seguro

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ituada em uma planície entre o Rio Jequitinhonha e o Oceano Atlântico, Belmonte foi assim batizada em alusão à cidade natal do navegante Pedro Álvares Cabral. O imponente rio passeia por entre mangues e extensos coqueirais até o encontro com o mar. As praias desertas, reduto da tranquilidade, completam a singela paisagem. Em época de cheia, o Jequitinhonha carrega argila para suas margens, tornando os solos avermelhados. Assim, adquirem uma umidade propícia à abundância de crustáceos que, não à toa, rendem à cidade o apelido de “capital do guaiamum”. Alguns casarões coloniais testemunham os bons tempos do cultivo do cacau, no final do século XIX. No centro da cidade, chama a atenção um imponente farol. Encomendado em 1892 à mesma empresa que construiu a Torre Eiffel, em Paris, o farol de Belmonte justifica a atual localização inusitada por conta de um recuo natural de 1.500m das águas do mar. A suposição histórica leva a crer que os primeiros “sinais de terra” avistados pela esquadra de Cabral tenham partido do Rio Jequitinhonha, muito mais caudaloso há 500 anos. As espécies de Mata Atlântica - ervas flutuantes, troncos de árvores e raízes arrastadas pela força de suas águas, boiavam ao sabor das correntes marinhas. A bela cidade de Belmonte tem como principais características o turismo e a vocação para a pesca. Considerado um dos principais bancos pesqueiros do mundo, o destino concentra em seus mares uma grande quantidade de robalos. Em Belmonte, que possui uma grande biodiversidade subaquática, com seu conjunto de corais, também pode ser encontrado o marlin azul. O centro histórico da cidade também é uma atração à parte com seu casario de imóveis antigos.

Principais Atrações • Pesca Esportiva • Pesca de Marlim Azul e Robalo • Farol de Belmonte • Centro Histórico • Artesanato em cerâmica e arranjos de flores que mesclam papel e matéria-prima natural como pinhões e casca de coco

Gastronomia • Peixe escabeche de guaiamum e robalo • Peixes fritos servidos com vinagrete • Moquecas de camarão, pitu e cação • Caldo Sururu • Casquinha de siri

Infraestrutura O parque hoteleiro de Belmonte possui 271 leitos

Distâncias • Salvador: 688 km • Porto Seguro: 72 km • Rio de Janeiro: 1.169 km • São Paulo: 1.535 km • Brasília: 1.430 km • Belo Horizonte: 891 km

Como chegar: Via Terrestre: Partido de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR-101 sentido sul, seguir o entroncamento com a BA-275 que leva à localidade. De ônibus, a empresa Brasileiro faz o trajeto partindo de Porto Seguro, e a Águia Branca até Porto Seguro. Outra opção é sair de Porto Seguro e seguir pela BR367 na direção norte até a cidade de Santa Cruz Cabrália. Em Cabrália, atravessar de balsa o Rio João de Tiba até o atracadouro de Santo André. A partir daí, seguir pela BA-001 até Belmonte. Via Aérea: De avião, o acesso é através do Aeroporto de Porto Seguro. Belmonte BA 001 Santo André

BR 367

Santa Cruz de Cabrália

Porto Seguro

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Foto: Divulgação

Costa das Baleias

Paraíso Ecológico Além de natureza pródiga, região apresenta um imenso mosaico de roteiros ecoturísticos

S

ituada no litoral Extremo Sul do Estado da Bahia, a Costa das Baleias é um verdadeiro paraíso intocado. Um mar de azul sem fim, com águas cristalinas, reduto do maior e mais diversificado conjunto de recifes de corais do Atlântico Sul - um total de 17 espécies no Parque Nacional Marinho de Abrolhos-, abrigo de uma vasta fauna e flora, ilhas vulcânicas, manguezais e canais de maré. Paisagem de uma beleza deslumbrante, que encanta e enfeitiça. O clima tropical e o sol, que reina absoluto o ano inteiro, são um convite irresistível aos amantes da natureza. A culinária é farta em peixes e frutos do mar ao tempero apimentado do dendê. Entre rios, cachoeiras, praias de águas doces e salgadas, ilhas, mangues e coqueirais, o maior destaque fica por conta dos mergulhos imperdíveis em suas águas mornas e tranquilas visitadas, regularmente, por baleias jubarte, que bailam alheias aos olhares curiosos do público. Nas aldeias e povoados, a comunidade local conserva viva a cultura tradicional. Reino da calmaria envolta pela natureza em seu esplendor, a Costa das Baleias é roteiro certo para quem busca relaxar à beira-mar, desfrutar do que a vida tem de melhor e reviver cenários que marcaram época na região.

Baleias Jubarte, Abrolhos 68 | Viver Bahia

Viver Bahia | 69


Fotos: João Ramos/Bahiatursa

Os visitantes podem observar os traços deixados pela ocupação colonial na arquitetura das igrejas, no desenho urbano das cidades e nos sobrados com fachadas revestidas de azulejos trazidos pelos portugueses. Seu maior atrativo, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, primeiro parque brasileiro do gênero, abriga um conjunto de recifes de

Municípios e localidades • Prado • Alcobaça • Caravelas • Nova Viçosa • Mucuri

corais, ilhas vulcânicas, manguezais e canais de maré. A maior área abrange o Parcel e o Arquipélago dos Abrolhos, distante 32 milhas náuticas ou 52 km da costa, em seu ponto mais próximo à cidade de Caravelas, e 84 km de Alcobaça. Um verdadeiro santuário marítimoecológico, refúgio e berçário das baleias jubarte que, de julho a novembro, chegam para reproduzir e encantar os visitantes. A natureza de mar, praias, rios, manguezais, falésias, associada à cultura, gastronomia e hospitalidade, dão à Costa das Baleias uma rotina única de alegria, lazer e tranquilidade.

Caravelas: a princesa de Abrolhos discreto charme da cidade e a simpatia de seus moradores fazem jus ao título de “Princesa dos Abrolhos” que Caravelas ganhou ao longo dos anos. O vasto acervo natural abriga as belas praias do Kitongo, Grauçá e Iemanjá, as ilhas da Cassumba e do Pontal do Sul, e o extenso manguezal. Entre os atrativos culturais, destacam-se a Matriz de Santo Antônio, padroeiro da cidade, e a Igreja de Santa Efigênia, com raras imagens sacras dos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco português e espanhol. As casas – construções coloniais neoclássicas, com fachadas em azulejos de Macau - datam do século XIX, período pleno na economia da cidade, por conta do plantio de café e do intenso comércio no porto. Dentre os endereços famosos, destaque para a Casa da Rua Barão do Rio Branco, da Praça Santo Antônio e da Praça Dr. Imbaçai, além dos chalés na Praia de Grauçá. A cidade é bastante conhecida e visitada pela proximidade com o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, distante 32 milhas náuticas.

• Parque hoteleiro: 13.860 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Aeroporto nacional

Opções

70 | Viver Bahia

Principais Atrações

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Infraestrutura

• Sol e Praia • Turismo Cultural • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Náutico • Turismo de Mergulho • Pesca Esportiva • Turismo Étnico-Indígena

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Caravelas

Arquipélago de Abrolhos abriga espécies raras

Parque recebe, anualmente, mais de 15 mil visitantes

• Parque Nacional de Abrolhos • Barra Nova • Barra Velha • Treking • Instituto Baleia Jubarte • Ponta de Areia • Ponta do Catoeiro • Pontal do Sul • Ilha Cassumba • Esportes náuticos

• Praia do Quitongo • Barra de Caravelas • Ponta da Baleia • Grauçá • Igreja de Santa Efigênia • Igreja de N. S. de Lourdes • Igreja da Conceição • Igreja de São Sebastião • Artesanato: esculturas em madeira e material reciclado

Parque Nacional: observatório da natureza

Gastronomia

Arquipélago de Abrolhos, localizado no município de Caravelas, abriga uma das maiores concentrações de peixes por metro quadrado, do planeta, em quantidade e variedade. Barracudas, sargode-beiço, budião, peixe-frade, guarajuba, pescada-gaiva, bicudas, peixe-papagaio, peixecirurgião, peixe-anjo, peixeborboleta, cioba ou vermelho, agulha, moreia, baiacu-espinho, xaréus, jaguricá, balemas, piragicas, cereletis, cocorocas, badejos, cavalo-marinho e ricos bancos de camarões formam o vasto ecossistema marinho, enfeitado pelos maiores e mais ricos recifes de corais de todo o Atlântico Sul. Paraíso de águas rasas e cristalinas, Abrolhos reúne as condições perfeitas para a prática de mergulho, tanto do tipo contemplativo, quanto o de exploração de naufrágios, como o do famoso cargueiro Rosalina, que afundou no início do século XX, e nas cavernas submarinas, acompanhados de guias. Um verdadeiro safári fotográfico a 30 m de profundidade, sob feixes de cores e luzes no silencioso e grandioso fundo do mar.

O parque hoteleiro de Caravelas possui 598 leitos

O

Formado por cinco ilhas Santa Bárbara, Sueste, Redonda, Siriba e Guarita – Abrolhos foi assim nomeado por conta de alertas dos navegantes portugueses no século XVI: “Quando te aproximares de terra, abre os olhos”. Mas, o que antes representava um perigo às naus lusitanas, hoje se consolida como um dos mais belos roteiros ecoturísticos do litoral sul da Bahia, habitat de uma vasta fauna e flora marinha, e palco de cenários de rara beleza, em um local abençoado pela natureza. Sob suas águas, o espetáculo fica por conta das baleias jubarte, que se exibem em saltos e piruetas aos olhos do visitante. Na porção terrestre do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, as tartarugas desovam, enquanto atobás, fragatas, pilotos e grazinas, em diferentes épocas do ano, dão o ar de sua graça ao construir seus ninhos. O Parque recebe, anualmente, mais de 15 mil visitantes monitorados pelo Ibama e pelo Instituto Baleia Jubarte. O farol (fabricado na França), localizado na ilha de Santa Bárbara, ilumina a noite dos navegadores.

• Frutos do mar

Infraestrutura Distâncias • Salvador: 870 km • Porto Seguro: 289 km • Rio de Janeiro: 710 km • São Paulo: 1.007 km • Brasília: 950 km • Belo Horizonte: 548 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana; subir viaduto que dá acesso à BR101, sentido sul, passando por Gandu, Ubaitaba, Itabuna, Eunápolis, Itabela e Itamaraju. Neste ponto, entrar na BA-489 por mais 90 km até Caravelas. Existem voos diários para o Aeroporto Internacional de Porto Seguro. Para chegar a Abrolhos é necessário ir para Alcobaça, Caravelas ou Nova Viçosa. A cidade mais próxima é Caravelas. O passeio até Abrolhos pode ser feito em lanchas, escunas, saveiros e veleiros que levam até 15 pessoas. BR 101 As empresas locais oferecem pacotes de dois dias ou mais, Itamaraju com pernoite a bordo e pensão completa, além de mergulhos e passeios. Atenção: BA 489 Só embarcações credenciadas Prado pelo Ibama podem transportar turistas no Parque Nacional de Abrolhos. De acordo com as normas, podem permanecer no parque Alcobaça 15 embarcações simultaneamente, com no máximo 15 pessoas em cada uma. Caravela

Abrolhos

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Nova Viçosa

Viver Bahia | 71


Fotos: João Ramos/Bahiatursa

Os visitantes podem observar os traços deixados pela ocupação colonial na arquitetura das igrejas, no desenho urbano das cidades e nos sobrados com fachadas revestidas de azulejos trazidos pelos portugueses. Seu maior atrativo, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, primeiro parque brasileiro do gênero, abriga um conjunto de recifes de

Municípios e localidades • Prado • Alcobaça • Caravelas • Nova Viçosa • Mucuri

corais, ilhas vulcânicas, manguezais e canais de maré. A maior área abrange o Parcel e o Arquipélago dos Abrolhos, distante 32 milhas náuticas ou 52 km da costa, em seu ponto mais próximo à cidade de Caravelas, e 84 km de Alcobaça. Um verdadeiro santuário marítimoecológico, refúgio e berçário das baleias jubarte que, de julho a novembro, chegam para reproduzir e encantar os visitantes. A natureza de mar, praias, rios, manguezais, falésias, associada à cultura, gastronomia e hospitalidade, dão à Costa das Baleias uma rotina única de alegria, lazer e tranquilidade.

Caravelas: a princesa de Abrolhos discreto charme da cidade e a simpatia de seus moradores fazem jus ao título de “Princesa dos Abrolhos” que Caravelas ganhou ao longo dos anos. O vasto acervo natural abriga as belas praias do Kitongo, Grauçá e Iemanjá, as ilhas da Cassumba e do Pontal do Sul, e o extenso manguezal. Entre os atrativos culturais, destacam-se a Matriz de Santo Antônio, padroeiro da cidade, e a Igreja de Santa Efigênia, com raras imagens sacras dos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco português e espanhol. As casas – construções coloniais neoclássicas, com fachadas em azulejos de Macau - datam do século XIX, período pleno na economia da cidade, por conta do plantio de café e do intenso comércio no porto. Dentre os endereços famosos, destaque para a Casa da Rua Barão do Rio Branco, da Praça Santo Antônio e da Praça Dr. Imbaçai, além dos chalés na Praia de Grauçá. A cidade é bastante conhecida e visitada pela proximidade com o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, distante 32 milhas náuticas.

• Parque hoteleiro: 13.860 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Aeroporto nacional

Opções

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Principais Atrações

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Infraestrutura

• Sol e Praia • Turismo Cultural • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Náutico • Turismo de Mergulho • Pesca Esportiva • Turismo Étnico-Indígena

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Caravelas

Arquipélago de Abrolhos abriga espécies raras

Parque recebe, anualmente, mais de 15 mil visitantes

• Parque Nacional de Abrolhos • Barra Nova • Barra Velha • Treking • Instituto Baleia Jubarte • Ponta de Areia • Ponta do Catoeiro • Pontal do Sul • Ilha Cassumba • Esportes náuticos

• Praia do Quitongo • Barra de Caravelas • Ponta da Baleia • Grauçá • Igreja de Santa Efigênia • Igreja de N. S. de Lourdes • Igreja da Conceição • Igreja de São Sebastião • Artesanato: esculturas em madeira e material reciclado

Parque Nacional: observatório da natureza

Gastronomia

Arquipélago de Abrolhos, localizado no município de Caravelas, abriga uma das maiores concentrações de peixes por metro quadrado, do planeta, em quantidade e variedade. Barracudas, sargode-beiço, budião, peixe-frade, guarajuba, pescada-gaiva, bicudas, peixe-papagaio, peixecirurgião, peixe-anjo, peixeborboleta, cioba ou vermelho, agulha, moreia, baiacu-espinho, xaréus, jaguricá, balemas, piragicas, cereletis, cocorocas, badejos, cavalo-marinho e ricos bancos de camarões formam o vasto ecossistema marinho, enfeitado pelos maiores e mais ricos recifes de corais de todo o Atlântico Sul. Paraíso de águas rasas e cristalinas, Abrolhos reúne as condições perfeitas para a prática de mergulho, tanto do tipo contemplativo, quanto o de exploração de naufrágios, como o do famoso cargueiro Rosalina, que afundou no início do século XX, e nas cavernas submarinas, acompanhados de guias. Um verdadeiro safári fotográfico a 30 m de profundidade, sob feixes de cores e luzes no silencioso e grandioso fundo do mar.

O parque hoteleiro de Caravelas possui 598 leitos

O

Formado por cinco ilhas Santa Bárbara, Sueste, Redonda, Siriba e Guarita – Abrolhos foi assim nomeado por conta de alertas dos navegantes portugueses no século XVI: “Quando te aproximares de terra, abre os olhos”. Mas, o que antes representava um perigo às naus lusitanas, hoje se consolida como um dos mais belos roteiros ecoturísticos do litoral sul da Bahia, habitat de uma vasta fauna e flora marinha, e palco de cenários de rara beleza, em um local abençoado pela natureza. Sob suas águas, o espetáculo fica por conta das baleias jubarte, que se exibem em saltos e piruetas aos olhos do visitante. Na porção terrestre do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, as tartarugas desovam, enquanto atobás, fragatas, pilotos e grazinas, em diferentes épocas do ano, dão o ar de sua graça ao construir seus ninhos. O Parque recebe, anualmente, mais de 15 mil visitantes monitorados pelo Ibama e pelo Instituto Baleia Jubarte. O farol (fabricado na França), localizado na ilha de Santa Bárbara, ilumina a noite dos navegadores.

• Frutos do mar

Infraestrutura Distâncias • Salvador: 870 km • Porto Seguro: 289 km • Rio de Janeiro: 710 km • São Paulo: 1.007 km • Brasília: 950 km • Belo Horizonte: 548 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana; subir viaduto que dá acesso à BR101, sentido sul, passando por Gandu, Ubaitaba, Itabuna, Eunápolis, Itabela e Itamaraju. Neste ponto, entrar na BA-489 por mais 90 km até Caravelas. Existem voos diários para o Aeroporto Internacional de Porto Seguro. Para chegar a Abrolhos é necessário ir para Alcobaça, Caravelas ou Nova Viçosa. A cidade mais próxima é Caravelas. O passeio até Abrolhos pode ser feito em lanchas, escunas, saveiros e veleiros que levam até 15 pessoas. BR 101 As empresas locais oferecem pacotes de dois dias ou mais, Itamaraju com pernoite a bordo e pensão completa, além de mergulhos e passeios. Atenção: BA 489 Só embarcações credenciadas Prado pelo Ibama podem transportar turistas no Parque Nacional de Abrolhos. De acordo com as normas, podem permanecer no parque Alcobaça 15 embarcações simultaneamente, com no máximo 15 pessoas em cada uma. Caravela

Abrolhos

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Nova Viçosa

Viver Bahia | 71


No local foi registrado o primeiro contato de índios e portugueses

Prado: entre falésias e planícies Nos 84 quilômetros de litoral, as falésias de tons variados e rara beleza intercalam-se com planícies, praias de águas mornas e piscinas naturais convidativas, rodeadas por vasto coqueiral. Reduto também de parte imponente da história nacional, foi em Prado, na foz do Rio Cahy, que se deu o primeiro contato entre índios e portugueses, antes mesmo das caravelas lusitanas chegarem ao porto, depois batizado de Porto Seguro. A cidade fica exatamente no limite entre a Costa do Descobrimento e a Costa das

Baleias. O Centro Histórico preserva o casario dos séculos XVIII e XIX, com ruas estreitas, calçadas com paralelepípedos e praças arborizadas. Destaque para as centenárias construções da Matriz de Nossa Senhora da Purificação, a antiga Cadeia Pública, a Casa Colonial do Beco das Garrafas e o sobrado da Rua Rui Barbosa. Reduto da calmaria, os próprios hábitos locais remetem o visitante a um passado longínquo, de cadeiras espalhadas na calçada, às portas das casas, nos finais de tarde, para uma boa prosa.

Alcobaça

Principais Atrações • Centro Histórico • Barra do Rio Cahy • Matriz de Nossa Senhora da Purificação • Antiga Cadeia Pública • Casa Colonial do Beco das Garrafas • Sobrado da Rua Rui Barbosa • Barra do Jucuruçu • Pesca esportiva • Mergulho • Praia da Ponta do Moreira • Praia de Areia Preta • Praia de Imbassuaba • Cumuruxatiba • Praia do Píer • Praia do Rio do Peixe • Praia da Paixão • Praia das Ostras • Ponta do Corumbau • Praia do Calambrião • Praia do Japará Grande • Praia do Japará Pequena • Nova Corumbau • Praia de Lagoa Grande • Tororão • Artesanato em palha • Amendoeiras • Areia Preta

Gastronomia • Frutos do mar

Infraestrutura O parque hoteleiro de Prado possui 5.677 leitos

Alcobaça: tesouros intocados A paisagem recortada pelo mar, rios e um extenso manguezal, além da beleza, proporciona uma fartura de camarões, siris, guaiamuns, pitus, ostras e uma grande variedade de peixes, que fazem a festa da culinária típica regional. O solo fértil serve de abrigo a uma infinidade de árvores frutíferas, entre cajueiros, mangueiras, pitangueiras, carambolas, maracujás, abacaxis, acerolas, mamões e cajás, além de vastos coqueirais. Em meio às lembranças das primeiras expedições colonizadoras dos portugueses, retratadas no Centro Histórico da cidade, reduto de construções do século XIX – como

a Matriz de São Bernardo, padroeiro local, a Cacimba do Conselho e os sobrados da Rua Pedro Muniz e Senador Melgaço -, Alcobaça guarda também os segredos dos tesouros que corsários franceses enterraram em seu litoral séculos atrás. Sua zona rural abriga, até hoje, casas de fazenda e de farinha, em pleno funcionamento. As ruas arborizadas, com suas casinhas enfileiradas, a tranquilidade que reina à beira-mar, o clima tropical e os muitos quilômetros de praias ainda inexploradas garantem uma estada relaxante e cheia de atrações nesta cidade que é um dos portões de entrada para o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Fotos: João Ramos/Bahiatursa

Prado

• Centro Histórico • Recife das Areias • Mergulho • Pesca em água doce na Lagoa Alcoprado • Recife das Timbebas • Praia do Coqueiro • Praia de Neloris • Praia do Centro • Matriz de São Bernardo • Cacimba do Conselho • Artesanato de casca de coco, metais, penas naturais de aves

Gastronomia • Frutos do mar

Infraestrutura O parque hoteleiro de Prado possui 2.425 leitos

Distâncias • Salvador: 832 km • Porto Seguro: 294 km • Rio de Janeiro: 966 km • São Paulo: 1.465 km • Brasília: 1.500 km • Belo Horizonte: 780 km

Como chegar:

Distâncias • Salvador: 812 km • Porto Seguro: 212 km • Rio de Janeiro: 955 km • São Paulo: 1.321 km • Brasília: 1.323 km • Belo Horizonte: 780 km

Principais Atrações

• FOTO ALCOBAÇA Não tenho

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR- 324, sentido Feira de Santana, subir viaduto que dá acesso à BR-101; seguir sentido sul, passando por Gandu, Itabuna, Eunapólis e Itamaraju. Entrar na BA-489 e seguir por 50km até Prado. De ônibus, vá até Porto Seguro BR 101 e lá pegue o ônibus até Prado.

Via Terrestre: Partir de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, até o entroncamento que dá acesso à BR-101 sentido sul, passando pelos municípios de Itabuna, Eunápolis e Itabela. Em Itamaraju entrar na BA- 489 até Prado, a partir daí são 26 km até Alcobaça. Existem voos diários para o Aeroporto Internacional de Porto Seguro.

