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UM PERFIL DO CARTUNISTA DACOSTA

São oito e meia da manhã de um sábado, o dia está frio e chuvoso. Uma sala na Universidade Santa Cecília está repleta de alunos do curso de Publicidade e Propaganda. Estou ali para entrevistar Alexandre Barbosa, o Bar, que dá aula com DaCosta. Ambos são criadores e curadores do Salão Dino de Humor do Litoral Paulista. O pseudônimo Bar remete a 1988, quando ingressou em A Tribuna. Pergunto: “O que o Ziraldo quis dizer quando denominou DaCosta de ‘o último desenhista de humor?’” “A resposta é simples: porque ele é muito bom nisso.” Bar conta que num primeiro momento em A Tribuna, DaCosta moderou um pouco o humor nos cartuns, receoso de receber um segundo processo. Ele se refere ao processo que DaCosta sofreu em Campinas, quando atuava no jornal

Diário do Povo, por ter feito um desenho considerado ofensivo por um leitor. Depois, segundo Bar, DaCosta foi se soltando e readquiriu a confiança no seu trabalho: “Ele tem um modo muito característico de ver as coisas”, define. A técnica de DaCosta não combina com a rapidez que um jornal diário exige. Em A Tribuna, as ilustrações tinham 88


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