SET 2003................... 14 Congresso retoma debate sobre a TV digital brasileira
Mercado................... 26 GW investe em sistema de gestão e pode abrir o capital
Evento......................... 30 Seminário mostra os desafios do setor de satélites
Sempre na Tela Editorial.............................................. 4 News................................................... 6 Scanner.............................................. 7 Figuras............................................. 10 Upgrade.......................................... 12 Making of....................................... 24 Agenda............................................ 34
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em foco
Veja a comparação entre os modelos SD disponíveis no Brasil ���������������������� pág. 20 ano12nº131setembro2003
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editorial rubensglasberg glasberg@telaviva.com.br
Uma reunião inédita, com o apoio e participação de Tela Viva, aconteceu no último dia 28 de agosto em São Paulo. À mesa sentaram-se representantes dos radiodifusores, das produtoras independentes de TV, das produtoras comerciais, dos engenheiros de televisão e dos fornecedores de equipamentos para falar de um tema comum a todos: a excessiva carga tributária na importação de equipamentos profissionais de produção, ou seja, dos bens de capital necessários para viabilizar uma indústria brasileira de audiovisual. Diferenças à parte, é um problema que afeta a todos. E afeta, principalmente, ao País, pois o Brasil deixa de investir em um parque de produção que poderia torná-lo mais competitivo não apenas na área audiovisual, mas em diversos setores da economia. Do lado do governo, há pouco a perder e muito a ganhar. Estes equipamentos representam quase nada na balança comercial ou na arrecadação de impostos. Pior: em boa parte dos casos entram no País pela mão do contrabando. Ou seja, o governo já não vê a cor desse dinheiro. Além disso, tratam-se de equipamentos sem similar nacional e sem perspectiva de produção local, devido à pouca escala de produção. Como contrapartida, há benefícios enormes. É uma forma de enfrentar a crise do setor de mídia no País, que afeta tanto os veículos (emissoras) quanto as produtoras independentes e de publicidade (e ainda toda a cadeia de valor, laboratórios, pós-produtoras, agências, locadoras...). O projeto vai também ao encontro da necessidade de geração de empregos. A indústria audiovisual produz emprego qualificado, é uma indústria limpa, não poluente, com grande potencial de exportação. Ajuda a promover a imagem do Brasil no exterior, para além das transmissões de Carnaval, futebol e favelas. Um documentário exibido por um canal internacional, por exemplo, é visto por cerca de 300 milhões de pessoas. Para que isso exista é necessário um parque de produção moderno, atualizado. O mundo da imagem está se tornando digital e de alta definição. A competição pela produção de programas, filmes, comerciais é globalizada, e o Brasil hoje briga, em condições desiguais, com África do Sul, Canadá, Argentina e outros. Segundo um produtor brasileiro que está investindo na exportação de serviços, se a demanda pelo produto “made in Brazil” aumentar, em pouco tempo não teremos como atendê-la, pela falta de equipamentos. O momento é portanto de união, de entender que este pleito não é apenas uma ação corporativa para obter benesses do Estado. É sim um movimento para mostrar à sociedade e ao governo que a indústria da produção de conteúdo é estratégica para o País, e corre o risco de ficar paralisada caso não haja uma política clara de desenvolvimento. A partir dessa constatação, representantes da Abert, SET, Apro, ABPI-TV e fornecedores de equipamentos concordaram em estabelecer os pontos comuns do setor, colocá-los num documento e a partir daí desenvolver uma estratégia de ação junto ao governo e à sociedade.
Diretor e Editor Rubens Glasberg Diretor Editorial André Mermelstein Diretor Editorial Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski Gerente de Marketing e Circulação Gislaine Gaspar Administração Vilma Pereira (Gerente), Gilberto Taques (Assistente Financeiro)
Editora de Projetos Especiais Sandra Regina da Silva Redação Lizandra de Almeida (Colaboradora) Sucursal Brasília Carlos Eduardo Zanatta (Chefe da Sucursal), Raquel Ramos (Repórter)
Arte Claudia G.I.P. (Edição de arte e Projeto gráfico), Douglas Turri (Assistente), Rubens Jardim (Produção gráfica), Geraldo José Nogueira (Editoração eletrônica). Ricardo Bardal (ilustração de capa) Departamento Comercial Almir Lopes (Gerente), Alexandre Gerdelmann e Cristiane Perondi (Contatos), Ivaneti Longo (Assistente)
Editor Fernando Lauterjung Webmaster Marcelo Pressi Webdesign Claudia G.I.P.
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Acompanhe aqui as notícias que foram destaque no último mês no noticiário online Tela Viva News.
Projeto Jandira é aprovado na CCJ [13/08]
Fusão [20/08]
resse de ter controle sobre o caixa do grupo. Roberto Irineu, hoje no comando executivo do grupo, lembra que em 2001 foi preparado o plano estratégico para a criação da Globo S.A., que consolidaria numa única empresa todos os negócios que formam as Organizações Globo. Em paralelo, diz Roberto Irineu, iniciou-se, na época, a reestruturação das empresas, que demandavam reduções de custo e maior eficiên cia de gestão. No início de 2002, Philippe Reichs tul assumiu a presidência da Globopar com o objetivo de implementar o projeto de criação da Globo S.A. e, posteriormente, preparar a aber tura de capital da empresa. No segundo semes tre de 2002, por conta da forte crise cambial, a Globo decidiu propor a reestruturação das dívi das, abandonando o projeto da Globo S.A. Foi naquela ocasião que Reichstul deixou a presi dência da Globopar. A estrutura do grupo manteve-se dividida nos três grupos de negócio: InfoGlobo (com os jornais O Globo, Extra, Diário de São Paulo e participação no Valor Econômico), a TV Globo/Globopar (incluindo TV Globo, Globosat, Editora Globo, Globo Cochrane, Som Livre e Globo.com) e o Sistema Globo de Rádio. Agora, diz Roberto Irineu Marinho, estuda-se a fusão da TV Globo com a Globopar. A deci são, contudo, não foi tomada. Atualmente, as Organizações Globo são presididas por Roberto Irineu Marinho e continuam existindo como uma unidade estratégica de gestão dos acionistas, ou seja, a família Marinho.
Roberto Irineu Marinho
Reforma [18/08]
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) que estabelece per centuais de regionalização da programação das emissoras de rádio e TV. Como a tramitação do projeto é terminativa nas comissões temáticas, com a aprovação na CCJ ele segue para o Sena do Federal. “Em geral um acordo construído na Câmara tende a ser respeitado pelo Senado”, comemorou a deputada.
Nova estrutura [14/08] Foi publicado no Diário Oficial da União de 13 de agosto o decreto presidencial que aprova a estrutura regimental e o quadro de cargos do Ministério da Cultura. A mudança mais signi ficativa foi a transferência para o MinC do Depar tamento de Cinema e Vídeo, antes da Funarte; e da Cinemateca Brasileira, que pertencia ao Insti tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Vale notar que a Ancine, que segundo manifes tações não-oficiais da Casa Civil será vinculada ao MinC, não aparece na nova estrutura. A Secre taria do Audiovisual passa agora a se chamar Secretaria para o Desenvolvimento das Artes Audiovisuais. Segundo a assessoria de impren sa da secretaria, não houve mudanças em suas atribuições.
confirmou a Tela Viva News que uma das idéias de reestruturação do grupo Globo em estudo neste momento é a fusão entre a Globopar e a TV Globo, conforme noticiou o jornal inglês Financial Times. Entretan to, diz ele, a decisão não está tomada. Ele tam bém não comenta em que pé estão as negocia ções com os credores, nem em quais condições estão sendo acertadas as eventuais mudanças. Evita, assim, falar sobre a vontade dos credores que, segundo a matéria do FT, demonstram inte
tela viva setembro de 2003
Foi incluído no relatório da reforma tributária item estabelecendo que a radiodifusão aberta está isenta do pagamento de ICMS. A propos ta havia sido feita por meio de emenda de auto ria do deputado Severino Cavalcanti (PP/PE). O deputado Virgílio Guimarães (PT/MG), relator da reforma na Câmara, acatou em seu relatório final a sugestão. Atualmente os radiodifusores não pagam ICMS, mas havia pressão de alguns estados para que a cobrança acontecesse.
