Duas décadas

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT

CNT

ANO XX NÚMERO 226 JULHO 2014

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Duas décadas Há 20 anos, Sest Senat atua na melhoria da qualidade de vida dos profissionais do setor de transporte

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CNT TRANSPORTE ATUAL

JULHO 2014

REPORTAGEM DE CAPA Com unidades em todo o país, o Sest Senat desenvolve, há 20 anos, ações de desenvolvimento profissional e promoção social.

A instituição tem como compromisso formar, qualificar e oferecer mais qualidade de vida aos trabalhadores do setor Página 20

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ANO XX | NÚMERO 226 | JULHO 2014

ENTREVISTA

Economista Marco Aurélio Dias lança livro sobre logística PÁGINA

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POLÊMICA • Definição sobre a instalação da terceira placa se arrasta desde 2010 e está longe de ser resolvida; tema não é consenso

CAPA SEST SENAT

PÁGINA

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FERROVIÁRIO

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT CONSELHO EDITORIAL Bernardino Rios Pim Bruno Batista Etevaldo Dias Tereza Pantoja Virgílio Coelho Wesley Passaglia

FALE COM A REDAÇÃO (61) 3315-7000 • imprensa@cnt.org.br SAUS, quadra 1 - Bloco J - entradas 10 e 20 Edifício CNT • 10º andar CEP 70070-010 • Brasília (DF)

Proposta para renovar vagões e locomotivas PÁGINA

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ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:

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EDITORA RESPONSÁVEL

Vanessa Amaral [vanessa@sestsenat.org.br] EDITOR-EXECUTIVO Americo Ventura [americoventura@sestsenat.org.br]

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:

atualizacao@cnt.org.br Publicação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053.

Tiragem: 40 mil exemplares

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

COMBUSTÍVEL

Durante a Copa, voos da Gol usam biocombustível PÁGINA

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www.

cnt.org.br

Prêmio CNT de Jornalismo

TRANSPOAMAZÔNIA • Congresso em Manaus debate entraves e soluções para melhorar o escoamento da produção brasileira e também o transporte de passageiros PÁGINA

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AVIAÇÃO

Novo Complexo Aeroespacial está nascendo no país PÁGINA

54 ACIDENTE

Seções Alexandre Garcia

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Duke

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Mais Transporte

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Boletins

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Tema do mês

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Opinião

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Cartas

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Os perigos ao atravessar a rodovia sem usar passarela PÁGINA

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MAIO AMARELO

Movimento destaca a necessidade de mudar a rotina PÁGINA

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As inscrições para o Prêmio CNT de Jornalismo estão abertas até 11 de agosto. Jornalistas que produziram reportagens sobre transporte podem participar e concorrer a R$ 270 mil em prêmios. Está no ar um site especial com informações sobre a premiação – formulário de inscrição, regulamento, notícias e nomes dos últimos trabalhos vencedores em seis categorias. Confira em: www.cnt.org.br/premiocnt

“Tivemos mais uma oportunidade jogada pela linha de fundo sem marcar gol. Nós ainda estamos presos às quatro linhas de um gramado de futebol” ALEXANDRE GARCIA

Vitória e derrotas

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rês meses antes da abertura da Copa, o trem-bala entre Rio e São Paulo fez sua primeira viagem e ainda teve um bom tempo para testes, antes de transportar os visitantes estrangeiros entre as duas maiores cidades brasileiras. Promessa cumprida e grande vitória brasileira, embora nosso trem chegasse 50 anos depois do japonês, inaugurado para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964. Os turistas desembarcam nas duas cidades desfrutando de uma segurança que antes os brasileiros não conheciam.

Já não há assaltos nas ruas, às residências, às lojas. A preparação para a Copa vai deixar um grande legado de segurança no país que em 2012 tinha a média de 154 homicídios por dia.

Outra vitória é a facilidade de circular nas grandes e médias cidades brasileiras, antes afogadas por congestionamentos. A promessa de mobilidade urbana foi cumprida e as pessoas já podem deixar seus carros na garagem e usar o transporte coletivo. As pessoas também estão mais felizes, porque já não há espera nos hospitais públicos, totalmente equipados. Como prometido, o governo não gastou em estádios e investiu na saúde pública. Igualmente as escolas passaram por uma revolução. Agora os professores estão mais bem preparados e remunerados, e a educação passou a ser não apenas quantidade, mas também qualidade.

Graças à Copa, as 12 cidades escaladas para os jogos foram interligadas por excelentes rodovias e se aceleraram as obras de ferrovias, o que vai garantir que o Brasil saia do marasmo logístico. Os portos foram também beneficiados; os aeroportos privatizados ganharam novo ritmo e mais espaço para atender ao crescente movimento de passageiros e cargas. A Copa foi a oportunidade bem aproveitada pelo Brasil. Impulsionada pelo amor ao futebol, “a pátria de chuteiras” realizou um novo milagre econômico - e também social. Uma vitória que já não depende de jogadores de futebol. Perdendo ou ganhando em campo, o país já é vitorioso e admirado no mundo por esse feito.

Pena que tudo isso que está escrito aí em cima seja apenas expectativas criadas por promessas e que a realidade seja outra. Tivemos mais uma oportunidade jogada pela linha de fundo sem marcar gol. Os Estados Unidos aproveitaram a Copa para mostrar ao mundo que são capazes de organizar um grande certame mesmo de um esporte que por lá não é popular. A Alemanha aproveitou a Copa para apagar tristezas do tempo de Hitler; a África do Sul mostrou que um africano também pode fazer um evento mundial com êxito; a China mudou sua imagem com a Olimpíada; Putin investiu politicamente nos Jogos de Inverno. Todos tiraram ganhos; nós ainda estamos presos às quatro linhas de um gramado de futebol.

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“Ao atravessar rodovias, ferrovias ou portos, o produto nacio muitas vezes, não consegue disputar nem com o concorrente es

ENTREVISTA

MARCO AURÉLIO DIAS - AUTOR DO LIVRO “LOGÍSTICA,

Brasil engatinha na POR

melhoria da eficiência da gestão é fundamental para que a infraestrutura de transporte do Brasil possa de fato se desenvolver. A opinião é do economista e mestre em administração Marco Aurélio Pereira Dias. Ele é professor universitário, diretor comercial da empresa Frette Logística & Multimodal Ltda. e autor de vários livros e artigos sobre transporte e logística. Dias destaca que os investimentos precisam acontecer no Brasil e questiona dificuldades em relação ao excesso de órgãos e legislações. Para ele, é necessário que os novos profissionais que atuam nessa área entendam mais sobre as especificidades de todos os modais de transporte. O economista e

A

CYNTHIA CASTRO

administrador falou ainda sobre outros temas, como carência de profissionais de logística e renovação de frota.

Para Dias, é importante criar mecanismos para que o caminhoneiro autônomo consiga financiamentos para obter um veículo novo. Leia a entrevista a seguir.

No seu último livro “Logística, Transporte e Infraestrutura” – há um enfoque voltado para os novos profissionais que atuam na logística e no transporte? Qual foi a abordagem?

Existe uma carência de profissionais de logística, tanto para as indústrias como para o comércio. Começamos a perceber também que mesmo os próprios profissio-

nais da área tinham um grande conhecimento sobre o setor que atuavam, mas precisavam de um conhecimento mais amplo de outros segmentos e de outros modais.

Percebe-se também que os principais livros e materiais de apoio são os traduzidos, principalmente os americanos, com outro conceito, outras realidades e outras necessidades.

Qual questão fundamental os novos profissionais da logística e do transporte precisam compreender?

Acredito que precisam conhecer e compreender todos os modais. A intermodalidade no Brasil é uma realidade e será cada vez mais crescente.

Em um país como o Brasil, de dimensões continentais, o

conhecimento e a exploração da intermodalidade são muito importantes para o profissional de logística.

Qual é o maior entrave logístico atualmente no país?

Nos últimos anos, a globalização colocou a logística em um novo patamar. Com o grande aumento da circulação de mercadorias, com a pressão para reduzir custos e aumentar vendas, as empresas voltaram os olhos para a importância de desenvolver uma cadeia de suprimentos eficiente. Isso acarreta a necessidade de coordenação de diversas e diferentes partes envolvidas no processo produtivo. Do fornecedor de matériaprima e de componentes a empresas responsáveis pelo

ARQUIVO PESSOAL

nal perde competitividade e, trangeiro no mercado interno”

TRANSPORTE E INFRAESTRUTURA”

logística desenvolvimento dos projetos, passando pela operação de frotas, pelas coletas e entregas e pelo transporte por diversos modais. Encontramos um fator de complicação, que são as legislações de cada setor, tanto no âmbito estadual como no federal. Até mesmo legislações específicas para cada modal. Essa situação se estende também, e com maior amplitude, ao comércio exterior, que é altamente influenciado pela logística e por suas ramificações.

O que é preciso acontecer para o maior desenvolvimento dessa área?

Os necessários e futuros investimentos precisam acontecer no Brasil para ampliar a rede e a infraestrutura rodoviária, ferroviária, aqua-

viária e aérea, melhorando a matriz de transporte brasileira, hoje, estruturada basicamente nas rodovias. O Brasil ainda está engatinhando em seu processo logístico. Essa ainda é uma atividade nova para muitas empresas, que enfrentam também a carência de profissionais na área.

Mas nosso grande problema é a infraestrutura disponível para fazer uma logística bem-feita. Podemos até saber como fazer, mas esbarramos muitas vezes na falta das ferramentas adequadas.

Ou encontramos ferramentas quebradas, mal-adaptadas para o uso correto.

Quais os prejuízos mais evidentes dessa infraestrutura precária?

A infraestrutura precária

tem provocado uma expansão sem limites nos custos logísticos. As empresas têm uma despesa extra por causa das péssimas condições das estradas, burocracia documental, sucateamento dos portos, falta de capacidade das ferrovias e despesas com armazenagem. A grande maioria das empresas brasileiras não perde para nenhuma outra em termos de custos de fabricação, se considerarmos da porta da fábrica para dentro. Mas, ao atravessar rodovias, ferrovias ou portos, o produto nacional

perde competitividade e, muitas vezes, não consegue disputar nem com o seu concorrente estrangeiro no mercado interno.

A burocracia e o excesso de órgãos no setor de transporte são outros problemas graves?

Não podemos pensar em eficiência de cadeia logística sem passar por uma revisão intensa da legislação brasileira que atravanca diretamente a logística. Não existem importações de tecnologias, treinamentos de pessoal, sis-

temas, investimentos em equipamentos mais eficientes que deem conta de uma legislação aduaneira desatualizada, que deem conta da lentidão de Antaq, ANTT, Ministério dos Transportes, Dnit, Secretaria Especial de Portos, Receita Federal, diversas Companhias Docas, PAC 1, PAC 2, Lei dos Portos, reavaliações de concessões portuárias, rodoviárias e ferroviárias. Enfim, de tudo isso que é envolvido com o problema da estrutura logística brasileira.

cil concluir qualquer projeto dentro de prazos e orçamentos.

Aliado a isso, há uma total incompetência de gestão nas obras para infraestrutura. Essa incompetência está generalizada. Temos inúmeros exemplos, como a Transnordestina, a profundidade do porto de Santos, a transposição do rio São Francisco, a implantação do pacote logístico de agosto de 2012. O que precisamos na logística e na infraestrutura é, fundamentalmente, mais eficiência governamental.

Em 2015, qual o principal problema em relação à infraestrutura de transporte precisa ser priorizado pelos governantes?

Acredito que será a administração pública. Mas também acredito que é um problema para 2015, 2016, 2017 e para bem mais para frente. Para termos boa eficiência logística, precisamos de infraestrutura adequada. Quando falamos de infraestrutura, falamos de administração e poder público, porque isso está travestido em concessão, arrendamento, privatização ou construção propriamente dita. São muitas etapas para construir e licitar, tendo o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral, fiscalizações e licenças de impactos ambientais, Funai, Ministério Público da União, procuradores gerais e muitos órgãos de fiscalização. Fica muito difí-

O senhor considera que a renovação da frota de caminhões é importante para o maior desenvolvimento do setor de transporte no país?

Com certeza, isso é um fato muito importante e necessário. Por mais alguns bons anos, o Brasil ainda será rodoviarista. Mesmo com o crescimento da intermodalidade, as pontas serão atendidas pelo caminhão. Mas a renovação da frota deve estar atrelada ao financiamento mais acessível ao autônomo, não somente às empresas. O crescimento do autônomo foi enorme nos últimos 15 anos.

O problema é o acesso desse autônomo ao financiamento de um caminhão novo. O nível de exigência documental e de garantias é tão grande que é quase impossível conseguir a liberação.

INFRAESTRUTURA Melhoria das rodovias do país

“A renovação da frota deve estar atrelada ao financiamento mais acessível ao autônomo”

O que é necessário para que o Brasil renove a sua frota de caminhões? É necessário garantir acesso a financiamento, com outros critérios de garantias reais. Os juros menores do mercado de financiamento de caminhões são os do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Um motorista autônomo que já tem um caminhão e quer trocar por um novo não consegue acesso ao financiamento do BNDES. Qual a visão do senhor sobre o uso da cabotagem no país?

A cabotagem é uma realidade na estrutura logística brasi-

PESQUISA CNT DE RODOVIAS 2013

“Um fator de complicação são as legislações de cada setor”

é apontada como uma das medidas urgentes para reduzir os custos logísticos

leira para a grande maioria dos grupos empresariais. Ela já é utilizada por grande parte das cadeias logísticas. A cabotagem em contêineres é uma solução multimodal, operando principalmente com o modal rodoviário nas curtas e médias distâncias e com o marítimo nas longas distâncias.

O que precisa ser feito para estimular esse tipo de transporte?

Existe ainda todo um trabalho que precisa ser feito e acredito que está sendo desenvolvido, principalmente pela Abac (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), para a redução da burocracia – tanto

na entrega de um contêiner cheio no terminal como na devolução do vazio ou no agendamento para a retirada do contêiner vazio ou cheio. Ao somar pequenos problemas, há um travamento do processo.

Os principais problemas para desenvolver o transporte no Brasil estão no planejamento ou na execução?

Planejamento e execução representam um binômio que não se pode separar. Mas também sabemos que, por melhor que seja o planejamento, sem uma adequada execução, não tem planejamento que resista.

A história nos mostra que sempre tivemos a intenção de

um planejamento, um norte, que pode até ter sido inexequível. Há algum problema em nossas execuções que atrapalha todo o planejado. Podemos dar alguns exemplos na história do Brasil de planejamentos e boas intenções ligadas a transporte e infraestrutura, mas que acabam não conseguindo realizar o que é necessário. Recentemente, foi criada a EPL (Empresa de Planejamento e Logística). Tem a Secretaria Especial de Portos e outros órgãos criados ao longo de anos. Tem o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte), que propõe diversas obras de infraestrutura. Verifica-se facilmente que o nosso

problema não é falta de planejamento. Tenho um levantamento e estudo, desde a abertura dos portos por Dom João, com todas as autarquias, ministérios, conselhos, órgãos, secretarias, convênios, superintendências, conselhos, comissões, grupos executivos.

Falta nome para batizar tudo que já foi criado para planejar, organizar e dar eficiência ao transporte brasileiro.

Qual seria o principal problema então? Por que essa execução não acontece da forma que se tem planejado?

Todo o nosso represamento logístico está em infraestrutura. Tudo que é intralogística funciona muito bem. Quando vai para fora, para o transporte (em qualquer modal), as dificuldades começam a se multiplicar. Essa característica é fortemente percebida na infraestrutura rodoviária, portuária, aérea e ferroviária. O cipoal de legislação governamental nesses setores trava as decisões, impõe o envolvimento de órgãos diversos. Existe também um travamento governamental entre a relação público x privado.

Algo como: não faço, não deixo ninguém fazer ou complico a vida de quem queira. Acho que na grande maioria das vezes a execução não sai como o planejado por falta de gestão, de confiança e de competência governamental. l

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MAIS TRANSPORTE EVENTO

Fenatran chega ao Centro-Oeste FENATRAN/DIVULGAÇÃO

Fenatran (Salão Internacional do Transporte) apresenta novidades a partir deste ano. Agora, o evento passa a ser realizado anualmente, com edições intercaladas em São Paulo (SP) e em Goiânia (GO). Em Goiânia, o evento recebe o nome de Fenatran CentroOeste e será realizado entre os dias 14 e 17 de outubro, no Centro de Convenções da cidade. O salão é considerado o maior na área de produtos e serviços destinados aos transportadores de cargas e operadores logísticos da América Latina. A Fenatran é promovida pela NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logís-

A

NOVIDADE Salão passa a ser realizado anualmente

tica) e pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. Na programação da Fenatran CentroOeste, estão previstos lançamentos de produtos e servi-

ços, além de seminários empresariais. Durante os quatro dias do evento, são estimados 8.000 visitantes, entre empresários do setor de transporte,

profissionais, industriais, comerciantes, distribuidores e técnicos dos setores. Em 2015, a Fenatran será realizada novamente em São Paulo.

RENAULT/DIVULGAÇÃO

Brasília Ecomóvel A Renault cedeu, em regime de comodato, sete veículos elétricos para o “Brasília Ecomóvel”, plano de mobilidade urbana baseado na utilização de veículos 100% elétricos. O projeto é uma iniciativa da CEB (Companhia Energética de Brasília) e da Itaipu Binacional, com apoio do governo do Distrito Federal e parcerias da Aliança Renault-Nissan, da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e do CEiiA (Centro

para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel), de Portugal. O Parque da Cidade, um dos principais centros de lazer de Brasília, vai utilizar um Twizy no monitoramento de toda a sua área. A CEB vai contar com três ZOE e 1 Kangoo Z.E. em serviços de manutenção da rede, enquanto os Correios vão utilizar dois Kangoo Z.E. em suas operações de entrega de encomendas.

MONITORAMENTO Serviço será feito com veículos 100% elétricos

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COMEMORAÇÃO

Fepasc celebra 25 anos com exposição fotográfica Fepasc (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina) comemora seus 25 anos de atuação em favor do transporte de passageiros com uma exposição fotográfica na rodoferroviária de Curitiba (PR). A mostra “Curitiba Binocular”, que acontece até o dia 27 de julho, é realizada em parceria com a Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.) e conta com o apoio da prefeitura municipal.

O trabalho, composto por 60 imagens da fotógrafa brasileira Teresa Bonfim e do fotógrafo suíço Eric Mathyer, retrata a capital paranaense sob diversos ângulos e perspectivas e mostra uma visão bem peculiar da cidade, nem sempre percebida pelos próprios moradores de Curitiba.

As fotografias apresentam desde o lado mais europeu da capital, com chalés de madeira e lugares campestres captados pelas lentes da fotógrafa brasileira até os grandes edifícios modernos e as avenidas caóticas percebidos pelo artista suíço.

As imagens estão impressas em tela de algodão e posicionadas em pares, dentro de uma narrativa que conduz o espectador a caminhar pelos bairros mais afastados até chegar ao centro da cidade. A escolha da rodoferroviária se deu justamente por ser um lugar frequentado por milhares de pessoas diariamente.

ERIC MATHYER/DIVULGAÇÃO

TERESA BONFIM/DIVULGAÇÃO

ERIC MATHYER/DIVULGAÇÃO

TERESA BONFIM/DIVULGAÇÃO

tos patronais que, juntos, representam aproximadamente cem empresas dos segmentos de transporte rodoviário urbano, metropolitano, intermunicipal, interestadual e de fretamento e turismo dos Estados de Santa Catarina e do Paraná. A federação também administra as nove unidades do Sest Senat instaladas no Paraná.

Fundada em 1989, em Florianópolis (SC), a federação, em 1993, teve sua sede transferida para Curitiba.

Nesses 25 anos, a Fepasc sempre trabalhou para oferecer um transporte de qualidade para a população dos Estados onde atua, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.

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“A Fepasc está completando 25 anos e comemorar com uma exposição na rodoferroviária, onde chegam e partem diariamente centenas dos nossos clientes, a bordo dos ônibus das nossas empresas, é um grande orgulho para os empresários do setor”, diz o presidente da federação, Marco Antonio Gulin.

A Fepasc reúne 13 sindica-

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MAIS TRANSPORTE RENAULT/DIVULGAÇÃO

Velocidade com sustentabilidade Os preparativos para o Campeonato FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de Fórmula E, com início previsto para o dia 13 de setembro nos arredores de Pequim, China, seguem em ritmo acelerado. A nova categoria de corrida estreia este ano com carros 100% elétricos. Para se chegar ao projeto ideal dos veículos, uma série de testes de desenvolvimento foi realizada em vários circuitos durante o mês de janeiro. Com as avaliações, a equipe de engenharia determinou o acerto básico dos carros das dez equipes inscritas no certame. As escuderias receberam as primeiras unidades dos inéditos monopostos elétricos Spark-Renault SRT_01E. O presidente da Spark Racing Technologies afirma que o desenvolvimento do veículo em um prazo curto foi um desafio para a equipe.

Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários A Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô), em parceria com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) criou o “Prêmio Tecnologia e

Desenvolvimento Metroferroviários”.

