Toscana guia turistico

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Introdução É a quinta região italiana em extensão territorial. Ocupa uma parte da Itália central e faz divisa com a Ligúria e a Emília-Romanha ao norte, Marche e Úmbria a Leste, Lácio no sul. A oeste alcança o longo litoral do mar Tirreno. A imagem literária de uma região de prevalência agrícola, assim retratada na iconografia clássica que é mostrada nas paisagens de fundo dos quadros medievais e renascentistas, é parcialmente contrastada pela realidade moderna. Na verdade, a agricultura da região foi beneficiada pela recuperação do solo, realizada ao longo dos séculos, e pelas férteis áreas em que a agricultura local se especializou (vinhedos do Chianti e de Montepulciano, oliveiras da planície de Lucca, floricultura de Pistoia) e onde quase 40% da superfície é coberta por bosques. O modelo de desenvolvimento toscano caracterizou-se, de fato, pela proliferação de pequenas e médias empresas – com perfis tradicionais, ambientais e culturais bem marcados – ao lado de polos industriais bastante grandes, como a usina siderúrgica de Piombino, a petroquímica de Livorno, estabelecimentos mecânicos e fábricas de vidro em Valdarno Inferiore. Além disso, o artesanato é dos mais qualificados e prestigiosos do mundo, com produções de artes decorativas e prataria em Florença, ourivesaria em Arezzo, alabastros em Vol Terra e ferro batido em Siena e Pienza. Outras atividades também contribuem bastante para a economia da região, como a portuária (Livorno é o quinto porto italiano em movimento de mercadoria), a moda (nomes como Gucci e Ferragamo, para citar dois exemplos), o setor enogastronômico, bem como a indústria do turismo, dentre as mais importantes do país. A capital da região é Florença, as outras nove principais cidades, capitais de províncias, são: Arezzo, Grosseto, Livorno, Lucca, Massa-Carrara, Pisa, Pistoia, Prato, Siena.

História Centro da civilização etrusca, a Toscana oferecia «um quadro de extasiante beleza» (Plínio o Jovem, Governador Romano da província de Bitínia). A potência dos etruscos subsiste do século VIII aos séculos IV-III a.C., quando a Toscana também acaba sendo romanizada. O segundo momento histórico importante, fundamental na transformação física da região, ocorre a partir do ano 1000, a idade das comunas. A capacidade produtiva, a audácia nas trocas comerciais, a criatividade cultural e artística, o dinamismo social fizeram da Toscana um dos principais fatores do Renascimento italiano e europeu. As cidades toscanas, frequentemente em conflito entre si, dominavam os mercados da metade do mundo e os seus banqueiros emprestavam dinheiro a todos os reis da Europa. A prevalência de Florença foi lenta e combatida. No século XIV, a cidade já era uma potência econômica de dimensões europeias e, após as guerras que levaram, em 1569, à formação do grão-ducado de Toscana, a cidade passa sob o domínio da família Médicis. Hoje, em posição periférica em relação à Europa das Nações, a região continua e continuará a manter seu grande prestígio internacional pela arte e pela cultura que nela estão presentes. Em 1737, a dinastia dos Médicis desapareceu, deixando o grão-ducado sob o controle dos Duques de Lorena. Permaneceram excluídas Lucca (até 1847), Massa-Carrara, Senhoria dos Cybo-Malaspina, mais tarde sob o domínio da casa Este e de outros governantes. No século XIX, após as guerras napoleônicas (Elisa Bonaparte Baciocchi, irmã de Napoleão, torna-se grã-duquesa de Toscana), ocorrem grandes transformações como a restauração dos Lorena e a participação no nascimento do Estado italiano, com o plebiscito e a anexação do Reino da Itália, em 1860.


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