Rede Nazaré [26/08] Nos últimos dias o Diário Oficial da União vem publicando em conta-gotas as primei ras autorizações para retransmissoras de televisão concedidas no governo Lula. As primeiras 11 foram concedidas à Fundação de Comunicação, ligada à Igreja Católica de Belém do Pará. Ao final do governo FHC, o então ministro Juarez Quadros entregou pessoalmente à Fundação Nazaré a outorga da geradora educativa operando pelo canal 30 em Belém. Na edição desta terça, 26 de agosto, o Diário Oficial publica as autoriza ções para que a Fundação Nazaré retransmi ta seus sinais em Mãe do Rio (canal 48) e em Serra do Carajás (canal 46), localidade pertencente ao município de Parauapebas.
FilmBrazil [26/08] O projeto FilmBrazil passa a ter um conselho próprio, embora permaneça juridicamen te ligado à Apro, para evitar a burocracia necessária para se criar uma nova associa ção. Na prática, trabalha com autonomia suficiente para poder acolher outras asso ciações. Com a mudança, o ex-coordenador do projeto, Eitan Rosenthal, da Trattoria, passa a ser presidente. Tanto a Apro quanto a FilmBrazil já estão trabalhando em lobby junto a vários minis térios visando diminuir a burocracia para produzir publicidade internacional no Brasil. A idéia é garantir a possibilidade de fazer importação temporária e simplificar os vistos de trabalho temporários. No mercado internacional, a FilmBrazil anun ciará em revistas especializadas e está con tratando uma assessoria de imprensa. Por último, a FilmBrazil espera, a partir desta etapa, poder trabalhar com outros setores da produção, além da publicitária. Para Rosenthal, as ações feitas no último Fes tival de Cannes já estão rendendo frutos. “As consultas às produtoras vem crescendo.”
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A Clip Produtora é a responsável pelo “Adrenalina”, programa de espor tes radicais produzido no Rio Grande do Sul. O programa faz parte da iniciativa do diretor da TV Unisinos, Alexandre Kieling, de incentivar o esporte amador, passando informações sobre os atletas e esportes radicais que são praticados naquele estado. O “Adrenalina” é exi bido todos os sábados às 11h30 com reprises aos domingos às 14h na própria TV Unisinos. Quem não estiver na região do Vale dos Sinos poderá assistir aos programas ao vivo pela Internet no site www.unisinos.br/comunicacao/tv.
Foto: Leo Sassen
Esportes radicais
Fomento Estão abertas as inscrições para os editais de concurso de números 1, 3, 4 e 5 para obras cinematográ ficas da Ancine. Os editais são para os seguintes concursos:
Canionistas des cendo de rapel.
Festival engraçado O I Festival Internacional de Comédias Engraçadas - Funny Comedy Film Fest encerrou suas inscrições no dia 31 de julho. Foram recebidos mais de 200 trabalhos pela organização do festival, entre comerciais engraçados, filmes, vídeos e animações cômicas em curta-metragem. Listas parciais dos trabalhos pré-selecionados já podem ser conferidas no website do evento (www.comedyfest.com. br).
Do México A produtora mexicana Camaleon Films foi lançada em agosto no Brasil. Com o diretor Alexandre Rodrigues como sócio, a Camaleón tem como foco o filme publicitário. Entre os projetos futuros do diretor está a produção do longa-metragem “O Marinheiro”, peça do poeta Fernando Pessoa já com os direitos comprados pelo diretor, cujo roteiro atualmente está no segundo tratamento.
Rioscreenings & seminars O Festival do Rio terá, mais uma vez, o rioscreenings, uma espécie de mercado de conteúdo do festival. O evento acontece entre os dias 29 de setembro e 8 de outubro no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Equipado com cabines de vídeo e DVD, produtores, distribuidores e programadores poderão mostrar e vender o seu produto para os participantes do evento. O festival também contará com o rioseminars. Os seminários trazem as últimas novidades do setor e promovem o intercâmbio entre profissionais brasileiros e estrangeiros. Os temas vão desde inovações tecnológicas até estratégias de financiamento, venda e distribuição, além de desenvolvimento de roteiro. Mais informações no site www.festivaldorio.com.br.
» Edital de Concurso Nº 1: Serão escolhidos dois projetos de co-produção de longa-metragem portugueses apresentados por pro dutora brasileira independente, que tenha participação na qualidade de co-produtora minoritária. Esta coprodutora receberá apoio financei ro da Ancine equivalente em reais a US$ 150 mil para cada projeto. As inscrições poderão ser protocola das até o dia 29 de setembro. » Edital de Concurso Nº 3: Seleção e concessão de apoio a lon gas-metragens, de produção inde pendente, nos genêros de ficção, documental e animação, e ainda não iniciados. Serão selecionados no mínimo dez projetos com o valor máximo de R$ 460 mil cada. As ins crições podem ser feitas até o dia 25 de setembro. » Edital de Concurso Nº 4: Seleção e concessão de apoio a pro jetos de finalização de longas-metra gens, de produção independente, nos gêneros ficção, documental e animação. Serão selecionados no mínimo oito projetos no valor máxi mo de R$ 250 mil cada. As inscri ções podem ser feitas até o dia 29 de setembro. » Edital de Concurso Nº 5: Seleção e concessão de apoio ao desenvolvimento de projetos de lon gas-metragens, de produção inde pendente, nos gêneros ficção, docu mental e animação. Serão apoiados dez projetos, no valor de R$ 50 mil cada. As inscrições podem ser fei tas até o dia 29 de setembro. Os editais podem ser acessados na página www.ancine.gov.br.
Caê na Sentimental É da Sentimental Filme o novo clipe de Caetano Velo so. Com a música “Você Não me Ensinou a te Esque cer”, o clipe é o primeiro trabalho da produtora na área. A estréia aconteceu em meados de agosto no programa “Fantástico”, da Rede Globo. A música faz parte da trilha sonora do longa “Lisbela e o Prisionei ro”, de Guel Arraes, em cartaz nos cinemas. Dirigido por Fernando Gorstein Andrade, com codireção de Luciane Teófilo e roteiro de Guel Arraes, Fernando Andrade, Caetano e Luciane Teófilo. o clipe foi feito em apenas dez dias, em película de 16 mm de baixo contraste. Ele mescla cenas do filme com imagens de Caetano Veloso em uma prisão. Recursos de flashback mostram o filho do cantor, De mudança Tom Veloso, de apenas seis anos, como se fosse Caetano na infância. O videoclipe tem duas versões: uma de dois minutos, veiculada no “Fantásti As marcas da Mixer estão jun co”, e outra de quatro minutos para as demais emissoras. tas em um novo endereço. No Este é também o primeiro trabalho de Andrade na Sentimental Filme. Aos final de agosto, a produtora Jodaf 22 anos, formado em administração pela FGV com cursos de cinema em Los mudou para onde já operavam a Angeles e Nova York, Fernando assinou o curta-metragem “De Morango”. produtora de conteúdo Radar, a empresa de Internet R Digital e a Pizza Filmes. Esta última, entretan to, terá seu departamento de edi ção em outro local, de maneira a preservar o sigilo de informações Novo distribuidor estratégicas para o meio varejo, como preços e ofertas. Após oito anos trabalhando para a um curso de atualização técnica Outra novidade da Mixer é a Avid, Flavio Longoni inaugurou uma e de vendas na sede da Avid, em aquisição de uma ilha Adrenali distribuidora da fabricante de sistemas Boston/EUA. Segundo Langoni, a ne, da Avid. O equipamento será de edição e finalização audiovisual, a empresa, que está localizada em utilizado para trabalhos off-line AV Option. Trata-se da segunda dis São Paulo, conta com pacotes do de filmes publicitários. tribuidora da Avid e da Softimage XPress DV para pronta-entrega e no Brasil. Para distribuir os produtos, ainda um Media Composer Adrena Longoni e sua equipe passaram por line para demonstração.