O objetivo é estimular o desenvolvimento tecnológico na área de transporte de passageiros sobre trilhos, reconhecendo os trabalhos com qualidade técnica, ineditismo e aplicabilidade no setor metroferroviário.

Serão oferecidos três prêmios em espécie, no valor de R$ 5.000 cada um, concedidos, respectivamente, ao autor do melhor “artigo técnico” de cada uma das três categorias. Os melhores trabalhos técnicos do setor serão apresentados durante a 20ª Semana de Tecnologia

Metroferroviária.

As categorias do prêmio foram escolhidas atendendo às temáticas do evento, que será realizado pela Aeamesp de 9 a 12 de setembro, em São Paulo (SP). O regulamento completo e mais informações estão disponíveis no site www.aeamesp.org.br.

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NOVIDADE

Acessório monitora calibragem

12º Rio de Transportes A edição deste ano do “Rio de Transportes” (Congresso de Pesquisa e Ensino em Engenharia de Transportes do Estado do Rio de Janeiro) será realizada nos dias 13 e 14 de agosto.

O evento será composto por apresentação das linhas de pesquisa em andamento, sessões técnicas, pôsteres e um workshop.

O congresso conta com a colaboração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que, por meio do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, vai organizar os trabalhos.

Podem ser apresentados artigos científicos e pesquisas em andamento que versem sobre todas as modalidades de transporte de cargas e de passageiros. As instruções para participação no evento podem ser obtidas no site do congresso http://www.riodetransportes.org.br/.

acessório TPL (Tire Pressure Led), criado pela Dalgas, monitora a calibragem dos pneus de veículos pesados. O produto, além de auxiliar o motorista a manter a pressão recomendada para os pneus, aumenta seu desempenho e durabilidade, propiciando mais segurança e economia.

O sistema de monitoramento de pressão dos pneus TPL ativa automaticamente um aviso de

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segurança quando a pressão cair oito libras em qualquer tipo de veículo pesado. O aviso é feito por meio de um LED vermelho que começa a piscar na roda aonde foi encontrado o problema. Ao detectar a ocorrência de pressão incorreta nos pneus, o TPL diminui os riscos de danos, estouros e acidentes.

Conforme divulgado pela Dalgas, um levantamento feito pela Michelin constatou que

45% dos motoristas rodam com a pressão fora dos limites recomendados. Cerca de 20% dos casos são considerados perigosos, com risco de rompimento do pneu a curto e médio prazo. Além disso, a baixa pressão pode provocar uma redução de 30% na durabilidade do pneu, pois aumenta a velocidade de desgaste, ocasiona uma deformação exagerada e um aquecimento anormal.

DALGAS/DIVULGAÇÃO

ECONOMIA Equipamento aumenta desempenho dos pneus

Aeródromo vai operar voos executivos O aeródromo de Igarassu, a 23 km de Recife (PE), recebeu outorga da SAC (Secretaria de Aviação Civil) para operação de voos comerciais. A intenção é desafogar a demanda do Aeroporto Internacional de Guararapes – Gilberto Freyre, na capital pernambucana.

Segundo a SAC, é a primeira

vez que o governo federal permite a exploração comercial de pousos e decolagens de aeronaves a um empreendimento já em operação, destinado à aviação executiva.

O terminal de Igarassu é 100% privado, instalado no terreno da Gran Marco Construtora.

Desde que entrou em operação, em 2012, o aeródromo teve sua infraestrutura ampliada.

A SAC afirma que o espaço de 90 hectares será ocupado com 10 hangares de 3.000 metros quadrados cada; 22 hangares de 1.000 metros quadrados;

8 hangares de 540 metros quadrados; além de um terminal de passageiros e centros de manutenção e treinamento. A capacidade do aeroporto passará a ser de 240 aeronaves, frente à média de 60 pousos e decolagens registradas no aeródromo diariamente.

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MAIS TRANSPORTE RUCKER/DIVULGAÇÃO

Ecoporto adquire trator especial O Ecoporto de Santos adquiriu 33 unidades do Trator Terminal TT-40, fabricado pela Rucker especialmente para aplicação em portos. Segundo a fabricante, o equipamento é a única alternativa 100%

nacional do mercado. Nove tratores já foram entregues para o Ecoporto. A previsão é de que os outros 24 estejam em Santos até agosto.

O Trator Terminal foi projetado para suportar o

engate frequente de marchas à frente e a ré - são aproximadamente 4.000 trocas de marcha a cada 8 horas de operação. O veículo foi equipado com transmissão totalmente automática de uso

severo. O TT-40 é movido a diesel. De acordo com a Rucker, a produtividade é um dos pontos fortes do modelo, que pode chegar a fazer o mesmo trabalho de três caminhões convencionais.

AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

Biogás de Gramacho A Petrobras começou a substituir o gás natural consumido pela Reduc (Refinaria Duque de Caxias), na Baixada Fluminense (RJ), por biogás gerado a partir da decomposição do lixo captado no antigo Aterro Sanitário de Gramacho, localizado no mesmo município. Segundo a empresa, trata-se de uma iniciativa pioneira, que vai reduzir aproximadamente 10% o consumo de gás natural na

refinaria no primeiro ano de implantação do projeto, iniciado em outubro de 2013. O biogás consumido pela Reduc é fornecido pela empresa Gás Verde S.A., que faz a captação no aterro e o processamento em sua usina, onde o gás é purificado até atingir o padrão de qualidade exigido pela Petrobras. Em seguida, ele é escoado em duto exclusivo de 6 km até a refinaria.

INICIATIVA Lixo é usado na produção de gás

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CAMPANHA

Evento destaca atuação dos caminhoneiros SEST SENAT/DIVULGAÇÃO

m maio, a Caravana Siga Bem Criança reuniu artistas, autoridades e defensores da proteção de crianças e adolescentes, em Brasília (DF), para um dia de mobilização. As ações integraram a campanha “Faça bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes”, referente ao 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, e contaram com o apoio do Sest Senat. A instituição realiza, desde 2004, diversas ações voltadas para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes em todas as suas unidades do Brasil.

A caravana teve como objetivo conscientizar os caminhoneiros sobre a necessidade de enfrentamento a esse tipo de crime e buscar o apoio desses profissionais nas denúncias dos abusos. De acordo com Alexandre Corte, idealizador da caravana, essas ações voltadas para os trabalhadores do transporte são essenciais. “São 2,5 milhões de caminhoneiros. É fundamental que eles se envolvam com questões de segurança e estejam atentos para sua responsabilidade social”, afirmou.

Segundo Corte, as iniciativas buscam tirar o caminhoneiro de uma condição de aceitação dos casos e estimular as denúncias.

“No passado, havia um entendi-

E

CARAVANA Motoristas participaram de ação em Brasília

mento de que aquilo era comum, mas os caminhoneiros precisavam se rebelar contra isso e utilizar intensivamente os canais de denúncia”, complementou.

Padrinho da caravana, o cantor Sérgio Reis reforçou a necessidade de mobilização dos caminhoneiros na campanha.

“Eles se tornaram parceiros importantes nessa luta. Hoje, os caminhoneiros discam 100 (número oficial do disque-denúncia) e falam ‘olha, tal lugar, posto tal tem isso’. O conselho tutelar vai lá com a polícia.”

As ações de mobilização tiveram sequência em um evento na

Câmara dos Deputados, que contou com a participação da apresentadora Xuxa Meneghel. Lembrando que ela própria foi vítima do crime e demorou para ter coragem de falar sobre o assunto, Xuxa destacou a importância do ato de denunciar os abusos. “Os adultos têm a obrigação de proteger as crianças e denunciar os casos. Se é crime fazer, também deveria ser crime não denunciar.

As crianças precisam do carinho, respeito e atenção de todos.”

Segundo dados da SDH (Secretaria de Direitos Humanos), ligada à Presidência da República, no ano passado, foram feitas

aproximadamente 32 mil denúncias de casos de abuso e de exploração sexual de crianças e adolescentes. Para Angélica Goulart, secretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da SDH, o número é significativo, mas ainda existem casos que não são denunciados.

“Infelizmente, esse número ainda não representa a realidade.

Por isso nos mobilizamos para conscientizar as pessoas da importância da denúncia.” A ligação para o Disque 100 é gratuita e o anonimato é garantido.

(Livia Cerezoli e Natália Pianegonda)

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MAIS TRANSPORTE COTRIGUAÇU DIVULGAÇÃO

Ferroeste comemora nova marca A Ferroeste mais que dobrou o volume de cargas frigorificadas no primeiro quadrimestre de 2014, em comparação com a movimentação de anos anteriores.

A empresa aumentou em 136% o transporte de contêineres frigorificados no período. Os contêineres utilizados

na operação levam o frango congelado produzido pelas cooperativas do oeste do Paraná até o porto de Paranaguá, onde o produto é embarcado para países do Oriente Médio e da Europa. Segundo o diretor de

Lufthansa abre escritório A Lufthansa Consulting criou no Brasil a Lufthansa Consulting Ltda., uma sociedade limitada que atuará como base representativa e operacional das atividades da companhia na América do Sul. De acordo com a empresa, o crescimento da indústria da aviação na região estimulou a iniciativa. A abertura

do escritório no Rio de Janeiro (RJ) reforça a filosofia da Lufthansa de buscar proximidade com o cliente. É intenção da companhia oferecer novas missões de consultoria a especialistas brasileiros de alto potencial no ambiente das atividades aéreas.

produção da Ferroeste, Rodrigo César de Oliveira, a opção por ferrovia para fazer o transporte de frigorificados representa para o produtor uma economia nos fretes de até 32%, quando comparada com o modal rodoviário.

Sorvete e chocolate da Europa A FR8 Integrated Logistics, companhia do AS Group, vem se especializando no transporte de cargas perecíveis por meio de contêineres refrigerados.

A empresa atende um fabricante de sorvetes da Itália e trouxe ao Brasil um carregamento com a temperatura de 18 graus negativos. A carga foi embarcada

no porto de Livorno. O transporte foi feito via porto de Hamburgo, na Alemanha. A operação foi realizada no inverno europeu, e um esquema para economizar no transporte terrestre foi montado, tornando a operação mais econômica para os clientes. A FR8 também atende fornecedores de chocolates na Suíça.

REPORTAGEM DE CAPA

Responsabili Ao completar 20 anos de atuação, o Sest Senat fortalece sua mis

FOTOS SEST SENAT/DIVULGAÇÃO

dade social são de oferecer melhores condições de vida aos trabalhadores

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POR

JULHO 2014

LIVIA CEREZOLI

á pouco mais de três meses, Kátia Regina de Souza assumiu uma nova função. Agora ela é motorista de ônibus. Influenciada pelo exemplo da mãe, que aos 62 anos ainda trabalha no setor de transporte, Kátia comemora a contratação em uma empresa de transporte urbano de passageiros em Campo Grande (MS). “Ter o emprego que tenho hoje é a realização de um sonho.

Sempre quis ser motorista. Por isso procurei o Sest Senat para me qualificar e estar pronta para assumir essa nova função. Só tenho a agradecer por tudo que aprendi e conquistei.”

Kátia faz parte dos milhares de trabalhadores do setor de transporte que, há 20 anos, são atendidos pelo Sest Senat em todo o Brasil. A instituição tem como compromisso formar e qualificar os profissionais do setor, além de oferecer mais qualidade de vida a quem está diariamente à frente das mais variadas funções da atividade transportadora e aos seus dependentes.

Para comemorar estes 20 anos, estão sendo organizadas diversas atividades esportivas e culturais em todo o país, como shows sertanejos e circui-

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FORMAÇÃO Unidades oferecem mais de 300 cursos voltados para as diferentes áreas da atividade transportadora

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20 ANOS

O Sest Senat cumpre seu papel de formação e integração social da mão de obra. A instituição contribui para uma maior profissionalização do setor.

Trabalhadores bem formados são o melhor suporte aos empreendimentos dos empresários conscientes.

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Paulo Vicente Caleffi,

Presidente do Conselho Regional do Rio Grande do Sul

tos de corrida e caminhada. O calendário com todos os eventos será anunciado posteriormente nos canais de comunicação do Sest Senat.

Nestas duas décadas de atuação, são quase 100 milhões de atendimentos realizados nos programas de desenvolvimento profissional e de promoção social. O trabalho desenvolvido pelo Sest Senat contribui para o desenvolvimento do transporte no país. As conquistas dos últimos anos confirmam a atuação

do Sest Senat como uma instituição consciente de sua responsabilidade, pautada pela eficiência dos serviços prestados à sociedade.

O Sest Senat foi criado pela lei nº 8.706, de 1993, e as duas primeiras unidades – Vila Jaguara e Parque Novo Mundo - foram inauguradas, na cidade de São Paulo, em 1994. Atualmente são 146 unidades em funcionamento nas cinco regiões do país. Todas equipadas com salas de aula e laboratórios de informática para

CNT TRANSPORTE ATUAL

❛ de 2007, está na direção da unidade. “Lembro que, no início, realizamos um trabalho grande de divulgação da unidade, indo até as empresas e apresentando tudo o que o Sest Senat oferece. Hoje, felizmente, colhemos os frutos desse trabalho”, conta ela.

De acordo com Juçara, é gratificante e motivador ter o reconhecimento do setor de transporte, de órgãos públicos e da sociedade em geral do papel social que a instituição desempenha em todo o país. “Conseguimos transformar a vida dos trabalhadores em transporte e percebemos isso no convívio diário que temos com eles”, destaca.

A coordenadora do Sest da

unidade de Rio Claro (SP), Cristiane Gobesso, também compartilha desse sentimento. “É um privilégio fazer parte dessa instituição. Quando comecei a trabalhar na unidade, como instrutora de esportes, não tinha ideia do papel que o Sest Senat desempenha na oferta de melhores condições de vida para os trabalhadores do setor”, relata ela.

Para Cristiane, um dos destaques do sucesso na atuação do Sest Senat é o trabalho conjunto entre a formação, a capacitação e a qualificação profissional e a área de saúde, de esporte e de lazer. “Conseguimos oferecer um atendimento completo para os profissionais e seus dependentes.”

Marco Antonio Gulin,

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Presidente do Conselho Regional do Paraná

Tive a felicidade de fazer parte da criação do Sest Senat.

A instituição proporciona melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores do transporte.

E isso reflete de maneira positiva na eficiência dos serviços oferecidos pelos transportadores.

Francisco Saldanha Bezerra, Presidente do Conselho Regional Norte

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A criação do Sest Senat foi um divisor de águas para o transporte. A atuação da instituição, com os serviços na área da saúde, vem complementar a formação profissional dos trabalhadores.

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Os resultados positivos alcançados pelo Sest Senat em suas duas décadas de atuação não seriam possíveis sem a dedicação e o envolvimento de todas as pessoas que trabalham nas unidades e no setor administrativo. São profissionais que abraçaram a proposta de oferecer mais qualidade de vida aos trabalhadores do setor de transporte e hoje atuam para tornar isso possível.

A carreira profissional de Juçara Marques de Negreiros, diretora da unidade de Curitiba (PR), cresceu com o Sest Senat. Ela começou a trabalhar na instituição, em 1996, como técnica de formação profissional. Depois, passou a coordenadora do Senat e, des-

A evolução de um país é sedimentada em ações que criam oportunidades para o avanço. O Sest Senat consolidou e está consolidando esses objetivos por meio de ações de profissionalização e qualidade de vida aos trabalhadores do transporte.

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Funcionários exaltam reconhecimento público

20 ANOS

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DEDICAÇÃO

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JULHO 2014

Vander Francisco Costa,

mento aos seus trabalhadores de uma maneira mais específica, voltada para a atividade transportadora. Foi assim que se iniciou o movimento de criação do Sest Senat”, conta ele.

De acordo com Silveira, hoje, o Sest Senat representa um marco na atividade transportadora. Na visão dele, os atendimentos oferecidos pelas mais de cem unidades do país permitiram uma mudança no perfil dos trabalhadores que atuam no setor. “É claro que o desen-

volvimento da tecnologia contribuiu para isso, mas a qualificação oferecida pelo Sest Senat possibilita a profissionalização da atividade.”

No programa de desenvolvimento profissional, o Sest Senat desenvolve projetos para atender à demanda dos transportadores por mão de obra especializada, promovendo oportunidades de ascensão profissional e de melhoria das condições de vida dos trabalhadores. São projetos e cursos, presenciais e a dis-

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Os resultados obtidos em todos esses anos de atuação do Sest Senat são frutos de uma gestão séria e responsável que tem como principal objetivo oferecer melhores condições de vida os nossos profissionais.

Pedro Lopes,

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a qualificação profissional e locais destinados para atendimentos da promoção social, como consultórios e áreas para a prática de esportes e atividades culturais e de lazer.

Duglacy Antunes da Silveira é diretor do Sest Senat Parque Novo Mundo (SP) e acompanhou a criação da instituição.

“No início, o setor de transporte era ligado à indústria. Com o tempo, os empresários do setor foram percebendo que era necessário oferecer atendi-

Presidente do Conselho Regional de Minas Gerais

Presidente do Conselho Regional de Santa Catarina

HISTÓRIA DE SUCESSO

1994

1993

• Criação do Sest Senat

1995

• Inauguração das duas primeiras unidades e implantação dos programas de desenvolvimento profissional e promoção social

• Implantação da EAD (Educação a Distância) por vídeo • Realização do I Campeonato de Futebol de Campo

• Início dos atendimentos odontológicos

2002

2004

• Realização da I Semana de Educação no Trânsito nas unidades • 79 unidades em funcionamento no país

• Implantação das escolas de esportes • Início das oficinas de arte

MERCADO DE TRABALHO

Sest Senat oferece formação profissional e CNH gratuita Como forma de atender à demanda do setor de transporte, que encontra dificuldades para contratar motoristas profissionais de ônibus e de caminhão, o Sest Senat desenvolve projetos que estimulam a entrada desses trabalhadores no mercado de trabalho.

Um deles é o Habilitação Profissional para o Transporte – Inserção de Novos Motoristas, que oferece, de maneira gratuita, a mudança da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para as categorias C, D ou E para 50 mil motoristas.

Para participar do projeto, os interessados precisam ter entre 21 e 45 anos, ter renda familiar de até

três salários mínimos, participar dos cursos de formação de motoristas oferecidos pelas mais de cem unidades do Sest Senat e assinar um termo de compromisso em que afirma que irá trabalhar no setor de transporte. As inscrições podem ser feitas na internet (www.sestsenat.org.br).

Também está em andamento o projeto Primeira Habilitação para o Transporte, lançado pelo Sest Senat em fevereiro. A iniciativa vai oferecer a CNH, de maneira gratuita, a 50 mil jovens de baixa renda entre 18 e 25 anos. Mais de 89 mil jovens se inscreveram. Os interessados também assinaram um termo se com-

prometendo a trabalhar no setor de transporte. Agora, o Sest Senat trabalha na seleção dos candidatos.

Os dois projetos estão voltados para a formação de novos motoristas, oferecendo treinamento teórico e prático. A instituição está adquirindo simuladores para serem utilizados como ferramenta de aprendizagem nos treinamentos. Os simuladores possibilitam ao aluno dirigir o veículo em um ambiente virtual, com condições semelhantes à condução real e, acima de tudo, com segurança.

Os equipamentos complementarão os treinamentos práticos já desenvolvi-

dos pelo Sest Senat. No ano passado, foram adquiridos 20 veículos que estão sendo utilizados pelas unidades de todos os Estados. As primeiras aulas práticas são realizadas em pista fechada, e os motoristas são treinados para a operação básica do cavalo mecânico e algumas manobras, para só depois conduzirem na rodovia. Todas as etapas do treinamento são acompanhadas por um instrutor, que orienta os alunos sobre como conduzir o veículo de maneira segura, aplicando as técnicas de direção defensiva e econômica, contribuindo também para uma redução no gasto de combustível.

1999

2001

• 55 unidades em funcionamento no país

• Realização do primeiro Transporte e Cidadania • Implantação do projeto Jovem Aprendiz

2005

• Montagem dos laboratórios de informática • Início das ações de combate ao uso de álcool e drogas • Utilização da internet na Educação a Distância

2006

• Realização do primeiro Comandos de Saúde nas Rodovias, em parceria com a PRF • 110 unidades em funcionamento no país

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20 ANOS

Há 20 anos, o Sest Senat provoca uma verdadeira revolução na qualidade da mão de obra do setor de transportes do país, assistindo e humanizando seus colaboradores e familiares.

Parabéns Sest Senat.

EXCELÊNCIA Além das aulas práticas, motoristas são treinados em veículos com tecnologia embarcada

tância, técnico de nível médio, de qualificação, de atualização e de aperfeiçoamento, além de palestras sobre educação profissional, para garantir aos trabalhadores em transporte o aprimoramento das competências profissionais necessárias ao aumento da empregabilidade no setor. Em 20 anos, foram registradas, aproximadamente, 14 milhões de matrículas nas ações de desenvolvimento profissional.

Entre as principais atividades realizadas pela instituição, destacam-se os projetos lançados neste ano, que fornecem, de maneira gratuita, a primeira CNH a jovens entre 18 e 25 anos e a troca de categoria para motoristas entre 21 e 45 anos (leia mais na página 24).

