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Impressionismo
TEXTO POR
Sandra Amaro
Rui Esgaio
Miguel Magalhães
Índice
O que é o Impressionismo
Como surgiu o movimento
Características do Impressionismo
Principais pintores
O que é o impressionismo?
O impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura francesa do século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Belle Époque. O nome do movimento é derivado da obra “Impressão: nascer do sol” (1872), de Claude Monet.
O impressionismo é uma arte visual, onde a representação do que se vê é o tema central das obras do movimento. As cenas pintadas são, em grande parte, apenas as que são observadas pelo próprio pintor. Neste sentido, o “ver” do impressionismo assume outro sentido; é o de selecionar, recortar, modelar de acordo com o objeto que se observa diretamente. Os artistas do impressionismo selecionam a impressão como uma experiência importante a ser valori-
zada. Mas apesar de parecer que o impressionismo se trata de imitação do real, não é exatamente isso que os artistas impressionistas fazem. O impressionismo é sobre traduzir um objeto real através do olhar diferenciado, onde posteriormente essa forma de olhar se torna uma construção sobre o objeto real. O impressionismo não foi aceito em princípio na Europa do século XIX, pois os estilos vigentes à época eram acadêmicos e lineares: neo-classicismo, realismo e romantismo. No caso do neo-classicismo, também se preocupava com a perfeição, a ponto de que pintores passariam a corrigir nas obras os “defeitos” dos corpos de seus modelos para atingí-la. O realismo, por outro lado, se preocupava em retratar a realidade exatamente como ela era. Já o trabalho romântico era extremamente subjetivista.
Como surgiu o movimento
Começou com um grupo de jovens pintores que rompeu com as regras da pintura vigentes até então. Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do realismo e/ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.
Édouard Manet não se considerava um impressionista, mas foi em torno dele que se reuniram grande parte dos artistas que viriam a ser chamados de impressionistas. O impressionismo possui a característica de quebrar os laços com o passado e diversas obras de Manet são inspiradas na tradição. Suas obras, no entanto, serviram de inspiração para os novos pintores. O termo “impressionistas” foi cunhado graças a uma exposição que ocorreu em Paris em abril de 1874, composta de artistas excluídos pela elite acadêmica. Foi a partir desta exposição que a crítica de Louis Leroy se deu, publicada no jornal Le Charivari. A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Manet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando.
Mas não foi apenas em Veneza que a estética impressionista tomou forma. Na Espanha, com pintores como El Greco, Velázquez e Goya, há também resquícios desta estética em diversas obras. Seria com vazio entre as pinceladas, o emprego do preto e representação de momentos luminosos ou dinâmicos que o impressionismo espanhol se afirmaria enquanto estética.
Na Inglaterra, a conexão com o impressionismo e sua estética é clara. As paisagens eram tema das pinturas inglesas desde o final do século XVIII, e é no século XIX que três pintores ingleses vão influenciar diretamente a estética impressionista, sendo estes Constable, Bonington e Turner.
Constable se utilizava, enfim, do estudo feito fora do ateliê para suas pinturas. Ele o considerava indispensável. Trazia em suas telas impressões fugazes, onde o vento e a atmosfera apareciam, apesar de não palpáveis. Através de suas pinturas ele estava determinado a captar em sua tela os aspectos mais voláteis da natureza. Suas obras exerceram grande influência sobre Delacroix.
Por outro lado, Bonington também exerceu influência considerável sobre Delacroix e pode-se perceber algumas características impressionistas em seus estudos de atmosfera.
Morning, 1825
Já Turner, pintor de paisagens marinhas, faz com que a água e o céu se confundam em suas pinturas por meio de uma construção específica da atmosfera.
Na França, foi no século XVII que a estética impressionista apareceu pela primeira vez, com Claude Gellée, Joseph Vernet e Fragonard. Alguns destes pintores se aproximaram do impressionismo por conta de como trabalham com as cores, as luzes e as sombras; outros, por se utilizarem da paisagem como tema central da obra.
Características do movimento: impressionismo
Os impressionistas buscavam retratar os objetos através do contraste de cor e luz, onde as próprias pinceladas dos pintores se tornam uma marca de luz e sombra na tela. A pincelada do impressionismo deixa uma marca na tela, como se fosse a letra do autor; seu relevo, deixado na tela propositalmente, faz com que a luz e sombra estejam presentes em cada pincelada. A sensação, elemento fundante do impressionismo, deixa de ser puramente fisiológica e passa a ser construída e deliberada.
Os impressionistas perceberam que a natureza vista em seu próprio ambiente produz uma intensa mistura brilhante de cores e tons variados que se embaralham diante de nossos olhos. Assim, as imagens que eles pintavam não apresentavam contornos nítidos ou sombreado tradicional. A tinta era deposita nas telas em pequenas manchas, que juntas e sobrepostas, criavam um efeito mais parecido com a experiência visual momentânea. Além disso, esses pintores se beneficiavam ao máximo da luz do sol e abusavam de cores complementares. As paisagens e naturezas-mortas tinham destaque entre os temas dos impressionistas. Entretanto, outros motivos foram abordados, como retratos de mulheres, bailarinas, e até mesmo cenas interiores.