BR 101 Itamaraju

BA 489 Prado

Itamaraju

BA 489

Alcobaça Prado

Centro Histórico preserva casarios do séculos XVIII e XIX 72 | Viver Bahia

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Tranquilidade à beira-mar é um convite para a pescaria

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Viver Bahia | 73


Nova Viçosa

Mucuri

Mucuri: caldeirão cultural do Extremo Sul Em uma paisagem rara, dominada por enormes falésias – que chegam a 18m de altura -, em meio a restingas e os mais altos manguezais, Mucuri se abre em 35km de praias descontínuas, recortadas por inúmeros rios e riachos, em uma costa quase deserta e agraciada por bancos de areia que adentram o mar. Destaque para a Costa Dourada, reduto de paz e calmaria local ao sabor das marés, paraíso de praias intocadas envoltas pela natureza. Situado no extremo sul do estado, exatamente na divisa com o Espírito Santo, Mucuri é o primeiro município nordestino para quem chega à Bahia na direção Sudeste/Nordeste.

Região de transição entre o Leste e o Nordeste, Mucuri resguarda características muito particulares. Ao jeito baiano, foram incorporados hábitos e costumes mineiros, goianos e capixabas, vizinhos da localidade. A miscelânea cultural abarca também influências da colonização portuguesa e da tradição indígena. Plana, arborizada e com fortes características de cidade-veraneio, Mucuri reserva agitos diurnos e noturnos. Na principal avenida, a Petrobras, jovens costumam se reunir ao redor de bares, lanchonetes e sorveterias. A boa infraestrutura local conta, ainda, com restaurantes, hotéis, pousadas, butiques e lojinhas de artesanato.

Principais Atrações • Parque Ecológico do Rio Mucurizinho • Parque Ecológico Municipal • Ilhas de Barra Velha e Coroa Vermelha • Cachoeira de Santa Clara • Estuário do Rio Mucuri • Passarela Ecológica Gigica • Pesca do robalo • Costa Dourada • Esportes náuticos • Praia do Centro • Praia dos Coqueiros • Artesanato: em cestaria, mosaicos, bordados, madeiras, berimbaus, tapetes, telas e artigos de decoração

Gastronomia • Frutos do mar • Doces típicos de frutas (coco, caju ou banana) • Queijo cozido

Infraestrutura O parque hoteleiro de Mucuri possui 1.549 leitos

Distâncias • Salvador: 905 km • Porto Seguro: 317 km • Rio de Janeiro: 850 km • São Paulo: 1.301 km • Brasília: 1.266 km • Belo Horizonte: 548 km

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador de carro pela BR-324, seguir até viaduto que dá acesso à BR-101, após Amélia Rodrigues, seguir sentido sul, passando por Teolândia, Gandu, Itabuna, Eunapólis, Itabela, Itamaraju, Texeira de Freitas, Itabatã, daí entrar na BA- 698 até Mucuri. Via Aérea: Existem voos diários para o Aeroporto Internacional de Porto Seguro. A partir de Porto Seguro, ônibus diários fazem Itamaraju o percurso até Teixeira BR de Freitas, 101 de onde partem Teixeira de ônibus para Mucuri Freitas Nova e Nova Viçosa. Viçosa Itabatã BA 698 Mucuri

Plana, arborizada e com fortes características de cidade-veraneio 74 | Viver Bahia

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Nova Viçosa: culinária é atração à parte

O

extenso litoral envolto pela natureza faz de Nova Viçosa destino certo para quem procura sossego à beira-mar, ao sol dourado da Bahia. Manguezais de Mata Atlântica, as belas ilhas de Barra Velha e Coroa Vermelha, rios cristalinos e as praias de um vasto areal branco – na maré baixa, chegam a 300m de largura – dão o tom à paisagem local. Dentre os inúmeros atrativos ecológicos, a natureza contempla o visitante com um verdadeiro espetáculo das baleias jubarte. O conhecido festival acontece no mês de julho, quando as baleias procuram as águas mornas e calmas do litoral baiano para se acasalarem e amamentarem os filhotes. Os fãs do turismo histórico podem se deliciar com as construções coloniais, que preservam intactas a arquitetura de séculos atrás, como a Casa de Câmara, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, o Sobrado do Porto e a Cadeia, datadas do final do século XVIII.

Cidade abriga inúmeros atrativos ecológicos

Na Vila de Helvécia ainda funciona a Estação Ferroviária, construída em 1897. A cidade dispõe de uma boa infraestrutura turística com hotéis, pousadas, bares, restaurantes e agências de turismo receptivo que disponibilizam, dentre outros serviços, os passeios de barco ao longo da costa. A culinária típica da região oferece

moquecas de peixe, camarão, sururu, ostras e ameixas do mar, peruá frito, bobó de camarão, escabeche de sardinha, casquinha de siri catado, de caranguejo, tapioca, beiju, acarajé, caldos afrodisíacos, vaca atolada e aperitivos de frutas nativas, como cambucu, coquinho, guriri, manga, araçá, pitanga e jaca.

Principais Atrações

Gastronomia

Distâncias

• Vila de Helvécia • Ilha Cassumba • Mergulho • Recife Sebastião Gomes • Ilha Coroa da Barra • Pesca esportiva • Praia Costa do Atlântico • Esportes náuticos • Praia da Barra • Praia da Barra Velha • Pontal do Catoeiro • Recifes e Ilha da Coroa Vermelha • Lugar Comum • Pontal • Sabacuí • Pau Fincado • Artesanato: móveis rústicos, utensílios e objetos de arte em madeira, pequenas esculturas em conchas marinhas, chapéus.

• Moquecas de peixe, camarão, sururu, ostras e ameixas do mar • Peruá frito • Bobó de camarão • Escabeche de sardinha • Casquinha de siri catado e de caranguejo • Tapioca, beiju • Caldos afrodisíacos • Vaca atolada • Aperitivos de frutas nativas (cambucu, coquinho, guriri, araçá, pitanga, jaca etc.).

• Salvador: 907 km • Porto Seguro: 319 km • Rio de Janeiro: 878 km • São Paulo: 1.303 km • Brasília: 1.272 km • Belo Horizonte: 487 km

Infraestrutura O parque hoteleiro de Nova Viçosa possui 3.611 leitos

Itamaraju BR 101 Teixeira de Freitas Nova Viçosa Itabatã BA 698 Mucuri

Como chegar: Via Terrestre: Partindo de Salvador pela BR- 324, seguir até viaduto que dá acesso à BR-101, a partir daí seguir sentido sul, passando por Teolândia, Gandu, Itabuna, Eunapólis, Itabela, Itamaraju, e Teixeira de Freitas, até chegar a Mucuri. Entrar na BA-698 até Nova Viçosa. Via Aérea: Existem voos diários para o Aeroporto Internacional de Porto Seguro. A partir de Porto Seguro, ônibus diários com destino a Teixeira de Freitas, em seguida Mucuri e Nova Viçosa. * Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia. com.br/servicos

Viver Bahia | 75


Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Chapada Diamantina

Ecoturismo e muita aventura Reconhecida mundialmente pela acidentada e belíssima geografia, região oferece roteiros variados para todos os gostos

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Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura. A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porcoespinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do século XX, atua como 76 | Viver Bahia

órgão protetor de toda essa exuberância. Para a grande maioria das pessoas que vai à Chapada, a beleza do local não faria sentido se não fosse conhecida através do trekking. O local, aliás, é um símbolo do esporte no Estado e, por isso, atrai um número cada vez maior de visitantes. Dentre seus principais destinos, destacam-se Mucugê e Andaraí, localidades importantes que reúnem moradores e servem como referência à população da região. Cortando todo esse trecho, desbravando matas e subindo montes, as muitas trilhas da região fornecem ao andarilho várias opções de roteiros com os mais diversos obstáculos. Ainda pouco conhecida do grande público, a faixa norte da Chapada Diamantina é o ambiente ideal para aqueles que possuem espírito aventureiro. Com 72 cachoeiras e mais de 200 km de trilhas que passam por morros e matas, a região possui 12 municípios e reúne ainda importantes elementos arqueológicos, como figuras rupestres e animais silvestres como veados, onças pretas e macacos-prego. O rapel é um dos esportes mais procurados pelos turistas que chegam à Chapada Norte em busca de adrenalina e do encontro com a natureza.

Cachoeira do Mosquito, em Lençóis

Viver Bahia | 77


Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Chapada Diamantina

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Poço Encantado (acima) e a vista do Serrano, em Lençóis, visuais deslumbrantes no coração da Chapada Diamantina

A maior cidade da região é Jacobina, situada a mais de 300 km de Salvador. É lá que se encontra a Cachoeira Véu de Noiva, a principal atração do pequeno povoado de Itaitu. Com 60 metros de altura, a queda d’água é um convite a um banho, mesmo com a água bastante fria. Pertinho de Jacobina, na cidade de Saúde, está a Cachoeira dos Payayás, cujo visual deslumbrante é a recompensa para a cansativa caminhada por uma trilha de até uma hora de duração. No caminho, é possível visualizar elementos característicos da vegetação sertaneja, como cactos, mandacarus, além de animais como aves e répteis. Quem gosta de maior adrenalina tem como opção a Trilha dos Bandeirantes, onde estão as trilhas e corredeiras que impõem mais dificuldade aos amantes das caminhadas pelas matas. O local é apontado ainda como o melhor ponto para apreciação da fauna que ainda reúne aves e felinos ameaçados de extinção, além de árvores centenárias

e matas ciliares. Depois de enfrentar inúmeros obstáculos, o aventureiro é premiado pela vista do Mirante Vale Verde. O local oferece visão panorâmica do vale de floresta exuberante, cânion e serra, dos paredões de 30 metros de altura próximos onde passam o Rio do Ouro e a Cachoeira dos Amores. Os 50 metros de queda d’água garantem uma boa massagem no banhista que se coloca ao pé da cachoeira. Pinturas rupestres – Outra opção da Chapada é o turismo arqueológico. Central e Gentio do Ouro são os dois maiores redutos de pinturas rupestres da região. Entre as serras e cânions desses municípios, pinturas associadas à Tradição Geométrica chamam a atenção por sua diversidade de cores e pelos longos paredões que estão cobertos com as figuras. Um bom exemplo das pinturas nos paredões de Gentio do Ouro é o sítio de Poções. Na região, as pinturas com traços, ziguezagues e marcações

de calendários estendem-se por cerca de 200 a 300 metros entre os cânions. Pinturas de figuras humanas e animais felinos misturam-se a desenhos de cruzes, semelhantes às da Ordem de Cristo, que indica a conservação da prática da pintura por parte dos grupos indígenas que foram colonizados e convertidos ao catolicismo, durante a exploração portuguesa. Ainda em Gentio do Ouro, o Sítio do Caldeirão, no povoado de Água Doce, reúne pinturas feitas em paredões de áreas descobertas, com pequenos desenhos geométricos, representações de calendários, animais e algumas figuras humanas. As pinturas do Caldeirão são caracterizadas por serem compostas de várias cores, predominando o vermelho, o amarelo e o branco. No Sítio da Cachoeira do Encantado, imagens geométricas, bastonetes, grades, pentes, animais, lanças e cestas são encontrados separados, em ilustrações que datam de cerca de 2.700 anos até 12 mil anos.

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 10.874 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Aeroporto nacional e regional

Circuitos e municípios Circuito do Diamante: • Andaraí • Ibicoara • Iraquara • Itaetê • Lençóis • Mucugê • Nova Redenção • Palmeiras • Seabra Circuito Chapada Norte: • Andorinha • Bonito • Caém • Campo Formoso • Jacobina • Jaguarari • Miguel Calmon • Morro do Chapéu • Ourolândia • Pindubaçu • Piritiba • Saúde • Senhor do Bonfim • Utinga • Wagner Circuito do Ouro: • Abaíra • Érico Cardoso • Iramaia • Jussiape • Livramento de N. Senhora • Paramirim • Piatã • Rio de Contas • Rio do Pires • Souto Soares Circuito Chapada Velha: • Barra do Mendes • Brotas de Macaúbas • Gentio do Ouro • Ipupiara • Central • Xique-Xique

Opções • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Cultural • Turismo Arqueológico • Contemplação e Observação

78 | Viver Bahia

Viver Bahia | 79


Rio de Contas

Principais Atrações • Trekking • Caminhadas • Rapel • Canoagem • Contemplação e observação da fauna e flora • Trilhas diversas • Cachoeira do Sossego • Cachoeira da Primavera • Cachoeirinha • Ribeirão do Meio • Serrano • Rio Mucugezinho • Poço do Diabo • Artesanato variado desde peças em pedra sabão a garrafas de areia colorida, mandalas e instrumentos musicais artesanais

Infraestrutura O parque hoteleiro de Lençóis possui 2.186 leitos Cidade conserva viva a memória dos anos áureos da exploração do Vale

Lençóis: capital do diamante

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eduto do ecoturismo, Lençóis se abre em meio a uma natureza extravagante, que se descortina em um dos contrafortes da Serra do Sincorá, diante de outras formações serranas e de morros, como o Pai Inácio, que abre a uma vista panorâmica de toda a região. Vales e planícies da flora serrana, com bromélias, orquídeas e semprevivas, colorem a paisagem, em um bonito contraste com espécies típicas da caatinga. Grutas, cânions e uma imensidão de cachoeiras cercadas pela vegetação nativa de Mata Atlântica completam o cenário local. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Lençóis conserva viva a memória dos anos áureos da exploração do Vale. Considerada a Capital do Diamante, a cidade revela, em suas ruas de pedra, reduto do casario colonial, parte da História do Brasil. A igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e a residência da família Sá - onde hoje funciona a Prefeitura Municipal - revelam parte 80 | Viver Bahia

da riqueza das famílias tradicionais. À época, a opulência era tamanha que Lençóis chegou a abrigar um consulado francês, que funcionava como entreposto comercial, onde a aristocracia negociava diretamente com a Europa. O complexo patrimônio histórico da cidade abriga, ainda, o museu Afrânio Peixoto, com vários pertences do médico e escritor, inclusive originais dos romances e o fardão da Academia Brasileira de Letras. Principal destino da Chapada Diamantina, Lençóis dispõe de uma infraestrutura completa para receber o visitante; prova disso, é que muitos estrangeiros fizeram da cidade sua terra natal. Entre agosto e setembro acontece o Festival de Lençóis, com grandes nomes da música brasileira. No mês de junho comemora-se o São João, quando a praça da cidade se transforma em palco das comemorações juninas.

Gastronomia • Godó de banana (ensopado de carne com banana verde) • Massas • Caças • Peixes de água doce

Distâncias • Salvador: 417 Km • Porto Seguro: 775 Km • Rio de Janeiro: 1.275 Km • São Paulo: 1.534 Km • Brasília: 946 Km • Belo Horizonte: 1.270 Km

Como chegar Via terrestre: Partindo de Salvador, seguir pela BR-324 sentido Feira de Santana, passando por Santo Estêvão até o entroncamento da BR-242, passando por Itaberaba. A partir daí são 121 Km até Lençóis. Via aérea: Lençóis possui a segunda maior pista do estado da Bahia, com capacidade para receber qualquer tipo de aeronave. BR 242

Lençóis

Itaberaba

Feira de Santana

BR 116

BR 324

Salvador

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Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Foto: João Ramos/Bahiatursa

Lençóis

Rio de Contas: florida e encantada

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onsiderada um dos três mais importantes conjuntos arquitetônicos coloniais da Bahia, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a cidade de Rio de Contas possui ruas largas e floridas, ladeadas por casarões coloniais. Situada a 1.200m de altitude, Rio de Contas encanta, também, pela impressionante diversidade de sua flora: já foram catalogados 100 tipos de flores não-identificadas, além das mais de mil espécies vegetais diferentes. A cidade oferece o autêntico turismo ecológico, em meio a um clima agradável de montanha. O destaque fica por conta do Pico das Almas, um dos mais altos pontos do Estado, com quase 2.000m, e que abre a uma vista maravilhosa dos grandes vales verdes recortados por rios, montanhas e pedras. A aventura inclui, ainda, acampamento no santuário ecológico do Largo do Queiroz, escaladas e trekking por riachos e matas. A cidade é uma das mais antigas da Chapada, com arquitetura do século XVII, preservada. Foi a primeira cidade planejada do Brasil, em 1745, época do apogeu do ouro, que parecia inesgotável. Uma curiosidade de Rio de Contas é que no município co-habitam harmoniosamente comunidades quilombolas e comunidades de descendentes de portugueses que só se casam entre si. A de herança portuguesa, a de Mato Grosso, fica a 1.500 metros acima do nível do mar. Já as duas comunidades negras descendentes de africanos, Barra e Bananal, estão em outra área, a 1.050 metros. Os pratos típicos da região são à base de peixe, em especial o tucunaré, acompanhado de cortado de palma. Para completar, Rio de Contas é bastante conhecida pela produção de licores caseiros de frutas e pela cachaça orgânica de Serra das Almas. O artesanato de Rio de Contas é composto por belíssimos bordados em crivo rústico, feitos em tecidos de linho e algodão, peças de montaria em couro e metal, além das miniaturas feitas a partir da madeira do jacarandá. O município conta também com a Cooperativa Artesanal Mista de Rio de Contas, que integra os artesãos da região.

Antiga Casa da Cadeia de Rio de Contas

Principais Atrações

Gastronomia

• Centro Histórico • Trekking • Caminhadas • Rapel • Cachoeira do Brumado • Cachoeira do Fraga • Pico das Almas • Flora • Pico do Barbado • Ponte do Coronel • Poço das Andorinhas • Comunidades quilombolas de Barra e Bananal • Comunidade portuguesa de Mato Grosso • Igreja Nossa S. de Santana • Museu Zofir • Estrada Real • Antiga Casa de Câmara e Cadeia • Arquivo Municipal • Artesanato: bordados em crivo rústico, peças de montaria em couro e metal, miniaturas em madeira

• Godó de banana (ensopado de carne com banana verde) • Pequi de arroz • Caças • Peixes de água doce

Distâncias • Salvador: 730 Km • Porto Seguro: 1.038 Km • Rio de Janeiro: 1.307 Km • São Paulo: 1.219 Km • Brasília: 949 Km • Belo Horizonte: 971 Km

Como chegar Via terrestre: Sair de Salvador pela BR324 até Feira de Santana, seguir pela BR-116 até a cidade de Manuel Vitorino e, a partir daí, seguir pela BA-262 até Brumado, de onde se pega a BA148 até Rio de Contas. Outra opção é seguir pela BR-324 até o entroncamento do Rio Paraguaçu, de onde se segue pela BR-242 até Seabra para, então, pegar a BA-148 até Rio de Contas. Via aérea: Rio de Contas dispõe de uma pista de 1.208 metros para pouso de aviões de pequeno porte. Voos regulares entre Salvador e Vitória da Conquista podem ser utilizados para um acesso mais rápido.

Infraestrutura O parque hoteleiro de Rio de Contas possui 457 leitos Seabra

BR 242

Palmeiras BA 001

Rio de Contas

Lençóis

Itaberaba

Feira de Santana

BR 116

BR 324

Salvador

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Viver Bahia | 81


Jacobina

Andaraí

Jacobina: contemplação e adrenalina

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a linguagem indígena “Campo vasto”, Jacobina se abre em meio a grandes paredões, serras auríferas e grutas, em meio às águas límpidas de lagos, rios e variadas cachoeiras. Rico também é o patrimônio histórico e cultural desta que é a “Cidade do Ouro”, herança dos tempos de exploração das minas, que atraíam os bandeirantes paulistas no início do século XVII. Reduto de contemplação da natureza, Jacobina é rota certa para os fãs de esportes radicais. Rapel, trekking, biking e voo livre são algumas das opções. Mas nem só de aventura vive a cidade. A noite de Jacobina tem agito garantido nas boates, bares e restaurantes,

onde também se pode degustar a culinária regional - típica do sertão baiano. Carne do sol com pirão de leite, bode assado, buchada, feijão de corda, rabada e andu (um tipo de leguminosa característica da caatinga) fazem a fartura da mesa e a alegria do paladar, além dos famosos doces de marmelo, goiaba e banana. O Mercado Municipal de Jacobina é o reduto do mais autêntico artesanato do sertão baiano, com trabalhos em couro, sisal, barro e cerâmica. Na feira livre, o destaque fica por conta da variedade de frutas da região e diversos objetos da cultura popular, além de ervas milagrosas, defumados e roupas, dentre outras miudezas.

Ao fundo, subida para o Cruzeiro atrai turistas no Corpus Christi

Principais Atrações • Cachoeiras de Jacobina • Cachoeira das Andorinhas • Parque das Cachoeiras • Cachoeira da Pirâmide • Cachoeira do Aníbal • Cachoeira do Caldeirão • Cachoeira dos Amores • Cachoeira do Esplendor do Sol • Cachoeira Véu de Noiva • Cachoeira da Viúva • Cachoeira do Paulista • Estância Ecológica Bandeirantes • Mountain bike • Trekking • Rapel • Mergulho • Artesanato: couro, sisal e cerâmica

Infraestrutura O parque hoteleiro de Jacobina possui 457 leitos

Gastronomia • Cozinha sertaneja • Carne do sol com pirão de leite • Bode assado • Buchada • Feijão de corda • Rabada • Andu • Doces típicos de marmelo, goiaba e banana

Foto: Rita Barreto/Setur

Distâncias • Salvador: 358 Km • Porto Seguro: 950 Km • Rio de Janeiro: 1.703 Km • São Paulo: 1.920 Km • Brasília: 1.269 Km • Belo Horizonte: 1.395 Km

Como chegar Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela mesma BR passando Jacobina por Tanquinho, Riachão do BR 324 Jacuípe e Capim Grosso. Feira de Santana A partir daí, seguir por 60km até Jacobina. Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

82 | Viver Bahia

Principais Atrações

Lagoas de águas mansas, interligadas, encantam o visitante

Andaraí: das pedras de Igatu aos percalços do Paty

S

ituada na encosta leste da Serra do Sincorá, às margens do Rio Baiano, Andaraí oferece fácil acesso às atrações da Chapada Diamantina e possui muitas opções de hospedagem.Uma das atrações de Andaraí é a Vila de Igatu, uma cidade de pedra, com apenas 373 habitantes. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Igatu oferece uma paisagem de infinita beleza, vales profundos, chapadões, o verde misturado ao cinza, marrom e rosa, da secura do sertão. Chegando a Igatu, o passeio é feito a pé pelas ruas e casarios que levam às ruínas da cidade de pedras e ao Museu de Arte e Memória, onde registros de tempos remotos contrastam com a simplicidade atual de suas ruas e casarios, com a opulência do tempo do garimpo de diamantes. O garimpo do brejo é uma antiga mina reestruturada para a visitação turística. Outro ponto turístico dos mais interessantes é a subida para a Rampa do Caim, caminhada fácil, de aproximadamente 10km, culminando no magnífico mirante, de onde se pode ter uma impressionante vista para os Vales do Paty e do Paraguaçu.

