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balança comercial cresce 274,73% de 2018 a 2022
Com vocação para a fruticultura irrigada, solo fértil e localização privilegiada, o Rio GrandedoNorteteveumexponencialcrescimentodesuasexportações nos últimos cinco anos.Ovolumedeprodutosenviados para o exterior cresceu 209,08% de 2018 a 2022, impulsionado, principalmente, pela exportação de frutas secas para a Europa. No período, foram exportados mais de 228 mil toneladas somente de melões e melancias, importando em US$ 141.718123,00.
Esse volume de envios, juntoàexportaçãodeFueloil(óleo combustível) da ordem de US$ 330,14 milhões, impulsionou a balança comercial do Estado quecresceu274,73%entre2018 e2022.Essedesempenho,analisa o gestor em fruticultura, Franco Marinho, deve-se muito à profissionalização do setor produtivo exportador nos últimos anos. “Além da expansão da produção de frutas para outros municípios, como por exemplo,Apodi,Upanema,Caraúbas,AltodoRodrigueseJandaíra, o uso intenso de tecnologia,gestãodonegócio,boasparceriascomerciaiseexperiencias acumuladas nas adversidades, proporcionaram um amadurecimento empresarial e consolidação do Estado no cenário na- cional e internacional da fruticultura”, afirma o gestor.
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Ele aponta perspectivas de crescimentoepossibilidadesde diversificaraprodução,comnovas frutíferas de potencial econômico,comoauva,limão,mamão, manga e caju/amêndoa, apesar das dificuldades de escoamento e aumento do custo de frete. “Agroindustrializar e agregar mais valor é um desafio constante”, analisa Franco Marinho.
“A realidade”, diz ele, “é de muitacautelaparaosetor.Muitosfatoresconcorremparaisso, como questões como elevação do frete marítimo, operacionalização do porto de Natal e a diminuiçãodoconsumodefrutas naEuropa,emfunçãodaelevação do custo de vida por causa da Guerra na Ucrânia. Mas a expectativa é de se manter os níveis atuais, talvezcomlevecrescimento,de 5 a 8%, o que já seria muito interessante para o setor no Estado”.
Emsuaanálise,eleaponta que o salto na balança comercial está ligado ao amadurecimento das empresas exportadoras,querealizaram parcerias estratégicas com compradoresefornecedores, tornando-se competitivas, e àampliaçãodenovosmercados,entreosquais,Mercosul, Canadá e Árabes, e também a um câmbio favorável.

“Os produtores estão atentos as questões macroeconômicas que possam impactar na ampliação das exportações (crédito internacional) e também traçando estratégias e negociações com seus parceiros comerciais para a ampliação da safra e consequentemente, das exportações”, afirma o gestor.
Para o gerente da unidade de inovação e tecnologia doSebrae,DavidGoes,osdados históricos da exportação potiguar mostram que fatoresexternosdiversosinfluenciaram a demanda por produtosbásicoscomoóleocombustíveleosalagranel,oque impacta positivamente balançacomercialpotiguar.“Da relação atual de produtos, o peixe e a fruticultura (melão emelancia,principalmente), são os que possuem o maior potencial de incremento a partirdeumpossívelaumento de mercado”, afirma.
Diante deste cenário, segundo ele, para o crescimento de mercado, verifica-se a necessidadedeestratégiasde agregação de valor dos produtos da pauta, assim como fomento a inovação para estimular o desenvolvimento de novos produtos e serviços de alto valor agregado.
Franco Marinho concor-
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toneladas de melões e melancias foram exportadas em 2022

USS$ 1 14411,,7 7 milhões foi o valor das exportações de melões e melancias no ano passado da e reforça que a ampliação de mercados é necessária e possível. “Desde que superadosquestõesdelogística,mercados como o da China e Estados Unidos (EUA) são atraentes.Todososatores(ou elos) que atuam na cadeia da fruticultura, produtores, pesquisa, ensino, assistência técnica, crédito, logística, insumos,gestorespúblicos(municipal e estadual), instituições de apoio e consultoria, precisam atuar de forma estratégicaeorientadaparaasreaisnecessidadesdodesenvolvimentosustentáveldaproduçãode frutas do Estado. Assim teremos mais oportunidades de crescimentoemelhoresresultados econômicos”, analisa.

Importação
Um dos destaques é o grande potencial de geração de energias renováveis do Rio Grande do Norte, e segundo DavidGoes,adependênciade fornecedores internacionais nosuprimentodestesequipamentos e componentes para geração de energia solar fotovoltaica e eólica.
“A tendência diante dos projetos aprovados é manter a importação aquecida”, analisa.Em2022,asimportações cresceram 175,69%, puxadas, principalmente, pela aquisição de células fotovoltaicas, geradoresetorreseólicas,que somaram mais de US$ 182,4 milhõesemprodutoscomprados da China e Índia.