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Lideranças lutam pela reparação de itens sagrados para o candomblé
Por 50 anos, objetos religiosos foram apreendidos pela polícia do RJ
Aluta pela reparação histórica de objetos de religiões de matriz africana deve entrar em uma nova fase. Os itens que integravam o chamado Museu da Magia Negra foram apreendidos pela polícia fluminense, entre 1890 e 1946. Na semana passada, uma determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) mudou o nome da coleção para Acervo Nosso Sagrado.
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Um dia antes, na segunda-feira (20), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Sílvio Almeida assinou um convênio de pesquisa sobre objetos sagrados, no Museu da República, na zona sul do Rio.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro babalaô
Ivanir dos Santos disse que é preciso avançar ainda mais. Para ele, as pesquisas precisam identificar os personagens envolvidos durante as apreensões desses objetos. Para ele, é necessário saber quem são as pessoas que sofreram com a violência de terem seus objetos danificados, desrespeitados e apreendidos pela polícia da época, em situações que caracterizaram racismo e preconceito.
“Foi dado um passo importante na medida em que foi feito um acordo [convênio] sobre os processos sofridos pelos sacerdotes. Esse é um dado novo. As pessoas conhecem as peças apreendidas usadas como provas, que estavam no Museu da Magia e agora tem uma nova configuração. Outra coisa, quem eram essas pessoas que sofreram estes processos? Onde foram presos, porque foram presos? São perguntas que precisam [ser respondidas]. Que destino tiveram? Foram condenados? Agora acho que vão surgir quem são estes personagens. Quem eram esses sacerdotes e sacerdotisas que foram presos?”, questiona.
Para a Mãe Meninazinha de Oxum, do terreiro Ilê Omolu Oxum, a identificação desses objetos será difícil porque a apreensão deles – classificada por ela como roubo –, ocorreu em vários terreiros na mesma época.
“Então é difícil hoje a gente identificar de qual Ilê era determinado assentamento [objeto]. Acho que nem precisa isso. Basta identificar que era de candomblé ou da umbanda. Não precisa dizer se foi da minha casa ou da sua. Qualquer casa que foi invadida pela polícia para pegar o Sagrado era minha, porque eu sou de candomblé. presenta falta de respeito, já que os objetos sagrados estavam sob a guarda justamente de quem teria perpetrado crimes contra as religiões de matrizes africanas – seja do candomblé ou da umbanda.
“Nossos ancestrais, sim, minha avó, e outras da época dela, sofreram por conta desse Sagrado estar nas mãos da Polícia”, lamentou Mãe Meninazinha de Oxum.

Histórico O diretor do Museu da
República, Mário Chagas, contou à Agência Brasil sobre a legislação vigente à época da apreensão dos objetos sagrados.
“As batidas policiais aconteciam com base no Código Penal de 1890, que criminalizava os pra- esses anos esse material ficou no Museu da Polícia Civil.”
Grass considera que a mudança no nome da coleção, formalizada por retificação no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico representa uma reparação histórica.

“Vem, primeiro, em uma lógica de ruptura de terminologia pejorativa a respeito dos símbolos de matriz africana. Em segundo, vem no sentido de contemplar o desejo da sociedade civil e, em terceiro, trazer para este acervo e esse material um olhar de respeito, de consideração, porque este material foi apreendido em ações que tinham, como base, uma legislação fundada em tornar crime, os rituais ditos profanos que, na verdade, eram de matriz africana. Simbolicamente é muito importante.”

O longo processo de reparação contou com a participação de lideranças do candomblé e da umbanda do Rio de Janeiro que fizeram esta construção até a criação do Movimento Liberte o Nosso Sagrado, tendo à frente a Mãe Meninazinha de Oxum.
“Eu não gosto de dizer que fui eu, mas o primeiro passo foi dado por Mãe Meninazinha, mas graças a Deus tivemos nossos irmãos do candomblé e da umbanda e juntos chegamos onde estamos”.