Em meio a uma imensa planície inundada, lagoas interligadas, de águas mansas, encantam o visitante, com fauna e flora diversificadas, refúgio ecológico para grande diversidade de aves e peixes. Lagartos, jacarés e tucunarés oriundos da Bacia Amazônica vivem no local, em meio à vegetação fechada de arbustos e às várias vitóriasrégias que enfeitam a superfície, em uma paisagem singular que mais se assemelha a um pequeno pantanal. O resultado do assoreamento dos rios é um lindo cenário, envolto por morros, grutas e cachoeiras que abundam no recorte da Chapada. O chamado “Pantanal da Chapada” fica em Marimbus, entre as cidades de Lençóis e Andaraí. A magnífica biodiversidade dividese entre as lagoas Encantada, do França, dos Paus, do Baiano e do Ferreira, após a belíssima nascente de águas cristalinas do Olho D’Água. O visitante pode aproveitar para passear de barco ao longo da vasta extensão de lagoas e curtir mais de perto toda a exuberância desse cenário rico em peculiaridades. Banhos, mergulhos e pesca são propícios na maior parte dos trechos.

• Igatu • Vale do Paty • Rampa do Caim • Lagoa Encantada • Lagoa do França • Lagoa dos Paus • Lagoa do Baiano • Lagoa do Ferreira • Cachoeira do Ramalho • Cachoeira das Três Barras • Poço Azul • Gruta da Paixão • Gruta Marota • Trilha Paty-Palmeiras • Trilha Andaraí - Mucugê • Trekking • Rapel • Mergulho • Artesanato: colares de sementes, casinhas de pedra, bordados e renda de bilro

Infraestrutura O parque hoteleiro de Andaraí possui 681 leitos

Gastronomia • Godó de Banana • Cortado de Palma • Vatapá • Licor de Girami • Doce de casca de laranja

Distâncias • Salvador: 413 Km • Porto Seguro: 685 Km • Rio de Janeiro: 1.444 Km • São Paulo: 1.750 Km • Brasília: 1.134 Km • Belo Horizonte: 1.171 Km

Como chegar Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir até entrar na BR-242, passando por Itaberaba. Entrar na BA-142 e continuar por 51km até Andaraí. BR 242 Andaraí BA 142

BR 407

Itaberaba

BR 116

Feira de Santana BR 324

Salvador

Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 83


Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Iraquara

• Gruta da Pratinha • Lapa Doce • Gruta da Torrinha • Gruta de Mané Ioiô • Gruta da Fumaça • Marimbus • Sítios Arqueológicos de Lapa do Sol, Lapa do Caboclo e Abrigo Santa Marta • Artesanato: palha

A

maior concentração de cavernas da América do Sul está no território de Iraquara. A gruta da Pratinha, da Lapa Doce, da Torrinha, de Mané Ioiô e da Fumaça são as principais atrações do município, que possui um subsolo com grande teor de calcário. Na língua tupi, Iraquara significa “riacho de mel”. A riqueza do folclore, representado pelos Ternos de Reis e Reisados, completa o seu patrimônio cultural, ao lado das festas populares que acontecem o ano inteiro, com destaque para o São João antecipado; as festas da padroeira Nossa Senhora do Livramento; de Santo Antônio; de São José; de São Judas Tadeu; de São 84 | Viver Bahia

Pedro; Senhora Santana; Senhor do Bonfim e o Carnamel, Carnaval do Riacho do Mel. Parte do território de Iraquara está protegido na Unidade de Conservação Marimbus-Iraquara, com 125,4 mil ha, numa região limítrofe ao Parque Nacional da Chapada Diamantina. É caracterizada pelo grande número de cavernas calcárias e pela formação lacustre conhecida como Marimbus. A Lapa do Sol, a Lapa do Caboclo e o Abrigo Santa Marta são sítios arqueológicos que se destacam pela ocorrência de inscrições rupestres, atestando a presença humana na préhistória brasileira. O roteiro das grutas é o mais frequentado. O mergulho, para quem é expert nesta prática, é uma atração imperdível no interior da caverna interligada à Gruta Azul por um canal subaquático de 330 m. As formações raras datam de 700/900 milhões a 1/1,7 bilhão de anos.

Morro do Chapéu: riqueza em fauna e flora

Infraestrutura O parque hoteleiro de Iraquara possui 205 leitos

Gastronomia • Galinha ao molho pardo • Carne do sol • Arroz com pequi

Distâncias • Salvador: 464 Km • Porto Seguro: 709 Km • Rio de Janeiro: 1.468 Km • São Paulo: 1.684 Km • Brasília: 1.033 Km • Belo Horizonte: 1.124 Km

orro do Chapéu possui mais de 10 sítios que reúnem pinturas em grutas e pedras, com uma infinidade de cachoeiras, paredões, desfiladeiros e a maior concentração de orquídeas da Bahia, além de ser o habitat natural do colibri dourado, uma espécie rara de beija-flor presente na região. A cidade, localizada a mais de 1.000m de altitude, é também o paraíso dos fãs de esportes radicais, rota certa para a prática de rapel, mountain biking, trekking e cavernismo. A Toca da Figura, na região do Ventura, possui uma paisagem composta por blocos de rocha que formam abrigos e tocas em meio ao vale. Os grandes painéis do sítio mostram homens enfileirados, animais em movimento, cenas de caça e homens subindo em árvores. As pinturas da Toca da Figura combinam no mesmo desenho cores diferentes, como vermelho, amarelo, marrom e branco.

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir até o entroncamento da BR-242, daí seguir passando por Itaberaba, entrar na BR-122 e seguir por 26km até Iraquara. iraquara BR 407 Seabra

BR 242

Itaberaba

BR 116

Feira de Santana

Foto: Rita Barreto/Setur

Iraquara: entre grutas e cavernas

Principais Atrações

M

Principais Atrações

A Gruta da Pratinha possui águas cristalinas em tons azulados

Morro do Chapéu

Perto dali, a Toca do Pepino é um grande abrigo que deve ter sido utilizado por caçadores; é composto por um grande paredão, com cerca de 90 metros, repleto de pinturas. As pinturas nas paredes indicam um conjunto de imagens da Tradição Nordeste, com figuras humanas bem pequenas, um grande grupo de homens enfileirados e cenas compostas por rituais que incluem homens com cocares e ferramentas, como cestas, tacapes e lanças. A Gruta da Boa Esperança, a 53 km de Morro do Chapéu, agrupa pinturas rupestres e possui uma espécie de altar que sugere ter sido espaço para rituais religiosos. No Lagedo Bordado, às margens do Rio Salitre, as artes rupestres aparecem em uma rocha, onde também encontram-se pegadas de animais. Para quem se interessa por paleontologia, a Toca dos Ossos, em Ourolândia, é um local repleto de fósseis. Mas nem só de turismo ecológico vive Morro do Chapéu. Dentro do perímetro urbano destacam-se as belas edificações, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça, de 1834, a capela de Nossa Senhora da Soledade, de 1911 (construída por Dias Coelho, o mais ilustre dos coronéis de Morro do Chapéu), o prédio da Prefeitura Municipal, do século XIX, e a casa do padre Magalhães, do mesmo século.

• Gruta da Boa Esperança • Toca do Pepino • Cachoeira do Ferro Doido • Matriz de Nossa Senhora da Graça • Pinturas Rupestres • Rapel • Mountain biking • Trekking • Cavernismo • Artesanato: cerâmica, bordados e rendas

Infraestrutura O parque hoteleiro de Morro do Chapéu possui 664 leitos

Gastronomia • Cuscuz • Galinha caipira com pirão • Maxixe com nata • Cabeça de carneiro • Cozido de bode • Quiabada • Carne do sol com pirão de leite • Buchada • Mocotó • Rapadura • Mel de engenho • Doces de marmelo, mamão e umbu • Cocada de licuri • Cachaça de cambuí • Licores de murici, pitanga, jenipapo, tangerina, rosas, canela e jabuticaba

Distâncias • Salvador: 388 Km • Porto Seguro: 847 Km • Rio de Janeiro: 1.617 Km • São Paulo: 1.806 Km • Brasília: 1.155 Km • Belo Horizonte: 1.246 Km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BA-052 (Estrada do Feijão) passando por Ipirá e Baixa Grande. A partir daí seguir por 130km até a Morro do Chapéu. Morro do Chapéu

Baixa Grande BA 052

Feira de Santana

Ipirá BR 116

BR 324 Salvador

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BR 324

Salvador

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Tocas de Morro do Chapéu abrigam pinturas rupestres Viver Bahia | 85


Fotos: Jota Freitas/Bahiatursa

Palmeiras

Mucugê Chapada Diamantina

Casarões coloniais portugueses são marcantes em Mucugê

Mucugê: arquitetura colonial no centro da Bahia

Principais Atrações

A

Foto: João Ramos/Bahiatursa

cidade de Mucugê é uma das mais antigas da região da Chapada Diamantina, fundada no fim do século XVIII. A cidade foi um dos principais centros de exploração de ouro e de diamantes, assim como a famosa cidade de Lençóis, apresentando até hoje os casarões coloniais em estilo português. Favorável para o ecoturismo, Mucugê é um local bastante visitado por quem aprecia também o turismo cultural. De arquitetura colonial totalmente preservada e ruas bem limpas, chamam a atenção os seus jardins e canteiros muito floridos. O Alto do Capa Bode é considerado um local de contemplação, onde habitantes e visitantes garantem ali terem avistado OVNIs. Mucugê oferece também locais de rara beleza, como cachoeiras, vales e cânions, e histórias de lutas pela posse do garimpo.

• Cachoeira do Buracão • Poço Encantado • Poço Azul • Cemitério Bizantino • Trilha Mucugê-Ibicoara • Trilha Mucugê-Andaraí • Trekking • Rapel • Artesanato: pedra, couro, bordados, crochê, bonecos de palha e de pano

Infraestrutura Gastronomia • Galinha caipira com pirão • Carne do sol com pirão de leite • Salvador: 440 Km • Porto Seguro: 806 Km • Rio de Janeiro:1.669 Km • São Paulo: 1.983 Km • Brasília: 1.506 Km • Belo Horizonte: 1.104 Km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324 até Feira de Santana, seguir até a BR-242, passando por Itaberaba e seguir mais 80km até o posto da Polícia Rodoviária Federal. Lá, dobrar à esquerda e entrar na BA-142, sentido Andaraí e Mucugê.

Andaraí BA 142

BR 407

Mucugê

86 | Viver Bahia

Itaberaba

BR 116

são cartões-postais da Chapada Diamantina

Feira de Santana

BR 324

Salvador

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O parque hoteleiro de Palmeiras possui 680 leitos

Palmeiras: reduto esotérico

P

Distâncias

BR 242

Infraestrutura Morrão (acima) e a Cachoeira da Fumaça (abaixo)

O parque hoteleiro de Mucugê possui 487 leitos

BA 245

Cemitério Bizantino de Mucugê

• Cachoeira da Fumaça • Morro do Pai Inácio • Trilha Palmeiras-Lençóis • Vale do Capão • Riachinho • Caverna dos Impossíveis • Trekking • Rapel • Mergulho • Artesanato: pedra e tecido

Principais Atrações

almeiras faz parte da Unidade de Conservação e do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PARNA). Situada em plena Chapada, a cidade é rota certa para quem é fã do contato direto com a natureza. Em meio a imensos paredões, rios, grutas e cavernas, a grande atração é a estonteante Cachoeira da Fumaça, a mais alta do Brasil. Do alto dos seus 370m, o intenso fluxo de água mal consegue tocar o poço, espalhando-se pelo ar como se fosse vapor e dando a impressão de uma grande nuvem de fumaça. Um espetáculo de rara beleza, onde a natureza impera absoluta, e um deleite para os praticantes de rapel. É em Palmeiras que está localizado o famoso Morro do Pai Inácio, que leva o visitante “pertinho do céu”, ao escalar os 400

metros de trilha que ligam o fim do asfalto ao topo do morro. Uma das localidades mais procuradas do município é a Vila de Caeté-Açu, mais conhecida como Capão, paraíso de alternativos e ecologistas. Neste local místico e naturalista, o visitante encontra cachoeiras, montanhas de até 1.500 metros, trilhas fantásticas, a imponência do Morro Branco e o abismo onde caem as águas da Cachoeira da Fumaça. É no Vale do Capão, próximo à Cachoeira da Fumaça, que está localizada a Comunidade Lothlorien, um centro voltado para a espiritualidade, alimentação naturalista, agricultura orgânica, ecologia e meditação. Situado a 1.000 metros de altitude, por baixo de sua vegetação tropical passa um veio de cristal.

Gastronomia • Godó de banana • Cortado de palmito de jaca • Cortado de palma • Doces variados • Licores de jabuticaba e jenipapo

Distâncias • Salvador: 438 Km • Porto Seguro: 667 Km • Rio de Janeiro: 1.425 Km • São Paulo: 1.672 Km • Brasília: 1.022 Km • Belo Horizonte: 1.113 Km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, até a ponte do Rio Paraguaçu, entrar na BR-242, sentido Lençóis. De Lençóis para Palmeiras são mais 21km. BR 242

Palmeiras Lençóis

Itaberaba

BR 116

Feira de Santana BR 324

Salvador

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Viver Bahia | 87


Caminhos do Jiquiriçá

Festas regionais agregadas ao ecoturismo Natureza exuberante mistura-se ao clima das tradições genuínas do Nordeste brasileiro

C

achoeiras, rios, morros, flora e fauna exuberantes vêm despertando o interesse de inúmeros visitantes, desde os que buscam contato com a natureza àqueles que preferem a prática de esportes radicais. A região da Bacia do Jiquiriçá localiza-se a cerca de 150 km a oeste de Salvador. Além da agricultura, sua principal base econômica, o turismo tem se revelado uma importante alternativa de geração de renda para os municípios dessa zona turística. O patrimônio histórico/ cultural da região também é rico e diverso e o seu artesanato feito com esmero, tudo isso conformando uma oferta turística capaz de atrair fluxos

regionais interessados em interagir com a natureza e a cultura local. A exemplo do que ocorre em outras regiões baianas, onde o turismo rural encontra ambiente sociocultural bastante favorável à sua expansão, especialmente naquelas propriedades onde os recursos naturais - como matas nativas, nascentes e rios – se mantêm preservados, no Vale do Jiquiriçá ainda podem ser encontradas fazendas que conservam traços marcantes de uma época em que a economia agrária era predominante na estrutura produtiva do Estado. Essa modalidade de turismo constitui uma importante alternativa de fonte de renda para o produtor rural.

Infraestrutura Parque hoteleiro: 2.418 leitos em resorts, hotéis e pousadas

Circuitos e municípios • Circuito do Vale do Jiquiriçá • Amargosa • Cravolândia • Elísio Medrado • Itiruçu • Jiquiriçá • Laje • Milagres • Mutuípe • Santa Inês • São Miguel das Matas • Ubaíra • Circuito Recôncavo Sul • Castro Alves • Conceição do Almeida • Cruz das Almas • Dom Macedo Costa • Itatim • Santa Terezinha • Santo Antônio de Jesus • São Felipe • Varzedo

Opções • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Cultural • Turismo Arqueológico Festa de São João, Amargosa 88 | Viver Bahia

• Contemplação e Observação

Viver Bahia | 89


Amargosa

Mutuípe

Amargosa: São João e aventura

A

margosa está situada no Vale do Jiquiriçá, em uma das mais belas paisagens do interior da Bahia, que incluem rios, cachoeiras, matas e trilhas. Possui um dos quatro melhores índices de saúde da Bahia. A cidade melhora sua infraestrutura e vem crescendo economicamente. O ponto alto da cidade acontece nos festejos juninos. Nesta época, a cidade é invadida por turistas de várias partes do país que buscam ali o autêntico forró pé-de-serra. Durante o São João, todas as comidas típicas das festas juninas são apreciadas pelos visitantes e facilmente encontradas na cidade, a exemplo da galinha caipira, do ensopado de pitu, e da pizzaoca – uma espécie de pizza feita com massa de mandioca, própria para o beiju, além do carneiro ensopado e do licor de jabuticaba. 90 | Viver Bahia

Mutuípe: em pleno Jiquiriçá

O

Com várias praças arborizadas, Amargosa é conhecida como a Cidade Jardim

povoamento inicial da cidade surgiu na fazenda Mutum, nome dado pela abundância dessa espécie de ave no local. A fertilidade do solo e a proximidade do rio Jiquiriçá, aliados ao espírito acolhedor dos primeiros povoadores, concorreram para o desenvolvimento inicial do arraial. Fator decisivo para a emancipação foi a chegada da linha férrea, através dos trilhos da Train Road de Nazaré, no seu avanço para o Sudoeste baiano. O município foi criado com território desmembrado do município de Jiquiriçá, recebendo a denominação de Mutuípe, em 1926, e a categoria de cidade, em 1938. Banhado por cursos d´água como o Riacho do Mutum e o Rio Jiquiriçá, cachoeiras como a Alta, a Roda D’Água e a Três Saltos, o município é propício ao ecoturismo, tendo como excelentes atrações a Reserva da Fazenda Nossa Senhora de Fátima e as Ruínas dos Caminhos do Trem.

Principais Atrações • Rio Jiquiriçá • Cachoeira Alta • Cachoeira Véu de Noiva • Cachoeira Três Saltos • Cachoeira da Roda D´Água. • Artesanato: cestaria

Gastronomia • Cozinha sertaneja

Infraestrutura O parque hoteleiro de Mutuípe possui 202 leitos

Distâncias • Salvador: 305 km Salvador • Porto Seguro – 519 km • São Paulo – 1.698 km • Rio de Janeiro – 1.391 km • Brasília – 1.217 km • Belo Horizonte – 1.119 km

Como chegar: Principais Atrações

Distâncias

• Praça Lourival Monte • Catedral de Nossa Senhora do Bom Conselho • Praça do Cristo • Praça do Bosque • Serra do Timbó • Serra da Tartaruga • Rio Jiquiriçá • Serra da Jiboia • Artesanato em cipó, como esteiras, cestos e chapéus

• Salvador: 240 km • Porto Seguro: 786 km • São Paulo: 1.804 km • Rio de Janeiro: 1.553 km • Brasília: 1.152 km • Belo Horizonte: 1.155 km

Gastronomia • Godó de banana • Cortado de palmito de jaca • Cortado de palma • Doces variados • Licores de jabuticaba e jenipapo

Infraestrutura O parque hoteleiro de Amargosa possui 368 leitos

Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-116, passando por Santo Estêvão, Itatim, Milagres, daí entrar na BA-245 passando por Amargosa e mais 28 quilômetros até Mutuípe. Pelo sistema ferry-boat até Bom Despacho, daí seguir pela BA- 001 até Santo Antônio de Jesus por 89km, e seguir pela BR-101 até Mutuípe.

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador, seguir pela BR-324 até Feira de Santana. Na rotatória, subir o viaduto que dá acesso à BR-101, seguir até o município de Santo Feira de Antônio de Jesus, depois entrar Santana na BR-026 até Amargosa. BR Cruz das Ônibus da empresa Jauá Almas 324 fazem a linha até Amargosa, BR 101 partindo da Rodoviária Salvador de Salvador. BA 046 Amargosa

Feira de Santana BR 324

BR 101

Salvador

BA 046

Santo Antônio de Jesus

Amargosa

Mutuípe

Santo Antônio de Jesus

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Cruz das Almas

BR 420

Com rios e cachoeiras, região oferece vários roteiros de ecoturismo

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Viver Bahia | 91


Santa Terezinha: terra dos cariris e sabujas

Fotos: Jota Freitas/Bahiatursa

Santa Terezinha

Cruz das Almas

Principais Atrações • Escola de Agronomia • São João • Guerra de espadas • Sambas e danças de roda • Artesanato: flores emborrachadas, cestas, tecidos pintados, biscuit e produtos agrícolas

Gastronomia • Pamonha • Canjica • Mugunzá • Bolos de carimã, aipim e fubá • Galinha caipira • Mocofato • Feijoada • Pizzaioca – espécie de pizza de massa de mandioca As festas juninas de Cruz das Almas con

Vapor da antiga estação se tornou atração turística

A

ntes da chegada do homem branco, habitavam a área os índios cariris e sabujas, em aldeamentos denominados Caranguejo e Pedra Branca. O município (a 143 km da capital) foi criado com o nome de Vila de Nossa Senhora de Nazaré da Pedra Branca, em 1761, com sede na aldeia indígena

de Pedra Branca. Depois, foi extinto e anexado a Cachoeira, em 1835. O status definitivo de cidade só veio em 1938. Com uma topografia pontuada por serras e morros, Santa Terezinha é um destino turístico que tem muito a oferecer aos visitantes que buscam atrativos naturais.

Principais Atrações

Distâncias

• Serra da Jiboia • Aldeia Indígena de Pedra Branca • Artesanato: cestaria

• Salvador: 143 km • Porto Seguro: 593 km • São Paulo: 1.744 km • Rio de Janeiro: 1.437 km • Brasília: 1.263 km • Belo Horizonte: 1.165 km

Gastronomia • Cozinha sertaneja

Como chegar:

Infraestrutura O parque hoteleiro de Santa Terezinha possui 85 leitos BR 116 BA 493 Santa Terezinha

BR 242

BR 324 Cruz das Almas

BR 101 Santo Antônio de Jesus

92 | Viver Bahia

Feira de Santana

Salvador

Via terrestre: Saindo de Salvador pela BR-324, siga por 91km até o município de Conceição do Jacuípe. A partir daí, pegue a BR-101 em direção a Cruz das Almas. Depois, continue pela BA-493 até chegar em Santa Terezinha A capital baiana é servida por linhas de transporte rodoviário vindas de quase todos os estados brasileiros * Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

tam com muito forró e a tradicional guerra de espadas

Cruz das Almas: na guerra de espadas

T

eve por povoadores iniciais pessoas procedentes da vizinha Cachoeira que, no século XVIII, atraídas pela fertilidade do solo, estabeleceram a cultura da cana-de-açúcar, fundaram engenhos e iniciaram a construção de um arraial. Cruz das Almas (a 152 km da capital) nasceu à margem da Estrada Real que, partindo de São Félix para Sudoeste, dirigia-se a Rio de Contas e seguia rumo a Minas Gerais e Goiás. A origem do nome é explicada pela existência de um grande cruzeiro fincado em uma encruzilhada, onde se faziam orações, e que era ponto de referência como “a cruz das almas”. Município criado em 1897, é hoje conhecido nacionalmente por promover, todos os anos, o São João, data católica associada à celebração da época das colheitas, um dos festejos mais típicos e animados do Nordeste brasileiro e consequentemente do País. Seu parque hoteleiro oferece conforto aos visitantes e a cidade possui boa infraestrutura de serviços. Em Cruz das Almas, acontece todos os anos, no período junino, a tradicional Guerra de Espadas, queima de fogos de artifício que proporciona um belo espetáculo pirotécnico. A prefeitura determina os lugares específicos para a queima e o turista pode acompanhar tudo de locais seguros.

