Revista Tela Viva 215 - Maio

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especial rio de janeiro com ênfase na performance econômica dos produtos – R$ 20,6 milhões em 2009/2010 n Investimento não-reembolsável no desenvolvimento e na produção de filmes e séries de TV, por meio de editais com ênfase na relevância cultural dos produtos - R$ 4 milhões em 2010/2011 n Fomento não-reembolsável à produção de filmes e conteúdos para TV, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – R$ 6,5 milhões em 2009/2010 n Patrocínio à realização de eventos setoriais estratégicos (mostras, festivais, prêmios e mercados) – R$ 5,3 milhões em 2009/2010 n Fomento não-reembolsável à ampliação do acesso da população à produção audiovisual – R$ 3,6 milhões em 2009/2010 n Apoio à atração de produções internacionais e à promoção do segmento de serviços audiovisuais do Rio de Janeiro – R$ 3,8 milhões em 2009/2010 Os resultados são expressivos. Em 2010, a RioFilme bateu diversos recordes, como os de investimento (total de R$ 18,5 milhões, considerando as seis áreas acima); de público e renda dos filmes investidos lançados ao longo do ano (7 filmes/13,5 milhões de espectadores e R$ 123,3 milhões); de filmes investidos no Top 20 Nacional (6 dos 7 filmes lançados); e de arrecadação da empresa (R$ 8 milhões). Desde o início de 2009, a RioFilme já realizou investimentos reembolsáveis na produção e/ou no lançamento de 32 longas produzidos e/ou distribuídos por empresas cariocas. Desses, 17 foram lançados em salas de cinema, entre os quais “Divã”, “Simonal” e “Do Começo ao Fim”, em 2009; “5x Favela”, “Tropa de Elite 2” e “Muita Calma Nessa Hora”, em 2010; e “Desenrola” e “Bruna Surfistinha”, em 2011. A empresa tem hoje, em sua área de investimentos reembolsáveis, uma carteira de 19 filmes investidos, com lançamento previsto para 2011, 2012 e 2013. Os próximos a chegar às telas brasileiras serão “Cilada.Com”, “Corações Sujos” e “Paraísos Artificiais”. Entre os previstos para os anos seguintes destacam-se duas animações derivadas de séries de TV: “Peixonauta 3D” e “Meu Amigãozão – O Filme”. A RioFilme teve uma participação expressiva na última edição do Festival de Cannes, onde foram anunciadas duas coproduções internacionais a serem realizadas no Rio ainda em 2011: “Vermelho Brasil”, primeira operação de TV feita pela empresa, em associação com a Globo Filmes, a Pampa Films, a Conspiração e a France Télévisions; e “Filhos da Revolução”, documentário de Julien Temple. Além do investimento reembolsável e não-reembolsável em filmes e séries de TV, outros elementos importantes da atuação da RioFilme, com impactos diretos sobre o desenvolvimento do setor no Rio, são a atração de produções internacionais, o patrocínio a eventos setoriais e o investimento na democratização do acesso, em especial a criação da rede CineCarioca, com cinemas 3D em favelas. O CineCarioca Nova Brasília é o primeiro cinema da rede. 34

desde 2010 a cidade faz investimentos na atração de grandes produções. Fica no Complexo do Alemão e foi inaugurado em 24/12/2010. Tem projeção DCI de alta qualidade, 91 lugares e conforto análogo ao dos melhores cinemas da Zona Sul. Desde a inauguração, tornou-se o cinema do país com a maior taxa média de ocupação: 55%. O ingresso custa R$ 4. A previsão é de dez salas até o fim de 2012. No que diz respeito a eventos, a RioFilme patrocina desde 2009 um conjunto de 11 festivais, mostras, prêmios e mercados realizados no Rio, entre os quais o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que está se consolidando como a principal premiação de cinema do país; e o Festival do Rio, o Rio Content Market, o Anima Mundi, o É Tudo Verdade e o Festival Internacional de Cinema Infantil. Outra área que tem gerados bons resultados é a de estímulo à atração de produções internacionais. De um lado, a RioFilme criou, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, uma Rio Film Commission organizada e atuante, capaz de atender e facilitar quem pretende filmar no Rio; de outro, passou a promover o Rio como destino de filmagens em festivais e mercados realizados no exterior. A partir de 2010, a RioFilme e a Secretaria de Estado de Cultura passaram a fazer investimentos diretos na atração de grandes produções, como “A Saga Crepúsculo – Amanhecer”, que representou um gasto na cidade de US$ 3,5 milhões. Trata-se de um jeito inteligente de trazer recursos para o segmento de serviços audiovisuais do Rio, gerando renda e emprego. O excelente momento que o setor audiovisual do Rio de Janeiro vive tem a ver, em parte, com este conjunto de ações da Prefeitura, por meio da RioFilme, e do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura. Trata-se de um exemplo de política de desenvolvimento industrial aplicada a um setor da economia criativa, com o objetivo de consolidar o Rio de Janeiro como principal polo de audiovisual do Brasil.

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