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Recuperação Na web A JX Plural está com um site novo na web. A pági na da produtora traz notí cias, apresentação dos seus diretores de cena e muitos filmes, de comer ciais a curtas-metragens, passando por videoclipes. O site está no endereço www. jxplural.com.br e conta com versão em português e inglês. O design é de Tadeu Knudsen e o desen volvimento ficou a cargo de Fábio Fugikawa e Ricar do Wendel, da Virtual.
A TeleImage, usando seu sistema proprietário de restauração de filmes Casablanca Restore System, está recuperando os filmes da produto ra Multifilmes, de Mário Civelli. A filha do cineas ta, Patrícia Civelli, responsável pelo acervo, já entregou à finalizadora os fotogramas de “É um Caso de Polícia”, realizado por Carla Civelli em 1959. Outra obra da Multifilmes que deverá ser recuperada é “O Craque”, de 1954, dirigido por Mário Civelli. No processo usado pela TeleImage, todo o mate rial danificado é escaneado em alta definição, e cada frame é tratado separadamente. Após o trabalho de restauração, o material é devolvido ao seu formato de mídia original ou outro escolhido pelo proprietário do conteúdo.
Produção internacional A STV - Rede SescSenac de Televi são veiculará a partir de outubro sua primeira co-produção internacional, nascida da associação com a AITED Associação Internacional de Televisões Educativas. Trata-se da série “Jouons - Vamos Brincar”, que resgata as brincadeiras infantis de 13 países. A produtora responsável pela série, que conta com apoio da Unicef, é a francesa Zorn. Cada episódio mos trará dois países, entre Argélia, Bra sil, França, Grécia, Guadalupe, Itália, Kosovo, México, Marrocos, Portugal,
Espanha, Síria e Turquia. Para produzir a série, a Zorn trabalhou durante dois anos em parceria com as emissoras educativas locais para finalizar os 13 episódios. Cada país par ticipante escolheu um personagem cen tral, em torno do qual a equipe capta a rotina de um dia todo. Os 13 minutos dedicados ao Brasil foram captados na cidade de Ribei rão Grande, localizada no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. A emis sora brasileira também indicou a tri lha sonora para finalizar o trabalho
Brincadeiras em Ribeirão Grande.
- a canção “Xique-Xique”, de Tom Zé e José Miguel Wisnik, e o “Pout Pourri Parlendas”, da dupla Sandra Peres e Paulo Tatit.
Paraibano, autodidata, Jamelão se transformou em um verdadeiro Professor Pardal da ilumina ção para cinema. Dono da CineCidade, empresa que presta serviços e aluga equipamentos de luz sob medida, hoje dedica a maior parte de seu tempo a criar soluções em iluminação, depois de vários anos de trabalho como chefe de elétrica. Como tantos outros profissionais da área — que não oferece uma educação formal para seus téc nicos —, Jamelão começou por acaso.
Quando tinha 16 anos, um vizinho o indicou para trabalhar na Odil Fono Brasil, empresa de dublagens. Aí travou os primeiros contatos com o cinema e, dali, foi contratado como ajudante geral na produtora Diana Cinematográfica. A experiência não foi muito feliz, mas serviu para plan tar a semente. E foi onde conseguiu o apelido que carrega até hoje. Tudo por causa de uma trombada numa lata de tinta preta.
Depois de um ano e meio, saiu da produtora e caiu no mundo. Fiz de tudo, trabalhei com pintura, construção civil, fui vendedor de livros. Recebeu, então, um convite para trabalhar na MovieCenter,
como free-lancer. A partir daí, foi galgando posições na área de elétri ca. Em 1982 fiz meu primeiro longa-metragem como chefe de
jamelão Martha Cajado é a nova dire tora de planejamento e desen volvimento comercial da Bandei rantes. Ela será responsável também pelo relacionamento com o mercado publicitário, merchandi sing e pela central de atendimento ao telespectador. Martha acumu lou sua experiência profissional na HBO Brasil, Editora Abril, RGB Entertainment e Bunge Alimentos.
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elétrica. Foi “O Beijo da Mulher Aranha”. Ao todo, foram seis longas, mas milhares de comerciais. Me considero mais um profissional de publicidade do que de cinema, porque minha experiência maior foi nessa área.
Johnny Araújo foi o grande premiado no VMB 2003. O diretor da JX Plural foi o responsável pelo clipe do rapper carioca Mar celo D2. O vídeo levou os prêmios de Melhor Videocli pe do Ano, Melhor Videoclipe de Rap e Melhor Dire ção em Videoclipe. Johnny também dirigiu o clipe “Só Por Uma Noite”, de Charlie Brown Jr., que levou o prêmio de Melhor Videoclipe de Rock.
A Record criou a superintendên cia executiva e de produção, exercida por Honorilton Gonçal ves. Ela visa atender às necessida des de novos investimentos e admi nistração nas áreas artística e de programação, diretamente ligada à presidência da rede. A Superinten dência Artística e de Programação permanece sendo exercida por Luciano Callegari. Fotos: Gerson Gargalaka (Jamelão) e Divulgação
Hoje, porém, tem participado diretamente da produção de expressivos longas-metragens, desenvolvendo soluções de iluminação de acordo com as necessidades do filme. Abri minha empresa e comecei a fazer equipamentos alternativos, fabricando artesanalmente o que sentia falta. Como aqui não temos indústria para fabricar esses equipamentos, temos que desenvolver esse tipo de estrutura. Com isso, consigo viabilizar alguns sonhos dos fotógrafos e até os pesadelos...
O trabalho na empresa foi aumentando, e a idéia de locar esses equipa mentos foi dando certo. Vendi até algumas peças para a Alemanha. Nesta nova fase, fornece o suporte necessário para que o gaffer possa trabalhar. Com isso, já desenvolveu a estrutura de iluminação para pro gramas de TV como “Saia Justa”, “Ana Maria Braga” e “Sai de Baixo”, que precisava ser desmontada a cada semana, para o filme “Carandiru”, que usou um estúdio no qual a iluminação não podia ser fixada ao teto, e para um filme americano rodado no Brasil em que 95% das imagens eram feitas no mar, em um barco. Aos poucos, deixou o trabalho no set e passou a se dedicar mais à empre sa. Não é que não queira trabalhar em filmagem. Para trabalhar nessa área é preciso ter muita paixão e é isso o que sempre me moveu. Mas no Brasil, é muito difícil formar um bom técnico. Por que com 35, 40 anos, você está velho. Eu não tenho mais saúde para agüentar um set de filmagem no Brasil. Nos filmes estran geiros que fiz, você via gaffers e chefes de equipe de mais de 60 anos. Porque são pessoas maduras, com muita experiência. Aqui, é preciso ter mais força física do que cérebro. Cansei de ser contratado para carregar peso. Acho que hoje tenho a maturida de necessária para ser um gaffer, o que ainda não me considero porque fiz poucos longas. Mas era mais fácil as produtoras se mudarem para o porto...
Esse problema é reflexo do imediatismo e da falta de planejamento das produções brasileiras, em sua opinião. Muitos produtores não conhe cem o trabalho das pessoas que estão contratando. Podem nego ciar seu cachê, mas não questionam se a pessoa está pedindo equipamento demais. Quantas vezes vi produtoras construírem cenários muito maiores do que o necessário, sem nenhum pla nejamento. E diretores pedindo para mudar coisas em cima da hora. Esse sistema um dia vai ter de ser repensado. Porque, embora o País tenha verbas pequenas, o des perdício é muito grande.
O diretor mineiro Paulo Thiago foi empossa do presidente do Sicav (Sindicato da Indústria Cinematográfica e Audiovisual do Rio de Janei ro) para o triênio 2003-2006. Foram empossados ainda: 1º vice-presidente - Dulce Continentino; 2º vice-presidente - Mariza Leão; 1º secretário - Marco Altberg; 2º secretário - Wilson Borges; 1º tesoureiro - Herbert Richers Junior; 2º tesou reiro - Antonio Carlos Accioly.
