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03 | Editorial 04 | WTCC: Boavista 06 | WTCC: Corrida 1 07 | WTCC: Corrida 2 08 | Tiago Monteiro 09 | WTCC: 100 Corridas 10 | Seat León Eurocup 12 | PTCC/TPC 14 | Abarth 500 Euro Trophy 15 | Troféu Desafio Único 16 | GT & Turismos até 1966 17 | Stirling Moss 18 | Turismos & Sport até 1977 19 | TPCC + TPCC 1300 20 | F1 Históricos 25 | Rodrigo Gallego 26 | CPRES


Tiago de Almeida

A imagem do acidente de Hernandéz na primeira corrida do WTCC na Boavista, escolhida para ilustrar esta página, está longe de pretender fazer analogia com o evento portuense. Para que fique claro, a Circuito da Boavista 2009 não foi um desastre. Ainda que tivesse sido palco de muitos. Mas entre o desastre e o sucesso há uma grande quantidade de níveis para caracterizar as organizações. Muito importante para se fazer uma análise justa é dividir o evento nas diversas áreas. Vamos centrar-nos em três: área desportiva; imprensa e público. Do ponto de vista desportivo, o Porto é do agrado da maioria dos pilotos com quem falei, ainda que alguns ressalvem as limitações de competitividade impostas pelos traçados citadinos, bem como o elevado número de acidentes e incidentes que cortam o ritmo das corridas. Já no que diz respeito aos media, as condições criadas deviam ser bem melhores e a era importante que os responseis pela organização percebessem que os jornalistas necessitam de condições para trabalhar. Não tenho duvidas que um evento como o Grande Prémio Histórico do Porto merecia ter um mediatismo diferente, mas tal só é possível com uma consciencialização da importância do trabalho dos media por parte dos responsáveis da organização. Mas o pior de tudo para mim é o publico. Não vale a pena tentar passar a imagem de sucesso, com milhares de pessoas a assistir às corridas, quando todos os que estiveram na Boavista presenciaram um conjunto de bancadas semi-vazias. Existe quanto a mim, além duma obvia valorização excessiva dos bilhetes, um afastamento da realidade da cidade. O Porto não é o Mónaco, e por mais que os organizadores queiram transformar o GP Histórico do Porto num evento de classe e glamour, é necessário entender que essa não é a matriz do Porto. A Invicta é uma cidade de gente simples e que gosta de automóveis.


Os circuitos urbanos nunca são unânimes, quase sempre apertados e difíceis de ultrapassar, nem sempre são o melhor para o espectáculo e para a competitividade. A Chevrolet parece ser a excepção para esta regra, e os seus pilotos parecem ser apreciadores deste tipo de circuito. A marca americana chegou ao Porto com a totalidade de vitórias nos circuitos urbanos de Pau e Marraquexe, por onde já passou o WTCC. Além disso os “chevis” tiveram uma prestação brilhante última passagem da competição pela Boavista, em 2007, onde na segunda corrida até ocuparam os três lugares do pódio. Contudo este ano a história foi diferente, e o domínio foi dos espanhóis da Seat, que conquistaram uma vitória e quatro presenças no pódio. O melhor que os Chevrolet fizeram foi chegar ao 2º lugar na primeira corrida através de Robert Huff. Ele que já tinha sido o mais rápido na Warm Up, única sessão 100% disputada à chuva. Tarquini venceu a primeira corrida, depois de ter assinado a pole. Farfus que esteve rápido nos treinos vence a segunda, e Monteiro termina em 4º e 5º respectivamente.

Testes 1 | Farfus (BMW) – 2:10.161s Treinos Livres 1 1 | Farfus (BMW) – 2:10.393s Treinos Livres 2 1 | Huff (Chevrolet) – 2:09.771s Qualificação 1 | Tarquini (Seat) – 2:09.308s Warm Up 1 | Huff (Chevrolet) – 2:25.238s Corrida 1 1 | Tarquini (Seat) – 1:04:11.274s Corrida 2 1 | Farfus (BMW) – 47:48.304s

Carros reais num circuito real.