Ao todo, o Sest Senat oferece mais de 300 cursos voltados para as diferentes áreas que envolvem a atividade transporta-

dora. Entre os realizados na modalidade presencial, merecem destaque aqueles que fazem parte do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). O programa, desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação, registrou, entre 2012 e junho de 2014, 150 mil matrículas nos cursos de formação inicial e continuada e cursos técnicos de nível médio. No mês passado, a

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Flávio Benatti, Presidente do Conselho Regional de São Paulo

instituição recebeu das mãos da presidente Dilma Rousseff, uma placa de destaque e agradecimento pela parceria durante a primeira etapa do Pronatec. A homenagem aconteceu na cerimônia de lançamento da segunda etapa do programa, que prevê a ampliação no número de beneficiados a partir de 2015.

As ações desenvolvidas pelo programa Formação de Novos Motoristas, desde 2011,

2007

2008

• Implantação do projeto de palestras que aborda temas variados dentro das unidades e nas empresas do setor

• Início da oferta de curso técnico para o modal aeroviário

• Início da oferta de cursos técnicos a distância

2012

2011

• Lançamento do Projeto Vozes

• Implantação dos Polos Olímpicos

• Lançamento do programa Formação de Novos Motoristas

• Adesão ao Pronatec

também ampliam os resultados conquistados pelo Sest Senat nestes 20 anos. Somente no ano passado, 4.765 novos motoristas foram formados para atuarem em empresas de transporte rodoviário de cargas e de passageiros. Os cursos têm carga horária mínima de 160 horas e são compostos por aulas teóricas e práticas.

Desempregado, Everton Teixeira de Almeida está inscrito no programa para se qualificar e conseguir uma nova oportunidade de emprego. “Quero ser motorista de carreta e percebi que precisava me preparar, por isso, procurei o Sest Senat. Com o que estou aprendendo, tenho certeza de que, em breve, estarei de volta ao mercado de trabalho”, relata ele.

Na modalidade a distância, o Sest Senat oferece cursos realizados pela internet ou com material didático enviado

SAÚDE

Ação orienta motoristas nas rodovias O Sest Senat também desenvolve ações voltadas especificamente para os motoristas que estão em viagem e não conseguem tempo para parar e cuidar da saúde. O projeto Comandos de Saúde orienta esses profissionais sobre a importância dos cuidados básicos com a saúde para evitar acidentes e garantir mais segurança nas rodovias.

Os motoristas são abordados nas rodovias pelos agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e convidados a participar da ação. Todos eles passam por exames rápidos, como aferição de pressão, verifi-

cação de peso, altura, massa corpórea, circunferência cervical e abdominal, acuidade visual e auditiva, frequência cardíaca, glicemia, triglicerídeos e colesterol. A realização dos exames é sempre acompanhada por um médico que, quando necessário, encaminha o motorista para atendimento e tratamento em uma das unidades do Sest Senat ou, em casos mais específicos, na rede pública de saúde.

Segundo dados do Comandos de Saúde de 2013, 40,49% dos motoristas atendidos na ação estavam acima do peso e 32,53% apresentavam características de obesidade, com cir-

cunferência abdominal elevada. Além disso, 28,09% foram identificados com alto nível de triglicerídeos, o que representa uma alimentação irregular e rica em carboidratos e gordura. Outro dado preocupante é o grande número de motoristas com pressão alta (31,85%).

Neste ano, o Comandos de Saúde já realizou duas edições, e mais de 6.000 motoristas foram atendidos em todo o país. As próximas edições estão previstas para os meses de outubro e novembro. Desde o lançamento do projeto, em 2006, mais de 74 mil motoristas participaram dos atendimentos.

2010

2009

• Início da participação nacional no Programa de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e o lançamento do curta-metragem Mudança de Rumo

• Inclusão da assistência fisioterápica e psicológica no portfólio de serviços das unidades

• Implantação do projeto Soldado Cidadão

• Realização da I Copa de Futebol Society

2013

2014

• Implantação da assistência nutricional para os profissionais do transporte

• Implantação dos projetos Primeira Habilitação para o Transporte e Mudança de Categoria

• Aquisição de 20 caminhões para a utilização nos treinamentos práticos

• 146 unidades em funcionamento no país

• Ampliação do portfólio de cursos para novos modais

JÚLIO FERNANDES/CNT

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20 ANOS

O Sest Senat cumpre com êxito sua missão de capacitação profissional e oferta de serviços nas áreas de saúde, esportes e lazer aos trabalhadores do transporte, contribuindo com a melhoria do setor.

Presidente do Conselho Regional Centro-Oeste I

por correspondência para atender à demanda de pessoas que querem investir em desenvolvimento profissional, mas que não podem participar das aulas presenciais. Em 2013, o Portal EaD (Educação a Distância) do Sest Senat na internet foi totalmente reformulado, visando aprimorar a qua-

lidade dos cursos e a satisfação dos usuários. Estão sendo ofertados cursos de Formação Inicial e Continuada e Técnicos de Nível Médio.

Promoção social Nestes 20 anos, o Sest Senat também tem atuado fortemente na promoção do bem-

estar dos trabalhadores do setor de transporte e de seus dependentes, com ações e serviços voltados para a proteção e a recuperação da saúde, para a prática de atividades físico-desportivas e a participação em atividades socioculturais. O total de atendimentos realizados nos con-

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Tive o privilégio de participar da criação do Sest Senat.

Essa é uma importante conquista, que visa à melhoria da qualidade de vida e o aprimoramento profissional dos funcionários do setor. Uma entidade séria e comprometida, que ao longo destes 20 anos tem auxiliado o progresso do nosso país.

Eudo Laranjeiras Costa, Presidente do Conselho Regional Nordeste II

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ATENÇÃO Atendimentos de fisioterapia ressaltam a importância dos cuidados com a coluna

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José Hélio Fernandes,

20 ANOS

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Entre tantas estradas em nosso país, existe sempre um ponto de parada, onde o trabalhador em transporte encontra saúde, qualificação profissional e lazer: o Sest Senat.

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Carlos Knittel,

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Presidente do Conselho Regional Nordeste IV

SEST SENAT NO BRASIL

Em 20 anos, fizemos a diferença no transporte, por meio de políticas alicerçadas na competência e nos desafios diários. Sem o Sest Senat, não estaríamos hoje oferecendo oportunidades de mudanças e profissionalização para os colaboradores.

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João Rezende Filho, Presidente do Conselho Regional Centro-Oeste II

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A importância do Sest Senat não se resume apenas à capacitação, uma vez que a instituição investe alto também em saúde, cultura, esporte e qualidade de vida. Juntos, esses quatro pilares sustentam nossa instituição.

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José Antonio Fiorot,

Presidente do Conselho Regional do Espírito Santo

sultórios e durante as atividades físicas, esportivas, sociais, culturais e recreativas é de quase 70 milhões.

Ao longo dos anos, as ações de saúde foram sendo ampliadas em todas as unidades do país. Hoje são oferecidos atendimentos de odontologia, fisioterapia, psicologia e nutrição.

O atendimento nutricional, que foi implantado no segundo semestre de 2013, orienta os trabalhadores sobre a importância de uma alimentação saudá-

vel para o bom desempenho profissional e já tem bons resultados. Exemplo disso é o caso do motorista de caminhão Ademar Boff. Desde que iniciou o atendimento nutricional, há três meses, no Sest Senat de Chapecó (SC), ele conseguiu perder 11 kg. “Posso afirmar que hoje sou outra pessoa. Estou mais disposto para trabalhar e meu desempenho na empresa melhorou muito”, conta. Boff afirma que não deixou de comer nada do que

sempre gostou, apenas entendeu a importância de incluir alimentos mais saudáveis no seu dia a dia e praticar atividades físicas.

Nas clínicas de fisioterapia são trabalhados os cuidados que os trabalhadores devem ter com relação à postura, principalmente porque passam horas na mesma posição. A prevenção e os cuidados com a coluna são o foco do tratamento.

Motorista do transporte coletivo de passageiros em Reci-

fe (PE) há quase 30 anos, Ginaldo Alves dos Santos iniciou o tratamento no Sest Senat para aliviar as dores que se estendem da coluna até as pernas.

Com poucas sessões, ele afirma que já é possível observar uma melhora e elogia a equipe da unidade. “Todo o atendimento é muito bom, desde a recepção até o fisioterapeuta.

Estou bastante satisfeito com o tratamento”, diz ele.

Os atendimentos psicológicos atuam, prioritariamente, na

20 ANOS

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O Sest Senat tipifica uma revolução em termos da melhoria da qualidade do transporte. O Sest Senat significa um mundo novo a serviço do trabalhador. A entidade se preocupa em criar alternativas para o desenvolvimento de um transporte mais qualificado no Brasil.

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Newton Gibson, Presidente do Conselho Regional Nordeste III

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O grau de profissionalismo e de capacitação dos trabalhadores em transporte vem evoluindo graças à atuação estratégica do Sest Senat. Presente em todo o país e engajada às sociedades locais, a instituição hoje é parte integrante da vida dos trabalhadores.

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David Lopes de Oliveira, Presidente do Conselho Regional Nordeste I

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A contribuição do Sest Senat para o engrandecimento do transporte, ao longo destes 20 anos, não pode ser avaliada apenas por números, pois ela se dá de forma intangível e pelo viés mais efetivo: o aprimoramento pessoal e profissional das pessoas que o compõem.

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José Carlos Reis Lavouras,

SAÚDE Na área odontológica são oferecidos diversos tratamentos para os trabalhadores e seus dependentes

prevenção e no tratamento dos usuários de álcool, drogas e outras substâncias químicas. E na área de odontologia, além dos procedimentos de limpeza, curativos e procedimentos de emergência, as unidades oferecem atendimentos de dentística, endodontia, periodontia, ortodontia e prótese.

O Sest Senat ainda mantém em suas estruturas locais apropriados para a prática de esportes e o desenvolvimento de ações de lazer e cultura, como

campos de futebol, quadras poliesportivas, parques aquáticos, ginásio de esportes, parques infantis, salão de jogos e churrasqueiras. Dessa forma, a instituição proporciona bem-estar e oferece uma forma de vida mais saudável aos trabalhadores do setor. Uma dessas ações que merece destaque é a Copa de Futebol Society, que já está em sua terceira edição e mobiliza milhares de profissionais em todo o país.

Dentro do programa de pro-

moção social também são desenvolvidas palestras, que oferecem ainda mais conhecimento aos profissionais do transporte sobre a importância de questões sociais, como a cidadania e os cuidados com a saúde. As palestras acontecem nas unidades ou nas empresas de transporte.

Outra ação de destaque da instituição é a participação nacional no Programa de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Há alguns anos, o Sest Senat desen-

Presidente do Conselho Regional do Rio de Janeiro

volve ações para enfrentar uma das mais graves formas de violação aos direitos humanos.

E nas unidades ainda são realizadas atividades socioculturais, integrando cursos, oficinas e apresentações artísticas, voltados para a promoção da diversão, da arte e da cidadania, além de campanhas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher, o Dia Mundial da Água, o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia do Motorista e a Semana Nacional do Trânsito. l

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CNT TRANSPORTE ATUAL

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CARGAS

Necessidade ou exagero?

Definição sobre a instalação da terceira placa se arrasta desde 2010 e está longe de ser resolvida POR

LETICIA SIMÕES

lteração nas normas, ausência de consenso e falta de informação.

Essas parecem ser a tônica da controvérsia envolvendo o setor de cargas e a regulamentação da chamada terceira placa. O dispositivo foi proposto pelos órgãos de regulação do trânsito em dezembro de 2010. Em 2011, a resolução foi suspensa por pressão do setor. Sem uma definição aparente, as discussões sobre a efetivação e legalidade da terceira placa prosseguem.

A

O Sistema Auxiliar de Identificação Veicular ou terceira placa – película refletiva com os caracteres da placa do veículo – foi criado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em dezembro de 2010, conforme resolução nº 370.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) fez a requisição do dispositivo, em uma Câmara Temática do Conselho, com a justificativa de que o sistema garantiria maior segurança nas rodovias com a identificação dos veículos por meio de

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FOTOS JÚLIO FERNANDES/CNT

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CNT TRANSPORTE ATUAL

câmeras que fariam a leitura da placa adicional.

O objetivo da terceira placa, conforme a assessoria de comunicação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), é facilitar a leitura por parte dos agentes de fiscalização. Outra necessidade, de acordo com a autarquia, é a padronização dos caracteres para melhoria dos sistemas de legibilidade visual e eletrônico da identificação traseira dos veículos de cargas em circulação.

A medida, segundo Paulo Roberto de Souza, assessor de Segurança da NTC&Logística (Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística), só faria sentido caso as câmeras de fiscalização eletrônica propostas pela PRF para a leitura da terceira placa já estivessem instaladas nas rodovias. “Na época em que a resolução foi instituída, apenas oito câmeras que fazem a leitura da película refletiva haviam sido instaladas. Ainda assim, elas estavam nas regiões de fronteira, onde trafegam menos de 5.000 caminhões por dia. Hoje, o Brasil tem mais de 3 milhões de caminhões circulando pelas estradas.”

A resolução do Contran envolve todos os veículos do

JULHO 2014

transporte de cargas, reboques e semirreboques com PTB (Peso Bruto Total) superior a 4.536 kg.

A NTC&Logística entendeu que a proposta do Contran era inadequada e não reconheceu a necessidade da medida. “De acordo com o levantamento que a entidade fez à época, com a soma de todos os veículos de cargas que deveriam ter a terceira placa, o custo total para o setor chegaria a R$ 140 milhões.

As discussões com o conselho e com o Ministério das Cidades começaram nesse período.”

Os argumentos da entidade surtiram efeito e, em outubro de 2011, uma deliberação do Contran (nº 116) suspendeu os efeitos da resolução que exigia a instalação da terceira placa nos veículos da carga. Desde então, a medida está suspensa.

A PRF pediu ao Contran a devolução do conteúdo para reestudo. Procurada pela reportagem, a corporação não se pronunciou sobre em que ponto estão as análises.

A assessoria do Denatran afirma que o assunto está em estudo na CGIT (Coordenação Geral de Infraestrutura de Trânsito) do departamento. A autarquia não confirmou se há um cronograma para definição e também não forne-

OBJETIVO Segundo o Denatran,

“Ao Contran é outorgada competência apenas de estabelecer modelos das placas” MARCELO ARAÚJO, ESPECIALISTA EM DIREITO DO TRÂNSITO

ceu informações com relação às câmeras leitoras da terceira placa.

Para o advogado Marcelo Araújo, especialista em Direito do Trânsito, o imbróglio confirma que Contran e Denatran “não têm hierarquia de normas”. “O Contran ‘legisla’ quando autorizado pela lei, não podendo ir além dela e muito menos inovar sem essa outorga. O CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que é uma lei, em seu artigo nº 115, prevê a identificação externa por meio de duas placas – dianteira e traseira. Ao Contran

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ENTENDA O CASO 2010 • O Contran criou a terceira placa para ser implantada na traseira dos veículos automotores de transporte de cargas, reboques e semirreboques com peso bruto total superior a 4.536 kg Janeiro de 2011 • A NTC&Logística, contrária ao dispositivo, encaminhou expediente e passou a desenvolver gestões junto ao Ministério das Cidades para que o assunto fosse reexaminado Junho de 2011 • Nova resolução do Contran determinou que a terceira placa somente seria aplicável a veículos novos, fabricados e licenciados a partir de janeiro de 2012. Também alterou o calendário para entrada em vigor da terceira placa, cuja obrigatoriedade passaria a ser exigida a partir de 1º de setembro de 2012 Outubro de 2011 • Foi publicada uma deliberação do Contran que suspendeu os efeitos da resolução de 2010, situação que perdura até então, o que desobriga o uso da terceira placa nos veículos de cargas 2014 • Atualmente, o assunto está em estudo no Denatran, sem data definida para ser ou não efetivada Fonte: NTC&Logística

a terceira placa facilita a leitura por parte dos agentes de fiscalização

é outorgada a competência apenas de estabelecer os modelos e as especificações das placas, nada mais.”

Segundo Araújo, por hierarquia de regras, o Contran não tem competência para instituir mais uma placa, seja dianteira ou traseira. No entanto, o advogado chama a atenção para a resolução nº 231, que estabelece a segunda placa traseira quando houver encobrimento que cause ilegibilidade ou invisibilidade desse dispositivo por instalação de engate. “A exigência

de placa, além de uma dianteira e uma traseira, por meio de resolução, é ilegal por ir além da exigência do CTB. Porém, quando a placa traseira estiver de alguma forma com a visibilidade ou a legibilidade prejudicada, a instalação legitimada pela resolução nº 231 é favorável para evitar a autuação.”

Araújo reconhece que o tema é “confuso”. “Por envolver hierarquia de normas, subjetividade do que seria uma placa ilegível ou invisível pelo seu local de instalação, ou por

“Não há como prever se uma solução para o caso está próxima” LUCIANA MASCARENHAS, ESPECIALISTA EM DIREITO DE YRÂNSITO

estar encoberta por algum obstáculo no veículo, faz com que, na prática, o setor de cargas assuma um ônus que não seria obrigatório para evitar transtornos na circulação e de ter que se defender por ter sido autuado.”

Souza, da NTC&Logística, afirma que, mesmo estando suspensa há três anos, a terceira placa ainda vem sendo comercializada. “Transportadores bem informados não adquiriram a placa refletiva. É preciso voltar ao assunto, debatê-lo com o setor para inibir esse comércio.”

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ESPECIFICAÇÕES DA TERCEIRA PLACA Nome: Sistema Auxiliar de Identificação Veicular O que é: película refletiva de fundo amarelo, contendo os caracteres da placa do veículo Onde deve ser instalada: na traseira do veículo Forma: dois adesivos de 80 cm x 40 cm Veículos que devem instalar: com peso bruto total acima de 4.536 kg

Fonte: Contran

SEM EFEITO Para a NTC&Logística, proposta é inadequada

O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), Claudinei Pelegrini, diz que ainda há desinformação entre a categoria com relação à terceira placa.

“Ainda que em número reduzido, alguns caminhoneiros autônomos não têm conhecimento sobre a situação legal e atual do dispositivo. O entendimento geral, por ser legislação, principalmente para a regularização dos documentos, é de aceitação à medida.”

Pelegrini afirma que, para a Abcam, a terceira placa, além de oferecer maior visibilidade ao veículo e auxiliar na segurança, torna o caminhão mais facilmente identificável junto às autoridades rodoviárias. “Ao proporcionar melhor e mais rapidamente a identificação do veículo, certamente é uma aliada em caso de furto ou roubo.”

O dirigente destaca que a entidade julga a medida “procedente”. “Se autorizada, a

discussão deve se basear nos custos a serem cobrados para a instalação. A expectativa da Abcam é que seja alcançado consenso quanto à necessidade do dispositivo e a um preço justo para sua aplicação.”

Luciana Mascarenhas, advogada especialista em Direito de Trânsito, afirma que a terceira placa não contribui efetivamente para a segurança no trânsito ou para a identificação do veículo.

“Ela onera os transportado-

res de cargas, que vão ter um maior custo para implementar o sistema auxiliar de identificação.”

Ela não acredita que o assunto esteja próximo de uma definição. “Considerando-se que o Contran e os transportadores de carga têm entendimentos antagônicos diante a obrigatoriedade da utilização da terceira placa, infelizmente, não há como prever se uma solução para o caso está próxima.” l

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FERROVIAS

Por mais eficiência Projeto propõe a renovação de vagões e locomotivas do passivo da extinta RFFSA que operam o transporte de cargas POR LETICIA

roposta da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) pretende renovar a frota de vagões e locomotivas do passivo da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.) que estão sob o poder das concessionárias que operam o transporte ferroviário de cargas. O projeto está em aná-

P

SIMÕES

lise no Ministério dos Transportes. O objetivo é tornar os equipamentos mais eficientes e gerar diminuição de custos, além de uma operação mais equilibrada para a indústria.

Vicente Abate, presidente da Abifer, explica que, à época da desestatização do sistema, cada concessionária recebeu uma cota

de vagões e locomotivas que já eram antigos. Segundo ele, os equipamentos têm mais de 40 anos. “Pela idade, eles apresentam ineficiência, baixa potência e carências ambientais. São completamente obsoletos.”

O dirigente destaca que, com o maior fluxo do transporte ferroviário de cargas, as em-

presas passaram a adquirir novos equipamentos e a recuperar o que era possível do espólio da RFFSA. “A partir de então, a indústria passou a ter volumes altos e baixos de produção.

O setor convive com uma verdadeira montanha-russa. Essa variação implica em custos adicionais de movimentação de

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FOTOS ABIFER/DIVULGAÇÃO

PROPOSTA Renovação total da frota poderá ser feita em seis anos

mão de obra. Ora é preciso desfazer de colaboradores, ora é necessário contratar.”

A estratégia da Abifer com o chamado Plano de Renovação Geral da Frota de Vagões e Locomotivas é permitir que a indústria ferroviária tenha condições de planejar adequadamente as operações. “Foi pro-

posto à ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) uma solução para previsões e planejamento, de forma que a indústria tenha uma previsibilidade para não ter movimentos tão drásticos de mão de obra”, diz Abate.

