Revista CNT Transporte Atual - JUL/2004

Page 18

HELIBRAS/DIVULGAÇÃO

18 CNT REVISTA JULHO 2004

o índice de sinistros nessa região seja zero. É que o órgão trabalha com ações planejadas orientadas por estudos de cenários futuros. Além da elevada concentração de helicópte ros em uma mesma região, São Paulo tem outra característica que a diferencia bastante de Tóquio e de Nova York. É que a cada dois minutos um avião pousa no aeroporto de Congonhas, lo calizado na mesma região onde há o intenso movimento de helicópteros. Diante desse cenário, os helicópteros eram obrigados a sobrevoar a cidade a uma altura relativamente baixa, produzindo ruídos que contribuíam bastante para a poluição sonora na re gião. Agora, os pilotos podem voar mais alto, com segurança e diminuição dos ruídos.

PILOTO PODE GANHAR ATÉ US$ 10 MIL POR MÊS POR

er piloto de helicóptero não é para qualquer um. Segundo o comandante Carlos Alberto Artoni, presidente da Associação dos Pilotos de Helicópteros do Estado de São Paulo, gasta-se entre R$ 80 mil e R$ 85 mil para se tornar um piloto profissional, apto a atender a aviação comercial, o grande filé do mercado de helicópteros ao lado de grandes executivos, que po dem comprar sua própria aeronave. O investimento é alto porque, para adquirir a patente de piloto profissional, leva-se em média dois anos, entre teoria e prática, além de exame médico no Hospital da Aeronáutica e ainda um curso final de pilotagem comercial. O que mais pesa, diz o comandante Artoni, são

S

JOÃO SAMPAIO

as horas de vôo. São necessárias cem horas de vôo para profissionalizar-se, e isso é caro. Custa entre R$ 750 e R$ 800 cada hora. Já um curso teórico não sai por menos que R$ 5.000. Tanto investimento compensa depois de alguns anos de trabalho. O comandante Ar toni diz que, no início da carreira, o piloto de helicóptero ganha cerca de US$ 1.000, mas, depois de alguns anos de prática – e de emprego –, pode ganhar até US$ 10 mil mensais. A média salarial, segundo ele, varia entre US$ 6.000 e US$ 8.000. Mesmo com o “boom” dos helicópteros em São Paulo, o mercado ainda é restrito e ainda necessita de expansão para abrigar todos os profissionais que se habilitam na condução destas aeronaves. “Enquanto as

escolas formarem mais pilotos que a entra da de novos helicópteros, teremos excedente de profissionais”, diz o comandante Artoni. A associação, fundada há sete anos e exclusivamente voltada para a segurança dos profissionais, conta com cerca de 500 profissionais filiados, contra 446 helicópteros em atividade em São Paulo. Mas, mesmo assim, hoje há muito mais opção de emprego do que há alguns anos atrás, quando apenas o mercado offshore (plataformas de petróleo) representava oportunidade para os pilotos profissionais. “Hoje nós temos a aviação executiva e os grandes empresários como principais empregadores, ainda que a Petrobrás continue a utilizar muitos pilotos”, conta Artoni.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.