Infraestrutura O parque hoteleiro de Cruz das Almas possui 501 leitos

Distâncias • Salvador: 152 km • Porto Seguro: 562 km • São Paulo: 1.789 km • Rio de Janeiro: 1.475 km • Brasília: 1.313 km

Como chegar Via terrestre: Saindo de Salvador, pela BR-324, siga por 91km até o município de Conceição do Jacuípe. A partir daí, pegue a BR-101 em direção a Cruz das Almas. A capital baiana é servida por linhas de transporte rodoviário vindas de quase todos os estados brasileiros. Feira de Santana

Cruz das Almas

BR 324

BR 101 Salvador

Santo Antônio de Jesus

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Viver Bahia | 93


Caminhos do Sertão

Foto: Rita Barreto/Setur

História e cultura a céu aberto A região mais pobre da Bahia é também um reduto de conhecimento e reservas naturais do povo sertanejo

É

deslumbrante o cenário predominantemente avermelhado desta região, onde o chão de barro racha ao sol e as margens ressecadas dos rios formam uma imagem inconfundível, com várias placas barrentas em formatos diferenciados. São verdadeiras obras de arte da natureza em resistência ao sol, que teima em castigar. Além disso, os caminhos do semiárido baiano foram palcos de alguns dos mais importantes acontecimentos históricos da Bahia, como o episódio da Guerra de Canudos. A poucos quilômetros onde hoje está localizado o Parque Estadual de Canudos, Antônio Conselheiro estabeleceu o seu povoado e durante anos resistiu a cinco expedições do Exército brasileiro. Por essas terras também passaram Lampião, o Rei do Cangaço, e seu bando e, um frei, tido como visionário, construiu, onde hoje está estabelecida a cidade de Monte Santo, uma reprodução das Via Crucis de Jesus.

94 | Viver Bahia

Monte Santo, Bahia Viver Bahia | 95


Foto: Rita Barreto/Setur

Espaço da caatinga, a vegetação predominante é formada por plantas secas e sem folhas, onde as espécies que sobrevivem, a exemplo dos cactos espinhosos, são as mais fortes, como a própria população que habita a região. População diferenciada, que supera o descaso dos recursos naturais com uma alegria ingênua. Força de trabalho e hospitalidade são as maiores qualidades desse povo que parece admirar-se de tudo o que vê. As águas termais de Jorro e o grande morro que está instalado em Tucano, ponto com clima diferenciado das outras localidades, são muito procurados por turistas, que buscam as bênçãos da natureza no meio do sertão. Os pés de xiquexique, flor de jurema, umburana, juazeiro, mandacaru e macambira sobrevivem bem ao clima e ajudam o homem a se manter e a alimentar os animais. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia.com.br/ destinos/caminhos-do-sertao

96 | Viver Bahia

Fotos: Rita barreto/Setur

Monte Santo

Caminhos do Sertão

Monte Santo: fé e devoção

U

Municípios • Araci • Banzaê • Candeal • Canudos • Cipó • Euclides da Cunha • Feira de Santana • Itapicuru

• Monte Santo • Nova Soure • Ribeira do Pombal • Serrinha • Teofilândia • Tucano • Uauá

Infraestrutura Parque hoteleiro: 5.712 leitos em resorts, hotéis e pousadas

Opções • Turismo Religioso • Turismo Histórico-cultural • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Arqueológico • Contemplação e Observação

m dos mais importantes destinos do turismo religioso, a cidade de Monte Santo é um lugar importante para muitos cristãos que buscam alcançar graças ou agradecer as benesses recebidas com a ajuda dos santos católicos. Peregrinos de todas as partes sobem a serra para pagar promessas, muitas vezes de joelhos e com pedras na cabeça, numa demonstração de fé e abnegação. Apesar do ponto alto do calendário religioso local acontecer no final de outubro e início de novembro, com a Festa de Todos os Santos e a tradicional romaria, a cidade recebe milhares de fiéis, turistas e visitantes durante o ano inteiro. A peregrinação normalmente acontece durante a quaresma, quando, todas as sextas-feiras, os fiéis fazem a Via Sacra enquanto sobem a serra íngreme do Caminho da Santa Cruz, que tem, em seu trajeto, 23 capelas que simbolizam a Via Sacra de Jesus. São quatro quilômetros de subida a serem percorridos pelos religiosos até chegarem à capela principal para assistirem às missas. Já durante a Semana Santa, a programação começa no Domingo de Ramos, com procissão. Na quarta-feira seguinte acontece a Via Sacra, com a imagem do Senhor dos Passos pelas ruas da cidade. Na quinta, é realizada a missa do Lava-Pés, a Procissão do Encontro e Canto de Verônica, enquanto na madrugada de Sexta-feira Santa, ao som da matraca, os fiéis sobem o monte levando as imagens do Senhor Morto, São João Evangelista

e Nossa Senhora da Soledade, acompanhados de banda de música. À tarde, é encenada a Paixão e Morte de Cristo e depois se inicia a procissão que o leva ao sepulcro. O sábado de Aleluia é marcado pela Missa da Ressurreição, seguida de procissão e da tradicional queima do Judas, com direito à leitura de seu “testamento”. A programação é encerrada no Domingo de Páscoa, com missa solene, na Igreja Matriz. Em setembro, é realizada a Exaltação da Santa Cruz, com romaria e missa, no Santuário da Santa Cruz. E o auge do calendário religioso se dá nos meses de outubro e novembro, com a peregrinação dos fiéis e outros eventos da Igreja Católica. Apesar do forte cunho religioso, a cidade reserva aos seus visitantes outras atrações. Uma delas pode ser logo percebida durante uma simples caminhada pela sede

de Monte Santo. A cidade conserva o casario de engenharia típica dos séculos XVII e XIX, mas os atrativos não são reservados apenas à arquitetura. A história também fala alto na localidade que tem influência da Guerra de Canudos. O imponente Canhão de Canudos, utilizado pelos republicanos para aniquilar os conselheiristas durante o conflito ocorrido no final do século XIX, está entre os atrativos que podem ser avistados no centro da cidade. Ao seu redor estão as imagens do beato Antônio Conselheiro e do comandante do Exército brasileiro que lutou para exterminar o vilarejo de Belo Monte. O Museu do Sertão é outro ponto de parada obrigatória para quem vai à cidade. O local abriga uma réplica do Meteorito de Bendengó, encontrado às margens do rio de mesmo nome, em 1784. Na zona rural, as fazendas Caixão, Maria de Lima, Pedra Branca, Santa Rita e Riacho da Onça preservam intactas inscrições rupestres seculares. Monte Santo também ficou conhecida por ter sido cenário de importantes obras do cinema brasileiro, a exemplo de O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, e Deus e o Diabo na Terra do Sol, do cineasta baiano Glauber Rocha.

Principais Atrações • Festa de Todos os Santos • Estações da Via Sacra • Santuário da Santa Cruz • Igreja Matriz • Museu do Sertão • Fauna e Flora • Artesanato: palha e piaçava

Infraestrutura O parque hoteleiro de Monte Santo possui 124 leitos

Gastronomia Cozinha sertaneja

Distâncias • Salvador: 373 km • Porto Seguro: 889 km • Rio de Janeiro: 1.766 km • São Paulo: 2.074 km • Brasília: 1.456 km • Belo Horizonte: 1.494 km

Como chegar: Via terrestre: Partir de Salvador pela BR-324, até Feira de Santana. Depois, seguir pela BR-116, passando por Serrinha, Tucano Euclídes da e Euclides da Cunha Cunha para ter Ribeira do Tucano Pombal acesso à BA-220, BR que dá acesso a 116 Monte Santo. Serrinha Quem preferir viajar Feira de de ônibus tem Santana BR como opção a 324 empresa São Matheus. Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Na foto acima, Igreja Matriz de Monte Santo. Abaixo, Peregrinação à Santa Cruz

Viver Bahia | 97


Canudos não se rendeu U

m dos principais ícones do turismo histórico-cultural da Bahia, a cidade de Canudos guarda a história do maior conflito brasileiro do período republicano, a Guerra de Canudos. O cenário era o sertão. Os personagens, de um lado, eram homens e mulheres humildes que vinham de todos os cantos da Bahia e do Nordeste para seguir o beato Antônio Conselheiro. Do outro, o Exército brasileiro. O motivo principal, a resistência ao regime republicano. Acompanhando de perto o conflito, Euclides da Cunha, então repórter do jornal O Estado de São Paulo, registrou os fatos para a posteridade, no seu magnífico Os Sertões. Mais de 110 anos depois, a pequena cidade de Canudos ainda guarda o cenário e história da guerra em praticamente todos os seus atrativos culturais. Não foi à toa que o escritor peruano Mário Vargas Llosa passou meses na atual Canudos, bebendo na própria fonte para escrever A Guerra do Fim do Mundo. Turistas que desejam saber mais sobre a guerra contam, desde 1997, com o Parque Estadual de Canudos. O principal cenário da guerra guarda um roteiro de cinco quilômetros, com passagem por pontos estratégicos das batalhas do século XIX. Sinalizado, o parque abriga sítios onde foram montados acampamentos militares, hospitais, cemitérios de soldados e conselheiristas e trincheiras para a batalha. No ponto mais alto do parque, tem lugar um marco pela Guerra de Canudos, onde está fincado um grande cruzeiro - bem onde fora posicionado o canhão do Exército. 98 | Viver Bahia

Outro ponto obrigatório para quem vai a Canudos em busca de conhecimento sobre a guerra é o Memorial Antônio Conselheiro, que fornece aos visitantes interessantes informações sobre a guerra. Lá estão expostas imagens e objetos achados por pesquisadores no Parque Estadual como munições, projéteis e fragmentos de granadas, dentre outros objetos da época, além de vestígios de ocupação pré-história na região de Canudos. Outras relíquias da guerra também são encontradas no pequeno Museu Histórico de Canudos. Próximo ao museu, turistas e moradores do local podem desfrutar do pequeno balneário do açude

Cenário e história da Guerra de Canudos são preservados no local

Cocorobó, banhando-se na prainha do rio Vaza-Barris – um dos locais mais procurados nos finais de semana. As águas do açude encobrem as ruínas da extinta comunidade fundada pelo Conselheiro. E como tudo em Canudos remete ao beato e à guerra de Canudos, um importante atrativo é o Mirante do Conselheiro. O lugar oferece uma vista privilegiada da cidade e do açude Cocorobó e conta com banheiros e bares que funcionam nos finais de semana. Perto do açude, uma opção para os aliviar o calor é visitar o Jorrinho de Canudos e tomar banho nas cascatas ou no canal do açude. Depois do banho relaxante, uma boa pedida é aproveitar o pôr-do-sol às margens do açude. Algumas edificações religiosas também compõem os atrativos da cidade, mas o destaque é a Igreja Matriz. O templo guarda uma imagem de Santo Antônio, datada do século XIX, possivelmente com origem na comunidade de Belo Monte. Entre um passeio e outro, o visitante pode apreciar as delícias da culinária local. Os pequenos restaurantes da cidade oferecem muita carne de bode assada, frita ou cozida, ensopado de galinha caipira e peixes de água doce como tilápias e tucunarés, preparados como moqueca, com azeite de dendê, ou ensopado. Para acompanhar, a sobremesa típica é o doce de banana, fruto do sucesso da irrigação na região. Já as folhas da bananeira viram artesanato nas mãos das mulheres do município. São peças como bolsas, quadros, luminárias, baús e jogos americanos, dentre outros itens - tudo à base de palha de bananeira, sementes, madeira, cola, verniz e materiais reciclados, como vidro e papelão. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia. com.br/cidades/canudos.

Fotos: Rita Barreto/Setur

Foto: Clarissa Amaral/Setur

Canudos

Cenário local retrata o sertão baiano

Principais Atrações • Parque Estadual de Canudos • Museu Histórico de Canudos • Memorial Antônio Conselheiro • Comunidade 120 • Açude de Cocorobó • Mirante do Conselheiro • Jorrinho • Refúgio da Ararinha Azul • Fauna e Flora • Artesanato: palha e fibra da folha de bananeira da Comunidade 120

Infraestrutura • O parque hoteleiro de Canudos possui 140 leitos

Gastronomia • Cozinha sertaneja

Distâncias • Salvador: 488 km • Porto Seguro: 742 km • Rio de Janeiro: 1.489 km • São Paulo: 1.721 km • Brasília: 1.070 km • Belo Horizonte: 1.536 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, é preciso acessar a BR-116 e seguir caminho, passando por Serrinha, Ribeira do Pombal, BR 235 Tucano e Euclides Canudos Euclídes da da Cunha, até Cunha Ribeira do chegar a Canudos. Tucano Pombal Quem preferir BR 116 viajar de ônibus Serrinha tem como opção a empresa São Luis, Feira de Santana com partida do BR 324 Terminal Rodoviário de Salvador. Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 99


A

cidade tem ligação direta com o episódio de Canudos. Alguns pontos turísticos fazem referência à guerra, como a casa onde se hospedou o major Moreira César, na praça da Bandeira; o painel de azulejos, na praça Duque de Caxias, que retrata a guerra de Canudos; e o acervo do escritor e poeta José Aras, que ocupa uma sala do Educandário Oliveira Brito. Durante a guerra de Canudos, as forças republicanas permaneceram em acampamentos como se fosse um quartel-general, quando Euclides da Cunha ainda se chamava Cumbe. Hoje, a cidade leva o nome do famoso jornalista-escritor que imortalizou a saga de Antônio Conselheiro, através do clássico Os Sertões. A feira da cidade que ocorre aos sábados, na praça Rui Barbosa, no Local foi um dos pontos marcantes na Guerra de Canudos

Centro, configura-se numa atração à parte. Como o comércio da cidade é um dos melhores da região, a feira é muito movimentada e dela participam camponeses de várias localidades vizinhas. Atrações de cunho religioso, capela da Santíssima Trindade e a capela de São Vicente estão localizadas no povoado do Massacará. A primeira, datada do século XVII, guarda uma réplica da imagem de Nosso Senhor da Trindade (a original encontra-se em Roma). Já a segunda está instalada na Pedra do Consolo, uma rocha que se assemelha a um monstro marinho. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia. com.br/cidades/euclides-da-cunha

Tucano

Monumento a Euclides da Cunha

Principais Atrações • Capela da Santíssima Trindade • Capela de São Vicente • Fauna e Flora • Artesanato: barro e piaçava

Infraestrutura O parque hoteleiro de Euclides da Cunha possui 439 leitos

Gastronomia Cozinha sertaneja

Distâncias • Salvador: 334 km • Porto Seguro: 850 km • Rio de Janeiro: 1.716 km • São Paulo: 2.030 km • Brasília: 1.553 km • Belo Horizonte: 1.455 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-116, passando por Serrinha e Araci até chegar a Euclides da Cunha. Quem preferir viajar de ônibus tem como opção a empresa Euclídes da Gontijo, que faz Monte Cunha Santo viagens diárias Ribeira do para Euclides da Tucano Pombal Cunha, saindo BR 116 do Terminal Serrinha Rodoviário de Salvador. Feira de Santana

BR 324 Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Euclides da Cunha: história e religiosidade

Fotos: Rita Barreto/Setur

Euclides da Cunha

Águas termais de Caldas do Jorro

Tucano: Oásis do Sertão Também situada em meio ao sertão baiano, a cidade de Tucano tem potencial turístico comprovado pelos visitantes que buscam o município para conhecer suas atrações como o Buraco do Vento, a Cachoeira do Inferno e, em especial, a localidade de Caldas do Jorro e suas águas termais. Imponente formação natural, o Buraco do Vento surpreende os curiosos com tamanha profundidade. Há quem diga que o buraco não tem fim, enquanto outros contam que a caverna teria servido de esconderijo para Lampião durante as fugas. Essa fama atrai muitos curiosos durante a estada em Tucano. Já a Cachoeira do Inferno é outro atrativo natural que encanta os visitantes da cidade. Localizada a cerca de 45 quilômetros da sede, o local se assemelha a um cânion que abriga uma queda d’água. Um atrativo à parte é a feira livre de Tucano, realizada aos sábados, onde são comercializados alimentos e artigos diversos, a exemplo de objetos em couro, como chapéus. A

visita ao local atrai principalmente os visitantes que buscam conhecer mais a cultura regional e as tradições dos seus moradores. Considerada Estância Hidromineral, a cidade engloba o distrito de Jorro. A localidade oferece aos seus moradores e visitantes uma estrutura aconchegante, com bicas instaladas na praça central, rodeada por bares e pousadas que garantem a infraestrutura para quem vai desfrutar das águas medicinais. O programa é indicado para as famílias, mas o público da terceira idade é o que mais frequenta a estância. Em Jorro, as águas termais são mais quentes, atingindo a temperatura de até 48ºC, mas quem prefere águas mornas tem como opção a pequena vila de Jorrinho. Com estrutura mais simples, o local, situado às margens do Rio Itapicuru, também conta com bicas para os visitantes se banharem e com bares que sempre têm uma boa carne de bode a ser oferecida aos visitantes.

Principais Atrações • Estância Hidromineral de Caldas do Jorro • Buraco do Vento • Cachoeira do Inferno • Artesanato: palha e piaçava

Infraestrutura O parque hoteleiro de Tucano possui 934 leitos.

Gastronomia Cozinha sertaneja

Distâncias • Salvador: 277 km • Porto Seguro: 793 km • Rio de Janeiro: 1.659 km • São Paulo: 1.973 km • Brasília: 1.496 km • Belo Horizonte: 1.494 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador, o acesso é feito pela Ribeira do BR-324, até Feira de Tucano Pombal Santana, de onde BR 116 se segue pela Serrinha BR-116 até Tucano. Feira de Santana

BR 324

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www. bahia.com.br/servicos

Salvador

Viver Bahia | 101


Foto: Rita Barreto/Setur

Foto: Tatiana Azeviche/Setur

Caldas de Cipó

Serrinha

Principais Atrações • Cascata Pau de Ferro • Circuito Aquático Cascata de Água Termal • Grande Hotel de Cipó • Jorrinho • Parque das Águas Agenor Brito • Praia fluvial dos Torrões • Artesanato: palha e piaçava

Infraestrutura O parque hoteleiro de Caldas de Cipó possui 222 leitos.

Gastronomia Cozinha sertaneja

Distâncias

Cidade recebeu o título de Estância Hidromineral em 1935

Caldas de Cipó: estância hidromineral

N

a cidade, localizada em meio ao sertão, brotam fontes de água quente, que tornam o lugar um grande atrativo. Com temperatura agradável (até 38ºC), as águas são cheias de propriedades medicinais e agradam os visitantes de todas as idades, mas são os idosos os que mais se deliciam com os atrativos de Caldas de Cipó. As cascatas instaladas em diferentes pontos da sede do município propiciam agradáveis banhos, especialmente durante o inverno, quando os visitantes procuram fugir do friozinho típico do inverno sertanejo. Entre as principais cascatas estão a Pau de Ferro, nas imediações da praça Juraci Magalhães, e o circuito aquático Cascata de Água Termal, que inclui o Parque das Águas Agenor Brito. O parque conta com estrutura de bar, piscinas termais, cascata e toboágua, tornando-se um ótimo programa para toda a família. A praia fluvial dos Torrões, às margens do Rio Itapicuru 102 | Viver Bahia

também é uma das atrações da cidade, que tem entre os seus pratos típicos a carne do sol de bode. Entre as décadas de 30 e de 50, a cidade recebeu o título de Estância Hidromineral (1935) e se tornou o paraíso dos jogadores, com a instalação de cassinos. Detentora de grande fama, o local recebeu turistas de muitos lugares do mundo e, em 1952, teve inaugurado o seu maior e mais luxuoso hotel. O Grande Hotel de Cipó, inaugurado pelo então presidente Getúlio Vargas. O local é um dos principais pontos turísticos da cidade e alimenta a curiosidade quanto à época de ouro de Caldas de Cipó. O hotel e a praça Juraci Magalhães, à sua frente, são cartões-postais da cidade. Boa para relaxar durante a tarde, para namorar ou mesmo para avistar o Rio Itapicuru, a praça guarda um bonito jardim e arcadas que se assemelham ao estilo romano.