A diretora de filmes publicitários Bia Fle cha, da Dínamo Filmes, participou do Seoul Film Festival 2003, realizado entre 20 e 27 de agosto na capital coreana. Bia partici pou do evento com o comercial “La Copiadora”, criado para comemorar os dez anos da mostra Mix Bra sil. “La Copiadora” narra uma seqüência em que diver sas pessoas utilizam uma máquina de xerox para copiar partes de seus corpos, mas o que a máquina reproduz são seus fetiches e desejos sexuais.
A Estação 8 contratou o publicitário e diretor de TV
Gustavo Godoy, que tem em seu currículo passa gens pelas emissoras Globo, Rede TV!, Band e Record, além de trabalhos para a O2 Filmes e Espiral. Ele refor çará a equipe de novos negócios, respondendo pela direção de projetos para TV. Gustavo já está produzin do dois pilotos de programas independentes, um sobre vinhos e outro sobre arquitetura e decoração.
A nova presidente eleita da Apro é Leyla Fernandes (foto), da Produtora Associados. Leyla assumiu a dire ção da associação no dia 25 de agosto. Compõem o conselho de administração, além de Leyla, Pedro Guima rães (Conspiração), Andréa Barata Ribeiro (O2 Filmes), Luiz Roberto Turquenich (TGD) e Neco Schertel (Zero Filmes). O conselho fiscal é composto por João Daniel Tikhomiroff (Jodaf), Breno Castro (Zeppelin) e Rena to Pereira (TV Zero).
O publicitário e cineasta Heitor Dhalia, que entrou para o time da Sentimental Filme recentemente, dirigiu sua primeira campanha na nova casa. Dhalia filmou a nova campanha da Esco la Panamericana de Arte. Com criação assinada pela DM9DDB, os três filmes entraram no ar em agosto.
Novidades em edição
Capture Station: sistema cabe em uma pasta.
Publicação na web A Sonic Foundry está distribuindo no Brasil o Mediasite Live 3.0, sistema para distribuição e apresentação multimídia para web. A nova versão conta com fluxo de trabalho melhorado, pode ser person alizado para uso em estações portáteis e é compatível com a plataforma Apple Macintosh. O produto está disponível com duas configurações de hardware. O Mediasite LiveRL Capture Station pode ser montado em rack e conta com entradas de áudio analógico, vídeo composto, IEEE1394 e vídeo componente HD. Já o Mediasite LiveML Capture Station é para ser usado em aplicações móveis e vem em uma pasta de alumínio de fácil transporte. www.protv.com.br
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A Pinnacle Systems lançou o Studio DV Mobile versão 8. Trata-se de uma solução de captura, edição de vídeo digital e autoria de CDs e DVDs especialmente desenvolvida para usuários de notebooks. O produto in clui cartão PCMCIA com conexão e um cabo IEEE 1394, que permite conectar a filmadora digital ao notebook, e o software para edição de vídeo Studio 8. Outra novidade nos produtos da empresa é que os softwares de edição não-linear Pinnacle Liquid e Pinnacle Edition passarão a ser compatíveis com o novo Flash MX Professional 2004, da Macromedia. Através da função XSend, os usuários da Pinnacle poderão publicar seus clipes de vídeo como arquivos Flash. O plugin XSend-to-Flash converte automaticamente os clipes de vídeo em arquivos no formato .flv, que pode ser editado no Flash MX, Flash MX 2004 ou Flash MX Professional 2004. O plugin poderá ser baixado gratuitamente do site da Pinnacle a partir de 12 de setembro. www.pinnaclesys.com
Edição e pós-produção A Leitch está distribuindo a versão 8.2 dos sistemas de edição e pós-produção dpsVelocityQ e dpsVelocity dualstream NLE. Ambos contam com nova interface que pode ser customizada e o novo EyeCon View, que mostra na tela simultaneamente o timecode de todas as layers que estão sendo usadas. Outra novidade é a possibilidade de exportar para servidores Leitch e a compatibilidade com o formato Windows Media 9, além de acesso diretamente do timeline aos plug-ins de áudio Direct Show. Os usuários registrados das versões 8.0 e 8.1 podem fazer o download da versão 8.2 no site da Leitch. www.leitch.com
EFEITOS AVANÇADOS Nova versão do Shake 3.0, da Apple, chega para brigar com softwares de efeitos de baixo custo. Já está sendo distribuída no Brasil a nova versão do software de com posição de efeitos da Apple, o Shake 3.0. O diferencial do produto em relação aos outros softwares de preços semelhantes é a possibilidade de trabalhar com vídeo em alta definição (8, 16 e 32 bits) e ainda dar saída do material em qualquer formato de vídeo digital, bastando ter o codec específico insta lado na máquina. Disponível para as plataformas MacOS X, Linux e Irix, o software tra balha de maneira não-linear. Apesar de não ter e não controlar placas de captura de vídeo, o Shake é capaz de importar qualquer for mato de imagens. Além disso, pode importar arquivos PSD do Photoshop mantendo a configuração de layers original, o que facilita a edição dos efeitos, visto que não é necessário voltar ao Photoshop para manipular as layers do arquivo. Outra novidade interessante é o comando Flipbook, um renderiza dor rápido que permite fazer a pré-visualização da imagem. A interface do produto conta com quatro quadrantes: um visualizador da imagem final; o node view, onde se cria a composição; um tool box, onde o usuário escolhe as ferramen tas; e ainda um box onde são defini dos todos os parâmetros das fer ramentas. O software não foi criado para ser usado com dois monitores, o que torna necessária a compra de um
Novo Shake permite trabalhar com vídeo de alta definição. monitor grande, como o da Apple de 27 polegadas, para um mínimo de conforto. No quadro node view, pode-se definir os efeitos para diferentes objetos da cena e ainda sobrepor efeitos. Quando os efeitos de um objeto são alterados (corrigidos, deletados etc.), o restante da composição permanece sem alter ações. Assim, é possível fazer a correção de cor de um único objeto sem mexer no resto da cena. Além disso, é possível copiar os parâ metros de efeitos de um objeto para serem aplicados em outro. Além de um corretor de cores, o soft ware conta com outros recursos para correção de cena. É possível, por exemplo, fazer a estabilização de câmera a partir de um ponto na
imagem. Também pode-se relacionar a intensidade de um efeito conforme a intensidade do áudio. Assim, um personagem pode mudar de cor con forme a freqüência da trilha sonora. Além de fazer movimentos de câmera, o Shake pode importar movimentos de softwares de animação 3D, como o Maya, por exemplo. O Shake vem acompanhado de número indeterminado de licenças para criação de um render farm. A configuração mínima do software, para plataforma MacOS, é o Pow erMac G4 de 800 MHz. O preço do software é de US$ 4,95 mil na versão MacOS X, e US$ 9,9 mil para Linux e Irix. fernandolauterjung
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setembro de 2003
Capital carioca volta a receber congresso da Sociedade de Engenharia
Quem se interessa pelo desenvolvimento do chamado “padrão brasileiro” de TV digital, e quer saber também de Televisão e Telecomunicações. a quantas anda a tecnologia de DTV no resto do mundo, tem endereço certo neste começo de setembro: o centro de convenções Riocentro, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. É lá que volta a acontecer, depois de algumas edições em São Paulo, o Congresso da Sociedade Brasileira de Engenharia namento do GET (Grupo Executivo de Televisão digital) de Televisão e Telecomunicações (SET). O evento aconte e a implementação do projeto brasileiro. Outro painel, ce entre os dias 3 e 5, das 9h às 20h. O assunto TV digital moderado por Liliana Nakonechnyj, da TV Globo, traz os é novamente o centro das atenções, mas não deve dominar a representantes dos padrões americano, europeu e japonês totalidade dos debates, que ainda contam com temas como a para falarem do andamento da implementação de seus sis convergência da radiodifusão com serviços de telecomunica temas pelo mundo. ções, Internet, cinema digital, TV por assinatura, regulamen tação, entre outros. Pesquisa Um bom exemplo desta diversidade é o talk-show A tecnologia japonesa é outro destaque do evento. Olím comandado pelo diretor de tecnologia da TV Globo, Fer pio Franco convidou e coordena uma sessão com o enge nando Bittencourt (dia 4/9, das 15h às 17h). Em um nheiro Hiroo Arata, da emissora japonesa NHK, que faz formato descontraído, ele recebe convidados de diferentes um resumo das pesquisas mais recentes da empresa nas áreas das comunicações para um debate sobre a convergên áreas de recepção de TV digital, redes de alta velocidade, cia digital. Passam pelo sofá nomes como Valdir Morgado, servidores domésticos e outras novidades. diretor do serviço de ADSL da Brasil Telecom; Eikichi Há ainda sessões que Olímpio define como “pé-no-chão”, Suzuki, da NTT DoCoMo; Fernando