Revista Teletime - 166 - Junho de 2013

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quem opera uma pequena frota de satélites. O acordo com a Oi praticamente dobra o peso que o Brasil tem nos negócios da SES no mundo e deve significar uma ampliação significativa da presença da empresa no país. A chave para que a SES conseguisse “vender” a oportunidade para a Oi foi uma certa flexibilidade na configuração do satélite. Inicialmente, a capacidade para o Brasil era menor, mas como o satélite ainda estava sendo fabricado, foi possível negociar com a Astrium (fabricante do satélite) a reconfiguração de alguns feixes originalmente desenhados para atender a região andina, o Cone Sul e a América do Norte. Com isso, toda a capacidade para o Brasil, e praticamente toda a capacidade em Ku do satélite, ficará com a Oi. No meio do caminho, Sky e GVT chegaram a manifestar junto a SES

O acordo com a Oi praticamente dobra o peso que o Brasil tem nos negócios da SES no mundo e deve significar uma ampliação significativa da presença da empresa no país.

interesse por adquirir capacidade satelital, mas o SES-6 já estava reservado para a Oi. A Oi, com isso, ganha uma vantagem competitiva importante, mas curta. Se conseguir colocar o satélite em operação no último trimestre do ano, a Oi terá praticamente nove meses com uma capacidade de canais sem precedentes no mercado de DTH. É sabido que todas as operadoras concorrentes estão no limite de sua capacidade, sobretudo em função das obrigações de carregamento do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) e do rápido crescimento da oferta de conteúdos em alta definição. Concorrentes A Sky, por exemplo, não tem conseguido viabilizar uma solução definitiva nem mesmo para canais de altíssima demanda, como o SporTV HD. Também tem alegado ao governo brasileiro que a falta de espaço no satélite é a razão para não conseguir cumprir algumas das cotas de empacotamento previstas na lei do SeAC. Da mesma forma, a GVT TV tem encontrado dificuldades de expandir sua base de canais HD, o que é um problema, já que o diferencial da empresa, depois

Desacelerando

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decorrente do crescimento acelerado dos últimos dois anos e agora os planos de fidelização, que previam descontos, precisam ser renovados, o que não está acontecendo. Ainda assim, o mercado brasileiro de TV paga bateu a casa dos 17 milhões de assinantes em abril. Abaixo, o gráfico mostra a evolução da base do mercado brasileiro de TV paga, mês a mês, desde 2009.

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Milhões de assinantes

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mercado de TV por assinatura brasileiro ainda cresce consideravelmente, mas está desacelerando. Taxas que há pouco mais de um ano batiam fácil a casa dos 30% estão próximas de 20%. Algumas explicações: 1) a economia brasileira desacelerou e, com ela, o consumo; 2) aumentou a inadimplência e, com isso, as operadoras passaram a ser mais cautelosas com suas ofertas; 3) há uma “ressaca”

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