Campeonato Pilotos 1 | Yvan Muller (Seat) – 80p 2 | Gabriele Tarquini (Seat) – 66p 3 | Augusto Farfus (BMW) – 65p 4 | Rickard Rydell (Seat) – 46p 5 | Robert Huff (Chevrolet) – 43p Campeonato Construtores 1 | Seat – 191p 2 | BMW – 174p 3 | Chevrolet – 121p 4 | Lada – 53p Campeonato Independentes 1 | Félix Porteiro (BMW) – 135p 2 | Tom Coronel (Seat) – 113p 3 | Franz Engstler (BMW) – 100p 4 | Stefano D’Aste (BMW) – 72p 5 | Tom Boardman (Seat) – 38p


Pódio Tarquini (seat)

Gabriele Tarquini O italiano nasceu em Giulianova em Março de 1962. Em 1983 foi 1º no Campeonato da Europa de Karting, primeiro grande troféu duma carreira recheada de vitórias. Depois de passar pela Formula1 entre 1987 e 1992, onde completou 37 GPs, tendo como melhor resultado um 6º lugar, passou para os Turismos, classe onde foi Campeão Britânico em 1994. Em 2003 vence o Campeonato Europeu de Carros de Turismo da FIA ao volante dum Alfa Romeo 156, carro com o qual se estreia no WTCC passados dois anos. Terminou em 7º na sua estreia e conseguiu duas vitórias para a marca italiana. No ano seguinte mudou-se para a Seat terminando em 5º. Em 2008 conquistou três vitórias para os espanhóis e terminou o Campeonato em 2º atrás do companheiro de equipa Yvan Muller. No Porto o italiano este bastante competitivo, fez a pole para a primeira corrida, que dominou e venceu. Na segunda não esteve tão bem largou de 8º mas não conseguiu terminar. Feitas as contas do Campeonato após a ronda portuguesa, Tarquini é o 2º com 66 pontos, menos 14 que Muller, e com um de vantagem sobre Farfus. Além da vitória no Porto, o piloto da Seat venceu na segunda corrida do ano em Curitiba, e já subiu ao pódio outras quatro vezes, uma delas em 2º, na primeira corrida de Marraquexe.

Huff (Chevrolet) Muller (Seat) Independentes Stefano D’Aste (BMW)


Augusto Farfus O jovem brasileiro de apenas 26 anos nasceu em Curitiba e conheceu desde cedo o sabor da vitória, tendo conquistado o seu primeiro troféu em 1991, no Parané Motocross Champ em mini motos. Passou pelo karting, pela Formula Renault e pela Formula 3000 antes de estrear nos carros de Turismo, o que aconteceu 2004 ao volante dum Alfa Romeo no Campeonato Europeu. Foi 6º, e no ano seguinte, ainda ao serviço da marca italiana, compete na primeira edição do WTCC, conseguindo uma vitória e terminando o Campeonato na 4ª posição. Fica mais um ano na Alfa Romeo, e fecha o ano no 3º posto, depois de ter somado três vitórias. Foi a sua melhor posição de sempre na competição. Em 2007 assina pela BMW, durante esse ano e o seguinte consegue cinco vitórias e acaba respectivamente com um 4º e um 6º lugar. Este ano o brasileiro está a impor-se como a principal figura da marca alemã. Ocupou a segunda posição do Campeonato, mas sai de Portugal em 3º, a 1 ponto do 2º, mas a 15 do líder. O GP de Portugal até parecia feito para o brasileiro que dominou por completo as sessões de treinos. Mas na qualificação surgiu Tarquini que acabou por ficar com a pole e com a vitória na primeira corrida. Farfus teve contudo a “paciência” de terminar em 8º a primeira corrida para largar da pole na segunda e conseguir a segunda vitória da época. Para ele e para a BMW, que no Porto também foi batida pela Seat.

Pódio Farfus (BMW) Muller (Seat) Rydell (Seat) Independentes Stefano D’Aste (BMW)


Testes 5 | 2:11.176s +1.015s Treinos Livres 1 3 | 2:10.611s +0.218s Treinos Livres 2 6 | 2:10.735s +0.964s Qualificação 6 | 2:09.679s +0.371s Warm Up 3 | 2:25.617s +0.379s Corrida 1

TIAGO MONTEIRO 4 | 1:04:19.746s +8.472s

Corrida 2

5 | 47:52.274s +3.970s

O português chegou ao Porto, sua cidade natal, animado pelos resultados Brno e Valência, onde subiu ao pódio respectivamente na 3ª e 2ª posição Em Portugal Monteiro posição. queria brindar o público com uma boa exibição, isso mesmo promete teu antes do inicio da

competição, mas no final teve de se contentar com o 4º lugar na primeira corrida e o 5º na segunda. Ainda assim o piloto deu o ar da sua graça e chegou a liderar por algum tempo as sessões de qualificação, onde obteve o 6º tempo.