Dessa maneira, declara, será possível fabricar quantidades di-

ferentes de vagões e locomotivas, ano a ano, sem tantas variações operacionais.

A ANTF está atuando com a Abifer no diálogo com o governo para viabilizar o projeto. Por ainda estar sendo estudado pelo Ministério dos Transportes, informações sobre a implantação do programa e outros detalhes só

serão divulgados quando a Abifer tiver um posicionamento oficial por parte do governo.

O país conta hoje com 104 mil vagões e 3.200 locomotivas, sendo que 40% deles são considerados obsoletos. Esse montante será substituído por novos equipamentos, de acordo com a proposta da Abifer. Conforme a entidade, a renovação total da frota poderá ser feita em seis anos.

Segundo Abate, a ideia é que as concessionárias, ao invés de pagar pelo arrendamento dos vagões e locomotivas ao Tesouro Nacional sem amortização, arquem pela renovação dos equipamentos.

Ele destaca que, hoje, o transporte ferroviário de cargas do Brasil tem necessidade de investir em 18 mil novos vagões com maior volume de carga e melhor eficiência e em 600 novas locomotivas. Os novos equipamentos disponíveis no mercado apresentam, segundo o dirigente, 40% mais eficiência e produtividade com relação aos antigos. “Em seis anos, atendendo a essa demanda, a indústria vai fabricar 3.000 vagões e 100 locomotivas anuais. As concessionárias vão arcar com a reno-

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HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA FERROVIÁRIA Vagões de carga (unidades) 5.616

6.000

5.118

5.000

vação, pagando em nome do governo, e os fabricantes podem contar com uma produção linear dentro desse período.”

O dirigente diz que, por conta da concessão, os equipamentos retornam ao governo ao fim dos contratos. “Esses convênios podem ser prorrogados. O fato é que esse patrimônio é do governo, e o setor vai revitalizar um espólio federal, por isso, o ganho é de todos.”

Os 40% de vagões e locomotivas obsoletos serão sucateados. “Não adianta pensar em reaproveitá-los, pois são ineficientes. Se o Brasil tivesse mercado secundário, como nos EUA e no Canadá, com ferrovias de menor extensão, alimentadoras das principais malhas, os equipamentos poderiam ser reutilizados”, afirma Abate.

De acordo com ele, o produto dessa sucata será absorvido por todo o setor, em diversos segmentos, como fundições de aço para produção de novos componentes. “A cadeia produtiva se movimenta totalmente, e os fabricantes de componentes também vão contar com uma demanda linear.”

A fabricante de vagões Randon é uma das associadas da Abifer que vem participando das ne-

4.000

3.668

3.500* 3.261

3.000

2.918

2.000

2.280

1.000 0

1.327 2006 2007

1.022 2007 2009

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Locomotivas (unidades) 113

120 100

83

80

68

60

70

40 20 0

30

60*

30

14 22

2006 2007 2007 2009

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2011

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*Expectativa Fonte: Abifer

gociações com o governo para tornar o plano exequível.

Noberto Fabris, diretor corporativo da companhia, afirma que o país ganha com equipamentos mais modernos e produtivos. “Os vagões obsoletos sob concessão das empresas do transporte ferroviário de cargas conseguem transportar 80 toneladas. Hoje, existem no mercado carros com capacidade de transporte para 120 e 130 toneladas. Além disso,

locomotivas modernas trazem uma importante redução no consumo de combustível, o que significa menos impacto ambiental.”

Fabris destaca que o chamado custo Brasil (conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no país), que engloba também o custo do transporte, é um grande gargalo na logística nacional. “Trata-se de um ônus muito pesado. Com a renovação,

o setor ferroviário vai conseguir um transporte mais eficaz e com custo mais baixo.”

Para o executivo, o plano é vital para que a indústria tenha fôlego para atender toda a cadeia.

“O mercado ferroviário não tem uma constância de produção. É uma equação complicada, pois a variação com relação à mão de obra encarece os equipamentos.”

De acordo com Fabris, a proposta da Abifer vai ajudar o setor

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BENEFÍCIOS Equipamentos novos representam redução no consumo de combustível

e toda a cadeia de bens da área ferroviária com encomendas constantes e planejadas.

O segmento também se preocupa com os novos investimentos em ferrovias. Segundo a Associação Contas Abertas, entidade da sociedade civil que fomenta a fiscalização das contas públicas, apenas 25% das obras previstas em ferrovias pelo PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) foram concluídas.

Estão no pacote de investimentos obras da FNS (Ferrovia Norte-Sul), da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), da Ferronorte e da Transnordestina.

O Ministério dos Transportes, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que as dificuldades de execução das obras estão ligadas principalmente às desapropriações e licenças ambientais. Ainda de acordo com a pasta, essas ad-

versidades são comuns em empreendimentos da dimensão das obras ferroviárias previstas, mas confirma que elas não inviabilizam o andamento das intervenções.

Segundo a assessoria, as obras da FNS avançam na extensão entre Ouro Verde (GO) e Estrela D’Oeste (SP) e outros trechos possuem Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental concluídos ou

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em andamento. A pasta destaca ainda que, em 2013, foi inaugurado o trecho Alto AraguaiaRondonópolis, da Ferronorte, no Mato Grosso.

Abate, da Abifer, afirma que, além das obras do PAC 2, o setor espera que os investimentos previstos no PIL (Programa de Investimentos em Logística), lançado pelo governo federal, em 2012, ganhem celeridade. O programa prevê investimentos de R$ 99,6 bilhões em construção e melhoramentos de 11 mil quilômetros de linhas férreas.

“O governo não pode ter receio de colocar a proposta em prática. Alguns dos investimentos e concessões previstos para os modais aéreo e rodoviário já foram realizados. O plano é atrativo para o mercado e de fundamental importância para a infraestrutura do país.”

De acordo com o Ministério dos Transportes, o TCU (Tribunal de Contas da União) deu aval para que o processo de concessão ferroviária, por meio do PIL, fosse iniciado. Segundo a pasta, a iniciativa privada analisa a viabilidade de previsão de investimentos para que, em seguida, as concessões do programa sejam estreadas. l

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ENERGIA LIMPA

Uma Copa mais verde Durante a realização da Copa do Mundo no Brasil, 200 voos da companhia Gol usaram biocombustível POR

a Copa da Mundo, os céus do Brasil ficaram mais verdes. Durante o Mundial, 200 voos realizados pela companhia aérea patrocinadora oficial do torneio utilizaram o biodiesel para voar. A Gol realizou em 4 de junho o primeiro trecho com mistura de bioquerosene em seu combustível.

O voo partiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Brasília (Aeroporto Juscelino Kubitschek) e

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KÁTIA MAIA

assim ocorreu em outros destinos, ligando as cidades-sede durante o Mundial. Cada aeronave foi abastecida com uma mistura de 4% de ICO (óleo de milho não comestível proveniente da produção de etanol de milho) e OGR (óleos e gorduras residuais).

“Essa é a segunda maior campanha mundial em voos com biocombustível. A Lufthansa tem mais de mil voos em sua contagem. Nós (da Gol), com es-

sa campanha, vamos ser a segunda empresa. E mais uma vez a gente está reforçando a plataforma nacional de bioquerosene para os parceiros, para a sociedade e para o meio internacional, pois temos toda a capacidade de ser o bioprecursor no país”, explicou Pedro Scorza, diretor técnico operacional da Gol. Placar favorável O primeiro voo foi comemorado com uma solenidade de

assinatura de protocolos para fortalecer os esforços do governo federal e da iniciativa privada para a implementação do Programa Brasileiro de Bioquerosene. O evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e de representantes parceiros, como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Boeing, BR Aviation e Ubrabio

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GOL/DIVULGAÇÃO

INÍCIO A Gol realizou o primeiro trecho com mistura de bioquerosene em seu combustível em 4 de junho

(União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene).

Segundo a ministra, com os voos verdes da Copa, o Brasil sai na frente no placar da sustentabilidade. “Marcamos um golaço porque os voos oficiais da Copa vão ter essa tecnologia da Petrobras Aviação, juntamente com a produção de agricultura familiar e com o certificado de produção internacional. Quer dizer, dialoga com a certificação internacional das empresas aéreas, que estão

trabalhando o desafio da mudança do clima”, afirmou.

Ganho social A parceria com o BID vem justamente reforçar esse aspecto social que a produção do biodiesel traz para o país. José Ramon, especialista em energia do BID, explica que um dos objetivos da instituição é a luta pelo desenvolvimento sustentável das populações. “Consideramos que a iniciativa dos biocombus-

tíveis sustentáveis está ligada muito estreitamente ao combate à pobreza porque, com o desenvolvimento industrial e com a tecnologia da indústria da aviação, até o pequeno produtor pode participar dessa cadeia produtiva”, disse.

Aliado a tudo isso está o compromisso das empresas aéreas firmado com a Organização de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês) em reduzir as emissões

de CO2 pela metade até 2050.

Os 200 voos durante a Copa do Mundo utilizarão 2 milhões de litros de mistura de biocombustível, evitando a emissão de aproximadamente 218 toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou 217.809 kg de gás carbônico.

Essa economia representa a absorção de CO2 de 1.335 árvores da Mata Atlântica.

“Na realidade, a gente tem uma meta em que, a partir de 2015, 1% de todo o nosso combustível utilizado seja o biocombustível”, disse Sergio Quito, diretor executivo de operação da Gol. A viabilização do biocombustível na aviação brasileira, no entanto, depende ainda de parcerias com os governos estaduais visando a desoneração parcial ou total do ICMS que incide sobre o produto, uma medida que compensaria a diferença de preço existente em relação ao combustível de origem fóssil. “O biodiesel já é um fato técnico, ele ainda não é um fato econômico porque é mais caro do que o combustível fóssil. Convênios como esse ampliam e melhoram condições para torná-lo um fato econômico”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. l

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TRANSPOAMAZÔNIA

Mais investimento no

transporte fluvial Congresso em Manaus debate entraves e soluções para melhorar o escoamento da produção brasileira e também o transporte de passageiros; feira apresenta novidades POR

potencialização do escoamento de produtos das safras agrícolas pela região Norte, a necessidade de se investir em pontos estratégicos da infraestrutura hidroviária brasileira e de reduzir a excessiva burocracia foram alguns temas importantes em debate durante a 2ª TranspoAmazônia (Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística), que aconteceu em Manaus (AM), no fim do mês de maio.

O Brasil possui vocação natural

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CYNTHIA CASTRO

para o escoamento de sua produção via transporte fluvial. Entretanto, a participação na matriz ainda é muito reduzida, representando apenas 7% da carga transportada no país. A região hidrográfica Amazônica possui a maior rede fluvial do mundo. São mais de 18 mil quilômetros de extensão de vias navegáveis e 724 km potencialmente navegáveis, conforme informações da Pesquisa CNT da Navegação Interior 2013.

Entretanto, é preciso investir mais no transporte pelos rios da

região. O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Paulo Passos, reconheceu, durante o evento em Manaus, que “a alegação de que o Brasil não utiliza adequadamente as suas hidrovias é procedente”. Entretanto, ele disse que é preciso contextualizar, considerando as mudanças que têm ocorrido nas zonas de produção do país.

“Durante muitas décadas, a atividade econômica estava concentrada em áreas que não tinham necessariamente um grau de co-

nectividade com a malha de hidrovias que nós dispomos. Eram as áreas mais dinâmicas do país – o Sul, o Sudeste. Agora, verificamos uma mudança na dimensão espacial da atividade econômica”, disse Passos.

Segundo ele, o crescimento vertiginoso da produção de grãos no Centro-Oeste tem reforçado a necessidade de se investir em hidrovias. Ele afirma ainda que essa é uma prioridade do governo. “A produção tem ganhado dimensões expressivas no Tocantins, no

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CYNTHIA CASTRO

ACESSO Ponte sobre o rio Negro liga Manaus ao município de Iranduba

PASSAGEIROS Transporte fluvial atende moradores e turistas

TRANSPORTES BERTOLINI/DIVULGAÇÃO

CARGAS Balsas saem de Manaus em direção a Belém

sudoeste do Pará, no Piauí, no Maranhão e no oeste da Bahia. Isso impõe uma necessidade de novas respostas para novos desafios econômicos”, disse Passos.

A TranspoAmazônia foi realizada pela Fetramaz (Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia). De acordo com o presidente da entidade, Irani Bertolini, o objetivo dos três dias do encontro e da feira foi estudar o que é necessário para o maior desenvolvimento do transporte e da logís-

tica nessa região com características tão peculiares, sempre com foco na intermodalidade. “Queremos consolidar a troca de experiências com profissionais de todas as áreas do transporte e junto às autoridades competentes do setor”, afirmou Bertolini.

O vice-presidente da Fetramaz, Antônio Rodrigues Júnior, reforçou a ideia da intermodalidade, dizendo que na região Norte há todos os modais de transporte, e não somente o aquaviário. “Temos vários modais na Amazônia –

REGIÃO HIDROGRÁFICA AMAZÔNICA · Principais rios: Amazonas, Solimões, Negro, Purus, Branco, Madeira, Tapajós, Acre, Juruá, Xingu, Jari e Trombetas · Possui a maior rede hidroviária do mundo: 18.300 km de extensão de vias navegáveis e 724 km de vias potencialmente navegáveis · Possui a maior área do território nacional: 45%, abrangendo Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima

Fonte: Pesquisa CNT da Navegação Interior 2013

o aéreo, o terrestre, o rodoviário.

No Pará, tem o ferroviário. Precisamos integrar esse transporte. E também é preciso integrar o trabalho de quem atua nessa região.” Rodrigues citou a necessidade de se investir mais em infraestrutura portuária dos Estados e destacou o porto de Santarém, no Pará, que precisa de melhorias para atender à demanda.

O presidente da Fenavega (Fe-

deração Nacional das Empresas de Navegação Marítima, Fluvial, Lacustre e de Tráfego Portuário), Raimundo Holanda, também fez questão de ressaltar que as ações precisam caminhar para a promoção da integração modal na região Amazônica. “Não existe na Amazônia, e no Brasil, um transporte rodoviário forte sem navegação. E também não há navegação sem um rodoviário que funcione. A in-

tegração de modais é fundamental”, disse Holanda.

Ele citou o problema do rio Madeira, que precisa de dragagem, sinalização, entre outras medidas.

O presidente da Fenavega destacou ainda que não há no Brasil uma hidrovia de verdade. O que existe, segundo ele, são rios navegáveis, mas essa situação precisa mudar. “O Madeira apresenta condições precárias. A navegação no

Tietê está parada porque não houve dragagem. No São Francisco, também está parada.”

Mão de obra A necessidade de se formar mais profissionais para a atuação no transporte fluvial brasileiro e a importância de proporcionar melhorias ao transporte misto de passageiros na região Amazônica foram alguns temas

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FOTOS CYNTHIA CASTRO

DEBATE TranspoAmazônia reuniu milhares de pessoas, em Manaus, durante congresso e feira

MOBILIZAÇÃO Estande da CNT e do Sest Senat promoveu palestras

DESPOLUIR Durante a TranspoAmazônia, também foi realizado, em Manaus, o encontro anual da equipe do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, desenvolvido pela CNT desde 2007. Cerca de 50 coordenadores e técnicos se reuniram com o objetivo de trocar informações sobre os projetos em andamento e sobre os novos rumos do programa, como a priorização de medidas voltadas para a promoção da eficiência energética dos veículos pesados. O Despoluir está renovando seus equipamentos e também os veículos usados nas aferições.

debatidos durante o congresso em Manaus.

O painel Transporte Fluvial na Região Amazônica foi mediado pelo secretário-geral da CIT (Câmara Interamericana de Transportes), Paulo Vicente Caleffi, que destacou a carência de pelo menos três categorias de profissionais para atuarem no comando das embarcações: mestre, piloto e capitão. Além de o número existente não atender totalmente à demanda do transporte aquaviário brasileiro, muitos que estão se formando vão trabalhar nas operações do pré-sal, não atendendo à navegação interior.

O professor Hito Braga de Moraes, da UFPA (Universidade Federal do Pará), abordou os problemas que envolvem o transporte misto de passageiros e cargas na região Amazônica. Esse é o transporte que atende à população ribeirinha, levando na mesma embarcação os produtos para o consumo dessa população do interior do Estado do Amazonas.

Segundo o professor, esse transporte precisa de uma atenção

do poder público para que possa oferecer maior qualidade. “Estamos transportando passageiros de uma forma muito ruim e alguma coisa precisa ser feita. Apesar desse transporte misto não gerar tantos recursos como o transporte maior de cargas, ele tem uma função social muito grande”, disse o professor. Moraes ressaltou ainda que 80% dos terminais da região não são adequados.

A TranspoAmazônia abordou outros diversos temas que são importantes para melhorar a qualidade do transporte aquaviário no Brasil, como a necessidade de construção de eclusas, de se combater os crimes ambientais, questões referentes a hidrovias internacionais, entre outras.

Leia nas páginas a seguir mais textos sobre o evento e sobre o transporte na região Norte. Durante a TranspoAmazônia, a CNT Transporte Atual conheceu as instalações de uma empresa que opera o transporte rodoviário e aquaviário entre a região Norte e outras do país.

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DIFICULDADE

Burocracia em excesso prejudica investimentos em transporte

TRANSPOAMAZÔNIA/DIVULGAÇÃO

burocracia no setor de transporte no Brasil, com o excesso de órgãos e de procedimentos que precisam ser mais eficientes, dificulta a concretização dos investimentos, contribuindo para que a infraestrutura não evolua da forma que o país necessita. Esse foi um dos assuntos debatidos na TranspoAmazônia, durante o painel Investimento em Infraestrutura de Transporte, mediado pelo diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

Ao fim das discussões, ele destacou que tanto governo quanto iniciativa privada sabem quais são as dificuldades e os gargalos do transporte. Entretanto, os processos são muito lentos e é necessário oferecer maior agilidade aos projetos. “O governo precisa avaliar qual a melhor forma de destravar esses problemas - como reduzir a burocracia e como minimizar o tempo de investimento dos recursos”, disse Bruno Batista.

A importância do planejamento de longo prazo e a necessidade de que ele ocorra de forma continuada foi destacada pelo ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, que é consultor do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul). “O problema da demora em relação ao investimento está

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ligado à dispersão de recursos e à falta de continuidade. Se gastar tempo para projetar, se houver planejamento, a execução ocorre rapidamente.”

Segundo o diretor de infraestrutura aquaviária do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Valter Casemiro, entre 2015 e 2018, devem ser investidos cerca de R$ 3,3 bilhões em hidrovias. O maior aporte de recursos é para o corredor Tietê (R$ 1,78 bilhão). As obras englobam dragagem, sinalização, balizamento e outras intervenções.

Conforme Casemiro, algumas dificuldades são a falta de projetos e de licenciamento ambiental, restrições no modelo institucional de gestão das hidrovias e poucos profissionais e empresas atuando na execução da infraestrutura hidroviária.

A importância do investimento nas hidrovias e também da navegação de cabotagem foram ressaltadas pelo consultor técnico para assuntos de logística e infraestrutura da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Luiz Antônio Fayet.

O presidente da EPL, Paulo Passos, reconheceu que o Brasil ainda precisa melhorar muito sua infraestrutura. “Temos uma rede que está aquém do que seria razoável quando pensamos no país com dimensões continentais. Temos uma qualidade inferior à que precisamos.”

DESAFIOS Painel debate entraves e investimentos

BR-163 precisa ser concluída A maior agilidade na pavimentação da BR-163, entre Guarantã do Norte, no Mato Grosso, e Santarém, no Pará, foi cobrada pelos participantes da TranspoAmazônia. Segundo o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), dos 1.064 km, incluindo o acesso a Miritituba, faltam cerca de 680 km a serem pavimentados. Até o final dete ano, a previsão do Dnit é concluir 427 km e até o final de 2015, 262 km, conforme informações da assessoria de imprensa.

O ex-diretor geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que participou da TranspoAmazônia, destacou que a BR-163 é um

eixo estruturante que vai contribuir para o melhor escoamento de grande parte do fluxo do agronegócio.

“Também permitirá que o polo industrial de Manaus seja mais competitivo. Serão dois dias a menos no trajeto, proporcionando redução de custos”, disse Pagot.

Uma das diretoras da Transportes Bertolini, Leda Moras Casonatto, ressaltou que o Amazonas precisa encurtar suas distâncias rodoviárias e que a pavimentação da BR-163 terá esse papel. “É preciso estruturar melhor essa rodovia para que ela possa receber o grande volume de caminhões.”

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INOVAÇÃO

Dirigível é construído para atuar transportando cargas ma inovação exposta na 2ª TranspoAmazônia chamou a atenção dos visitantes. O modelo de dirigível ADB-3-30 foi apresentado pela Airship do Brasil Indústria Aeronáutica. A proposta é usar esse meio de transporte para levar cargas entre diferentes Estados e também ao interior da região Amazônica.

Na feira, foi exposto um modelo em escala de 1 por 10, em relação ao que está sendo construído, há cerca de um ano e meio, em São Carlos (SP). Até o fim de 2015 ou início de 2016, deve ficar pronta essa primeira unidade, e a expectativa é que o processo de homologação ocorra dois anos depois, em 2017. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está acompanhando o desenvolvimento, o que deve dar mais agilidade aos trâmites necessários.