Terni, da Nokia; ou seja, voltadas mais diretamente à realidade atual do mer Alexandre Annenberg, diretor geral da ABTA (Associa cado, como a que aborda as soluções de baixo custo para ção Brasileira de TV por Assinatura); e Ricardo Miranda, produção audiovisual, coordenada por Sérgio Bourguignon, CEO da operadora de DTH Sky. da Vídeo Company, que fala sobre a diversidade de opções Outro painel dominado pela diversidade de visões atuais para captação e finalização de imagens; ou o painel é o coordenado por Hélio Ferreira, da sobre os bons resultados obtidos com o uso de tec Alternex. Sob o título “Tendências: TV, nologias brasileiras, moderado por Euzébio Tresse Internet e Mobilidade” (dia 5/9, das 15h (SET/MG), com participação de Armando Moraes às 17h), debatem Eikichi Suzuki, Ales (4S), Édilus Penido (Videomart), Carlos Nazareth sandro Zelesco (Nokia), Márcio Nespati (TDSA e Inatel), Wanderley Schmaltz (TV Anhan (SonyEricsson), Paulo Akihumi Yazaki guera) e Warzio Rocha (TV Record/MG). (Nec) e Sandro Fernandes de Alencar E falando em tecnologia nacional, o congres (Vivo Empresas). so marca também a apresentação ao público do Segundo o coordenador temático do projeto de criação de um núcleo brasileiro do congresso e diretor de tecnologia da SET, MPEG (grupo internacional que desenvolve, Olímpio José Franco, da Olympic Engenha entre outras coisas, padrões de compressão de ria, o congresso serve para esclarecer um vídeo e áudio). Participam o coordenador do pouco mais o mercado sobre as questões projeto, prof. Marcelo K. Zuffo, e Regis Rossi A. que envolvem a TV digital, tanto em rela Faria, ambos da USP, com coordenação de Valde ção ao padrão brasileiro quanto aos inter Fernando Bittencourt rez Donzelli, da SET e TV Cultura. nacionais. Para isso há um painel logo no recebe empresas primeiro dia, coordenado pelo presidente da de telecom para um SET, Roberto Franco, que aborda o funcio talk-show informal andrémermelstein
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N達o disponivel
Programa Congresso SET 2003
3/9 • quarta 08:30 - 10:00 10:30 - 12:30
Auditório A
Auditório B
Auditório C
Cerimônia de Abertura Roberto Franco Tutorial: Microondas Painel: Padrão Brasileiro Digitais Eduardo Bicudo de TV Digital Roberto Franco 15:00 - 17:00 Painel: Pequenos Investimentos — Painel: A TV Digital no Mundo . Mega Produções Sérgio Bourguignon Liliana Nakonechnyj 12:00 - 20:00 Exposição de Equipamentos e Serviços Tutorial: Modulação Digital . Assis Brasil Painel: Rádio Digital Ronald Barbosa
20:00 - 21:30 Coquetel de Integração dos Congressistas 4/9 • quinta
Auditório A
Auditório B
Auditório C
09:00 - 11:00 Painel: Tecnologias nos Noticiários
Painel: Novidades de Pesquisas da Guerra do Iraque Raimundo Barros da NHK Olímpio Franco 11:30 - 13:30 Painel: Mídias para Jornalismo . Tutorial: Antenas de Banda Larga José Antônio Garcia e Inteligentes Dante Conti 15:00 - 17:00 Painel: Tecnologias MAM e Tapeless Talk-Show: Pinga-fogo sobre para Emissoras Regionais Paulo Convergência Digital Fernando 12:00 - 20:00 Exposição de Equipamentos e Serviços 5/9 • sexta
Auditório A
Auditório B
Painel: Convergência sobre IP . Antônio Maia Painel: ADSL de Vídeo . Antonio João Filho Tutorial: Redes de IP Antônio Maia
Auditório C
09:00 - 11:00
Painel: Cinema Digital e HDTV . Tutorial: Redes de Dados para Tutorial: Banda C x Banda Ku . Alex Pimentel Sistemas de Jornalismo Antônio Leonel Maria Goretti Romeiro 11:30 - 13:30 Painel: Redes para Estúdios de da Luz Painel: Ambiente Regulatório Produção Juarez Argolo dos Reis Painel: Tecnologia Digital - A Ronald Barbosa 15:00 - 17:00 Painel: Tendências: TV, Internet e Indústria Brasileira Euzebio Tresse Tutorial: Codificação Multimídia Mobilidade Hélio Ferreira Painel: TV Digital para a Indústria — Padrões Abertos Valderez 12:00 - 18:00 Exposição de Equipamentos e Serviços
Equipamentos em exposição
D
Desta vez o Congresso da SET não vem acompanhado da feira Broadcast & Cable. Contará apenas com uma expo sição menor de produtos e serviços. Ainda assim, o evento traz boa parte da tecnologia mostrada na última NAB, que, apesar de pouco público, apresen tou um grande número de novos produ tos. Veja alguns destaques que estarão no Rio de Janeiro. A Sony estará no evento com sua nova linha de equipamentos com gra vação em discos ópticos. A linha conta com duas camcorders e três VTs com a tecnologia de gravação com laser azul.
16 tela viva
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Cada disco tem capacidade de armaze nar 23 Gb de informação, ou 90 minu tos, e pode ser reutilizado inúmeras vezes. O custo estimado da mídia gira em torno de US$ 30 e sua duração é calculada em mais de 30 anos. Com a gravação em discos, o acesso às toma das gravadas é não-linear. Além disso, o material pode ser transmitido para outros equipamentos a uma velocidade de até 50 vezes o tempo real. Assim, um vídeo de cinco minutos pode ser transfe rido em praticamente cinco segundos. A Thomson leva à SET os sistemas de edição não-linear para jornalismo
Newsedit e Feedclip, as câmeras digi tais com triax LDK200 e TTV1707, uma nova linha de interfaces e conver sores modulares e o encoder MPEG2/ DVB Nextream. Os destaques da empre sa são os equipamentos demonstrados na NAB, como o switcher de produção 1 M/E com DVE integrado KayakDD e o M-series, um VT digital que elimina a fita e usa tecnologia de servidores. A Floripa Tecnologia contará com boa parte de sua linha de produtos e de suas representadas. Como destaque está a nova linha de hardware que a empresa reservou para lançar no even
to. Além da MCM8000Pro, a família de mesas de controle-mestre ganhará quatro novos integrantes: MCM900, MCM900S, MCM800 e MCM800S. As mesas, conforme o modelo, contam com oito ou nove canais; insert linear em entrada separada; VU gráfico de áudio; ajuste de nível de áudio; controle remo to serial; áudio mono ou estéreo, balan ceado ou desbalanceado; conexões de áudio individuais e teclas tipo Reed retro iluminadas. A nova linha de hard ware inclui também sistemas modulares para broadcast: bastidores rack de três unidades de altura para nove cartões com fonte redundante e bastidores de uma unidade de altura para três cartões com fonte própria. Ambos indicados para distribuidores de áudio e vídeo analógico, vídeo digital, frame synchro nizer e conversores. A Floripa leva ainda o E-News, um
B C D E F
Beachtek Brasvídeo/Avsoft Cartv/Dvni Cis Group Datasinc Debetec Eurobrás Exec
Farnell Newark Floripa
sistema integrado de edição e exibição digital para jornalismo; o sistema de automação e exibição digital SpotWare; a ilha de edição não-linear RTX100, indicada para comerciais e jornalismo; solução para streaming de vídeo Opti base; gerador de caracteres Inscriber INCA, entre outros. A Phase apresentará três novas linhas de produtos que passa a repre sentar no Brasil. A primeira é de equi pamentos da Evertz Microsystems, que incluem produtos modulares digi tais com controle SNMP VistaLink, conversores, interfaces de fibra óptica para TV e telecom, distribuidores time code, SPG, closed caption, downstream keyer, comutadores multi-monitoração de sinais, multi-display de TV e produ tos para HDTV. A empresa também trará os equipamentos de microondas digitais e analógicos do Grupo Vislink
confira os participantes
I L
Ideal Antenas Inline Leitch Libec USA Libor Linear Loral Skynet Lys Electronic Mattedi Mectrônica Multisale
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N P R S
Nemal do Brasil New Skies Phase Proatec RF Telecomunicações Rohde & Schwarz Ross Video Sonoton do Brasil Sony
Star One
T
Tacnet Techkit Teclar Tekstation Thomson Broadcast Tsda Vicom Victor do Brasil Vídeo Systems Videodata Videomart 4s Informática
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tudo sobre o evento
Realização e informações SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de TV e Telecom.) Tel.: (21) 2512-8747. Fax: (21) 2294-2791 E-mail: set@set.com.br. Site: www.set.com.br Local Riocentro — Pavilhão de Congressos
Av. Salvador Allende, 6555 22780-160 — Rio de Janeiro — RJ www.rio.rj.gov/riocentro Horário Congresso: 09:00 às 17:00 Exposição de equipamentos:
12:00 às 20:00 — 3 e 4 de setembro 12:00 às 18:00 — 5 de setembro
e os uplinks de satélites e fly-away da Advent Communications. A Tacnet estará na exposição demons trando novos produtos de suas representa das. Da Snell & Wilcox serão mostrados switchers SD e HD, conversores de normas e de HD, frame syncronizers e transcodifi cadores, restauradores de imagem e linha modular de distribuidores, sistemas de fibra. A Tacnet também mostrará uma ante na de UHF em banda larga da Dielectric e teleprompters de tela plana da QTV.