WTCC

O GP de Portugal do WTCC tinha o atractivo especial de marcar a centésima corrida mundial da competição. O Campeonato do Mundo de Carros de Turismo arrancou em 2005 com a participação de cinco construtores: BMW; Seat; Chevrolet; Alfa Romeo e Ford, três deles mantêm-se na competição, e estiveram envolvidos nas comemorações que tiveram lugar na Invicta. Pela prova já passou também a Honda, apenas no ano de 2008, sendo substituída este ano pela Lada. Alguns pilotos também participaram nos 50 GPs do WTCC: Tom Coronel, Augusto Farfus, Jordi Gené, Robert Huff, Nicola Larini, Alain Menu, Jörg Müller, Andy Priaulx, Gabriele Tarquini e Alessandro Zanardi. O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, juntamente com o promotor da competição colocou uma placa no “passeio da fama”, junto ao Castelo do Queijo, como forma de assinalar a data.

TÍTULOS 2008 Pilotos: Yvan Muller (Seat) Construtores: Seat Independentes: Sergio Hernández

2007 Pilotos: Andy Priaulx (BMW) Construtores: BMW Independentes: Stefano D’Aste

2006 Pilotos: Andy Priaulx (BMW) Construtores: BMW Independentes: Tom Coronel

2005 Pilotos: Andy Priaulx (BMW) Construtores: BMW Independentes: Marc Hennerici


A Boavista assistiu a duas corridas da competição, dois vencedores diferentes num fim-de-semana que teve um piloto em destaque: Michelisz, e um piloto vencedor: Diego Puyo. Norbert Michelisz saiu da Boavista na 2ª posição do Campeonato com 30 pontos, os mesmo que o piloto que liderava a prova à chegada ao Porto, Massimiliano Pedala, e menos três que o actual líder, Diego Puyo. Mas a verdade é que o pecúlio do piloto podia ter sido bem maior. O húngaro começou a mostrar que era muito rápido logo nos treinos livres onde assinou o melhor tempo em ambas as sessões. Contudo na qualificação o piloto embateu junto ao Castelo do Queijo e cedeu a pole a Fredy Barth. Barth aproveitou da melhor maneira a possibilidade de largar da 1ª posição e apesar do Safety Car ter entrado em pista praticamente mal a corrida começou o suíço aguentou a sua posição e subiu ao lugar mais alto do pódio. Com ele estiveram Pedala e Puyo. Michelisz também embateu na primeira corrida, terminando na 7ª posição. Mas na segunda mostrou o seu andamento e venceu, materializando o domínio evidenciado durante os treinos. Diego Puyo terminou em 2º e somou pontos suficientes para chegar ao primeiro lugar do Campeonato, até porque Pedala, abandonou a corrida. O espanhol teve um fim-de-semana vitorioso no Porto, onde também esteve em acção ao comando dum carro do WTCC, devido ater vencido a anterior prova da Eurocup. Na ronda de Brands Hatch, será Michelisz a pilotar o Seat do WTCC. Ao último lugar do pódio subiu Tim Coronel, o gémeo de Tom Coronel, que também esteve em acção, ao lado do irmão, na ronda do WTCC de Brno. Miguel Freitas: Portugal esteve representado por Miguel Freitas, o piloto esteve bem rodou sempre entre os mais rápidos. Foi 4º e 2º nos treinos livres e assinou o 3º tempo na qualificação. Já nas corridas terminou ambas na 4ª posição, a cheirar o pódio mas sem conseguir alcançar esse feito.

A León Eurocup acompanha as provas do WTCC disputadas no Continente Europeu e o Porto não foi excepção.