• Salvador: 251 km • Porto Seguro: 629 km • Rio de Janeiro: 1.375 km • São Paulo: 1.483 km • Brasília: 817 km • Belo Horizonte: 1.422 km

Fiéis percorrem 4 quilômetros na Procissão do Fogaréu

Serrinha: vaquejadas e calvagadas Principais Atrações • Parque Maria do Carmo • Vaquejada de Serrinha • Procissão do Fogaréu • Festa do Moto Argola • Artesanato: palha e piaçava

Como chegar: Via terrestre: Quem for viajar para Cipó tem duas alternativas para chegar à cidade, partindo de Salvador. O motorista pode seguir pela BR-324, passando por Feira de Santana e Serrinha para ter acesso à estrada de Biritinga, alcançando a BR-110, em Nova Soure. A segunda opção é trafegar pela BR-101 até Alagoinhas e depois subir o viaduto na entrada dessa cidade para ter acesso à BR-110. Logo após o Posto Rodoviário Federal, o motorista deve seguir à esquerda, em direção a Inhambupe. De ônibus, é possível viajar pela empresa Jauá, a partir do Terminal Rodoviário de Salvador. Cipó

BR 116 BA 084

Serrinha

BR 110 Inhambupe

Feira de Santana

BR 101 BR 324

Alagoinhas

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http:// www.bahia.com.br/servicos

Infraestrutura O parque hoteleiro de Serrinha possui 678 leitos

Gastronomia Cozinha sertaneja

Distâncias Vaquejada de Serrinha atrai milhares de turistas

D

estino para o turismo rural, Serrinha destaca-se pela hospitalidade com que recebe seus visitantes. Todos os anos, no mês de setembro, a cidade é sede da Vaquejada de Serrinha. Criado em 1967 pelos vaqueiros Valdete Carneiro e Neném de Maroto, o evento ganhou grandes proporções e distribui prêmios valiosos. A vaquejada, realizada no Parque Maria do Carmo, atrai visitantes de todo o Brasil. Com a grande demanda, a estrutura da festa se desenvolveu e a festa também passou a ter a presença de grandes vaqueiros, leilões de cavalos

e a contar com shows de artistas nacionais, chegando a ser comparada ao Rodeio de Barretos, em São Paulo. O São João da cidade é tradicional, com grandes atrações do forró nordestino e com grandes fogueiras. A cidade também tem no seu calendário de festas a Procissão do Fogaréu, realizada há mais de 80 anos, e o Moto Argola, que reúne motociclistas de todo o país. Para mais informações, basta acessar o portal oficial de Turismo da Bahia pelo link: http://www.bahia. com.br/cidad

• Salvador: 204 km • Porto Seguro: 721 km • Rio de Janeiro: 1.598 km • São Paulo: 1.905 km • Brasília: 1.424 km • Belo Horizonte: 1.326 km

Como chegar Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, até Feira de Santana, o motorista deve seguir pela BR-116, sentido norte. Serrinha fica 46 quilômetros depois de Santa Bárbara. Quem preferir viajar de ônibus BR tem como opções as em- 116 presas Santana e Plenna. Serrinha

Feira de Santana BR 324

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http:// www.bahia.com.br/servicos

Salvador

Viver Bahia | 103


Caminhos do Sudoeste

Na rota do café Apesar do estágio ainda embrionário, região oferece opções diferenciadas, principalmente para os amantes do frio

A

Casarão em Vitória da Conquista 104 | Viver Bahia

região pertence ao CentroSul baiano, clima tropical, amenizado pela relativa altitude do lugar, é uma das zonas que registram as temperaturas mais amenas da Bahia. Tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao seu contínuo crescimento econômico. No novo remapeamento turístico do Estado da Bahia, a região Sudoeste foi indicada e aprovada pelo Fórum Estadual como uma nova zona turística a ser desenvolvida. O destino Caminhos do Sudoeste está em processo de consolidação.

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 6.738 leitos em resorts, hotéis e pousadas • Centro de Convenções • Aeroporto nacional

Municípios • Vitória da Conquista • Iguaí

Opções • Turismo Religioso • Turismo Cultural • Turismo Ecológico • Esporte e Aventura • Turismo Rural

Viver Bahia | 105


Vitória da Conquista

Iguaí

Iguaí das cachoeiras e nascentes O Principais Atrações • Festival de Inverno • Cristo Crucificado • Museu de História Política (Memorial Governador Régis Pacheco) • Praça Tancredo Neves • Poço Escuro • Parque Maria do Carmo

Infraestrutura O parque hoteleiro de Conquista possui 2.841 leitos

Gastronomia Cidade é palco do Festival de Inverno da Bahia

Vitória da Conquista: clima tempera festival V

itória da Conquista é a terceira maior cidade do Estado. A cidade sedia importantes eventos do calendário musical baiano, como o Festival de Inverno da Bahia, evento que atrai centenas de baianos e turistas, consolidandose como excelente opção no roteiro da música nacional no período, promovendo cultura, entretenimento e diversão durante o inverno baiano. Para os adeptos do turismo cultural que gostam de história e arquitetura, o Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, possui um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade, desde a sua emancipação, 106 | Viver Bahia

além de ser uma mostra da arquitetura preservada da metade do século XX. O Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, é uma das principais atrações da cidade. Esculpido entre os anos de 1980 e 1983, mostra as feições do homem sertanejo, medindo 15 metros de altura por 12 de largura. Outra importante atração é a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. É lá que se encontra o Caminho de Santiago do Periperi, que começa no Ibc-Capinal e termina no Poço Escuro, caminho esse criado pelos peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

• Cozinha sertaneja • Café

potencial turístico de Iguaí se traduz principalmente nas suas belas paisagens naturais, nas trilhas, cachoeiras e rios, que propiciam momentos de lazer, descontração e alegria aos visitantes. O município possui uma bacia hidrográfica com mais de 1.600 nascentes, 180 cachoeiras e cascatas, dezenas de rios, vales e serras ideais para a prática do turismo ecológico e de aventura. Além de oferecer turismo ecológico, a região é ideal para os apreciadores do turismo rural. O verde predomina num lugar de natureza simples que agrada a todos que o visitam. A zona rural é repleta de fazendas de gado leiteiro

e de corte, além de plantações de cacau e cana-de-açúcar. A três quilômetros da cidade de Iguaí existe uma das belezas mais aproveitadas pelos baianos e turistas: a cachoeira situada no encontro dos rios Preto e Gongogi. Local de imensa beleza, foi construído ali um balneário, que funciona desde 1996. O local, privilegiado com a beleza de uma cachoeira encantadora, recebe inúmeros visitantes, principalmente nos finais de semana, que vão se divertir e relaxar à beira do rio. Outro local muito procurado pelos frequentadores do balneário é o Véu de Noiva, uma cachoeira onde os banhistas se refrescam nas águas vindas do Rio Preto.

Principais Atrações • APA Serra do Ouro • Serra do Jaguar • Cachoeiras • Nascentes de rios

Infraestrutura O parque hoteleiro de Iguaí possui 118 leitos

Gastronomia • Cozinha sertaneja • Café

Distâncias • Salvador: 518 km • Porto Seguro: 356 km • São Paulo: 1421 km • Rio de Janeiro: 1114 km • Brasília: 1.014 km • Belo Horizonte: 841 km

Distâncias • Salvador: 447 km • Porto Seguro: 314 km • São Paulo: 1541 km • Rio de Janeiro: 1235 km • Brasília: 1.156 km • Belo Horizonte: 962 km

Como chegar: Via terrestre: O acesso pode ser pelas rodovias BR-407, BA-263 e BR-116; a cidade dispõe de rodoviária com linhas para as principais cidades do Brasil Via Aérea: Linhas regulares partindo de Salvador.

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-116, passando por Itatim, Milagres, Manoel Vitorino, Poções, daí entrar na BA- 262 passando por Nova Canaã depois Iguaí. Via Aérea: Linhas regulares partindo de Salvador para Conquista.

BR 407

Feira de Santana

Itaberaba BR 242

BR 407

O município conta ainda com a tradição da Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, evento religioso em louvor à padroeira local, constando de novena, missa solene e procissão, além da corrida de vaquejada, leilão e apresentação de bandas.

Feira de Santana

BR

116 Milagres

BR 324

BR 116

Jequié

Milagres

Salvador

Poções

Poções

BR 324

Jequié Salvador

Vitória da Conquista

Vitória da Conquista

BA 263

Iguaí

BA 262

BA 263

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Bacia hidrográfica da região tem mais de 1.600 nascentes

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Vale do São Francisco

Na rota do vinho Às margens do Velho Chico, produção de vinho cresce e se transforma em atração turística de primeira

O

céu azul, com excelente luminosidade, o solo fértil e água em abundância transformaram a região do Vale do São Francisco, localizada a 500 quilômetros de Salvador, entre o Sertão da Bahia e o Agreste pernambucano, num dos maiores produtores de vinho do Brasil. A região é batizada com o nome do rio que corta o maior número de estados no Brasil: Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Alagoas e Sergipe. Lá, se destacam os municípios de Juazeiro, Sobradinho e Casa Nova. Neste último, está localizada a Vinícola Miolo, que produz anualmente mais de três milhões de litros de vinhos (brancos e tintos, suaves e secos), brandies e espumantes. O local

é o ponto de um dos mais novos segmentos do turismo da Bahia: o Enoturismo, lançado em 2008 e que hoje é responsável pelo fluxo mensal de mais de mil visitantes. De acordo com enólogos e especialistas em bebidas, nenhum lugar no país consegue reunir tantos requisitos para o cultivo das uvas, que são responsáveis pela fabricação dos vinhos e derivados. Lá, os parreirais são expostos à luz durante mais de três mil horas por ano. Aliás, esses produtos hoje são consumidos no Brasil e no exterior, uma vez que a região já exporta quase um quinto de tudo o que é fabricado. “Nós temos uva o ano inteiro”, enfatiza o empresário Eurico Benedetti, da Miolo.

Ponte Presidente Dutra, Juazeiro

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Produção de vinhos estimula o Enoturismo na região

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COMANDATUBA CANAVIERAS BELMONTE

SANTACRUZCABR¡LI A PORTOSEGURO

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 3.265 leitos em hotéis e pousadas • Aeroporto nacional • Espaço de convenções • Locadoras de barcos

Municípios • Juazeiro • Casa Nova • Sobradinho • Curaçá • Remanso

Opções • Enoturismo • Turismo Cultural • Turismo Ecológico • Esporte e Aventura • Turismo de Negócios

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Entre os visitantes, há gente de Salvador, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Campina Grande e mesmo os moradores do Sudeste, além de franceses e italianos que apreciam um bom vinho. Mas não é só de vinhos que vive o Vale do São Francisco, a música, a cultura e as belezas naturais completam este interessante roteiro. Tanto em Juazeiro, na Bahia, quanto em Petrolina, em Pernambuco, diversas expressões compõem um cenário dificilmente encontrado em outros lugares do Brasil. Principal cartão-postal da região, o Rio São Francisco já foi cantado em verso e prosa por artistas de diversas regiões nordestinas. Também chamado de Opará, como é conhecido pelos indígenas, ou popularmente de Velho Chico, o rio nasce em São Roque de Minas, na Serra da Canastra, no estado de Minas Gerais, a aproximadamente

1.200 metros de altitude, atravessa o Estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 mil quilômetros quadrados e atingindo quase 3 mil quilômetros de extensão. O Velho Chico apresenta duas áreas plenamente navegáveis e a maior está entre Pirapora, em Minas Gerais e Juazeiro, na Bahia, com cerca de 1.371 quilômetros de extensão. Em Juazeiro, as pequenas ilhas do Velho Chico são as principais opções de lazer dos fins de semana para os turistas e moradores locais. As ilhas da Amélia e do Rodeadouro contam com toda a infraestrutura necessária para receber visitantes. No Rodeadouro, a aproximadamente 12 quilômetros do centro de Juazeiro, mais de 5 mil pessoas atravessam um pequeno trecho do rio para curtir a praia fluvial durante os fins de semana. A grande movimentação no local rende muitos lucros aos comerciantes que estimam a venda de 1 mil caixas de cerveja nos dias de sexta-feira, sábado e domingo. Na praia é possível curtir um banho de rio refrescante nas águas do Velho Chico. A baixa temperatura da água minimiza o calor proporcionado pelo sol forte. Os que gostam de uma cervejinha também aproveitam para se refrescar no São Francisco. Outras atrações imperdíveis na cidade são a Orla Fluvial, a escultura em homenagem ao Nego D’Água, que trata de uma lenda local, e a réplica do Vaporzinho, antiga embarcação que fazia a travessia de Juazeiro para Petrolina e vice-versa antes da construção da Ponte Presidente Dutra. Na cidade baiana, as carrancas são esculpidas em madeira e são facilmente encontradas na Casa do Artesão, no Centro da cidade. O espaço mantido pela prefeitura local reúne todo o tipo de artesanato regional e peças produzidas por artistas locais.

Juazeiro

Juazeiro: agito às margens do Velho Chico

D

o antigo “porto de passagem” de tropeiros e comerciantes que se embrenhavam pelo sertão, ficaram, para o registro histórico, os frondosos pés de juazeiro - nome que deu origem ao município - e alguns monumentos da arquitetura civil do século passado. Um próspero comércio se desenvolveu às margens do Rio São Francisco, no principal ponto de divisa entre os estados da Bahia e Pernambuco. Juazeiro transformou-se em um moderno polo agroindustrial, com intensa atividade de exportação. A cidade modernizou-se com a urbanização da orla fluvial e com o novo visual dos arcos da ponte Eurico Gaspar Dutra, agora ocupados por pequenos bares e restaurantes. Hoje Juazeiro oferece numerosas atrações turísticas, desde a Rota do Vinho e do Vapor do Vinho até as suas belas praias fluviais. A gastronomia é uma atração à parte. Se a comida é muito boa, pode-se dizer o mesmo também da vida noturna de Juazeiro, uma das mais agitadas da Bahia. Na cidade, que está localizada na divisa com Pernambuco, o forró é o ritmo mais executado, mas outras tendências como a MPB, o axé music e o pagode

Principais Atrações • Rota do Vinho • Vapor do Vinho • Praias fluviais • Rodeadouro • Vaquejadas • Culinária • Vinhos e espumantes • Artesanato: Carrancas do São Francisco e outras esculturas em madeira

também fazem parte do repertório dos bares e casas noturnas da região. Os principais points da cidade são o Armazém Café, o Depósito Dancing e o Country Club, onde todas as quintas-feiras rola o Forró do Mamãe não me Acha das 23h até o dia seguinte. A festa surgiu num período de férias escolares e universitárias e entrou para o calendário fixo da cidade devido ao sucesso de público. As vaquejadas também agitam os finais de semana, com muito forró e música sertaneja. Os festejos, que lotam os parques situados na zona rural, começam já na quinta-feira e se estendem até o domingo.

Gastronomia • Cozinha sertaneja • Bode assado • Aipim frito • Manteiga de garrafa • Purê de aipim • Feijão verde e salada à vinagrete • Caprinos com baixo teor de gordura e colestorol • Peixes de água doce, com destaque para o surubim • Carne do sol

Infraestrutura O parque hoteleiro de Juazeiro possui 1.283 leitos.

Distâncias

Vapor do Vinho – Lançado em 2011, o Vapor do Vinho, embarcação que transporta turistas no Vale do São Francisco, é uma excelente pedida. Com capacidade para 50 pessoas, o vapor tem suas viagens realizadas todos os sábados e percorre um pequeno trecho do Lago de Sobradinho até a vinícola Ouro Verde, no município vizinho de Casa Nova. O passeio custa R$ 80 e inclui uma visita aos vinhedos e à linha de produção das bebidas do Vale do São Francisco. Mais informações, acesse o portal www.bahia.com.br.

• Salvador: 507 km • Porto Seguro: 995 km • Rio de Janeiro: 1.863 km • São Paulo: 2.179 km • Brasília: 1.704 km • Belo Horizonte: 1.497 km

Como chegar:

Foto: Eduardo Pelosi/Setur

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Vale do São Francisco

Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, até Feira de Santana, devese seguir pela mesma BR até Capim Grosso, e seguir pela BR-407 passando por Filadelfia, Senhor do Bonfim e Jaguarari. Daí são 98 km. De ônibus é possível ir pela empresa São Luis. Via aérea: A empresa Gol faz roteiros de Salvador até o aeroporto de Petrolina. Diversos ônibus partem de Petrolina até a localidade, a partir do Terminal Rodoviário, nos mais variados horários. Juazeiro

Senhor do Bonfim Jacobina BR 407

Feira de Santana BR 324 Salvador

Passeio pela Ilha do Rodeadouro atrai cada vez mais turistas a Juazeiro

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Sobradinho

Casa Nova

O

novo destino enoturístico do interior baiano, Casa Nova, é um dos pontos mais remotos da Bahia. Situado na divisa com o Piauí e Pernambuco, o município possui seu principal povoamento na barranca do Rio São Francisco, enquanto seu grande território se estende sertão adentro, com caatinga, várzeas, chapadas e serras dignas das melhores descrições de Euclides da Cunha. Reinado de vaqueiros que, vestidos em roupas de couro, debaixo de sol intenso, pegam gado malabar em ermos, onde, até hoje, se encontram vastidões de flora e fauna intocadas, como nas mais inspiradas histórias de Guimarães Rosa. Possui o maior rebanho de caprinos de todo o Brasil, e agora vive um período de desenvolvimento baseado na irrigação, que lhe trouxe, entre outras frutas, as milagrosas videiras, capazes de produzir vinhos extraordinários pela doçura e luminosidade. O incentivo a essa atividade enoturística, que interliga Casa Nova diretamente ao grande polo representado por Juazeiro e Petrolina, é fundamental para o desenho do novo perfil socioeconômico da região.

• Receptivo das vinícolas • Rota do Vinho • Praias fluviais • Vinhos e espumantes • Artesanato: Carrancas do São Francisco e outras esculturas em madeira

Gastronomia • Cozinha sertaneja • Produtos à base de bode e carneiro • Peixes de água doce, com destaque para o surubim • Carne do sol com pirão de leite

Infraestrutura O parque hoteleiro de Casa Nova possui 120 leitos

Distâncias • Salvador: 567 km • Porto Seguro: 1.055 km • Rio de Janeiro: 1.923 km • São Paulo: 2.230 km • Brasília: 1.764 km • Belo Horizonte: 1.555 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR- 324, sentido Feira de Santana, seguir até Capim Grosso; neste ponto entrar na BA- 407 passando por Senhor do Bonfim e Juazeiro; depois seguir pela BA- 210 e BA-235, depois 67km até Casa Nova.Duração da viagem: 10h. De ônibus: Empresa Gontijo Via aérea: A empresa Gol faz roteiros de Salvador até o aeroporto de Petrolina. Diversos ônibus partem de Petrolina até a localidade, a partir do Terminal Rodoviário, nos mais variados horários. Casa Nova

BR 235

Sobradinho: maior lago artificial do mundo

Principais Atrações

A

• Cozinha sertaneja • Carnes de bode e carneiro

• Lago e Barragem de Sobradinho • Eclusa da Barragem • Esportes náuticos (velahobbie-cat, laser, windsurf e jet-ski)

Gastronomia

maior atração turística deste município é o Lago do Sobradinho, considerado o maior lago artificial do mundo. Tem uma área de 4 mil quilômetros quadrados de espelho d´água e capacidade de armazenamento de 34 bilhões de metros cúbicos de água, oriundas do Rio São Francisco. A facilidade de acesso ao público incentivou a prática de esportes náuticos, os quais vêm se intensificando, especialmente a velahobbie-cat, laser, windsurf e jet-ski. A pesca do surubim é outra atividade de lazer que atrai pescadores, amadores e profissionais, além de ser uma importante atividade econômica. Depois de preparado à moda local, o pescado ainda vale uma bela refeição.

Infraestrutura Lago de Sobradinho é propício à prática de esportes radicais

Arte rupestre dos Tamoquins é atração à parte

E

Produção de vinhos e espumantes em Casa Nova Foto: Manuela Cavadas

Casa Nova: uva o ano inteiro

Principais Atrações

m Sobradinho, o destaque especial é a arte rupestre da tribo remanescente dos Tamoquins. A comunidade vive a 27 km do município, na localidade de São Gonçalo da Serra, em local de fácil acesso, onde estão as pinturas rupestres deixadas pela tribo Tamoquins. Os habitantes do lugar ainda guardam histórias e rituais típicos da época dos primeiros moradores e tentam manter sólidas as tradições tanto dos índios quanto dos portugueses, os colonizadores da região. Enquanto os descendentes

dos Tamoquins dançam o Toré, os descendentes dos portugueses fazem a dança de São Gonçalo, como forma de reviver os costumes d’além mar, passando para as novas gerações toda a história de seus antepassados. Próxima à localidade, encontra-se a região da Corrente, considerada pelos nativos um lugar sagrado e com muitos mistérios, que somente os mais velhos pajés conheciam. Os moradores falam de um tesouro escondido pelos caciques Tamoquins, e há quem garanta que esse tesouro ainda está no local.

O parque hoteleiro de Sobradinho possui 113 leitos

Distâncias • Salvador: 560 km • Porto Seguro: 1.038 km • Rio de Janeiro: 1.916 km • São Paulo: 2.232 km • Brasília: 1.757 km • Belo Horizonte: 1.550 km

Como chegar: Via terrestre: Sair de Salvador pela BR-324, até Feira de Santana, por um percurso de 107km. Depois seguir até o entroncamento da cidade de Capim Grosso, onde há um acesso para a BR-407, que leva até Juazeiro e Sobradinho. Via Aérea: A empresa Gol faz roteiros de Salvador até o aeroporto de Petrolina. Diversos ônibus partem de Petrolina até a localidade, a partir do Terminal Rodoviário, nos mais variados horários. Sobradinho

Petrolina

Petrolina

BA 210

Juazeiro

Juazeiro

Senhor do Bonfim

Senhor do Bonfim Jacobina Jacobina BR 407

BR 407

Feira de Santana

Feira de Santana BR 324

BR 324

Salvador

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Pinturas rupestres feitas pelos Tamoquins

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia. com.br/servicos

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Lagos e Cânions do São Francisco

Foto: Tatiana Souza

Turismo com adr enalina Prática de esportes radicais se mistura à contemplação das belezas naturais da região que atrai turistas de várias partes do mundo

É

preciso visitar o Rio São Francisco para entender por que tantos escritores o reverenciam. Durante este apaixonante contato, que pode ser feito em diversas cidades baianas, é possível sentir um pouco da inspiração que já tomou de arroubo diversos compositores. Nessa área da Bahia, diversas cidades oferecem uma gama de programações de lazer aos visitantes, desde os famosos pulos de bungie jump, do alto de pontes, e variados esportes radicais, até as reuniões em barzinhos e restaurantes para contemplar o pôr-do-sol. Vale lembrar que qualquer atividade escolhida será especial, porque, na companhia do “Velho Chico”, tudo se torna inesquecível. Entre os municípios que compõem a região

dos Lagos e Cânions estão: Abaré, Paulo Afonso, Glória, Rodelas e Santa Brígida. Paulo Afonso é uma das cidades que mais se destacam. Ela desponta no cenário turístico como um dos principais portões de entrada para a Região dos Lagos e tem como principal atrativo a exploração do turismo de aventura e o ecoturismo. Nela, o visitante encontrará opções que exploram a prática de esportes radicais, trilhas na caatinga, passeios no cânion do Rio São Francisco e visitas aos polos de piscicultura e instalações da Companhia Hidroelétrica do São Francisco - Chesf.

Cânions do Rio São Francisco, Paulo Afonso

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Foto: Eduardo pelosi/Setur

Paulo Afonso

Paulo Afonso: capital dos esportes radicais

P

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 1.756 leitos em hotéis e pousadas • Aeroporto nacional • Espaço para convenções

Municípios • Paulo Afonso • Abaré • Glória • Rodelas • Santa Brígida

Opções • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Cultural • Turismo de Negócios • Turismo Étnico-Indígena • Turismo Arqueológico

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Cânions do Rio São Francisco são ideais para lazer e prática de esportes

aulo Afonso, na Bahia, é um daqueles lugares sobre os quais todos já ouviram algum comentário. É lá que está localizada a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf ), um dos maiores parques energéticos da América Latina, onde passa o famoso Rio São Francisco, mais conhecido como “Velho Chico”. A cidade também já serviu de refúgio para o cangaceiro Lampião, Maria Bonita e seu bando. Atualmente o local é o mais novo e promissor destino turístico para os pesquisadores e amantes do cangaço

e para quem gosta de praticar esportes náuticos e de aventura, localizado a 480 km de Salvador, no sertão baiano. A visita ao Complexo Hidroelétrico da Chesf é um dos grandes atrativos do município de Paulo Afonso, mas não é o único. O visitante ainda pode passear de catamarã pelo cânion do São Francisco, no povoado Rio do Sal (15 km de Paulo Afonso) e visitar o museu a céu aberto, com mais de 100 sítios arqueológicos, com pinturas rupestres datadas de 9 mil anos. Além disso, Paulo Afonso também oferece rico artesanato, especialmente de linhas, de Malhada Grande; trilhas para a prática de esportes de aventura; subida à Serra do Umbuzeiro, passeio ao Raso da Catarina - a maior reserva de caatinga do mundo e área de proteção ambiental de animais ameaçados de extinção, como a ararinha azul -, e um passeio à Casa de Maria Bonita, rainha do cangaço. Os grandes e pequenos lagos que transformam a cidade de Paulo Afonso em uma grande ilha também são alternativas de passeios, opções de lazer e competições náuticas. Se depender do povo acolhedor e do visual mágico, Paulo Afonso certamente será destino obrigatório para turistas, aventureiros e esportistas que buscam lugares ainda pouco explorados, mas com milhares de atrações. Distante 480 km de Salvador, 460 km de Recife e 380 km de Maceió, Paulo Afonso conta com um moderno aeroporto e infraestrutura turística que oferece cerca de mil leitos, bares, restaurantes e áreas de lazer.

Principais Atrações • Complexo Hidroelétrico da Chesf • Raso da Catarina • Canoagem • Rapel • Rafting • Esportes náuticos (vela-hobbie-cat, laser, windsurf e jet-ski) • Serra do Umbuzeiro • Casa de Maria Bonita • Rio do Sal • Reservas indígenas • Artesanato: linha (povoado de Malhada Grande)

Gastronomia • Cozinha sertaneja • Carnes de bode e carneiro • Culinária indígena

Infraestrutura O parque hoteleiro de Paulo Afonso possui 1.756 leitos.

Distâncias • Salvador: 480 km • Porto Seguro: 995 km • Rio de Janeiro: 1.863 km • São Paulo: 2.179 km • Brasília: 1.704 km • Belo Horizonte: 1.547 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR- 324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-116 sentido norte até Tucano, daí entrar na BR- 410 e depois na BR- 110 passando por Ribeira do Pombal, Cícero Dantas, Jeremoabo, e Paulo Afonso. Empresa de Ônibus Regional. Paulo Afonso Jeremoabo Cícero Dantas Tucano BR 116 Serrinha

Ribeira do Pombal BR 110

Feira de Santana BR 324 Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

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Paulo Afonso

Comunidades indígenas habitam região

O

Raso da Catarina: aventura nordestina

e cânions do São Francisco, em territórios oriundos da instalação de missões religiosas realizadas desde o século XVI, encontram-se os Tumbalalá, Pankaru, Atikum, Pakararé, Kantaruré, Xucuru-Kariri e Truká, localizados nos municípios de Abaré, Rodelas, Glória e Paulo Afonso.

O Foto: Rita Barreto/Setur

s povos indígenas da Bahia vivem hoje em territórios específicos, situados nas regiões Norte, Oeste, Sul e Extremo Sul do Estado. Estima-se que sejam cerca de 20 mil descendentes de 14 etnias indígenas, hoje distribuídos por territórios e reservas. Ao norte, nas regiões dos lagos

Artesanato produzido pela Xucuru-Kairiri

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Foto: Tatiana Souza

Paulo Afonso

Raso da Catarina é maior reserva de caatinga do mundo e área de proteção ambiental de animais ameaçados de extinção, como a ararinha azul. A reserva ecológica é dividida entre reserva biológica e indígena e tem uma extensão de 6,4 mil quilômetros quadrados recobertos de vegetação do tipo caatinga e clima típico de área desértica: durante o dia a temperatura chega a 40°C e à noite é de até 10°C. Famílias dos índios pankararés habitam a entrada do cânion seco, na chamada Baixa do Chico, que apresenta belíssimas formações rochosas esculpidas pelos ventos, parecendo castelo, torre e bispo de um tabuleiro de xadrez. A flora predominante é de xiquexiques, mandacarus, coroas-de-frade, além de diversos tipos de bromélias. A fauna é rica em variedade de aves, de coloridas plumagens. Os passeios são feitos sempre com a presença de guia local e precisam ser agendados com antecedência para atender às normas do Ibama e da Funai. O local guarda também atrativos históricos, como o Museu Casa de Maria Bonita, a mulher do cangaceiro Lampião.

Partindo do Centro de Paulo Afonso, o visitante deve seguir por 30 quilômetros até o povoado de Juá para ter acesso à estrada de barro aberta em meio à caatinga. Depois, são mais 28 quilômetros a bordo de carro tracionado até chegar à localidade da Baixa do Chico, no Raso da Catarina. O visitante conta com o apoio de guias e serviços de locação de jipes para fazer o percurso.

Reserva ecológica abriga uma rica flora e fauna Viver Bahia | 119


Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Caminhos do Oeste

Para além do Velho Chico Reforçada pela indústria da soja, região oferece roteiros ecológicos e turismo de esporte e aventura

B

anhada pelo Rio São Francisco e seus afluentes, a zona turística Caminhos do Oeste surpreende pela diversidade que a caracteriza. O ecoturismo, os esportes radicais, o turismo rural e o agroecoturismo alavancam a região mais rica do Nordeste em recursos hídricos. Aliado às belezas naturais de suas cachoeiras, rios, corredeiras, lagos, cavernas e pinturas rupestres, a região é dona de um polo agropecuário em constante ascensão e de uma economia cada vez mais robusta. Produz soja, algodão, café, milho, sorgo, arroz e

feijão, dentre outras culturas, além de ser criatório de um rebanho bovino de cerca de 2 milhões de cabeças. Alguns de seus principais municípios como Barreiras, São Desidério, Bom Jesus da Lapa, Correntina e Barra oferecem ao visitante uma infraestrutura turística receptiva em expansão, com boa oferta de leitos, além de atividades de lazer ligadas à natureza como a prática do rafting, boiacross, rappel, cascading, tirolesa ou ainda o trekking, em trilhas entre a caatinga e o cerrado, em busca de cavernas.

Rio Corrente, Correntina

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Caminhos do Oeste

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frutas silvestres como o pequi, cajuí e jenipapo. No quesito doce, a região não deixa a desejar. São delícias à base de frutas tropicais, típicas do local, como o buriti, o cajuí, e o maracujá nativo, além de biscoitos como peta, ginete, queijada e brevidade. O artesanato local consiste em objetos de cerâmica, palha, barro, couro e tecelagem, no oeste, e as famosas carrancas, em Bom Jesus da Lapa.

Infraestrutura • Parque hoteleiro: 10.957 leitos em hotéis e pousadas • Aeroporto nacional • Espaço para convenções

Circuitos e municípios • Circuito do Rio Grande: • Barra • Barreiras • Formosa do Rio Preto • Luis Eduardo Magalhães • Riachão das Neves • Santa Rita de Cássia • São Desidério • Circuito do Rio Corrente: • Bom Jesus da Lapa • Correntina • Ibotirama • Santana • Santa Maria da Vitória • São Félix do Coribe

Opções • Ecoturismo • Esporte e Aventura • Turismo Cultural • Turismo Religioso • Turismo de Negócios • Turismo Arqueológico • Turismo Rural

Trilha do Catão, em São Desidério 122 | Viver Bahia

Barra: de entreposto comercial à produção artesanal

O

Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

A culinária da região é saborosa e muito variada. Seus pratos típicos são a galinha caipira com pirão de mulher parida; pirão de cabeça de surubim (peixe de água doce com grande valor comercial e de maior preferência nos estados brasileiros); a peixada; e a picanha na brasa, acompanhada de aipim. As bebidas típicas da região são preparadas em engenhos artesanais que produzem a cachaça brejeira e os licores de

município de Barra, antiga vila de São Francisco de Chagas da Barra do Rio Grande, fica situado no Médio São Francisco e teve importante papel no desbravamento e ocupação da região. Até a metade do século XX, Barra foi um importante entreposto comercial do vale do São Francisco, assim como de seu afluente, Rio Grande, e do subafluente, Rio Preto. Com a implantação do transporte rodoviário na década de 60 do século XX, a navegação fluvial perde sua importância. Os municípios que subsistem a partir desse meio de transporte empobrecem, e alguns dos centros comerciais entram em decadência. Esta situação perdurou até 1998, quando Barra interligouse a Salvador e Brasília através de estradas asfaltadas, via Xique-XiqueIrecê-Feira de Santana (BA-160) e Ibotirama-Barreiras (BA-161). Entre 1670 e 1680, a Casa da Torre, cujo chefe era então Francisco Dias de Ávila Pereira, assentou uma fazenda de gado no ponto em que o Rio Grande deságua no Rio São Francisco. Situada na foz daquele afluente, foi logo apelidada de Fazenda da Barra do Rio Grande. Para evitar confusão com o Rio Grande, antes assim batizado no Norte, acrescentou-se-lhe a indicação de do Sul, hoje apenas Barra. O município de Barra concorreu com gente de armas para combater as insurreições de Pernambuco e a Balaiada do Maranhão, conjuntamente com Campo Largo e Santa Rita, seus satélites. Entre 1891 e 1912, acentuouse a influência da cidade de Barra, centro de movimento comercial e social, dada à sua posição geográfica no Estado da Bahia, passagem forçada de quem viajasse pelo Rio São Francisco no

seu curso médio, e ademais, ponto de trânsito das boiadas de Goiás, Piauí e também do Maranhão. A cidade de Barra mantém algo da importância dos tempos coloniais, do Império e do começo da República. Com o turismo de aventura em franca expansão, o município reserva a nativos e visitantes um sem-número de atrativos naturais como a APA Dunas e Veredas do Baixo Médio São Francisco, com área aproximada de 1.085.000 ha, e uma vegetação rica e diversificada, numa transição entre cerrado e caatinga. Também as dunas da região do Icatu, localizadas à margem esquerda do São Francisco; dunas de areia de Ibiraba, com mais de 50 metros de altura e formação de mais de 18 mil anos; encontro das águas dos rios Grande e Preto, cujas cores, diferentes, jamais se misturam; Geléia e Saquinho, dunas continentais, ótimas para a prática de esportes radicais. Mas não é só. Apaixonados pela natureza vão se encantar com a praia Boca de Jacaré, à beira do Rio Grande; com a praia do Pau D’Arco que, em épocas de seca, exibe uma faixa de areia finíssima e alva, de grande beleza; além dos riachos do Icatu, dos Brejos, do Buriti, da Jurema e da Japira.

Principais Atrações • Casa da Torre • APA Dunas e Veredas do Baixo Médio São Francisco • Praia do Pau D’Arco • Praia Boca de Jacaré • Artesanato: cerâmica

Gastronomia • Culinária regional

Infraestrutura O parque hoteleiro de Barra possui 328 leitos.

Distâncias • Salvador: 641 km • Porto Seguro: 1.005 km • Rio de Janeiro: 1.674 km • São Paulo: 1.807 km • Brasília: 932 km • Belo Horizonte: 1.167 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BA-052, a “Estrada do Feijão”, passando por baixa Grande, Mundo Novo, Morro do Chapéu, Irecê, Xique-Xique, pegar BA- 160 e seguir por 95km até Barra. Via Aérea: Pista pavimentada com 1.300m de extensão, apta a receber aeronaves de pequeno e médio porte, incluindo táxi-aéreo. Xique-Xique Barra

BA 161

Irecê BA 052 Ipirá

BA 160

BR 116

Feira de Santana

BR 324 Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Produção artesanal de vasos e jarros Viver Bahia | 123


Foto: Jota Freitas/Bahiatursa

Bom Jesus da Lapa

Principais Atrações

Gastronomia • Cozinha típica

Barreiras

Infraestrutura

A

ntigo arraial de São João das Barreiras, no século XVIII, Barreiras é hoje uma cidade moderna, reconhecida nacional e internacionalmente como o maior polo agropecuário da região Oeste da Bahia. A “capital da soja” desponta para o turismo, em especial para o agroecoturismo, em vista de seus inúmeros atrativos naturais. Rico em recursos hídricos, o município é banhado pela bacia do Rio Grande, cujo trajeto pela cidade tem a forma de uma ferradura. Esta bacia hidrográfica é a maior do lado esquerdo do Rio São Francisco. O fortalecimento da economia de Barreiras deve-se, principalmente, à chegada de agricultores da região Sul do País, que introduziram a cultura da soja nas áreas de sequeiro. A partir daí e com o desenvolvimento de culturas irrigadas e da pecuária, o agronegócio floresceu e se fortaleceu. A reboque do progresso econômico da cidade, o turismo ganha força e, a cada dia, mais adeptos de 124 | Viver Bahia

esportes como o rafting, o boiacross, o rappel, o cascading, a tirolesa, e outros tantos. Isto porque a cidade oferece locais ideais e cenários belíssimos. Um convite permanente a quem quer desfrutar das delícias de suas águas abundantes. Dentre os inúmeros atrativos destacam-se a Cachoeira do Acaba Vida, com 36 metros de queda livre, emoldurada por um arcoíris permanente, o que causa forte impacto a quem a visita; a Cachoeira do Redondo, cuja queda d’água de 15 metros forma enormes piscinas que propiciam excelentes banhos; a Cachoeira do Rio do Ouro, de águas geladas e com vegetação abundante cobrindo o poço formado por essas águas; a Lagoa Azul, cuja entrada se esconde atrás de grandes paredões de rocha; a Gruta do Catão, por onde se chega através de uma trilha de aproximadamente 100 metros, em terreno íngreme, pedregoso e de vegetação densa; Vau da Boa Esperança, rio emoldurado por serras e grandes veredas de buritis.

• O parque hoteleiro de Barreiras possui 2.360 leitos • Aeroporto nacional

Distâncias • Salvador: 854,7 km • Porto Seguro: 954 km • Rio de Janeiro: 1.593 km • São Paulo: 1.568 km • Brasília: 598 km • Belo Horizonte: 1.352 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, pegar a BR-242, passando pelos municípios de Itaberaba, Seabra e Ibotirama e Crisópolis, daí, são 74km até a localidade. Do Terminal Rodoviário de Salvador, de ônibus, a empresa Real Expresso faz a linha para o município. Via Aérea: A companhia aérea Passaredo oferece voos de Salvador para Barreiras.

A

Gastronomia

Bom Jesus tem 90 metros de altura, 2.000 metros de diâmetro e fica à entrada do município. No seu interior há seis grutas decoradas com imagens sacras que detalham o calvário de Jesus Cristo. Durante o ano, a cidade realiza três eventos de caráter religioso. A maior romaria, porém, ocorre no mês de agosto e chega a reunir mais de 350 mil pessoas. O espetáculo dos romeiros empunhando velas acesas é tão grandioso e emocionante que já serviu de cenário para o filme Central do Brasil, de Walter Salles Jr. Há também romarias nos meses de julho e setembro. O comércio de produtos religiosos é intenso e chega a movimentar em torno de R$ 8 milhões, todos os anos. Apesar do caráter religioso da cidade, o local também oferece muita diversão, principalmente à noite. A Praça Marechal Deodoro, principal ponto de encontro de Bom Jesus da Lapa, é repleta de bares e restaurantes.

Foto:Rita Barreto/Setur

Barreiras: capital da soja

Principais Atrações

região onde se localiza o município de Bom Jesus da Lapa pertencia à sesmaria do Conde da Ponte na ocasião em que o ourives português Francisco de Mendonça Mar, peregrino ou andarilho como querem alguns, distribui seus bens e, carregando uma imagem do Bom Jesus, anda pelo sertão entre tribos de índios e animais selvagens. Em 1691, o monge, como ficou conhecido posteriormente, encontra um morro repleto de grutas e numa delas deposita a imagem que traz consigo, iniciando então uma vida de eremita, devoto de Jesus e de Nossa Senhora das Dores. Essa gruta se transformaria mais tarde no Santuário de Bom Jesus da Lapa, em cuja sombra nasceu, cresceu e se desenvolveu o município. Conhecida hoje como a “Capital da Fé”, a cidade representa a terceira maior peregrinação de romeiros do País. Recebe, ao longo do ano, cerca de 700 mil visitantes. O Morro do

• Cachoeira do Acaba Vida • Cachoeira do Redondo • Lagoa Azul • Gruta do Catão • Vau da Boa Esperança • Rafting • Boiacross • Rappel • Cascading • Artesanato: cerâmica Cachoeira do Redondo tem uma queda d’água de 15 metros e enormes piscinas

Bom Jesus da Lapa: peregrinação e fé

Uma das estrelas dos cardápios dos principais restaurantes de Bom Jesus da Lapa é o surubim, peixe típico do Rio São Francisco. Preparado na brasa, na chapa ou ensopado, a iguaria é muito apreciada pelos moradores locais e também pelas pessoas que visitam a região. Além do surubim, o mandim também faz sucesso e é um deleite para os paladares mais exigentes.

Infraestrutura • O parque hoteleiro de Bom Jesus da Lapa possui 5.049 leitos • Aeroporto regional

Distâncias • Salvador: 821 km • Porto Seguro: 723 km • Rio de Janeiro: 1.292 km • São Paulo: 1.525 km • Brasília: 636 km • Belo Horizonte: 894 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador, pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir até entroncamento da BR-242, continuar por esta BR até Ibotirama, daí entrar na BA-160 passando por Paratinga, deste ponto são 73km até a localidade. De ônibus, empresa Novo Horizonte Via Aérea: Voos regulares pela Abaeté Linhas Aéreas Seabra BR 242

Barreiras

Barreiras Seabra

• Santuário de Bom Jesus da Lapa • Morro do Bom Jesus • Artesanato: artigos religiosos

BR 242

Itaberaba

Paratinga

Feira de Santana

BA 116 BR 116

BR 324

Bom Jesus da Lapa

Itaberaba

BR 116

Feira de Santana BR 324

Salvador

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Gruta de Bom Jesus da Lapa transformou-se em santuário

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 125


Fotos: Jota Freitas/Bahiatursa

Correntina

Vale do Rio Corrente é parada obrigatória para quem busca roteiros ecoturísticos

Correntina: natureza privilegiada

A

cidade surgiu a partir de expedições bandeirantes, entre 1700 e 1790. Essas bandeiras seguiam para as minas goianas e mato-grossenses, passando pelo Rio São Francisco e pelo povoado onde hoje se situa a cidade de Correntina, que então integrava o município de Carinhanha. A povoação cresceu, passou à freguesia, foi desmembrada de Carinhanha e, em 1891, foi elevada a município. Banhada pelo volumoso Rio Corrente, afluente do São Francisco, a região encanta pela sua natureza em eterno contraste: árvores esculpidas ao sol da caatinga e um sem-número de rios e cachoeiras que ensaiam um oásis em pleno Oeste baiano. O Vale do Rio Corrente é rota obrigatória para quem busca roteiros ecoturísticos. Entre trekking em meio à mata cerrada, circuitos off-road e incursão a cavernas, o visitante pode simplesmente relaxar nas belas praias fluviais, curtir a paisagem em passeios de barco, pescar ou se aventurar na canoagem. Correntina, além de sua exuberante natureza, preserva traços arquitetônicos do colonial sertanejo e remete o visitante a hábitos e costumes do povo rural, numa cidade em que a paz e o sossego reinam absolutos. 126 | Viver Bahia

Principais Atrações • Rio Corrente • Trilhas off road no cerrado • Passeios pelo Rio Corrente • Trekking • Incursão nas cavernas • Cachoeiras • Fauna (aves e animais silvestres)

Gastronomia • Cozinha típica

Infraestrutura O parque hoteleiro de Correntina possui 539 leitos

São Desidério

São Desidério: tesouros inestimáveis

S

egundo maior município em extensão territorial do Estado, São Desidério está localizado a 869 quilômetros de Salvador e a 27 de Barreiras. A cidade reúne atrativos naturais ímpares. Cavernas, grutas, esculturas e pinturas rupestres constituem-se em tesouros arqueológicos inestimáveis que atraem nativos, pesquisadores e visitantes. Sua vasta bacia hidrográfica, composta por 24 rios, assim como sua formação rochosa e a vegetação típica de cerrado são chamarizes para os amantes de esportes radicais e de aventura ou mesmo para aqueles que gostam apenas de contemplar a natureza.

Os atrativos turísticos de São Desidério são muitos e variados. A começar pelo Parque Municipal da Lagoa Azul. Por entre paredões que lembram cânions e formada por um rio subterrâneo, a lagoa emerge majestosa em suas águas azuis esverdeadas que chegam a 40 metros de profundidade e abrigam um aquário natural. No seu entorno a diversidade da fauna e da flora completam a beleza do lugar. O acesso ao local só é permitido em companhia de um guia turístico. As grutas são uma atração à parte. A começar pela Gruta do Buraco do Inferno que mede, aproximadamente, 140 x 80 metros, com paredões verticais em quase todo o perímetro. Seu interior tem mais de 4 quilômetros e uma riqueza incalculável em estalactites e estalagmites, além de um lago subterrâneo, o Lago do Cruzeiro, o maior do Brasil, cujas dimensões são surpreendentes: 260 metros que atingem mais de 12 mil metros quadrados de superfície e uma largura média de 60 metros. O mergulho ali é uma experiência aterradora e única.

Distâncias • Salvador: 980 km • Porto Seguro: 863 km • Rio de Janeiro: 1.358 km • São Paulo: 1.498 km • Brasília: 500 km • Belo Horizonte: 957 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador, via BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-242 até Ibotirama e entrar na BA-172 até Santa Maria da Vitória, daí são 53km até a localidade pela BR-349. De ônibus pela empresa Novo Horizonte. Barreiras

Ibotirama BR 242 BA 172

Correntina

BR 349

Santa Maria da Vitória

Itaberaba BR 116

Feira de Santana BR 324

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia. com.br/servicos

Trilha de três quilômetros dá acesso à Gruta

do Catão

A Gruta do Catão também atrai muitos visitantes. Seu acesso se dá por uma trilha de aproximadamente 3 quilômetros dentro do Parque Municipal da Lagoa Azul. Duas colunas rochosas, com mais de 10 metros de altura, formam o Portal da gruta. Constituídas por rochas calcárias, as estalactites escamosas formam um cenário incomum, como incomum também é a ressurgência de um rio subterrâneo no interior da caverna. O acesso ao local exige acompanhamento de guia de turismo. Localizada no Sítio do Rio Grande, a Gruta das Pedras Brilhantes tem em seu interior, preservadas ao longo do tempo, incisões rupestres gravadas nas pedras, que confirmam a passagem de povos ancestrais na região. O acesso ao local também exige acompanhamento de um guia turístico. Além de grutas, São Desidério reserva ainda muita emoção e aventura, como as que podem ser vividas no Paredão do Deus me Livre, situado no distrito de Sítio do Rio Grande, a 15 quilômetros do município. Com mais de 40 metros de altura, e com um rio de águas claras e refrescantes logo abaixo, o paredão é um convite à prática de esportes radicais, a exemplo do rapel e da tirolesa. Esses esportes são praticados principalmente por ocasião das festas juninas, em especial o São João do Sítio Grande, quando é realizado o casamento radical. Mistério e deslumbramento não faltam em São Desidério. É o caso do Sumidouro que desafia e intriga estudiosos e observadores. O rio surge em uma fenda, formando um poço, e mais à frente forma uma corredeira que termina em um lago esverdeado. A cada 5 minutos, as águas sobem e descem em grande velocidade, formando um desnível de 50 centímetros. Para este fenômeno, raro e único no Brasil, a explicação plausível é a de que um sifão natural se formou dentro da rocha. O som das águas na corredeira aumenta

e diminui, mais parecendo uma sinfonia: a Sinfonia das Águas. O município recebeu o nome de São Desidério em homenagem ao senhor de suas terras, Desidério Francisco de Souza, que promovia ali festas e celebrações. Frequentemente visitado, o local acabou por se transformar em povoado, emancipado em 1962.

Principais Atrações • Parque Municipal da Lagoa Azul • Portal da Gruta • Gruta das Pedras Brilhantes • Sumidouro • Gruta do Catão • Mergulho • Canoagem • Lago do Cruzeiro • Cavernas • Pinturas Rupestres

Infraestrutura O parque hoteleiro de São Desidério possui 62 leitos

Gastronomia Cozinha típica

Distâncias • Salvador: 869 km • Porto Seguro: 863 km • Rio de Janeiro: 1.358 km • São Paulo: 1.498 km • Brasília: 500 km • Belo Horizonte: 957 km

Como chegar: Via terrestre: Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, pegar a BR-242, passando pelos municípios de Itaberaba, Seabra e Ibotirama. Ao chegar em Barreiras, deve-se seguir pela BA 462 até São Desidério. BR 135

Ibotirama BR 242

Barreiras

BA 462

São Desidério

Itaberaba

BR 116

Feira de Santana BR 324

Salvador

* Escolha Onde ficar e Onde comer no Portal Oficial de Turismo da Bahia: http://www.bahia.com.br/servicos

Viver Bahia | 127


XVII e após a edificação de sua igreja em 1657. É precedida de novena, havendo também alvorada de fogos, missa solene, procissão acompanhada da “Lira dos Artistas”, apresentações folclóricas e festa de largo. Manu Dias / Secom

JANEIRO

03 a 06 | FESTA DOS REIS OU FESTA DA LAPINHA | Salvador (Largo da Lapinha) Festa tradicional de origem portuguesa simboliza a visita dos

Data móvel | LAVAGEM SENHOR DO BONFIM | Salvador (Largo do Bonfim) A Festa do Senhor do Bonfim tem origem em 1745. Senhor do Bonfim, sincretizado no candomblé como Oxalá, é o santo de maior devoção popular na João Ramos

Festa da Lapinha

128 | Viver Bahia

Festa de Nossa Senhora da Purificação

Procissão do Senhor do Bom Jesus dos Navegantes

Reis Magos ao Menino Jesus. A programação é composta de celebração de missa, visitação ao presépio no interior da Igreja da Lapinha, festa de largo e apresentação dos “Ternos de Reis”, presépio vivo, abordando temas sociais diversos. São armadas barracas comercializando bebidas e comidas típicas.

Bahia. A programação religiosa compreende novena acompanhada de missa solene. Não há procissão. Quanto à Lavagem, tinha sua ocorrência desde tempos primitivos da devoção. Costumava-se, na quinta-feira anterior ao domingo da sua festa, proceder à lavagem da capela. A princípio feita por poucas pessoas da vizinhança, foi, depois, tornando-se mais concorrida, de forma a ser muito grande o número de romeiros que, dias antes, começavam a chegar, alguns vindos de lugares distantes, para tomarem parte na já chamada Lavagem do Bonfim. A festa acontece com a saída, pela manhã, do tradicional cortejo de baianas, da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, o qual segue a pé até o alto do Bonfim, para lavar com vassoura e água perfumada as escadarias e o adro da igreja do Nosso Senhor do Bonfim. O cortejo reúne anualmente milhares de fiéis em busca da proteção das águas perfumadas para limpeza do corpo e da alma. A Festa e a Lavagem do Senhor do Bonfim

jota Freitas / Bahiatursa

Festa de origem portuguesa, data de 1750. Preservando suas tradições, o evento inclui duas procissões marítimas: a primeira, no dia 31 de dezembro, faz o percurso Largo da Boa Viagem/ Basílica da Conceição da Praia; a segunda, no dia 1º de janeiro - uma das mais populares da cidade, conta com centenas de embarcações acompanhando a Galeota Gratidão do Povo que conduz a imagem de Nosso Senhor dos Navegantes pelas águas da Baía de Todos-os-Santos, desde o cais do Segundo Distrito Naval até a praia da Boa Viagem. O evento é precedido por tríduo, missa solene e festa de largo. Esta se transforma num verdadeiro “réveillon” popular na noite de 31 de dezembro para 1º de janeiro.

Data móvel | LAVAGEM DO BECO | Itaparica

também é realizada em Conde; é uma tradição que acontece há mais de 20 anos. Com alvorada, missa solene e procissão. 20 | FESTA DE SÃO SEBAS­ TIÃO | Salvador e Interior do Estado A devoção do Santo Mártir na Bahia é forte e tradicional. De origem portuguesa, propagou-se mais no Litoral e Extremo Sul, regiões onde as comemorações se caracterizam pela “Puxada do Mastro” – que consiste na retirada de um tronco da mata para ser conduzido e implantado com a bandeira de São Sebastião em frente à igreja. Alvorada de fogos, missa solene, procissão, manifestações folclóricas como “Mouros” e “Cristãos”, apresentação de banda de música, festa de largo e gincanas, as festividades ocorrem também nos municípios de Andaraí, Barra do Rocha, Biritinga, Camacã, Maraú, Nova Viçosa, Mascote, Palmeiras, Caeté, Açu, Igaporã, Mata de São João (Sauípe), Maracás

(Povoado de Porto Alegre), São Desidério, Seabra, Novo Triunfo, São Sebastião do Passé, Porto Seguro (Quadrado Histórico de Trancoso), Cairu (procissão marítima), Nova Redenção, Ipupiara, Barreiras, Canavieiras, Maraú (Padroeiro da Cidade) e Nova Soure. Data móvel | LAVAGEM DE ITAPUÃ | Salvador (Itapuã) Itapuã é uma festa centenária que se inscreve no imaginário coletivo brasileiro como lugar

idílico, cuja magia reúne lagoas, praias coqueiros, sereias, faróis, pescadores e, sobretudo, canções capazes de colocar todas essas entidades em movimento. A programação da festa consiste na saída do bando anunciador pelas principais ruas do bairro, alvorada com queima de fogos, na praça da igreja Nossa Senhora da Conceição de Itapuã, lavagem das escadarias da igreja pelos nativos, em seguida o tradicional café da manhã servido pelos filhos e sobrinhos de dona Nicú. Em se-

guida, concentração de baianas e filhos de Gandhy, grupos de capoeira e dos cavaleiros, no estacionamento da Praia de Piatã, que são seguidos pelo povo até a igreja de Itapuã, em seguida inicia-se a festa profana.

O evento reúne centenas de pessoas que chegam à maior ilha da Baía de Todos-os-Santos, em todo tipo de embarcação, para a abertura do Carnaval, em clima de festa de largo e muito samba. Considerada uma das mais tradicionais manifestações populares da Ilha de Itaparica, ocorre no último sábado de janeiro, quando nativos, veranistas e turistas integram-se em uma grande festa de alegria e confraternização. A lavagem, a partir de 2005, passou a contar no seu cortejo com manifestações folclóricas de toda a Baía de Todos-os-Santos, percorrendo as principais ruas da cidade, tendo à frente um grupo de baianas que vão lavar o beco. 25 | REVOLTA DOS MALÊS | Lauro de Freitas

24/01 a 02/02 | FESTA DE NOSSA SENHORA DA PURI­ FICAÇÃO | Santo Amaro (Lavagem 28/01) Festa tradicional religiosa em louvor a Nossa Senhora da Purificação, datando do século

Lavagem do Bonfim João Ramos

1 | PROCISSÃO DO SE­ NHOR BOM JESUS DOS NAVEGANTES | Salvador (Largo da Boa Viagem e Baía de Todos-os-Santos) o

A festa é comemorada às margens do Rio Joanes (em Portão). Durante as primeiras décadas do século XIX várias rebeliões de escravos explodiram na província da Bahia. A mais importante delas foi a do Malês, uma rebelião de caráter racial, contra a escravidão, que ocorreu em Salvador, em janeiro de 1835. Nessa época, a cidade de Salvador tinha cerca de metade de sua população composta por negros escravos ou libertos, das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais a islâmica, como os haussas e os nagôs. Foram eles que protagonizaram a rebelião, conhecida como dos “Malês”, pois este termo designava os negros muçulmanos que sabiam ler e escrever o árabe. Viver Bahia | 129


A maioria deles era composta por “negros de ganho”, que tinham mais liberdade que os negros das fazendas, podendo circular por toda a cidade com certa facilidade, embora tratados com desprezo e violência. Alguns, economizando parte dos ganhos que seus donos lhes deixavam, conseguiam comprar a alforria. Em janeiro de 1835, um grupo de cerca de 1500 negros, liderados pelos muçulmanos Manuel Calafate, Aprígio, Pai Inácio, dentre outros, armaram uma conspiração com o objetivo de libertar seus companheiros islâmicos e matar brancos e mulatos considerados traidores, marcada para estourar no dia 25 daquele mesmo mês. Data móvel | SÃO LÁZA­ RO | Salvador (São Lázaro da Federação) Composto por tríduo, missa solene e procissão. Este santo é sincretizado como Omolu, e as baianas costumam homenageá-lo lançando pipocas, fazendo orações e acendendo velas no Cruzeiro situado em frente à igreja. Há também festas de largo. 130 | Viver Bahia

Carnaval

Homenagem ao poeta dos escravos, Castro Alves, com artes, apresentação de bandas colegiais locais e comidas típicas. 29 | FUNDAÇÃO DA CIDA­ DE DE SALVADOR | Salvador

Presente de Iemanjá

02 | PRESENTE DE IEMAN­ JÁ | Salvador (Largo do Rio Vermelho) Pescadores e fiéis festejam em cortejo marítimo (saindo a partir das 16h) em inúmeros barcos conduzindo flores e outros presentes para a Rainha das Águas, numa das maiores manifestações religiosas públicas do candomblé. As ruas do bairro ficam tomadas de pessoas que se aglomeram para assistir à saída das embarcações com as oferendas. Evento que se realiza desde 1974, organizado pelos pescadores da colônia de pesca do bairro. 02 | PRESENTE DE IEMANJÁ NO INTERIOR DO ESTADO | Caravelas Procissão marítima, em homenagem à Iemanjá. Saída do Cais de Caravelas, seguindo até a praia de Iemanjá, onde seus adeptos fazem oferendas à Rainha das Águas, terminando com a apresentação de bandas na praia.

Porto Seguro, Cairu (Morro de São Paulo) Curaçá, Itaberaba, um cortejo pelas principais ruas da cidade, conduz a imagem de Iemanjá até às margens do rio para a entrega de oferendas, que são lançadas no Rio São Francisco e, em Itaberaba, no Rio Paraguaçu. Em Porto Seguro o acontecimento é em Arraial D`Ajuda (Centro), Trancoso (Quadrado Histórico, praias e orla norte). Festa também no Recôncavo Baiano, Canavieiras, Itararé, Ituberá, Valença, Nova Viçosa, Arembepe. 23/01 a 02/02 | SENHOR DOS PASSOS | Lençóis Festa tradicional em louvor ao padroeiro do município, compreendendo alvorada de fogos, apresentação da “Lira Popular”, novena, missa solene, procissão, festa dançante, exibição do “Terno de Reis”, “Marujada” e grupos de índios. Realiza-se também a “Passeata dos Garimpeiros”.

A primeira cidade fundada no Brasil (1549) rememora a data com celebração de missa festiva, sessão solene na Câmara Municipal e no Instituto Geográfico e Histórico, além de várias homenagens organizadas pelos estabelecimentos de ensino.

Abril

Data móvel | PROCIS­ SÃO DE RAMOS | Salvador (Centro Histórico)

do Paraguaçu, Cachoeira, Cairu, Camaçarí (Vila de Abrantes), Canápolis, Correntina, Curaçá, Itaberaba, Itajuípe, Jacobina, Juazeiro, Morro do Chapéu, Nova Viçosa, Ilhéus (Olivença), Salvador, Paratinga, Prado, Pilão Arcado, Poções, Tabocas do Brejo Velho, Wanderley, Xique - Xique, Santo Amaro, Jacobina, Barra.

Cortejo e procissões pelas ruas do Centro Histórico de Salvador. Data móvel | SEMANA SANTA - PAIXÃO DE CRISTO | SALVADOR e Interior do Estado

Data móvel | PROCIS­ SÃO DO ENCONTRO | Cachoeira, Candeias, Conceição do Coité, Itapicuru, Maragojipe, Monte Santo, Nazaré, Pojuca e Salvador.

Cortejo e procissões pelas ruas do Centro Histórico de Salvador. Em Jacobina, encenação teatral na praça, São Felix e Juazeiro – o evento integra mais de 500 atores, figurantes, para uma plateia estimada em 10 mil pessoas por noite. Considerando a grande evolução do evento, em se tratando de produção e de público, o Espetáculo Sacro que conta a Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo acontece no estádio Adauto Moraes, durante os três dias que antecedem a Sexta-Feira Santa. Em Monte Santo e Nova Redenção, apresentação do grupo teatral Estrela do Amanhã.

Cortejo simbolizando o encontro do Senhor dos Passos com Nossa Senhora das Dores. Ao longo do trajeto ocorrem “paradas” simbolizando as estações, em busca de reviver o sofrimento de Jesus.

Data móvel | DIVINO ESPÍRITO SANTO | Pentecostes (50 dias depois da Quarta de Cinzas)

Data móvel | LAMENTA­ ÇÃO DAS ALMAS | Semana Santa | Andaraí, Barreiras, Lençóis, Mucugê, Palmeiras e São Desidério

Festa religiosa com missa festiva e procissão, contando com a participação do Imperador, antecedido de Bandeiras do Divino Espírito Santo. Em Salvador, costuma-se libertar detentos com autorização prévia da justiça. Salvador, Andaraí, Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Cabaceiras

Modalidade de penitência co­ nhecida também como Encomendação das Almas, consistindo em apresentações de homens trajados de branco entoando prantos em louvor aos mortos, às margens dos rios e nos cemitérios locais. Essa penitência é feita durante toda a Quaresma.

Data móvel | SÁBADO DE ALELUIA | Salvador e Interior da Bahia Realiza-se a “Queima de Judas” nos bairros mais populares de Salvador e em muitos municípios do interior da Bahia.

Feira de Caxixis jota Freitas / Bahiatursa

São Lázaro

Maior festa popular do planeta, o Carnaval da Bahia chega a reunir 2 milhões de pessoas nas ruas de Salvador. Dentro dos blocos de trio, na “pipoca” em meio à multidão, ou nos luxuosos camarotes, o folião vive experiências transcendentais, que elevam sua adrenalina e contentamento a um limite nunca antes atingido. Nos seis dias de uma festa praticamente ininterrupta, os grandes nomes de nossa música baiana se reúnem em três circuitos que totalizam 26 km. Eles se apresen-

14 | ANIVERSÁRIO DO POE­ TA DOS ESCRAVOS “CAS­ TRO ALVES” | Cabaceiras do Paraguaçu

joao Ramos / Bahiatursa

Tatiana Azeviche / Setur

Data móvel | CARNA­ VAL | Todo Estado

Março

tam em trios elétricos, palcos e até mesmo no solo. São pelo menos 500 mil turistas brasileiros e estrangeiros que lotam os hotéis da cidade. Além da capital, os festejos também ganham as ruas das cidades do interior, em especial às localizadas no litoral. Em Porto Seguro, a folia dura quase dez dias com muita música e agitos. Em Maragojipe, as máscaras são destaques na festa que tem contornos que remontam aos antigos carnavais de pierrôs e colombinas. Na cidade de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, o clima de alegria se espalha pelas ruas largas de casarões coloniais.

Rita Barreto /Setur

FEVEREIRO

Data móvel | FEIRA DE CAXIXIS | Nazaré (Recôncavo Baiano) Ocorre no período da Semana Santa, a maior expressão de feira do interior, com exposição de artesanato de barro, couro, madeira, reciclados, sementes etc. O fluxo de visitantes durante os seis dias é de até 80 mil pessoas, isto conjugado a shows culturais com grandes atrações e organização. Viver Bahia | 131


09, 10, 11 e 12 | FEIRA DE CULTURA E ARTE | Conde Este evento vem se destacando no projeto Nossa Terra, Nossa Gente, sendo reconhecido pela população local como um movimento de participação popular realizado no município. Por ter conquistado o seu principal objetivo, resgatar e valorizar a identidade cultural da população condense, reúne em praça pública as mais variadas exposições artísticas, destacando-se, desta forma, a música, a dança, o teatro, as artes plásticas, o folclore, o artesanato, a culinária, o esporte e a literatura. Este evento é uma marca no processo de resgate e valorização da cultura local e regional. 17 a 24 | SEMANA DO DES­ COBRIMENTO | Porto Seguro,

Evento comemorativo do Descobrimento do Brasil, constando de competições esportivas, palestras, missas, exposições e desfile cívico. 23 | SÃO JORGE | Salvador (Cidade Baixa) Sincretizado como Oxossi no candomblé da Bahia, São Jorge é comemorado desde 1976, em sua igreja no Jardim Cruzeiro, com celebrações de missas e uma pequena festa de largo. Festa religiosa, antecedida por cinco noites de novena em louvor ao santo guerreiro, marcado por procissões de cavaleiros pelas principais ruas da cidade. Evento religioso que consta de celebração de missa solene, procissão e desfile dos Cavaleiros de São Jorge.

MAIO 10 | SÃO FRANCISCO XA­ VIER | Padroeiro da Cidade do Salvador | Salvador (Centro Histórico) Festa tradicional em louvor ao padroeiro de Salvador, comemo-

JUNHO

rado com missa festiva celebrada na Catedral Basílica, seguida de procissão pelo Centro Histórico. Há também uma sessão solene na Câmara Municipal.

01 a 29 | SÃO JOÃO | Salvador e Interior do Estado A maior festa regional do Brasil ocorre em praticamente todos os municípios da Bahia. São quase 30 dias de festas animadas com muito forró, fogueiras, apresentações de quadrilhas juninas, comidas típicas e fogos de artifício. Alguns dos principais destaques são as cidades de Amargosa, Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Ibicuí, Piritiba, dentre outras. No auge das comemorações, entre os dias 20 e 25 de junho, mais de 500 mil pessoas deixam a capital para curtir os agitos no interior. Desde 2008, o São João da Bahia é considerado um produto turístico. Com isso, as cidades consideradas portões de entrada do Estado (Salvador, Ilhéus e Porto Seguro) passaram a realizar festas de grande porte, com o objetivo de atrair visitantes durante o mês de junho, considerado de baixa estação por empresários do setor.

10 a 13 | BEMBÉ DO MER­ CADO | Santo Amaro A festa do Bembé representa uma oferenda do povo de Santo Amaro à Iemanjá, como forma de agradecimento pela abolição da escravatura. É um movimento organizado pelas Ialorixás e Babalorixás de Santo Amaro e cidades vizinhas, comerciantes e pescadores da região. A origem da palavra ”Bembé” vem da corruptela candomblé. Festa popular, em um barracão em frente ao Mercado Municipal, com apresentação de danças religiosas do candomblé em louvor aos Orixás das Águas (Oxum e Iemanjá). Há também exibições de maculelê, capoeira, afoxé e entrega do presente de Iemanjá. Depois de entoar cantos característicos a cada orixá, à tarde são levados balaios em canoas pelo manguezal de São Bento das Lajes.

Data móvel | CORPUS CHRISTI | Jacobina, São Félix, Salvador e Rio de Contas Rita Barreto / Setur

Bembé do Mercado

132 | Viver Bahia

JULHO

Divina Eucaristia é homenageada na quinta-feira posterior a Santíssima Trindade, com missa solene e procissão. Sabe-se, ainda, que nos tempos coloniais era costume colocar colchas de renda nas janelas e sacadas, durante a procissão. Em Salvador, a procissão sai da Catedral Basílica, após celebração de missa solene pelo Cardeal, seguindo pela Praça da Sé, Misericórdia, Paço Municipal, Rua Chile, Rua da Ajuda, novamente Praça da Sé e Terreiro de Jesus. Dela participam autoridades do Estado e o povo.

02 | INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

Tatiana Azeviche / Setur

Festa em comemoração ao aniversário de fundação do Parque, com festival de bandas, palestras, exposições, vídeos alusivos, gincanas e apresentação de grupos folclóricos.

Arraial D`Ajuda e Trancoso

São João da Bahia

1º a 13 | Trezena | SAN­ TO ANTÔNIO | Salvador e Interior do Estado

cantores e bandas locais e nacionais, desfile de carros alegóricos e escolha da Rainha da Colheita.

O “Santo Casamenteiro” é festejado em várias localidades do Estado da Bahia, com trezenas nas igrejas e nas casas. Durante os festejos são servidos licores, canjica, milho assado e cozido, além de outras iguarias, novenários e encerramento com músicas em louvor ao santo.

25 | ABERTURA DO CICLO DA FESTA DA INDEPENDÊN­ CIA DA BAHIA | Cachoeira

Data móvel | FENAGRI | Juazeiro Considerada a maior feira de fruticultura irrigada da América Latina, a Fenagri atrai visitantes e expositores de diversas partes do mundo. Ela é voltada para a exibição de produtos e serviços que transformaram a região do Vale do São Francisco em referência mundial de produção e exportação de frutas tropicais. Data móvel | FESTA DA COLHEITA | Luís Eduardo Magalhães O evento que celebra a fartura na colheita conta com shows de

De caráter cívico, realiza-se sessão solene na Câmara Municipal, Te Déum na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, desfile cívico nas ruas e encontro do caboclo de Cachoeira com a cabocla de São Félix. Durante o dia 25 de junho, a sede do governo é

transferida para Cachoeira, que se torna a capital da Bahia. 28 e 29 | SÃO PEDRO Festa de encerramento do ciclo junino. A programação é semelhante à do São João: fogos, fogueiras, apresentações de quadrilhas e venda de comidas típicas, e é realizada em dezenas de municípios. São Pedro é comemorado como padroeiro, havendo novena, missa solene e procissão marítima em algumas cidades.

Data magna da Bahia – festa cívico-popular com alvorada de sinos nas igrejas, execução do Hino ao Dois de Julho por todas as estações do rádio, colocação de flores no monumento ao General Labatut, no bairro da Lapinha, celebração de Te Déum na Catedral Basílica, desfile com a participação de carros alegóricos, batalhões patrióticos, colégios oficiais e particulares, sindicatos, autoridades civis, militares e o povo em geral. Além disso, costuma-se realizar uma romaria cívica a Pirajá, como parte dessas comemorações. No interior da Bahia as comemorações são mais simples, limitando-se ao desfile cívico. Destacam-se os festejos de Itacaré, constando de cortejo cívico com a presença alegórica do carro da cabocla. 27/06 a 16/07 | NOSSA SE­ NHORA DO CARMO | Belmonte, Ibirapitanga e Salinas da Margarida

Corpus Christi Rita Barreto / Setur

06 | FESTA DO PARQUE NACIONAL MARINHO DE ABROLHOS | Caravelas

A padroeira das duas primeiras cidades é festejada com alvorada de fogos, missa solene acompanhada de banda de música e festa de largo. Em Belmonte, durante as festividades, há apresentação das manifestações folclóricas “Chegança”, “Bumba-Meu-Boi” e “Dromedário”. 01 a 07 | FESTA DO VA­ QUEIRO | Curaçá Festa tradicional que reúne vaqueiros que desfilam pelas ruas da cidade vestindo seus trajes típicos. É um evento que harmoniza o povo do campo com o da sede do município, a partir de grande show musical na praça de eventos. Durante os festejos, Viver Bahia | 133


07 | SETE DE SETEMBRO OU FESTA DA INDEPENDÊNCIA | Salvador e Interior do Estado Festa cívica que comemora a Independência do Brasil, constando de desfile cívico, hasteamento da bandeira nacional e discursos de autoridades.

Data Móvel | FESTA DA BALEIA JUBARTE | Nova Viçosa

17 a 26 | NOSSA SENHO­ RA SANTANA | Salvador (Rio Vermelho) e Interior do Estado Festa tradicional e religiosa, tem novena, orações, cânticos e missa solene, seguida da Procissão das Luzes, com a participação da banda da Polícia Militar. A santa também é padroeira dos municípios de Aratuípe, Buerarema, Caetité, Camaçari, Cansanção, Catu, Dom Macedo Costa, Feira de Santana Gongojí, Santana, Serrinha e Tucano. 25 | SÃO CRISTOVÃO | Salvador (Basílica da Conceição da Praia) O padroeiro dos motoristas é festejado com missa solene, celebrada na Basílica da Conceição da Praia, seguida de bênção de veículos e procissão. No bairro do Rio Vermelho celebra-se missa na Gruta de São Cristóvão, seguida de procissão acompanhada de veículos.

AGOSTO 01 a 06 | ROMARIA DO BOM JESUS DA LAPA | Bom Jesus da Lapa Durante três meses, caravanas 134 | Viver Bahia

15 | NOSSA SENHORA DA SOLEDADE | Bom Jesus da Lapa

Rita Barreto / Setur

Festa cultural voltada para o meio ambiente, com vídeos-conferência, contando histórias das baleias, palestras de entidades ligadas ao meio ambiente e a preservação das baleias. Teatro infantil e desfile com uma baleia de papelão pela avenida principal da cidade.

Festa da Nossa Senhora da Boa Morte

de romeiros dirigem-se ao Santuário do Bom Jesus da Lapa, numa grande demonstração de fé popular. A romaria tem seu apogeu no período compreendido entre 28 de julho e 06 de agosto, ocasião em que se realiza a novena com missa e procissão. Cinco de agosto é a data dedicada ao “Dia do Romeiro”. Durante os festejos faz-se visitação à gruta. Tem ainda festa de largo. 13 a 15 | NOSSA SENHORA DA BOA MORTE | Cachoeira Festa tradicional, organizada pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, constituída exclusivamente por mulheres negras. A programação compreende tríduo, vigília, missa solene e duas procissões. Comidas típicas da Bahia são servidas na sede da Irmandade, havendo também apresentação de samba-de-roda. As festividades atraem turistas de diferentes regiões do Brasil e do mundo, principalmente dos Estados Unidos. 06 a 16/08 | FESTA DE SÃO ROQUE | Salvador e Interior Novenas e procissões marcam as homenagens ao santo, em Salvador e no interior do Estado.

15 | ROMARIA MARÍTIMA SÃO ROQUE | Jaguaripe Os romeiros fazem o percurso do Rio da Dona para o Rio Jaguaripe. Durante as comemorações, também é realizada uma regata no Rio Jaguaripe. FESTA DE SÃO BARTOLO­ MEU | Maragojipe Festa tradicional antecedida da apresentação do Bando Anunciador, no primeiro domingo de agosto, que conta com a participação de bandas locais. No segundo domingo, acontece a lavagem da igreja de São Bartolomeu, e no terceiro domingo a lavagem popular, com apresentação de blocos e batucadas. Há também novenas, missas solenes, procissão e festa de largo. Nesta mesma semana acontece a Regata Salvador-Maragojipe

SETEMBRO 03 | FESTA DA GRUTA | Ituaçu A Festa da Gruta, em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, constitui-se no maior evento religioso da região. Uma procissão com o andor do santo costuma sair da sede de Ituaçu em direção à gruta, onde ocorre a celebração de uma missa solene dedicada aos romeiros, antecedida de fogos e alvorada. Data móvel | FESTIVAL DA CACHAÇA | Terceiro domingo de setembro | Abaíra Evento realizado de dois em dois anos. São dias de festa, com diversas atrações. A região é famosa por produzir uma das aguardentes mais conhecidas e saborosas do Brasil.

20 | FESTA DAS QUIXABEI­ RAS | Andorinha

30/08 a 08/09 NOSSA SE­ NHORA DA LUZ | Cairu (Morro de São Paulo)

Esta tradição é uma festa que vem dos mais antigos, por causa de uma missa que é rezada no cemitério dos morros. O início é marcado por uma missa celebrada embaixo de uma árvore e, logo após a missa, todos os peregrinos saem em caminhada em direção às quixabeiras que ficam perto de uma lagoa.

Festa de forte devoção popular, que se realiza no principal povoado da Ilha de Tinharé, em homenagem à padroeira local. A programação religiosa desenvolve-se na Capela de Nossa Senhora da Luz (1845), com novena, missa solene e procissão. Há também festa de largo com muita música e diversão.

Festa em louvor a Nossa Senhora da Soledade. Procissão pelas ruas da cidade, indo até a gruta da santa onde acontece missa solene. Muitos romeiros vindos de todas as parte do País vêm para pagar promessas e fazer parte da festa. Data móvel | VAQUEJA­ DA DE SERRINHA | Serrinha (Parque Maria do Carmo)

milhares de pessoas nas ruas da cidade, ao som de muita música, principalmente pagode e axé music. Já a Festa do Divino é marcada por uma alvorada festiva, que percorre toda a cidade, com uma orquestra que começa ainda de madrugada e só para às 8h, com muita batida e farofa. A escolha do imperador e sua corte do ano seguinte são feitas durante uma missa. Em seguida, ocorre a transmissão da coroa, com uma farta ceia que se inicia na casa do então imperador. Tudo isso ocorre em meio a muita música e dança.

08 | NOSSA SENHORA DAS GROTAS | Juazeiro

Data móvel | NOSSA SE­ NHORA DO ROSÁRIO DO PORTO DE CACHOEIRA | Primeira quinzena de outubro | Cachoeira

Ocorre em praticamente todas as regiões baianas e, geralmente, é celebrada com um tradicional caruru de sete meninos, em homenagem aos santos gêmeos. Além de Salvador, Cosme e Damião são muito celebrados em outras regiões da Bahia, como o Recôncavo.

OUTUBRO

A Festa da Paz é uma espécie de Carnaval fora de época, com duração de três dias, e que reúne

Festa tradicional e religiosa em louvor à padroeira da Cidade Histórica de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano, às margens do Rio Paraguaçu. A programação religiosa desenvolve-se na Igreja Matriz (meados do século XVIII), compreendendo: novena, missa solene e procissão. Há também alvorada de fogos e festa de largo.

Data móvel | CONCUR­ SO DE FANFARRAS | Salinas da Margarida

13 a 16 | FESTA DA PAZ E FESTA DO DIVINO | São Desidério

Regata Salvador-Salinas, feira de artesanato, concurso gastronômico, concurso da Garota Marisco, apresentação de poesias, shows musicais.

Com o objetivo de resgatar o papel de Canudos na História brasileira e reverenciar as vítimas da Guerra de Canudos, anualmente registra-se no local uma romaria e a celebração de uma missa solene, seguida de shows e ato público, de caráter político, em apoio às comunidades carentes.

Manifestação de grupo de homens, devidamente enfeitados, que competem entre si montados em jegues. Com 13km de extensão, o circuito é realizado em estrada de terra.

Ocorre no Recôncavo e reúne mais de 20 grupos da região, em Salinas da Margarida.

04 | FESTA DE SÃO FRAN­ CISCO | COLÔNIA DE PESCADORES | Itacaré

04 e 05 | ROMARIA DE CA­ NUDOS | Canudos

Data móvel | RALLY DE JEGUE | São Desidério

Festa tradicional e religiosa em louvor à padroeira do município, constando de novena, missa campal, procissão e festa de largo.

Data móvel | FESTIVAL DO MARISCO | Salinas da Margarida

Desfile de barcos e canoas, competição de canoagem no estuário do Rio de Contas, missa e procissão, festa com banda, à noite.

27/09 | SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Com muita música, animação e milhares de turistas, a Vaquejada de Serrinha é uma das maiores manifestações regionais do país. O evento conta com competições e também com shows e apresentações musicais dos principais astros da música brasileira.

to, durante o mês de outubro. Evento ideal para jovens descolados em busca de som e diversão.

NOVEMBRO 31/10 a 01/11 | ROMARIA DA GRUTA DE PATAMUTÉ | Curaçá Evento no qual milhares de romeiros visitam a gruta de Patamuté, numa verdadeira demonstração de fé. Data móvel | SEMANA CULTURAL DA BALEIA JU­ BARTE | Caravelas Evento de conscientização sobre a espécie que visita os mares da Bahia entre os meses de julho e outubro. A programação conta com palestras e workshops. 20 | FESTA DO REI ZUMBI DOS PALMARES | Curaçá As comunidades da fazenda Rompedor, Jatobá e Favela reúnem-se todos os anos para comemorar O Rei da Consciência Negra. Essas comunidades são compostas por pessoas de cor negra, cujas raízes são remanescentes de quilombos.

Celebração Canudos-Açude Cocorobó Rita Barreto / Setur

ocorre também a tradicional missa do vaqueiro, na Igreja Matriz, atraindo turistas de toda região e de outros estados.

Data móvel | SEMANA DO SACO CHEIO | Porto Seguro Muita música, festas e entretenimento na Terra do DescobrimenViver Bahia | 135


Dia da Baiana

25 | SÃO NICODEMUS | Salvador (Cais do Porto) A festa do padroeiro dos estivadores data de 1943 e compreende alvorada de fogos, missa solene, procissão, torneios e competições diversas, além do oferecimento de caruru.

DEZEMBRO 02 | DIA DO SAMBA | Salvador Com diversas homenagens na capital, o ritmo mais baiano dos brasileiros é festejado com diversas manifestações.

Dia do Samba

Festa tradicional em louvor à padroeira da Bahia, cuja origem do culto coincide com a origem da própria cidade de Salvador, em 1549, quando o primeiro governador iniciou sua devoção construindo uma igreja em louvor à santa. O culto a Nossa Senhora da Conceição se estende até o interior do Estado: Conceição do Jacuípe, Uibaí, Conde (Povoado de Altamira), Nova Soure, São Francisco do Conde e Cairu, com missa solene, procissão, em alguns municípios apresentação de blocos carnavalescos e festa de largo. Em Maraú a festa ocorre de 01a 08/12.

Festa tradicional em homenagem à padroeira dos mercados, esta santa é sincretizada como Iansã, no candomblé. A principal característica dessa festa é o caruru oferecido pelos barraqueiros aos participantes. Paralelamente, há programação religiosa que compreende missa solene na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e procissão. Em Feira de Santana, Santa Bárbara é comemorada com oferecimento de caruru no Centro de Abastecimento, apresentação de samba de roda, procissão e alvorada de fogos. No município de São Félix ocorre a lavagem da Fonte de Santa Bárbara, tríduo, missa solene e festa de largo. O culto se estende por todo o interior do Estado, sendo a santa padroeira dos seguintes municípios: Água Fria, Boquira, Cachoeira e Cipó.

13 | FESTA DE SANTA LU­ ZIA | Salvador (Rua do Pilar) e Interior do Estado Festa tradicional em louvor à protetora da visão, compreendendo tríduo, missa solene, procissão, queima de fogos, visitação à fonte milagrosa e festa de largo.

Festa de Nossa Senhora da Conceição

Santa Luzia é comemorada como padroeira dos municípios de Macajuba, Santa Luz, Santa Luzia, Pau-Brasil e povoado de Uibai – Chapadinha Conde (Povoado de Cobo) É também festejada nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Caetité, Conceição da Feira, Coronel João Sá, Dom Macedo Costa, Heliópolis, Igrapiúna, Itaparica, Muquém de São Francisco, Ribeira do Amparo, Simões Filho, Rodelas, Taperoá, Ibipitanga, Paulo Afonso.

31 | MARUJADA | CURAÇÁ Marujos, homens vestidos de roupas brancas enfeitadas de fitas coloridas, que chegam à cidade ao amanhecer, pelo Rio São Francisco. Essa tradição vem da época da escravidão, quando os negros tinham um único dia de liberdade para saudar o seu padroeiro, São Benedito. Os marujos percorrem toda a cidade, durante todo o dia.

31/12 a 01/01 | RÉVEILLON | PASSAGEM DO ANO BOM Ocorre com a realização de grandes festas nos principais destinos turísticos do Estado. Em Salvador, a festa é realizada no Farol da Barra, com diversas apresentações musicais. Outras cidades e localidades como Porto Seguro, Praia do Forte, Itacaré e Ilhéus também fazem verdadeiros espetáculos durante a virada do ano.

Réveillon, Farol da Barra, Salvador

Festa de Santa Bárbara João Ramos / Bahiatursa

Evento de cunho social que homenageia o líder Zumbi dos Palmares, maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta pela liberdade. A data 20/11 é o dia oficial do seu assassinato, que foi transformado num dia de protesto ao 13 de maio de 1888. Um ciclo de atividades conta com palestras, debates e manifestações populares. Também ocorre com grande programação em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano.

havendo também missa solene na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, seguida de almoço e muito samba de roda.

Rita Barreto

20 | DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA | Salvador e Interior do Estado

08 | NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO | Salvador e Interior do Estado

Fotos João Ramos / Bahiatursa

João Ramos / Bahiatursa

04 | FESTA DE SANTA BÁR­ BARA | Salvador (Largo do Pelourinho), Feira de Santana, Taperoá, São Félix, Simões Filho, Cachoeira, Santa Bárbara, Camamu.

25 | DIA DA BAIANA | Salvador (Largo do Pelourinho) Festa em homenagem à baiana do acarajé, um dos maiores símbolos da Bahia. O evento foi instituído na década de 80 pela Bahiatursa e reúne muitas baianas, numa confraternização geral, 136 | Viver Bahia

Viver Bahia | 137


AEROPORTO Aeroporto Internacional de Salvador | Pç. Gago Coutinho, s/n São Cristóvão, Tel. 3204.1010 COMPANHIAS AÉREAS Gol | Tel. 0300.1152121 www.voegol.com.br Webjet | Tel. 0300.2101234 www.webjet.com.br Avianca | Tel. 0800. 7610056/4004.4040 www.avianca.com Tam | Tel. 4002.5700 www.tam.com.br Tap Air Portugal | Tel. 0300.2106060 www. agentestapbrasil.com.br Azul Linhas Aéreas | Tel. 4003. 1118 www.voeazul.com.br

Ferry-Boat Terminal Turístico Marítimo | Av. da França, s/n, Comércio - Tel. 3254.1020 Porto Porto de Salvador - Codeba| Av. da França, 1551 – Comércio Tel.: 3320.1100 Site: www.codeba.com.br Marinas Pier Salvador | Av. Porto dos Tainheiros, Ribeira Tel. 3316 1406 Bahia Marina | Av. Contorno, nº 1010, Comércio, Tel. 3322.7244 Marina de Itaparica | Av. 25 de Outubro, s/n, Itaparica T. 3631.1668/1024

138 | Viver Bahia

Informações Úteis Rodoviária Terminal Rodoviário | Armando Viana de Castro Av. ACM nº 4362, Pituba Tel. 3116.8300

Correios Agência da Pituba (Central) | Av. Paulo VI nº 190, Pituba, Tel. 3003.0100 / 3346.2000 Agência do Aeroporto | Tel. 3204 1676 / 1677 Agência da Praça da Inglaterra | Comércio Tel. 3346.9414 Agência do Pelourinho | Largo do Cruzeiro de São Francisco nº 20, Pelourinho, Tel. 3321.8787 Agência Campo Grande | Tel. 3328.6537

Câmbio Banco do Brasil | Aeroporto Internacional de Salvador, São Cristóvão, Tel. 3377 2574 Citibank | Rua Marques de Leão nº 71, Barra, Tel. 4009 6310 Confidence Câmbio | Aeroporto Internacional de Salvador, São Cristóvão Tel. 3354 0699 Iguatemi Turismo | Av. Tancredo Neves, nº 148, Pituba (Shopping Iguatemi 2º Piso), Tel. 3450 0200

Olímpia Turismo | Praça Padre Anchieta nº 16, Centro Histórico, Tel. 3322 0863 Shopping Tour | Av. Centenário nº 2992, Barra (Shopping Barra 1º piso) Tel. 3264.3344

Aerocar | Rua Fonte do Boi nº 26, Loja 2, Rio Vermelho, Tel. 3335 1110 Unidas | Av. Amaralina, 813 - Tel. 3204 4900 / 0800 121 121 (reservas) Business Rent a Car | Direita do Santo Antonio nº 20, Santo Antonio Além do Carmo - Tel. 3241 3586

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Sol e praia? Sim, mas a Bahia é muito mais.

SAMU | 192 Polícia / Bombeiros | 193 Central Antiveneno | T. 0800.2844343 Correios (Reclamações) | T. 0800.7250100 Defesa Civil | 199 Defesa do Consumidor | T. 3321 9947/3321.3885 Delegacia de Proteção ao Turista | T. 3116.6817 / 3116.6512

Artesanato Mercado Modelo | Pça. Visconde de Cayru nº 250, Comércio, Tel. 3241 2893 / 3327.2990 Instituto de Artesanato Visconde de Mauá | Praça Azevedo Fernandes nº 02, Porto da Barra Tel. 3116 6110/3116.6713 Feira de Artesanato do Pelourinho | Rua Gregório de Mattos nº 5, Pelourinho Tel. 3322 5200/3322.5100 Gerson Artesanato de Prata | Rua do Carmo nº 26, Santo Antônio Tel. 3242 2133 Feira de São Joaquim | Av. Jequitaia s/n, Calçada Afro Bahia | Largo de São Francisco nº 10, Pelourinho, Tel. 3322 3709 Loja de Artesanato do SESC | Rua Laranjeiras nº 2, Terreiro de Jesus, Pelourinho, Tel. 3321 0161

Delegacia de Proteção À Mulher | T. 3116.7000 SHOPPING CENTER Shopping Barra | Av. Centenário nº 2992, Chame-Chame Tel. 2108 8222 Salvador Shopping | Av. Tancredo Neves nº 2195, Pituba Tel. 3828 1000 Shopping Paralela | Av. Luis Viana Filho Tel. 3617.0969 / 3617.0950 Shopping Lapa | Rua Portão da Piedade nº 155, Piedade. Tel. 3328 8200 Shopping Iguatemi | Av. Tancredo Neves nº 148, Pituba - Tel. 3350 5050 Shopping Itaigara | Av. Antonio Carlos Magalhães nº 656, Itaigara T. 3270 8900 Shopping Piedade | R. Junqueira Ayres nº 8, Barris. Tel. 3444 1555 / 3328.1555

Detran | T. 3535 0888 Disque Denuncia (drogas, homicídios, roubos, etc.) | T. 3235 0000 Disque Denuncia (exploração sexual contra Crianças e Adolescentes) | 100 Polícia Civil | 197 Policia Militar | 190 Polícia Federal | T. 3319.6224 Passaportel | T. 3319.6080 / 3319.6081 Serviço Salvador Atende | 156 Serviço de Informações dos Transportes Urbanos de Salvador – (CIAC) | T. 2109 3641

Fotos: Eduardo Moody e Jota Freitas / Bahiatursa

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Taxis Locadora de Automóveis Car Rental Hertz | Aeroporto Internacional de Salvador, São Cristóvão Tel. 3377 6554 Localiza | Av. Oceânica nº 3057, Ondina, Tel. 3173 9292

Taxi Comtas | T. 3377-6311 / 0800.710311

TELEFONES ÚTEIS Disque Bahia Turismo | T. 3103 3103

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Viver Bahia | 139


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Fotos: Bruno Ribeiro, Eduardo Moody e Jota Freitas / Bahiatursa


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