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fernandolauterjung
N達o disponivel
N達o disponivel
Resistência em Mesmo com a invasão dos equipamentos de baixo custo, fabricantes continuam investindo em camcorders SD hi-end.
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Elas são versáteis, podem ser usadas tanto em estúdio quanto em externas, e nos últimos anos tornaram-se mais leves, ergonômicas e com melhor qualidade de imagem, principalmente a partir da digitalização. Hoje há uma infinidade de modelos de camcorders disponíveis no mercado, e quase todas podem ser encontradas no Brasil. Em termos de evolução tecnológica, pode-se dizer que os mecanismos de captação de imagem chegaram a um ponto estável da curva, com melho rias apenas pontuais sendo apresentadas ano a ano pelos fabricantes. A tecnologia de CCD está bastante consolidada, com pequenas variações em cada fabricante. Para o futuro, a principal mudan ça deve ser no processamento de imagem. As novas câmeras de estúdio já trabalharão com processa mento de 14 bits, o que garante uma melhor quali dade de imagem. A tecnologia deve ser incorporada em breve pelas camcorders, que trabalham em 12 bits, explica Jaime Fernando Ferreira, gerente de desenvolvimento de negócios da Grass Valey.
20 capa
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Permanência Hoje, o futuro das camcorders está para ser definido em duas frentes. A primeira diz respeito aos métodos de registro de imagens. Na última NAB ficou claro que os próximos anos
verão uma disputa entre as tradicionais Sony DSR-390 fitas, em seus diferentes formatos, os discos ópticos, com gravação a laser, e os cartões de memória de estado sólido, tecnologia ainda “crua”, mas muito promissora. Em outra frente de batalha estão os equipamen tos semiprofissionais, ou equipamentos “prosumer” (fusão de professional e consumer), no jargão da indústria. Explica-se: com a proliferação dos equi pamentos digitais e o conseqüente barateamento do formato DV, muitas produtoras e até emissoras de TV vêm investindo neste tipo de equipamento, que, se por um lado não apresenta uma qualidade equipa rável à do equipamento broadcast, por outro tem um custo muito inferior, da ordem de dezenas de vezes. Na opinião de Sundeep Jinsi, diretor geral da Thomson Grass Valley no Brasil, a revolução tecnológica será a gravação em cartões de estado sólido, tecnologia demonstrada pela Panasonic na última NAB em estágio de desen HL-DV 7AW, volvimento. Jaime Ferreira reforça da Ikegami esta posição, afirmando que a gran de vantagem é na hora da edição não-linear, pois o cartão é plugado diretamente no computador e o material fica disponível instanta neamente, o que acaba poupando tempo na edição.
m standard definiandrémermelstein | fernandolauterjung
Já o diretor do Broadcast Profes sional Group da Sony do Brasil, Luiz Padilha, diz que a fabricante japone sa não está apostando na tecnologia de gravação em cartões de estado sóli do, pelo menos não por enquanto. “A tecnologia de gravação em memory cards é interessante, mas ainda não é viável. Não sei quando será”, expli ca Padilha. Segundo o executivo, a Sony continua apostando na grava ção baseada em discos ópticos, usan do laser azul. “Estamos entregando ainda este ano para vários clientes de todo o mundo que compraram
GY-DV5000U, da JVC
equipamentos da linha”, diz Padilha, citando a Rede Record como uma das compradoras de produtos da nova linha. Em relação à adoção do padrão DV por produtoras e emissoras, Sun deep diz acreditar que as grandes empresas não adotarão este caminho. “Para se destacar, uma cabeça-de-rede não pode baixar a qualidade. Pelo contrário, cada vez mais as grandes estarão migrando para o HD”, diz. Ele entende que produtoras menores vão para o prosumer impelidas pelo baixo custo, mas lembra que, com a digitalização da TV, as diferenças de qualidade ficarão mais acentuadas. “Hoje a Sky, que sempre teve sinal digital, faz transmissões em 16:9. Quem for produzir para estes canais vai procurar alguém que ofereça uma qualidade compatível. Vai haver uma separação, e quem tiver a melhor tec nologia vai ser escolhido”, completa. Jaime Ferreira lembra que quem faz externas já trabalha com tabelas que
são fixadas em função do tipo de equi pamento usado. Quanto às câmeras HD de baixo custo, Padilha, da Sony, diz não ver aplicações para estes equipamentos. Para ele, não é vantajoso trocar as câmeras DVCam usadas no jornalis mo das emissoras, visto que a trans missão ainda não é em HD. Além disso, lembra Padilha, essas câmeras são baratas, mas, para que o resulta do seja em alta definição, todo o pro
LDK 140 IT, da Thomson
cesso de edição e finalização precisa ser feito em equipamentos prepara dos para conteúdo HD, mais caros. Para ele, as possíveis aplicações para equipamentos HD estariam na tele dramaturgia. “Se for para produzir em HD, que seja bem feito”, diz.
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compare os modelos disponíveis no mercado Fabricante Sony
Modelo
Aspectos 16:9 / 4:3.
Power HAD EX . 900 linhas.
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512 k.
DXC-D50WSL.
16:9 / 4:3. . 16:9 / 4:3.
DSR-PD150 .
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. n.i..
DSR390L. . Thomson LDK 140 IT LDK 110 ITW
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Processamento
Sensib. (1)
S/N (2)
0,13 lux.
F11.
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2/3’’ IT 1 Mpixel.
850 linhas.
12 bits.
F11.
65 dB.
0,5 lux.
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1/3’’ 380 k.
530 linhas.
n.i..
n.i..
n.i..
2 lux.
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800 linhas.
n.i..
F13 .
65 dB.
0,4 lux.
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1.038 linhas
12 bits
F11
63 dB
0,5 lux
1.038 linhas
12 bits
F11
63 dB
0,5 lux
12 bits
F9
63 dB
1 lux
1/2’’ 410 k. .
