INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA
30 de março de 2012 - ano 1 - n° 20
GRÁTIS!
Edição quinzenal - Tiragem: 20 mil exemplares
Você já se programou para o fim do mundo? p.6 Conheça os segredos do autismo Escritor Guimarães Rosa ganha museu em Itaguara p.16
2 Contos e Causos
Loucos e santos Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela
cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e
santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Frases! “Não tenha medo de morrer. Talvez não haja o desconhecido, haja um velho amigo.” Millôr Fernandes “Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida.”
Expediente • JORNALISMO
Produção e Edição: Partnersnet Comunicação Empresarial Editor: Dino Sávio – DRT/MG 3033 SUBEditorA: Ana Carolina Bicalho Redação: Ana Carolina Bicalho, Luciana Mayer e Natália Soares Colaboraram nesta edição: Isabella Magalhães E Tiago Oliveira Foto capa: Yuri Arcurs Revisão: Letícia Pimentel PROJETO GRÁFICO: Leandro godinho E melISSA perete Diagramação: MELISSA PERETE Assistente de Marketing: André Sávio Tiragem: 20 mil exemplares
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“Melhor morrer de pé do que viver de joelhos.” Emiliano Zapata
“Se os olhos reaprendessem a chorar seria o segundo dilúvio.” Graciliano Ramos
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Oscar Wilde
TRILHOS URBANOS
Marcos Lara Resende
Edição 20 l 30 de março de 2012
3 Capa
2000 passou, 2012 também passará O ano mal começou e os pessimistas anunciam que o fim do mundo pode estar próximo
Na década de 1930, o sambista Assis Valente alertava aos desavisados: “Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar”. Os versos do compositor brasileiro revelam o que há anos levanta dúvidas, desperta
a curiosidade e causa alvoroço mundo afora. Que o digam os estudiosos dos textos de Nostradamus e de outros tantos profetas do Apocalipse. No século XX, videntes, bruxos, religiosos e místicos transformaram
a frase apocalíptica “de 2000 não passará” em uma obsessão. Quem não se lembra daquela previsão que mobilizou milhares de pessoas nas viradas de 1999 e 2000? Entre o desespero de alguns e a desconfiança de
outros, o temido século XXI começou como o próprio mestre Assis Valente previu: “...e o mundo não se acabou”. Em 2012, a ideia do fim do mundo está, mais uma vez, rondando o imaginário popular. A pro-
fecia milenar, originada do calendário maia (ver explicação no quadro), revela o fim do planeta com data agendada – tudo o que uma previsão catastrófica que se preze tem direito. Segundo algumas interpretações do calen-
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4 dário, a humanidade deve se preparar para dar seu último suspiro em 21 de dezembro, dia do solstício de inverno neste ano. Acreditando ou não na proximidade da extinção da Terra, não há quem resista a uma roda de conversa sobre o fim do mundo. O professor da UFMG, Miguel Mahfound, doutor em Psicologia Social e especialista em Cultura Popular e Crença Religiosa, explica: “A gente sempre se pergunta o que existe além do limite das nossas experiências. Como estamos
vivendo um momento de grande preocupação com questões ambientais, econômicas e sociais, tentamos controlar o que está por vir, buscando, muitas vezes, um modo mágico de adivinhar o que acontecerá”.
Luz no fim do mundo Sacerdotes maias, que mantêm no século XXI as tradições de seus ancestrais, afirmam que existem várias interpretações conflitantes de hieróglifos, textos antigos e livros sagrados sobre 2012. Mas os desespera-
dos de plantão podem ficar tranquilos. Os anciões maias são categóricos: o mundo não acabará, será apenas transformado. Para os místicos, a humanidade está passando por uma fase de transição, marcada pelo impacto global de destruição ambiental, caos social e guerras. E é esse o momento em que os homens deverão agir para mudar o planeta. O professor da UFMG confirma: “Este momento faz a gente repensar a realidade, enfrentar os limites e pensar nas mudanças que podemos fazer”.