Babalaô Ivanir dos Santos defende avançar nas investigações sobre itens apreendidos indevidamente
A dor é nossa é minha também”, disse Mãe Meninazinha em entrevista à Agência Brasil.
A yalorixá disse que o caminho ainda é longo apesar das conquistas, como o convênio de pesquisa, a mudança do nome do acervo, além da localização da coleção que saiu das dependências da Polícia Civil e hoje está no Museu da República.
“Temos muita estrada para caminhar em prol desse Sagrado, em prol da nossa religião. Nós vamos conquistar o lugar que o Sagrado merece estar, como Sagrado e não uma simples coisa que está no Museu da República, onde já deveria estar há muito tempo.”
Para a mãe de santo, a permanência do acervo por tanto tempo no Museu da Polícia Civil re-
Mãe Meninazinha de Oxum iniciou o movimento Liberte o Nosso Sagrado ticantes das religiões de matriz afro-brasileira, ainda que a Constituição de 1891, a primeira da República, garantisse o estado laico. Ou seja: era uma contradição. O código penal criminalizava e a Constituição garantia o estado laico. Então a prática da perseguição era inconstitucional e ainda assim foi feita. As coisas eram tão loucas que as batidas policiais aconteciam durante as cerimônias religiosas”.
O acervo, que ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro sem os devidos cuidados de conservação, foi tombado em 1938, pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo o Iphan, dos 523 objetos da coleção, o instituto tombou 126 e todos estão, desde 2020, sob a guarda do Museu da República, em uma gestão compartilhada com lideranças religiosas.

O presidente do IPHAN, Leandro Grass, conta que o material foi registrado pelo SPHAN no chamado livro do Tombo, como Coleção Magia Negra: “por óbvio uma terminologia bem preconceituosa e desprovida de sentido, porque é um termo pejorativo para designar e para fazer referências às matrizes africanas religiosas. Ao longo de todos
O diretor do Museu da República conta que quando o acervo chegou ao espaço cultural precisou passar por uma quarentena para avaliar se estavam com algum tipo de fungo. Depois houve um trabalho de conservação e de documentação, que ainda está sendo feito.

“Alguns, nós estamos conseguindo identificar [a quem pertencia] por conta de material de imprensa, o nome do pai de santo, a casa de onde era. Estamos chegando a estes detalhes, graças a uma pesquisa junto aos inquéritos policiais e ao material de imprensa, mas nem tudo a gente sabe de onde veio”, disse Mario Chagas.
O material deve ficar acessível ao público em setembro, quando deverá ser realizada uma exposição. Para a Mãe Meninazinha de Oxum, quando o público tiver acesso, mais uma etapa da reparação histórica estará cumprida. “A população vai conhecer esse lado negativo da história do Brasil. Para eles [policiais] na época não tinha valor, mas graças a Deus ainda temos liberdade para cultuar nossos orixás”, disse, acrescentando que travou uma luta intensa sem medo. “É porque eu sou leonina”, disse sorrindo, ao se referir a seu signo no zodíaco. Fonte: Agência Brasil
Tribuna dos Municípios
Reunião
Defesa da Saúde Mental
A Frente Parlamentar de Defesa da Saúde Mental e da Luta Antimanicomial, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi reinstalada nesta terça-feira (28/03).


No encontro, diversas demandas de usuários da Rede de Atenção Psicossocial foram abordadas, e os parlamentares anunciaram dois projetos de lei para aperfeiçoar políticas públicas destinadas à essa população. Segundo o presidente da Frente, deputado Flávio Serafini (PSol), a expectativa é a retomada da agenda da rede de atendimento psicossocial. “O nosso desafio é de fato consolidar essa rede, que está nos diferentes bairros e comunidades garantindo atendimento a essas pessoas. Temos menos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do que deveríamos e precisamos fortalecer as unidades de acolhimento, as residências terapêuticas e os centros de convivência, além de todos os direitos dos usuários da saúde mental”, disse o parlamentar.
Ingredientes:
Em conversa reservada, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), avisou pessoalmente o presidente Lula sobre sua decisão de antecipar a aposentadoria para logo depois do feriado da Páscoa. Havia pedidos de ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ele ficar até o dia 11 de maio, quando completará 75 anos. Lewandowski deve enviar o ofício formalizando o pedido de aposentadoria até o final desta semana. O encontro entre Lula e Lewandowski aconteceu na semana passada no Recife, quando o ministro do Supremo homologou na quarta (22) o acordo entre a União e o estado de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha.

Tabule de arroz

1 xícara (chá) de trigo para quibe
2 xícaras (chá) de arroz branco cozido
2 tomates sem semente picados
1 pepino japonês picado
Suco de 1 limão
1/2 xícara (chá) de hortelã picada
1/2 xícara (chá) de cheiro-verde picado
2 xícaras (chá) de alface picada
Sal e azeite a gosto
Modo de preparo:
Coloque o trigo em uma tigela, cubra com água morna e deixe de molho por 3 horas.
Escorra e aperte bem para sair o líquido.
Em seguida, coloque em uma tigela, junte o arroz cozido, o tomate, o pepino, o suco de limão, a hortelã, o cheiro-verde, a alface, sal e azeite e misture.
Transfira para uma saladeira e sirva.
Ariclenes Venâncio Martins, conhecido pelo nome artístico Lima Duarte, é um reconhecido ator brasileiro.

Lima Duarte nasceu no povoado de Desemboque, distrito de Sacramento, em Minas Gerais, no dia 29 de março de 1930.

Desde a década de 70, o prestigiado ator trabalha em projetos de televisão, cinema e teatro.
Primeiros anos
Ariclenes Venâncio Martins veio ao mundo em uma cidade pequena de Minas Gerais.
Filho do boiadeiro Antônio José Martins com uma artista circense, o jovem tinha dois irmãos que ajudavam o pai a trabalhar na propriedade.
Ariclenes foi incentivado e enviado pelo pai para a cidade grande (São Paulo), quando tinha 16 anos.
Apesar de ter saído do interior, os primeiros anos de vida foram essenciais para a construção do ator:
“Eu sou um ator que me baseio, principalmente e primordialmente, na memória emotiva. Portanto, todos
ORAÇÃO
Ao Santo
Santa Léia
São Segundo
Querido Deus de bondade, fortalecei-nos com o dom da fé e dai-nos a perseverança nas dificuldades da vida.
Permita que, pela intercessão de São Segundo, sejamos coroados com a graça da santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Ajude a todos, como desejaria ser ajudado. Se tem empregados, saiba compreender suas dificuldades, tanto quanto você deseja que eles compreendam as suas. Coloque-se no lugar deles, e trate-os como você gostaria de ser tratado se ocupasse a posição deles. Seu empregado é um irmão seu, que está iniciando a sua carreira. Ajude-o o mais que puder e não se arrependerá.
Mega operação do Inea
Uma mega operação realizada pelo Inea, com o apoio da Prolagos, desmontou na terça-feira (28), três pontos de abastecimento irregular em Cabo Frio. Dois locais no bairro Jardim Esperança eram utilizados para abastecer caminhões pipa ilegalmente. Já em um condomínio de luxo localizado no Guriri, foram identificados poços artesianos que operavam sem a licença do órgão. Após o flagrante, as irregularidades foram desfeitas por uma equipe da concessionária e os equipamentos foram apreendidos pelo Inea.

Lima Duarte completa 93 anos personagens estão dentro de mim e são de Sacramento e do Desemboque”
O início da carreira Era o ano de 1946 e o aspirante a ator chegou na metrópole a bordo de um caminhão de mangas. Seu sonho era trabalhar na rádio Tupi, mas assim que fez o teste foi reprovado devido ao seu sotaque do interior.
Apesar de ter sido reprovado no teste, Ariclenes conseguiu um estágio de aprendiz de sonoplastia. Naquela ocasião, ele chamou atenção de Oduvaldo Vianna, que fez o convite para que estreasse em uma das suas novelas.
A origem do nome Lima

Duarte Assim que ganhou a tão desejada vaga, Ariclenes percebeu que precisava de um nome artístico. Ele ligou então para a sua mãe, que era artista circense e médium. Foi dela a sugestão do nome, a senhora imediatamente respondeu:
Põe o nome do meu guia de luz que você vai ser mui-