Campeonato 1 | Diego Puyo

36 p

2 | Norbert Michelisz

30 p

3 | Massimiliano Pedala

30 p

4 | Fredy Barth

24 p

5 | Tim Coronel

22 p


A Taça de Portugal de Circuitos passou pela Boavista, naquela que foi a primeira de duas jornadas, estando a segunda agendada para Vila Real no final do mês de Julho. O domínio da competição na Boavista dividiu-se por dois pilotos, José Monroy e José Pedro Fontes, que corria em casa. Mas o primeiro a dar nas vistas até foi João Figueiredo que assinou o melhor tempo nos testes de sexta-feira em 2:18.102s. O piloto do 407 teve contudo um fim-de-semana complicado não evitando um toque algo violento na primeira corrida. José Pedro Fontes dominou as duas sessões de treinos livres em 2:14.547s, e 2:14.304s, para depois melhor ainda mais e estabelecer a pole para a primeira corrida em 2.14.080s. O piloto do BMW esteve muito rápido nas ruas da Invicta durante o dia de sábado, mas o domingo ia começar de forma diferente. Quando se apagaram os semáforos para dar inicio à primeira corrida José Monroy saltou para o comando e ganhou distância para José Pedro Leite, terminando com mais de 4s de vantagem sobre o 2º classificado que foi Francisco Carvalho. O pódio ficou completo com Jorge Areal, e Vasco Campos venceu na categoria 3. A segunda corrida teve muito pouca história e foi mais o tempo que esteve condicionada atrás do Safety Car, do que o efectivo de competição. O destaque vai para a largada de José Pedro Fontes que chega rapidamente à 1ª posição depois de partir de 4º. O final da corrida também foi antecipado devido a um toque entre Patrick Cunha e José Monroy à entrada para a última volta e que devido à posição dos carros levou a direcção de corrida a exibir a bandeira vermelha. A classificação ordenou-se então com a anterior passagem pela linha de meta, com José Pedro Fontes na frente seguido de Cunha e de Monroy. Na categoria 3 a vitória foi desta vez para Nuno Baptista. Monroy comanda classificação da Taça com 16 pontos, mais 2 que José Pedro Fontes e 3 que Francisco Carvalho.


Taça de Portugal de Circuitos Corrida 1 1 | José Monroy 2 | Francisco Carvalho 3 | Vasco Campos Corrida 2 1 | José Pedro Fontes 2 | Patrick Cunha 3 | José Monroy Classificação Taça 1 | José Monroy – 16p 2 | José Pedro Fontes – 14p 3 | Francisco Carvalho – 13p


Em Portugal estiveram também os pequenos Abarth que participam no troféu europeu da marca, mas a maior parte dos quais esteve entregue a pilotos portugueses, entre eles Patrick Cunha que estabeleceu o melhor tempo na qualificação. Mas a primeira corrida foi madrasta para Cunha, que teve de abandonar. A vitória foi de Moncini, seguido do português Pedro Marreiros e de Manuel Villa. Moncini repetiu a dose na 2ª corrida, seguido desta vez por Jorge Rodrigues, e Pedro Marreiros, que repete a presença no pódio. Manuel Villa sai do Porto na posição que chegou, a de líder do Campeonato, mas soma agora 85 pontos, mais 33 que Benoit Perret e 34 que o português Jorge Rodrigues.

Corrida 1 1 | Emanuele Moncini 2 | Pedro Marreiros 3 | Manuel Villa Corrida 2 1 | Emanuele Moncini 2 | Jorge Rodrigues 3 | Pedro Mareiros


Treinos Cronometrados FEUP1 José Costa/Luís Magalhães | 3:00.420s

Troféu

Treinos Cronometrados FEUP2 Tiago Martinho/Filipe Matias | 2:49.474s 1ª Manga FEUP1 José Costa/Luís Magalhães 1ª Manga FEUP2 Mário Pedro Borges/Miguel Fontes 2ª Manga FEUP1 Henrique Silva/Paulo Louro 2ª Manga FEUP2 Vasco Campos/Jorge Areal Vencedor FEUP1 José Costa/Luís Magalhães Vencedor FEUP2 Jorge Meireles/Victor Ramos

As duas categorias do Troféu Desafio Único, destinado aos Fiat Uno (FEUP1) e Punto (FEUP2), foram as prova mais concorridas do Grande Prémio Histórico do Porto, levando dezenas de carros da marca italiana ao traçado a Boavista. José Costa e Luís Magalhães saíram do Porto com 97 pontos, resultantes da vitória na primeira manga e da 4ª posição na segunda. Tinham já realizado o melhor tempo dos treinos livres e da qualificação. Pedro Cerqueira e José Francisco foram 2º com 95 pontos, mantendo a liderança do Campeonato respectivamente com 212 e 210 pontos. pontos Na FEUP2 FEUP Tiago Martinho e Filipe Matias estiveram

muito rápidos, liderando os tempos nos treinos e qualificação. Mas nas corridas as vitórias foram de Mário Borges/Miguel Fontes e Vasco Campos/ Jorge Areal. Jorge Meireles e Victor Ramos ficaram em 1º no acumulado das duas mangas e saem do Porto com 95 pontos. José Leite e Paulo Rompante continuam a liderar a prova, agora com 170 e 166 pontos respectivamente.