O ADB-3-30 tem capacidade para transportar de 30 a 52 toneladas e pode voar com uma velocidade de cruzeiro de 125 km/h a cerca de 1.200 pés (400 metros). A empresa não informou o valor total que está sendo investido no desenvolvimento, mas há um financiamento de R$ 110 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Uma das principais vantagens, segundo o diretor de re-

CYNTHIA CASTRO

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NOVIDADE Modelo em escala foi apresentado durante feira em Manaus (AM)

lações estratégicas e institucionais da Airship do Brasil, Marcelo Felippes, é que o dirigível permite aumentar o volume das cargas transportadas, desde que seja mantido o peso máximo. Conforme Felippes, ele não é um meio para se transportar grãos ou carvão mineral, mas sim para levar produtos de alto valor agregado. Segundo Felippes, futuramente, poderá se pensar em 125 toneladas de carga e depois em 250 toneladas. “Ele tem tecnologia de ponta, mas que se baseia em modelos de mais de cem anos, como o velho zepelim.”

O dirigível é movido a óleo diesel e no seu interior há gás hélio. São quatro motores a diesel e um motor elétrico.

Nesse primeiro modelo, está sendo pensada uma operação entre Manaus e Goiânia em 23 horas de viagem. A tripulação terá três pessoas: dois pilotos e um mestre de cargas. Quando o dirigível chegar ao local de destino, também será necessário haver pessoas em terra para oferecer apoio, ajudando na aterrissagem e na retirada das cargas.

Outra vantagem apresentada é que o dirigível não precisa de pista de pouso. Há

projetos em desenvolvimento de balsas para se fazer a operação de carga e descarga.

Felippes disse ainda que haverá um trabalho conjunto com o Exército para atender à população do interior da Amazônia, especialmente na fronteira - não somente em relação aos produtos básicos para a sobrevivência, mas também para oferecer apoio médico e educacional. A Airship é especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar aeronaves e soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air – LTA).

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MERCADO

Estaleiro vai triplicar a capacidade produtiva em Manaus construção naval na bacia Amazônica está crescendo e ficando mais profissionalizada e tecnológica nos últimos anos. Um dos principais estaleiros instalados em Manaus, o Beconal (Bertolini Construção Naval) está se programando para triplicar a capacidade de produção até o fim deste ano.

Em 2013, poderiam ser processadas até 450 toneladas de aço por mês, o que significa, em média, um volume correspondente à produção de 15 barcaças ou balsas por ano (essa é uma referência, pois também são produzidos empurradores no estaleiro). Nesses primeiros meses de 2014, a capacidade de produção já subiu para 900 toneladas de aço/mês, e a meta é chegar a 1.500 até dezembro, o que corresponde a cerca de 50 barcaças por ano.

“A demanda está aumentando no transporte fluvial. Há muitas empresas começando a entrar nessa área”, disse o engenheiro Flávio Silveira, gerente industrial da Beconal. Os trabalhos do estaleiro tiveram início em 2006, com a missão de atender a uma demanda reprimida da empresa TBL (Transportes Bertolini). A operadora logística, que atua em todo o Brasil, sentia a necessidade de aumentar a utilização do transporte fluvial entre as cidades de Manaus e Belém.

FOTOS CYNTHIA CASTRO

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PRODUÇÃO Soldadores trabalham na fabricação de barcaças às margens do rio Negro

Mas o estaleiro ampliou suas atividades e passou a atender também os pedidos externos. O gerente industrial comenta que Manaus é como se fosse uma ilha, mas cercada por florestas. “As vias de acesso são os rios da região. E precisávamos desse transporte fluvial até Belém, onde os produtos passam a ser transportados pelas rodovias.”

O mercado de construção de embarcações está crescendo no país e, no caso do transporte sobre os rios da Amazônia, tende a haver maior demanda porque, conforme destacou Silveira, está ocorrendo uma inversão na direção do escoamento das safras agríco-

DEMANDA Procura tem aumentado na região

las. “Há uma tendência de que a produção da fronteira agrícola norte brasileira - principalmente dos Estados de Mato Grosso, Tocantins, Pará e Ron-

dônia - seja escoada pela bacia do Amazonas, e não pelos portos do Sul e do Sudeste (como Paranaguá, no Paraná, e Santos, em São Paulo).”

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SISTEMA

Ro-Ro Caboclo transporta 560 carretas carregadas por dia CYNTHIA CASTRO

reportagem da CNT Transporte Atual visitou um ponto de saída e chegada de produtos em Manaus, onde funciona o sistema conhecido na região como Ro-Ro Caboclo – no qual as cargas são transportadas em balsas, dentro de carretas desacopladas do cavalo mecânico. O nome trata-se, na realidade, de uma abreviação de roll on roll off, e a palavra caboclo é em homenagem às pessoas da região amazônica.

Diariamente, há um movimento em Manaus de cerca de 560 carretas (280 chegando e 280 saindo) por esse sistema, segundo informações do Setcam (Sindicato das Empresas de Agenciamento, Logística e Transporte Aéreo e Rodoviário de Cargas do Estado do Amazonas). São 78 transportadoras operando regularmente na cidade.

Segundo o primeiro-secretário do sindicato, Augusto Neto, cerca de 80% das cargas do Ro-Ro Caboclo chegam a Manaus vindas de Belém, no Pará, pelo rio Amazonas. Mas há um percentual que vem pelos rios Madeira e Amazonas, saindo de Porto Velho, em Rondônia.

Usando o exemplo de Belém, as carretas saem carregadas das outras regiões do

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país e seguem por rodovia em direção à região Norte. Na capital do Pará, esses veículos estacionam em cima da balsa.

O cavalo-mecânico é desacoplado e somente a carreta fica na balsa. Cada balsa leva, em média, 35 carretas.

São cinco dias e meio de viagem de Belém a Manaus.

Chegando à capital amazonense, a primeira medida é obter a liberação da Secretaria de Estado da Fazenda e da Superintendência da Zona Franca de Manaus. Depois da liberação, outros cavalos mecânicos engatam nessas carretas para retirá-las da balsa e fazer a distribuição dos produtos.

Enquanto isso, outras carretas saem carregadas nas balsas, levando os produtos da Zona Franca até Belém. Na volta, a viagem é mais rápida e dura três dias e meio. Pelo menos 60% dos produtos que chegam e saem de Manaus são transportados pelo Ro-Ro Caboclo, conforme o Setcam. O restante usa outros meios, como cabotagem e aéreo.

O gerente comercial da unidade matriz da Transportes Berlolini, Rogério Hoenicke, comentou que Manaus precisa comprar quase tudo do restante do Brasil: confecção, calçado, matéria-prima

TRANSPORTE Carretas são retiradas de balsa em Manaus TRANSPORTES BERTOLINI/DIVULGAÇÃO

PROPOSTA Embarcação leva carretas sem os cavalos mecânicos CYNTHIA CASTRO

para o distrito industrial, peças, gêneros alimentícios. “ De Manaus, sai o que é produzido no polo industrial, como eletroeletrônicos em geral. E tem também o polo de duas rodas.”

A Transportes Bertolini transporta outros produtos, como as motocicletas, em outro tipo de balsa, diferente do sistema Ro-Ro Caboclo. A balsa SW, ou balsa baú, é uma espécie de armazém flutuante, todo fechado. As motoci-

SW Motos são retiradas de caminhão para serem colocadas em balsa

cletas são colocadas dentro dela em racks de metal. Cada balsa SW leva cerca de 4.900 motocicletas.

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BRASIL

Livro retrata vida da população ribeirinha da região amazônica

ARQUIVO PESSOAL

urante a abertura da TranspoAmazônia, foi lançado o livro “Amazônia – Estradas d’água”, do jornalista e fotógrafo Fabiano Mazzotti e da escritora Marli Tasca Marangoni, nascidos no Rio Grande do Sul. Em quase 200 páginas, há fotografias de diferentes momentos da vida da população ribeirinha, dos rios e da fauna e flora da região. A publicação tem tradução para o inglês e para o espanhol e teve o apoio da CIT, entre outros parceiros.

“Esse não é um livro técnico. É um livro de arte que faz uso da fotografia e da literatura para tentar transmitir a mensagem dos rios da Amazônia, que tornam essa região Norte um lugar tão singular”, disse Mazzotti. Ele fez questão de ressaltar que “os ribeirinhos não devem ser brasileiros esquecidos”.

Foi um ano de trabalho, com três viagens em diferentes períodos, totalizando 180 dias. De acordo com Mazzotti, a proposta era fugir da ideia de mostrar somente fauna e flora para abordar também a vida das pessoas. O transporte e o lazer são partes importantes da proposta do livro.

Depois dessa experiência, Mazzotti conta que houve uma mudança nos seus valores pessoais em relação à região. “Geralmente, conhece-

D

REENCONTRO O fotógrafo Fabiano Mazzotti com alguns personagens após publicação do livro

mos a Amazônia pelo clichê mata e animais. Nós esquecemos do modo de vida das pessoas, que são adoráveis, vivem em uma simplicidade enorme e isso as torna mais especiais. Muitas vezes, chegamos lá e criticamos a forma que todos dormem e vivem.

Mas essa é a forma deles. Não há certo ou errado. E há um grande desconhecimento do Brasil em relação a essas pessoas que são adoráveis exatamente pela pureza como seres humanos”, disse o autor.

O lazer, como um banho no rio e um jogo de futebol, é revelado pelas imagens do livro. Conforme Mazzotti, “há situações

que passam despercebidas nas zonas urbanas, onde as pessoas criam outras necessidades e se esquecem de valorizar momentos simples”. Para ele, a fotografia mais significativa mostra dois meninos tomando banho no rio e brincando. “Eles estão se jogando na água, com as escovas de dente ao lado, para se prepararem para ir à escola. A imagem mostra uma maneira verdadeira e bonita da vida deles. Eu estava ali fotografando, e os meninos não se preocuparam nem um pouco. Continuaram tomando banho e se divertindo.”

Depois do lançamento do livro, Mazzotti retornou a alguns locais para entregar a publicação

aos moradores/personagens.

“Foi muito legal a experiência de mostrar o livro no qual eles aparecem. Parece algo tão distante da realidade deles.” l

Livro: Amazônia – Estradas d´água Preço: R$ 90 Onde comprar: Livraria Saraiva (www.livrariasaraiva.com.br)

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FOTOS FABIANO MAZZOTTI/LIVRO AMAZÔNIA – ESTRADAS D´ÁGUA

Fauna Caboclo puxa para dentro da canoa um pirarucu, peixe que pode atingir 3 m de comprimento e pesar 200 kg

Diversão Jogar bola é uma das atividades preferidas dos ribeirinhos; momento reúne homens e mulheres, crianças e adultos

Pesca Uma das diferentes formas de pesca na Amazônia é a de tarrafa, que acontece quando os rios estão baixos

Escolha Foto preferida do fotógrafo Fabiano Mazzotti; enquanto tomam banho ou escovam os dentes, crianças aproveitam para se divertir no rio

Rio Negro Rabeta (espécie de barco) no rio Negro, o mais extenso rio de água negra do planeta, com 1.700 km de comprimento

Beleza Rios da região amazônica formam desenhos na floresta e são como estradas ligando diferentes regiões

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AVIAÇÃO

POR

LETICIA SIMÕES

inas Gerais está estruturando um Complexo Aeroespacial que pode oferecer ao Brasil um novo polo para a indústria aeronáutica, hoje concentrado no interior de São Paulo. Com laboratórios de experimentos aeroespaciais e produção de novas aeronaves, o projeto envolve o governo do Estado, universidades federais instaladas em Minas, prefeituras e a iniciativa privada.

O complexo aeroespacial mineiro está espalhado por cinco municípios (Lagoa Santa, Itajubá, Tupaciguara, Uberaba e Diamantina), além de Confins, na RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte), onde está instalado o Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Narcio Rodrigues, afirma que a ideia vem sendo discutida há 12 anos, mas a estruturação efetiva do projeto começou há quatro. “Foi contratada uma consultoria de Cingapura, que qualificou a região do aeroporto de Confins para sediar um grande empreendimento, que é a Aerotrópolis, primeiro do tipo no Cone Sul e principal âncora para o conceito do Complexo Aeroespacial do Estado.”

O conceito de aerotrópolis

M

Pronto pa Novo Complexo Aeroespacial vai oferecer ao

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ra decolar país um polo para a indústria aeronáutica brasileira

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consiste em desenvolver a área no entorno de um aeroporto para alavancar a economia da região. O projeto mineiro pretende transformar a região do aeroporto Tancredo Neves, que já integra indústria, cidade e aeroporto, em uma plataforma logística de excelência.

Rodrigues explica que as demais propostas do projeto foram surgindo a partir das discussões sobre a reestruturação do aeroporto de Confins. “Nasceu um arranjo muito mais amplo que o inicial”, diz o secretário.

Segundo ele, a Embraer aceitou o convite para criar seu Centro de Formação Aeroespacial em Lagoa Santa, na RMBH. A também brasileira Axis Aeroespacial deslocou sua empresa para Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, onde vai desenvolver a aeronave civil Tupã.

Surgiu, então, a perspectiva de instalar na cidade um Laboratório de Prototipagem de Aeronaves e um Centro de Experimentos Aeroespaciais, uma parceria entre a Axis e o IEAv (Instituto de Estudos Avançados do Comando da Aeronáutica).

Na planta da Helibras, sediada há 36 anos em Itajubá, no sul mineiro, serão desenvolvidas novas tecnologias para produção de asas rotativas.

De acordo com a Secretaria

JATOS

Busca pela excelência com tecnologia Desde que o governo federal anunciou a aquisição das 36 unidades dos jatos multimissão Gripen NG, da fabricante sueca Saab, criou-se uma expectativa quanto à mudança de cenário para a indústria aeroespacial no país. O acordo firmado prevê também a transferência de tecnologia entre o Brasil e os engenheiros da Suécia.

O contrato deve ser assinado somente em dezembro deste ano, e a maior parte dos detalhes é mantida em sigilo. Alguns aspectos já vêm sendo delineados entre equipes da Saab e da FAB (Força Aérea Brasileira).

A FAB, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que o programa de transferência tecnológica garante total envolvimento em desenvolvimentos futuros e maximiza a autonomia industrial do Brasil por meio da troca de competências avançadas e diferenciadas.

De acordo com a FAB, o compromisso inclui a opção de fabricar peças e conjuntos do Gripen NG, bem como a montagem final da aeronave no Brasil. A FAB afirma ainda que a tecnologia desenvolvida no Brasil não será produzida em nenhum outro lugar do mundo, o que significa que os sistemas feitos no país serão incorporados em todos os novos caças Gripen fabricados.

Caberá ao Brasil desenvolver 40% dos componentes da aeronave. A FAB será

responsável pela coordenação entre a Saab e as empresas brasileiras que vão participar do projeto. A instituição vai verificar a tecnologia que será transferida e o levantamento das indústrias que têm condições de absorver e atender as exigências que serão estabelecidas nos contratos.

Fernando Martini Catalano, engenheiro mecânico e chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia da USP de São Carlos, afirma que a opção pela produção conjunta do Gripen NG é um ganho para o setor aeroespacial brasileiro.

“Desde que bem planejada, essa transferência tecnológica pode envolver a participação de centros de pesquisa para o desenvolvimento dos componentes da aeronave. A cessão de conhecimento para outras entidades é sempre muito positiva e importante.”

Para o vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern, um dos aspectos-chave da inovação na indústria aeroespacial é estar na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias de ponta. “A indústria aeronáutica faz parte de um ambiente altamente competitivo, com demanda intensiva por tecnologia e inovação.”

Segundo ele, a realidade do setor aeronáutico, em âmbito mundial, exige produtos no estado da arte da

tecnologia para que as empresas possam se manter competitivas e gerando empregos. “Poucos fornecedores em todo o mundo estão aptos a prover muitos dos componentes e peças com as especificações necessárias para tais produtos, o que faz com que as cadeias sejam globalizadas.”

Eduardo Marson, presidente da Helibras, afirma que o Brasil já possui uma malha aeronáutica e empresas capacitadas para atender às necessidades atuais.

Mas admite que as exigências de um mercado tão complexo quanto o aeronáutico são cada dia maiores.

Ele destaca que somente bons programas de pesquisa e desenvolvimento, além de transferência de conhecimento e tecnologia podem tornar o mercado nacional competitivo. “Esse é o caminho para que uma empresa fabricante de peças de helicópteros no Brasil, por exemplo, possa fornecer para o mercado global produtos com a mesma tecnologia e conhecimento empregados pelas companhias internacionais.”

De acordo com a FAB, a previsão é de que os primeiros caças Gripen NG sejam entregues em 2018. As aeronaves serão aplicadas no controle do ar, defesa aérea, reconhecimento aéreo, ataques ar-solo e ar-mar. Os Gripen vão substituir os caças Mirage F-2000, que pararam de operar em dezembro do ano passado.

INOVAÇÃO Para a

de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, o governo mineiro está investindo R$ 100 milhões em um aeroporto no município, além de financiar a expansão do parque tecnológico local, que deverá abrigar companhias que atuam no setor aeroespacial.

Além da iniciativa privada, o projeto engloba as universidades federais de Itajubá, do Triângulo Mineiro, do campus Uberaba da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), de Uberlândia e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Diamantina, além da Unimon-

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INFRAERO/DIVULGAÇÃO

“Ao disseminar polos de base tecnológica, toda a indústria nacional ligada ao tema se fortalece” Embraer, o fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira é estratégico

tes (Universidade Estadual de Montes Claros).

Segundo Rodrigues, a intenção do Complexo Aeroespacial é inserir Minas Gerais no plano nacional do cluster aeroespacial brasileiro. “É estratégico para o país que haja uma descentralização das atividades aeronáuticas e aeroespaciais, com o surgimento de novos territórios para a indústria atuar.

Atualmente, esse polo se concentra em São José dos Campos (SP).”

Para o secretário, o Complexo Aeroespacial é uma iniciativa que permite a Minas Gerais exercitar a diversificação da sua economia.

“Essa ação é absolutamente ne-

cessária para tornar o Estado sustentável do ponto de vista econômico no futuro.”

Eduardo Marson, presidente da Helibras, afirma que a companhia tem procurado contribuir para a consolidação do Centro de Tecnologias do Complexo Aeroespacial mineiro. “O projeto vem sendo feito especialmente por meio de parceria acadêmica e de um trabalho intensivo de pesquisa e de desenvolvimento na área de helicópteros.”

De acordo com Marson, a empresa disponibiliza os conhecimentos já adquiridos e todo o tipo de material para os estudos do novo Centro de Tecnologia, como

MAURO KERN, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO DA EMBRAER

a doação de peças para análises, possibilidade de uso das instalações da Helibras como laboratório e uso de mecanismos de teste para avaliação de novos projetos.

“A companhia também cultiva um alinhamento constante das atuais necessidades da indústria aeronáutica de asas rotativas mundial para que os profissionais envolvidos nas pesquisas tenham diretrizes e noções das demandas do mercado”, diz o executivo. Segundo ele, por meio da Diretoria de Inovação, a Helibras vem trabalhando ativamente no desenvolvimento da base tecnológica para a iniciativa do complexo.

Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, afirma que a companhia se mobilizou para participar do projeto mineiro. “A ida da empresa para Minas Gerais tem o objetivo de explorar sinergias e oportunidades com outras empresas que estão se instalando no Estado, bem como com instituições de ensino da região.”

Ele destaca que a Embraer está instalada em Belo Horizonte desde o fim de 2011 e já emprega, aproximadamente, 130 pessoas, entre engenheiros e técnicos. “A empresa entende que sua presença contribui para a criação e consolidação de uma indústria de base tecnológica de relevância para a economia de Minas Gerais. O desenvolvimento desse novo cluster aeroespacial foi o que mais influenciou a decisão da Embraer de se instalar no Estado.”

Para Kern, o fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira é estratégico e contribui para fomentar uma nova rede de inovação. “Ao disseminar polos de base tecnológica, toda a indústria nacional ligada ao tema se fortalece competitivamente.”

