Tela Viva 200 - Dezembro 2009

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( produção) comercial de 30 segundos, busca maneiras inovadoras de associar marcas a conteúdo. “O branded content é uma área que tem chamado a atenção. Estas agências novas que estão surgindo tendem a ganhar espaço e a agência tradicional terá que se reestruturar”, destaca Schmidt. “A nossa expertise em desenvolver conteúdo faz diferença nesta hora. Ainda não existe uma cultura de branded content no país, mas é um mercado ascendente”, diz Hollanda.

Açúcar, respectivamente) e a Coffee Produções, focada em filmes promocionais. A meta da holding é chegar ao faturamento de R$ 400 milhões em cinco anos. O projeto de crescimento inclui também movimentos de internacionalização das empresas da holding. Em julho deste ano, a BBC Worldwide e a Mixer firmaram uma parceria para a produção de formatos da BBC no Brasil. Pelo acordo, a produtora é a parceira exclusiva de produção de formatos da empresa britânica pelos próximos cinco anos, passível de renovação. A BBC, por sua

incentivem a qualificação da mãode-obra. Esse é um processo que se dá durante anos”, observa. No Grupo Ink, uma área que vem ganhado importância por preencher uma lacuna do mercado, a Ilegal FX, focada em efeitos, animação e pós-produção, também conta com mão-de-obra diferenciada. “Temos diretores de cena no casting da Ilegal para que ela tenha um diferencial no mercado. É um nicho de negócio bem interessante e estamos investindo para fazer a finalização de conteúdo audiovisual também Apostas em película”, conta O fato é que, para firmar-se e projetos multiplataforma ganham Schmidt. A empresa aproveitar as novas está estruturada para espaço dentro das produtoras. oportunidades, as produtoras atender tanto à independentes estão certas de que vez, é distribuidora dos formatos – e demanda interna dos demais é preciso ter uma postura eventualmente de produtos prontos – da núcleos do Grupo Ink quanto profissional e visionária, Mixer no exterior. “É um mercado em solicitações de agências para a póssemelhante a de empresas de que a gente não pode errar. Há poucas produção de filmes. outros segmentos de mercado. chances e poucos players. Queremos ser A sinergia entre os grupos é Em janeiro de 2009, quatro meses players internacionais com conteúdo bastante incentivada no Grupo Ink e após a entrada do grupo nacional e com conteúdo internacional. a Colméia, produtora de conteúdo especializado em gestão de Queremos fazer qualquer tipo de digital do grupo criada há dois patrimônio Pragma como sócia da produção em qualquer lugar do anos, tem contribuído para a Mixer, a produtora, em uma mundo”, ressalta Ribeiro. integração. “A Colméia é uma movimentação atípica no setor, Um ponto importante para que a aposta e tem crescido. O transmídia anunciou a criação de uma produtora conquiste as metas, destaca é muito significativo”, diz Schmidt. holding: a Etc... Participações da Ribeiro, é o investimento em talentos e A Colméia deve desenvolver qual fazem parte além da Mixer, a reconhecimento da importância da projetos em conjunto com a CB Filmes e a Pan Filmes (que mão-de-obra. “Esse hoje é o grande Academia Filmes para o próximo trabalham exclusivamente para os desafio para a produção independente. longa-metragem da produtora, clientes Casas Bahia e Pão de É preciso criar mecanismos que “Meu Tempo é Agora”. Os projetos multiplataforma refletem perfeitamente o espírito Apoio às cotas de diversificação dos negócios que as produtoras Os produtores independentes, de modo geral, veem com bons olhos o PL 29, que propõe mudanças no independentes setor audiovisual e o estabelecimento de cotas para a adotaram. Na produção nacional nos canais pagos. “Pode parecer Conspiração, um pouco autoritário, mas se olharmos para o modelo também há de outros países, eles também começaram assim”, destaca Paulo Schmidt, do Grupo Ink. “No Brasil, você entusiasmo tem uma legislação monopolista, o distribuidor também com esse tipo pode ser o produtor. É difícil quebrar esta barreira. Em de projeto. um mercado tão amarrado como o brasileiro, as cotas A produtora são opções, mesmo que seja transitório”, opina Pedro Buarque de Hollanda, da Conspiração Filmes. Já Gil desenvolveu para Ribeiro, da Mixer, faz uma ressalva: “Vejo o PL 29 a Oi um projeto positivamente, mas com cuidados. Não adianta que inclui Internet estabelecer cotas se o mercado não estiver preparado para entregar tanto volume com qualidade. Uma implantação e produção de gradativa pode ser o melhor desenho”. conteúdo para a TV e aposta neste modelo.

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