Treinos Livres Diogo Ferrão | 2:46.721s Treinos Cronometrados Diogo Ferrão | 2:42.721s Corrida 1 Luís Sousa Ribeiro | 21:48.558s Qualificação Luís Sousa Ribeiro | 21:38.019s

GT | TURISMO 1966 Diogo Ferrão esteve dominador , mas saiu da Invicta sem vencer.

No programa do Grande Prémio Histórico do Porto constava uma prova destinada a carros de Turismo e Grande Turismo até 1966. Entre os inscritos diversos portugueses, além de pilotos espanhóis franceses e britânicos, onde se destacava o nome de Stirling Moss.

A marca também dominou a primeira corrida, que Diogo Ferrão liderava tranquilamente até sofrer uma avaria mecânica e ceder a vitória a Luís Sousa Ribeiro.

No pódio ao lado do português estiveram David Ham (+10.188s) no seu Jaguar Lister e Stephen Bond Moss esteve no Porto com um Osca 1100, um dos (+10.877s). carros interessantes em prova, juntamente com o Jaguar Lister de David Ham, ou o Delahaye 135S, de Diogo Ferrão voltou a ser a figura na segunda corrida, 1938, do francês Hugo Baldy, o carro mais antigo em mais uma vez não venceu mas encetou uma competição. espectacular recuperação desde os últimos lugares até ao pódio, acabando por terminar em 4º, depois de levar O português Diogo Ferrão foi o grande animador da um pouco longe de mais o seu esforço na curva do classe com o seu Lotus Elan 26R, apesar disso o piloto Castelo do Queijo. não venceu nenhuma das corridas. Já nos treinos livres Ferrão estabeleceu a melhor volta em 2:46.765s, A vitória voltou a pertencer a Luís Sousa Ribeiro, e ao seguido de Stephen Bond (Lotus Elan 26R) e Carlos seu Elan 23R, alias todo o pódio foi repetido com David Babosa (Jaguar E). Ham a ficar a 2.830s e Stephen Bond a terminar a 7.091s. O português (Ferrão) estabeleceu também o melhor tempo na sessão de qualificação, em 2:42.721s, Entre os Turismos, a vitória nas duas corridas deixando atrás de si Luís sousa Ribeiro (Lotus Elan pertenceu a um Alfa Romeo Giulia, na primeira pilotado 23R), e Stephen Bond, três Lotus nos três primeiros por Manuel Melo e na segunda por João Sardinha. Á frente destes pilotos terminou em ambas as corridas Sir lugares. Striling Moss, respectivamente na 8ª e 9ª posição.


Stirling Moss O piloto britânico é uma das lendas vivas do desporto motorizado e da Formula1 em particular, considerado por muitos, o melhor piloto de sempre que nunca venceu um Campeonato do Mundo da categoria. Mas Moss venceu no Porto, no já distante ano de 1958, quando a categoria rainha se estreou na cidade, percorrendo então pela primeira vez as curvas da Boavista. A Formula1 regressou à Invicta em 1960, e com ela regressou Moss, ele que tinha estado ausente da desde o GP da Bélgica desse ano devido a um acidente. Em 1960, a vitória foi para Jack Brabham, num GP dominado pelos Cooper-Climax, que ocuparam as duas posições do pódio, tendo o segundo sido Bruce McLaren. Numa corrida marcada pela participação do português Mário Araújo Cabral, Moss terminou em 4º mas foi desqualificado por condução indevida. Moss nasceu em West Kensington, Londres, em 17 de Setembro de 1929. Iniciou-se nas corridas em 1947, tendo passado por diversas competições e chegado a diversos títulos e vitórias até colocar ponto final na sua carreira profissional na Páscoa de 1962, depois dum violento acidente em Goodwood. Os portuenses tiveram o privilégio de o ver correr de novo no Grande Prémio Histórico do Porto. Perto dos 80 anos e a celebrar 50 sobre a sua vitória na Boavista, o Osca 1100, com que participou na corrida dedicada aos Turismos e Grande Turismos até 1966, era o centro das atenções de todos os amantes do desporto automóvel e de todos aqueles que respeitam os grandes campeões.


