Revista Teletime - 148 - Outubro 2011

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A Algar Telecom chamou a atenção do mercado quando lançou, no começo do ano, um serviço de FTTH com velocidade de 1 Gbps. Passados mais de seis meses, qual a sua avaliação? Pretendem levar a outras cidades além de Uberlândia? Sim, mas sabemos que não é serviço de varejo que se vende diariamente. São serviços dedicados, atendidos com fibra. Temos cabeadas com par metálico todas as cidades, mas não temos essa capilaridade em fibra. Atendemos apenas alguns condomínios de Uberlândia, Uberaba, Franca e Belo Horizonte, onde usamos a fibra da Cemig. Não é produto de grande demanda em nossa área de concessão. Cliente precisa sentir necessidade por 1 Gbps em casa. Mesmo com roteadores internos, 1 Gbps é muita coisa. Eu tenho 100 Mbps em casa e acho que não uso tudo isso. Não tenho necessidade constante de 100 Mbps. Por isso ainda estamos pensando em LTE, se vai ter mercado. Talvez tenha em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas para o interior do País, ainda não identificamos mercado. Entretanto, quando lançamos telefonia móvel, o cliente também não enxergava necessidade e depois se formaram filas para comprar. Acredito que em algum momento o cliente vai despertar para a necessidade de maiores velocidades em banda larga.

Qual é a opinião da Algar Telecom sobre a data do leilão de 2,5 GHz? Quem pede para adiar é porque tem espectro. Quem não quer adiar é porque precisa da frequência. No nosso caso, dependendo do espectro que poderá ser usado para 4G, ou seja, se pudermos usar o que temos, eu prefiro adiar. Prefiro usar esse dinheiro para o cliente, para chegar em cidades menores. Gostei das palavras do ministro Paulo Bernardo na Futurecom: fre­ quência não pode visar angariar dinheiro simplesmente, mas tem que incluir compromissos de atendimento das operadoras. Já temos frequência para usar em 4G: basta fazermos alguns remanejamentos e acomodações, talvez alargar um pouco faixa... Mas tenho dúvidas quanto à demanda. Na minha área de celular não vejo mer-

Não há mercado então para LTE na sua área de concessão? Essa é uma percepção minha, não fizemos pesquisas ainda. Apesar disso, as compras que fazemos já são de equipamentos preparados para LTE. E temos testes em campo, em 850 MHz e 1.800 MHz, com equipamentos da Huawei. Basta adicionar algumas placas... Estamos aguardando a definição das frequências. Se mais uma vez tivermos que investir em frequência será complicado. Em muitos países as fre­ quências usadas para LTE são as mesmas de hoje, como 1.800 MHz e 850 MHz. Gostaria de usar o que tenho porque já fiz investimento nessa frequência no passado. Já paguei por ela.

Se não tem mercado, qual a razão desses testes de campo? Queremos saber mais sobre como a tecnologia se comporta nas nossas frequências... E pode ser que o LTE venha. Quando vier, não poderemos ficar fora. Precisamos estar preparados.

Mas dá para acomodar os usuários de 2G, 3G e 4G? Nossos técnicos estão justamente avaliando isso.

tenho dúvidas quanto à demanda. Na minha área de celular não vejo mercado para LTE nos próximos dois anos. em outras cidades do brasil, acho que precisa.” cado para LTE nos próximos dois anos. Em outras cidades do Brasil, contudo, acho que precisa. Não dá pra ficar fora em mercados como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. No interior do País, onde operamos, vejo que o cliente ainda não sente essa necessidade.

E HSPA+? Estamos fazendo testes. Temos alguns celulares em serviço ativados. Pensamos seriamente, inclusive, em usar essa tecnologia na banda H. Está na prancheta essa ideia. A Algar Telecom comprou licenças na banda H para operar em cerca de 200 localidades nas áreas com DDD 34, 35 e 37, certo? São 230. Pelo edital somos obrigados a atender 42 em dois anos. Agora falta um ano e meio. Mas acho que vamos atender mais do que 42. out_2011 Teletime 13

Em algumas delas, como Poços de Caldas (MG), a Algar Telecom será a quinta entrante. Qual será a estratégia para se diferenciar dos concorrentes e conquistar clientes em áreas tão competitivas? Sabemos que será difícil. Quando lançamos 3G na nossa região, fizemos em três meses após o leilão. Nesse caso seremos os últimos a entrar. Precisamos ter estratégia de ocupar espaços que as outras não ocuparam. Mas não pensamos em fazer guerra aberta com a incumbent em celular. A Algar Telecom ainda deseja se tornar uma operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) fora de sua área de concessão? Nós dependemos das grandes. Se elas não venderem, não aceitarem, não tem como fazer. Ainda não conseguimos explicar para nossos parceiros/concorrentes que não queremos ser operadora comercial grande virtual. Queremos apenas entregar pacotes de soluções para nossos clientes corporativos. É o que já faço na concessão: entregar celular, fixo, vídeo, banda larga. Com quem conversaram até agora? Tentamos duas operadoras, mas não posso revelar os nomes. Só posso dizer que não está muito adiantado. Temos acordos de confidencialidade. Em TV por assinatura, após a aprovação do PLC 116, quais são os planos da Algar Telecom para uso de IPTV? Queremos usar IPTV. Isso era muito represado dentro das teles. Queremos transitar os conteúdos dentro da nossa rede. Em 93% dos lares na nossa área de concessão chegamos com par metálico. E todos estão a menos de 1 km da fibra. É uma rede muito boa para transitar vídeo, basta apenas algumas modificações técnicas. Quando vocês devem lançar IPTV? Ainda há alguns itens de regulamentação sendo questionados. Estamos identificando alguns mercados, especialmente em cidades maiores da nossa área onde temos mais capilaridade de fibra. São sete cidades, dentre elas Uberlândia, Uberaba, Franca... Desde o ano passado, com o lançamento de seu serviço de DTH, a Algar Telecom oferece um pacote quad-play,


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