O engenheiro mecânico Fernando Martini Catalano, chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia da USP de São Carlos, afirma que todo e qualquer projeto focado no setor aeroespacial deve

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SAIBA MAIS DO POLO AEROESPACIAL ABRANGÊNCIA 5 municípios envolvidos, além do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), instalado na RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) LAGOA SANTA Onde: RMBH O que: • Sede do futuro Centro de Tecnologia e Treinamento Aeroespacial, em parceria com a Embraer. A região está sendo preparada para se transformar na primeira Aerotrópolis do Cone Sul ITAJUBÁ Onde: Sul de Minas O que: • Sede do Centro Nacional de Tecnologia de Helicópteros, em parceria com a Helibras. O centro está desenvolvendo um helicóptero com tecnologia nacional, a partir de acordos articulados entre a Helibras e empresas da indústria aeronáutica que operam no setor de asas rotativas • Construção de um aeroporto e financiamento para expansão do Parque Tecnológico local que vai abrigar companhias que atuam no setor aeroespacial TUPACIGUARA Onde: Triângulo Mineiro O que: • Sede da matriz da Axis Aeroespacial, empresa que atua no desenvolvimento da aeronave civil Tupã, que terá capacidade para transportar de seis a oito passageiros. O foco são os mercados nacional e internacional • Sede do Centro Nacional de Tecnologia Aeroespacial que vai desenvolver pesquisas em conceitos avançados de propulsão com ar aspirado, como Propulsão a Laser, Aerodinâmica e Aerotermodinâmica de Altas Velocidades UBERABA Onde: Triângulo Mineiro O que: • O Centro Nacional de Tecnologia de Turbinas a Gás será estruturado como uma Organização Social para o desenvolvimento de turbinas a gás e tecnologias associadas. A organização terá seu corpo próprio de cientistas, engenheiros e técnicos, admitindo também pesquisadores associados de universidades e instituições de pesquisa nacionais e internacionais • O centro vai abrigar três laboratórios: de câmaras de combustão; de sistemas de turbinas a gás e de materiais e processos de fabricação • Após sua instalação, o centro será capaz de desenvolver tecnologias para turbo-geradores, turbo-bombas para o Programa Espacial Brasileiro, turbo-reatores e turbo-eixos para pequenas aeronaves DIAMANTINA Onde: Vale do Jequitinhonha O que: • Será criado o Centro para Biocombustíveis Aeronáuticos, que vai contar com o centro para a Manutenção de Aeronaves e um Laboratório para biocombustíveis para uso na indústria aeroespacial. Os novos investimentos serão aplicados em conjunto com a Universidade Federal dos vales do Jequitinhinha e Mucuri e o governo de Minas Fonte: Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais

MONTAGEM

privilegiar a formação de mão de obra.

Por esse motivo, ele acredita que o intercâmbio proposto pelo projeto que estimula ações entre indústria e universidades tende a alcançar o êxito esperado. “A área aeroespacial deve contar com profissionais locais capacitados.

Do contrário, o setor tem de importar pessoas e, o que a rigor seria uma solução temporária, passa a ser rotineira. A formação de mão de obra é imprescindível para os projetos do setor no Brasil.”

Para Catalano, o Complexo Aeroespacial mineiro surge para apoiar as iniciativas já existen-

tes no país. “Empresas que vêm para o Brasil vão encontrar outras opções de investimentos fora de São José dos Campos. Muitas companhias já instaladas no polo paulista ou no restante do país estão voltadas para a Embraer, e um pool de empresas que ofereça outras opções é inovador para a cadeia.”

Paolo Gessini, engenheiro aeroespacial e coordenador do curso de Engenharia Espacial da UnB (Universidade de Brasília), diz que o plano aeroespacial de Minas Gerais vai incrementar um setor que já é crescente no país.

“A área espacial vai ascender nos

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HELIBRAS/DIVULGAÇÃO

“Quanto mais esforço para desenvolver o segmento, mais avanços o país terá” Cablagem (instalação de cabos) na planta da Helibras em Itajubá

próximos anos com o desenvolvimento dos cursos específicos nas universidades e com as indústrias colaborando com as academias. Isso representa um novo momento do setor.”

Gessini também acredita que a formação de mão de obra qualificada é o caminho para a formação de novos polos aeroespaciais.

“Quanto mais esforço para desenvolver o segmento, mais avanços o país terá. O incentivo à formação de profissionais e às novas pesquisas é imprescindível para abalizar esse crescimento.”

Walter Bartels, diretor-presidente da Aiab (Associação das

Indústrias Aeroespaciais do Brasil), afirma que o projeto mineiro só terá validade se o conhecimento gerado nas ações idealizadas for utilizado pela indústria brasileira. “A carreira de pesquisadores no Brasil é mensurada pelo número de artigos acreditados, sem aplicação em produtos.

O esforço dos pesquisadores é inútil para o país, portanto, é necessária uma interação entre os institutos de ciência e tecnologia e o setor produtivo.”

O secretário Narcio Rodrigues afirma que as ações do Complexo Aeroespacial ainda estão sendo estruturadas. “Ele existe como

PAOLO GESSINI, ENGENHEIRO AEROESPACIAL

conceito e como proposta. A Secretaria de Ciência e Tecnologia tem que transformá-lo em realidade. A primeira iniciativa é anunciar a criação do Condomínio Temático de Instituições de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino Superior e de Empresas no setor Aeroespacial.” O anúncio seria feito em julho.

Segundo Rodrigues, o Condomínio vai permitir o planejamento estratégico e a definição das etapas para consolidar a iniciativa.

“Está garantido o assento de todas as universidades envolvidas e das empresas que estão em Minas. O Condomínio vai contar tam-

bém com a participação do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).”

O engenheiro aeronáutico Maurício Pazini Brandão, professor do Departamento de Projetos da Divisão de Engenharia Aeronáutica do ITA, também entende que o ponto “fundamental” do Complexo será a formação de mão de obra. “É salutar que esse projeto seja incentivado, pois se trata de uma área em que não há incentivo massivo do setor público, já que demanda altos investimentos e não decola sozinha. A promoção de recursos humanos e novas áreas técnicas para formar outro polo aeroespacial no país é bastante positiva.”

Narcio Rodrigues destaca que o projeto só terá sucesso se desenvolver produtos ou realizar experimentos que estejam em sintonia com as melhores e mais atualizadas tecnologias do mundo. “A secretaria está atrás de parceiros internacionais. O projeto tem a adesão da Onerá, que é a agência espacial francesa. Existe o intercâmbio com Toulouse, também na França, e pretende-se atrair centros de outros países, com quem a secretaria já manteve contato. A internacionalização é fundamental para o êxito da grande indústria que querermos criar em Minas Gerais.” l

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ACIDENTES

Perigo na travessia Atravessar a rodovia sem utilizar a passarela é ameaçar a própria vida e a dos outros POR

Brasil conta com mais de 200 mil quilômetros de malha rodoviária pavimentada. Nesse universo, além de veículos, trafegam também pessoas que necessitam fazer a travessia em plena rodovia para seus deslocamentos. Ameaçar a própria vida e a de outros ao atravessar uma via próximo

O

LETICIA SIMÕES

de uma passarela é cena comum. Especialistas afirmam que é preciso uma mudança de cultura para que os acidentes diminuam. Eles também defendem um modelo mais atrativo para os equipamentos como uma tentativa de chamar a atenção do pedestre para a importância do seu uso.

A PRF (Polícia Rodoviária

Federal), por meio de sua assessoria de comunicação, afirma não possuir o cruzamento de dados entre pontos com passarela e atropelamentos de pedestres. De acordo com a corporação, em 2013, foram registrados nas rodovias brasileiras 10.462 acidentes, com 2.554 mortos.

No ano passado, conforme os dados da PRF, a BR-222, no

Ceará, em seu KM 10, foi a rodovia com maior índice de acidentes: 42, com um morto.

A seguir, está a BR-316, no Pará. Foram registrados 39 acidentes no KM 10 da via, com cinco mortos.

Segundo a PRF, travessias seguras devem ser realizadas em passarelas ou passagens subterrâneas. Na ausência de tais alternativas, a

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CCR SPVIAS/DIVULGAÇÃO

orientação da corporação é para que as pessoas procurem, prioritariamente, uma faixa de pedestre. A PRF ainda indica que, antes de iniciar a travessia, é importante olhar em todas as direções e permanecer atento ao movimento de veículos até chegar ao outro lado da via.

Atravessar sempre em linha reta e evitar atravessar

em curvas e lombadas, onde a visibilidade não é boa para os motoristas e pedestres, também pode evitar acidentes.

A PRF ratifica que, nas estradas, se existir acostamento, o pedestre é obrigado a utilizá-lo. Caso não haja, ele dever caminhar o mais distante possível da pista e, se estiver em companhia de outras pessoas, realizar a cami-

nhada em fila única. Se houver crianças, o recomendável é segurá-las pelo pulso ao fazer a travessia.

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que a instalação de passarelas nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada obedece a um regramento técnico es-

tabelecido pela entidade. Ele considera o número de acidentes, o volume de tráfego e o número de travessias.

A norma segue regras instituídas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que é o responsável pela fiscalização das demais rodovias nacionais. As regras integram o Manual de Projetos de

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ALERTA

Empresas em prol da conscientização As concessionárias rodoviárias se mobilizam para incentivar a utilização das passarelas pelos pedestres que se deslocam nas estradas. Realizadas periodicamente, as ações alertam para os riscos da travessia fora do local adequado e aproximam os usuários das administradoras.

A concessionária Rota das Bandeiras, responsável pela administração das rodovias que formam o Corredor Dom Pedro, em São Paulo, realiza a campanha Por Cima do Risco.

A ação acontece sempre próxima a uma passarela de grande movimento. A equipe aborda as pessoas que relutam em utilizar o equipamento, mesmo ele estando a poucos metros do local da travessia.

O usuário assina um termo de responsabilidade e passa a ser um agente multiplicador das dicas recebidas.

Como homenagem, eles têm o nome gravado em uma placa metálica que é afixada no local da campanha.

A Ecovias realiza o Café na Passarela, ação de caráter preventivo contra os atropelamentos, que são a principal causa de morte no Sistema Anchieta-Imigrantes (SP). Dados da conces-

sionária apontam que, em 2013, 31 pessoas morreram por esse tipo de acidente, o equivalente a 34% das vítimas fatais registradas pela concessionária no período.

“Temos estudado muito esse tema para entender por que algumas pessoas não utilizam a passarela.

Acreditamos que atividades educativas podem contribuir bastante para os resultados”, diz Ronald Marangon, coordenador de planejamento da Ecovias.

Lançada em 2013, a campanha Abrace a Vida, da concessionária Rodovias do Tietê, realiza palestras ministradas em empresas lindeiras às rodovias Marechal Rondon (SP-300) e Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), atingindo um público que transita pelas rodovias do corredor Marechal Rondon Leste.

A campanha promove a distribuição de cartazes e folhetos educativos em pontos de ônibus, no comércio lindeiro e também nas praças de pedágio da concessionária.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, no ano de lançamento da ação foram registrados em todo o trecho 42 atropelamentos, com 11 mortes. No período de janei-

ro a abril deste ano, foram contados 11 atropelamentos, com cinco vítimas fatais.

A Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares) também distribui folhetos para os usuários do Corredor Raposo Tavares (SP) e tem uma ação voltada ao público infantil. A empresa criou o livro de atividades Turma da Cart, que tem por objetivo transmitir conceitos de segurança no trânsito aos pequenos, com destaque para a travessia de ruas e avenidas.

Em parceria com órgãos públicos, empresas privadas e entidades, a Cart também realiza o programa Trânsito Legal, que leva palestras sobre segurança viária a crianças e adultos nas comunidades cortadas pelo corredor.

A Concessionária de Rodovias Tebe também tem ações voltadas à conscientização para estimular o uso da passarela por ciclistas e pedestres. A equipe orienta os usuários sobre a importância do uso da passarela e sobre os riscos que envolvem a travessia de ciclistas e pedestres na rodovia.

Os usuários ganham um kit lanche e recebem um material educativo sobre a prevenção de atropelamentos, principalmente, no perímetro urbano da rodovia.

Obras de Arte Especiais do Departamento.

A ANTT assegura que as rodovias têm um perfil dinâmico já que as cidades se desenvolvem ao longo das vias.

Por isso, são realizadas revisões extraordinárias e quinquenais para avaliar as condições das passarelas e possíveis instalações de novos equipamentos nas rodovias concedidas, além das demais necessidades das vias.

A área técnica do Dnit confirma que o número de passarelas em rodovias federais gira em torno de 800 equipamentos. A autarquia destaca que o número exato será definido até o fim do ano, a partir de um levantamento que está sendo realizado pelo Departamento, com apoio de vídeo registro (filmagens feitas nas rodovias federais).

O estudo vai mostrar a necessidade de instalação de novas passarelas, o momento para construí-las, o tipo de equipamento, entre outros detalhes.

Questionado se o número atual de passarelas é suficiente para atender aos pedestres que trafegam nas ro-

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TEBE/DIVULGAÇÃO

CONSCIENTIZAÇÃO Pedestre recebe orientação e brinde da concessionária Tebe

dovias, o Dnit afirma que esse indicador será apontado pelo levantamento. Ainda de acordo com o Departamento, normalmente, os equipamentos são instalados próximos a pontos de ônibus, de travessias urbanas e de escolas.

A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias Rodoviárias), por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que o Brasil tem hoje 19.298 km de rodovias concedidas, administradas por 57 concessionárias. Segundo a ABCR, nas rodovias administradas pelas 49 concessionárias que estão em operação, com cobrança de pedágio, existem 763 passarelas.

O especialista em segurança Luciano Louzane, coordenador do Gerar (Grupo Estratégico para Redução de Acidentes) da Arteris, companhia que possui nove concessionárias com atuação em cinco Estados, que somados administram 3.200 km de rodovias, afirma que as concessionárias que atuam no Brasil se adequaram ao longo do tempo e incrementaram os equipamentos para garantir a segurança dos usuários. “A

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quantidade de passarelas instaladas nas rodovias concessionadas estão de acordo com a necessidade da comunidade lindeira. Essa quantia passa por avaliação sempre quando surge um novo polo gerador.”

Louzane diz que as passarelas atendem a todos os requisitos de segurança e são semelhantes com as instaladas em estradas estrangeiras, inclusive no que se refere à acessibilidade.

O especialista destaca que os pedestres deixam de utilizar as passarelas, pautandose na falsa ideia de que, fazendo a travessia pelo equipamento, seu trajeto será aumentado. “No que se refere às estradas concessionadas, as passarelas são concebidas por meio de estudos que atendem a linha de desejo dos pedestres, não influenciando na distância do percurso por ele realizado.”

Segundo Louzane, as passarelas dispõem de elemento de contenção, como barreiras de concreto e telamento antiofuscante, com o intuito de conter a travessia e direcionar o pedestre para o equipamento. “Muitas vezes, es-

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“Temos estudado muito para entender por que algumas pessoas não utilizam as passarelas” RONALD MARANGON, COORDENADOR DA ECOVIAS

ses elementos de segurança são ignorados pelos pedestres que se arriscam em atravessar em local impróprio, fazendo valer a lei do menor esforço, o que gera atropelamentos.”

Ele afirma que os locais com maior incidência de acidentes são os perímetros urbanos dos municípios lindeiros.

Marcos de Souza, diretor do Mobilize Brasil, portal de conteúdo exclusivo sobre mo-

ORIENTAÇÃO Concessionária

bilidade urbana sustentável, afirma que existem dois tipos de passarela: as retilíneas, onde é possível enxergar a saída, e as que apresentam curvas. Para ele, quanto menos retilíneo for o equipamento, mais o pedestre tem a impressão de insegurança.

Ele diz que não se pode atribuir a culpa dos acidentes somente aos pedestres. “É preciso adequar as passare-

las. Projetos que privilegiem os equipamentos retilíneos, sempre que a geografia do local permitir, que sejam cobertos e largos e que realmente valorizem quem anda a pé podem mudar o cenário.”

Sem apontar as circunstâncias, a ANTT reconhece que em algumas situações a atratividade de algumas passarelas é reduzida. Como alternativa, a agência afirma

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FERNANDO MAIA ROTA DAS BANDEIRAS/DIVULGAÇÃO

“Quando o pedestre ignora a passarela, ele se coloca em risco, além de arriscar a vida de outras pessoas” Rota das Bandeiras realiza a campanha Por Cima do Risco em São Paulo

que são implantados passeios com o objetivo de disciplinar o tráfego de pedestres, telas para evitar a travessia nos 400 metros próximos às passarelas e iluminação, entre outras medidas.

Para Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo (associação de parentes, amigos e vítimas de trânsito), para minimizar os acidentes, é preciso uma mudança de comporta-

mento. “Não é raro o pedestre ter de dividir a passarela com motocicletas, por exemplo. Mais fiscalização e um número maior de agentes nas estradas e nas cidades são necessários.”

Segundo Diniz, a responsabilidade é de todos. “É preciso equilíbrio para tentar eliminar esse tipo de acidente. A população não pode ficar só cobrando mais equipamentos das autoridades, tem de se educar. Quando o pe-

FERNANDO DINIZ, PRESIDENTE DA ONG TRÂNSITO AMIGO

destre ignora a passarela ele se coloca em risco, além de arriscar a vida de outras pessoas.”

Souza, do Mobilize, afirma que, nos centros urbanos, o cenário também é preocupante.

Em meados de 2012, a entidade observou as condições das passarelas em seis cidades, entre capitais e municípios médios.

“Com raras exceções, os equipamentos apresentaram sérios problemas de manutenção. Es-

tavam sujos, sem iluminação ou com a luminosidade precária, além de acesso só por meio de escadas. Essas situações se transformam em armadilhas para o pedestre.”

Ele acredita em outras alternativas para uma convivência melhor entre pedestre e trânsito. “Estimular as pessoas a andar a pé, instalando travessias no nível da rua e semáforos com tempos adequados para o cruzamento da via, podem ajudar as pessoas a se sentirem parte da cidade. É fundamental melhorar o sistema de transporte público e diminuir a velocidade média dos veículos para que o pedestre se sinta seguro na travessia e compartilhe o espaço com os veículos sem problemas.”

Diniz, da ONG Trânsito Amigo, ressalta que o processo para conscientizar pedestres e motoristas “é lento”. “Uma vez que as pessoas se acostumam a desobedecer as regras, passam a achar mais fácil fazer a travessia na pista. Educar hoje, para garantir pedestres e motoristas mais responsáveis no futuro, é o único caminho para a maior segurança no trânsito, tanto nas estradas quanto nas cidades.” l

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MOBILIZAÇÃO

Segurança no trânsito Milhares de pessoas morrem todos os anos vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Movimento destacou a necessidade de mudanças de comportamento POR LIVIA

trânsito brasileiro ainda tem causado inúmeros danos à vida de milhares de pessoas. Segundo levantamento do Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), em 2013, foram pagas 633.845 indenizações por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares. O

O

CEREZOLI

número é 25% superior ao registrado em 2012. O valor das indenizações chegou a R$ 3,2 bilhões.

Para tentar reduzir essas estatísticas, foi realizado o Maio Amarelo, um movimento coordenado entre o poder público e a sociedade civil que chamou a atenção das pessoas sobre os altos índices de mortos, feridos e sequelados permanentes em

razão de acidentes de trânsito em todo o país. Mais de 350 organizações, entre empresas privadas, instituições e órgãos governamentais, estiveram envolvidas nas ações que atingiram, aproximadamente, 600 mil pessoas. Edifícios e monumentos em diversas cidades foram iluminados com a cor amarela.

A iniciativa foi inspirada no su-

cesso do Outubro Rosa e do Novembro Azul, que alertam sobre o câncer de mama e o de próstata, respectivamente. O Maio Amarelo promoveu um amplo debate sobre as responsabilidades do comportamento de cada cidadão durante seus deslocamentos diários, sejam eles realizados de carro, de motocicleta, de bicicleta, de transporte público ou a pé.

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FOTOS SEST SENAT/DIVULGAÇÃO

AÇÃO Sest Senat de Blumenau (SC) realizou atividades educativas com crianças

A cor amarela simboliza a atenção que se deve ter no trânsito, e o mês de maio foi escolhido porque é quando se comemora o Dia Mundial da Segurança Viária e do Pedestre.

Além disso, o mês também marca o terceiro ano da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), com

o objetivo de reduzir em 50% a quantidade de acidentes no trânsito em todo mundo.

De acordo com levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2009, ano anterior ao lançamento da campanha, o número de mortes em acidentes de trânsito nos 178 países que aderiram à Década chegou a 1,3 mi-

Valor das indenizações chegou a

R$ 3,2 bi no ano passado

lhão. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás de Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Depois do Brasil estão Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis

68

CNT TRANSPORTE ATUAL

por 62% das mortes por acidente no trânsito.

Segundo José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, o principal objetivo do Maio Amarelo é alertar para a necessidade de mudança de comportamento dos atores que convivem no trânsito. “As pessoas precisam entender que o trânsito deve ser compartilhado. O espaço público é de todos. Por isso é tão essencial saber nos comportar”, afirma ele.

Na visão de Ramalho, falta ao Brasil uma fiscalização mais efetiva das leis de trânsito existentes no país e uma formação melhor dos motoristas. Neste mês de julho, o Observatório Nacional de Segurança Viária deve entregar, ao poder público, a Lei de Diretrizes e Bases para a formação de novos motoristas. O documento, que deve ser utilizado pelos CFCs (Centros de Formação de Condutores), é mais uma iniciativa para tentar reduzir o número de acidentes no trânsito, por meio de uma formação mais

JULHO 2014

ENVOLVIMENTO Motoristas de Patos de Minas (MG) foram

“As pessoas precisam entender que o trânsito deve ser compartilhado” JOSÉ AURÉLIO RAMALHO, OBSERVATÓRIO DE SEGURANÇA VIÁRIA

completa dos condutores de todo o país.