O Lola T292 de Rodrigo Gallego foi a estrela da corrida dedicada aos Turismos, Grande Turismos, Sport e Protótipos até ao ano de 1977. O português mostrou ser o mais competitivo, venceu uma das corridas e abandonou na segunda quando liderava com larga vantagem. Comum carro semelhante, um Lola T290, o britânico Joanathan Baker foi o primeiro a impor o seu ritmo e estabeleceu o melhor tempo da sessão de treinos livres em 2:15.793s, seguido por Gallego e Sheldon. Na sessão cronometrada Gallego começou a mostrar ao que veio e retirou quase cinco segundos ao melhor tempo dos treinos livres, estabelecendo a melhor volta ao traçado da Boavista em 2:10.945s. Bem melhor que os 2:14.300s de Sheldon (Chevron B16) que foi 2º, e que os 2:17.858s de Baker, que ocupou o 3º posto. Rodrigo Gallego largou da pole position para a primeira corrida que liderou do principio ao fim, para terminar com 22.618s de vantagem sobre Baker, e com mais de um minuto sobre Sheldon. O português estabeleceu a melhor volta da corrida em 2:09.151s, melhor que o tempo da qualificação. A segunda corrida levava um rumo muito semelhante da primeira, com Gallego a largar da primeira posição e a assumir com larga vantagem a liderança. Mas um problema mecânico no seu Lola obrigou o português a abandonar, entregando a vitória a Sheldon. Depois do piloto do Chevron terminaram dois dos Crosslé presentes, o de Heinz Grau na 2ª posição a 27.713s, e o de Kaspar Huggenberger no 3º posto a 52.081s. Entre os Turismos o mais rápido nas duas corridas foi Pedro Salvador em Austin Mini, 8º na primeira e 5º na segunda. Já nos GTs na primeira corrida o melhor foi Valter Gomes em Porsche 911 (7º), e na segunda foi Rickenbacher (Ford GT40) com a 6ª posição.

Treinos Livres Jonathan Baker | 2:15.793s Treinos Cronometrados Rodrigo Gallego | 2:10.945s Corrida 1 Rodrigo Gallego | 21:56.275s Corrida 2 Sheldon | 20:50.891s


Miguel Ferreira lidera destacado a classificação da Taça de Portugal de Clássicos (Circuitos) TPCC-1300 com 20 pontos, lidera também na categoria 2 (Históricos 74). A taça é composta pelas provas de Vila Real, a disputar no final de Julho, e Boavista, onde o piloto do Ford Escort 1.3 conseguiu duas vitórias. O piloto largou para a primeira corrida integrada no Grande Prémio Histórico do Porto da 2ª posição mas chegou à liderança com Rufino Fontes (Alfa Romeo Alfasud) a ficar com o 2º lugar e João Ramos (Toyota Starlet) a terminar no 3º posto. Ramos, à imagem de Miguel Ferreira, também repetiu a mesma posição na segunda corrida, onde Victor Araújo levou o seu Datsun 1200 ao 2º lugar do pódio. O piloto do Starlet ocupa a segunda posição da Taça a 8 pontos de Miguel Ferreira, e comanda na categoria 3 (Históricos 81). Fernando Soares (Austin Cooper S) que conseguiu dois 4º lugares no Porto é 3º a 10 pontos do líder, mas lidera a categoria 1 (Históricos 71). Na Taça de Portugal de Clássicos (Circuitos), Miguel Pais do Amaral e Carlos Barbot dividem a liderança com 18 pontos, resultado duma vitória e de um 2º lugar na Invicta. Pais do Amaral venceu a primeira corrida e Barbot a segunda.

Os pilotos dos Lola T70 foram de facto os grande dominadores das corridas do Porto, com Joaquim Jorge a ser o opositor mais próximo ao terminar em 3ºº ambas as corridas. Ele que lidera entre os carros da categoria 2 (Históricos 74). Já Miguel Pais do Amaral e Carlos Barbot, dividem também a liderança da categoria 1 (Históricos 71). Kiko Mora, com o seu Porsche RSR é 5º na classificação absoluta, mas comanda a categoria 3 (Históricos 81). O Lotus Seven de João Mira Gomes lidera na categoria 4.


Grandes carros do passado e dos nossos dias

Toleman TG184 Não faltou à chamada do Grande Prémio Histórico do Porto o Toleman TG184, com que Ayrton Senna da Silva se estreou na categoria rainha do desporto automóvel no GP do Brasil de 1984. Ao volante deste carro o brasileiro conseguiu também o primeiro pódio da sua carreira, e também o primeiro da marca, no GP do Mónaco do mesmo ano. O motor do monolugar é um Hart 4 Turbo 1.5L.