O fim do mundo em 2012 é tema de discussão entre grupo de estudantes
Mesmo não acreditando no fim do mundo em 2012, Luma Víviam corre para realizar o sonho antigo de comprar um carro
O que as pessoas pensam sobre isso? Mesmo na cabeça dos mais céticos, uma curiosidade sobre a real possibilidade do fim do mundo paira no ar. O Trilhos Urbanos foi ao metrô saber se nossos leitores estão acreditando em toda essa história. E as opiniões foram unânimes: ninguém espera que o mundo acabe em 2012. Um grupo de estudantes discutiu animadamente o assunto e acabou concordando com a opinião da colega Stefani Caroline, que afirmou: “O mundo não acaba. O
que acaba é a gente”. Como todo bom mistério gera uma ponta de desconfiança, algumas pessoas imaginam o que fazer caso a profecia maia
“Como estamos vivendo um momento de grande preocupação com questões ambientais, econômicas e sociais, tentamos controlar o que está por vir”
! FALA, USUÁRIO
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“Não acredito nessas lendas. Mas se o fim do mundo acontecer, quero acabar namorando muito.”
“Não é o mundo que vai acabar. É a humanidade que vai acabar com o mundo.”
Wallas Brandão da Silva, servente
Marcos Paulo, cabeleireiro
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5 se concretize. O estudante Edson Rodrigues gostaria de realizar um grande sonho: “Eu queria pular de paraquedas apenas uma vez”. Já a supervisora de pesquisas, Luma Víviam, revela que desejaria cumprir pelo menos a meta de ter carteira de habilitação e comprar um carro. “Se o mundo acabar, quero chegar motorizada onde quer que seja nosso destino”, brinca.
Desvendando o CALENDÁRIO MAIA Assim como os nossos meses, anos e séculos, o calendário maia se estrutura em unidades longas de tempo. Cada 20 dias formam um mês ou uinal. Cada 18 uinals, um tun ou ano. Cada 20 tuns fazem um katun e assim sucessivamente. Enquanto nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que corresponde a 21/12/2012. E é aí
que muitos se rendem a fantasias e interpretações surrealistas. O fim do calendário nessa data não significa que os maias esperassem pelo fim do mundo em 21 de dezembro deste ano. Não há registros de que o ciclo em que estamos vivendo seria interpretado pelos maias como o último da Terra. O mais certo é que o calendário se reiniciaria após a data “final”.
Marcos Batista: mongoteca.org
“Se o mundo realmente acabar, quero que termine em um barranco, pra eu morrer encostado.” Davidson Camilo Ferreira da Silva, pedreiro
“Essa história toda é coisa da cabeça das pessoas. Mas se realmente acontecesse, eu reuniria quem gosto e esperaria o que viesse feliz.” Caroline Ribas, estudante
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6 Saúde
Decifrando o mistério do
autismo
“Aos 2 anos, percebi que meu filho mais velho Maxwell agia de forma diferente. Ao invés de falar mais, passou a quase não falar. Era muito arredio e não interagia com pessoas de fora do seu cotidiano.” A experiência de Maurício Moreira com o autismo na família voltou a se repetir no nascimento do segundo filho Mathews, que também apresentou atraso no desenvolvimento.
“A síndrome atinge cerca de 150 mil pessoas em Minas Gerais, e a incidência é maior entre crianças” Após descobrir o problema, Maurício passou a dedicar-se integralmente ao cuidado dos meninos, que hoje têm 5 e 3 anos. O pai resolveu lutar contra a falta de informação e o preconceito. Atual diretor de Comunicação e Eventos do Instituto
Superação, que orienta autistas e suas famílias, Maurício afirma: “Há muito desgaste emocional, falta de apoio e orientação às famílias”. A síndrome atinge cerca de 150 mil pessoas em Minas Gerais. E a incidência é maior entre crianças. O psiquiatra infantil Doutor Walter Camargo, do Hospital João Paulo II, explica que os sinais do autismo são mais fáceis de serem identificados depois do primeiro ano de vida: “É comum os pais acharem que a criança é surda, porque há atrasos na fala, e o filho demora a olhar e apontar”. Esses são os sintomas mais visíveis do transtorno, que atinge as áreas cerebrais responsáveis pela socialização e comunicação. Também podem ocorrer comportamentos repetitivos, dificuldades na percepção do que está ao redor e redução da capacidade motora. Doutor Walter afirma que é difícil encontrar
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Foto: Tiago Oliveira
Falta de informação e de profissionais especializados dificulta o enfrentamento da doença
Maurício dedica carinho e atenção aos filhos Mathews e Maxwell
profissionais especializados e diz que a reabilitação do paciente se baseia, principalmente, em terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia e integração em escolas regulares. “Não há nada que impeça o autista de se formar, fazer faculdade, trabalhar. Apesar de ele parecer uma pessoa diferente, é comum ter habilidades que podem surpreender”, conclui.