16:9 / 4:3 16:9 / 4:3
2/3’’
4:3
2/3’’
4:3
2/3”
65 dB
Iluminação mín.
12 bits.
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LDK 120
4:3 / 16:9 (letter
2/3”
1.000 linhas
LDK 150
box)
1/3” IT
n.i.
12 bits
F9
63 dB
1 lux
GY-DV300U
4:3 / 16:9 (letter
1/2’’ IT
700 linhas
12 bits - ADC, 24 bits - DSP
F11
62 dB
2,65 lux c/ F1.6
GY-DV5000U
box)
1/2’’ IT
800 linhas
12 bits - ADC, 24 bits - DSP
F13
63 dB
0,2 lux c/ F1.4
2/3’’ IT
750 linhas
10 bits- ADC,14 bits - DSP
F11
62 dB
0,75 lux c/ F1.4
2/3” IT 410 k
800 linhas
10 bits- ADC,14 bits - DSP
F11
62 dB
0,75 lux c/ F1.4
2/3” Adv. IT
850 TVL @ 4:3
F11
64 dB
0,12 lux
520 k
DSP, quantização 10 bits
800 TVL @ 4:3
DSP, quantização 10 bits
F11
64 dB
0,12 lux
2/3” IT 520 k
700 TVL @ 4:3
DSP, quantização 10 bits
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0,12 lux
750 TVL @ 4:3
DSP, quantização 10 bits
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62 dB
0,12 lux
GY-DV550U Studio/ ENG
GY-DV700WU
HL-DV 5
Ikegami HL-DV 7AW HL-V 75 W
Resol.Horizontal
PDW-530.
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JVC
CCD
DNS-201WE / DV
4:3 / 16:9 (letter box) 16:9 / 4:3 4:3 4:3 / 16:9 4:3 / 16:9 4:3 / 16:9
2/3” IT 520 k
Foram analisadas camcorders SD de 3CCDs; (1) a 2000 lux; (2) NTSC; (3) Fuji A20x8BRM; (4) Canon YJ19x9BKRS; (5) preço com lente; (6) preço sem lente.
Viewfinder
Interface digital
Formato
Controles manuais
Lentes
Preço
IEEE1394, opc. Ethernet . BVF Se.
2/3”.
Shutter speed, níveis .
DVCam e MPEG-IMX*.
n.i..
e Wireless Ethernet.
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de áudio, white balance, .
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DVCam com DSR-1 .
n.i..
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íris, zoom, foco
Digital componente.
DXF-801 - 4:3 / 16:9 .
2/3”.
EZ Focus, EZ Mode, .
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switchable - 600 linhas.
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auto-tracing white balance, . ou Betacam SP com PVV-3.
IEEE1394. . IEEE1394. . n.i.
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shutter speed
P&B 500 linhas. . DXF-801 - 4:3 / 16:9 . switchable - 600 linhas.
n.i.
opcional de 1,5”
n.i.
opcional de 1,5”
Fixas c/ zoom de 12X . . 1/2’’. . n.i.
Shutter speed, níveis .
DVCam e DV.
n.i..
de áudio, white balance, .
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DVCam (rec), DVCam .
n.i..
íris, zoom e foco EZ Focus, EZ Mode, .
auto-tracing white balance, . e DV (play).
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shutter speed n.i.
DVCPro / DVCPro50
a partir de US$ 20.000 (FOB)
Intercambiáveis
n.i.
DVCPro
a partir de US$ 16.000 (FOB)
n.i.
DVCPro
n.i.
n.i.
n.i.
opcional
Intercambiáveis
IEEE1394
opcional
Lente fixa
DVCPro / DVCPro50
a partir de US$ 26.000 (FOB)
IEEE1394
Color LCD VF + LCD display
1/2 bayonet
Íris, foco, zoom
MiniDV
US$ 3.550
IEEE1394
1,5” P&B + LCD display
1/2 bayonet
Íris, foco, zoom
MiniDV / DV
US$ 4.260
1,5” P&B / 4” P&B
2/3 bayonet
Íris, foco, zoom
MiniDV
US$ 6.430
DV, 6 pinos
1,5” P&B
Fuji(3) ou Canon(4)
Íris, foco, zoom
MiniDV
US$ 9.460
DV, 6 pinos
1,5”, opcional 5”
Fuji(3) ou Canon(4)
n.i.
DVCam
US$ 19.550(5) | US$ 15.600(6)
n.i.
1,5”, opcional 5”
n.i.
n.i.
DVCam
US$ 20.950(5) | US$ 17.000(6)
Field pack, 40 Gb
1,5”, 600TVL, opcional 2” e 5”
n.i.
n.i.
DVCPRO 50 / 25
US$ 35.000
n.i.
DVCPRO 50 / 25 HD removível
US$ 39.200
IEEE1394
1,5”, 600TVL, opcional 2” e 5”
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* Gravação em discos ópticos, pode gravar com varredura progressiva e, com cartão opcional, em 24 qps. OBS: A Panasonic não forneceu dados sobre suas camcorders.
m aking of A CIDADE DA MARCHA Para lançar seu primeiro modelo de carro bi-combustível (movido a álcool e/ou gasolina), a General Motors enco mendou uma campanha para toda a América Latina. O novo Corsa FlexPower será vendido na Argentina, Chile, Equador e Colômbia, além do Brasil. Tanto a criação quanto a produção são brasileiras, e a ação começou em maio, quan do foi realizado um workshop virtual com 40 pessoas, no
A RÉ
qual foram propostas idéias e conceitos criativos. A criação de campanhas envolvendo criativos de várias partes do mundo é uma tradição na McCann, que costuma reunir diversos profissionais para chegar a um conceito mais abrangente. A campanha aprovada foi criada no Brasil e, na televisão, se baseia em um filme de 60 segundos, além das peças impressas, rádio e mídias exteriores.
Sensação surreal O filme mostra uma cidade com algo de sur real. Enquanto todos os carros andam para trás, o Corsa é o único que anda para a frente. Assim que conheceu o roteiro, o diretor Breno Silveira pensou que não haveria maiores problemas em resolver o filme. Aparentemente, tudo poderia ser resolvido mos trando-se as imagens de trás para frente. Mas isso certamente não causaria a estranheza necessá ria. Se tudo andasse para trás, o produto é que seria estra nho... Diante disso — e apesar da vocação da produtora Conspiração Filmes para os efeitos especiais —, Breno decidiu filmar ao vivo, com os carros da concorrência andando realmente em marcha a ré.
Batidas inevitáveis
Antes de as filmagens começarem, os manobristas treinaram bastante. A idéia era conseguir o máximo de realismo. Mas nem sempre as coisas foram tão tranquilas. “Conseguimos o resultado que eu queria, que era o contraste entre os carros andando de ré e todo o resto das coisas funcionando normalmente, pessoas, bicicletas, todos andando para a frente. Se invertêssemos o filme depois, todos os elementos seriam invertidos, a água da mangueira, por exemplo. Só assim cria mos a estranheza necessária”, diz Breno. Mas alguns carros não passaram incólumes. Com tan tos carros andando ao mesmo tempo de marcha a ré, um ou outro motorista acabou se distraindo e umas batidinhas foram inevitáveis.