Ações do Sest Senat As unidades do Sest Senat também apoiaram o Maio Amarelo. Diversas atividades foram realizadas para alertar motoristas, motociclistas e pedestres sobre a importância da segurança no trânsito. A iniciativa teve como objetivo mobilizar

empresas e trabalhadores do setor, além da sociedade em geral na busca por soluções para os problemas no trânsito brasileiro.

A unidade do Sest Senat de Teófilo Otoni (MG) organizou palestras e blitz educativa em parceria com as polícias rodoviárias Estadual e Federal. Os três dias de ação reuniram 1.500 pessoas. As palestras tiveram

CNT TRANSPORTE ATUAL

69

INICIATIVA Sest Senat de Teófilo Otoni (MG) realizou bliz educativa

orientados durante aula no Sest Senat

como tema central os cuidados necessários que motoristas e pedestres devem ter no trânsito para garantir a segurança de ambos. Na blitz montada no posto da PRF da cidade, foram entregues materiais educativos para os motoristas que transitavam pelo local.

A unidade de Blumenau (SC), em parceria com a Escola Pública de Trânsito, levou uma pista

JULHO 2014

educativa para três escolas da cidade. Ao todo, 1.046 crianças participaram da ação, que contou com um teatro de fantoche, em que foram apresentados aos alunos a maneira correta de se comportar no trânsito. As crianças tiveram a oportunidade de circular pela pista, composta por semáforos e faixa de segurança, de bicicleta.

Em Patos de Minas (MG), du-

Maio Amarelo envolveu

600

pessoas

rante todo o mês de maio, foram distribuídos panfletos educativos e exibido o vídeo da campanha aos alunos dos cursos do Sest Senat. Além disso, uma blitz educativa realizada na rodovia MG-354, em parceria com a Polícia Rodoviária Estadual, o Corpo de Bombeiros e a prefeitura orientou 1.300 motoristas sobre a importância dos cuidados no trânsito para evitar acidentes. l

Estat铆stico, Econ么mico, Despoluir e Ambiental

FERROVIÁRIO MALHA FERROVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM Total Nacional Total Concedida Concessionárias Malhas concedidas

30.129 28.190 11 12

BOLETIM ESTATÍSTICO RODOVIÁRIO MALHA RODOVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM TIPO

PAVIMENTADA

NÃO PAVIMENTADA

TOTAL

66.275 110.842 26.827 203.943

12.793 111.334 1.234.918 1.359.045

79.068 222.176 1.261.745 128.815 1.691.804

Federal Estadual Municipal Rede Planejada Total

MALHA RODOVIÁRIA CONCESSIONADA - EXTENSÃO EM KM Adminstrada por concessionárias privadas 15.454 Administrada por operadoras estaduais 1.195 FROTA DE VEÍCULOS Caminhão Cavalo mecânico Reboque Semi-reboque Ônibus interestaduais Ônibus intermunicipais Ônibus fretamento Ônibus urbanos Nº de Terminais Rodoviários

2.518.220 553.180 1.106.956 807.171 17.340 57.000 25.852 107.000 173

AQUAVIÁRIO INFRAESTRUTURA - UNIDADES Terminais de uso privativo misto Portos

37

MATERIAL RODANTE - UNIDADES Vagões Locomotivas

101.916 3.211

PASSAGENS DE NÍVEL - UNIDADES Total Críticas

12.289 2.659

VELOCIDADE MÉDIA OPERACIONAL Brasil EUA

25 km/h 80 km/h

AEROVIÁRIO AERÓDROMOS - UNIDADES Aeroportos Internacionais Aeroportos Domésticos Outros aeródromos - públicos e privados

37 29 2.471

AERONAVES REGISTRADAS NO BRASIL - UNIDADES Transporte regular, doméstico ou internacional Transporte não regular: táxi aéreo Privado Outros Total

669 1.579 8.825 8.328 19.401

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS MODAL

176

HIDROVIA - EXTENSÃO EM KM E FROTA Vias Navegáveis Vias economicamente navegadas Embarcações próprias

11.953 7.427 1.674 7.136 28.190

122

FROTA MERCANTE - UNIDADES Embarcações de cabotagem e longo curso

MALHA POR CONCESSIONÁRIA - EXTENSÃO EM KM ALL do Brasil S.A. FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. MRS Logística S.A. Outras Total

41.635 20.956 1.944

MILHÕES

(TKU)

PARTICIPAÇÃO

(%)

Rodoviário

485.625

61,1

Ferroviário

164.809

20,7

Aquaviário

108.000

13,6

Dutoviário

33.300

4,2

Aéreo

3.169

0,4

Total

794.903

100

72

CNT TRANSPORTE ATUAL

JULHO 2014

BOLETIM ECONÔMICO

R$ bilhões

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES* Investimentos em transporte da União por modal (total pago acumulado - até maio/2014 (R$ 4,96 bilhões)

Investimentos em Transporte da União (Orçamento Fiscal) (dados atualizados maio/2014)

25 20 15 10 5 0

0,85 (17%)

16,11

3,89 (79%)

4,16

4,96

0,05 (1%)

0,80

Autorizado Valores Pagos do Exercício Total Pago Restos a Pagar Pagos Obs.: O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores

RECURSOS DISPONÍVEIS E INVESTIMENTO FEDERAL ORÇAMENTO FISCAL E ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (R$ milhões correntes - até maio de 2014)

Rodoviário

Aquaviário

Ferroviário

Aéreo

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - MAIO/2014

Recursos Disponíveis 16.111,06 2.962,78 19.073,84

Autorizado União Dotação das Estatais (Infraero e Cia Docas) Total de Recursos Disponíveis Investimento Realizado Rodoviário Ferroviário Aquaviário (União + Cia Docas) Aéreo (União + Infraero) Investimento Total (Total Pago)

0,15 (3%)

3.895,53 851,30 137,95 537,00 5.421,79

Fonte: Orçamento Fiscal da União (SIGA BRASIL - Senado Federal); Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais (Siga Brasil).

Notas: (A) Dados atualizados até 31.05.2014 (SIGA BRASIL). (B) Para fins de cálculo do investimento realizado, utilizou-se o filtro GND = 4 (investimento) Nota sobre a CIDE: Até o boletim econômico de março de 2013, a CNT realizava o acompanhamento da arrecadação e do investimento com recursos da CIDE-combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, criada pela Lei 10.336, de 19/12/2001. Esse acompanhamento deixou de ser realizado, já que a alíquota da CIDE foi reduzida a zero pelo Decreto nº 7.764, de junho de 2012. Os recursos da CIDE eram destinados aos seguintes fins: (a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; (b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e (c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

2013 PIB (% cresc a.a.)1 Selic (% a.a.)2 IPCA (%)3 Balança Comercial6 Reservas Internacionais4 Câmbio (R$/US$)5

Acumulado Expectativa Expectativa em 2014 para 2014 para 2015

2,50 10,00 5,91 2,55

-6,90* 11,00 2,86 -4,85

1,50 11,00 6,47 3,00

1,85 12,00 6,01 10,00

375,79

368,75

-

-

2,24

2,40

2,50

2,34

Fontes: Receita Federal, SIGA BRASIL - Senado Federal, IBGE e Focus (Relatório de Mercado 02/05/14), Banco Central do Brasil.

Observações: (1) Expectativa de crescimento do PIB para 2014 e 2015 - O valor de crescimento do PIB 2013 foi revisado pelo IBGE de 2,3% para 2,5%.

(2) Taxa Selic conforme Copom 28/05/2014 e Boletim Focus.

(3) Inflação acumulada no ano e em 12 meses até abril/2014 e expectativas segundo o Boletim Focus.

(4) Posição Dezembro/2013 e Maio/2014 em US$ bilhões.

(5) Câmbio de fim de período divulgado em 30/05/2014, média entre compra e venda.

(6) Saldo da balança comercial em Maio/2014. *A taxa de crescimento do PIB para 2014 diz respeito ao desempenho econômico no primeiro trimestre de 2014 (jan-mar 2014) em relação ao trimestre anterior (out-dez 2013). Essa metodologia é a utilizada pelo IBGE para cálculo do crescimento anual.

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0 2009 Investimento Total

ORÇAMENTO FISCAL DA UNIÃO E ORÇAMENTO DAS ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (valores em R$ bilhões correntes) 2009 2010 2011 2012 7,8 10,3 11,2 9,4 Rodoviário 1,0 2,5 1,6 1,1 Ferroviário 1,3 1,0 0,8 Aquaviário (União + Cia Docas) 1,3 0,5 0,7 1,2 1,4 Aéreo (União + Infraero) 10,6 14,8 15,0 12,7 Investimento Total

2010

2011 Rodoviário

Ferroviário

2012 Aquaviário

2013 Aéreo

2013 8,4 2,3 0,6 1,8 13,1

Fonte: Orçamento Fiscal da União (SIGA BRASIL - Senado Federal) e Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais (DEST-MPOG).

8

R$ bilhões correntes

Orçamento Fiscal da União e Orçamento das Estatais (Infraero e Cia Docas)

* Veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br

REGIÕES3

Estados

INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE POR ESTADOS E REGIÕES (valores em R$ milhões correntes)1 Orçamento Fiscal (total pago2 por modal de transporte) Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Nacional Total

Rodoviário 11,74 135,18 18,56 48,39 192,17 131,49 7,35 32,41 187,14 186,93 443,78 80,31 235,74 191,99 50,33 156,35 78,77 162,12 63,62 52,06 153,88 75,39 513,44 375,23 58,82 143,06 64,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 44,99 3.895,53

Ferroviário 0,00 0,00 0,00 0,00 313,55 0,00 0,00 0,00 372,22 0,00 44,26 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 3,51 0,00 0,00 0,00 0,91 0,00 0,00 64,56 4,45 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 47,45 851,30

Aquaviário 0,00 0,00 13,04 0,00 0,00 2,00 0,00 11,51 0,00 0,00 2,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,09 0,19 0,00 9,69 0,00 0,00 0,00 0,43 0,00 0,00 14,06 54,03

Aéreo 0,18 0,00 0,01 0,00 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,63 0,55 0,00 0,25 2,11 0,00 0,47 0,42 0,28 1,03 0,00 0,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,65 0,23 1,66 0,15 2,93 6,88 0,00 139,94 159,72

Total 11,92 135,18 31,61 48,39 506,24 133,50 7,35 43,92 559,36 187,56 490,62 80,49 235,99 194,11 50,33 156,81 79,19 162,42 68,16 52,06 154,71 75,39 515,44 375,42 58,82 217,96 68,96 1,66 0,33 3,35 6,88 0,00 246,44 4.960,59

Maiores Desembolsos4 (total pago acumulado até maio - 2014)5 Ordem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Ações orçamentárias7

Ranking

Manutenção de trechos rodoviários na Região Nordeste Manutenção de trechos rodoviários na Região Sudeste Manutenção de trechos rodoviários na Região Norte Adequação de trecho rodoviário - Palhoça - Divisa SC/RS - na BR-101 - no Estado de Santa Catarina Adequação de trecho rodoviário - Porto Alegre - Pelotas - na BR-116 - no Estado do Rio Grande do Sul Construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste - Ilhéus - Caetité - no Estado da Bahia Manutenção de trechos rodoviários na Região Centro-Oeste Construção da Ferrovia Norte-Sul - Ouroverde de Goiás - São Simão - no Estado de Goiás Manutenção de trechos rodoviários na Região Sul Apoio à Construção do Rodoanel - trecho Norte/SP Total Part. (%) no total pago do Orçamento Fiscal da União até maio Elaboração: Confederação Nacional do Transporte Dados atualizados até 31.05.2014 (SIGA BRASIL).

R$ milhões6 407,85 376,23 305,36 212,92 200,13 192,31 188,05 162,87 135,38 129,00 2.310,11 46,6%

Notas: (1) Foram utilizados os seguintes filtros: função (26), subfunção (781=aéreo, 782=rodoviário, 783=ferroviário, 784=aquaviário), GND (4=investimentos). Para a subfunção 781 (aéreo), não foi aplicado nenhum filtro para a função. Fonte: SIGA BRASIL (Execução do Orçamento Fiscal da União).

(2) O total pago é igual ao valor pago no exercício acrescido de restos a pagar pagos.

(3) O valor investido em cada região não é igual ao somatório do valor gasto nos respectivos estados. As obras classificadas por região são aquelas que atendem a mais de um estado e por isso não foram desagregadas. Algumas obras atendem a mais de uma região, por isso recebem a classificação Nacional.

(4) As obras foram classificadas pelo critério de maior desembolso (Valor Pago + Restos a Pagar Pagos) em 2014.

(5) Ações de infraestrutura de transporte contempladas com os maiores desembolsos do Orçamento Fiscal da União no acumulado de janeiro a maio de 2014.

(6) Os valores expressos na tabela dizem respeito apenas ao total pago pela União no período em análise. Não foram incluídos os desembolsos realizados pelas Empresas Estatais.

(7) As ações orçamentárias são definidas como operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender o objetivo de um programa segundo o Manual de Técnico de Orçamento 2015.

Para consultar a execução detalhada, acesse o link http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletim-economico.aspx

74

CNT TRANSPORTE ATUAL

JULHO 2014

BOLETIM DO DESPOLUIR DESPOLUIR

PROJETOS

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Sest Senat lançaram em 2007 o Programa Ambiental do Transporte - DESPOLUIR, com o objetivo de promover o engajamento de empresários, caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

• Redução da emissão de poluentes pelos veículos • Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador • Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte • Cidadania para o meio ambiente

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS ESTRUTURA

NÚMEROS DE AFERIÇÕES 2014

2007 A 2013

ATÉ ABRIL

MAIO

67.605

17.834

1.033.455 Aprovação no período 88,87%

90,86%

TOTAL 1.118.894 88,93%

91,04%

Federações participantes

20

Unidades de atendimento

68

Empresas atendidas

10.956

Caminhoneiros autônomos atendidos

12.649

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Para participar do Projeto Redução da Emissão de Poluentes pelos Veículos, entre em contato com a Federação que atende o seu Estado.

FEDERAÇÃO FETRANSPORTES

27.2125-7643

BA e SE

71.3341-6238

SP

11.2632-1010

FETRANCESC

SC

48.3248-1104

FETRANSPAR

PR

41.3333-2900

FETRANSUL

RS

51.3374-8080

FETRACAN

AL, CE, PB, PE, PI, RN e MA

81.3441-3614

FETCEMG

MG

31.3490-0330

FENATAC

DF, TO, MS, MT e GO

61.3361-5295

RJ

21.3869-8073

AC, AM, RR, RO, AP e PA

92.3658-6080

FETRANSCARGA FETRAMAZ FETRANSPORTES

ES

27.2125-7643

BA e SE

71.3341-6238

RJ

21.3221-6300

RN, PB, PE e AL

84.3234-2493

FETRAM

MG

31.3274-2727

FEPASC

SC e PR

41.3244-6844

CEPIMAR

CE, MA e PI

85.3261-7066

FETRAMAR

MS, MT e RO

65.3027-2978

AM, AC, PA, RR e AP

92.3584-6504

FETRASUL

DF, GO, SP e TO

62.3233-0977

FETERGS

RS

51.3228-0622

FETRABASE FETRANSPOR FETRONOR Passageiros

TELEFONE

ES

FETCESP

FETRABASE

Carga

UFs ATENDIDAS

FETRANORTE

A pesquisa “Caminhoneiros no Brasil - Relatório Síntese de Informações Ambientais” apresenta a realidade e as necessidades de um dos principais agentes do setor de transporte. Informações econômicas, financeiras, sociais e ambientais, além de dados relacionados à frota, como distribuição e idade média; características dos veículos e dos deslocamentos; intensidade de uso e autonomia (km/l) da frota permitem aprofundar os conhecimentos relativos ao setor de transporte rodoviário.

8

SETOR

Conheça abaixo duas das diversas publicações ambientais que estão disponíveis para download no site do DESPOLUIR:

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

O governo brasileiro adotou o biodiesel na matriz energética nacional, através da criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e da aprovação da Lei n. 11.097. Atualmente, todo o óleo diesel veicular comercializado ao consumidor final possui biodiesel. Essa mistura é denominada óleo diesel B e apresenta uma série de benefícios ambientais, estratégicos e qualitativos. O objetivo desta publicação é auxiliar na rotina operacional dos transportadores, apresentando subsídios para a efetiva adoção de procedimentos que garantam a qualidade do óleo diesel B, trazendo benefícios ao transportador e, sobretudo, ao meio ambiente.

CNT TRANSPORTE ATUAL

75

JULHO 2014

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

BOLETIM AMBIENTAL

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)

EMISSÕES DE CO2 POR SETOR CO2 t/ANO 1.202,13 140,05 136,15 48,45 47,76 1.574,54

SETOR

Mudança no uso da terra Industrial* Transporte Geração de energia Outros setores Total

(%) 76,35 8,90 8,65 3,07 3,03 100,00

PARTICIPAÇÃO

Rodoviário Aéreo Outros meios Total

2011

2012

2013

VOLUME

VOLUME

VOLUME

Rodoviário

38,49

34,46

36,38

38,60

40,61

Ferroviário

0,83

1,08

1,18

1,21

1,20

Hidroviário

0,49

0,14

0,14

0,16

0,18

39,81

35,68

37,7

39,97

41,99

CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)* TIPO 2009 2010 2011 2012 2013 2014** (abril)

EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE CO2 t/ANO 123,17 7,68 5,29 136,15

2010 VOLUME

Total

*Inclui processos industriais e uso de energia

MODAL

2009 VOLUME

MODAL

EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL (EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)

Diesel

(%) 90,46 5,65 3,88 100,00

44,29

49,23

52,26

55,90

58,49

18,85

Gasolina 25,40

29,84

35,49

39,69

41,36

14,33

Etanol

15,07

10,89

9,85

10,81

3,96

PARTICIPAÇÃO

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO*

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL

80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

CO2 NOx NMHc CO CH4

16,47

* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc). ** Dados atualizados em 05 de junho de 2014.

60% 50% 40% CO2 NOx CO NMHc MP

30% 20% 10% 0%

Automóveis GNV Comerciais Leves (Otto) Motocicletas * Inclui veículos movidos a gasolina, etanol e GNV Dados de 2009 fornecidos pelo último Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários – MMA,2011.

Ônibus Urbanos

Caminhões Pesados

10 15 10 a 50

CE: Fortaleza, Aquiraz, Horizonte, Caucaia, Itaitinga, Chorozinho, Maracanaú, Euzébio, Maranguape, Pacajus, Guaiúba, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama e Cascavel.

PA: Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Benevides e Santa Isabel do Pará.

PE: Recife, Abreu e Lima, Itapissuma, Araçoiaba, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, Camaragibe, Olinda, Igarassu, Paulista, Ipojuca, Itamaracá e São Lourenço da Mata.

Frotas cativas de ônibus dos municípios: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e São Paulo.

RJ: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Nilópolis, Duque de Caxias, Niterói, Guapimirim, Nova Iguaçu, Itaboraí, Paracambi, Itaguaí, Queimados, Japeri, São Gonçalo, Magé, São João de Meriti, Mangaratiba, Seropédica, Maricá, Tanguá e Mesquita.

10** Brasil SP: São Paulo, Americana, Mairiporã, Artur Nogueira, Mauá, Arujá, Mogi das Cruzes, Barueri, Mongaguá, Bertioga, Monte Mor, Biritibamirim, Nova Odessa, Caçapava, Osasco, Caieiras, Paulínia, Cajamar, Pedreira, Campinas, Peruíbe, Carapicuíba, Pindamonhangaba, Cosmópolis, Pirapora do Bom Jesus, Cotia, Poá, Cubatão, Praia Grande, Diadema, Ribeirão Pires, Embu, Rio Grande da Serra, Embuguaçu, Salesópolis, Engenheiro Coelho, Santa Bárbara d’ Oeste, Ferraz de Vasconcelos, Santa Branca, Francisco Morato, Santa Isabel, Franco da Rocha, Santana de Parnaíba, Guararema, Santo André, Guarujá, Santo Antônio da Posse, Guarulhos, Santos, Holambra, São Bernardo do Campo, Hortolândia, São Caetano do Sul, Igaratá, São José dos Campos, Indaiatuba, São Lourenço da Serra, Itanhaém, São Vicente, Itapecerica da Serra, Sumaré, Itapevi, Suzano, Itaquaquecetuba, Taboão da Serra, Itatiba, Taubaté, Jacareí, Tremembé, Jaguariúna, Valinhos, Jandira, Vargem Grande Paulista, Juquitiba e Vinhedo.

Demais estados e cidades 500*** * Em partes por milhão de S - ppm de S ** Municípios com venda exclusiva de S10. Para ver a lista dos postos que ofertam o diesel S10, consulte o site do DESPOLUIR: www.cntdespoluir.org.br *** A partir de janeiro de 2014, o diesel interiorano passou a ser S500. Para mais informações, consulte a seção Legislação no Site do DESPOLUIR: www.cntdespoluir.org.br

4,6%

2,9% 22,3%

33,1%

5,1%

32,0% Teor de Biodiesel 22,3% Outros 2,9%

Pt. Fulgor 32,0% Enxofre 5,1%

Corante 4,6% Aspecto 33,1%

% NC

ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - ABRIL 2014 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

Caminhões Leves

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - ABRIL 2014

QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL TEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL (em ppm de S)* Japão EUA Europa

Ônibus Caminhões Comerciais Leves Rodoviários (Diesel) médios

Trimestre Anterior Trimestre Atual

10,4 9,5

8,1 5,9

4,6

2,1

0,0 AC 0 0

AL 4,6 5,4

AM 9,5 9,8

AP 2,1 2,3

1,6 BA 1,6 1,5

3,0 CE 3 2,6

2,7 DF 2,7 2,6

1,3

0,0

0,8

ES 1,3 0,8

GO 0 0

MA 0,8 0,3

2,6 MG 2,6 2,3

1,8

0,0 MS 0 0

Percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas.

Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades.

2,4

MT 10,4 12,1

PA 1,8 1,7

PB 5,9 6,8

PE 2,4 3,4

4,1

1,9

0,6

2,3

1,6

0,0

PI 1,9 1,9

PR 0,6 0,6

RJ 2,3 1,8

RN 1,6 0,7

RO 0 0

RR 8,1 9,6

1,5

0,3

RS 1,5 1,3

SC 0,3 0,6

SE 4,1 2,7

2,3 SP 2,3 2,6

0,0 TO 0 0

2,4 Brasil 2,4 2,4

EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE POLUENTES

PRINCIPAIS FONTES

CARACTERÍSTICAS

EFEITOS SAÚDE HUMANA

1

Monóxido de carbono (CO)

Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.

Gás incolor, inodoro e tóxico.

Diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. Aspirado em grandes quantidades pode causar a morte.

Dióxido de Carbono (CO2)

Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.

Gás tóxico, sem cor e sem odor.

Provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.

Metano (CH4)

Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e fixas3, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais4.

Gás tóxico, sem cor, sem odor.

Quando adicionado a água torna-se altamente explosivo.

Causa asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central, se inalado.

MEIO AMBIENTE

Causam o aquecimento global, por serem gases de efeito estufa.

Compostos orgânicos voláteis (COVs)

Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e processos industriais4.

Composto por uma grande variedade de moléculas a base de carbono, como aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves.

Causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canais respiratórios. Em contato com a pele pode deixar a pele sensível e enrugada e quando ingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago, traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos, perda de consciência e desmaios.

Óxidos de nitrogênio (NOx)

Formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo presentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.

O NO é um gás incolor, solúvel.

O NO2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte e irritante, muito tóxico. O N2O é um gás incolor, conhecido popularmente como gás do riso.

O NO2 é irritante para os pulmões e Causam o aquecimento global, diminui a resistência às infecções por serem gases de efeito estufa. respiratórias. A exposição continuada ou frequente a níveis elevados pode provocar Causadores da chuva ácida5. tendência para problemas respiratórios.

Formado pela quebra das moléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes, como combustão de gasolina e diesel. Sua formação é favorecida pela incidência de luz solar e ausência de vento.

Gás azulado à temperatura ambiente, instável, altamente reativo e oxidante.

Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e processos industriais4.

Provoca irritação e aumento na produção de muco, desconforto na Gás denso, incolor, não inflamável respiração e agravamento de e altamente tóxico. problemas respiratórios e cardiovasculares.

Causa o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa.

Causador da chuva ácida5, que deteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provoca destruição de florestas.

Conjunto de poluentes constituído de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso. Possuem diversos tamanhos em suspensão na atmosfera. O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar problemas à saúde, quanto menores, maiores os efeitos provocados.

Altera o pH, os níveis de pigmentação e a fotossíntese das plantas, devido a poeira depositada nas folhas.

Ozônio (O3)

Dióxido de enxofre (SO2)

Material particulado (MP)

Resultado da queima incompleta de combustíveis e de seus aditivos, de processos industriais e do desgaste de pneus e freios.

Provoca problemas respiratórios, irritação aos olhos, nariz e garganta.

Incômodo e irritação no nariz e garganta são causados pelas partículas mais grossas. Poeiras mais finas causam danos ao aparelho respiratório e carregam outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer.

Causa destruição e afeta o desenvolvimento de plantas e animais, devido a sua natureza corrosiva. Além de causar o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa.

8

1. Em 12 de junho de 2012, segundo o Comunicado nº 213, o Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, em inglês), que é uma agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou a fumaça do diesel como substância cancerígena (grupo 1), mesma categoria que se encontram o amianto, álcool e cigarro.

2. Fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou GNV. 3. Fontes fixas: Centrais elétricas e termelétricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos.

4. Processos industriais: procedimentos envolvendo passos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala.

5. Chuva ácida: a chuva ácida, também conhecida como deposição ácida, é provocada por emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) de usinas de energia, carros e fábricas. Os ácidos nítrico e sulfúrico resultantes podem cair como deposições secas ou úmidas. A deposição úmida é a precipitação: chuva ácida, neve, granizo ou neblina. A deposição seca cai como particulados ácidos ou gases.

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

“Sem novos acordos comerciais, o Brasil corre o risco de ficar de fora das chamadas cadeias produtivas internacionais” TEMA DO MÊS

O Mercosul hoje é um entrave para a economia brasileira?

Integração global é saída para Brasil e Mercosul WALTER SOTO

ivre circulação de mercadorias entre os paísesmembros. Esse era o principal objetivo do Mercosul quando Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram o Tratado de Assunção, em 1991. No entanto, o cenário atual enfrentado pelos países que integram o bloco comercial é composto por entraves econômicos, políticos e cambiais.

Tal situação diminui a atividade setorial econômica, impactando em todos os serviços da cadeia produtiva e industrial, o que reflete especificamente na logística e transporte internacional.

A ideia inicial sugeria que o livre comércio do bloco deveria simplificar a operação de transporte, gerando oportunidades na região, ampliando o campo de trabalho e dando mais perspectivas de crescimento e desenvolvimento para as empresas de logística. Porém, os controles nos diferentes setores das economias dos países-membros com a finalidade de protegê-las do próprio bloco é uma situação que contradiz a origem dessa criação.

A verdade é que antes da vigência total do livre comércio haveria um período inicial de ajuste, durante o qual existiria

L

WALTER SOTO Técnico especializado em comércio internacional e diretor da Coopercarga para o Mercosul

uma redução gradual de tarifas alfandegárias, que permitiria uma adaptação competitiva. Essa etapa deveria ter se encerrado em 1995, mas foi prorrogada por vias indiretas, já que começou a surgir na Argentina pressão contra a entrada em massa de produtos brasileiros. E esse protecionismo, que vai totalmente contra o objetivo traçado ao se criar o bloco, perdura até hoje – de maneira mais agressiva, inclusive. O que impacta diretamente nos volumes comercializados e, claro, não é um bom negócio para o setor de logística e transporte.

Outro importante desafio a ser superado está nos controles alfandegários, hoje um dos maiores – se não o maior – empecilhos à produtividade das transportadoras atuantes na região. A demora nas autorizações de importação LI (Licença de Importação) e Dajai (Declaração Jurada Antecipada de Importação) tem afetado diretamente o custo de operação.

O tempo padrão de transporte, que era de sete dias para efetuar uma operação, está levando agora 14 dias. Nesse mercado, em que a eficiência é um diferencial, o timing é um fator de impacto ime-

diato. O cliente exige uma operação absolutamente controlada e monitorada por todo o trajeto.

Outro obstáculo enfrentado diz respeito ao momento em que as cargas chegam aos portos, que se encontram em situações precárias devido à falta de investimento. É importante ressaltar que para que um acordo de livre comércio funcione, além das questões econômicas, políticas e cambiais, é preciso haver infraestrutura para que a carga chegue ao seu destino em tempo hábil e em perfeitas condições.

Em linhas gerais, a saída para que o Mercosul cumpra seu papel é superar as diferenças.. A concepção original do bloco é servir de solução para potenciar a região, fortalecer o comércio entre os países-membros e defender nosso produto para ascender a outros mercados.

O Mercosul, em seu atual modelo, é útil para o país, mas não nos basta. É necessário estarmos atentos à reorganização das forças produtivas que está acontecendo pelo mundo. Sem novos acordos comerciais, o Brasil corre o risco de ficar de fora das chamadas cadeias produtivas internacionais.

“Sem uma mudança em sua filosofia, o Mercosul continuará representando um freio a mais, entre tantos que já afetam a nossa competitividade”

Hoje, a filosofia do Mercosul é mais política e menos econômica EDUARDO FELIPE MATIAS

Mercosul, incensado em seus primeiros anos, passou a ser cada dia mais questionado. Os acertos iniciais do bloco se referiam não apenas os países participantes, mas também o modelo e a filosofia adotados.

Sua criação veio a consolidar a aproximação entre Brasil e a Argentina, os quais, com o fim de seus regimes ditatoriais, superaram a rivalidade militar e se comprometeram com o uso pacífico da energia nuclear. Ao reforçar os vínculos desses dois países por meio do comércio, o Mercosul contribuiu para a paz e a segurança na região.

O modelo escolhido para o bloco foi o da união aduaneira que, graças à adoção de uma tarifa externa comum, evitaria a burocracia e as ineficiências encontradas em uma zona de livre comércio.

A filosofia predominante quando o Mercosul foi constituído era a do regionalismo aberto, que buscava conciliar a intensificação do comércio na região com a abertura econômica para o resto do mundo. O objetivo, como propalado à época, era adequar-se ao contexto da glo-

O

balização, ganhando escala e procurando uma melhor inserção dos países membros na economia mundial.

Essa fórmula teve sucesso, mais que quadriplicando as exportações e importações entre os integrantes do bloco.

Hoje, no entanto, o Mercosul é menos motor e mais freio.

Tanto a postura de alguns de seus participantes quanto o modelo e a filosofia do bloco passaram a prejudicar a inserção de seus países no novo contexto de formação de cadeias produtivas globais e proliferação de acordos comerciais plurilaterais e bilaterais.

Com relação aos integrantes do bloco, assiste-se a um protecionismo crescente, principalmente por parte da Argentina. O intercâmbio comercial intrabloco, que chegou a representar 17% do total da região, retrocedeu a 12%. Essa postura tem reflexos na filosofia do próprio Mercosul que, atualmente, é mais política e menos econômica e se afastou de sua proposta original de regionalismo aberto.

Essa mudança de filosofia, aliada ao modelo escolhido pelo bloco, resulta na baixa ade-

são dos países do Mercosul à recente onda de celebração de acordos internacionais de livre comércio. Isso porque, em uma união aduaneira, concessões que impliquem em reduções de alíquotas dependem do consenso entre seus membros e precisam ser negociadas em conjunto. Isso levou o Mercosul a assinar apenas três acordos desse tipo desde 1991 – ano de seu surgimento –, com Israel, Palestina e Egito, sendo que apenas o primeiro está em vigor. Dificuldade que se repete na negociação em curso com a União Europeia, que se arrasta há pelo menos 14 anos e sofre com a resistência argentina.

Em uma zona de livre comércio, esse problema não ocorre, o que tem levado muitos a defender que o Mercosul passe a adotar esse outro modelo ou que tenha suas regras flexibilizadas de alguma forma, a fim de evitar que novas oportunidades comerciais sejam desperdiçadas. O fato é que, sem uma mudança em sua filosofia, o Mercosul continuará representando um freio a mais, entre tantos que já afetam a nossa competitividade.

EDUARDO FELIPE MATIAS Sócio responsável pelas áreas empresarial, internacional e de sustentabilidade do escritório Nogueira, Elias, Laskowski e Matias Advogados. Doutor em Direito Internacional pela USP.

CNT TRANSPORTE ATUAL

JULHO 2014

81

“Coerentes com o êxito do passado e a força do presente, o Sest e o Senat têm a visão do futuro para perpetuar uma história de sucesso” JOSÉ FIORAVANTI

OPINIÃO

Vinte anos de Sest Senat

R

ealizar sonhos implica também em encarar novos desafios.

O grande sonho dos transportadores brasileiros foi realizado com a implantação do Sest (Serviço Social do Transporte) e do Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem em Transporte) há mais de duas décadas. Esses serviços já realizaram, com qualidade, mais de 100 milhões de atendimentos para o seu público-alvo, que é o trabalhador em transporte, taxistas e caminhoneiros, o que por si só já representa uma grande vitória para o setor de transporte e para aqueles que deram os primeiros passos e que fizeram dessas instituições modelos de gestão bem-sucedida.

O Sest e o Senat atuam, administrativamente e institucionalmente, de forma integrada para atender às necessidades do trabalhador em transporte em termos de qualificação profissional, saúde, esporte e lazer. Fisicamente, as duas instituições são instaladas num mesmo espaço sob uma única direção, de modo que todas as ações se concentrem na geração de propostas que atendam às necessidades do trabalhador em transporte e às demandas do setor.

No modelo Sest Senat de gestão integrada há a centralização das atividades-meio, representadas por aquelas que são comuns a todas as unidades, e descentraliza a realização das atividades-fim e a realização dos objetivos e o alcance das metas das instituições, com o intensivo apoio e suporte de modernas tecnologias de informação e comunicação. À época de sua implantação, em 1994, esse foi um modelo inovador e nunca testado antes e que resultou em ser o fator crítico de sucesso institucional.

O modelo de gestão do Sest e do Senat foi sendo construído e aperfeiçoado à medida que foram sendo implantadas as unidades descentralizadas nos Estados brasileiros e ao longo das rodovias. Essa forma de gestão, além de possibilitar uma boa economia de recursos, à medida que centraliza as atividades em comum, necessárias ao funcionamento das organizações, como gestão de pessoas, orçamento, contabilidade, planejamento, jurídico, recursos educativos, materiais didáticos e marketing em um único local, o Departamento Executivo, também evitou desperdício de recursos pela duplicação de equipes, equipamentos, recursos físicos e materiais, permitindo a geração de excedentes a serem aplicados no aumento do patrimônio do trabalhador em transporte, representado pela construção de novas unidades no território nacional.

Essa brilhante decisão possibilitou que, rapidamente e com muita eficiência, se pudesse, não só construir as

unidades Sest e Senat, como também equipá-las para funcionar e iniciar o atendimento ao público-alvo num período muito mais curto do que aquele que, convencionalmente, se poderia esperar. Livre de questões administrativas inerentes à rotina institucional fica a gestão das unidades inteiramente focada na realização de inúmeros cursos de desenvolvimento profissional, conforme a demanda de cada região, e organizando os serviços sociais que acolham os profissionais de transporte em suas necessidades de atendimentos odontológicos, de psicologia, de fisioterapia, de cuidados com a saúde, de esportes e de lazer, tudo extensivo aos familiares.

Ao longo dessas duas décadas, as entidades atuaram com muita garra e determinação, muito aprenderam e, desta forma, valorizaram os trabalhadores do setor de transporte. As duas instituições oferecem, por meio de suas ações estratégicas e integradas, oportunidades que se transformam em poderoso recurso na vida das pessoas e do setor. São 146 unidades, espalhadas por todo o território nacional, mais de R$ 2 bilhões de patrimônio à disposição do trabalhador, atuando de forma conjunta no cumprimento, com responsabilidade socioambiental, da nobre missão de promover a qualidade de vida e a educação profissional dos trabalhadores do transporte.

Com recursos didáticos e operacionais, os mais modernos existentes, permanentemente atualizados, o Sest e o Senat perseguem, obsessivamente, valores perenes de qualidade no atendimento aos trabalhadores em transporte. Assim, é possível oferecer a melhor formação de condutores com utilização de simuladores de direção de última geração. Entre outros grandiosos projetos marcados pela ousadia, as entidades lançam-se na gigantesca empreitada de atender a toda demanda por motoristas profissionais com os projetos “Primeira Habilitação”, voltado para jovens de baixa renda, e “Habilitação Profissional para o Transporte”, que estimula a mudança de categoria da carteira de habilitação, trazendo para o mercado de trabalho 50 mil motoristas em todo o Brasil. Coerentes com o êxito do seu passado e a força do seu presente, o Sest e o Senat têm a visão do futuro para perpetuar uma história de sucesso, orgulho de um setor econômico atuante no desenvolvimento econômico e social do país.

José Fioravanti é presidente em exercício da CNT

82

CNT TRANSPORTE ATUAL

CNT CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE PRESIDENTE EM EXERCÍCIO José Fioravanti VICE-PRESIDENTES DA CNT TRANSPORTE DE CARGAS

JULHO 2014

José Severiano Chaves Eudo Laranjeiras Costa Antônio Carlos Melgaço Knitell Eurico Galhardi Francisco Saldanha Bezerra Jerson Antonio Picoli João Rezende Filho Mário Martins

Newton Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares Júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Jacob Barata Filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Marco Antonio Gulin Otávio Vieira da Cunha Filho TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio Benatti Pedro José de Oliveira Lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca Lopes Edgar Ferreira de Sousa

CONCESSÕES PORTUÁRIAS Luiz Anselmo Trombini Urubatan Helou Irani Bertolini Pedro José de Oliveira Lopes Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Eduardo Ferreira Rebuzzi Oswaldo Dias de Castro Daniel Luís Carvalho Augusto Emílio Dalçóquio Geraldo Aguiar Brito Viana Augusto Dalçóquio Neto Euclides Haiss Paulo Vicente Caleffi Francisco Pelúcio TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Glen Gordon Findlay Paulo Cabral Rebelo

Edgar Ferreira de Sousa José Alexandrino Ferreira Neto José Percides Rodrigues Luiz Maldonado Marthos Sandoval Geraldino dos Santos Éder Dal’ Lago André Luiz Costa Diumar Deléo Cunha Bueno Claudinei Natal Pelegrini Getúlio Vargas de Moura Bratz Nilton Noel da Rocha Neirman Moreira da Silva

Rodrigo Vilaça Júlio Fontana Neto TRANSPORTE AÉREO

Urubatan Helou José Afonso Assumpção CONSELHO FISCAL (TITULARES) David Lopes de Oliveira Éder Dal’lago Luiz Maldonado Marthos José Hélio Fernandes CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Waldemar Araújo André Luiz Zanin de Oliveira José Veronez Eduardo Ferreira Rebuzzi DIRETORIA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

DOS LEITORES

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUAL As cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Hernani Goulart Fortuna Paulo Duarte Alecrim André Luiz Zanin de Oliveira Moacyr Bonelli George Alberto Takahashi José Carlos Ribeiro Gomes Roberto Sffair Luiz Ivan Janaú Barbosa José Roque

Luiz Wagner Chieppe Alfredo José Bezerra Leite Lelis Marcos Teixeira José Augusto Pinheiro

Fernando Ferreira Becker

Victorino Aldo Saccol

Eclésio da Silva

Raimundo Holanda Cavacante Filho Jorge Afonso Quagliani Pereira Alcy Hagge Cavalcante

A entrevista e a reportagem da edição do mês de maio da revista CNT Transporte Atual sobre as licitações dos portos apresentam um panorama bastante fiel do momento que estamos vivendo. O governo federal anunciou, em 2012, um novo modelo de exploração dessas áreas, mas até agora não vimos muita coisa acontecer. A nova legislação tem pontos bastante positivos, mas também impôs alguns obstáculos ao desenvolvimento do setor.

De qualquer maneira, estamos confiantes no que ainda está por vir.

hidrovia está pedindo socorro.

Desde o dia 30 de maio, atendendo à determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema), devido ao problema de geração de energia elétrica, o calado será de apenas 1 metro, inviabilizando completamente a navegação de qualquer comboio.

A hidrovia Tietê-Paraná transporta mais de 6 milhões de toneladas por ano, tirando das estradas mais de 200 mil viagens de caminhões.

Antonio Ballan Itumbiara/GO MULHERES NO TRANSPORTE

Paulo Novaes Manaus/AM EXTRAVIO DE BAGAGEM A reportagem “Todo cuidado é pouco”, da edição nº 225 da revista CNT Transporte Atual, sobre os extravios de bagagem nas viagens aéreas, é bastante esclarecedora. Já tive malas perdidas durante voos, mas não sabia direito a quem recorrer. Felizmente, a minha mala foi entregue pela companhia aérea dois dias depois, e eu fui ressarcido do prejuízo. Gosto muita das reportagens da revista porque sempre trazem orientações até para quem não é da área do transporte. Parabéns!

Lúcia Cerqueira Campinas/SP TIETÊ-PARANÁ Parabéns pela belíssima matéria “Ganho Logístico e Ambiental”, da edição nº 224. Infelizmente, essa

Sou trabalhadora do setor de transporte e fiquei muito feliz ao ler a reportagem sobre as mulheres que estão se preparando para entrar nesse mercado de trabalho. As oportunidades são boas e temos potencial para desempenhar todas as funções que antes eram ocupadas apenas por homens. Sou taxista e gosto muito da minha profissão. Quando comecei, há 10 anos, sofri um pouco de preconceito sim, mas hoje as coisas mudaram muito. Sou respeitada pelos colegas e pelos clientes. Fiz os cursos do Sest Senat e tenho certeza que sou uma profissional qualificada.

Jandira Flores Recife/PE CARTAS PARA ESTA SEÇÃO

SAUS, quadra 1, bloco J Edifício CNT, entradas 10 e 20, 11º andar 70070-010 - Brasília (DF) E-mail: imprensa@cnt.org.br Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes