Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018

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EXPECTATIVAS ECONÔMICAS DO TRANSPORTADOR SONDAGEM | 2018



Sondagem : expectativas econômicas do transportador 2018. – Brasília: CNT, 2018. 150 p. : il. ; gráficos. 1. Desenvolvimento econômico – setor de transporte. 2. Transporte de pessoas e cargas. 3. Infraestrutura de transporte. 4. Expectativas econômicas. I. Confederação Nacional do Transporte. CDU 656.1/.7


APRESENTAÇÃO Vivemos um momento de forte otimismo. Nós, transportadores, estamos confiantes de que as mudanças que chegarão com o próximo governo serão muito positivas para a nossa atividade e para o Brasil. Por isso, após um período de incertezas e instabilidade político-econômica, é hora de acreditar. As propostas que vêm sendo apresentadas, uma vez colocadas em prática, contribuirão decisivamente para a consolidação do ambiente de que o país precisa para retomar o crescimento, voltar a gerar empregos e melhorar a vida de todos os brasileiros. É inegável que temos um enorme potencial de desenvolvimento, mas precisamos de ações que transmitam segurança. Estamos certos de que podemos atrair investimentos, mas é preciso fazer a lição de casa, com um marco regulatório adequado e um ambiente de negócios mais amigável. Esta edição da Sondagem mostra que os transportadores, em todos os modais, estão otimistas em relação ao que está por vir a partir de 1º de janeiro de 2019 e estão dispostos a inaugurar um novo ciclo de crescimento social e econômico. Os empresários do setor querem ampliar suas frotas e aumentar o ritmo das suas atividades. A proposta de um mercado mais aberto, aliada à intensificação do programa de concessões e à continuidade de reformas estruturantes, poderá munir o país das condições necessárias para a melhoria da infraestrutura de transporte. Apoiamos o novo presidente do Brasil. Confiamos que, com mais planejamento, menos burocracia e uma agenda econômica com menor interferência do Estado no mercado, os transportadores estarão preparados para contribuir para a construção de um Brasil mais eficiente, moderno e próspero. Clésio Andrade Presidente da CNT



SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................3 DADOS TÉCNICOS........................................................................................................................................ 10 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 11 EXPECTATIVAS............................................................................................................................................. 13 Otimistas, transportadores projetam bons resultados para o primeiro ano do novo governo.13 Setor transportador acredita que problemas de infraestrutura podem ser solucionados pelo novo governo................................................................................................................. 16 Preço dos combustíveis é o primeiro grande desafio do governo Jair Bolsonaro.................. 21 MACROECONOMIA.......................................................................................................................................23 Expectativas em alta para o desempenho da economia em 2019 depois dos desapontamentos de 2018.....................................................................................................23 Reformas estruturantes podem garantir um Estado eficiente...............................................27 Greve dos caminhoneiros impactou negativamente a economia brasileira e o setor de serviços de transporte.......................................................................................................31 DESEMPENHO DO SETOR.............................................................................................................................33 Problemas macroeconômicos afetaram o desempenho das empresas em 2018.....................33 Apesar da conjuntura desfavorável em 2018, empresas de transporte aumentam produtividade, mas incorrem em pressões no custo operacional...........................................35 Embora os preços dos insumos continuem pressionando os custos operacionais, transportadores esperam trajetória menos ascendente em 2019..........................................38 Preço dos combustíveis, lubrificantes e pneus......................................................................38 Praticagem e Taxas Portuárias............................................................................................... 41 Taxas Aeroportuárias.............................................................................................................42 Energia Elétrica.....................................................................................................................42 Mais da metade dos transportadores pretende expandir tamanho da frota em 2019. Expectativas de aumento das instalações físicas e área de atuação são as maiores desde 2016.............................................................................................................................43 Tamanho da frota..................................................................................................................................45 Instalações Físicas...............................................................................................................................46 Dois terços das empresas planejam aquisição de veículos em 2019: é a expectativa mais alta dos últimos três anos.............................................................................................46 Crédito.................................................................................................................................................47 BNDES...................................................................................................................................................49 Aquisição de veículos.......................................................................................................................... 50


Transportadores ainda enfrentam dificuldade para contratação de mão de obra qualificada..................................................................................................................... 51 Aumento do custo operacional em 2018 e dificuldade de repasse ao preço dos serviços prestados comprimem a margem das empresas transportadoras..........................................52 Integração modal ainda é muito baixa no Brasil.....................................................................52 Confiantes com o novo governo, a maioria dos transportadores espera redução do número de roubo de cargas no país em 2019....................................................................54 Transportadores buscam informação principalmente em sites e blogs especializados..........55 Transporte multimodal enfrenta problemas institucionais e de infraestrutura .....................56 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS.......................................................................................................59 Transportadores rodoviários de cargas começam a se recuperar da recessão, mas ociosidade no setor ainda é alta.....................................................................................59 Qualidade das rodovias é regular, ruim ou péssima para 92,1% dos entrevistados................60 As expectativas para o próximo ano são otimistas para a qualidade das rodovias brasileiras: mais de 60,0% esperam melhora........................................................................62 Alto índice de roubo de cargas continua aumentando preços dos seguros............................63 Utilização de mecanismos de prevenção de roubos de carga aumenta no país: rastreamento do veículo via satélite é o preferido................................................................63 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL).....................................66 Transportadores rodoviários de passageiros estão otimistas para 2019: 89,2% acreditam em ampliação ou manutenção das linhas e rotas atuais.......................................66 Rodovias brasileiras são inadequadas para 74,9% dos transportadores rodoviários de passageiros.......................................................................................................................66 Expectativa dos transportadores rodoviários de PASSAGEIROS é de melhora da qualidade da malha rodoviária em 2019............................................................................68 Maioria dos transportadores rodoviários não transporta passageiros beneficiados por gratuidades. Mesmo assim, acreditam que elas devam ser bancadas pelo governo..............69 Nível de utilização de sistemas de monitoramento e aplicativos para roteirização é significativamente menor no transporte rodoviário de passageiros do que no de cargas.....70 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS.......................................................................................................71 Mesmo com alta na demanda pelos serviços ferroviários, os investimentos permanecem em INSUFICIENTES..................................................................................................................71 Prorrogação antecipada dos contratos de concessão pode ajudar a melhorar o sistema ferroviário nacional................................................................................................................73 Compartilhamento das linhas férreas com o transporte de passageiros reduz a produtividade do modal......................................................................................................77 Maioria das concessionárias ferroviárias planejam ampliar sua oferta para cargas conteinerizadas.....................................................................................................................79


TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS................................................................................. 81 Expectativas em alta para 2019: transportadores esperam aumento do investimento público e melhoria da infraestrutura de transporte urbano .................................................. 81 Condições de infraestrutura de transporte urbano pioraram em 2018; otimismo para 2019 é um marco no que se refere ao aumento da confiança ................................................83 Maioria dos transportadores tem regra contratual de reajuste tarifário anual, porém, 39,0% não tiveram reajuste em 2018 conforme o previsto em contrato ..............................86 Maioria dos transportadores utiliza sistemas de bilhetagem eletrônica e monitoramento inteligente da frota, porém, apenas 18% avaliam ofertar novos serviços que estão surgindo no mercado de mobilidade urbana..........................................................................90 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS..................................................................................95 Transportadores apontam que a infraestrutura metroferroviária ainda é inadequada e que o desempenho do segmento em 2018 foi moderado, porém, perspectiva é de melhora em 2019 ..........................................................................................................95 Maioria dos transportadores metroferroviários (60,0%) concorda com o sistema de bandeiras tarifárias, porém, há discordância quanto ao possível aumento do número de faixas.....................................................................................................................................98 Maioria dos transportadores metroferroviários avalia que implementação de pedágios urbanos pode levar ao aumento da demanda por transporte de passageiros sobre trilhos ......................................................................................................................... 101 Transportadores apontam que atos de vandalismo têm impacto de alto a moderado na gestão dos seus sistemas.................................................................................................... 102 Transportadores metroferroviários defendem que gratuidades sejam financiadas pelo poder público............................................................................................................... 104 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO.........................................................................................................................107 Insatisfeitos com a quantidade e a qualidade da infraestrutura aquaviária, EBNs estão otimistas quanto ao volume de investimentos em 2019........................................................107 Melhoria da infraestrutura é a principal medida para estimular a navegação no Brasil........ 112 A utilização de Terminais de Uso Privado (TUP) ainda é incipiente no Brasil........................ 113 Promessa do governo de implantação do Porto Sem Papel em todos os TUPs até o final de 2018 não se concretiza......................................................................................................... 113 Maioria das empresas não enfrenta dificuldades para operar em portos que funcionam em período integral.............................................................................................................. 114 Roubo de cargas no transporte aquaviário aumentou em 2018: equipamentos eletrônicos foram os itens mais roubados............................................................................................... 116 Maioria das EBNs é a favor de uma flexibilização das regras de afretamento de embarcações estrangeiras............................................................................................... 117 EBNs apoiam concessões hidroviárias no país, desde que os valores dos pedágios sejam razoáveis.................................................................................................................... 119


TRANSPORTE AÉREO.................................................................................................................................. 121 Mais infraestrutura para que o transporte aéreo continue a crescer em 2019...................... 121 Desenvolvimento do segmento aéreo envolve questões de infraestrutura e solução de problemas de natureza regulatória ......................................................................................123 O Transporte aéreo de cargas ainda é pequeno no Brasil, mas pode trazer ganhos para o sistema.................................................................................................................................127 CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS...........................................................................................129 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................133 APÊNDICES................................................................................................................................................135



Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018

DADOS TÉCNICOS Sondagem1: Expectativas Econômicas do Transportador 2018. Público-alvo: Empresas de transporte rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário de cargas, aquaviário (navegação marítima e interior), aéreo de passageiros e serviços de transporte urbano de passageiros por ônibus e metroferroviário. Abrangência geográfica: Nacional. Método de coleta de dados: Contato telefônico. Respostas válidas: 776. Período de coleta: 31/10/2018 a 28/11/2018. Entrevistas

Percentual (%)

Rodoviário de cargas

384

49,5%

Rodoviário de passageiros Transporte urbano de passageiros Aquaviário Metroferroviário2 Ferroviário de cargas Aéreo de passageiros

184 150 40 8 6 4

23,7% 19,3% 5,2% 1,0% 0,8% 0,5%

Total

776

100,0%

1  A diferença entre sondagem e pesquisa deve-se, principalmente, ao rigor científico em suas aplicações. Na sondagem, há autosseleção da amostra e livre delineamento amostral com a contribuição dos participantes que se encontram disponíveis e têm interesse no tema. Já as pesquisas são caracterizadas pela seleção dos respondentes mediante controle do perfil e são seguidos critérios científicos (com observância, entre outros, da representatividade da população).

2  A diferença entre o número de respondentes geral e por modais deve-se ao fato de que para a contabilização do primeiro caso, os sistemas que são representados pelo mesmo grupo empresarial foram considerados apenas uma vez, pois responderam ao questionário de forma conjunta. Já para os resultados detalhados por modal, cada sistema representa individualmente suas respostas, uma vez que as expectativas diferem por região de atuação das empresas.


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INTRODUÇÃO O transporte funciona como uma plataforma para que os diferentes setores produtivos se inter-relacionem, sendo o responsável por tornar possíveis os fluxos que mantêm o ritmo e o dinamismo das cadeias produtivas, que, por sua vez, incrementam a demanda por esse serviço. Assim, ele não só contribui para o funcionamento da economia, mas é retroalimentado pelo seu bom desempenho. Nesse contexto, a visão dos transportadores orienta a formação das expectativas quanto ao comportamento econômico e, portanto, é um indicador importante do nível de atividade do serviço e dos principais entraves que precisam ser resolvidos para que o processo de crescimento não seja interrompido e a sua eficiência seja mantida. Esta Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 atua para auxiliar na compreensão do quadro econômico ao reunir e disponibilizar informações sobre as perspectivas dos profissionais da área a respeito de temas macroeconômicos, de infraestrutura, investimentos e atividades empresariais, transformando dados em conhecimento. Assim, ela é um instrumento útil para o planejamento de ações empresariais e de políticas públicas que fomentem a eficiência do setor de transporte. Em sua décima edição, a Sondagem de 2018 entrevistou 776 empresas que realizam serviços de transporte rodoviário de cargas e de passageiros; ferroviário de cargas; aquaviário, com empresas representantes da navegação marítima e da interior; aéreo de passageiros; e os urbanos, que contemplam o transporte de passageiros por ônibus e o metroferroviário. As avaliações apresentadas mostram um desapontamento dos transportadores ao avaliarem os resultados alcançados em 2018 ao mesmo tempo que revelam o forte clima de otimismo do setor para 2019. Confiantes nas promessas de mudança e na capacidade do novo governo de implementar as reformas estruturantes necessárias, os empresários apostam em um ambiente de negócios mais dinâmico e voltado para a condução mais empreendedora da máquina pública. As opiniões dos transportadores são avaliadas de um ponto de vista conjunto do setor, bem como detalhadas por tipo de modal, mostrando como cada segmento, dentro das suas especificidades, faz uma retrospectiva do ano que se encerra e compreende o cenário que se vislumbra do futuro. Ademais, comparativos sobre o posicionamento em relação aos principais indicadores dos diferentes segmentos são disponibilizados em Anexos e Apêndices. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) oferece, assim, uma ferramenta apropriada ao planejamento e voltada para o processo de tomada de decisões, mostrando que a instituição persevera para criar mecanismos para que o setor de transporte e logística do Brasil cresça de forma sustentada e contínua, favorecendo o progresso do país.



Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

EXPECTATIVAS OTIMISTAS, TRANSPORTADORES PROJETAM BONS RESULTADOS PARA O PRIMEIRO ANO DO NOVO GOVERNO O ano de 2019 será bom para o setor de transporte. Isso é o que esperam 74,2% dos transportadores participantes da 10ª edição da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O resultado indica uma elevada confiança dos empresários no que se refere à capacidade de o novo governo federal promover as mudanças estruturais necessárias para uma retomada mais consistente do crescimento econômico. O segmento mais otimista quanto ao próximo ano é o ferroviário de cargas (83,3% acreditam que será melhor), enquanto o menos otimista é o metroferroviário (25,0%). Após um longo período de ceticismo da maioria dos transportadores quanto ao desempenho da economia e da própria atividade transportadora, apenas 2,8% dos participantes desta Sondagem afirmaram que o setor de transporte no Brasil estará em uma situação pior em 2019, quando se compara à realidade dos últimos dois anos. Questionados sobre a expectativa para os principais fundamentos macroeconômicos e indicadores de desempenho empresarial, os transportadores se revelaram bastante confiantes para o próximo ano, apesar dos resultados insatisfatórios de 2018. Assim, 76,6% dos entrevistados creem que a taxa de crescimento do PIB de 2019 será maior que a de 20183. Quanto à inflação, a expectativa é de queda para 46,4% dos transportadores. Nesse ponto, é preciso fazer uma ressalva, pois, ainda que a expectativa do IPCA seja de leve alta para o próximo ano, ela não reflete necessariamente o custo dos transportadores, que foi significativamente aumentado, em 2018, devido às altas dos preços dos combustíveis, destacadamente o diesel e o querosene de aviação (QAV). Já o câmbio, que influenciou diretamente o preço dos combustíveis em 2018, deve cair, em 2019, segundo 45,0% dos entrevistados. Para 48,5% dos entrevistados, a taxa de juros - fundamental para a realização de investimentos - tem previsão de queda. No que tange à carga tributária, 41,8% apostam em sua diminuição, provavelmente confiando em uma bem-sucedida Reforma Tributária com reflexos já em 2019. Outros 41,0% são menos otimistas e acreditam na manutenção do custo da obrigação tributária para o setor, enquanto apenas 12,0% revelaram expectativa de elevação da carga tributária. Esse comportamento mais dinâmico da atividade econômica, se confirmado, deve ter seus efeitos positivos para o setor transportador. Assim, 68,7% dos transportadores entrevistados projetam aumento da receita bruta em 2019, remuneração adicional essa oriunda do aumento da movimentação de cargas (83,4%), de passageiros (59,0%) e do número de viagens (67,3%). Acreditando nesse cenário otimista, 68,3% dos entrevistados esperam reduzir a ociosidade em suas empresas em 20194. O dinamismo econômico justifica o fato de que 53,0% pretendem aumentar a contratação 3  Os gráficos estão disponíveis na página 26. 4  33,5% acreditam que terão ociosidade, mas que ela será inferior à registrada em 2018. Outros 34,8% afirmaram que esperam não ter ociosidade no próximo ano.

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formal de empregados e 67,5% planejam investir em aquisição de veículos já no próximo ano. Isso indica que, na avaliação do setor, não apenas a crise econômica efetivamente teve seu fim mas também que os transportadores confiam nas propostas e nas medidas já sinalizadas pelo novo governo, principalmente naquelas relacionadas ao cenário econômico. Entre as ações estratégicas já anunciadas pela equipe econômica, destacam-se aquelas relacionadas à melhoria do ambiente de negócios e ao aperfeiçoamento dos marcos regulatórios, ambos temas muito relevantes para o setor transportador. No documento Transição de Governo 2018-2019 Informações Estratégicas5, elaborado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, afirma-se que: O aumento da produtividade brasileira mostra-se como estratégia fundamental para se garantir um crescimento econômico sustentado e ampliar o bem-estar da população. O desempenho da produtividade não tem sido satisfatório, considerando-se tanto a produtividade do trabalho quanto a produtividade total dos fatores.6 [...] Diversos são os fatores que contribuem para o crescimento da produtividade: promoção da inovação tecnológica, qualificação da mão de obra, ampliação dos investimentos em infraestrutura, melhoria no ambiente de negócios ou de qualidade das instituições e maior inserção internacional7. [...] O ambiente de negócios, por sua vez, tem papel determinante no crescimento da produtividade. Tornando-se mais eficiente - por meio de regras mais claras, maior segurança jurídica e maior agilidade burocrática, - haverá maior o incentivo ao empreendedorismo, à inovação e ao investimento.

Nesse propósito, o documento da transição aponta como possíveis contribuições do governo federal para a melhoria do ambiente de negócios e, consequentemente, para o aumento dos investimentos privados em suas diversas frentes e da competitividade nacional: • simplificação do ambiente regulatório e do sistema tributário; • promoção da concorrência; • redução dos custos sistêmicos; • aumento da transparência das relações público-privadas; e • redução da sobreposição regulatória e dos marcos legais. 5  Disponível em: https://transicao.planejamento.gov.br/wp-content/uploads/2018/11/Informa%C3%A7%C3%B5es-Estrat%C3%A9gicas-Minist%C3%A9rio-do-Planejamento_vers%C3%A3o-publica%C3%A7%C3%A3o_completa.pdf 6  Produtividade do trabalho é o total produzido dividido pelo número de trabalhadores empregados naquela atividade (ou seja, Produto Interno Bruto dividido pelo número de ocupações). Dessa forma, a produtividade do trabalho do país é a produção nacional dividida pelo número de trabalhadores no ano. Já a produtividade total dos fatores considera, além dos trabalhadores, os capitais físico e humano em seu cálculo. 7  IPEA, 2014 apud Transição de Governo 2018-2019 Informações Estratégicas. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

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Diante dessas e de outras indicações do governo Jair Bolsonaro, 77,7% dos entrevistados afirmaram que o ambiente de negócios para sua empresa, a partir de 2019, estará mais favorável8. Essa expectativa de cenário propício à atividade empreendedora é muito importante por ser um dos elementos estratégicos no planejamento de investimentos, contratações e expansão da atividade transportadora para os próximos anos. No que se refere às variáveis mais sensíveis ao setor transportador, os entrevistados indicaram os pontos que devem ser priorizados pelo presidente Jair Bolsonaro. O aspecto mais importante, evidenciado por 61,1% dos transportadores, são os investimentos em infraestrutura de transporte. Na sequência, foram destacadas a redução da carga tributária (57,7%), a segurança (45,5%) e a desburocratização (40,3%). Note-se que todos os temas prioritários estão diretamente relacionados às atividades operacionais das empresas e, dessa forma, têm efeitos diretos nos custos do transporte com reflexos na competitividade nacional. Considerando as perspectivas do governo do novo presidente Jair Bolsonaro, o ambiente de negócios para sua empresa, a partir de 2019, estará:

O(A) Sr.(a) acredita que o setor de transporte do Brasil, a partir de 2019, estará em uma situação melhor, igual ou pior quando comparado com os dois últimos anos?

77,7% Mais favorável

74,2% Melhor

15,7% Nem favorável, nem desfavorável

20,2% Igual

2,7% Mais desvaforável

2,8% Pior

3,9% NS/NR

2,8% NS/NR

Dos itens a seguir referentes ao transporte, em sua opinião, quais os três que mais precisam ser priorizados pelo Presidente Jair Bolsonaro? 61,1%

Investimentos em infraestrutura

57,7%

Redução da carga tributária 45,5%

Segurança

40,3%

Desburocratização Redução do número de órgãos governamentais

14,9%

Oferta de crédito

14,9%

Criação de política específica para o setor

14,7% 9,7%

Interlocução mais próxima aos transportadores Todos Outro NS/NR 0,0%

4,3% 2,3% 0,9% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

8  O total de 100,0% das empresas de transporte aéreo acreditam que o ambiente de negócios será melhor no governo Jair Bolsonaro. No segmento de transporte rodoviário de cargas, 50,0% das empresas apostam em um ambiente de negócios mais favorável. Esse é o segmento menos otimista para essa variável.

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SETOR TRANSPORTADOR ACREDITA QUE PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA PODEM SER SOLUCIONADOS PELO NOVO GOVERNO Base para a prestação dos serviços de transporte, a infraestrutura é um dos principais entraves ao crescimento econômico sustentado do país, e sua inadequação é um dos mais importantes elementos de custo para o setor transportador brasileiro9. Dispondo de uma rede de transporte pouco densa e com qualidade inadequada em sua maioria, o país possui um déficit acentuado de vias e estruturas complementares, como terminais de cargas, o que compromete a realização do transporte e eleva seu custo. Para eliminar essa deficiência e dotar o país das condições necessárias para a prestação eficiente do serviço de transporte, a CNT estimou a necessidade de R$ 1,7 trilhão em investimentos no Plano CNT de Transporte e Logística 201810. O aporte necessário para a infraestrutura é elevado e, como destacado nesta Sondagem pelos entrevistados e pela CNT no documento entregue aos candidatos à presidência11 “O Transporte Move o Brasil”, deve ser prioridade na pauta do novo presidente da República. O desafio da adequação da rede de transporte brasileira é grande, e o montante demandado é superior à capacidade de inversões do governo federal, dos governos estaduais e dos municipais. Diante disso, a participação da iniciativa privada, aprovada por 90,6%12 dos transportadores entrevistados na 10ª edição da Sondagem, é entendida pela CNT como a melhor estratégia para promover os investimentos de forma célere e com qualidade. Além dos recursos privados nacionais, os estrangeiros também são essenciais para propiciar uma rápida retomada do ciclo de investimentos em infraestrutura de transporte, principalmente devido à baixa poupança nacional e ao ainda pouco desenvolvido mercado de capitais de longo prazo do país. Apesar disso, a utilização de recursos estrangeiros suscita dúvidas sobre como promovê-la entre os transportadores, tanto que, enquanto 46,8% apoiam totalmente a participação estrangeira, 36,0% concordam com esses recursos de forma parcial. No Brasil, a principal forma de participação da iniciativa privada no provimento de infraestrutura de transporte é via concessão de infraestruturas já existentes. Apesar de o processo de transferência de ativos de infraestrutura ao setor privado para manutenção e exploração ter sido iniciado na década de 1990, ainda existem diversas questões que inibem a sua ampliação no país. Na avaliação dos transportadores, o principal entrave atual à celebração de contratos de concessão é a crise de confiança no governo federal (49,1%). Adicionalmente, foram apontados: falta de recursos financeiros (18,4%), falta de bons projetos (12,1%), baixo ritmo de crescimento da economia (11,5%), baixo retorno dos investimentos (11,2%) e falta de instrumentos financeiros para o financiamento de longo prazo (5,5%). 9  Conforme aponta a Pesquisa CNT de Rodovias 2018, apenas as inadequações do pavimento elevam o custo do transporte rodoviário de cargas em 26,7%. 10  Para saber mais sobre os projetos identificados pela CNT, acesse o Plano em www.cnt.org.br. 11  O documento foi entregue ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro. Posteriormente, as propostas foram apresentadas e debatidas com a equipe de infraestrutura do governo de transição do presidente eleito. 12  60,4% concordam totalmente, enquanto 30,2% concordam parcialmente.

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Considerando que os próximos certames ocorrerão já durante o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro e diante da elevada confiança no novo governo revelada tanto pelo setor transportador quanto pelos demais empresários, é possível que o principal problema já tenha sido mitigado. Complementarmente, caso as expectativas de desempenho econômico sejam confirmadas, o ritmo do crescimento econômico não mais será um problema. Para os demais problemas apontados, a CNT apresentou, em seu documento “O Transporte Move o Brasil”, ações necessárias para solucionar as principais restrições e estimular os investimentos privados. Entre elas: 1. incentivo ao desenvolvimento de projetos básicos e executivos de qualidade; 2. flexibilização da cobrança de outorgas nos leilões de infraestruturas de transporte, nos moldes da quinta rodada de concessões de aeroportos; 3. estímulo à aplicação de recursos de organismos multilaterais nos projetos de transporte; 4. eliminação aos entraves à entrada de capital estrangeiro para o investimento em infraestrutura; e 5. fortalecimento do mercado de capitais no país, com destaque para as debêntures de infraestrutura e os fundos de infraestrutura. O problema da qualidade dos projetos pode ser resolvido com o estímulo ao desenvolvimento de projetos básicos e executivos para compor um banco de projetos para a realização de obras de transporte que atendam tanto às parcerias com a iniciativa privada quanto às iniciativas do próprio governo. Já a flexibilização das outorgas, quando cobrada, é uma medida eficiente no que se refere à rentabilidade das concessões. Já entre as ações relacionadas com o aumento dos recursos disponíveis, sobressaem as vinculadas à eliminação de entraves ao capital estrangeiro com melhora da regulamentação para a atração desses recursos, bem como à facilitação do acesso ao mercado internacional como, por exemplo, um sistema de proteção às variações cambiais excessivas. Outra forma é o fortalecimento do mercado de debêntures de infraestrutura. No que concerne às debêntures de infraestrutura13, é salutar destacar que, ainda que essa alternativa seja uma das melhores opções para impulsionar o mercado de concessões no país, ela é pouco conhecida pelos transportadores. Apenas 21,1% dos entrevistados afirmaram conhecê-las. Desses, 25,0% afirmaram ter interesse em investir nessa modalidade. Divulgar o instrumento, esclarecendo suas funcionalidades, é fundamental para a criação de um mercado para esse tipo de ativo e, consequentemente, para impulsionar os investimentos em infraestrutura no país.

13  As debêntures de infraestrutura (DI) são títulos cuja emissão destina-se ao financiamento de projetos de infraestrutura, considerados prioritários pelo governo no âmbito do PPI. As DI gozam de isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas e investidores estrangeiros, além de fixação da alíquota em 15,0% para pessoas jurídicas. Para saber mais sobre as DI, acesse o Economia em Foco “Debêntures de infraestrutura para viabilizar investimento no país”, disponível em: http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Economia%20em%20foco/ECONOMIA_EM_FOCO_setembro2017. pdf.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

Além de incentivar a ampliação da participação da iniciativa privada, deve-se primar pela melhor aplicação dos recursos públicos, imperativos no processo de expansão das malhas de transporte. Para tanto, entende-se que deve haver uma reformulação do processo de forma a eliminar as ineficiências atuais e garantir a celeridade e a qualidade das intervenções promovidas pelo governo federal. Questionados sobre os principais motivos para os atrasos das obras, mais da metade dos transportadores evidenciaram o excesso de burocracia para começá-las (55,2%) e a falta de estrutura e preparo dos órgãos públicos (51,9%). Outros motivos evidenciados foram: a escassez de recursos para o financiamento das obras (37,6%); a dificuldade de se obter licenças ambientais (37,5%); a insegurança jurídica (20,1%); e a interferência do Tribunal de Contas da União - TCU (18,0%). Para solucionar o principal entrave, a burocracia, além de uma revisão dos processos internos, é vital investir em estruturação de bons projetos e bem como em uma metodologia clara e objetiva para a sua seleção, como proposto pela CNT aos presidenciáveis, de forma a garantir que as intervenções tenham viabilidade técnica e financeira. Essas ações contribuirão tanto para a desburocratização das obras quanto para a redução de eventuais paralisações pelo TCU. Ainda em relação a intervenções do TCU, a proposta da CNT de adoção de um Indicador de Desempenho das Obras de Infraestrutura mitigaria diversas potenciais irregularidades que seriam passíveis de indicativo de paralisação e, dessa forma, permitiria a sua continuidade, reduzindo tanto o seu tempo de execução quanto seu custo. Para a questão das licenças ambientais, a CNT propõe a adoção de mecanismos da tecnologia da informação e maior integração institucional pública. Além disso, a garantia da praticidade e transparência da informação aos processos autorizativos ambientais no intuito de simplificar o procedimento regulatório deve ser uma meta do governo. Por fim, para sanar a escassez de recursos públicos, agravada pela crise fiscal e pelo teto dos gastos, a Confederação sugere excluir a arrecadação da Cide-combustíveis da base da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e garantir sua aplicação integral nos tópicos definidos em sua lei de criação. Complementarmente, como forma de reduzir a pressão no orçamento público e garantir a manutenção das rodovias federais, principal gasto atual do governo federal em infraestrutura de transporte, propõe-se a criação de uma programa de PPPs patrocinadas para a manutenção de rodovias14. Ainda que os desafios do setor transportador sejam diversos e complexos, os entrevistados mostraram-se bastante confiantes na capacidade de o novo governo solucioná-los. Questionados se o governo federal seria capaz de viabilizar a solução dos problemas de infraestrutura de transporte no país, 82,1% afirmaram que sim e de forma gradual15. A avaliação aponta uma inversão da percepção dos transportadores no tocante a gestão da infraestrutura no âmbito federal.

14  Para saber mais sobre o programa de PPPs e demais propostas da CNT ao novo governo, acesse http://cms.cnt.org.br/ Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Propostas%20aos%20Candidatos/Documento_final_integra.pdf. 15  A percepção é compartilhada por transportadores de todos os modais participantes desta Sondagem.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

Em 2016, a primeira vez que o questionamento foi apresentado aos transportadores na Sondagem, 55,0% dos participantes afirmaram que o governo não seria capaz de resolver os problemas de infraestrutura. Já em 2017, o percentual de transportadores céticos aumentou, chegando a 85,4%. O resultado desta Sondagem indica que os transportadores acreditam não apenas no potencial de o novo governo promover mudanças estruturantes no âmbito econômico mas também creem na capacidade técnica, gerencial e política da equipe de transição de infraestrutura que comporá, ainda que parcialmente, o ministério da Infraestrutura e demais órgãos relacionados ao setor. Se confirmada a expectativa dos transportadores, o país passará por uma verdadeira revolução produtiva com significativos ganhos de eficiência e competitividade.

O(A) Sr(a). concorda ou discorda com a participação de investidores internacionais nos investimentos em infraestrutura de transporte?

O(A) Sr(a). concorda ou discorda com a participação da iniciativa privada nos investimentos em infraestrutura de transporte? 60,4% Concordo totalmente

46,8% Concordo totalmente

30,2% Concordo parcialmente

36,0% Concordo parcialmente

7,0% Discordo totalmente

13,7% Discordo totalmente

2,4% NS/NR

3,5% NS/NR

Na sua opinião, qual o principal entrave para as concessões de infraestrutura de transporte no Brasil? 49,1%

Crise de confiança no governo federal 18,4%

Falta de recursos financeiros para investimento Falta de bons projetos para investimento

12,1%

Baixo ritmo de crescimento da economia brasileira

11,5% 11,2%

Baixo retorno dos investimentos

5,5%

Falta de instrumentos financeiros para o financiamento de longo prazo

3,5%

Outros

Todos 0,6% NS/NR

1,8%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nessa questão.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

O(A) Sr(a). teria interesse em investir em debêntures de infraestrutura?

O(A) Sr(a). conhece as debêntures de infraestrutura?

21,1% Sim

25,0% Sim

77,1% Não

66,5% Não

1,8% NS/NR

8,5% NS/NR

Apenas para os que afirmaram conhecer as debêntures de infraestrutura.

Em sua opinião, quais são os três principais motivos para os atrasos nas obras de infraestrutura de transporte no Brasil? 55,2%

Excesso de burocracia para começar a obra

51,9%

Falta de estrutura e preparo dos órgãos públicos 37,6% 37,5%

Escassez de recursos para o financiamento das obras Dificuldade em se obter licenças ambientais 20,1% 18,0%

Insegurança jurídica Interferência do Tribunal de Contas da União

14,8%

Problemas no processo de seleção de obras públicas que devem ser realizadas Deficiência nos projetos de engenharia Corrupção Falta de fiscalização 0,5% Mão de obra 0,3%

13,0% 8,6%

Todos 0,1% Outro 1,4% NS/NR

1,4%

0,0%

20,0%

40,0%

A empresa poderia citar mais de um item nessa questão.

O(A) Sr(a). acredita que o governo federal será capaz de viabilizar a solução dos problemas de infraestrutura de transporte no país: 82,1% Sim, gradualmente 3,1% Sim, rapidamente 13,3% Não 1,5% NS/NR

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60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS É O PRIMEIRO GRANDE DESAFIO DO GOVERNO JAIR BOLSONARO Em 14 de outubro de 2016, a Petrobras anunciou uma nova política de precificação dos combustíveis, atrelando seus reajustes à cotação do petróleo no mercado internacional, com reavaliações de seus preços em uma frequência de pelo menos uma vez por mês. Oito meses depois houve novo anúncio, informando que as revisões teriam de ser mais regulares em razão da alta variação da taxa de câmbio e das cotações do petróleo no mercado exterior. A partir de então, a empresa passou a realizar reajustes a qualquer momento, até mesmo diariamente. Em meio à conjuntura internacional de escalada da cotação do petróleo e desvalorização sincronizada de diversas moedas emergentes, inclusive a brasileira, essa política, baseada em uma periodicidade muito curta para as revisões de preços, resultou em volatilidade e elevação acelerada do preço dos combustíveis no Brasil. Essa conjuntura impactou o principal insumo utilizado pela atividade transportadora culminou no movimento de paralisação dos caminhoneiros de 21 a 30 de maio. Em resposta à paralisação, como resultado das negociações entre caminhoneiros autônomos e o governo federal, foram adotadas medidas visando à redução e à maior estabilidade do preço dos combustíveis. Entre elas, destacam-se: o congelamento do preço do diesel por 3 meses (findos em 31 de agosto16), a concessão de subsídios econômicos a produtores e importadores do combustível até 31 de dezembro de 2018 e redução de impostos – notadamente a Cide-combustíveis e PIS/COFINS. Nesse cenário de incerteza quanto ao futuro da precificação dos combustíveis, 77,6% dos transportadores estão preocupados com uma possível nova alteração da metodologia de preço do principal insumo do setor. Ainda que o preço do petróleo esteja favorável no momento e o câmbio tenha um menor impacto, o novo governo deve ocupar-se de solucionar a questão de modo a trazer previsibilidade ao setor. O(A) Sr(a). está preocupado com uma possível nova alteração na política de preços da Petrobras a partir de janeiro de 2019?

77,6% Sim 19,6% Não 2,8% NS/NR

16  Terminado o período de congelamento, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), amparada na Resolução ANP 743/2018, passou a calcular os subsídios a produtores e importadores de diesel com base em um preço de referência, estimado pela própria agência a partir da cotação internacional do diesel, da taxa de câmbio brasileira e de custos adicionais com armazenamento e frete.

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Sondagem Expectativas EconĂ´micas do Transportador 2018 EXPECTATIVAS

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

MACROECONOMIA EXPECTATIVAS EM ALTA PARA O DESEMPENHO DA ECONOMIA EM 2019 DEPOIS DOS DESAPONTAMENTOS DE 2018 O setor transportador decepciona-se, novamente, com o desempenho da economia brasileira, tendo suas expectativas de crescimento contrariadas. Essa é a percepção de 43,9% dos entrevistados quando comparam o posicionamento que tinham no início de 2018 com os resultados alcançados no ano. Isso porque o processo de recuperação econômica por eles esperado não se concretizou da forma almejada. As mudanças quanto às perspectivas para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil evidenciam essa frustração. Na Sondagem de 2017, 54,8% dos participantes apostavam que o nível da atividade produtiva do país seria maior em 2018. No entanto, esse entendimento só se manteve para 38,8% dos transportadores, como revela esta edição da Sondagem. Isso porque as perspectivas dos empresários são afetadas pelos indicadores econômicos que mostram um cenário de elevado desemprego, com uma taxa de desocupação da população que atinge 11,7%17, e de baixo nível de atividade18. O setor transportador é igualmente afetado por essas questões, mas ainda tem que lidar com outros percalços como, por exemplo, a inflação. Ainda que o aumento do nível de preços mensurado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esteja em 3,6% no acumulado entre janeiro e novembro de 2018, valor abaixo do centro da meta de 4,5%, ele não reflete a realidade dos transportadores. A inflação do setor de serviços de transporte desse período chegou a 4,7%, isso considerando o aumento de 10,9% no preço dos combustíveis influenciado pelas altas no custo do diesel e no do querosene de aviação (QAV). Essa percepção é a responsável por fazer com que apenas 16,1% dos entrevistados esperem uma redução desse indicador. O comportamento do câmbio também é considerado nessa avaliação dos preços, uma vez que impacta aquelas atividades que importam seus insumos e exerce forte influência sobre a precificação dos combustíveis, especialmente após a instituição da nova política de preços da Petrobras19. Por isso, a avaliação dos transportadores sobre o comportamento dessa variável é semelhante: só 14,7% consideram que o câmbio reduzirá ainda em 2018. Já a percepção deles de que a taxa de juros (72,8%) deverá fechar o ano de 2018 em patamares iguais ou superiores aos de 2017 pode estar associada à instituição da Taxa de Longo Prazo (TLP) como principal custo financeiro dos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 17  Taxa de desocupação da população brasileira divulgada pelo IBGE para o terceiro trimestre de 2018. 18  Para mais informações sobre o panorama macroeconômico do Brasil, acesse a segunda edição do Transporte em Números em: http://www.cnt.org.br/publicacao/?artigo=transporte-em-numeros. 19  A política adotada pela Petrobras tem como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional - também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Social (BNDES). A TLP, diferentemente da TJLP antes vigente, não é subsidiada e tem seus valores definidos com base na projeção da inflação acumulada em doze meses. Dessa forma, os custos dos empréstimos do BNDES alinharam-se aos de mercado, tornando-os mais dispendiosos. A consequência natural desse processo é uma tendência a inibir a propensão do setor de investir. Decisão que é reforçada pela carga tributária incidente. 87,0% dos entrevistados avaliaram que os encargos financeiros devidos em 2018 devem ter valores semelhantes ou maiores que os de 2017. O pagamento de tributos pode ser interpretado como o valor desembolsado para manter as empresas funcionando e, por isso, pode inviabilizar empreendimentos. Ademais, o atual grau de confiança na gestão econômica do governo federal permanece baixo. Mesmo após 21,6% dos entrevistados terem afirmado que sua confiabilidade na forma como as políticas econômicas são conduzidas ter aumentado em relação a 2017, a credibilidade no setor público, em 2018, é baixa para 46,9% e, para 44,8%, moderada. Ainda assim, o clima de otimismo prevalece. Quando perguntados sobre sua opinião em relação ao comportamento do PIB em 2019, 76,6% dos respondentes afirmaram acreditar em uma taxa de crescimento maior que a verificada em 2018. Esse é o maior percentual apurado dentre todas as edições da Sondagem20, mostrando a confiança em um panorama mais favorável ao setor diante das promessas do próximo ciclo de governo e um alinhamento com o mercado que, de acordo com o Boletim Focus21, divulgado pelo Banco Central do Brasil, estima que a economia do país deverá crescer 2,53% em 201922. O ânimo também é observado quanto aos indicadores macroeconômicos e, pela primeira vez, a maior parte dos entrevistados disseram acreditar que as taxas de inflação (46,4%), de câmbio (45,0%), de juros (48,5%) e a carga tributária (41,8%) irão reduzir em 2019. De fato, a visão dos transportadores atesta a crença em um ambiente de negócios mais benéfico, porém não tão afinado com o mercado, que aponta para uma leve tendência de alta nesses parâmetros. A consequência desse entusiasmo do setor é a previsão de um desempenho robusto da economia com a retomada do crescimento do país prevista em, no máximo, dois anos, conforme o entendimento da maioria dos entrevistados. Para 38,3% das empresas, o aquecimento econômico poderá ser percebido já em 2019, enquanto 40,6% delas confiam que o ano da recuperação será 2020. É importante destacar que o cenário que se desenha com base nessas expectativas se traduz em aumento da demanda pelo serviço de transporte, uma vez que ele é o responsável por viabilizar o deslocamento de pessoas e de cargas pelo território nacional. Portanto, ele se apresenta como um incentivo para que as empresas voltem a investir em suas atividades, o que só irá efetivamente acontecer se o ambiente político estiver promissor como o econômico se mostra.

20  A Sondagem passou a ser publicada em 2012. Porém, apenas em 2015, a pergunta sobre as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano subsequente começou a ser feita, pois foi quando a Sondagem passou a ter uma edição única. 21  Boletim Focus de 07/12/2018. 22  Crescimento esperado em relação ao PIB de 2018.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Em relação às suas expectativas no início de 2018, o desempenho da econômia brasileira foi:

Comparado a 2017, o Sr.(a) acredita que a taxa de crescimento do PIB brasileiro em 2018: 24,6% Reduzirá

17,3% Melhor do que o esperado

32,5% Será mantida

37,9% O esperado

38,8% Aumentará

43,9% Pior do que o esperado

4,1% NS/NR

0,9% NS/NR

Inflação

Taxa de juros

Comparado a 2017, como o Sr.(a) avalia os seguintes indicadores em 2018:

Comparado a 2017, como o Sr.(a) avalia os seguintes indicadores em 2018:

16,1% Reduzirá

23,2% Reduzirá

40,2% Será mantida

34,5% Será mantida

41,1% Aumentará

38,3% Aumentará

2,6% NS/NR

4,0% NS/NR

Carga tributária

Taxa de câmbio

Comparado a 2017, como o Sr.(a) avalia os seguintes indicadores em 2018:

Comparado a 2017, como o Sr.(a) avalia os seguintes indicadores em 2018:

9,1% Reduzirá

14,7% Reduzirá

46,5% Será mantida

27,6% Será mantida

40,5% Aumentará

43,7% Aumentará

3,9% NS/NR

14,0% NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Como o(a) Sr.(a) avalia o seu atual grau de confiança na gestão econômica do governo federal?

Comparado a 2017, seu atual grau de confiança na gestão econômica do país: 35,6% Reduziu

46,9% Baixo

41,1% Manteve-se

44,8% Moderado

21,6% Aumentou

6,2% Elevado

1,7% NS/NR

2,1% NS/NR

Comparado a 2018, o Sr.(a) acredita que a taxa de crescimento do PIB brasileiro em 2019: 4,5% Reduzirá 13,5% Será mantida 76,6% Aumentará 5,4% NS/NR

Inflação

Taxa de juros

Comparado a 2018, qual a expectativa do Comparado a 2018, qual a expectativa do Sr.(a) para esses indicadores em 2019: Sr.(a) para esses indicadores em 2019:

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46,4% Reduzirá

48,5% Reduzirá

34,8% Será mantida

36,7% Será mantida

15,1% Aumentará

11,2% Aumentará

3,7% NS/NR

3,6% NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Carga tributária

Taxa de câmbio

Comparado a 2018, qual a expectativa do Comparado a 2018, qual a expectativa do Sr.(a) para esses indicadores em 2019: Sr.(a) para esses indicadores em 2019: 41,8% Reduzirá

45,0% Reduzirá

41,0% Será mantida

33,1% Será mantida

12,0% Aumentará

8,5% Aumentará

5,2% NS/NR

13,4% NS/NR

O(A) Sr(a). acredita que a retomada do crescimento econômico do país será percebida: 100,0%

80,0%

60,0%

38,3%

40,0%

40,6%

20,0%

12,8% 6,8%

0,0%

Já pode ser percebida em 2018

1,5% Em 2019

Em 2020

A partir de 2021

NS/NR

REFORMAS ESTRUTURANTES PODEM GARANTIR UM ESTADO EFICIENTE O próximo governo tem como desafio conseguir implementar as promessas de campanha a fim de manter o clima de otimismo associado à sua imagem perante o setor produtivo brasileiro. Em outras palavras, ele deve reverter a descrença por parte da população na capacidade de planejamento do Estado e trabalhar para reduzir a insatisfação com o elevado gasto para a manutenção de sua estrutura. Isso tudo porque o compromisso com um gerenciamento ativo e transparente acalma as incertezas de mercado e, assim, fomenta os investimentos e o desenvolvimento da sociedade. Em relação à atual gestão, no entanto, predomina um baixo grau de confiança. Os descontentamentos não são infundados. A previsão para as despesas governamentais considera para a meta fiscal um déficit de R$ 139,00 bilhões no Orçamento Geral da União (OGU) em 2019. O rombo só não deverá ser maior devido à vigência da regra constitucional que limita a expansão do teto de gastos a 4,39%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

em relação ao de 2018, percentual que corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre julho de 2017 e junho de 2018. A medida é um obstáculo ao aumento das obrigações financeiras e, portanto, auxiliam a reequilibrar as contas governamentais e a reduzir a necessidade de expandir a arrecadação. Talvez, por isso os transportadores que participaram da Sondagem se mostraram, em sua maioria (50,5%), favoráveis aprovação de um teto de gastos. No entanto, deve-se mencionar que esse controle pode impactar negativamente os usuários do sistema de transporte, pois, dado o caráter discricionário dos investimentos em infraestrutura, eles são um dos primeiros a serem contingenciados para que a obrigação fiscal seja respeitada. Possivelmente, esse ponto justifique o motivo de 39,4% se posicionarem contra o teto de gastos. Outra iniciativa que pode ajudar a minorar os custos do setor público é a Reforma Previdenciária. A revisão dos requisitos para concessão do benefício da aposentadoria é vital para o país a médio e longo prazos, porque as arrecadações já não são suficientes para sustentar os compromissos financeiros, fazendo com que o governo financie o saldo negativo com títulos públicos ou por meio de tributos, tanto pela criação de novos ou pela elevação das alíquotas dos existentes. Independentemente da estratégia adotada, é necessário que o governo federal se reestruture de forma a gastar menos e melhor, tornando possível a redução da carga tributária sobre os agentes econômicos almejada pelos transportadores. 71,7% das empresas transportadoras entrevistadas opinam que a Reforma Tributária deve ser levada adiante. O tratamento dessa questão deve ser ágil por ter elevado impacto sobre o desenvolvimento econômico do país. De acordo com o relatório do Banco Mundial Doing Business 2019, os empresários brasileiros gastam, em média, 1.958 horas com atividades administrativas relacionadas ao pagamento de tributos que consomem 64,7% do seu lucro. A situação é resultado do elevado número de impostos, taxas e contribuições devidos e do alto valor cobrado que as empresas devem arcar. Os números impressionam por serem superiores aos observados na América Latina (330 horas e 46,7% do lucro) e nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico23 (OCDE), onde se gasta em torno de 159,4 horas para se cumprir com as obrigações ficais e o pagamento de tributos dissipam 39,8% dos lucros. Nesse sentido, as principais demandas dos transportadores participantes desta Sondagem para corrigir esse problema dizem respeito à redução das alíquotas dos tributos já existentes como forma de diminuição da carga tributária (46,4%); à unificação dos tributos existentes mesmo com a manutenção da carga tributária (19,5%) que, conjuntamente com a simplificação da forma de recolhimentos dos tributos (16,0%), deve contribuir para tornar o pagamento das obrigações fiscais mais célere e menos dispendioso.

23  A OCDE é uma organização que serve de fórum para que os governos compartilhem experiências e busquem soluções para problemas comuns, buscando promover políticas que melhorem o bem-estar econômico e social das pessoas. Atualmente, o organismo internacional é composto por 36 países desenvolvidos e em desenvolvimento.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Em termos de tributos, a reforma deveria focar-se naqueles que mais pesam nos gastos das empresas. Especificamente para o setor transportador, são eles: o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – que é o que mais impacta o setor segundo a opinião de 49,6% dos que responderam à Sondagem -; o PIS/Cofins, calculado sobre a receita bruta das empresas (45,0%); e a Cide, o PIS e a Cofins incidentes sobre os combustíveis (29,3%), principal insumo do serviço de transporte. Essas relevantes mudanças são demandas antigas do setor transportador e consideradas, assim como para as demais atividades econômicas do país, necessárias para que a iniciativa privada produza mais, contribuindo para diminuir o desemprego e para a promoção do desenvolvimento do Brasil.

Teto de gastos

Reforma da Previdência

O(A) Sr.(a) aprova as seguintes medidas propostas ou já realizadas pelo governo federal?

O(A) Sr.(a) aprova as seguintes medidas propostas ou já realizadas pelo governo federal?

50,5% Sim

68,8% Sim

39,4% Não

24,5% Não

10,1% NS/NR

6,7% NS/NR

Reforma Tributária O(A) Sr.(a) aprova as seguintes medidas propostas ou já realizadas pelo governo federal?

71,7% Sim 21,6% Não 6,7% NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

Qual ajuste no Sistema Tributário Nacional o(a) Sr.(a) considera mais importante? 46,4%

Redução das alíquotas dos tributos já existentes (redução da carga tributária) 19,5%

Unificação dos tributos existentes mesmo com a manutenção da carga tributária

16,0%

Simplificação da forma de recolhimento de tributos

10,3%

Eliminação da possibilidade de bitributação (impostos em cascata)

6,6%

Simplificação das regras para determinar a base de cáculo

4,3%

Simplificação das regras de aproveitamento de crédito Eliminação das obrigações acessórias

1,8%

Todos

2,1% 4,0%

NS/NR 0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

Quais são os dois tributos que mais pesam nos gastos da sua empresa? 49,6%

ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços)

45,0%

Pis e Cofins incidentes sobre a receita bruta da empresa 29,3%

Cide-combustíveis e Pis/Cofins incidentes sobre os combustíveis

22,8%

Imposto de Renda Pessoa Jurídica

19,2%

Contribuição previdenciária patronal 9,7%

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Outro

2,1%

NS/NR 0,0% As empresas poderiam marcar até dois itens nesta questão.

30

8,4% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 MACROECONOMIA

GREVE DOS CAMINHONEIROS IMPACTOU NEGATIVAMENTE A ECONOMIA BRASILEIRA E O SETOR DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE A paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2018, em resposta aos frequentes reajustes nos preços dos combustíveis, componente com grande destaque na estrutura de custos da categoria, foi responsável por impossibilitar a contratação de fretes, e gerou uma significativa redução no fluxo de veículos nas rodovias brasileiras. A movimentação de veículos pesados nas rodovias concessionadas diminuiu 27,7% e a de veículos leves, 11,4%, quando comparados os fluxos de maio e abril de 2018, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR)24. Essas informações ajudam a explicar a severa crise de abastecimento das cidades verificada durante a greve. Com a falta de insumos para produzir e com os empregados encontrando dificuldade para chegar aos seus locais de trabalho, não foi possível produzir, de forma que a economia brasileira, que estava em um processo de recuperação, teve seu desempenho prejudicado. Assim, o PIB brasileiro cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre de 2018 e 0,8% no terceiro. Os impactos danosos, no entanto, não isentaram o setor transportador. Um total de 69,6% dos participantes da Sondagem afirmaram que tiveram as operações das suas empresas afetadas negativamente pela greve dos caminhoneiros. Quando consideramos apenas as companhias aéreas respondentes, esse percentual chega a 100,0%. Apenas uma parcela de 12,8% de todos os entrevistados disse não ter sentido os efeitos da paralisação. O episódio serviu para demonstrar como todas as atividades econômicas dependem do sistema de transporte para manter seus ritmos de produção. O transporte é um elemento estratégico e de fundamental importância para o desenvolvimento das sociedades, uma plataforma para que os agentes econômicos se relacionem. Por isso, o governo federal aceitou atender a algumas das demandas dos grevistas para pôr fim à greve. Entre elas, estão o subsídio ao diesel para reduzir o preço de revenda nas bombas dos postos de combustível e a criação de uma tabela de fretes mínima para o transporte de cargas, entre outras. Diante do questionamento se a instituição do tabelamento do preço do frete causou variações na demanda pelo serviço de transporte, as empresas afirmaram não ter percebido variações (39,7%). No entanto, a análise por modal revela que o segmento ferroviário, um candidato natural a assumir o papel do transporte rodoviário de cargas, constatou aumentos na procura pelos seus serviços.

24  Após o encerramento da paralisação, o fluxo de veículos nas rodovias brasileiras apresentou um crescimento exponencial que não refletia, necessariamente, que a movimentação rodoviária tivesse se recuperado completamente, pois a variação estava sendo calculada sobre uma base deprimida. Os dados mais recentes mostram que, de janeiro a novembro de 2018, o fluxo pedagiado de veículos pesados teve expansão de 0,8% e o de veículos leves, queda de 2,6%.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR MACROECONOMIA

As operações da sua empresa foram afetadas pela greve dos caminhoneiros que ocorreu em maio de 2018?

17,1% Sim, positivamente 69,6% Sim, negativamente 12,8% Não 0,5% NS/NR

O(A) Sr.(a) percebeu variação na demanda pelo serviço de transporte da sua empresa após a instituição do tabelamento do preço do frete? (Apenas para quem faz transporte de cargas) 25,6% Sim, a demanda aumentou 22,6% Sim, a demanda diminuiu 39,7% Não 12,1% NS/NR Apenas para quem faz transporte de cargas.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

DESEMPENHO DO SETOR PROBLEMAS MACROECONÔMICOS AFETARAM O DESEMPENHO DAS EMPRESAS EM 2018 O desempenho das empresas de transporte, em 2018, frustrou as expectativas de grande parte dos transportadores do país. Considerando suas perspectivas no início do ano, 35,1% deles afirmaram que o resultado da sua empresa foi pior do que o esperado, enquanto 39,8% avaliaram que os resultados corresponderam às expectativas e, para 23,3%, os resultados foram superiores aos previstos. Apesar do percentual ainda elevado de expectativas frustradas, os indicadores de 2018 são melhores do que os de 2017: a proporção de transportadores surpreendidos positivamente pelo desempenho da sua empresa aumentou 5,6 pontos percentuais (p.p.) em relação à Sondagem 2017, enquanto a de transportadores que tiveram resultados abaixo dos esperados caiu 5,4 p.p. Quais são os entraves que mais influenciaram o desempenho das empresas de transporte durante o ano de 2018? A Sondagem fez essa pergunta aos entrevistados e chegou aos seguintes resultados: o fator mais citado foi o baixo crescimento econômico (59,8%), seguido da elevada carga tributária do setor (51,7%) e dos altos preços dos insumos do transporte (42,4%). De acordo com a percepção dos transportadores, também merecem destaque as incertezas no cenário político-eleitoral (24,4%) e as deficiências na infraestrutura (22,7%). Essa avaliação é consistente com as análises econômicas da CNT publicadas ao longo do ano. No boletim de Conjuntura do Transporte - Macroeconomia, de 20 de novembro de 2018, a CNT ressaltou que, em meio à elevada ociosidade no setor produtivo e a altas taxas de desemprego, o baixo crescimento econômico, associado a uma fraca demanda por bens e serviços, levou as empresas a adiarem novos investimentos e novas contratações, criando um círculo vicioso que, em 2018, acentuou o cenário de alto desemprego e desaceleração da demanda na economia – seja por insumos, máquinas, equipamentos e consultorias entre empresas ou por bens e serviços voltados ao consumo final das famílias. Refletindo essa conjuntura, a economia brasileira cresceu 1,1% no acumulado de 2018 até setembro, e o setor de transporte, 2,3%25. O que a Sondagem 2018 mostra é que essa expansão registrada em 2018 foi insuficiente e prejudicial à operação e ao nível de atividade das empresas de transporte, uma vez que os entrevistados apontaram o baixo crescimento como o principal problema para a atividade das suas empresas no ano. Já na segunda edição de 2018 do boletim Transporte em Números, a CNT apontou, em linha com os resultados da Sondagem 2018, que a atual dinâmica de preços no país onera mais pesadamente as empresas de transporte. Por um lado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vem registrando variações abaixo do centro da meta de inflação, em razão, ao menos em parte, da menor procura por produtos e serviços não essenciais às famílias brasileiras, como aqueles dos segmentos de vestuário, comunicação, despesas pessoais e artigos de residência. Por outro lado, 2017 e 2018 foram anos de aceleração muito intensa do preço dos combustíveis. Enquanto o IPCA aumentou 2,8%, em 2017, e 3,6% no resultado parcial26 de 2018, os combustíveis subiram 8,9% e 10,9% no mesmo período. 25  Taxas de crescimento em relação a igual período do ano anterior. 26  Resultado parcial de 2018 referente ao período de janeiro a novembro.

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Isso significa que o custo para a prestação de serviços de transporte ­­– sendo o combustível seu principal componente – não acompanhou a tendência de desaceleração do nível geral de preços, retratada no IPCA. Dessa maneira, a atividade das empresas de transporte, em 2018, foi prejudicada não só pelo ritmo lento da economia mas também por pressões de custos, tal como indicado pelos transportadores nesta Sondagem. Junto a esses problemas na estrutura econômica do Brasil, o período eleitoral correspondeu a uma fonte adicional de incertezas para o setor produtivo. Essa é a avaliação revelada pela maioria dos entrevistados: 53,8% apontaram que o desempenho do setor transportador foi negativamente afetado pela indefinição que antecedeu a eleição presidencial de 2018. Diante desse conjunto de problemas econômicos estruturais e conjunturais, a CNT também apontou, ao longo do ano, que a retomada do crescimento no Brasil precisará ser puxada por um programa de investimentos em infraestrutura – um diagnóstico aderente à percepção dos transportadores. O investimento em infraestrutura não só soluciona deficiências estruturais históricas mas também ativa o segmento de construção civil – capaz, de absorver de forma, mais célere os trabalhadores brasileiros – desempregados, e recompõe a demanda por bens e serviços entre empresas, além de desencadear um novo ciclo de expansão da economia brasileira. Portanto, na atual condição do país, aportes vinculados a um programa de melhorias de infraestrutura poderão beneficiar a atividade das empresas de transporte por dois canais: pela redução do custo operacional da prestação dos serviços de transporte e pela contribuição à retomada de um ciclo mais longo e sustentado de crescimento econômico – ambos são fatores importantes para as empresas do setor, segundo a percepção dos entrevistados.

Em relação às suas expectativas no início de 2018, o desempenho da da sua empresa foi: 23,3% Melhor do que o esperado 39,8% O esperado 35,1% Pior do que o esperado 1,8% NS/NR

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Quais dos seguintes problemas mais prejudicaram a atividade da sua empresa em 2018 (MARCAR TRÊS). 59,8%

Baixo crescimento econômico 51,7%

Elevada carga tributária da atividade transportadora 42,4%

Preços elevados dos insumos do transporte 24,4%

Incertezas no cenário político-eleitoral

22,7%

Deficiência na infraestrutura

16,6%

Custo da mão de obra

15,7%

Dificuldade de acesso ao crédito

13,8%

Problemas relacionados a greves ou eventos similares

7,7%

Regulamentação do setor transportador Dificuldade de acesso a tecnologia Outros

1,5% 3,0%

Todos

1,4%

NS/NR

1,2%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

O(A) Sr.(a) considera que o desempenho econômico do setor transportador em 2018 foi afetado pela indefinição que antecedeu a eleição presidencial de 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

53,8%

40,0%

34,4%

20,0%

8,6% 0,0%

Sim, negativamente

Sim, positivamente

3,2% Não foi alterado

NS/NR

APESAR DA CONJUNTURA DESFAVORÁVEL EM 2018, EMPRESAS DE TRANSPORTE AUMENTAM PRODUTIVIDADE, MAS INCORREM EM PRESSÕES NO CUSTO OPERACIONAL Os indicadores macroeconômicos e o diagnóstico da atual conjuntura do país se refletem também na esfera microeconômica, relacionada ao processo interno de tomada de decisão das empresas. Assim, os transportadores não revelaram satisfação quanto ao volume de serviços demandados às suas empresas em 2018. Considerando a procura observada em anos anteriores, 60,6% dos entrevistados avaliaram que, em 2018, o volume de serviços demandados foi mediano: 23,5% afirmaram que foi baixo, e só 14,0% que foi elevado. Embora esses resultados mostrem que a procura por serviços de transporte no Brasil ainda é pouco vigorosa, o mercado melhorou em relação a 2017. O percentual de transportadores que declararam baixa demanda caiu 13,2 p.p. em relação à Sondagem de 2017, ao mesmo tempo em que as empresas que apontaram demanda mediana ou alta subiram 9,8 p.p. e 3,2 p.p., respectivamente.

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Como desdobramento do ritmo lento de crescimento da procura por serviços de transporte, há uma alta parcela de empresas transportadoras (53,1%) operando com ociosidade na capacidade produtiva, tal como verificado em outros setores da economia – a exemplo do industrial de transformação27. Resultado do período muito prolongado de recessão e de uma queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) que chegou a 6,7% no biênio de 2015-2016, a capacidade ociosa do setor de transporte precisa ser absorvida, por meio de um aumento mais expressivo no volume de serviços prestados, para que se justifiquem novos investimentos e novas contratações de forma mais rápida por parte das empresas. Apesar do grau de capacidade ociosa no setor de transporte, os entrevistados revelaram, nesta Sondagem, uma predisposição maior para investir, principalmente em ampliação da frota mas também na expansão da cobertura geográfica e das instalações físicas, em comparação com o observado nas Sondagens de 2016 e de 2017. Essa propensão mais otimista ao investimento se deve, em grande parte, à percepção dos transportadores de que o novo governo será, de fato, capaz de melhorar, já a partir de 2019, a situação do setor de transporte e o ambiente de negócios no país. É importante observar que esses fatores são ainda incertos e, por isso, devem ser avaliados na medida em que forem implementadas as ações do plano de governo para que eventuais ajustes que se fizerem necessários possam ser efetuados com presteza e de forma incremental, com a contribuição dos transportadores. Complementarmente, apesar do baixo crescimento econômico em 2018 e, portanto, da fraca demanda por serviços de transporte, a maioria das empresas transportadoras consultadas conseguiu otimizar o seu sistema logístico, mantendo (40,9%) ou aprimorando (36,1%) o seu nível de produtividade. O aumento de produtividade foi maior nos segmentos rodoviário de cargas (44,1%), ferroviário de cargas (83,3%) e de navegação interior (41,4%). Já a manutenção dos níveis de produtividade foi observada mais fortemente nos segmentos rodoviário de passageiros regular (48,7%), rodoviário de passageiros por fretamento (41,9%) e urbano de passageiros por ônibus (44,0%). No segmento metroferroviário, 37,5% das empresas mantiveram estável o seu nível de produtividade, enquanto 37,5% a aumentaram28. Em paralelo, 2018 foi um ano desfavorável no tocante ao custo de operação das empresas de transporte. Levando em consideração os custos operacionais registrados em 2017, 64,7% dos transportadores entrevistados apontaram que houve aumento, 23,2% deles afirmaram que seus custos ficaram estáveis, e apenas 10,2% reportaram uma redução. À luz desses resultados, dois focos de pressão dos custos operacionais merecem destaque, uma vez que foram também indicados pelos transportadores como dificuldades que mais prejudicaram a atividade das suas empresas em 2018. O primeiro deles foi o preço elevado dos insumos do transporte, principalmente dos combustíveis. Por ser o principal insumo para a prestação de serviços em todos os modais, a alta de preços dos combustíveis causou também um aumento do custo operacional total das empresas, que foi percebido pela maioria dos entrevistados nesta Sondagem. 27  De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a utilização da capacidade instalada da indústria de transformação foi de 77,8% em setembro de 2018 – 4,7 p.p. inferior à média dos cinco anos anteriores à recessão (2010 a 2014). 28  12,5% afirmaram ter reduzido, e outros 12,5% não souberam ou não responderam.

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O segundo foco de pressão dos custos operacionais decorre das deficiências na infraestrutura de transporte. De acordo com o Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial 2018, o Brasil ocupa, no quesito de infraestrutura, a 81ª posição em um ranking de 140 países. Essa colocação reflete um conjunto de gargalos, entre os quais se destacam: a baixa qualidade e conectividade das rodovias, baixa densidade ferroviária (3,6 km/1.000 km29) e a ineficiência de serviços portuários e aeroportuários. Esses gargalos estruturais fazem com que as empresas de transporte incorram em um maior consumo de combustíveis, maior desgaste das suas peças e equipamentos – o que exige mais gastos com revisão e manutenção –, além de arcarem com um maior risco de acidentes ou avarias. Tudo isso se traduz em um custo operacional mais elevado para as empresas de transporte.

Considerando os anos anteriores, o volume de serviços demandados à sua empresa em 2018 foi: 23,5% Baixo 60,6% Mediano 14,0% Alto

A sua empresa operou com capacidade ociosa em 2018? 53,1% Sim 43,9% Não 3,0% NS/NR

1,9% NS/NR

Comparado a 2017, em 2018 sua produtividade:

Comparado a 2017, em 2018 os custos operacionais da sua empresa:

21,3% Reduziu

10,2% Reduiziram

40,9% Ficou estável

23,2% Ficaram estáveis

36,1% Aumentou

64,7% Aumentaram

1,7% NS/NR

1,9% NS/NR

29  Dados do The World Factbook, disponibilizados pela Agência Central de Inteligência americana (CIA).

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EMBORA OS PREÇOS DOS INSUMOS CONTINUEM PRESSIONANDO OS CUSTOS OPERACIONAIS, TRANSPORTADORES ESPERAM TRAJETÓRIA MENOS ASCENDENTE EM 2019 Em 2018, assim como aconteceu nos dois últimos anos (2017 e 2016), a maioria dos transportadores percebeu elevação dos seus custos. Contudo, as expectativas para os preços dos insumos no ano de 2019 são menos pessimistas do que as verificadas nos últimos dois levantamentos realizados pela CNT. De modo geral, os empresários do transporte esperam que seus custos apresentem uma trajetória menos ascendente em 2019 do que em 2018, no que se refere a combustíveis, lubrificantes, pneus e energia elétrica.

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E PNEUS Em relação ao preço dos combustíveis, principal insumo para o setor transportador, 79,4% dos entrevistados disseram que os preços, em 2018, aumentaram em relação a 2017 – de fato, os combustíveis apresentaram variação de 10,9% no acumulado de janeiro a novembro, segundo os cálculos do IBGE30. Em relação aos lubrificantes e aos pneus, a percepção também foi de subida dos preços ao longo de 2018 – 75,2% e 75,6% dos entrevistados, respectivamente, disseram que estão pagando mais caro este ano em comparação com o ano passado. É importante lembrar que, na Sondagem de 2017, os preços elevados dos insumos foram o quarto principal problema que mais prejudicou a atividade das empresas no ano: 32,1% delas citaram esse aspecto, que ficou atrás apenas da crise econômica (73,3%), crise política (51,9%) e elevada carga tributária da atividade transportadora (41,3%). Este ano, o problema ficou mais grave: a alta dos preços insumos foi o terceiro item que mais prejudicou o setor de transporte em 2018 – foi citado por 42,4% das empresas, atrás apenas do baixo crescimento econômico (59,8%) e da elevada carga tributária da atividade transportadora (51,7%). Apesar disso, as expectativas para o ano de 2019, embora incertas – pois os empresários estão divididos quanto ao fechamento do preço dos combustíveis no próximo ano –, são mais otimistas do que a dos dois últimos anos. Isso porque, cerca de um terço (33,2%) acredita que os preços dos combustíveis aumentarão em 2019 em comparação com 2018, 32,2% esperam pela manutenção do nível de preços e 30,2% apostam em uma redução nos preços dos combustíveis. Apesar dessa incerteza, essas expectativas são mais otimistas do que as de anos anteriores: em 2017, apenas 4,3% dos empresários sondados apostavam em queda no preço dos combustíveis para o ano seguinte, enquanto 68,9% acreditavam em um aumento; em 2016, somente 15,5% apostavam em redução dos preços dos combustíveis para o ano seguinte. A exceção são os empresários dos setores ferroviário, metroferroviário e aéreo, que, mais céticos, não creem na queda dos seus combustíveis em 2019. Sobre as expectativas para os preços dos lubrificantes e pneus para 2019, a previsão é a mesma: a parcela das empresas que espera uma redução dos preços, em 2019, desses insumos (25,1% esperam 30  Veja a segunda edição do Transporte em Números publicado pela CNT, em dezembro de 2018

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queda nos preços dos pneus, e 24,6% acreditam em redução dos preços dos lubrificantes) é, embora diminuta, superior à dos anos anteriores31.

Diesel / Bunker / QAV Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento do preço dos seguintes insumos em 2018? 5,5% Reduziu 12,8% Manteve-se 79,4% Aumentou 2,3% NS/NR

Lubrificantes Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento do preço dos seguintes insumos em 2018? 3,9% Reduziu 18,2% Manteve-se 75,2% Aumentou 2,7% NS/NR

Pneus Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento do preço dos seguintes insumos em 2018? 3,7% Reduziu 18,1% Manteve-se 75,6% Aumentou 2,6% NS/NR

31  Em 2017, apenas 3,2% dos empresários acreditavam em queda dos preços dos lubrificantes, e 3,4% dos preços dos pneus no ano seguinte. No ano de 2016, esses percentuais foram de 10,6% e 9,6%, respectivamente.

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Diesel / Bunker / QAV Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento do preรงo dos seguintes insumos em 2019? 30,2% Reduzirรก 32,2% Serรก mantido 33,2% Aumentarรก 4,4% NS/NR

Lubrificantes Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento do preรงo dos seguintes insumos em 2019? 24,6% Reduzirรก 38,2% Serรก mantido 32,7% Aumentarรก 4,5% NS/NR

Pneus Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento do preรงo dos seguintes insumos em 2019? 25,1% Reduzirรก 37,1% Serรก mantido 33,9% Aumentarรก 3,9% NS/NR

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PRATICAGEM E TAXAS PORTUÁRIAS No setor aquaviário, embora uma parcela significativa dos entrevistados (45,0%) não tenha respondido sobre os preços da praticagem, em 2018, 72,7% dos que souberam responder se depararam com preços maiores nesse ano do que em 2017, e apenas 9,0% obtiveram preços menores. A expectativa para o ano de 2019 é de incerteza, uma vez que 45,0% dos transportadores do setor aquaviário não sabem se os gastos com praticagem irão subir ou cair. Na Sondagem de 2017, somente 10,0% dos entrevistados não souberam ou não responderam essa questão. Em relação às taxas portuárias, 62,5% das empresas do transporte aquaviário encerrarão 2018 pagando valores maiores do que os de 2017. Para 2019, 42,5% dos empresários esperam um aumento dessas taxas: 22,5% acreditam que haverá manutenção e apenas 15,0% acreditam em uma redução.

Praticagem

Taxas portuárias

Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2018?

Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2018?

5,0% Reduziram

5,0% Reduziram

10,0% Mantiveram-se

17,5% Mantiveram-se

40,0% Aumentaram

62,5% Aumentaram

45,0% NS/NR

15,0% NS/NR

Praticagem

Taxas portuárias

Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2019?

Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2019?

10,0% Reduziram

15,0% Reduziram

12,5% Mantiveram-se

22,5% Mantiveram-se

32,5% Aumentaram

42,5% Aumentaram

45,0% NS/NR

20,0% NS/NR

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TAXAS AEROPORTUÁRIAS Sobre as expectativas para os valores das taxas aeroportuárias, as empresas aéreas são historicamente céticas: elas afirmaram, tanto em 2018 quanto nos dois últimos levantamentos, que não perceberam queda dessas taxas e também não tiveram expectativas de redução para o ano seguinte.

Taxas aeroportuárias

Taxas aeroportuárias

Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2018?

Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento do preço dos seguintes insumos em 2019?

0,0% Reduziram

0,0% Reduziram

0,0% Mantiveram-se

0,0% Mantiveram-se

75,0% Aumentaram

50,0% Aumentaram

25,0% NS/NR

50,0% NS/NR

ENERGIA ELÉTRICA Em relação ao preço da energia elétrica, 77,7% dos entrevistados disseram que os preços em 2018 aumentaram em relação a 2017. Na Sondagem de 2017, a constatação foi semelhante: 74,0% das empresas afirmaram que estavam pagando energia elétrica mais cara que no ano anterior. Contudo, as expectativas para o ano de 2019 são menos pessimistas, pois, embora 40,9% das empresas acreditem que enfrentarão aumento dos preços da energia elétrica no próximo ano, 31,7% apostam em manutenção e 19,5%, em uma queda nos preços: na Sondagem de 2017, apenas 4,0% dos entrevistados apostavam em queda, e 67,5% acreditavam em um aumento dos preços da energia elétrica em 2018.

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Energia elétrica

Energia elétrica

Comparado a 2017, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2018?

Comparado a 2018, qual sua expectativa para o fechamento dos seguintes preços em 2019?

2,7% Reduziram

19,5% Reduzirão

13,8% Mantiveram-se

31,7% Serão mantidos

77,7% Aumentaram

40,9% Aumentarão

5,8% NS/NR

7,9% NS/NR


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MAIS DA METADE DOS TRANSPORTADORES PRETENDE EXPANDIR TAMANHO DA FROTA EM 2019. EXPECTATIVAS DE AUMENTO DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E ÁREA DE ATUAÇÃO SÃO AS MAIORES DESDE 2016 A confiança na gestão econômica do futuro governo, na sua capacidade de resolver os problemas de infraestrutura de transporte no país e, consequentemente, no crescimento da economia como um todo animaram os empresários do transporte, que planejam expansão das suas estruturas em 2019: mais da metade espera aumento do tamanho das suas frotas para o próximo ano; a parcela das empresas que projetam ampliação da cobertura geográfica e das suas instalações físicas no próximo ano é a maior desde 2016. Em 2017, embora os transportadores estivessem mais confiantes em relação ao desempenho da economia do que no ano anterior, eles ainda se mantiveram cautelosos quanto à expansão das estruturas das suas empresas. Isso porque, no ano passado, a maioria dos empresários afirmou que manteriam o tamanho das suas frotas no ano seguinte (54,8%), assim como suas áreas de atuação (73,2%) e instalações físicas (83,8%). Questionados novamente este ano, o setor manteve as expectativas: 50,9% das empresas mantiveram suas frotas em 2018, 71,4% não expandiram nem reduziram a abrangência geográfica, e 79,5% declararam que suas instalações físicas não se modificaram ao longo do ano. Contudo, é possível notar que os investimentos em modernização e ampliação de frota tendem a ser retomados gradualmente a partir de 2019 e há um movimento, embora tímido, da intenção de expansão de frota e área de atuação das empresas, conforme será mostrado a seguir.

Tamanho da frota

Abrangência geográfica

Comparado a 2017, qual sua expectativa em relação à estrutura da sua empresa em 2018?

Comparado a 2017, qual sua expectativa em relação à estrutura da sua empresa em 2018?

18,8% Reduziu

8,8% Reduziu

50,9% Ficou estável

71,4% Ficou estável

28,9% Aumentou

17,7% Aumentou

1,4% NS/NR

2,1% NS/NR

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Instalações físicas Comparado a 2017, qual sua expectativa em relação à estrutura de sua empresa em 2018? 4,9% Reduziu 79,5% Ficou estável 13,9% Aumentou 1,7% NS/NR

ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA Em relação às expectativas de abrangência geográfica dos serviços, nota-se uma melhora nos indicadores das empresas em 2019 comparativamente a 2018: 36,1% apostam em um aumento da cobertura geográfica para o próximo ano – nas duas últimas edições, esse montante não ultrapassou os 25,0%. Destaca-se que há uma expectativa de expansão de atuação mais expressiva nos segmentos aéreo, terrestre e aquaviário: 50,0% dos aeroviários, 40,9% dos empresários do transporte rodoviário de cargas, 37,5% do transporte rodoviário de passageiros, 20,7% do transporte urbano de passageiros por ônibus e 42,5% dos aquaviários planejam expansão da cobertura geográfica para 2019, os maiores patamares verificados nas Sondagens nos últimos dois anos para esses segmentos32.

Abrangência geográfica Comparado a 2018, quais os planos em relação à estrutura da sua empresa em 2019? 1,9% Reduzirá 57,7% Ficará estável 36,1% Aumentará 4,3% NS/NR

32  Os resultados por modal são mostrados no Apêndice.

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TAMANHO DA FROTA Para 2019, mais da metade (54,8%) dos entrevistados planeja expansão da frota de veículos. Trata-se de uma constatação positiva, dado que, nos últimos dois anos, a maioria das empresas sondadas possuía expectativas de manutenção da frota no ano seguinte. Alguns resultados merecem destaque: 83,3% dos ferroviários planejam aumentar o tamanho da frota, enquanto dois terços (66,7%) dos transportadores rodoviários de cargas esperam aumentar suas frotas no próximo ano, o maior valor registrado nas últimas Sondagens. Ademais, 55,0% das empresas do transporte aquaviário planejam expansão da frota para 2019; nos levantamentos de 2017 e 2016, os valores observados para esse grupo foram de 25,7% e 34,0%, respectivamente. No transporte rodoviário de passageiros, nos dois últimos anos (2016 e 2017), menos de 30,0% tinham expectativa de aumento do tamanho da frota no ano seguinte; no levantamento deste ano, 49,4% das empresas consultadas planejam expandir a frota de veículos em 2019.

Tamanho da frota Comparado a 2018, quais os planos em relação à estrutura da sua empresa em 2019? 3,5% Reduzirá 37,1% Ficará estável 54,8% Aumentará 4,6% NS/NR

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INSTALAÇÕES FÍSICAS O otimismo em relação à economia também fez algumas empresas modificarem suas expectativas sobre as instalações físicas. Nas Sondagens de 2016 e 2017, verificou-se que mais de 80,0% dos entrevistados do setor de transporte não planejavam expansão das suas instalações físicas no ano seguinte, e menos de 15,0% deles declararam intenção de expandir suas instalações. Já para 2019, 67,3% planejam manter, e 26,3% deles esperam aumentar suas instalações físicas, número que releva um otimismo, embora moderado, maior que os registrados anteriormente.

Instalações físicas Comparado a 2018, quais os planos em relação à estrutura da sua empresa em 2019? 2,1% Reduzirá 67,3% Ficará estável 26,3% Aumentará 4,3% NS/NR

DOIS TERÇOS DAS EMPRESAS PLANEJAM AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS EM 2019: É A EXPECTATIVA MAIS ALTA DOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS Nos últimos anos, em razão da grave crise econômica, os planos de investimentos das empresas do setor de transporte foram adiados. Contudo, para o ano que vem, no tocante às expectativas sobre aquisição de veículos, o cenário é de otimismo: o número de empresas que realizarão aquisição de veículos, em 2019, supera aquelas que não farão. Ademais, para o ano de 2019, dois terços das empresas (67,5%) planejam aquisição de veículos: é a melhor expectativa dos últimos três anos. Essa mesma expectativa é captada nas questões tratadas anteriormente sobre as expectativas para o tamanho da frota. Contudo, os juros pagos pelas empresas para contratação de financiamentos continuam elevados. Ademais, no tocante à análise de crédito, destaca-se que a importância das linhas de financiamento do BNDES para a aquisição de veículos, embora alta, vem caindo ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que está aumentando a relevância das linhas de crédito livre33, principalmente de bancos comerciais.

33  Enquanto o crédito direcionado é aquele que possui taxas de juros subsidiadas para alguns setores da economia, o crédito livre possui as taxas pactuadas sem a interferência do governo.

46


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

CRÉDITO Em 2018, 52,3% das empresas sondadas declararam que não contrataram empréstimos ou financiamentos no ano. As que contrataram (44,6%) utilizaram os recursos em primeiro lugar para aumento de frota (60,7%) e, em segundo lugar, para capital de giro (36,4%). Destaca-se que os segmentos ferroviário de cargas e o metroferroviário apresentaram outra razão relevante: 40,0% e 75,0% das empresas, respectivamente, informaram ter captado recursos no mercado financeiro para expansão das suas instalações físicas. Contudo, os juros pagos pelas empresas continuam altos. Em maio, na publicação “Por que os juros para financiamento de veículos não estão acompanhando a queda da SELIC, apesar da diminuição da inadimplência?”, a CNT fez um diagnóstico que agora é reforçado por esta Sondagem: mais da metade das empresas que demandaram crédito em 2018 não perceberam queda nas taxas de juros das linhas de crédito que normalmente utilizam. Embora os juros cobrados ainda estejam elevados, nota-se que as empresas estão julgando que o acesso ao crédito, em 2018, foi menos difícil do que nos anos anteriores. Em 2016, mais de 70,0% dos empresários de todos os segmentos declararam que o acesso ao crédito no ano foi difícil; em 2017, essa dificuldade foi registrada por 45,0% das empresas; já em 2018, esse número caiu para 35,9%. O(A) Sr(a). contratou algum empréstimo/financiamento para a sua empresa em 2018? (equipamento, instalações, capital de giro, etc.)

44,6% Sim 52,3% Não 3,1% NS/NR

47


48

64,9%

36,2%

4,6%

4,0%

4,0%

1,7%

1,1%

5,2%

Aumento de frota

Capital de giro

Cobrir gastos com manutenção de veículos, prédios e instalações

Aumento das instalações físicas

Reposição do capital depreciado

Outros

Todos

NS/NR

6,3%

0,0%

3,1%

6,3%

3,1%

6,3%

34,4%

62,5%

Transporte rodoviário de passageiros REGULAR

4,4%

0,0%

0,0%

2,2%

0,0%

13,3%

31,1%

60,0%

Transporte rodoviário de passageiros por FRETAMENTO

Apenas para empresa que contratou empréstimos/financiamentos

Transporte Rodoviário de cargas

Para que contratou empréstimo / financiamento

5,2%

0,0%

1,3%

2,6%

1,3%

10,4%

32,5%

61,0%

Transporte rodoviário de passageiros TOTAL

1,4%

0,0%

0,0%

4,2%

0,0%

11,1%

43,1%

52,8%

Transporte urbamo de passageiros por ônibus

0,0%

0,0%

60,0%

0,0%

40,0%

20,0%

20,0%

40,0%

Transporte ferroviário de cargas

Principais finalidades para que as empresas contrataram empréstimos / financiamentos

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

75,0%

25,0%

25,0%

25,0%

Transporte metroferroviário

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

100,0%

0,0%

Transporte aéreo

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

25,0%

37,5%

12,5%

62,5%

Transporte aquaviário navegação INTERIOR

0,0%

0,0%

0,0%

20,0%

0,0%

0,0%

60,0%

80,0%

Transporte aquaviário navegação MARÍTIMA

0,0%

0,0%

0,0%

7,7%

15,4%

23,1%

30,8%

69,2%

Transporte aquaviário - TOTAL

4,0%

0,6%

2,0%

4,0%

4,3%

8,4%

36,4%

60,7%

Total

Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018

DESEMPENHO DO SETOR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

O(A) Sr.(a) percebeu queda nas taxas de juros das linhas de crédito que normalmente utiliza?

O(A) Sr.(a) avalia que em 2018 o acesso ao crédito foi: 35,9% Difícil

31,2% Sim

26,0% Normal

55,5% Não

6,7% Fácil

13,3% NS/NR

30,8% Não utilizei. Não precisei de crédito em 2018 0,6% NS/NR

BNDES A mudança de atuação do BNDES está sendo sentida pelos empresários do transporte. Historicamente, as linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) são importantes para as empresas transportadoras, principalmente no tocante ao aumento da frota. Contudo, também na referida publicação de maio de 2018, a CNT registrou que, ao longo dos últimos cinco anos, a participação das linhas de financiamento do BNDES na aquisição de caminhões e ônibus novos e usados no Brasil, embora majoritária, está declinando e, ao mesmo tempo, a importância dos financiamentos bancários está aumentando34. Conforme captado nas Sondagens anteriores (2017 e 2016), a importância das linhas de financiamento do banco para os investimentos das empresas do setor de transporte é alta para mais de 40,0% das empresas e baixa apenas para cerca de um quarto delas35. Ademais, conforme registrado nas últimas Sondagens, o percentual dos investimentos realizados pelas empresas nos últimos cinco anos financiados com recursos do BNDES foi variável de acordo com o modal e o porte da empresa. Contudo, não são todas as empresas que possuem acesso ou que usufruíram desses recursos. Isso porque, nas Sondagens anteriores, verificou-se que pouco mais da metade das empresas do setor de transporte havia utilizado alguma das linhas de financiamento do BNDES nos últimos cinco anos. Em 2018, houve uma reversão significativa: 75,5% das empresas declararam que não utilizaram recursos do BNDES no ano. Ademais, 40,3% das empresas que utilizaram recursos do BNDES declararam que perceberam queda na quantidade de linhas de financiamento disponíveis no banco. 34  Esses dados também podem ser observados por meio dos dados do Banco Central que mostram a composição do crédito nacional por tipo de instituição. Em 2016, 56,43% do crédito nacional foi ofertado por instituições públicas, valor que caiu para 53,12% em 2018. As instituições privadas nacionais ofertaram 30,11% do crédito de 2016 e 32,71% de 2018. Já as instituições estrangeiras ofertaram 13,46% do crédito de 2016 e 14,17% de 2018. Essas informações são médias anuais e estão disponíveis no site do Banco Central do Brasil (www.bcb.gov.br). 35  Em 2016, foram 23,3% que declararam que como “baixa” a importância das linhas e 45,0% como “alta”; em 2017, esses montantes foram de 27,8% e 40,0%, respectivamente.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS Em 2018, o cenário foi positivo no tocante à aquisição de veículos e renovação/expansão da frota: o número de empresas que realizarão aquisição de veículos supera pela primeira vez, desde o início da crise econômica, aquelas que não farão: 49,7% dos empresários afirmaram que realizaram ou ainda realizarão aquisição de veículos no ano, e 48,5% afirmaram que não fariam. Nas edições de 2016 e 2017, em razão do baixo nível de atividade econômica, mais de 60,0% dos transportadores afirmaram que não realizaram ou realizariam aquisição de veículos, embarcações, aeronaves ou composições ao longo do ano, e cerca de 35,0% disseram que não fariam. Para o ano de 2019, mais de dois terços das empresas (67,5%) planejam aquisição de veículos: é a melhor expectativa desde 2014 – em 2017, 51,5% das empresas sondadas planejavam aquisição de veículos no ano seguinte; em 2016, esse número foi de 44,0%; em 2015 e 2014, ficou abaixo de 50,0%. Conforme registrado anteriormente, a importância das linhas do BNDES para as empresas de transporte vem caindo: ao longo dos anos de 2016, 2017 e 2018, a importância das linhas FINAME36 para aquisição de veículos diminuiu. Em 2016, 38,8% das empresas sondadas afirmaram que esta era a modalidade de pagamento mais utilizada para aquisição de veículos; em 2017, esse número caiu para 36,6% e, em 2018, apenas 26,1% dos participantes afirmaram que o FINAME seria a principal modalidade utilizada para financiamento de veículos 37. Sua empresa realizou ou ainda realizará aquisição de veículos/ embarcações/ aeronaves/ composições em 2018?

Sua empresa pretende fazer aquisição de veículos/ embarcações/ aeronaves/ composições em 2019?

49,7% Sim

67,5% Sim

48,5% Não

25,5% Não

1,8% NS/NR

7,0% NS/NR

36  O Finame, programa de financiamento do BNDES, oferece financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação que sejam novos, de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES. 37  Para o resultado por modal, ver Apêndice.

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TRANSPORTADORES AINDA ENFRENTAM DIFICULDADE PARA CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA Embora o custo da mão de obra não seja um dos cinco principais problemas para o setor de transporte38, os transportadores ainda enfrentam dificuldades para contratação de mão de obra qualificada. Para o cumprimento da cota de deficiente, a principal dificuldade é a falta de oferta de candidatos para as vagas abertas (60,4%). Mais da metade das empresas (51,8%) enfrentou dificuldades para encontrar profissionais qualificados em 2018 – se levarmos em conta apenas as empresas que contrataram em 2018, esse número sobe para 57,2%. Trata-se de uma piora em relação ao cenário observado em 2016: naquele ano, a maioria das empresas consultadas (54,6%) declarou não ter enfrentado dificuldades para contratação de trabalhadores qualificados. Em relação à contratação de mão de obra, o(a) Sr.(a) teve dificuldades em contratar profissionais qualificados?

51,8% Sim 38,8% Não 6,6% Não contratou em 2018 2,8% NS/NR

Quais as principais dificuldades encontradas para a contratação de deficientes? 60,4%

Não há candidatos para as vagas abertas para deficientes

19,6%

Pouca experiência profissional do candidato

Nível de escolaridade do candidato é inferior ao necessário

Custo elevado para adequar o ambiente de trabalho

NS/NR 0,0%

10,9%

9,0%

12,8% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas para empresas que tiveram dificuldades na contratação ou que não conseguiram cumprir com a cota.

38  Na de Sondagem 2017, 13,7% dos empresários citaram o custo da mão de obra como um dos principais problemas que mais prejudicaram a atividade da empresa no ano. Nesta edição de 2018, esse aspecto foi citado por 16,6% deles.

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AUMENTO DO CUSTO OPERACIONAL EM 2018 E DIFICULDADE DE REPASSE AO PREÇO DOS SERVIÇOS PRESTADOS COMPRIMEM A MARGEM DAS EMPRESAS TRANSPORTADORAS Em meio à conjuntura de reduzida demanda por serviços de transporte e forte pressão no custo operacional das empresas do setor em 2018, os transportadores apontaram nesta Sondagem que houve dificuldade em repassar o aumento de custos aos preços dos serviços prestados. Em comparação com o preço dos serviços em 2017, 45,4% das empresas consultadas declararam que o preço dos seus serviços ficou estável em 2018, enquanto 42,0% conseguiram aumentar preços e 10,4% tiveram de reduzir o valor cobrado dos seus clientes. As expectativas para 2019 são mais otimistas, uma vez que 55,6% das empresas entrevistadas esperam conseguir reajustar seus preços, tornando-os mais alinhados ao seu nível de custos. Comparado a 2017, os preços cobrados pelos serviços prestados por sua empresa em 2018:

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para os preços que serão cobrados pelos serviços prestados por sua empresa em 2019?

10,4% Reduziram 45,4% Ficaram estáveis 42,0% Aumentaram 2,2% NS/NR

2,8% Reduzirão 36,2% Ficarão estáveis 55,6% Aumentarão 5,4% NS/NR

INTEGRAÇÃO MODAL AINDA É MUITO BAIXA NO BRASIL O desenvolvimento da integração modal é um desafio que precisa ser enfrentado pelo próximo governo. Ela é fundamental para otimizar as vantagens comparativas de cada modal de transporte e assegurar um transporte sustentável de cargas e passageiros entre e dentro das regiões e das cidades, promovendo conexões eficientes e apoiando o crescimento econômico e social39. Em 2018, a maioria das empresas dos modais ferroviário, metroferroviário, aéreo e aquaviário declararam que trabalharam em integração com algum outro modal ao longo do ano. Contudo, as empresas do transporte rodoviário e urbano de passageiros por ônibus ainda possuem índices muito baixos de integração modal. Apenas 14,8% dos empresários do transporte rodoviário de cargas realizaram alguma integração modal em 2018; no segmento rodoviário de passageiros, somente 3,3%; e no urbano de passageiros por ônibus, 16,7%. 39  Destaca-se que a diretriz básica da Política Nacional de Mobilidade Urbana é a integração dos modais de transporte público e destes com os privados e os não motorizados (art. 24, da Lei nº 12.587/2012). Ou seja, não só os modais de transporte público, como ônibus, trens e metrôs, devem estar integrados mas também a integração destes com modais privados (carros, motocicletas) e não motorizados (bicicletas) são fundamental para a eficiência do sistema.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

Para as empresas que declararam ter realizado a integração modal em 2018, foi perguntado com quais modais elas se integraram: destaca-se que todos os segmentos realizam integração com o modal rodoviário. Conforme mostrado, são poucos (14,8%) os transportadores rodoviários de cargas que fazem integração modal. Mas a diversificação é alta: 22,8% declararam ter se integrado com o próprio modal rodoviário em 2018, 26,3% com o ferroviário, 42,1% com o aquaviário e 35,1% com o aéreo. Como o transporte rodoviário é utilizado em toda a extensão do território nacional, é flexível e movimenta diversos tipos de cargas, as possibilidades de integração são altas e fáceis com todos os demais modais. Por exemplo, mais de 85,0% das empresas do transporte aquaviário – interior e marítimo – que fazem integração a realizam com o modal rodoviário. O transporte aéreo, em razão das suas características de operação e de cargas transportadas, não realiza integração com os modais ferroviário e aquaviário. Por fim, destaca-se também que não houve, em 2018, integração das empresas de transporte rodoviário de passageiros com o modal aquaviário. Sua empresa trabalhou em integração com algum outro modal de transporte em 2018? 16,8% Sim 81,9% Não 1,3% NS/NR

Com quais modais sua empresa trabalhou em integração em 2018? 43,8%

Rodoviário

33,1%

Ferroviário

31,5%

Aquaviário

19,2%

Aéreo

NS/NR

2,3%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas para empresas que trabalharam com algum outro modal. A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

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CONFIANTES COM O NOVO GOVERNO, A MAIORIA DOS TRANSPORTADORES ESPERA REDUÇÃO DO NÚMERO DE ROUBO DE CARGAS NO PAÍS EM 2019 A segurança foi o terceiro item mais citado pelas empresas na lista de itens que mais precisam ser priorizados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Estudo40 divulgado em março deste ano, na lista dos dez países com maior índice de roubo de cargas, o Brasil ocupa a sexta posição como o mais perigoso, atrás apenas de Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul. Nos últimos quatro anos, o roubo de carga subiu 42,0% no país. Somente em 2017, estima-se que foram registrados 25.970 casos no Brasil, totalizando um prejuízo de R$ 1,57 bilhão41. As ocorrências se concentram nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: juntos, somaram 81,56% das ocorrências registradas. Contudo, as empresas do setor estão relativamente confiantes que o próximo governo será capaz de atuar na amenização desse problema: 57,8% apostam na redução das ocorrências. Dentre os transportadores rodoviários de cargas – segmento bastante afetado por essas práticas lesivas – , 61,4% dos que atuam no transporte rodoviário de cargas e 60,3% dos empresários do transporte rodoviário de passageiros acreditam que o número de roubo de cargas no país irá cair no próximo ano. Ademais, mais da metade das empresas do transporte aquaviário também creem em uma diminuição do roubo de cargas no próximo ano. As empresas do transporte aéreo, metroferroviário e ferroviário de cargas são mais descrentes nesse aspecto. A segurança para prestação dos serviços é fundamental para os transportadores. A Sondagem de 2017 registrou que, no segmento rodoviário de cargas, 89,8% das empresas utilizam algum mecanismo para evitar roubo de cargas em suas empresas, com destaque para: rastreamento de veículos via satélite (70,0%), monitoramento de cargas (36,4%) e utilização de sistemas de gerenciamento de riscos (23,1%). Trata-se de uma estratégia dos transportadores rodoviários de cargas para garantir a integridade de seus empregados, cargas e equipamentos. Em sua opinião, no próximo ano, o número de roubo de cargas no país:

57,8% Vai reduzir 21,0% Vai ficar igual 7,2% Vai aumentar 14,0% NS/NR

40  Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC & Logística). 41  Os prejuízos calculados pela NTC & Logística foram crescendo ao longo do tempo: para os anos de 2014, 2015 e 2016 foram de, respectivamente, R$ 1,0 bilhão, R$ 1,12 bilhão e R$ 1,36 bilhão.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

TRANSPORTADORES BUSCAM INFORMAÇÃO PRINCIPALMENTE EM SITES E BLOGS ESPECIALIZADOS Os empresários sondados não consideram que o acesso à informação do setor transportador é difícil – apenas 15,6% deles disseram isso. Entretanto, também declararam não existir muita facilidade para consegui-las: 43,2% declararam que o acesso à informação é moderado e 39,4% consideram fácil. As empresas disseram buscar informações, principalmente, em sites e blogs especializados (44,1%), no site da Confederação Nacional do Transporte (43,9%), em mídias sociais (30,2%), jornais especializados (27,3%) e jornais de grande circulação (22,8%). A procura em sindicatos para levantamento de informações sobre o setor é baixa: 8,2% das empresas buscam informações nesses órgãos. Para buscarem essas informações, o celular não é o principal meio para a maioria das empresas. Em nenhum segmento, mais da metade dos empresários declarou usar aplicativos de celular para obtenção de informações do setor. Em geral, 64,9% deles afirmam que não possuem o hábito de usar o celular para esse fim. O(A) Sr.(a) utiliza aplicativos (celular) para a obtenção de informações do setor?

Na sua opinião, o acesso à informação do setor transportador é: 39,4% Fácil

34,5% Sim

43,2% Moderado

64,9% Não

15,6% Difícil

0,6% NS/NR

1,8% NS/NR

Como o(a) Sr.(a) busca informações do setor transportador? 26,1%

Sites e blogs especializados

43,9%

Site da CNT 30,2%

Mídias sociais

27,3%

Jornais especializados

22,8%

Jornais de grande circulação Sindicato Não busca informações E-mail

8,2% 6,6% 2,6% 8,8%

Outros Todos NS/NR 0,0%

44,1%

2,1% 3,1% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 DESEMPENHO DO SETOR

TRANSPORTE MULTIMODAL ENFRENTA PROBLEMAS INSTITUCIONAIS E DE INFRAESTRUTURA O transporte multimodal de cargas, regulamentado pela lei nº 9.611/1998, é aquele que que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal (OTM). Segundo a ANTT, existem 663 empresas habilitadas como OTM. Apesar da importância do OTM para a coordenação do sistema logístico nacional, sua atuação em território brasileiro ainda é reduzida em virtude de uma série de problemas. Questionadas, as empresas que realizam transporte de cargas revelaram sua percepção sobre o tema. Para 47,2% dos entrevistados, o principal problema é a complexidade da legislação. A carga tributária, superior à da operação intermodal, foi destacada por 41,2% das empresas sondadas, enquanto a falta de informações sobre como operar foi indicada por 38,0%. A inadequação da infraestrutura, destacadamente a escassez de terminais de carga, foi lembrada por 35,7% das empresas, já os custos dos seguros, também superiores àqueles contratados para a operação intermodal, teve 18,9% das respostas. O resultado indica que a solução para a baixa utilização da multimodalidade no país é complexa e passa por questões institucionais e de infraestrutura. Contudo, a simplificação da legislação pertinente à operação é fator crucial. Isso porque ela é capaz de viabilizar a solução de outros 3 problemas apontados pelos transportadores: • Questão tributária: a simplificação da legislação, com desdobramentos tributários, permitirá que a carga tributária da operação multimodal seja igual ou inferior àquela percebida quando da intermodal, possibilitando ganhos significativos de competitividade para os OTMs; • Clareza das informações sobre a operação: simplificando a legislação as informações serão mais claras e objetivas, excluindo a subjetividade das regras e ampliando o número de empresas que possam se interessar e se habilitar para o exercício da atividade; e • Custo do seguro: a baixa utilização e a complexidade da legislação fazem com que o prêmio do seguro para os OTMs seja excessivamente elevado. A simplificação da legislação poderá, ao ampliar o número de operadores e reduzir as incertezas, contribuir para a redução deste e, assim, para o custo total da operação. Ademais, para a solução da questão de infraestrutura, além da adequação e expansão das malhas de transporte, é imperativo investimento em terminais. Para esses, a CNT estimou, no Plano CNT de Transporte e Logística 2018, aportes de R$ 25,7 bilhões.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DESEMPENHODE DO CARGAS SETOR

Quais são os 3 principais entraves para a operação de Operador de Transporte Multimodal (OTM) no Brasil? 47,2%

Legislação complexa

41,2%

Carga tributária superior à da operação intermodal

38,0%

Falta de informações claras sobre como operar

35,7%

Infraestrutura disponível não permite a operação de transporte multimodal no Brasil Custo do seguro superior ao da operação intermodal

18,9%

Falta de demanda pelos serviços de OTM

18,2%

Nível de investimento necessário 0,2% Outros

1,6% 23,7%

NS/NR 0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

RELATÓRIO POR MODAL

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS DE CARGAS COMEÇAM A SE RECUPERAR DA RECESSÃO, MAS OCIOSIDADE NO SETOR AINDA É ALTA A recessão de 2014-2016 impactou negativamente o desempenho do setor de transporte, em especial as atividades dos transportadores rodoviários de carga, que viram a demanda por fretes reduzir significativamente no país42. A Sondagem de 2015, por exemplo, mostrou que a maioria dos transportadores terminaria o ano com receita bruta, número de viagens e volume de cargas transportadas menores do que 2014. Durante os anos de crise econômica, empresas fecharam, trabalhadores perderam seus empregos e muitos caminhões e caminhoneiros ficaram ociosos. Apesar disso, há sinais de recuperação do setor. Enquanto na Sondagem de 2016 a maioria (57,4%) dos transportadores rodoviários de cargas classificou como baixo o volume de serviços demandados às suas empresas ao longo do ano; na edição de 2017, a maior parte deles (56,3%) considerou a demanda mediana e 26,7%, baixa. Já nesta edição de 2018, houve uma melhora, mesmo que marginal: apenas 17,4% classificaram o volume de demandas comparado aos anos anteriores como baixo, enquanto 62,1% consideraram mediano e 19,5%, alto. Contudo, embora tenha reduzido levemente em relação a 2016, atualmente a ociosidade ainda é elevada no setor. Isso porque, em 2016, 54,3% dos transportadores rodoviários de cargas afirmaram que, em mais de 20,0% das viagens, seus veículos circulavam vazios. Na edição de 2017, esse percentual caiu para 41,4%. Este ano, 43,2% dos entrevistados disseram que, em mais de 20,0% das viagens, seus caminhões andam sem cargas, e apenas 13,8% deles afirmaram que houve redução do percentual de viagens vazias em 2018, na comparação com 2017 (71,6% declararam estabilidade e 8,9%, aumento). Qual o percentual, em média, de viagens em que seus veículos circulam vazios? 100,0%

80,0%

60,0%

51,6%

40,0% 25,3% 20,0%

0,0%

14,8%

0% - 20%

21% - 40%

41% - 60%

2,1%

1,0%

61% - 80%

81% - 100%

5,2% NS/NR

42  Por ser uma atividade que presta serviços para todos os setores da economia, a demanda dos transportadores rodoviários de cargas depende, basicamente, da trajetória econômica do país.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Comparado a 2017, o percentual de viagens vazias em 2018: 13,8% Reduziu 71,6% Ficou estável 8,9% Aumentou 5,7% NS/NR

QUALIDADE DAS RODOVIAS É REGULAR, RUIM OU PÉSSIMA PARA 92,1% DOS ENTREVISTADOS No próximo ano, conforme registrado anteriormente, os transportadores rodoviários de cargas esperam melhorias nos fundamentos macroeconômicos (PIB, juros, carga tributária, etc.) e também nos indicadores das suas empresas (receitas, viagens, cargas, entre outros). Contudo, ainda consideram a infraestrutura rodoviária inadequada. A inadequação diz respeito tanto à quantidade de rodovias, que são insuficientes para 74,7% dos entrevistados, quanto a sua qualidade, que é regular, ruim ou péssima para 92,1% deles. Nota-se que a parcela dos transportadores rodoviários de cargas que considera a quantidade de rodovias insuficiente aumentou nos últimos anos: em 2016, eram 49,4%; em 2017, 56,7%43. Além disso, a parcela dos que consideram as rodovias brasileiras adequadas vem caindo nos últimos anos: em 2016, as rodovias brasileiras eram consideradas ótimas ou boas por 12,2% dos entrevistados; em 2017, foram 8,7%; em 2018, 7,6%. Esses resultados, guardadas as devidas proporções, são consistentes com os registrados nas edições da Pesquisa CNT de Rodovias. Além disso, os entrevistados não perceberam melhora nas condições das rodovias entre 2017 e 2018. Comparada a 2017, a avaliação das condições das rodovias públicas melhorou neste ano para apenas 4,9% dos transportadores que disseram ter percebido melhora na qualidade da malha pública. No que se refere às rodovias concedidas, 16,1% deles perceberam melhora. Como avaliam que a qualidade piorou entre 2016 e 2018, principalmente nas rodovias públicas, os transportadores rodoviários de cargas acreditam que houve queda no volume de investimentos em 2018, em relação a 2017. Para 59,1% deles, o volume de investimentos nas rodovias públicas em 2018 diminuiu. Quanto aos investimentos nas concessionadas, a percepção da maior parcela deles (48,4%) é que o volume dos aportes se manteve.

43  Na Sondagem de 2015, os transportadores citaram a infraestrutura inadequada de transporte como um dos três fatores mais prejudiciais à produtividade do segmento.

60


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE das rodovias no Brasil é:

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de rodovias no Brasil é:

0,8% Ótima

74,7% Insuficiente

6,8% Boa

21,1% Suficiente

46,5% Regular

2,9% Mais do que necessária

24,0% Ruim

1,3% NS/NR

21,6% Péssima 0,3% NS/NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição das rodovias em 2018: 100,0%

80,0% 61,5% 60,0%

51,1% 43,0%

40,0% 18,2%

20,0%

16,1% 4,9%

0,0%

Piorou

Manteve-se Pública

4,2%

1,0%

Melhorou

NS/NR

Concedida

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos nas rodovias em 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

59,1% 48,4%

40,0%

34,9%

35,2%

20,0%

12,8% 4,4%

0,0%

Reduziu

Manteve-se Público

Aumentou

3,9%

1,3% NS/NR

Privado

61


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

AS EXPECTATIVAS PARA O PRÓXIMO ANO SÃO OTIMISTAS PARA A QUALIDADE DAS RODOVIAS BRASILEIRAS: MAIS DE 60,0% ESPERAM MELHORA Apesar das constatações anteriores, as expectativas para as condições das rodovias no próximo ano são as maiores das últimas edições da Sondagem: mais de 60,0% dos entrevistados esperam melhorias tanto na infraestrutura pública quanto na concedida para o ano que vem. Isso porque, também mais de 60,0% deles esperam aumento do volume de investimentos nas rodovias em 2019, comparativamente a 2018.

Comparado a 2018, qual a sua expectativa em relação à condição das rodovias em 2019? 100,0%

80,0% 64,0% 60,0%

40,0%

60,2%

34,1% 27,9%

20,0% 6,5% 0,0%

2,3%

Piorará

3,4%

1,6% Será mantida Pública

Melhorará

NS/NR

Concedida

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos nas rodovias em 2019? 100,0%

80,0% 61,2%

60,0%

60,9%

40,0% 28,9%

29,2%

20,0% 8,1% 0,0%

Reduzirá

6,0% Será mantido Público

62

3,9%

1,8% Aumentará Privado

NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

ALTO ÍNDICE DE ROUBO DE CARGAS CONTINUA AUMENTANDO PREÇOS DOS SEGUROS O roubo de cargas é um problema grave para o setor transportador. Conforme registrado anteriormente, o Brasil é o sexto país no mundo com o maior índice de roubo de cargas. Em 2018, 44,8% dos transportadores rodoviários de cargas disseram que houve um aumento, em relação a 2017, do número de ocorrências de roubos de cargas na região de operação das suas empresas. O aumento do roubo de cargas ao longo dos últimos anos fez com que os preços dos seguros aumentassem continuamente. Em 2017, 83,8% das empresas afirmaram ter percebido aumento do preço dos seguros contratados para os serviços de transporte rodoviário de cargas nos últimos cinco anos. Em 2018, novamente mais de 80,0% delas verificaram aumento desses preços ao longo do ano. O incremento dos gastos com seguro impacta diretamente o custo total da atividade transportadora, sua rentabilidade e o preço final do frete. Por isso, é importante que o novo governo implemente medidas efetivas que mitiguem as ações de criminosos. E o setor está confiante que isso pode acontecer: a expectativa de 61,4% dos transportadores rodoviários de cargas é de redução do número de ocorrências no ano que vem. Essa expectativa é derivada da confiança que os empresários do setor depositam no novo governo para lidar com as questões de segurança do país – conforme mostrado nesta Sondagem, a segurança foi o terceiro elemento mais citado pelas empresas na lista de itens que devem ser priorizados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Considerando o número de ocorrências de roubo de cargas na região de operação da sua empresa, o(a) Sr.(a) avalia que esse número: 16,7% Diminuiu no último ano 36,7% Manteve-se no último ano 44,8% Aumentou no útimo ano 1,8% NS/NR

O(a) Sr.(a) percebeu aumento do preço dos seguros contrados para os serviços de transporte rodoviário de cargas em 2018?

81,8% Sim 12,5% Não 5,7% NS/NR

UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE PREVENÇÃO DE ROUBOS DE CARGA AUMENTA NO PAÍS: RASTREAMENTO DO VEÍCULO VIA SATÉLITE É O PREFERIDO A maioria das transportadoras tem investido em recursos de tecnologia e sistemas de gestão para garantir a integridade de seus empregados, cargas e equipamentos. A Sondagem de 2017 verificou que 89,9% das empresas utilizavam algum mecanismo para evitar o roubo de cargas. Em 2018, 91,1% das empresas disseram possuir algum mecanismo. O rastreamento

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

do veículo via satélite continua sendo o principal mecanismo de prevenção de roubos: 81,1% das empresas declararam possuí-lo. Ainda, 62,6% declararam realizar monitoramento de carga, e 42,9% possuem sistemas de gerenciamento de risco. De forma geral, os principais mecanismos utilizados são os mesmos verificados na Sondagem de 2017, com uma diferença: a utilização neste ano é a mais intensa de todos eles44. Em 2017, 92,5% das empresas declararam possuir algum sistema de monitoramento de frota em operação. Em 2018, esse percentual subiu para 94,5%, sendo que 79,4% das empresas fazem o monitoramento de toda a frota e 15,1%, de parte da frota. Quanto ao uso de aplicativos para roteirização, apenas 56,3% dos transportadores rodoviários de cargas os utilizam. Sua empresa utiliza algum mecanismo para se prevenir contra o roubo de cargas? 91,1% Sim 8,9% Não 0,0% NS/NR

Quais mecanismos são utilizados na sua empresa? 81,1%

Rastreamento do veículo via satélite 62,6%

Monitoramento de carga 42,9%

Sistema de gerenciamento de risco

37,7%

Dispositivos sonoros

36,0%

Trava de quinta roda

34,9%

Trava de baú 18,3%

Contratação de escolta armada

16,0%

Viagens em comboio

10,3%

Baú blindado Outros

2,6%

NS/NR

1,7%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas para empresa que possui algum mecanismo para prevenir contra roubos. A empresa poderia citar mais de uma opção nesta questão.

44  Na Sondagem de 2017, os resultados foram: rastreamento do veículo via satélite (70,0%), monitoramento de carga (36,4%) e sistema de gerenciamento de risco (23,1%).

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Sua empresa adota algum tipo de sistema de monitoramento da frota em operação? 79,4% Sim, em toda a frota 15,1% Sim, em parte da frota 4,2% Não 1,3% NS/NR

O(A) Sr.(a) utiliza aplicativos para roteirização?

56,3% Sim 42,4% Não 1,3% NS/NR

65


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL)

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL) TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS DE PASSAGEIROS ESTÃO OTIMISTAS PARA 2019: 89,2% ACREDITAM EM AMPLIAÇÃO OU MANUTENÇÃO DAS LINHAS E ROTAS ATUAIS A demanda pelos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros está ligada principalmente às viagens de lazer e turismo e, em menor escala, aos negócios. Por isso, esse segmento é diretamente afetado pelas variações na renda das famílias. Em relação a 2019, a expectativa da maioria dos transportadores rodoviários de passageiros é de aumento da taxa de crescimento do PIB (60,9%) e do número de viagens que serão realizadas por suas empresas (63,1%). Em razão disso, 88,0% dos entrevistados que prestam serviços por fretamento esperam ampliar (49,1%) ou manter (38,9%) o conjunto de linhas e rotas das suas empresas. Entre aqueles que prestam serviços regulares, esse número é de 93,5%: 35,5% projetam ampliar e 58,1%, manter suas linhas e rotas atuais. Para as empresas que atuam em ambos os segmentos (fretamento e regular), a expectativa de ampliação é de 35,6% e, de manutenção, de 53,3%. No total, 89,2% dos transportadores rodoviários de passageiros planejam expansão ou estabilidade de linhas e rotas. Destaca-se também que, além de aumentar linhas e rotas, 37,5% dos entrevistados esperam aumento da abrangência geográfica de atuação das suas empresas em 2019.

Em 2019, o conjunto de linhas e rotas da sua empresa deverá: 100,0%

80,0%

60,0% 43,5%

45,7%

40,0%

20,0% 2,7% 0,0%

Ser ampliado

Ser mantido

Ser reduzido

8,2% NS/NR

RODOVIAS BRASILEIRAS SÃO INADEQUADAS PARA 74,9% DOS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS DE PASSAGEIROS Assim como os transportadores rodoviários de cargas, os entrevistados do segmento de passageiros também julgam inadequadas a quantidade e a qualidade das rodovias brasileiras. A malha pavimentada existente é classificada como regular, ruim ou péssima para 83,2% deles. Ademais, 74,9% julgam que a quantidade de rodovias pavimentadas atualmente existente no país é insuficiente. Assim

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL)

como ocorreu no segmento rodoviário de cargas, a parcela das empresas que consideram a malha rodoviária insuficiente aumentou nos últimos anos: em 2016, foram 52,4%; em 2017, 65,4%. A má qualidade das rodovias brasileiras é um problema grave: aumenta o custo e o risco das viagens de ônibus pelo país. Apesar disso, ao longo do tempo, os transportadores não notam melhorias na infraestrutura. De fato, conforme anualmente publicado nas Pesquisas CNT de Rodovias, não houve melhorias significativas na malha rodoviária brasileira sob gestão do poder público. Por isso, em 2018, somente 4,3% dos transportadores rodoviários de passageiros perceberam melhora nas condições das rodovias públicas: a maioria deles notou uma piora (50,6%) nos trechos que percorreram ao longo do ano45. Em relação às rodovias concedidas, a maioria afirmou que a qualidade se manteve (58,2%). Como avaliam que a qualidade das rodovias públicas piorou, a percepção da maior parcela dos entrevistados é de queda nos investimentos em 2018 (46,2%). Em relação às rodovias concedidas, a maior fração deles pressupõe manutenção dos aportes (47,2%). O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE das rodovias no Brasil é:

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de rodovias no Brasil é:

0,5% Ótima

74,9% Insuficiente

14,1% Boa

20,7% Suficiente

45,1% Regular

2,2% Mais do que necessária

19,6% Ruim

2,2% NS/NR

18,5% Péssima 2,2% NS/NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição das rodovias em 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

58,2% 50,6% 41,8%

40,0% 19,0%

20,0%

16,8% 4,3%

0,0%

Piorou

Manteve-se Pública

Melhorou

3,3%

6,0%

NS/NR

Concedida

45  Nas Sondagens de 2016 e 2017, a parcela dos entrevistados que notou melhora na qualidade das rodovias brasileiras não superou 20,0%.

67


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL)

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos nas rodovias em 2018? 100,0%

80,0%

60,0% 47,2%

46,2% 40,0%

35,9% 28,3%

20,0%

18,5%

13,0%

6,0%

4,9% 0,0%

Reduziu

Manteve-se Público

Aumentou

NS/NR

Privado

EXPECTATIVA DOS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS DE PASSAGEIROS É DE MELHORA DA QUALIDADE DA MALHA RODOVIÁRIA EM 2019 A expectativa para o próximo ano é otimista no que se refere à qualidade da malha. Isso porque mais da metade dos entrevistados acredita numa melhora da condição das rodovias públicas (56,5%) e concedidas (52,2%) em 2019. Na Sondagem de 2017, menos de um terço (32,5%) dos transportadores rodoviários de passageiros apostava em uma melhora das condições das rodovias públicas no ano seguinte; na edição de 2016, esse percentual era de 37,9%. Ou seja, a Sondagem de 2018 registra a melhor expectativa dos últimos anos para um avanço da qualidade da malha rodoviária. Como a qualidade das vias só melhora com mais investimentos, a maior parte dos transportadores rodoviários de passageiros também acredita em um aumento do volume de aportes nas rodovias em 2019 (50,6% creem em maiores desembolsos por parte do porte público, e 47,3% esperam crescimento dos investimentos nas rodovias concedidas). Comparado a 2018, qual a sua expectativa em relação à condição das rodovias em 2019? 100,0%

80,0%

56,5%

60,0%

40,0%

32,6%

52,2%

37,5%

20,0% 4,9% 0,0%

Piorará

6,0%

2,2% Será mantida Pública

68

Melhorará Concedida

NS/NR

8,2%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL)

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos nas rodovias em 2019? 100,0%

80,0%

60,0%

50,6%

40,0%

20,0%

0,0%

31,0% 13,0%

47,3%

35,3%

10,3%

7,1%

5,4%

Reduzirá

Será mantido Público

Aumentará

NS/NR

Privado

MAIORIA DOS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS NÃO TRANSPORTA PASSAGEIROS BENEFICIADOS POR GRATUIDADES. MESMO ASSIM, ACREDITAM QUE ELAS DEVAM SER BANCADAS PELO GOVERNO 53,3% das empresas sondadas não transportam gratuidades, mas a situação difere por segmento. O transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros por fretamento, em sua maioria (82,4%), não transporta passageiros beneficiados por gratuidades definidas em leis federais, estaduais ou municipais. Nos serviços regulares, 41,9% das empresas afirmaram que o percentual de gratuidades é de até 10,0%, e 16,1% entre 10% e 20%. De qualquer forma, 74,0% dos entrevistados acreditam que as gratuidades determinadas em lei deveriam ser financiadas pelos governos. Em média, qual o percentual de passageiros transportados em suas linhas beneficiados por gratuidades definidas em leis federais, estaduais ou municipais? 100,0%

80,0%

60,0%

53,3%

40,0% 19,0%

17,4%

20,0%

7,6% 1,6% 0,0%

Não transporta gratuidade

Até 10%

Acima de 10% até 20%

Acima de 20% até 30%

1,1% Acima de 30%

NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E INTERNACIONAL)

O(A) Sr.(a) acredita que as gratuidades determinadas em lei deveriam ser financiadas pelo governo federal?

74,0% Sim 9,2% Não 16,8% NS/NR

NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE MONITORAMENTO E APLICATIVOS PARA ROTEIRIZAÇÃO É SIGNIFICATIVAMENTE MENOR NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS DO QUE NO DE CARGAS O nível de utilização de sistemas de monitoramento de frota pelos transportadores rodoviários de passageiros não sofreu alterações significativas em relação a 2017: 61,4% dos entrevistados afirmaram possuir algum sistema em operação em suas empresas46. Destaca-se que esse índice é menor do que o verificado no transporte rodoviário de cargas (92,5%). Quanto ao uso de aplicativos para roteirização, apenas 38,6% das empresas do setor rodoviário de passageiros declararam utilizá-los, percentual também significativamente menor do que o verificado nos transportadores rodoviários de cargas (56,3%).

Existe algum sistema de monitoramento de frota em operação na sua empresa?

O(a) sr.(a) utiliza aplicativos para roteirização nas operações da sua empresa?

61,4% Sim

38,6% Sim

36,4% Não

57,6% Não

2,2% NS/NR

3,8% NS/NR

46  Em 2017, por exemplo, 62,9% dos entrevistados afirmaram que utilizavam algum sistema de monitoramento da frota em operação, sendo que a maior parte deles declarou serem equipamentos alugados (67,0%).

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS MESMO COM ALTA NA DEMANDA PELOS SERVIÇOS FERROVIÁRIOS, OS INVESTIMENTOS PERMANECEM EM INSUFICIENTES O transporte ferroviário de cargas foi pouco afetado pela crise econômica iniciada em 201447 e, mesmo diante do baixo nível de atividade produtiva, apresentou crescimento no volume de cargas transportadas de acordo com as informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em 2015, o modal movimentou 8,2% a mais que em 2014 em toneladas-útil por quilômetro (TKU). Em 2016, esse percentual foi de 2,7% e, em 2017, de 10,0%. É importante mencionar que os aumentos foram verificados tanto em TKU quanto em toneladas-útil (TU), os dois principais indicadores de produtividade do segmento, o que mostra que não houve apenas um aumento no total transportado, mas, também, nas distâncias percorridas pela carga. Esse período, no entanto, foi igualmente marcado pela redução dos investimentos privados e públicos federais nas ferrovias48, os primeiros apenas por conta do momento do ciclo de aportes das concessões ferroviárias49. Em 2018, essa tendência de baixa nas inversões, na opinião das empresas que participaram desta Sondagem, se manteve para os investimentos públicos (66,6%), enquanto os privados repetiram os patamares de 2017 (66,6%). A situação é preocupante diante dos sucessivos aumentos de demanda pelos serviços prestados, pois, com uma oferta insuficiente de infraestrutura, como afirmam 100,0% dos entrevistados, o sistema pode saturar. Assim, a condição das ferrovias públicas50, que piorou em 2018 (33,3%), pode se agravar, enquanto a das concedidas, que apresentaram melhoras (83,3%), pode se deteriorar. Entretanto, 83,3% dos transportadores esperam que o investimento público em ferrovias de 2019 continue no mesmo patamar ou abaixo do verificado em 2018. Para as ferrovias concedidas, dominam as expectativas de que os aportes irão aumentar (66,7%) em relação ao ano corrente. As perspectivas para as condições ferroviárias em 2019 são reflexo desse cenário: 66,6% apostam em uma manutenção ou piora da qualidade das ferrovias públicas, pois, mesmo sem estar em operação, sofrem desgastes e deterioração, e 83,3%, na melhora da infraestrutura concedida.

47  O Brasil enfrentou no período recente uma das suas piores crises econômicas, nas quais foi registrado o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2015 e 2016, tendo uma retomada fraca em 2017, quando esse indicador apresentou taxa de crescimento de 0,14%. 48  O investimento público federal em infraestrutura ferroviária apresentou quedas de 39,6% em 2015 37,7%, em 2016 e de 39,4% em 2017, em relação ao ano anterior.. Para mais informações, acesse os boletins econômicos em: http://cnt.org. br/Paginas/boletim-economico 49  Uma análise mais detalhada pode ser encontrada em: http://cnt.org.br/publicacao/?artigo =conjuntura-transporte. 50  Os trechos ferroviários públicos não estão em operação.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos nas ferrovias em 2018? 100,0%

80,0% 66,6%

66,6%

60,0%

40,0%

16,7%

20,0%

16,7%

16,7%

16,7% 0,0%

0,0% 0,0%

Reduziu

Manteve-se Público

Aumentou

NS/NR

Privado

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de ferrovias no Brasil é: 100,0% Insuficiente 0,0% Suficiente 0,0% Mais do que necessária 0,0% NS/NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição das ferrovias em 2018? 100,0% 83,3% 80,0%

60,0% 50,0% 40,0%

33,3% 16,7%

20,0%

16,7%

0,0% 0,0%

Piorou

0,0% Manteve-se Pública

72

Melhorou Concedida

0,0% NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos nas ferrovias em 2019? 100,0%

80,0% 66,7% 60,0% 50,0% 40,0%

33,3%

33,3%

16,7%

20,0% 0,0% 0,0%

Reduzirá

0,0%

0,0% Será mantido Público

Aumentará

NS/NR

Privado

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para a condição das ferrovias em 2019? 100,0% 83,3% 80,0%

60,0%

40,0%

33,3%

33,3%

16,7%

20,0%

16,7%

0,0%

0,0% 0,0%

Piorará

16,7%

Será mantida Pública

Melhorará

NS/NR

Concedida

PRORROGAÇÃO ANTECIPADA DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO PODE AJUDAR A MELHORAR O SISTEMA FERROVIÁRIO NACIONAL Uma forma de ampliar o volume de investimentos nas ferrovias do país é dar continuidade ao processo de renovação antecipada das concessões ferroviárias. Os recursos adicionais da prorrogação dos contratos têm o potencial de aumentar a capacidade de transporte da malha e reduzir a quantidade de conflitos urbanos de forma a superar o gargalo logístico do modal e trazer mais segurança a ele. Dessa forma, os principais benefícios, segundo os transportadores entrevistados, para o sistema ferroviário brasileiro são o aumento da produção (83,3%); a possibilidade de eliminação dos pontos críticos (50,0%) de forma a reduzir o elevado número de invasões de faixa de domínio e de passagens em nível em zonas urbanas , tarefa que atualmente é de responsabilidade do governo federal; expansão da malha (16,7%), que também está sob a égide do Estado; estímulo a novos investimentos (16,7%) e diversificação da pauta de produtos transportados (16,7%).

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

No entanto, o processo de aprovação tem enfrentado alguns obstáculos como, por exemplo, a suspensão das discussões sobre o assunto após, em agosto de 2018, a Procuradoria-Geral da República (PGR) entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). As alegações foram de que a norma viola a regra de licitação, comprometendo a qualidade dos serviços oferecidos e prejudicando o interesse público. Episódios como esse dificultam o avanço dos debates e atrasam a conclusão dos trâmites, mas não foram suficientes para desestimular o interesse das empresas entrevistadas na continuidade dos contratos (66,7%). Já quanto a participar de processos de licitação para a construção de novas ferrovias, os transportadores encontram-se indecisos. 33,3% afirmaram ter interesse em envolver-se nesse tipo de empreendimento, enquanto 16,7% disseram não possuir vontade de assumir esse compromisso. Os demais 50,0% não souberam responder ao questionamento. Outra prorrogação que pode beneficiar o desempenho do modal é a do Reporto, que isenta a cobrança de diversos tributos, entre eles o imposto de importação (II) e o sobre produtos industrializados (IPI), na importação de equipamentos, máquinas e outras mercadorias, para depois de 2020. A medida é aprovada por todos os entrevistados, e 66,7% deles afirmaram já ter adquirido equipamentos agraciados com a suspensão tributária. O regime instituído para incentivar a modernização e a ampliação da estrutura portuária nacional permite que os bens específicos utilizados na execução de serviços de transporte de mercadorias em ferrovias51 sejam admitidos no programa. Assim, dos entrevistados que utilizaram o benefício, 75,0% o usaram para a compra de trilhos e 50,0%, para locomotivas. 25,0% disseram ter adquirido vagões adaptados para mudança de via52, loctrator, aparelhos de mudança de via (AMV), e fixação de via permanente. Quanto à utilização do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) nos investimentos em suas malhas, apenas 50,0% das empresas participantes afirmaram ter tido projetos habilitados no âmbito do REIDI. Entre os projetos, foram destacadas ações da Ferrovia Transnordestina, além de duplicação de malha ferroviária e ampliação de terminais de integração com o sistema portuário. Para as empresas participantes que não tiveram projetos aprovados, foi questionado o motivo do não enquadramento. 66,7% não souberam responder, e as demais 33,3% afirmaram que a não aprovação deveu-se à burocracia. A lei nº 11.488/2007, que cria o REIDI, prevê que: Art. 3º No caso de venda ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, fica suspensa a exigência: 51  O Reporto aplica-se às mercadorias classificadas nas posições NCM 86.01, 86.02 e 86.06, e aos trilhos e demais elementos de vias férreas, classificados na posição 73.02. 52  Vagões do tipo AMV. O termo AMV é utilizado para designar que o veículo é adaptado para mudança de via, ou seja, ele permite ao material circulante transitar de uma linha para outra, assegurando a continuidade da via para um determinado caminho.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

1. da Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS incidentes sobre a venda no mercado interno quando os referidos bens ou materiais de construção forem adquiridos por pessoa jurídica beneficiária do Reidi; 2. da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação quando os referidos bens ou materiais de construção forem importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária do Reidi. Diante da importância das intervenções na malha ferroviária e da revelada dificuldade de acesso aos benefícios do REIDI, evidencia-se a necessidade de uma revisão dos procedimentos e ampliação do Regime de forma a fomentar as obras no sistema ferroviário nacional promovidas pelas concessionárias.

Quais os maiores benefícios da prorrogação antecipada das concessões ferroviárias para o sistema ferroviário brasileiro? 83,3%

Aumento da produção ferroviária no Brasil

50,0%

Possibilidade de eliminação de pontos críticos, hoje sob responsabilidade do governo federal

Possibilidade de expansão da malha ferroviária, hoje sob responsabilidade do governo federal

16,7%

Diversificação dos produtos transportados

16,7%

Destravamento de investimentos

16,7%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar até dois itens nesta questão.

O(A) Sr.(a) avalia que a demora do processo de prorrogação antecipada dos contratos de concessão ferroviária pode desestimular o interesse da sua empresa na continuidade do contrato?

No caso de licitação de novas ferrovias a serem construídas, a sua empresa tem interesse em participar?

33,3% Sim 16,7% Não

33,3% Sim

50,0% NS/NR

66,7% Não 0,0% NS/NR

Sim Não

100,0% 0,0%

75


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

O(A) Sr.(a) considera importante a prorrogação do Reporto para além de dezembro/2020 para as ferrovias?

A sua empresa fez aquisição/ importação de equipamentos no âmbito do Reporto?

100,0% Sim

66,7% Sim

0,0% Não

33,3% Não

0,0% NS/NR

0,0% NS/NR

Quais tipos de equipamentos foram adquiridos/importados? Sim Não NS/NR

Sim Não NS/NR

100,0% 0,0% Trilhos0,0%

50,0%

Locomotivas

Vagões AMV

25,0%

Locotrator

25,0%

Aparelho de mudança de via

25,0%

Fixação de via permanente

25,0%

0,0%

100,0% 0,0% 0,0% 75,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Apenas para empresa que fez aquisição. A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

A sua empresa teve projetos habilitados no âmbito do REIDI?

50,0% Sim 50,0% Não 0,0% NS/NR

76

Sim

100,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

Qual o motivo? 100,0%

80,0% 66,7% 60,0%

40,0%

33,3%

20,0%

0,0%

Não soube avaliar

Burocracia

Apenas para empresa que não teve projeto habilitado.

COMPARTILHAMENTO DAS LINHAS FÉRREAS COM O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS REDUZ A PRODUTIVIDADE DO MODAL O tráfego coincidente de composições do transporte de cargas e do de passageiros é uma realidade para 66,7% das concessionárias das ferrovias sondadas. No entanto, esse compartilhamento representa uma perda de eficiência operacional que prejudica, principalmente, o uso das vias para a movimentação de cargas dada a prioridade conferida ao transporte de passageiros. Por isso, a utilização conjunta das ferrovias é encarada como um problema para os entrevistados. Na opinião daqueles que vivenciam o processo nas suas operações, uma das principais desvantagens encontra-se na consequente redução do horário disponível para operar (25,0%), uma vez que a concessionária se vê impossibilitada de ampliar a oferta de trens ou aumentar o tamanho das composições por não dispor da total capacidade da via férrea. A redução da velocidade operacional média das composições (25,0%), a queda de produtividade (25,0%) e a necessidade de garantir a segurança operacional (25,0%) são igualmente apontados como entraves. A solução desse impasse se apresenta como uma ação em prol do aumento da produtividade do segmento ferroviário, que, ao se tornar mais dinâmico, pode ampliar a sua participação na matriz de transporte de cargas brasileira. Assim, contribui com a redução dos custos logísticos devido ao fato de o frete cobrado por tonelada ser menor que o praticado no modal rodoviário. Outros problemas de cunho operacional que atingem o modal são o roubo de cargas, que muitas vezes pode ser associado à redução da velocidade das composições, facilitando a ação dos ladrões; e o elevado custo do diesel ferroviário. Quanto à subtração de mercadorias, 83,3% das empresas respondentes disseram não ter percebido aumento no número de ocorrências, o que sinaliza um aumento de segurança, mas não a completa solução do problema. Já em relação ao preço do combustível, 100,0% acreditam que uma política de desoneração traria mais competitividade ao modal.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

No sistema em que o(a) Sr.(a) opera, há compartilhamento de linhas férreas com o transporte ferroviário de passageiros?

66,7% Sim 33,3% Não 0,0% NS/NR

Qual o principal problema desse compartilhamento?

Sim Não NS/NR

100,0%

80,0%

100,0% 0,0% 0,0%

60,0%

40,0% 25,0%

25,0%

25,0%

25,0%

Redução da velocidade operacional

Redução do horário disponível para operar

Redução da produtividade

Garantia de segurança operacional

20,0%

0,0%

Apenas para empresa que faz compartilhamento.

O(A) Sr.(a) registrou aumento dos casos de roubos de carga das suas composições férreas em 2018?

Qual o principal tipo de carga roubada?

16,7% Sim

100,0% Agrícolas

83,3% Não 0,0% NS/NR

78

Sim Não NS/NR

100,0% 0,0% 0,0%

Sim Não NS/NR

100,0% 0,0% 0,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

O(A) Sr.(a) acredita que uma política de desoneração do diesel ferroviário trará competitividade ao modal? 100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

MAIORIA DAS CONCESSIONÁRIAS FERROVIÁRIAS PLANEJAM AMPLIAR SUA OFERTASim PARA CARGAS CONTEINERIZADAS 100,0%

Não 0,0% A conteinerização das cargas é NS/NR uma estratégia logística 0,0% que viabiliza o uso das ferrovias para o transporte de uma maior gama de produtos, possibilitando a eles o acesso a um modal que, na maioria das vezes, representa um menor custo para os seus deslocamentos. Essa modalidade de transporte é utilizada por todas as concessionárias em operação no Brasil e, dentre aquelas que participaram desta Sondagem, 50,0% desejam ampliar a sua oferta nos próximos dois anos. Dentre as principais dificuldades encontradas para tornar isso possível, destaca-se a baixa densidade da malha ferroviária, limitando as opções tanto de origem quanto de destino para a movimentação de mercadorias pelo território brasileiro. Esse entrave é apontado por 33,3%, mesmo percentual que identifica a existência de barreiras técnicas e tecnológicas nessa atividade.

A sua empresa pretende aumentar a oferta para o transporte de carga conteinerizada nos próximos dois anos? 50,0% Sim 33,3% Não 16,7% NS/NR

Sim Não NS/NR

100,0% 0,0% 0,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE FERROVIÁRIO URBANO DE PASSAGEIROS DE CARGAS POR ÔNIBUS

Quais os principais entraves ao transporte ferroviário de carga conteinerizada?

Baixa densidade da malha ferroviária

33,3%

Barreiras técnicas e tecnológicas

33,3%

Preço dos fretes rodoviários mais atraentes que o do ferroviário

16,7%

Baixa demanda

16,7%

Produtividade

16,7%

Burocracia

16,7%

Custo de manuseio da carga

16,7%

Sazonalidade

16,7%

0,0% A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

80

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS EXPECTATIVAS EM ALTA PARA 2019: TRANSPORTADORES ESPERAM AUMENTO DO INVESTIMENTO PÚBLICO E MELHORIA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE URBANO A onda de otimismo e o alto grau de confiança das empresas de transporte em relação à gestão do próximo governo federal também se manifestaram de forma clara na Sondagem do segmento de transporte urbano de passageiros por ônibus. Entre os transportadores do segmento consultados, 64,0% deles avaliaram que o setor de transporte no Brasil estará em uma situação melhor já a partir de 2019, 61,9% acreditam que o ambiente de negócios estará mais favorável à atividade de sua empresa e 80,0% consideram que o novo governo será capaz de solucionar, gradualmente, os problemas de infraestrutura de transporte que, hoje, comprometem a competitividade no país. Portanto, o atual momento entre as empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus é de ânimo e expectativas elevadas. Na esteira desse alto grau de otimismo, 57,3% dos entrevistados declararam acreditar que haverá um aumento dos investimentos públicos em infraestrutura de transporte urbano em 2019, enquanto 34,7% avaliam que os aportes devem se manter no mesmo patamar atual. Apenas 6,0% creem que eles serão reduzidos. Em linha com essas expectativas positivas, a maioria dos entrevistados também espera uma melhora da condição da infraestrutura pública de transporte urbano em 2019 (61,3%), enquanto 32,7% acreditam que ela será mantida e somente 5,3%, que ela deverá piorar. Complementarmente, os resultados desta Sondagem mostram que a alternativa de prestação de serviços de transporte urbano com veículos elétricos ou híbridos ainda enfrenta dificuldades quanto à sua viabilidade: um total de 85,4% dos transportadores entrevistados afirmaram que não planejam investir em veículos desse tipo em 2019. Entre os principais entraves à utilização dos elétricos ou híbridos, eles apontaram o elevado custo de aquisição dos veículos (58,0%), a falta de políticas públicas de fomento à utilização desses veículos no Brasil (37,3%) e o reduzido número de postos adaptados com locais apropriados para recarga da bateria (20,0%). De acordo com a percepção dos entrevistados, também merecem destaque o elevado custo da energia elétrica (19,3%), o desconhecimento sobre a tecnologia (15,3%) e a baixa autonomia dos veículos (12,0%). Nesse sentido, a inserção de veículos elétricos ou híbridos na frota de transporte urbano no país ainda depende de um respaldo mais consistente de políticas que efetivamente impulsionem a competitividade desses veículos e promovam uma estrutura adequada para sua manutenção e recarga.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos públicos em infraestrutura de transporte urbano em 2019? 100,0%

80,0%

57,3%

60,0%

40,0%

34,7%

20,0%

6,0%

2,0%

0,0% Reduzirá

Será mantido

Aumentará

NS / NR

Comparado a 2018, qual a sua expectativa em relação à condição da infraestrutura pública de transporte urbano em 2019? 100,0%

80,0%

61,3%

60,0%

40,0%

32,7%

20,0%

5,3%

0,7%

0,0% Piorará

Será mantida

Melhorará

Sua empresa planeja investir em veículos elétricos ou híbridos em 2019? 3,3% Sim 85,4% Não 11,3% NS/NR

82

NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Em sua opinião, quais as dois principais dificuldades de operar com veículos elétricos ou híbridos no Brasil? 39,5%

Elevado custo de aquisição do veículo Falta de políticas públicas de fomento ao uso desses veículos no Brasil

37,3%

Número reduzido de postos adaptados com locais apropriados para recarregar a bateria do veículo

20,0%

Elevado custo da energia elétrica

19,3%

Desconhecimento sobre a tecnologia

15,3%

Baixa autonomia dos veículos Outros NS / NR 0,0%

58,0%

12,0% 3,3% 4,7% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar até dois itens nesta questão.

CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE URBANO PIORARAM EM 2018; OTIMISMO PARA 2019 É UM MARCO NO QUE SE REFERE AO AUMENTO DA CONFIANÇA As expectativas das empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus para o ano de 2019 contrastam com sua percepção geral acerca da infraestrutura de transporte urbano no país durante o ano de 2018. Para 61,3% dos transportadores consultados, houve uma redução do volume de investimentos públicos em infraestrutura de transporte urbano no ano, enquanto 32,0% avaliam que os aportes foram mantidos e somente 6,0%, que eles aumentaram. Como desdobramento dessa avaliação de restrição de investimentos públicos, 48,7% dos entrevistados apontam que a condição da infraestrutura de transporte urbano no Brasil piorou em 2018, 43,3% entendem que ela foi mantida e só 7,3%, que ela melhorou. Portanto, há uma sinalização clara dos transportadores desse segmento de que os investimentos públicos em 2018 foram insatisfatórios, diante das necessidades de melhorias e da expansão do estoque de infraestrutura de transporte urbano no Brasil. De fato, 89,4% dos transportadores consultados indicaram que a quantidade de infraestrutura de transporte urbano no país é insuficiente, e 40,6% deles afirmam que sua qualidade é ruim ou péssima, enquanto para 48,0%, essa qualidade é apenas regular. Esses resultados apontam que há um marco de alteração substancial da confiança das empresas do segmento em relação à transição do ano de 2018 para 2019. Apesar do quadro de restrição nas contas da União, de estados e de municípios, do teto de gastos do governo federal determinado pela Emenda Constitucional (EC) 95 e do compromisso fiscal expresso no plano de governo do novo presidente eleito, os transportadores consultados avaliam, conforme apontado nesta Sondagem, que a nova equipe de governo deverá ser capaz de reverter a situação de baixo investimento público observada em 2018 e gerar condições de infraestrutura melhores para a operação das empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus do que as percebidas em 2018.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Ainda em relação ao tema infraestrutura, é importante observar que, embora a disponibilidade de faixas exclusivas ou corredores para ônibus (excluindo BRT) resulte em múltiplos benefícios não só para as empresas prestadoras do serviço mas também aos usuários e ao sistema de transporte urbano de uma forma geral, 53,4% dos transportadores entrevistados apontaram que ainda têm de operar sem a disponibilidade dessas faixas ou corredores exclusivos. De acordo com a avaliação das empresas consultadas, essas faixas e esses corredores reduzem o tempo de trânsito dos seus veículos (63,1%) e aumentam a pontualidade nas rotas operadas (26,5%), além de reduzirem o número de acidentes com veículos da sua frota (4,4%). Portanto, é necessário elevar a quantidade dessas faixas.

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos públicos em infraestrutura de transporte urbano em 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

61,3%

40,0%

32,0%

20,0%

6,0% 0,0% Reduziu

Manteve-se

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE da infraestrutura de transporte urbano no Brasil é:

Aumentou

0,7% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE da infraestrutura de transporte urbano no Brasil é:

89,4% Insuficiente

0,7% Ótima

9,3% Suficiente

10,7% Boa

1,3% Mais que necessária

48,0% Regular

0,0% NS/NR

27,3% Ruim 13,3% Péssima 0,0% NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição da infraestrutura pública de transporte urbano em 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

48,7%

43,3%

40,0%

20,0%

7,3% 0,7%

0,0% Piorou

Manteve-se

Melhorou

NS/NR

Nos municípios em que sua empresa opera, existem faixas exclusivas (não inclui BRT) para ônibus? 45,3% Sim 53,4% Não 1,3% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que o maior benefício das faixas exclusivas é: 100,0%

80,0%

63,1% 60,0%

40,0%

26,5% 20,0%

4,4% 0,0% Redução do tempo em trânsito de seus veículos

Maior pontualidade nas rotas operadas

Redução do número de acidentes com veículos de sua frota

1,5%

1,5%

1,5%

1,5%

Economia de combustível

Todos

Nenhum

NS / NR

Apenas para empresas que operam em cidade que possuem faixas exclusivas.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

MAIORIA DOS TRANSPORTADORES TEM REGRA CONTRATUAL DE REAJUSTE TARIFÁRIO ANUAL, PORÉM, 39,0% NÃO TIVERAM REAJUSTE EM 2018 CONFORME O PREVISTO EM CONTRATO No arcabouço regulatório, as empresas do segmento de transporte urbano de passageiros por ônibus também apontam que há questões que devem ser aprimoradas para melhorar o ambiente de operação e prestação de serviços dos transportadores. No tocante às tarifas, 82,0% dos entrevistados informaram que há uma regra de reajuste anual definida contratualmente – o que é positivo, pois dá segurança jurídica, previsibilidade e transparência aos critérios de remuneração dos serviços prestados. Esses elementos são importantes para que o transportador consiga efetuar o planejamento da sua operação e, além disso, permitem o acompanhamento da evolução das tarifas por parte dos usuários. Entre as empresas que operam com regra contratual de reajuste tarifário anual, 29,2% declararam que o reajuste é feito com base em planilhas de custo e 20,3%, com base nos termos de licitação ou de contrato com a prefeitura. Além dessas modalidades, também merecem destaque os reajustes com base em fórmulas paramétricas (5,7%) ou no comportamento da inflação (4,1%). Ademais, entre os transportadores que dispõem dessa regra, 39,0% deles afirmaram que não tiveram reajuste em 2018 conforme o previsto em seu contrato. Portanto, é necessário que a gestão pública reverta esses números, reduzindo o número de contratos sem a definição de uma regra tarifária e garantindo que os contratos que já dispõem desta sejam de fato cumpridos. Por outro lado, é importante observar que 12,7% dos transportadores urbanos entrevistados declararam que ainda operam sem a previsibilidade de uma regra contratual de reajuste tarifário anual. Entre eles, 42,0% disseram desconhecer ou preferiram não responder à pergunta sobre a forma com que o reajuste é realizado. Outro tema regulatório importante diz respeito às gratuidades. Um total de 26,0% das empresas de transporte urbano entrevistadas apontaram que, do total de passageiros transportados em seu sistema, o percentual beneficiado por gratuidades definidas em leis federais, estaduais ou municipais varia de 10% a 20%. Já para 24,7% dos entrevistados, esse percentual varia de 20% a 30% e, para 18,0% dos transportadores consultados, os passageiros favorecidos por gratuidades representam até 10% do número total de pessoas transportadas. Diante desses resultados, as empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus são, quase que unanimemente (93,3%), favoráveis a que as gratuidades definidas em lei sejam financiadas pelo poder público. Mas, a realidade é outra, uma vez que a maioria das empresas respondentes que operam nesse segmento revelaram que não recebem nenhum tipo de subsídio (80,0%) ou isenção de tributos (62,7%). Para aquelas que recebem subsídios (14,7%), o valor recebido é de até 15,0% para 18,1% delas, de 15% a 20% para 27,3% dos entrevistados e acima de 20,0% para 9,1%. Chama a atenção que 45,0% não souberam ou não quiseram informar o valor desse percentual. No caso das isenções, os principais tributos que tiveram suas alíquotas reduzidas foram o ICMS (27,1%), ISS (12,5%) e PIS/Cofins (10,4%). Por fim, a maioria dos entrevistados (62,7%) acredita que a implantação de pedágios urbanos pode contribuir para o aumento da demanda pelos serviços de transporte urbano por ônibus, o que incentivaria a redução de veículos utilizados para locomoção individual, contribuindo para amenizar problemas urbanos ligados ao congestionamento e à poluição.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Sua empresa recebe algum tipo de isenção de tributos para operar?

Sua empresa recebe algum tipo de subsídio para operar?

32,0% Sim

14,7% Sim

62,7% Não

80,0% Não

5,3% NS/NR

5,3% NS/NR

Qual o percentual de subsídio no faturamento? 100,0%

80,0%

60,0%

45,5% 40,0%

27,3% 20,0%

4,5%

9,1%

9,1%

4,5%

0,0% 00 --- 05%

05 --- 10%

10 --- 15%

15 --- 20%

20% ou mais

NS/NR

Apenas para empresas que recebe subsídio.

Qual a alíquota de isenção? 100,0%

80,0%

60,0%

37,5%

40,0%

27,1% 20,0%

12,5%

10,4%

6,3%

6,3%

0,0% ICMS

ISS

PIS e Cofins

Folha de pagamento

INSS

NS/NR

Apenas para empresas que recebem algum tipo de isenção.

87


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Qual o percentual de passageiros transportados em seu sistema que são beneficiados por gratuidades definidas em leis federais, estaduais ou municipais? 100,0%

80,0%

60,0%

40,0%

26,0% 20,0%

24,7%

18,0%

16,0%

15,3%

Acima de 30%

NS/NR

0,0% Até 10%

Acima de 10% até 20%

Acima de 20% até 30%

O(A) Sr.(a) acredita que as gratuidades determinadas em Lei deveriam ser financiadas pelo(s) governo(s)?

O contrato da sua empresa para a prestação de serviços de transporte urbano por ônibus possui regra de ajuste tarifário anual definida?

93,3% Sim

82,0% Sim

4,7% Não

12,7% Não

2,0% NS/NR

5,3% NS/NR

Qual é a regra contratual de reajuste tarifário? 100,0%

80,0%

60,0%

40,0%

29,2%

23,6%

20,3%

20,0%

7,3%

5,7%

4,1%

3,3%

3,3%

Com base na inflação

Planilha GEIPOT

Decisão política

0,0% Planilha de custo

Contrato com a prefeitura / Licitação

Reajuste Fórmula anual / paramétrica Início do ano

Apenas para empresas que possui regra de ajuste tarifário.

88

1,6% Número de passageiros

1,6% Definição da BHTrans

NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Houve ajuste tarifário em 2018 conforme definição contratual? 52,1% Sim 39,0% Não 8,9% NS/NR

De qual forma é realizado o reajuste nos casos em que não há regra contratual? 100,0%

80,0%

60,0%

42,0% 40,0%

26,3% 20,0%

10,5%

5,3%

5,3%

5,3%

5,3%

0,0% Reajuste anual / Início do ano

Contrato com a prefeitura / Licitação

Planilha GEIPOT

Decisão política Comparação com aumentos em outros setores

Via sindicatos

NS/NR

Apenas para empresas que não possuem regra de reajuste contratual.

O(A) Sr.(a) acredita que a implantação de pedágios urbanos pode contribuir para o aumento da demanda pelos serviços de transporte urbano por ônibus? 62,7% Sim 32,0% Não 5,3% NS/NR

89


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

MAIORIA DOS TRANSPORTADORES UTILIZA SISTEMAS DE BILHETAGEM ELETRÔNICA E MONITORAMENTO INTELIGENTE DA FROTA, PORÉM, APENAS 18% AVALIAM OFERTAR NOVOS SERVIÇOS QUE ESTÃO SURGINDO NO MERCADO DE MOBILIDADE URBANA Em relação aos temas de integração intermodal, as respostas das empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus mostram, nesta Sondagem, que em 68,0% delas não há possibilidade de integração com outros modos de transporte urbano, mas que, das 32,0% que operam assim, em 16,7% o percentual de passageiros que utilizam esse sistema é superior a 20,0%. Quanto a utilização de ferramentas de tecnologia, é possível perceber que o uso de recursos e dispositivos desse tipo está bem difundido, porém, ainda há espaço para ganhos de produtividade e eficiência. Um total de 89,3% dos transportadores entrevistados afirmaram operar integralmente com o sistema de bilhetagem eletrônica. Destes, 36,6% utilizam o sistema já há um período entre 10 e 15 anos e 29,1%, há um intervalo entre 5 e 10 anos. Ademais, quase a totalidade das empresas entrevistadas (91,3%) opera com algum Sistema Inteligente de Monitoramento na frota. Destas, 84,0% adotam o sistema em 80,0% ou mais da frota total. O sistema de monitoramento mais utilizado pelas empresas respondentes é o rastreamento veicular via GPS (83,2%), seguido do sistema de bilhetagem eletrônica (SBE - 79,6%). Além destes, também merecem destaque sistemas de monitoramento (44,5%), a telemetria (40,9%) e o sistema de informações aos usuários (21,2%). Sobre as transformações em curso no mercado de mobilidade urbana em decorrência de inovações tecnológicas, as empresas de transporte urbano de passageiros por ônibus declararam ter conhecimento, principalmente, sobre o compartilhamento de viagens em carros (74,0%), aplicativos de bicicletas comuns (56,7%), carros autônomos (47,3%) e viagens de ônibus agendadas (45,3%). Porém, 31,3% avaliam que essas inovações não terão nenhum impacto no mercado em que a empresa atua e 32,7% declararam que não sabiam avaliar esse impacto ou preferiram não responder essa questão. A maioria dos transportadores entrevistados (70,7%) informou que não avaliam se associar a outras empresas que prestam esses novos serviços ou oferecer por conta própria alguns deles. Porém, para os que pretendem acompanhar o processo de inovação tecnológica em curso no mercado de mobilidade urbana, o principal nicho de inovação na prestação de serviços é o de viagens de ônibus agendadas (48,1%). Por fim, há espaço para maior uso da integração com outros modais de transporte urbano e maior utilização de aplicativos para roteirização nas operações, que têm um grande potencial de contribuição para maior eficiência da prestação do serviço.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE TRANSPORTEURBANO METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

No sistema em que a empresa do(a) Sr.(a) opera, há possibilidade de integração com outros modos de transporte urbano? 32,0% Sim 68,0% Não 0,0% NS/NR

Qual o percentual de passageiros que utiliza a integração com outros modos de transporte urbano? 100,0%

80,0%

56,3%

60,0%

40,0%

20,0%

0,0%

16,7%

10,4%

8,3%

6,3%

05 --- 10%

10 --- 15%

15 --- 20%

2,1% 00 --- 05%

20% ou mais

NS/NR

Apenas para empresas que operam em sistemas que têm integração com outros modos de transporte urbano.

Sua empresa opera integralmente com o sistema de bilhetagem eletrônica?

89,3% Sim 10,7% Não 0,0% NS/NR

91


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Desde quando usa bilhetagem eletrônica? 100,0%

80,0%

60,0%

36,6%

40,0%

29,1% 20,0%

14,9%

11,2%

8,2% 0,0% Até 5 anos

Acima de 5 até 10 anos

Acima de 10 anos até 15 anos

Acima de 15 anos

NS/NR

Apenas para empresas que operam integralmente com sistema de bilhetagem eletrônica.

Existe algum Sistema Inteligente de Monitoramento na frota em operação em sua empresa? 91,3% Sim 8,7% Não 0,0% NS/NR

Quais sistemas de monitoramento utilizam? 39,5%

Rastreamento veicular via GPS

83,2% 79,6%

SBE (Sistema de Bilhetagem Eletrônica) 44,5%

Sistema de monitoramento

40,9%

Telemetria 21,2%

Sistema de informações aos usuários Todos

2,2%

Outros

1,5%

0,0%

20,0%

Apenas para as empresas que possuem sistema de monitoramento.

92

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE TRANSPORTEURBANO METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

Qual o percentual da frota que utiliza? 100,0%

84,0% 80,0%

60,0%

40,0%

20,0%

0,0%

10,9% 2,2%

0,7%

1,5%

0,7%

00 --- 20%

20 --- 40%

40 --- 60%

60 --- 80%

80% ou mais

NS/NR

Apenas para as empresas que possuem sistema de monitoramento.

O(a) Sr.(a) utiliza aplicativos para roteirização nas operações da sua empresa?

Sua empresa investiu em veículos elétricos ou híbridos em 2018? 0,7% Sim

32,0% Sim

98,6% Não

67,3% Não

0,7% NS/NR

0,7% NS/NR

Das seguintes alternativas já existentes ou futuras para a mobilidade urbana, quais o(a) Sr.(a) tem conhecimento? 39,5%

Compartilhamento de viagens em carros

74,0% 56,7%

Aplicativos de bicicletas comuns (próprias ou compartilhadas) 47,3%

Carros autônomos

45,3%

Viagens de ônibus agendadas 29,3%

Aplicativos de bicicletas / motos elétricas Aplicativos de patinetes elétricos (compartilhados)

17,3%

Carros / táxis voadores

17,3%

Trens movidos a hidrogênio NS / NR 0,0%

8,7% 13,3% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

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Quais são as duas alternativas para a mobilidade urbana que podem gerar mais impacto ou modificação no mercado em que sua empresa atua hoje? 14,7%

Compartilhamento de viagens em carros

12,7%

Aplicativos de bicicleta comuns (próprias ou compartilhadas)

7,3%

Aplicativos de bicicletas / motos elétricas

6,7%

Viagens de ônibus agendadas Carros autônomos

2,7%

Aplicativos de patinetes elétricos (compartilhados)

2,0%

Trens mividos a hidrogênio

1,3%

Carros / táxis voadores 0,0% 31,3%

Nenhum

32,7%

NS / NR 0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

80,0%

100,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

Sua empresa avalia se associar a outras que prestam esses novos serviços ou oferecer por conta própria alguns deles? 18,0% Sim 70,7% Não 11,3% NS/NR

Quais os serviços que a sua empresa avalia se associar ou oferecer por conta própria? 14,7%

Viagens de ônibus agendadas

18,5%

Aplicativos de bicicletas comuns (próprias ou compartilhadas)

Compartilhamento de viagens em carros

11,1%

Aplicativos de bicicletas / motos elétricas

11,1%

Carros autônomos

3,7%

29,6%

NS / NR 0,0%

48,1%

20,0%

40,0%

60,0%

A empresa poderia citar mais de um item nesta questão. Apenas para as empresas que pretendem prestar novos serviços de forma conjunta com outras ou de forma individual.

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TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS TRANSPORTADORES APONTAM QUE A INFRAESTRUTURA METROFERROVIÁRIA AINDA É INADEQUADA E QUE O DESEMPENHO DO SEGMENTO EM 2018 FOI MODERADO, PORÉM, PERSPECTIVA É DE MELHORA EM 2019 A demanda pelos serviços de transporte urbano de passageiros sob trilhos é explicada principalmente pelos deslocamentos diários da população das grandes cidades ao trabalho e, em menor medida, ao lazer e turismo. As empresas ouvidas pela Sondagem de 2018 movimentam grandes fluxos de passageiros diariamente: 40,0% delas transportam até 500 mil pessoas, 40,0% declararam transportar entre 500 mil e 1 milhão de passageiros e 20,0% transportam mais de 1 milhão de pessoas diariamente. Em 2018, não houve mudanças significativas na movimentação do setor: 37,5% das empresas afirmaram que, em relação a 2017, o volume de passageiros diários diminui e 50,0%, que subiu. Assim como verificado nas Sondagens de 2016 e 2017, todo o setor metroferroviário avalia que a quantidade de infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos no Brasil é insuficiente. De fato, conforme a CNT mostrou na publicação Transporte & Desenvolvimento: Transporte Metroferroviário de Passageiros53, a quantidade de trens urbanos e metrôs é muito pequena. Em relação à qualidade da infraestrutura existente, 30,0% dos entrevistados a avaliam como boa e 60,0%, como regular. Destaca-se que não é possível notar uma melhora significativa na avaliação dos transportadores metroferroviários em relação à qualidade da malha ao longo dos últimos anos: em 2017, 20,0% a avaliavam como boa; 40,0% como regular; 30,0% como ruim; e 10,0%, péssima; em 2016, 12,5% a julgaram boa, 75,0%, regular, e 12,5%, ruim. Apesar da malha inadequada e do desempenho moderado de 2018, o setor está confiante para o ano de 2019. Isso porque nenhuma empresa espera ter redução do número de viagens no ano: 50,0% acreditam que haverá um aumento, e 50,0% creem em manutenção. Além disso, 62,5% delas projetam aumento do número de passageiros no próximo ano. Com isso, todos os transportadores metroferroviários de passageiros esperam manter ou aumentar tanto o faturamento quanto o número de contratações formais em 2019. Esse otimismo é explicado principalmente pela crença do setor na melhora das condições macroeconômicas para o ano que vem: todas elas apostam em um aumento da taxa de crescimento do PIB em 2019 comparativamente a 2018. É importante destacar que a demanda pelos serviços de transporte urbano sobre trilhos está intimamente ligada à renda das famílias e ao desempenho do mercado de trabalho.

53  Trata-se de um levantamento que traz as características do transporte metroferroviário de passageiros no Brasil, desde seu histórico, passando pela evolução recente, até os indicadores operacionais, econômicos e ambientais do setor. Para mais informações, acesse: http://www.cnt.org.br/Estudo/estudo-transporte-metroferroviario-de-passageiros

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Como desdobramento desse sentimento de otimismo, as perspectivas dos entrevistados quanto a investimentos em infraestrutura metroferroviária são mais favoráveis para 2019 em comparação com o observado em 2018. Para 30,0% das empresas consultadas, o volume de investimentos públicos no segmento deverá aumentar no próximo ano, enquanto 50,0% consideram que ele deverá ser mantido e 20,0%, que os aportes serão reduzidos. No tocante aos investimentos privados, as perspectivas são ainda melhores: nenhum dos transportadores acredita que o volume de aportes em infraestrutura metroferroviária será reduzido, 50,0% apostam na elevação dos aportes e 40,0%, que eles serão mantidos.

Qual o volume médio diário de passageiros transportados em seu sistema?

100,0%

80,0%

60,0%

40,0%

40,0%

40,0%

20,0%

20,0%

0,0%

0 | -- 500.000 passageiros

500.000 | -- 1.000.000 passageiros

1.000.000 ou mais passageiros

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE da infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos no Brasil é: 100,0% Insuficiente 0,0% Suficiente 0,0% Mais do que necessária 0,0% NS/NR

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0,0% NS/NR


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O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE da infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos no Brasil é: 0,0% Ótima 30,0% Boa 60,0% Regular 10,0% Ruim 0,0% Péssima 0,0% NS/NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição da infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos em 2018? 100,0%

80,0%

60,0% 50,0%

50,0%

40,0%

20,0%

0,0%

30,0%

30,0% 20,0%

10,0% 0,0% Piorou

10,0% Manteve-se Pública

Melhorou

NS/NR

Concessionada

O sistema operado por sua empresa teve variação do volume de passageiros diários em 2018?

40,0% Sim, negativa 50,0% Sim, positiva 10,0% Não 0,0% NS/NR

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Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos em infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos em 2018? 100,0%

80,0%

60,0% 50,0% 40,0%

40,0%

40,0%

30,0%

30,0% 20,0%

20,0%

20,0% 10,0%

0,0%

Reduziu

0,0% Aumentou

Manteve-se Público

NS/NR

Privado

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos em infraestrutura de transporte urbano sobre trilhos em 2019? 100,0%

80,0%

60,0%

50,0%

40,0%

20,0%

0,0%

50,0% 40,0% 30,0%

20,0% 10,0% 0,0% Reduzirá

Será mantido Público

Aumentará

0,0% NS/NR

Privado

MAIORIA DOS TRANSPORTADORES METROFERROVIÁRIOS (60,0%) CONCORDA COM O SISTEMA DE BANDEIRAS TARIFÁRIAS, PORÉM, HÁ DISCORDÂNCIA QUANTO AO POSSÍVEL AUMENTO DO NÚMERO DE FAIXAS Todas as empresas sondadas operam sistemas eletrificados. Portanto, a energia elétrica possui um peso relevante em suas estruturas de custos. 30,0% dos entrevistados disseram que a energia elétrica representa até 10,0% do custo total da operação; 40,0% afirmaram que esse montante está entre 10,0% e 15,0%; e 10,0% afirmaram que representa mais de 15,0% dos custos totais. Além disso, nos últimos cinco anos, o peso da energia elétrica nos custos totais de todas as empresas aumentou. Um total de 75,0% dos transportadores metroferroviários afirmaram que pagaram mais caro pela energia elétrica em 2018 na comparação com 2017, e 25,0% não souberam responder. Na Sondagem de 2017, a verificação foi semelhante: 80,0% afirmaram ter incorrido em aumento dos gastos com

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energia elétrica em relação ao ano anterior. Para 2019, a expectativa não é otimista nesse quesito: nenhuma das empresas espera queda dos preços da energia elétrica, sendo que 75,0% delas creem em um novo aumento. Diante dessas expectativas, 40,0% dos transportadores acreditam em piora no equilíbrio das custeio das suas empresas, enquanto 50,0% creem em manutenção. Desde 2015, as contas de energia de todos os consumidores brasileiros passaram a ter uma novidade: o sistema de bandeiras tarifárias – que apresenta modalidades por cores (verde, amarela e vermelha) que indicam se haverá ou não aumento no valor da energia elétrica a ser repassada ao consumidor em função das condições de geração de eletricidade. As empresas do setor metroferroviário, em sua maioria (60,0%), concordam com a política de bandeiras tarifárias no fornecimento de eletricidade, enquanto 30,0% não souberam responder, e apenas 10,0% não concordam. Contudo, elas estão na dúvida sobre as propostas referentes ao aumento do número de faixas tarifárias. Isso porque 30,0% dos entrevistados avaliam que esse aumento poderá trazer benefícios para a prestação dos serviços de transporte metroferroviário. Por outro lado, outros 30,0% julgam que não, que essa política pode ser prejudicial para o segmento, e 40,0% não souberam responder.

O sistema operado por sua empresa é eletrificado?

100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

Do custo total da sua empresa, qual o percentual gasto, em média, com energia elétrica? 100,0%

80,0%

60,0%

40,0%

40,0% 30,0% 20,0%

20,0% 10,0% 0,0%

Até 10%

De 10% a 15%

15% ou mais

NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

O percentual do custo operacional com energia elétrica aumentou nos últimos cinco anos?

100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

Considerando a sua expectativa para o preço da energia elétrica em 2019, qual o impacto sobre o equilíbrio do custeio da sua empresa? 100,0%

80,0%

60,0% 50,0% 40,0%

40,0%

20,0%

0,0%

10,0% Piorará

Mantém-se

Melhorará

O(A) Sr.(a) avalia que o aumento do número de faixas de consumo no regime de bandeiras tarifárias poderá trazer benefícios para a prestação do serviço? 30,0% Sim 30,0% Não 40,0% NS/NR

100

0,0% NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

MAIORIA DOS TRANSPORTADORES METROFERROVIÁRIOS AVALIA QUE IMPLEMENTAÇÃO DE PEDÁGIOS URBANOS PODE LEVAR AO AUMENTO DA DEMANDA POR TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SOBRE TRILHOS Em relação à integração tarifária, 90,0% das empresas consultadas afirmaram que há integração com o transporte de passageiros por ônibus. Além disso, questionadas sobre quando essa integração começou, a maioria das empresas (55,5%) disse que foi há mais de dez anos, enquanto 22,2% delas afirmaram que foi há mais de vinte anos. A implementação de pedágios urbanos – uma das medidas defendidas por especialistas para desafogar o trânsito nas grandes cidades – é bem vista pelo segmento de transporte metroferroviário. Isso porque 80,0% dos entrevistados disseram acreditar que a implementação de pedágios urbanos pode contribuir para o aumento da demanda por transporte de passageiros sobre trilhos. O sistema operado por sua empresa tem integração tarifária com o transporte de passageiros por ônibus? 90,0% Sim 10,0% Não 0,0% NS/NR

Quando essa integração começou (ano)? 100,0%

80,0%

60,0% 44,5% 40,0%

33,3% 22,2%

20,0%

0,0%

Até 10 anos

10 a 20 anos

20 anos ou mais

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

O(A) Sr.(a) acredita que a implantação de pedágios urbanos pode contribuir para o aumento da demanda pelos sistemas metroferroviários? 80,0% Sim 10,0% Não 10,0% NS/NR

TRANSPORTADORES APONTAM QUE ATOS DE VANDALISMO TÊM IMPACTO DE ALTO A MODERADO NA GESTÃO DOS SEUS SISTEMAS Assim como o roubo de cargas prejudica significativamente os transportadores rodoviários de cargas e os assaltos, os do segmento de passageiros, ações de vandalismo são um problema sério para as empresas que atuam no transporte urbano sobre trilhos. Em 2018, 90,0% delas afirmaram que seus sistemas sofrem ações dessa natureza. E essas são prejudiciais para suas operações: 22,2% delas disseram que o impacto desses atos na gestão dos seus sistemas é alto; 55,6%, que é moderado; e apenas 22,2% consideram o impacto baixo. Em 2018, não houve redução dos atos de vandalismo em relação ao ano anterior: 40,0% das empresas afirmaram a ocorrência desses atos foi mantida; e 50,0%, que foi maior. Para o ano que vem, não há otimismo nesse aspecto: 40,0% esperam aumento; 30,0%, manutenção; e apenas 20,0%, redução. Sobre o gasto em 2018 para sanar prejuízos causados por esse tipo de ação, a maioria não soube responder (55,6%).

O sistema operado por sua empresa sofre com ações de vandalismo?

90,0% Sim 10,0% Não 0,0% NS/NR

102


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

O(A) Sr.(a) avalia que esse tipo de ação tem qual nível de impacto na gestão do seu sistema? 100,0%

80,0%

60,0%

55,6%

40,0% 22,2%

22,2%

20,0%

0,0%

Baixo

Moderado

Alto

Apenas para empresas que sofrem ação de vandalismo.

Quanto o(a) Sr.(a) estima ter gasto em 2018 para sanar prejuízos causados por esse tipo de ação? 100,0%

80,0%

60,0%

55,6%

40,0% 22,2%

22,2%

Inferior a R$ 1.000.000

Superior a R$ 1.000.000,00

20,0%

0,0%

NS/NR

Apenas para empresas que sofrem ação de vandalismo.

Comparado a 2017, o Sr.(a) acredita que as ações de vandalismo em 2018: 100,0%

80,0%

60,0%

50,0% 40,0%

40,0%

20,0% 10,0% 0,0%

0,0% Reduziram

Mantiveram-se

Aumentaram

NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Comparado a 2018, o Sr.(a) acredita que as ações de vandalismo em 2019: 100,0%

80,0%

60,0% 40,0%

40,0%

30,0% 20,0%

20,0%

10,0% 0,0%

Aumentarão

Mantém-se

Diminuirão

NS/NR

TRANSPORTADORES METROFERROVIÁRIOS DEFENDEM QUE GRATUIDADES SEJAM FINANCIADAS PELO PODER PÚBLICO O transporte urbano sob trilhos, em sua maioria, transporta diariamente passageiros beneficiados por gratuidades definidas em leis: 10,0% dos entrevistados disseram que até 5,0% dos passageiros diários dos seus sistemas são gratuidades; 50,0% afirmaram que as gratuidades representam de 5,0% a 10,0% do total de passageiros; e 30,0% deles transportam mais de 10,0% dos passageiros gratuitamente. Na prática, as gratuidades são financiadas pelos passageiros pagantes. As empresas metroferroviárias não concordam com isso: 100,0% delas acreditam que as gratuidades determinadas em lei deveriam ser bancadas pelo poder público.

Qual o percentual de passageiros transportados em seu sistema que são beneficiados por gratuidades definidas em leis federais, estaduais ou municipais? 100,0%

80,0%

60,0%

50,0%

40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

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Até 5%

10,0% 5 a 10%

Acima de 10%

NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS AQUAVIÁRIO

O(A) Sr.(a) acredita que as gratuidades determinadas em lei deveriam ser financiadas pelo(s) governo(s)?

100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO INSATISFEITOS COM A QUANTIDADE E A QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA AQUAVIÁRIA, EBNS ESTÃO OTIMISTAS QUANTO AO VOLUME DE INVESTIMENTOS EM 2019 O transporte aquaviário é composto pelos serviços de navegação interior, que utiliza as vias navegáveis interiores, e de navegação marítima, que abrange a navegação em mar aberto. Essencial para o transporte de grandes tonelagens e para a sustentabilidade do transporte, a navegação continua enfrentando problemas que impedem sua expansão e comprometem a competitividade da produção nacional. A infraestrutura disponível para a operação é, claramente, um dos principais entraves. Questionados sobre o tema, os representantes das Empresas Brasileiras de Navegação (EBN) participantes desta Sondagem revelaram-se insatisfeitos com a quantidade e a qualidade dos portos, vias navegáveis e terminais brasileiros. Para 84,0% das empresas entrevistadas que operam navegação interior, a quantidade de vias navegáveis é insuficiente, enquanto a sua qualidade é definida como regular por 40,0% dos participantes e ruim por outros 36,0%. Já o número de terminais disponíveis é considerado como insuficiente por 76,0% dos transportadores hidroviários. Na avaliação de qualidade, os terminais que atendem à navegação tiveram uma avaliação levemente melhor que as vias, sendo considerados regular por 44,0% dos entrevistados e ruim por 24,0%. A condição da infraestrutura aquaviária não registrou modificações significativas em 2018. Para 64,0% dos entrevistados, as vias navegáveis estão nas mesmas condições percebidas em 2017. O mesmo foi revelado para os terminais (60,0%) e portos públicos e privados (49,9% para ambos). Como avaliam que as condições das infraestruturas aquaviárias não se modificou ao longo do ano, a percepção da maioria das EBNs é de queda ou manutenção nos investimentos em 2018. Contudo, os transportadores esperam que essa situação não persista em 2019. Otimistas, eles presumem novos investimentos. A esperança da maior parcela das EBNs, tanto as que operam serviços marítimos como as que atuam na navegação interior, é de aumento do volume de investimentos em vias navegáveis, terminais e portos no ano que vem. Destaca-se que nenhuma das empresas crê em redução dos aportes em portos em 2019 – tanto públicos quanto privados –, e apenas 12,0% delas apostam em queda dos investimentos em vias navegáveis e terminais no próximo ano. Em razão da expectativa por maiores volumes de investimentos, as EBNs confiam que a qualidade das infraestruturas que utilizam melhore em 2019. Apenas 8,0% dos entrevistados que atuam na navegação interior acham que haverá uma piora das vias navegáveis em 2019. Dos transportadores marítimos, somente 12,5% esperam piora nas condições dos portos públicos em 2019, e nenhum deles acredita em uma deterioração dos portos privados no próximo ano.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Vias navegáveis O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de vias navegáveis no Brasil é: 84,0% Insuficiente 16,0% Suficiente 0,0% Mais do que necessária 0,0% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE das vias navegáveis no Brasil é: 0,0% Ótima 12,0% Boa 40,0% Regular 36,0% Ruim 12,0% Péssima 0,0% NS/NR

Terminais O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de terminais no Brasil é: 76,0% Insuficiente 16,0% Suficiente 0,0% Mais do que necessária 8,0% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE dos terminais no Brasil é: 4,0% Ótima 12,0% Boa 44,0% Regular 24,0% Ruim 8,0% Péssima 8,0% NS/NR

Portos O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de portos no Brasil é: 49,9% Insuficiente 43,8% Suficiente 0,0% Mais do que necessária 6,3% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE dos portos no Brasil é: 0,0% Ótima 12,5% Boa 37,4% Regular 31,3% Ruim 18,8% Péssima 0,0% NS/NR

108


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição das vias navegáveis em 2018? 100,0%

80,0% 64,0% 60,0%

40,0%

32,0%

20,0%

0,0%

Piorou

4,0%

0,0% Melhorou

Manteve-se

NS / NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição dos terminais em 2018? 100,0%

80,0% 60,0%

60,0%

40,0%

20,0%

0,0%

20,0% 12,0%

Piorou

Manteve-se

8,0%

Melhorou

NS / NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr. (a) avalia a condição dos portos em 2018? 100,0%

80,0%

60,0% 49,9% 40,0%

20,0%

0,0%

49,9%

31,3% 18,8%

18,8%

18,8%

12,5%

Piorou

0,0% Melhorou

Manteve-se Público

NS / NR

Privado

109


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos em vias navegáveis e terminais hidroviários em 2018? 100,0%

80,0% 64,0% 60,0% 40,0%

40,0%

32,0% 20,0%

20,0%

20,0% 12,0%

8,0%

4,0% 0,0%

Reduziu

Manteve-se

Aumentou

Público

NS/NR

Privado (terminais)

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos em portos em 2018? 100,0%

80,0%

60,0%

56,2% 49,9% 37,5%

40,0%

31,3%

20,0%

12,5% 6,3%

0,0%

Reduziu

0,0% Aumentou

Manteve-se Público

6,3% NS / NR

Privado

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos em vias navegáveis e terminais hidroviários em 2019? 100,0%

80,0%

60,0%

52,0%

48,0%

40,0% 24,0% 20,0%

0,0%

12,0%

Reduzirá

24,0%

12,0%

12,0%

Será mantido Público

110

Aumentará Privado (terminais)

NS/NR

16,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos em portos em 2019? 100,0%

80,0%

60,0%

56,2% 49,9% 43,8%

40,0% 25,0% 18,8%

20,0%

6,3% 0,0%

0,0% 0,0% Reduzirá

Será mantido Público

Aumentará

NS / NR

Concedido

Comparado a 2018, qual a sua expectativa em relação à condição das vias navegáveis em 2019? 100,0%

80,0%

60,0% 44,0%

44,0%

40,0%

20,0% 8,0% 0,0%

Piorará

4,0% Será mantido

Melhorará

NS / NR

Comparado à 2018, qual a sua expectativa em relação à condição dos terminais em 2019 100,0%

80,0%

60,0% 40,0%

40,0%

40,0%

20,0%

12,0%

8,0% 0,0%

Piorará

Será mantida

Melhorará

NS / NR

111


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Comparado a 2018, qual a sua expectativa em relação à condição dos portos em 2019? 100,0%

80,0%

60,0% 43,7%

43,7% 37,5%

40,0%

20,0%

0,0%

31,3% 18,8% 12,5%

12,5% 0,0% Piorará

Será mantida

Melhorará

Público

NS / NR

Privado

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA É A PRINCIPAL MEDIDA PARA ESTIMULAR A NAVEGAÇÃO NO BRASIL Questionados sobre as principais medidas necessárias para estimular a navegação no Brasil, 68,3% dos entrevistados responderam que é necessário melhorar a infraestrutura. A facilitação do acesso aos recursos do Fundo da Marina Mercante (FMM) foi citada por 31,7% deles e a redução da burocracia, por 29,3%. Ressalta-se que a má condição da infraestrutura portuária no Brasil é refletida nos resultados divulgados do Ranking de Competitividade do Fórum Econômico Mundial 2017/2018, onde o Brasil ocupa a posição 106º entre 140 países avaliados. Quais as duas principais medidas o(a) Sr.(a) acredita serem necessárias para estimular a navegação no Brasil? 68,3%

Melhorar a infraestrutura Facilitar o acesso aos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para aquisição de embarcações

31,7% 29,3%

Reduzir a burocracia Implementar a política de precificação de combustíveis igual para as navegações interior e marítima Ampliar a oferta de mão de obra qualificada

14,6%

Reduzir os impostos incidentes sobre a importação de embarcações

14,6%

Reduzir o número de órgãos de governo

14,6%

0,0% A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

112

22,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

A UTILIZAÇÃO DE TERMINAIS DE USO PRIVADO (TUP) AINDA É INCIPIENTE NO BRASIL Na Sondagem 2017, a maioria (51,5%) das empresas de navegação marítima e interior afirmou não utilizar TUPs em suas operações. Já na edição deste ano, 48,8% declararam que não utilizaram TUPs. Uma vez que pouco mais de um terço das EBNs (39,0%) declararam utilizar essas instalações, é possível indicar que a sua utilização pode ser maximizada no Brasil.

Sua empresa utiliza algum TUP em suas operações? 39,0% Sim 48,8% Não 12,2% NS/NR

PROMESSA DO GOVERNO DE IMPLANTAÇÃO DO PORTO SEM PAPEL EM TODOS OS TUPS ATÉ O FINAL DE 2018 NÃO SE CONCRETIZA O sistema Porto sem Papel (PSP), criado em 2011 pela antiga Secretaria Nacional de Portos, tem como objetivo promover a desburocratização dos procedimentos de estadia dos navios nos portos brasileiros, com o intuito de aperfeiçoar os processos de importação e exportação, aumentar a eficiência e a modernizar da gestão portuária. Em síntese, o PSP consiste na implantação de um sistema único de gestão de informações e documentos necessários à liberação de mercadorias nos portos brasileiros. Questionados sobre as vantagens do programa, para 75,0% das EBNs, o principal benefício do PSP é a redução do tempo de preparo da documentação exigida. Além disso, 62,5% delas citaram como ponto positivo o aumento da transparência e a fácil recuperação das informações fornecidas aos órgãos anuentes. No entanto, nos TUPs que as empresas entrevistadas utilizaram para operações de transporte aquaviário, o PSP é utilizado na totalidade em apenas 25,0% deles; em 37,4%, a utilização é parcial; e 31,3% deles ainda não utilizam essa tecnologia. Assim, a medida anunciada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, em 8 de novembro de 2017, de implantar o sistema PSP em todos os TUPs do Brasil até o final de 2018 não se concretizou54. A medida foi um atendimento do governo às reivindicações dos Órgãos Anuentes e também da Organização Marítima Internacional. Apesar da 54  O anúncio está disponível no site do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil: http://www.transportes.gov. br/ultimas-noticias/6037-porto-sem-papel-ser%C3%A1-implantado--nos-tups-de-todo-o-pa%C3%ADs.html. Acesso em: 13.12.2018.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

ainda baixa utilização pelos TUPs, 80,0% das EBNs declararam utilizar o sistema do Porto sem Papel em suas atividades. Nos TUPS que sua empresa utiliza para as operações de transporte aquaviário, o sistema PORTO SEM PAPEL é utilizado?

A sua empresa utiliza o sistema do PORTO SEM PAPEL em suas atividades?

25,0% Sim, na totalidade

80,0% Sim

37,4% Sim, mas apenas parcialmente

20,0% Não

31,3% Não

0,0% NS/NR

6,3% NS/NR Apenas empresa que utiliza TUP que tem sistema Porto sem Papel (total ou parcial).

Apenas empresa que utiliza TUP. Quais os principais benefícios do PORTO SEM PAPEL? 75,0%

Redução do tempo de preparo da documentação exigida

62,5%

Maior transparência e fácil recuperação das informações fornecidas aos orgãos anuentes

50,0%

Redução do custo operacional da empresa

25,0%

Redução do tempo de permanência nos portos

Maior previsibilidade das regras e procedimentos portuários 0,0%

12,5% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas empresa que utiliza TUP que tem sistema Porto sem Papel (total ou parcial) e que utiliza o sistema. A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

MAIORIA DAS EMPRESAS NÃO ENFRENTA DIFICULDADES PARA OPERAR EM PORTOS QUE FUNCIONAM EM PERÍODO INTEGRAL Importante para a eficiência do transporte aquaviário, a ampliação do horário de funcionamento dos terminais portuários já é uma realidade para as empresas participantes desta Sondagem. Um total de 61,0% das EBNs entrevistadas já utilizaram portos que trabalham com regime de 24 horas por dia e sete dias por semana, e a maioria delas (72,0%) não teve dificuldade nesses locais fora do horário comercial de operação. Entre aquelas que se depararam com dificuldades, o principal problema – relatado por 57,1% dos entrevistados – foi a quantidade reduzida de mão de obra nos horários não convencionais; ademais, 28,6% das EBNs também identificaram como dificuldades a falta de infraestrutura e superestrutura

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

adaptadas para o trabalho noturno e a não prestação dos serviços necessários ao desembaraço de carga fora do horário comercial. Ou seja, dado que a maioria das empresas não enfrenta dificuldades em utilizar portos que trabalham 24 horas por dia, é recomendável que essa prática se espalhe pelo país. Conforme registrado no documento “O Transporte Move o Brasil – Propostas da CNT aos Candidatos”, para alavancar a economia do país, o presidente eleito Jair Bolsonaro precisará implantar políticas públicas que garantam o funcionamento dos portos 24 horas por dia e em 7 dias por semana. Ao mesmo tempo em que essa medida será adotada, deve-se garantir a ampliação do número de empregados dos órgãos intervenientes nos portos e a efetivação do Porto sem Papel.

O(A) Sr.(a) já utilizou portos que trabalham com o regime de 24 horas por dia sete dias por semana?

O(a) Sr.(a) teve alguma dificuldade na operação nesses locais fora do horário normal de operação (horário comercial)?

61,0% Sim 31,7% Não

28,0% Sim

7,3% NS/NR

72,0% Não 0,0% NS/NR

Apenas para empresas que utilizam portos que trabalham em regime integral.

Quais as principais dificuldades? 57,1%

Reduzida mão de obra

O porto estava aberto, mas serviços necessários ao desembaraço da carga estavam fechados

28,6%

Falta de infraestrutura e superestrutura adaptadas para o trabalho noturno

28,6%

NS/NR

0,0%

14,3%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas para empresa que utilizou portos que trabalham no regime de 24 horas e teve dificuldade. A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

ROUBO DE CARGAS NO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO AUMENTOU EM 2018: EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS FORAM OS ITENS MAIS ROUBADOS Assim como acontece no modal rodoviário, o roubo de cargas tem sido um problema para a prestação de serviços de transporte aquaviário no Brasil. Em 2018, 65,9% das EBNs perceberam um aumento no número de ocorrências em relação ao ano anterior. As cargas mais visadas são os equipamentos eletrônicos – principal tipo de carga roubada em 25,9% dos casos – e combustíveis (14,8%). O problema é especialmente importante na região amazônica e demanda uma urgente intervenção de modo a assegurar a integridade dos trabalhadores, a segurança da carga, a competitividade dos produtos da região e, consequentemente, a qualidade de vida da população.

O(A) Sr.(a) percebeu aumento dos casos de roubo na navegação em território brasileiro em 2018? 65,9% Sim 26,8% Não 7,3% NS/NR

Qual foi o principal tipo de carga roubada? 25,9%

Eletrônicos Combustíveis

14,8%

Variada / qualquer tipo

14,8%

Grãos

7,4%

Material de construção

3,7%

Contêiner

3,7% 40,7%

NS/NR 0,0% Apenas para empresas que perceberam aumento dos casos de roubo na navegação em 2018 A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

116

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

MAIORIA DAS EBNS É A FAVOR DE UMA FLEXIBILIZAÇÃO DAS REGRAS DE AFRETAMENTO DE EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS Atualmente, a legislação brasileira determina condições rígidas para as EBNs poderem realizar o afretamento de embarcações estrangeiras. Essas condições parecem ter se mostrado prejudiciais ao desenvolvimento do setor. Por isso, 58,5% delas são favoráveis a uma flexibilização dessas regras. O principal benefício de tal medida seria o aumento da oferta de embarcações – citado por 79,2% dos entrevistados. A redução do custo da operação também foi citada por mais da metade deles (54,2%). É possível que isso incremente a oferta de serviços de transporte aquaviário no país. Entre os pontos fortes dessa flexibilização, destacam-se: ampliação de forma rápida e segura da frota de embarcações disponíveis, o aumento da competitividade do transporte aquaviário frente aos demais modos de transporte no país, a criação de vagas de trabalho no setor, a redução da idade média da frota e o incremento na regularidade da prestação dos serviços. Contudo, alguns pontos devem ser acompanhados para que a medida seja eficaz, em especial a formação de profissionais para integrar a tripulação das embarcações, que deverão ser compostas majoritariamente por brasileiros. Nesse sentido, a CNT propôs no documento “O Transporte Move o Brasil”, entregue aos candidatos à presidência, que o SEST SENAT seja autorizado pela Marinha do Brasil a formar oficiais para trabalhar nas EBNs. Entretanto, a maioria das EBNs entrevistadas (68,3%) ainda desconhecem proposta da CNT para formação de oficiais de navegação nas Unidades do SEST SENAT. Contudo, 78,1% acreditam que a medida contribuiria para o fim da falta de pessoal qualificado para operação da navegação no país. Cabe salientar que a crise econômica e os problemas diversos que levaram ao fechamento de estaleiros brasileiros impactaram o setor aquaviário: 56,1% dos entrevistados disseram que a aquisição de embarcações ficou mais difícil em razão disso. Ademais, 80,5% das EBNs julgam necessária a implementação de uma política nacional de incentivo à renovação das embarcações brasileiras.

O(A) Sr.(a) é a favor de uma flexibilização das regras de afretamento de embarcações estrangeiras para operação de Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs)? 58,5% Sim 31,7% Não 8,9% NS/NR

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Quais são os benefícios da adoção dessa medida na sua opinião? 79,2%

Maior oferta de embarcações

54,2%

Redução de custo da operação

20,8%

Ampliação do número de rotas operadas pela empresa

Redução da idade média da frota de embarcações

Incremento da regularidade do serviço prestado 0,0%

8,3%

4,2% 20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Apenas para empresas a favor da flexibilização. A empresa poderia citar mais de um item nesta questão.

O(A) Sr.(a) conhece a proposta feita pela CNT para que a Marinha do Brasil autorize o SEST SENAT a formar oficiais para a navegação em suas unidades? 29,3% Sim

O(A) Sr.(a) acredita que a autorização da Marinha do Brasil para que o SEST SENAT passe a formar oficiais para a navegação em suas Unidades contribuirá para o fim da falta de pessoal qualificado para a operação da navegação no país?

68,3% Não 2,4% NS/NR

78,1% Sim 7,3% Não 14,6% NS/NR

O(A) Sr.(a) acredita que ficou mais difícil adquirir embarcações após o fechamento de estaleiros brasileiros devido à crise econômica?

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O(A) Sr.(a) acredita que exista a necessidade de uma política nacional de incentivo à renovação das embarcações no Brasil?

56,1% Sim

80,5% Sim

31,7% Não

14,6% Não

12,2% NS/NR

4,9% NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

EBNS APOIAM CONCESSÕES HIDROVIÁRIAS NO PAÍS, DESDE QUE OS VALORES DOS PEDÁGIOS SEJAM RAZOÁVEIS Em relação à manutenção da infraestrutura hidroviária, é interessante observar que 48,0% dos transportadores entrevistados apoiam a criação de concessões hidroviárias. Isso porque eles acreditam que elas podem contribuir para a melhor qualidade das vias disponíveis para a utilização no transporte aquaviário, além de dar maior celeridade às intervenções necessárias. Se não realizadas em tempo hábil, o atraso dessas obras resulta em uma elevação dos custos de manutenção das hidrovias, portanto a realização de concessões poderia ser benéfica nesse quesito. Ademais, cabe observar que 20,0% das empresas de navegação entrevistadas não responderam ou não souberam responder à questão referente às concessões hidroviárias. Esse resultado mostra que a sociedade em geral e os transportadores em particular se beneficiariam de um ambiente de debates, esclarecimentos e construção conjunta de um modelo de concessões hidroviárias apropriado, que seja capaz de garantir a melhor qualidade da malha nacional e, ao mesmo tempo, gere tarifas módicas aos usuários da infraestrutura. Nesse último aspecto, esta Sondagem mostra que 66,7% dos transportadores entrevistados estariam dispostos a pagar um pedágio pelo uso das hidrovias em sua atividade de transporte, desde que os valores sejam razoáveis, e 25,0% deles também se disponibilizam a pagar pedágio, desde que haja contrapartida pelo concessionário. O(A) Sr.(a) apoia a criação de concessões hidroviárias no país? 48,0% Sim 32,0% Não 20,0% NS/NR

O(A) Sr.(a) estaria disposto a pagar pedágio pelo uso dessas hidrovias em seus transportes?

66,7%

Sim, desde que os valores sejam razoáveis

25,0%

Sim, desde que haja contrapartidas pelo concessionário

Não

0,0%

8,3%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

TRANSPORTE AÉREO MAIS INFRAESTRUTURA PARA QUE O TRANSPORTE AÉREO CONTINUE A CRESCER EM 2019 O acompanhamento da variação da oferta e da demanda de passageiros do transporte aéreo mostra que o ano de 2018 foi marcado pela recuperação desses fundamentos econômicos. A procura por voos das companhias brasileiras aumentou 15,7% de janeiro a outubro de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. Contudo, para que o segmento continue crescendo, é necessário que sejam feitos investimentos para aumentar a quantidade dos aeroportos, considerada insuficiente para 75,0% dos entrevistados, e assegurar melhor qualidade para as companhias aéreas e os usuários do sistema, uma vez que essa é considerada como regular ou ruim (75,0%). O processo de melhora, no entanto, já começou na opinião das empresas aéreas que participaram desta edição da Sondagem. A mudança na direção da implementação de melhorias de infraestrutura nos aeroportos é percebida mais intensamente nos concessionados, que, na opinião de 100,0% dos entrevistados, apresentaram ganhos de qualidade, em 2018, comparado com a condição ofertada no ano anterior. Nos terminais públicos, apenas 25,0% dos respondentes avaliaram que houve uma melhora da situação, sendo que a maioria (75,0%) diz que essa permaneceu idêntica à observada em 2017. Nesse sentido, a percepção dos transportadores desse modal quanto à qualidade da infraestrutura disponível é reflexo do comportamento dos aportes em aeroportos em 2018. Isso porque os entrevistados perceberam um aumento no volume de investimentos nos aeroportos concedidos (75,0%) ou a manutenção dos aportes (25,0%) verificados em 2017. Nos públicos, não houve uma resposta clara, pois 50,0% dos participantes afirmaram que o investimento, em 2018, aumentou e outros 50,0% que ele se manteve no mesmo patamar do ano anterior. Já para 2019, as expectativas otimistas sobre o desempenho econômico do país e a gestão do novo governo os fazem apostar no aumento das inversões privadas (100,0%) e, em pelo menos, manutenção dos desembolsos públicos55 (75,0%). O posicionamento das empresas aéreas entrevistadas quanto aos investimentos vindouros justifica a avaliação delas com respeito à situação futura dos aeroportos: 100,0% acreditam que a condição dos concessionados irá se aperfeiçoar, enquanto que, para os públicos, 75,0% apostam nesse cenário de manutenção das condições.

55  Considera o posicionamento dos entrevistados que afirmaram crer no aumento e na manutenção do volume de investimentos públicos em aeroportos em 2019.

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

O(A) Sr.(a) avalia que a QUALIDADE das aeroportos no Brasil é:

O(A) Sr.(a) avalia que a QUANTIDADE de aeroportos no Brasil é: 75,0% Insuficiente

0,0% Ótima

25,0% Suficiente

25,0% Boa

0,0% Mais do que necessária

50,0% Regular

0,0% NS/NR

25,0% Ruim 0,0% Péssima 0,0% NS/NR

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia a condição dos aeroportos em 2018? 100,0%

100,0%

80,0%

75,0%

60,0%

40,0% 25,0% 20,0%

0,0%

0,0% 0,0% Piorou

0,0%

0,0%

Manteve-se

Melhorou Público

0,0%

NS/NR

Concessionado

Comparado a 2017, como o(a) Sr.(a) avalia o volume de investimentos nos aeroportos em 2018? 100,0%

80,0%

75,0%

60,0% 50,0%

50,0%

40,0% 25,0% 20,0%

0,0%

0,0% 0,0% Reduziu

0,0% 0,0% Manteve-se

Aumentou Público

122

Concessionado

NS/NR


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

Comparado a 2018, qual a sua expectativa para o volume de investimentos nos aeroportos em 2019? 100,0%

100,0%

80,0%

60,0% 50,0% 40,0% 25,0%

25,0%

20,0%

0,0%

0,0% 0,0% Reduzirá

0,0%

0,0%

Será mantido

Aumentará Público

NS/NR

Concessionado

Comparado a 2018, como o(a) Sr.(a) avalia a condição dos aeroportos em 2019? 100,0%

100,0%

80,0%

75,0%

60,0%

40,0% 25,0% 20,0%

0,0%

0,0% 0,0% Piorará

0,0%

0,0%

Será mantida

Melhorará Público

0,0% NS/NR

Concessionado

DESENVOLVIMENTO DO SEGMENTO AÉREO ENVOLVE QUESTÕES DE INFRAESTRUTURA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE NATUREZA REGULATÓRIA O desenvolvimento do segmento aéreo e a expansão do seu mercado no Brasil não se apoiam exclusivamente na disponibilidade de uma infraestrutura que atenda os transportadores em quantidade e qualidade satisfatórias. Medidas que visem à maior eficiência e redução dos custos associados a esse modal de transporte são imprescindíveis para o seu crescimento. Dentre elas, podemos citar a continuidade do programa de concessão de aeroportos, que é unanimidade para os entrevistados. Isso porque, como já evidenciado por eles, a gestão privada está relacionada à oferta de uma infraestrutura de melhor qualidade.

123


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

Com um menor grau de aceitação (75,0%), aparece o aumento da participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras. Ainda que essa liberação represente acesso a novas fontes de financiamento para o setor, há aqueles que acreditem que os seus benefícios ficarão restritos ao curto prazo e que estão preocupados com o seu efeito sobre a concorrência no mercado nacional. Entretanto, o investimento estrangeiro em companhias aéreas teve seu limite aumentado de 20,0% para 100,0% após a conclusão da etapa de entrevista desta Sondagem, em 13 de dezembro de 2018, por meio de Medida Provisória56 (MP) nº 863/2018. A motivação do governo federal para publicar a revogação da restrição foi a necessidade de ampliar prontamente o volume de recursos disponível para inversões de forma a estimular o surgimento de novas empresas e de novos destinos. Em matéria de custo operacional, o pleito é de uma redução dos custos de aquisição do querosene de aviação (QAV), um dos principais insumos do segmento, por meio da aprovação do teto de 12,0% para a alíquota do ICMS incidente sobre o combustível. Essa providência é considerada importante para 100,0%57 dos entrevistados, pois todos já constataram o seu impacto no custo operacional das empresas em que trabalham. Dentre os que souberam estimar a magnitude da influência desse tributo na estrutura de custos, o menor percentual relatado foi o de 20,0%, enquanto o maior foi de 40,0%. Isso indica a relevância do imposto, uma vez que as companhias aéreas que participaram da Sondagem afirmam que pelo menos um quinto do custo operacional corresponde à obrigação financeira com o pagamento desse único imposto. Outras medidas de natureza regulatória também são importantes para o progresso do transporte aéreo de passageiros no Brasil. Exemplos são a instituição da cobrança pelo despacho de bagagens separadamente, cujo impacto positivo no mercado é defendido por todos os entrevistados, e a revisão das modificações introduzidas pela lei nº 13.475/2017, referente à regulamentação da profissão de tripulante de aeronave dado seus efeitos negativos sobre a operação das empresas, na opinião de 75,0% dos respondentes. É importante mencionar que a lei do aeronauta vigente, ao impor restrições ao exercício da profissão e regras exigentes para o cumprimento da jornada de trabalho, tem causado, além do aumento do custo operacional das empresas aéreas, distorções no mercado de trabalho, impedindo que os tripulantes brasileiros não tenham acesso a novas oportunidades de emprego, como as de participar de voos mais longos que 14 horas.

56  O texto da MP nº 863/2018 altera os dispositivos do Código Brasileiro de Aeronáutica que limitam a 20% a participação do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais. 57  Para 75,0% dos participantes, essa medida é considerada muito importante, enquanto 25,0% a veem como apenas importante.

124


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

O Sr.(a) concorda que o governo federal deve dar continuidade ao programa de concessão de aeroportos e aumentar o número de aeroportos concessionados no país?

O(A) Sr.(a) acredita que o aumento da participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras é um avanço para o setor?

100,0% Sim

75,0% Sim

0,0% Não

25,0% Não

0,0% NS/NR

0,0% NS/NR

O(A) Sr.(a) avalia que a aprovação do teto de 12% para o ICMS incidente sobre o QAV tem qual nível de importância para o setor? 100,0%

80,0%

75,0%

60,0%

40,0% 25,0% 20,0%

0,0%

Muito importante

Importante

0,0%

0,0%

0,0%

Pouco importante

Não tem importância

NS/NR

Sobre a elevação do preço do QAV, o(a) Sr.(a) já mensurou seu impacto em seu custo operacional?

100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

125


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

Qual o impacto percentual estimado no custo operacional? 100,0%

80,0%

60,0%

40,0% 25,0%

25,0%

25,0%

25,0%

22%

40%

NS/NR

20,0%

0,0%

20%

Apenas para empresa que avaliou o impacto

O(A) Sr.(a) avalia que a medida de cobrança pelo despacho de bagagens separadamente teve impacto positivo no mercado de transporte aéreo de passageiros brasileiro? 100,0% Sim 0,0% Não 0,0% NS/NR

Como o(a) Sr.(a) avalia as modificações introduzidas pela lei nº 13.475/2017, que modificou a regulamentação da profissão de tripulante de aeronave no Brasil? 100,0%

80,0%

75,0%

60,0%

40,0% 25,0% 20,0%

0,0%

126

0,0% Negativas

Não houve impacto sobre a operação

Positivas


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 TRANSPORTE AÉREO

O TRANSPORTE AÉREO DE CARGAS AINDA É PEQUENO NO BRASIL, MAS PODE TRAZER GANHOS PARA O SISTEMA O transporte aéreo de cargas pelas empresas brasileiras foi responsável pela movimentação de cerca de 433,53 mil58 toneladas nos últimos anos, de acordo com os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para 2018, o modal deve transportar um volume ainda maior, uma vez que, de janeiro a outubro, já responde pelo deslocamento de 384,66 mil toneladas, quantidade 11,9% acima da observada no mesmo período de 2017. Os números são animadores para passarem despercebidos pelo segmento. Por isso, quando perguntados se perceberam aumento da procura pelo serviço de transporte de cargas em 2018, 75,0% disseram ter notado aumento nessa demanda. No entanto, o setor dispõe de um potencial logístico para crescer ainda mais. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), menos de 20% da capacidade (em peso) para transporte de cargas nas aeronaves é utilizada. Ainda segundo a Associação, essa modalidade deve crescer 58,0% até 2020, considerando os patamares de 2012, quando foram transportadas 511,68 mil toneladas. O percentual de expansão é baixo em relação ao transporte de passageiros que, no mesmo período, deve dobrar de quantidade. Ampliar a inserção do modal aéreo na cadeia de transporte nacional, elevando a sua participação na matriz de cargas do país por meio do seu emprego em processos logísticos em que suas características de rapidez e segurança possam ser melhor aproveitadas, pode auxiliar o segmento a realizar toda a sua capacidade.

O(A) Sr.(a) notou aumento da procura pelo serviço de transporte de cargas em sua empresa em 2018? 75,0% Sim 25,0% Não 0,0% NS/NR

58  Valor médio transportado entre os anos de 2015 e 2017.

127


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS

128


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS

CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS Considerando o número de empregados, as empresas sondadas pela CNT são, em sua maioria, de médio e grande porte59. Das 776 empresas entrevistadas nesta Sondagem, 55,9% possuem mais de cem empregados (grande porte) e 10,3% entre 50 e 99 empregados (médio porte). Apenas o segmento rodoviário de passageiros por fretamento possui concentração de micro (49,9%) e pequenas empresas (26,9%). Esses números mostram que as opiniões captadas por esta Sondagem refletem, no agregado, as expectativas das empresas líderes do setor transportador sobre a economia brasileira e sobre seus negócios. A composição da amostra de 776 empresas em termos de tamanho da frota em operação em 2018 foi: 33,6% das empresas possuem mais de cem veículos; 27,2% possuem de 21 a 80 veículos e 30,3% até 20 veículos em operação. Diante disso, destaca-se o transporte aéreo com 75,0% das empresas com mais de cem aeronaves e os setores rodoviário de passageiros por fretamento e de navegação marítima, que possuem, respectivamente, 70,4% e 63,6% das empresas com menos de 20 veículos/embarcações. Os demais setores do transporte pesquisados da Sondagem têm grande destaque no elo da cadeia produtiva do setor transporte. Em relação à idade média da frota, assim como nos anos anteriores, mais da metade das empresas sondadas (54,3%) possuem a idade média dos veículos em operação entre 5 e 10 anos. Cabe destacar que 83,3% das empresas sondadas do transporte ferroviário de cargas afirmaram que a idade média de sua frota é superiror a 20 anos, em quanto 100,0% das aéreas possuem aeronaves com idade média entre cinco e dez anos.

59  Utilizamos, neste estudo, a definição de porte de estabelecimentos de serviços segundo o número de empregados: microempresa (até nove empregados); empresa de pequeno porte (de dez a 49 empregados; empresa de médio porte (de 50 a 99 empregados); e grandes empresas (cem ou mais empregados). Disponível em: www.sebrae.com.br

129


130

13,5%

18,5%

12,8%

40,6%

13,8%

0,8%

100,0%

10 a 49 empregados

50 a 99 empregados

100 a 499 empregados

500 empregados ou mais

NS / NR

Total

Transporte rodoviário de cargas

Até 9 empregados

Número de empregados

100,0%

5,3%

28,9%

34,2%

10,5%

7,9%

13,2%

Transporte rodoviário de passageiros REGULAR

100,0%

2,8%

3,7%

11,1%

5,6%

26,9%

49,9%

Transporte rodoviário de passageiros por FRETAMENTO

100,0%

3,8%

14,1%

20,7%

7,6%

19,0%

34,8%

Transporte rodoviário de passageiros TOTAL

100,0%

0,0%

39,3%

41,3%

8,0%

6,7%

4,7%

Transporte urbano de passageiros por ônibus

100,0%

0,0%

83,3%

16,7%

0,0%

0,0%

0,0%

Transporte ferroviário de cargas

100,0%

0,0%

87,5%

12,5%

0,0%

0,0%

0,0%

Transporte metroferroviário

100,0%

0,0%

100,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

Transporte aéreo

100,0%

3,4%

27,6%

34,6%

10,3%

13,8%

10,3%

Transporte aquaviário - navegação INTERIOR

100,0%

0,0%

18,2%

18,2%

18,2%

36,3%

9,1%

Transporte aquaviário - navegação MARÍTIMA

100,0%

2,5%

25,0%

30,0%

12,5%

20,0%

10,0%

Transporte aquaviário - TOTAL

Qual o número de empregados formais da sua empresa (apenas aqueles com carteira de trabalho assinada e EXCLUÍDO O NÚMERO DE AUTÔNOMOS AGREGADOS)?

100,0%

1,4%

21,1%

34,8%

10,3%

16,0%

16,4%

Total

Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018

CONSIDERAÇÕES FINAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS


27,9%

9,9%

10,4%

7,3%

5,2%

36,7%

2,6%

100,0%

21 a 40

41 a 60

61 a 80

81 a 100

Acima de 100

NS/NR

Total

Transporte rodoviário de cargas

Até 20

Tamanho da frota em operação

100,0%

9,2%

31,5%

6,6%

7,9%

7,9%

15,8%

21,1%

Transporte rodoviário de passageiros REGULAR

100,0%

1,9%

8,3%

2,8%

0,9%

3,7%

12,0%

70,4%

Transporte rodoviário de passageiros por FRETAMENTO

100,0%

4,9%

17,9%

4,3%

3,8%

5,4%

13,6%

50,1%

Transporte rodoviário de passageiros TOTAL

Qual o tamanho da frota em operação da sua empresa?

100,0%

2,0%

47,3%

9,3%

6,7%

7,3%

14,7%

12,7%

Transporte urbano de passageiros por ônibus

100,0%

50,0%

50,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

Transporte ferroviário de cargas

100,0%

0,0%

50,0%

0,0%

12,5%

12,5%

25,0%

0,0%

Transporte metroferroviário

100,0%

0,0%

75,0%

0,0%

0,0%

25,0%

0,0%

0,0%

Transporte aéreo

100,0%

3,4%

17,2%

3,4%

3,4%

10,3%

27,7%

34,6%

Transporte aquaviário - navegação INTERIOR

100,0%

0,0%

9,1%

0,0%

0,0%

9,1%

18,2%

63,6%

Transporte aquaviário - navegação MARÍTIMA

100,0%

2,5%

15,0%

2,5%

2,5%

10,0%

25,0%

42,5%

Transporte aquaviário - TOTAL

100,0%

3,4%

33,6%

5,5%

6,1%

8,6%

12,5%

30,3%

Total

Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 CARACTERÍSTICAS DAS CONSIDERAÇÕES EMPRESAS SONDADAS FINAIS

131


132

16,4%

56,2%

15,9%

3,1%

1,6%

6,8%

100,0%

5 |---- 10 anos

10 |---- 15 anos

15 |---- 20 anos

20 anos ou mais

NS/NR

Total

Transporte rodoviário de cargas

0 |---- 5 anos

Idade média dos veículos da sua empresa

100,0%

15,8%

1,3%

2,6%

10,5%

55,3%

14,5%

Transporte rodoviário de passageiros REGULAR

100,0%

7,4%

3,7%

10,2%

21,3%

41,7%

15,7%

Transporte rodoviário de passageiros por FRETAMENTO

100,0%

10,9%

2,7%

7,1%

16,8%

47,3%

15,2%

Transporte rodoviário de passageiros TOTAL

100,0%

3,3%

0,7%

2,0%

4,0%

70,7%

19,3%

Transporte urbamo de passageiros por ônibus

100,0%

0,0%

83,3%

0,0%

16,7%

0,0%

0,0%

Transporte ferroviário de cargas

100,0%

12,5%

37,5%

25,0%

0,0%

25,0%

0,0%

Transporte metroferroviário

Qual a idade média dos veículos/embarcações/aeronaves/composições férreas da sua empresa em 2018?

100,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

100,0%

0,0%

Transporte aéreo

100,0%

13,8%

27,6%

17,2%

24,2%

13,8%

3,4%

Transporte aquaviário - navegação INTERIOR

100,0%

18,2%

0,0%

45,4%

9,1%

27,3%

0,0%

Transporte aquaviário - navegação MARÍTIMA

100,0%

15,0%

20,0%

25,0%

20,0%

17,5%

2,5%

Transporte aquaviário - TOTAL

100,0%

7,5%

3,6%

5,2%

13,8%

54,3%

15,6%

Total

Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018

CONSIDERAÇÕES FINAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS SONDADAS


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 mostrou que o setor teve suas expectativas, mais uma vez, frustradas quanto ao crescimento da economia brasileira no ano que se encerra. O fato, que impactou negativamente o desempenho das atividades empresariais dos transportadores, também é responsável por adiar o momento de percepção da recuperação econômica do país e inibir as decisões de investimento do setor. As perspectivas dos empresários se viram afetadas pelo comportamento de indicadores econômicos que mostraram um cenário de elevado desemprego e de baixo nível de atividade. A inflação do transporte, mensurada pelo IPCA, atingiu 4,7% no acumulado de janeiro a novembro, valor acima do registrado para a economia brasileira (3,6%). 72,8% dos entrevistados perceberam aumento também da taxa de juros em relação a 2017, o que tende a inibir os investimentos das empresas no setor, assim como a elevada carga tributária incidente que, na opinião de 87,0% deles, permaneceu em patamares iguais ou maiores que os observados em 2017. Adicionalmente, o debate em torno dos assuntos envolvendo a precificação dos combustíveis esteve em destaque. Isso porque, diante da instituição da nova política de preços da Petrobras e de uma conjuntura que combinou aumento do valor do barril do petróleo e da taxa de câmbio, os transportadores tiveram seus custos com a aquisição desse insumo, essencial para a atividade, elevados e alterados com frequência de forma que era impossível prever os ajustes e se proteger deles. Considerando o período de janeiro a novembro de 2018, o preço do diesel aumentou 10,4%. O panorama desenhado ajuda a justificar o baixo nível de confiança de 46,9% das empresas que participaram desta Sondagem na maneira como o governo federal conduz a política econômica. Para 44,8%, a confiabilidade é moderada. Dessa forma, o quadro macroeconômico de 2018 não se mostrou favorável aos transportadores, mas que, no ponto de vista deles, não deve se repetir em 2019. A aposta do setor em um ambiente de negócios mais dinâmico e empreendedor durante a gestão do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, se manifesta em expectativas de aumento da demanda pelo serviço de transporte. O ânimo vem da crença em fundamentos econômicos mais propícios ao bom desenvolvimento da atividade empresarial, uma vez que a maior parte dos entrevistados espera uma queda das taxas de inflação (46,4%), de câmbio (45,0%), de juros (48,5%) e da carga tributária (41,8%) em 2019. Essas informações são estratégicas para o processo de tomada de decisão das empresas e sinalizam que, em 2019, poderá haver um ritmo mais intenso na economia brasileira, de forma a dar estímulos para que as empresas expandam as suas capacidades de produção. Por isso, 68,3% dos entrevistados esperam ter a ociosidade em suas empresas reduzida, 53,0% pretendem aumentar a contratação formal de empregados, e 67,5% planejam investir em aquisição de veículos já no próximo ano. Consequentemente, o setor projeta aumento da receita bruta por conta da movimentação adicional de cargas (83,4%), passageiros (59,0%) e do número de viagens (67,3%). Esses são apenas alguns exemplos de como o setor irá se beneficiar do aperfeiçoamento em termos de produtividade que a implementação das reformas estruturantes prometidas deverá assegurar.

133


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As incertezas irão diminuindo à medida que iniciativas aprovadas pelo setor produtivo sejam realizadas. Dentre elas, podemos citar a manutenção do teto de gastos, aceito por 50,5% dos transportadores entrevistados, a Reforma da Previdência (68,8%) e a Tributária (71,7%). O otimismo com que os transportadores encaram a conjuntura que se vislumbra faz com que 74,2% afirmem que 2019 será um bom ano para o setor e que 77,7% confiem em um ambiente de negócios mais favorável para sua empresa. Assim, as projeções reveladas mostram uma convicção em que o ano que vem será vantajoso para o progresso do Brasil e da atividade de transporte e logística do país. A confirmação dessas perspectivas é fundamental, pois contrariá-las pode ter efeitos negativos sobre os aspectos operacionais das empresas transportadoras no que se refere à procura pelos serviços e ao comprometimento delas com aportes em aquisição de máquinas, equipamentos e pessoal para atender à demanda adicional projetada. O ciclo virtuoso esperado e externado na opinião dos transportadores que participaram da Sondagem de 2018 só se concretizará e restaurará o dinamismo negocial com a efetiva implementação das medidas anunciadas pela equipe econômica para o sistema institucional brasileiro e para o aperfeiçoamento dos marcos regulatórios. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) percebe, em uma análise geral, que o setor está muito confiante com a possibilidade de mudança na forma de condução do governo federal e de como isso pode se traduzir em significativos ganhos econômicos para as atividades empresariais. A confirmação dessas ações tem potencial para dar início a um novo período de crescimento que, se espera, seja sustentável.

134


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

APÊNDICES x

Comparado a 2017, a taxa de crescimento do PIB brasileiro em 2018 por modal PIB 2017 Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 22,7% 33,7% 24,7% 0,0% 0,0% 0,0% 12,5% 24,6% Será mantida 34,1% 31,0% 32,7% 0,0% 0,0% 0,0% 37,5% 32,5% Aumentará 39,3% 30,4% 39,3% 100,0% 100,0% 100,0% 42,5% 38,8% NS / NR 3,9% 4,9% 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 7,5% 4,1% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Comparado a 2018, a taxa de crescimento do PIB brasileiro em 2019 por modal PIB 2018 Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 3,6% 7,6% 4,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,5% 4,5% Será mantida 10,7% 22,3% 11,3% 0,0% 0,0% 0,0% 15,0% 13,5% Aumentará 81,3% 60,9% 81,4% 100,0% 100,0% 100,0% 75,0% 76,6% NS / NR 4,4% 9,2% 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 7,5% 5,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Comparado a 2017, a inflação em 2018 por modal Inflação 2017Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 14,6% 16,8% 15,3% 33,3% 37,5% 0,0% 25,0% 16,1% Será mantida 41,7% 36,4% 40,0% 0,0% 50,0% 75,0% 45,0% 40,2% Aumentará 42,4% 41,9% 42,7% 50,0% 12,5% 25,0% 25,0% 41,1% NS / NR 1,3% 4,9% 2,0% 16,7% 0,0% 0,0% 5,0% 2,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

135


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

x

Comparado a 2018, a inflação em 2019 por modal Inflação 2018Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 46,1% 42,4% 54,0% 0,0% 50,0% 25,0% 47,5% 46,4% Mantém-se 34,1% 32,6% 34,7% 83,3% 50,0% 50,0% 40,0% 34,8% Aumentará 17,2% 17,4% 9,3% 16,7% 0,0% 25,0% 7,5% 15,1% NS / NR 2,6% 7,6% 2,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 3,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, a taxa de juros em 2018 por modal Taxa juros 2017 Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 22,4% 19,0% 26,0% 66,6% 37,5% 25,0% 30,0% 23,2% Será mantida 36,2% 31,0% 29,3% 16,7% 62,5% 75,0% 47,5% 34,5% Aumentará 39,6% 42,9% 39,4% 0,0% 0,0% 0,0% 17,5% 38,3% NS / NR 1,8% 7,1% 5,3% 16,7% 0,0% 0,0% 5,0% 4,0% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, a taxa de juros em 2019 por modal Taxa juros 2018 Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 49,0% 50,6% 46,7% 16,7% 25,0% 0,0% 55,0% 48,5% Será mantida 38,8% 28,8% 41,3% 50,0% 50,0% 100,0% 25,0% 36,7% Aumentará 10,4% 13,0% 8,7% 33,3% 25,0% 0,0% 15,0% 11,2% NS / NR 1,8% 7,6% 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 3,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2017, a carga tributária em 2018 por modal Carga tributária Rodoviário 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 8,3% 10,3% 12,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 9,1% Será mantida 48,5% 39,1% 45,3% 50,0% 75,0% 50,0% 60,0% 46,5% Aumentará 40,9% 45,2% 38,0% 33,3% 12,5% 50,0% 30,0% 40,5% NS / NR 2,3% 5,4% 4,7% 16,7% 12,5% 0,0% 5,0% 3,9% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, a carga tributária em 2019 por modal Carga tributária Rodoviário 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 41,7% 44,5% 42,7% 16,7% 50,0% 25,0% 32,5% 41,8% Será mantida 43,2% 32,1% 41,3% 83,3% 50,0% 25,0% 52,5% 41,0% Aumentará 12,0% 13,6% 10,7% 0,0% 0,0% 50,0% 10,0% 12,0% NS / NR 3,1% 9,8% 5,3% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 5,2% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, a taxa de câmbio em 2018 por modal Câmbio 2017Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 14,1% 16,3% 14,7% 33,3% 0,0% 0,0% 15,0% 14,7% Será mantida 31,0% 27,7% 20,7% 0,0% 0,0% 0,0% 32,5% 27,6% Aumentará 44,5% 37,5% 45,3% 50,0% 87,5% 100,0% 42,5% 43,7% NS / NR 10,4% 18,5% 19,3% 16,7% 12,5% 0,0% 10,0% 14,0% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2018, a taxa de câmbio em 2019 por modal Câmbio 2018Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 46,0% 43,5% 42,7% 50,0% 62,5% 0,0% 50,0% 45,0% Será mantida 35,2% 28,3% 34,0% 50,0% 25,0% 75,0% 27,5% 33,1% Aumentará 8,9% 9,2% 6,0% 0,0% 0,0% 25,0% 12,5% 8,5% NS / NR 9,9% 19,0% 17,3% 0,0% 12,5% 0,0% 10,0% 13,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, o preço do Diesel/Bunker/QAV/Energia elétrica em 2018 por modal Preço do Diesel/ Rodoviário Bunker/deQAV/ cargas Rodoviário Energia deelétrica passageiros Urbano2017 de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 4,7% 7,6% 6,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 5,5% Será mantida 13,3% 18,5% 8,0% 0,0% 0,0% 25,0% 2,5% 12,8% Aumentará 80,4% 72,8% 85,3% 66,7% 37,5% 50,0% 90,0% 79,4% NS / NR 1,6% 1,1% 0,7% 33,3% 62,5% 25,0% 2,5% 2,3% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Energia elétrica utilizada como insumo para as composições férreas

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Comparado a 2018, o preço do Diesel/Bunker/QAV/Energia elétrica em 2019 por modal Preço do Diesel/ Rodoviário Bunker/deQAV/ cargas Rodoviário Energia deelétrica passageiros Urbano2018 de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 31,8% 36,9% 22,7% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 30,2% Será mantida 34,3% 29,9% 35,3% 0,0% 0,0% 25,0% 22,5% 32,2% Aumentará 31,0% 29,9% 38,7% 66,7% 37,5% 25,0% 45,0% 33,2% NS / NR 2,9% 3,3% 3,3% 33,3% 62,5% 50,0% 7,5% 4,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Energia elétrica utilizada como insumo para as composições férreas

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2017, o preço de lubrificantes em 2018 por modal Preço de lubrificantes Rodoviário 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 2,6% 7,1% 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 3,9% Será mantida 19,3% 23,4% 14,0% 0,0% 0,0% 25,0% 5,0% 18,2% Aumentará 76,5% 67,3% 81,4% 66,7% 50,0% 50,0% 85,0% 75,2% NS / NR 1,6% 2,2% 1,3% 33,3% 50,0% 25,0% 5,0% 2,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, o preço de lubrificantes em 2019 por modal Preço de lubrificantes Rodoviário 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 26,0% 31,0% 17,3% 0,0% 0,0% 0,0% 20,0% 24,6% Será mantida 41,7% 36,4% 38,7% 0,0% 0,0% 0,0% 27,5% 38,2% Aumentará 29,4% 28,8% 40,7% 66,7% 50,0% 50,0% 42,5% 32,7% NS / NR 2,9% 3,8% 3,3% 33,3% 50,0% 50,0% 10,0% 4,5% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, a receita bruta em 2018 por modal Receita bruta Rodoviário 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 15,4% 29,3% 33,3% 0,0% 12,5% 0,0% 20,0% 22,2% Será mantida 40,6% 42,4% 36,7% 0,0% 12,5% 25,0% 42,5% 39,7% Aumentará 41,7% 26,1% 28,0% 100,0% 75,0% 50,0% 32,5% 35,7% NS / NR 2,3% 2,2% 2,0% 0,0% 0,0% 25,0% 5,0% 2,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2018, a receita bruta em 2019 por modal Receita bruta Rodoviário 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 3,4% 7,1% 11,3% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 5,8% Será mantida 18,0% 26,1% 28,0% 16,7% 12,5% 25,0% 20,0% 21,9% Aumentará 76,5% 60,3% 58,0% 66,6% 87,5% 50,0% 70,0% 68,7% NS / NR 2,1% 6,5% 2,7% 16,7% 0,0% 25,0% 5,0% 3,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, o número de viagens em 2018 por modal Número de viagens Rodoviário 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 17,7% 40,8% 52,7% 0,0% 12,5% 25,0% 22,5% 30,0% Será mantida 36,5% 31,5% 35,3% 0,0% 62,5% 0,0% 37,5% 34,9% Aumentará 40,6% 27,2% 8,7% 83,3% 25,0% 50,0% 27,5% 30,8% NS / NR 5,2% 0,5% 3,3% 16,7% 0,0% 25,0% 12,5% 4,3% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, o número de viagens em 2019 por modal Número de viagens Rodoviário 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 2,3% 5,4% 18,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,5% 6,1% Será mantida 12,5% 25,5% 40,0% 16,7% 50,0% 25,0% 20,0% 21,8% Aumentará 80,5% 63,1% 40,7% 83,3% 50,0% 50,0% 65,0% 67,3% NS / NR 4,7% 6,0% 1,3% 0,0% 0,0% 25,0% 12,5% 4,8% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2017, o total de carga transportada em 2018 por modal Carga transportada Rodoviário 2017 de cargas Ferroviário de cargas Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 19,3% 0,0% 0,0% 27,5% 19,6% Será mantida 34,1% 16,7% 25,0% 27,5% 33,2% Aumentará 44,5% 83,3% 50,0% 30,0% 43,7% NS / NR 2,1% 0,0% 25,0% 15,0% 3,5% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Apenas para empresas que realizam transporte de cargas

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Comparado a 2018, o total de carga transportada em 2019 por modal Carga transportada Rodoviário 2018 de cargas Ferroviário de cargas Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 2,1% 0,0% 0,0% 2,5% 2,1% Será mantida 10,9% 16,7% 25,0% 12,5% 11,3% Aumentará 84,9% 83,3% 50,0% 72,5% 83,4% NS / NR 2,1% 0,0% 25,0% 12,5% 3,2% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Apenas para empresas que realizam transporte de cargas

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Comparado a 2017, o número de passageiros em 2018 por modal Nº de passageiros Rodoviário transportados de passageiros Urbano2017 de passageiros Metroferroviário Aéreo de passageiros Total Reduzirá 40,3% 67,9% 37,5% 0,0% 51,7% Será mantida 29,3% 18,7% 12,5% 25,0% 24,3% Aumentará 27,7% 10,7% 50,0% 50,0% 21,1% NS / NR 2,7% 2,7% 0,0% 25,0% 2,9% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Apenas para empresas que realizam transporte de passageiros

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2018, o número de passageiros em 2019 por modal Nº de passageiros Rodoviário transportados de passageiros Urbano2018 de passageiros Metroferroviário Aéreo de passageiros Total Reduzirá 7,1% 19,3% 0,0% 0,0% 12,1% Será mantida 22,3% 26,0% 37,5% 25,0% 24,3% Aumentará 63,5% 53,4% 62,5% 50,0% 59,0% NS/NR 7,1% 1,3% 0,0% 25,0% 4,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Apenas para empresas que realizam transporte de passageiros

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Comparado a 2017, o tamanho da frota em 2018 por modal Tamanho da frota Rodoviário 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 13,5% 21,7% 31,3% 0,0% 12,5% 25,0% 12,5% 18,8% Ficará estável 47,4% 52,2% 58,0% 16,7% 75,0% 0,0% 57,5% 50,9% Aumentará 37,0% 26,1% 10,7% 83,3% 12,5% 50,0% 25,0% 28,9% NS / NR 2,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 5,0% 1,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, o tamanho da frota em 2019 por modal Tamanho da frota Rodoviário 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 2,1% 3,3% 7,3% 0,0% 12,5% 0,0% 2,5% 3,5% Ficará estável 27,3% 41,3% 58,7% 16,7% 50,0% 0,0% 35,0% 37,1% Aumentará 66,7% 49,4% 30,7% 83,3% 37,5% 50,0% 55,0% 54,8% NS / NR 3,9% 6,0% 3,3% 0,0% 0,0% 50,0% 7,5% 4,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2017, a abrangência geográfica da prestação de serviços em 2018 por modal Abrangência geográfica Rodoviário de dacargas Rodoviário prestação de depassageiros Urbano serviços de2017 passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 7,0% 11,4% 11,3% 0,0% 12,5% 0,0% 5,0% 8,8% Ficará estável 70,6% 71,2% 78,0% 83,3% 75,0% 0,0% 62,5% 71,4% Aumentará 20,8% 16,3% 8,0% 16,7% 12,5% 75,0% 25,0% 17,7% NS / NR 1,6% 1,1% 2,7% 0,0% 0,0% 25,0% 7,5% 2,1% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2018, a abrangência geográfica da prestação de serviços em 2019 por modal Abrangência geográfica Rodoviário de dacargas Rodoviário prestação de depassageiros Urbano serviços de2018 passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 1,0% 2,7% 2,7% 0,0% 12,5% 0,0% 2,5% 1,9% Ficará estável 55,5% 53,8% 71,9% 83,3% 50,0% 0,0% 47,5% 57,7% Aumentará 40,9% 37,5% 20,7% 16,7% 37,5% 50,0% 42,5% 36,1% NS / NR 2,6% 6,0% 4,7% 0,0% 0,0% 50,0% 7,5% 4,3% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, as instalações físicas em 2018 por modal Instalações físicas Rodoviário 2017de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 3,9% 7,1% 5,3% 0,0% 12,5% 0,0% 2,5% 4,9% Ficará estável 78,1% 79,9% 88,7% 66,7% 50,0% 25,0% 70,0% 79,5% Aumentará 16,7% 11,4% 5,3% 33,3% 37,5% 50,0% 20,0% 13,9% NS / NR 1,3% 1,6% 0,7% 0,0% 0,0% 25,0% 7,5% 1,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2018, as instalações físicas em 2019 por modal Instalações físicas Rodoviário 2018de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 1,8% 1,6% 2,7% 0,0% 12,5% 0,0% 2,5% 2,1% Ficará estável 62,3% 68,5% 82,7% 66,7% 37,5% 25,0% 65,0% 67,3% Aumentará 33,3% 22,8% 11,3% 33,3% 50,0% 25,0% 25,0% 26,3% NS / NR 2,6% 7,1% 3,3% 0,0% 0,0% 50,0% 7,5% 4,3% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Comparado a 2017, a contratação formal de empregados em 2018 por modal Contratação de Rodoviário empregados de cargas Rodoviário 2017 de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 18,8% 31,5% 42,7% 16,7% 0,0% 0,0% 30,0% 26,7% Será mantida 47,9% 47,3% 45,3% 33,3% 37,5% 25,0% 45,0% 46,7% Aumentará 29,9% 14,7% 9,3% 33,3% 37,5% 50,0% 15,0% 21,8% NS / NR 3,4% 6,5% 2,7% 16,7% 25,0% 25,0% 10,0% 4,8% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Comparado a 2018, a contratação formal de empregados em 2019 por modal Contratação de Rodoviário empregados de cargas Rodoviário 2018 de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduzirá 3,1% 6,5% 16,7% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 6,6% Será mantida 29,7% 38,6% 42,6% 50,0% 50,0% 50,0% 35,0% 35,1% Aumentará 63,8% 45,7% 38,7% 33,3% 25,0% 25,0% 50,0% 53,0% NS / NR 3,4% 9,2% 2,0% 16,7% 25,0% 25,0% 10,0% 5,3% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

144


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Comparado a 2017, os custos operacionais de sua empresa em 2018 por modal Custos operacionais Rodoviário da de empresa cargas Rodoviário 2017de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Reduziram 8,1% 9,8% 15,3% 0,0% 12,5% 0,0% 15,0% 10,2% Ficaram estáveis 26,0% 22,8% 19,3% 16,7% 12,5% 0,0% 17,5% 23,2% Aumentaram 63,0% 66,3% 65,4% 83,3% 75,0% 75,0% 65,0% 64,7% NS / NR 2,9% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 2,5% 1,9% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Em 2018, o acesso ao crédito por modal foi Acesso ao crédito Rodoviário em 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Difícil 32,0% 34,3% 44,0% 16,7% 75,0% 50,0% 42,5% 35,9% Normal 26,0% 28,3% 23,3% 50,0% 12,5% 50,0% 22,5% 26,0% Fácil 7,3% 9,2% 4,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,7% Não utilizei/Não precisei 33,7% de crédito27,7% em 2018 28,0% 33,3% 12,5% 0,0% 35,0% 30,8% NS/NR 1,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Em 2018, realizou ou realizará aquisição de veículos/embarcações/aeronaves/composições por modal Adquiriu veículos Rodoviário em 2017 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Sim 51,8% 44,0% 57,3% 66,6% 0,0% 25,0% 37,5% 49,7% Não 47,2% 53,8% 41,4% 16,7% 100,0% 25,0% 60,0% 48,5% NS / NR 1,0% 2,2% 1,3% 16,7% 0,0% 50,0% 2,5% 1,8% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Qual a modalidade de pagamento foi/será a MAIS UTILIZADA para a aquisição dos veículos? Modalidade de Rodoviário pagamento de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Finame (BNDES) 26,1% 23,6% 32,5% 25,0% 0,0% 6,7% 26,1% Com recursos próprios 17,6% - à vista 18,5% 18,6% 25,0% 0,0% 33,3% 18,7% Financiamento com banco 13,6% comercial 18,5% 15,1% 0,0% 0,0% 0,0% 14,2% Com recursos próprios 10,6% - parcelado 6,2% 14,0% 0,0% 0,0% 33,3% 11,1% Consórcio 11,6% 8,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 7,8% Leasing (incluindo Finame 6,5% Leasing) 11,1% 4,7% 0,0% 100,0% 0,0% 7,0% Cartão BNDES 2,5% 1,2% 0,0% 0,0% 0,0% 6,7% 1,8% Arrendamento no mercado 1,0% nacional1,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,8% Pró-transportes 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% Outras formas de financiamento 3,5% 0,0% 2,3% 50,0% 0,0% 13,3% 3,4% NS / NR 6,5% 11,1% 12,8% 0,0% 0,0% 6,7% 8,8% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Apenas para empresa que realizou ou ainda realizará aquisição de veículos/ embarcações/ aeronaves/ composições em 2018

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Em 2019, pretende fazer aquisição de veículos/embarcações/aeronaves/composições por modal Pretende adquirir Rodoviário em 2018 de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Sim 66,6% 68,4% 74,0% 83,3% 50,0% 25,0% 52,5% 67,5% Não 27,9% 24,5% 16,0% 16,7% 50,0% 25,0% 40,0% 25,5% NS / NR 5,5% 7,1% 10,0% 0,0% 0,0% 50,0% 7,5% 7,0% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

x

Qual modalidade PRIORITÁRIA de pagamento/financiamento que pretende utilizar? Modalidade de Rodoviário pagamento de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário Total Com recursos próprios9,8% - à vista 11,9% 9,9% 0,0% 25,0% 0,0% 14,3% Com recursos próprios9,4% - parcelado 8,7% 11,7% 0,0% 25,0% 0,0% 38,1% Leasing (incluindo Finame 6,3% Leasing)7,1% 4,5% 0,0% 25,0% 0,0% 0,0% Finame (BNDES) 30,9% 25,4% 38,7% 60,0% 0,0% 0,0% 19,0% Cartão BNDES 2,7% 3,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Consórcio 9,0% 5,6% 1,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Financiamento com banco 14,1% comercial 15,9% 18,9% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% Arrendamento no mercado 0,4% nacional0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Arrendamento no mercado 0,0% internacional 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 0,0% Pró-transportes 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 0,0% 0,0% Outras formas de financiamento 2,0% 0,8% 0,9% 40,0% 0,0% 0,0% 9,5% NS / NR 15,6% 20,6% 13,5% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% Total

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

10,5% 10,9% 5,9% 30,7% 2,1% 6,1% 15,1% 0,4% 0,2% 0,2% 2,1% 15,8% 100,0%

Apenas para empresa que pretende fazer aquisição de veículos/embarcações/aeronaves/composições em 2019

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Principais motivos para os atrasos nas obras de infraestrutura de transporte no Brasil por modal Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário

Excesso de burocracia começar a57,3% obra 52,1% para 62,5% 50,0% 37,5% 75,0% Falta de estrutura e preparo dos órgãos52,0% públicos 66,7% 52,3% 53,3% 37,5% 0,0% Escassez de recursos o financiamento 39,1% para28,3% 46,7%das obras 33,3% 62,5% 100,0% Dificuldade em40,1% se obter licenças 29,9% ambientais 35,3% 50,0% 12,5% 25,0% Insegurança jurídica 17,7% 16,8% 23,3% 33,3% 62,5% 50,0% Interferência do Tribunal de20,7% Contas da 12,7% União 20,8% 33,3% 0,0% 0,0% Problemas no 15,1% processo de10,3% seleção de 16,0% obras públicas que devem ser realizadas 33,3% 25,0% 50,0% Deficiência nos13,3% projetos de9,2% engenharia13,3% 0,0% 50,0% 0,0% Corrupção 9,6% 7,6% 8,0% 0,0% 0,0% 0,0% Falta fiscalização 0,5% 0,0% 1,3% 0,0% 0,0% 0,0% Mão de obra 0,3% 0,0% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% Todos 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Outros 1,0% 1,1% 2,0% 0,0% 0,0% 0,0% NS/NR 0,5% 1,6% 0,7% 0,0% 12,5% 0,0%

148

45,0% 47,5% 22,5% 60,0% 32,5% 2,5% 20,0% 20,0% 7,5% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 10,0%

Total

55,2% 51,9% 37,6% 37,5% 20,1% 18,0% 14,8% 13,0% 8,6% 0,5% 0,3% 0,1% 1,4% 1,4%


Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Principais entraves para as concessões de infraestrutura de transporte no Brasil por modal Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário

Crise de confiança no governo federal 46,0% 51,8% 45,7% 50,0% 12,5% Falta de recursos financeiros para investimento 17,2% 21,2% 16,0% 16,7% 62,5% Falta de bons projetos investimento 12,2% para11,4% 14,0% 0,0% 37,5% Baixo ritmo de11,5% crescimento9,2% da economia brasileira33,3% 11,3% 0,0% Baixo retorno dos investimentos 9,9% 9,2% 15,3% 33,3% 12,5% Falta de instrumentos financiamento de longo prazo 5,2% financeiros 4,9% para o4,7% 16,7% 12,5% Outros 3,4% 1,6% 3,3% 16,7% 0,0% Todos 0,8% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% NS/NR 1,6% 2,2% 1,3% 0,0% 12,5%

75,0% 25,0% 0,0% 50,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

55,0% 17,5% 5,0% 17,5% 15,0% 10,0% 12,5% 0,0% 2,5%

Total

49,1% 18,4% 12,1% 11,5% 11,2% 5,5% 3,5% 0,6% 1,8%

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Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 APÊNDICES

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Ajustes no sistema tributário nacional considerados mais importantes por modal Rodoviário de cargas Rodoviário de passageiros Urbano de passageiros Ferroviário de cargas Metroferroviário Aéreo de passageiros Aquaviário

Redução das alíquotas tributos já existentes (redução 41,1% dos45,1% 55,3% 33,3% da carga 62,5%tributária) 75,0% Unificação dos19,0% tributos existentes com a manutenção da carga tributária 24,5% mesmo 16,7% 0,0% 37,5% 0,0% Simplificação da forma de 12,5% recolhimento12,7% de tributos33,3% 19,0% 12,5% 0,0% Eliminar a possibilidade de10,3% bitributação7,3% (impostos em cascata) 0,0% 10,9% 33,3% 0,0% Simplificação das regras para determinar a base de16,7% cáculo 8,3% 4,9% 4,0% 12,5% 25,0% Simplificação das regras de1,6% aproveitamento 6,3% 2,0% de crédito 16,7% 12,5% 0,0% Eliminar as obrigações 2,3% acessórias 0,5% 1,3% 0,0% 25,0% 0,0% Todos 2,9% 1,6% 1,3% 0,0% 0,0% 0,0% NS/NR 2,9% 6,0% 4,0% 0,0% 0,0% 0,0%

150

65,0% 12,5% 15,0% 15,0% 2,5% 2,5% 0,0% 0,0% 7,5%

Total

46,4% 19,5% 16,0% 10,3% 6,6% 4,3% 1,8% 2,1% 4,0%




EXPECTATIVAS ECONÔMICAS DO TRANSPORTADOR SONDAGEM | 2018

Setor de Autarquias Sul | Quadra 1 | Bloco “J” Ed. CNT, 13º andar | CEP: 70070-944 | Brasília-DF - Brasil Central de Relacionamento: 0800 728 2891 | www.cnt.org.br


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