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RN é maior produtor em terra de petróleo no Brasil
Em 2022, o RN foi responsável por 11,9 milhões de barris de petróleo, o que corresponde a 41,17% dos 32,0 milhões produzidos no Brasil. Especialista do Sebrae vê boas perspectivas com entrada de petroleiras independentes
O Rio Grande do Norte é o maior produtor em terra de petróleo no Brasil, segundo dados doServiçoBrasileirodeApoioàs MicroePequenasEmpresascom informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, em 2022, o RN foi responsável por 11,9 milhões de barris de petróleo, o que corresponde a 41,17% dos 32,0 milhões produzidos em todo o Brasil.
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Segundo os dados, essa produção petrolífera em terra vem apresentando queda no Estado. A partir de 2014 é possível reduçãonosníveisdeproduçãode petróleo na Bacia Potiguar, que abarca o RN e o Ceará. Em números totais, no Rio Grande do Norte a produção atingida em 2022 apresenta uma queda de
45,05% em relação a obtida em 2013, que foi de 19,1 milhões de barris. Já no Ceará, a perda é maior ainda: chega a 92,68%.
Para Robson Matos, analista técnico do Sebrae/RN, esse quadro decorre da redução dos níveis de investimentos da Petrobras na manutenção das suas atividades naBaciaPotiguar,emrazãodoestadodematuridadedospoçosnela existentes, focando sua produçãonoâmbitodaregiãodoPré-Sal.

“É sabido que o ciclo natural dos campos de petróleo tenda a teroseudeclínionaproduçãoaos longos anos, principalmente em bacias maduras, como é o nosso caso, no entanto, o programa de desinvestimentodaPetrobrasiniciadoem2015afetoufortemente odesempenhodaproduçãodepetróleoegásnoestado.Oestanca- mento dos investimentos acelerou essa queda”, aponta.
SegundoRobsonMatos,aretomadadosinvestimentosnosetoronshoreé“crucial”paraoRio Grande do Norte. Isso porque, segundo ele, A indústria de petróleo e gás tem forte impacto nageraçãodeempregosenoefeito renda já que a massa salarial é maior de que outros setores.
A geração de riquezas vai muito além disso, tem forte impacto na arrecadação de impostos,pagamentosderoyaltiesaos municípios produtores e seu entorno, fomento ao empreendedorismoeoportunidadesaospequenosnegócios.Acadeiadepetróleonecessitadeumacadeiade fornecedoresemváriosníveisao longodassuasatividades,gerando inúmeras oportunidades às empresas locais para o fornecimento de bens e serviços.
O especialista do Sebrae/RN aponta ainda as boas expectativas para o Rio Grande do Norte comachegadadas“JuniorOils”, as operadoras independentes, quefecharamnegóciosdeexploraçãonaBaciaPotiguarcomaPetrobras para os próximos anos.
“Aentradanomercadodesses operadoresapartirde2019incrementousobremaneiraaprodução de petróleo e gás na Bacia Potiguar, com investimentos na revitalizaçãodoscampos,aumentoda vida produtiva desses campos, manutenção da indústria e prestação de serviços locais e aumentodeempregoseroyaltiesnosmunicípiosprodutores.Foidadauma nova dinâmica no mercado local com forte impacto na cadeia de fornecedores. Segundo a ABPIP - Associação Brasileira dos ProdutoresIndependentesdePetróleo e Gás, a tendência de crescimentoaté2025éde122%,ouseja, um forte impacto a curto prazo”, complementa.