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Saiba mais Confira a programação dos Amigos dos Autistas de MG, na comemoração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo: 31 de Março, às 14h - palestra sobre autismo, na Câmara Municipal de Contagem. 1º de Abril, às 9h - encontro do Movimento em Prol das Pessoas Autistas de MG, na Praça da Liberdade. 2 de Abril, às 13h30 - Deficiência em debate, no Teatro Marília – Av. Professor Alfredo Balena, 586.
Se quiser agendar uma visita pelo SUS ao Hospital João Paulo II para saber sobre a doença, ligue 3239-9035.
7 Oportunidades
TRABALHO Supermercados I Grande rede de supermercados está com 130 vagas abertas para os cargos de vendedor especializado em telefonia celular e recepcionista de caixa. Há também oportunidades para pessoas com deficiência e da melhor idade. Os interessados devem comparecer à Rua Dom José Lara, 33, bairro Coração Eucarístico, até o dia 30 de março.
CURSO Percussão O Projeto PercussãoBrasil.com oferece curso gratuito ministrado pelo professor Rafael Leite. As aulas terão como base os ritmos samba de roda, percussão baiana, congado, samba enredo, maracatu, afoxé, entre outros. O curso será realizado aos domingos, das 16h às 20h, no Espaço Trampulim – Rua Professor Tavares Paes, 106, bairro Jardim América. Informações: (31) 3504-2904 / (31) 9863-9037
CURSO Petróleo e gás
TRABALHO Abrasel MG A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais está recebendo currículos para preencher vagas de auxiliar de cozinha, copeiro, cozinheiro, garçom, garçonete, pizzaiolo, gerente, caixa, serviços gerais e atendente de balcão, com ou sem experiência. Os cargos são para os estabelecimentos associados da entidade. Os currículos devem ser enviados para associadosmg@abrasel.com.br.
Estão abertas, até 12 de abril, inscrições para cursos de petróleo e gás na Prominp. Para aulas de nível básico, a inscrição custará R$25. Já para os níveis médio e técnico, o valor é R$42. As categorias de nível superior custarão R$63. Podem se candidatar pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, basta que preencham os pré-requisitos do curso desejado. As inscrições devem ser feitas no site www.prominp.com.br.
CURSO Supermercados II A Escola Nacional de Supermercados, organização ligada à Associação Brasileira de Supermercados, oferece cursos gratuitos on-line. As primeiras aulas são de operação de neck-out (caixa), padaria e confeitaria, higiene e saúde, peixaria e empacotador. Os interessados devem se inscrever pelo site www.escolaabras.com.br.
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11 CBTU - METRÔ BH
Foto: Arquivo GOMAK
Metrô abre concurso público
Edital para 170 vagas de assistente operacional - segurança metroferroviária A Companhia Brasileira de Trens Urbanos – Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte – abriu edital para a realização de concurso público que visa ao preenchimento de
170 vagas para o cargo de assistente operacional – segurança metroferroviária. As inscrições serão realizadas através do site www.gestaodeconcursos.com.br, durante o
período das 10h do dia 18 de maio até as 19h do dia 18 de junho de 2012, horário de Brasília. A organizadora também disponibilizará computadores para as
pessoas que não têm acesso à internet, para que possam realizar suas inscrições, na Gerência de Concursos/FUNDEP, na Avenida Presidente Antônio Carlos, 6.627, Unidade Administrativa
II, 3º andar – Campus Pampulha/UFMG – Belo Horizonte, no horário das 9h às 11h30 ou das 13h30 às 16h30 (exceto sábados, domingos e feriados), durante o período de inscrição.
Salário e benefícios
Taxa de inscrição e provas
O salário base para o cargo de assistente operacional – segurança metroferroviária é de R$ 980,07. Os empregados recebem, ainda, os seguintes benefícios: vale-alimentação/refeição no valor de R$559,52, reembolso parcial de plano de saúde, risco de vida de 30% e outros previstos em lei, todos definidos por normas internas e Acordo Coletivo de Trabalho.
A taxa de inscrição para o concurso é de R$45, e a seleção será realizada por meio de provas objetivas e avaliação física. A aplicação da prova objetiva está marcada para 22 de julho de 2012, subordinada à disponibilidade de locais adequados para a realização das provas. Informações sobre horários e locais de aplicação das provas serão divulgadas oportunamente pelo DOU e nos sites www.gestaodeconcursos.com.br e www.cbtu.gov.br. O concurso terá validade de dois anos, a contar da data de publicação da homologação do resultado final no Diário Oficial da União (DOU), podendo ser prorrogado por igual período, a critério da CBTU.
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12 CBTU - METRÔ BH
Metrô realiza mobilização pela saúde dos olhos A saúde dos olhos foi destaque no Metrô de Belo Horizonte, na quarta-feira (28/3). Das
9h às 13h, uma blitz socioeducativa trouxe para os usuários informações importantes sobre as
doenças oculares causadas pela exposição aos raios ultravioleta (UV). Promovida em parceria com a PSA Nilo & Transitions, a ação de utilida-
de pública foi realizada no espaço Trem com Arte, da estação Central.
CURIOSIDADES Ao agredir a visão das pessoas, os raios ultravioleta passam facilmente pela córnea, agredindo a retina e prejudicando o cristalino. A catarata é uma das doenças oculares, causadas pela exposição ao sol mais conhecidas pela população. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são diagnosticados
100 mil novos casos
da doença no Brasil.
A estimativa da OMS é que, até 2020,
40 milhões de pessoas sejam
diagnosticadas com catarata em todo o mundo.
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Proteção aos olhos A mobilização tem como objetivo mostrar que, além da pele, os olhos também devem ser protegidos dos raios solares, por meio do uso constante de lentes que filtrem a radiação UV. Os passageiros do Metrô tiveram a oportunidade
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de aprender como cuidar melhor dos olhos e receber dicas de prevenção às doenças oculares. De acordo com o analista de marketing da PSA Nilo, Jolimar Scardua, a campanha pretende educar as pessoas sobre os danos que a superexpo-
sição ao sol pode causar. “Por morarmos em um país tropical, as pessoas já sabem como é importante o uso de protetor solar. Porém, se esquecem que os olhos também são afetados pelos raios UV. Por isso, a importância de conscientizá-las.”
13 CBTU - METRÔ BH
Empregados do Metrô celebram o Dia Mundial da Água com alunos de escolas públicas Uma trupe de contadores de história, seguida por um animado cortejo e uma cobra d’água, mostraram aos passageiros a importância do uso consciente e a necessidade de preservação da água. A contadora de histórias Magda Vaz des-
taca que a contação de histórias toca o coração das pessoas e faz com que elas assimilem as informações de modo mais agradável. “A mudança de atitude precisa vir de dentro e, quando você toca o sentimento das pessoas, a oportunidade delas mudarem
de comportamento se torna muito mais eficaz”, comenta. Lembrando a importância do tema, a CBTU-METRÔ BH aproveitou a data para lançar o segundo personagem da Campanha Interna Liga da Economia: a heroína Acqua Maravilha,
que promete lutar pelo consumo consciente de água e pelo incentivo à expansão de boas práticas de gestão ambiental no Metrô de BH. Mais de 250 copinhos de água foram distribuídos pela Copasa para crianças e colaboradores do Metrô de BH. Fotos: Larissa Rodrigues e Suelen Moura
Cerca de 130 crianças de escolas públicas participaram das atividades promovidas pela Copasa e pelo Metrô de BH na comemoração do Dia Mundial da Água, na quinta-feira (22). Ações educativas movimentaram as estações Central e Lagoinha.
Alunos da Escola Municipal Ana Guedes Vieira
Cortejo promovido pelos adolescentes do Núcleo Educação pelo Tambor
Flashmob com 20 bailarinos na plataforma da estação Central
Contadores de histórias nos trens
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14 Divirta-se!
Palavras cruzadas
Receita Bolo de cenoura
Ingredientes
Modo de preparo
Massa: l 1/2 xícara (chá) de óleo l 3 cenouras médias raladas l 4 ovos l 2 xícaras (chá) de açúcar l 2 xícaras e 1/2 (chá) de farinha de trigo l 1 colher (sopa) de fermento em pó
Massa Bata primeiro, no liquidificador, a cenoura com os ovos e o óleo. Depois, acrescente o açúcar e bata por mais 5 minutos. Em uma tigela ou batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando todos, com exceção do fermento. Misture-o depois lentamente com uma colher. Asse em forno pré-aquecido (180ºC) por 40 minutos. Cobertura Misture todos os ingredientes da cobertura, leve ao fogo, faça uma calda e coloque-a por cima do bolo.
Cobertura: l 1 colher (sopa) de manteiga l 3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou achocolatado l 1 xícara (chá) de açúcar l Se desejar uma cobertura molinha, coloque 5 colheres de leite
Você tem uma receita especial?
Então mande-a para ser publicada nesta seção, incluindo seu nome, bairro e uma foto do prato, em boa resolução. E-mail: leitor@jornaltrilhosurbanos.com.br
Colorindo
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16 Cultura
Legado de um escritor A pequena cidade de Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terá mais um atrativo, além de suas belas cachoeiras e trilhas para esportes radicais. Em abril, será inaugurado um museu em homenagem a João Guimarães Rosa, um dos mais importantes escritores brasileiros.
Guimarães Rosa iniciou sua carreira como escritor em Itaguara
“Itaguara teve uma importância fundamental para meu pai. Essas doações são relembramentos que proporcionaremos aos visitantes”, diz. Entre as peças doadas estão o último par de óculos, o último relógio
Foto: Prefeitura de Itaguara
“Itaguara teve uma importância fundamental para meu pai. Essas doações são relembramentos que proporcionaremos aos visitantes”
Após formar-se em Medicina, Guimarães Rosa escolheu Itaguara para morar e lá viveu de 1930 a 1932. A vocação para médico, no entanto, não foi mais forte do que o amor pela literatura, e ele acabou deixando a profissão. Foi em Itaguara que a paixão de Guimarães pelas letras iniciou. O Museu Sagarana (MUSA) – nome que faz referência a um dos principais livros do autor – contará com um acervo diferenciado. Sua filha Vilma Guimarães Rosa conta que, até então, não havia doado os objetos pessoais cedidos nem mesmo para o museu de Cordisburgo, cidade natal do autor.
Foto: Prefeitura de Itaguara
Município de Itaguara inaugura museu que homenageia Guimarães Rosa
de pulso e uma gravata borboleta do escritor. Com cinco galerias, o MUSA também terá um espaço dedicado à história de Itaguara. Além disso, telas de importantes artistas plásticos itaguarenses terão um local reservado no museu. Mais do que um espaço para visitação, o MUSA terá um calendário cultural vivo, com expo-
sições itinerantes. Para o prefeito de Itaguara, Alisson Diego Batista Moraes, o museu terá um impacto cultural em Minas Gerais e no Brasil. “Com o MUSA, pretendemos transmitir um pouco da magia existente na literatura. Além de reverenciarmos o passado, também promoveremos o incentivo literário”, comenta.
Conheça algumas obras de Guimarães Rosa Grande sertão: Veredas (1956) Sagarana (1946) Manuelzão e Miguilim (1964) Essas estórias (póstumo, 1969)
O Museu Sagarana será inaugurado na Praça Antônio Ferreira de Moraes
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Ave, palavra (póstumo, 1970) Edição 20 l 30 de março de 2012