Revista Tela Viva 182 - Maio 2008

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novos mercados. Um novo pavilhão contou com 20 expositores de tecnologias e soluções para operadoras de IPTV. Estandes guarda-chuva para expositores de países estrangeiros também ganharam espaço, como acontece com o Brasil. Este ano, pela primeira vez, várias empresas brasileiras expuseram na feira sob o guarda-chuva de um estande brasileiro, que contou com o apoio da Apex (agência de apoio às exportações vinculada ao Ministério do Desenvolvimento). Novas mídias Entre as novas possibilidades de receita para os radiodifusores com a digitalização citadas por David Rehr na abertura do evento está, surpreendentemente, a venda de publicidade em conteúdo para dispositivos móveis. Vale lembrar, o padrão de TV digital norteamericano, o ATSC, não conta com transmissão para conteúdos móveis. A única forma que os radiodifusores tinham para obter receita com os serviços móveis era com a venda do conteúdo para as operadoras de telecom. Contudo, há agora a promessa da inclusão da transmissão móvel no padrão norteamericano. Duas tecnologias competem para entrar no padrão, uma oferecida pela Harris e LG, e outra pela Samsung e Rohde &

estão se dedicando ao desenvolvimento do mercado móvel para a radiodifusão, apresentou uma estimativa de receita com publicidade somente para os radiodifusores nas plataformas móveis em 2012: US$ 2 bilhões. Para a associação, os radiodifusores têm, pelo menos, três vantagens sobre os outros produtores de conteúdo para mídias móveis: eles têm noticiários locais e outros conteúdos atrativos para o público; o custo com infra-estrutura é relativamente baixo; e já têm um relacionamento com o mercado anunciante. Contudo, a conclusão de especialistas reunidos no painel “Novos dispositivos, novas oportunidades” é que o futuro da distribuição de conteúdo para dispositivos móveis será decidido pela audiência. O diretor do laboratório de tecnologias de comunicação da Intel, Kevin Kahn, afirmou que os dispositivos móveis são limitados, por não apresentar formas intuitivas e agradáveis de interação. Além disso, para ele, é necessária a definição de padrões

“A maioria das casas tem banda larga e assiste a programas de TV on-line. Precisamos colocar a Internet no nosso DNA” David Rehr, presidente da NAB

Schwarz. Ambas procuram resolver o ponto fraco no modelo americano de TV digital. A Samsung chegou a demonstrar sua plataforma na feira. Trata-se do A-VSB, uma versão avançada da modulação 8-VSB, usada no padrão de TV digital ATSC. Duas redes locais de Las Vegas transmitiam, no mesmo sinal da sua programação convencional, os canais móveis. A Sinclair transmitia, além do sinal convencional, três canais para dispositivos móveis, enquanto a Telemundo local transmitia dois canais móveis. Os participantes da NAB foram convidados a passeios em uma van equipada com os receptores móveis. Segundo a Samsung, para adotar o padrão, os radiodifusores não terão que trocar seus equipamentos, apenas fazer um upgrade do multiplexador e do excitador, mantendo o mesmo transmissor. Em um café da manhã, a Open Mobile Vídeo Coalition, que reúne broadcasters privados e públicos que

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