Não correram mas fizeram várias passagens pelo circuito da Boavista incluindo uma demonstração de corrida, mas mesmo assim impressionaram os amantes dos automóveis presentes nas bancadas do circuito portuense. O design, as formas, o imponente som dos motores, e a história destes carros transformou-os no centro das atenções do Grande Prémio Histórico do Porto. A Formula1 de regresso à Invicta, ainda que, como alguém classificou, com cheiro a naftalina. Os bólides da Formula1 aceleraram mesmo no Porto, nos anos de 1958 e 1960, com vitórias de Moss e Brabham, ligando para sempre a cidade à história da categoria. Após o GP de Portugal de 1960, foi necessário esperar 24 anos para a F1 voltar ao nosso país, o que aconteceu a 21 de Outubro de 1984 no Circuito do Estoril, lá venceu o McLaren de Prost, seguido do companheiro de equipa, Niki Lauda, e de Ayrton Senna, no Toleman. Foram mais de vinte as belas máquinas do passado, mais ou menos remoto, que estiveram na Boavista. Entre elas dois Ferrari, o de Niki Lauda e de Gilles Villeneuve. “O homem que regressou da morte”, assim chamam a Lauda depois do acidente do GP da Alemanha de 1976, foi três vezes Campeão do Mundo, a primeira das quais com o Ferrari 312T que Giancarlo Casoli trouxe à Boavista. O T5 de John Fenning (foto) que foi utilizado por Villeneuve não chegou ao título mas deu à scuderia duas vitórias memoráveis no Mónaco e Espanha.



Outro carro Campeão do Mundo presente na Boavista foi o Matra MS80 com motor Cosworth DFV V8 3L, de Bruno Perrin que foi utilizado por Jackie Stewart em 1969, e que permitiu ao piloto alcançar também o título de pilotos. Da mesma marca esteve também em Portugal o MS120 de 1973 usado por Chris Amon e que agora pertence a Abba Kogan. Falando em marcas históricas é necessário referir mais duas, a McLaren e Surtees. Da primeira esteve no Porto o M19 também de motor Cosworth, pilotado por Dennis Hulme em 1972, e usado agora por Roberto Crippa. Outro McLaren, o M23 de James Hunt em 1973, marcou presença, sendo agora pilotado por Andrea Burani. Da Surtees, marca criada pelo lendário piloto britânico John Surtees após a sua saída da Ferrari, vieram à Invicta o: TS9B de Mike Hailwood em 1971, agora de Carlos Diniz; o T16 do ano 1975 e utilizado agora por Franco Beolchi; e o TS19 que usou Alan Jones em 1976, e que agora usa Tony Hancock. Os Benetton presentes eram quatro, três deles utilizados Michael Schumacher, incluindo o de 1994, com que o alemão chegou ao primeiro de sete títulos mundiais. Este último já com motor Renault, ao contrário dos restantes que utilizavam um bloco Cosworth. Todos utilizados agora por britânicos, o B194 (1994) pertence agora a Andrew Tate, o B193 (1993) a Barry Walker, e o B192 (1992) a uma senhora, Lorina McLaughlin. Já o modelo mais antigo da marca presente no Porto era o B190 que pertenceu ao tri-campeão do Mundo Nelson Piquet, agora é pilotado por Dave Madgwick. Da Williams esteve em acção um carro da década de 90, o FW18 de 1996 com motor Renault, e que foi pilotado por Damon Hill, permitindo ao piloto chegar ao seu primeiro e único título, e à equipa ao terceiro título de construtores. Era o carro mais recente presente na Boavista, pilotado agora por Graham North. Com base de construção Williams, mas baptizado como Iso-Marlboro, o FX3B estava certamente entre os carros mais desconhecido presentes no Porto. O carro foi desenvolvido por John Clarke (ex-March) e a sua história não é das mais brilhantes. Ao seu volante esteve na Boavista, Mauro Panne, Campeão do Mundo de Formula1 Históricos em 2008. Entre os mais desconhecidos estavam também o Theodore TR1/2 de 1977 (pilotado por Luciano Quaggia), o Hesketh 308E do ano de 78 e que foi utilizado por Rupert Keegan, agora nas mãos de Graham Williams. A história da marca é curta, apenas meia dúzia de anos, e este modelo foi precisamente o último a correr.


Da galeria dos desconhecidos sai também o Trojan T103 F1 de 1974 (pilotado agora por Paul Grant), a marca tem uma muito curta passagem pela Formula1 onde participou apenas em oito corridas, falhando a qualificação em duas delas. O melhor resultado foi um 10º lugar conseguido na Bélgica e Áustria. Para último ficou o Tecno E371 de 1972 agora pilotado por Beppe Bianchini e na época usado por Derek Bell. Esta também é uma equipa de história curta na F1, impulsionada pela vontade da Martini sponsorizar uma equipa italiana e cujo tempo de vida foi de apenas dois anos, apesar de gozar de algum sucesso na F2 e F3.


Dois March estiveram na Boavista, e ambos foram pilotados por Ronnie Peterson. O 701 de 1970 é agora utilizado por Peter Schleifer, e o 761/8, mais recente de 1976, é pilotado pelo português Rodrigo Gallego. Gallego participa no Campeonato do Mundo de Formula1 Históricos, prova da FIA onde já arrecadou quatro títulos. Neste momento é 7º no Campeonato com 9 pontos, e 3º na sua classe a B. A March nasceu em 1969 fundada por quatro sócios, entre eles Max Mosley, com o objectivo de fornecer chassis para utilizar com motores Cosworth. Iniciou a sua carreira na F1 no ano seguinte onde obteve algumas vitórias, incluindo no ano de 76 (Monza) com o carro agora usado por Gallego.


Pedro Salvador foi o grande dominador da passagem do Campeonato de Portugal de Resistência pela Boavista. O piloto do Juno SSE, liderou quase todas as sessões tendo realizado o melhor tempo das duas sessões de treinos livres e também o melhor tempo da qualificação. A primeira corrida foi marcada por um acidente logo no seu início que ale do atraso causado deixou pelo caminho o carro de Mex Machado/António Coimbra, António Nogueira e Ribeirinho Soares, o causador do acidente numa manobra inexplicável. Quem também acabou por não participar em nenhuma das corridas foi Bobby Verdo-Roe, com problemas no seu Lister. Da pole, Pedro Salvador partia para a liderança da corrida e com larga vantagem sobre a concorrência até ao momento das paragens, obrigatórias haja ou não mudança de piloto. Aí além dos 60s de regulamento impostos a todos os carros, o Juno teve de cumprir mais 260s, devido ao sistema de handicaps.


Treinos Livres Pedro Salvador/José Pedro Leite | 2:05.893s Treinos Cronometrados 1 Pedro Salvador/José Pedro Leite | 2:05.671s Treinos Cronometrados 2 Hugo Pereira/César Campaniço | 2:09.428s Corrida 1 Hugo Pereira/César Campaniço | 51:47.307s F. Cruz Martins/Manuel S. Castro | +3.889s Pedro Salvador/José Pedro Leite | +14.582s Corrida 2 Pedro Salvador/José Pedro Leite | 51:05.825s A recuperação da dupla não foi além do 3º posto, atrás de Francisco Cruz Martins e Manuel Sande e Castro, que foram 2º, e de Hugo Pereira e César Campaniço, que subiram ao lugar mais alto do pódio.

Pedro Pita | +1:55.734s Manuel Caetano/Manuel S. Caetano | +1 Volta

Nos Turismos e GTs a vitória foi de Cruz Martins e Sande Castro, com Pedro Pita a vencer na categoria C1 e C2. com 34 pontos, apesar de ter ficado a seco no Porto. Na segunda corrida Pedro Salvador e José Pedro Leite conseguiram mesmo impor o seu andamento e venceram com quase dois minutos de vantagem sobre o Caterham de Pedro Pita. Outro Caterham, o de Manuel Caetano e Manuel Serra Caetano terminou na 3ª posição. Pedro Pita conquista a vitória entre os GTs e também na categoria C1 e C2.

Também a zero ficou Verdo-Roe, mas continua como líder absoluto entre os Turismos e Gts, com 46 pontos, seguido de Pedro Pita com 43. O britânico também lidera a classificação dos GTs de série com 48 pontos, onde é seguido por Francisco Cruz Martins com 28.

Na classificação dos Sport e Protótipos, Hugo Pereira Já Pedro Pita lidera a mesma classe mas na categoria lidera a geral absoluta com 52 pontos, a também o C1 e C2. Na Graduates Cup é Nuno Carvalho que Grupo C3 com 54. O grupo C4 é de Ribeirinho soares lidera com 176 pontos.



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