24 tela viva
setembro de 2003 outubro 2003 maio dede 2004
lizandradealmeida lizandra@telaviva.com.br
A p a r ê n c i a iAs filmagens n t eacontece r n a c i o n a l
ram todas no Rio de Janeiro e as cenas com maior concentração de carros foram filmadas no Aterro do Flamen go e em outras ruas do centro da cidade. As locações, porém, não identificavam exa tamente os lugares e nem a própria cidade. Para garantir essa atmosfera internacional ao filme, já que a veiculação acontece em vários países, a fotografia foi funda mental. “Não queria uma fotografia tropical, que deixasse claro que estávamos no Rio de Janeiro. Precisava de um ar mais internacional, como se aquela fosse qualquer grande cidade do mundo. Usamos tons mais frios e pouco contraste”, expli ca Breno. A seleção do casting também buscou atores que não fossem muito marcantes, e nem muito brasileiros.
ichaMcCann-Erickson técnica fAgência Publicidade •Cliente General Motors / Chevrolet •Produto Corsa FlexPower •Direção de Criação Marcelo Lucato •Criação Eduardo Hernandez e Fernando Reis •Produtora Conspiração Filmes •Direção Breno Silveira •Fotografia Breno Silveira e Eduardo Miranda •Som Dr.DD
mercado
Capitalistas na produção
C
Caminhando na contramão do clima de recessão da mídia nacional, a GW está investindo na expansão de seus negócios, mudando sua estrutura e lançando produtos. A produtora, especializada em programas televisivos e comunicação corporativa, vem passando por mudanças em ritmo acelerado e em várias frentes simultaneamente. A empresa está implantando um novo ERP, software de gestão integral. Além disso, foram contratadas consultorias para avaliar a estrutu ra e a organização da empresa e para mudar o sistema de gestão de custos e orçamentos. O departamento de vendas foi reforçado com a contratação de mais três profissionais. E a unidade de Curitiba ganhou um novo executivo. A produtora tem ainda unidades em São Paulo, Brasília e Recife. A empresa foi transformada em S.A., ainda com capital fechado, e seus sócios passaram a compor um conselho de administração. O objetivo é abrir o capital da empresa num prazo de cinco anos. A GW São Paulo, assim como as unidades de Bra
Os sócios Wianey Pinheiro, Luiz González e Woile Guimarães.
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GW investe em pessoal, tecnologia e gestão e busca, em médio prazo, abrir o capital.
sília e Recife, estão agora divididas em três unidades: comunicação institucional para governo, associações e ONGs; comunicação corporativa; e programas e produ tos televisivos. No mercado de comunicação corporati va (TVs corporativas, e-learning, vídeos de treinamen to, DVDs, CD ROMs), a produtora está desenvolvendo um projeto de TV corporativa para um banco e outro para as empresas brasileiras que adotam o Balanced Scorecard - modelo de gestão empresarial adotado pelas instituições privadas americanas. Ainda na área institucional, a GW entregou no início de agosto para a Petrobrás o novo vídeo insti tucional da Repar - Refinaria Presidente Getúlio Var gas. Captado em Beta Digital e com duração de nove minutos, o vídeo mostra o salto tecnológico dado pela refinaria nos últimos anos e as ações de responsabilida de social que envolvem a comunidade em projetos de geração de renda. O vídeo é exibido aos visitantes da refinaria, que fica em Araucária/PR. Produção independente Na área de produção para TV, a GW pretende ampliar e internacionalizar a sua produção de programas e docu mentários. A produtora é responsável pelos programas “Auto Esporte” e “Bela Idéia” (Rede Globo), “Marcia Peltier Pesquisa” (extinta Rede Manchete), “Olimpíada Atlanta 96” (Sportv/Globosat), as séries “O Século das Mulheres no Brasil” (com dez documentários) e “Pai nel da Arte Contemporânea” (cinco documentários), ambos para a TV Cultura. Segundo o diretor-presidente
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Fotos: Satoro Takaesu/Divulgação
N達o disponivel
da GW São Paulo, Danilo Palasio, a pro dutora está negociando duas produções com o mercado internacional: com um canal a cabo dos Estados Unidos e tam bém com um canal europeu. A GW está produzindo ainda o docu mentário “Bioconexão - A Vida em Frag mentos”, que estará pronto para ser exi bido no fim do ano. O documentário, que está sendo rodado em quatro estados brasileiros, ganhou o 1º Concurso TV Cul tura/Natura de Biodiversidade, vencendo outras 183 produtoras de todo o Brasil. Mercosul Uma das ações da GW foi contratar para a filial de Curitiba o executivo Dino Camargo, ex-Master Comunicação e DM9DDB. Camargo responde pelos negócios da produtora nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Argentina, Uruguai e Chile, e tem como missão expandir os negócios da produtora para todo o Mercosul.
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Além de atuar em produção de TV e institucionais nos esta dos do Sul e países vizinhos, a unidade de Curitiba ganhou um perfil um pouco diferenciado daquele seguido nas outras uni dades. A principal área de atua ção da filial curitibana será a publicidade. “A característica do mercado curitibano é diferente”, diz Camargo. “A cidade tende a Danilo Palasio: “Sempre apostamos nos momentos tornar-se um pólo de produção de crise”. publicitária”, completa. Para o executivo, a facilidade de locomoção na eletrônica. cidade permite que sejam gravadas até Além do mercado publicitário, Camargo três cenas diferentes em um mesmo dia, conta que a produtora tem dois projetos de incluindo externas e de estúdio. Com produção para TVs locais. Com essas mudanças, a produtora essa competitividade, a produtora vem espera conseguir internacionalizar sua garantindo trabalhos vindos da Região área de atuação e atrair investimentos Sul e ainda de Minas Gerais e do Nor quando abrir seu capital. Quanto ao atual deste. momento do mercado, Danilo Palasio expli Apesar de já contar com alguma infraca: “Historicamente, sempre apostamos nos estrutura, a cidade não tem todo o parque momentos de crise”. de equipamentos existente em São Paulo. Para isso, a GW investiu na compra de fernandolauterjung um Smoke, um steadicam e uma grua
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Comunicação nas alturas
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Durante dois dias em agosto, os principais executivos das empresas operadoras e prestadores de serviços via satélite reuniram-se em São Paulo para conhecer casos reais de apli cações da tecnologia em diferentes áreas e, principalmente, debater o presente e o futuro de uma frota que hoje apresen ta um grau de ociosidade acima do desejado. O evento foi aberto com uma apresentação de Paulo Ricardo Balduíno, diretor da consultoria Spectrum, que realizou um estudo sobre o setor para a Anatel. Uma das conclusões importantes é que alguns usos tradicionais do satélite já não representam um negócio tão importante para o crescimento potencial do setor. A simples venda de capacida de espacial virou quase uma “commodity”, com uma oferta maior que a demanda e que ainda tem que competir com outros meios físicos de transmissão de informações, como as fibras ópticas. Por outro lado, mais da metade do potencial do segmento de satélite está ligada hoje ao mercado de DTH (TV por assinatura direct-to-home). Para a Spectrum, os principais mercados emergentes para a tecnologia satelital são hoje Índia, China, Rússia e África do Sul. As soluções para a reversão deste cenário negativo traçado pela Spectrum para a América Latina pas sam pela consolidação vertical dos provedores (ou seja, as operadoras prestando mais serviços além da pura oferta de capacidade) e redução dos custos de seguro (o que depende do aumento dos índices de confiabilidade). O excesso de capacidade disponível ficou claro na apre sentação de Antonio Carlos Valente, vice-presidente da Ana tel. Segundo ele, as regras atuais permitiram que 31 satélites tenham total cobertura do Brasil e outros sete tenham cober tura parcial, num total de 38 satélites, dos quais cinco são nacionais; além disso, estão sendo fabricados nove satélites adicionais com cobertura total ou parcial sobre o País, três dos quais são nacionais, com lançamentos previstos para até o final de 2005 (veja tabela). Ainda assim, Valente ressalta que “apesar do sucesso dos programas de universalização, com a capilarização das redes terrestres fixas e a penetração do serviço celular, a infra-estrutura por satélite segue sendo muito importante para o Brasil, justificada por nossas condições geográficas
Seminário em São Paulo debateu os rumos dos serviços via satélite.
e populacional, as características únicas do satélite para atendimento de áreas remotas, suas aplicações para servi ços de radiodifusão e as possibilidades junto a programas voltados para a inclusão social e digital”.
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Cases Após este “banho de realidade”, o que se viu no seminá rio foi uma sucessão de casos de sucesso no uso do saté lite em diversas aplicações, de produção audiovisual a educação à distância e telemedicina. A maior parte satélites autorizados para o Brasil
Obs.: Nem todos estão em funcionamento. Operadora
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Astrolink
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1
1
1
Embratel
5
0
0
0
0
Eutelsat
0
0
1
3
4
Hispamar Satélites
1
1
1
1
1
Hispasat
0
1
1
1
2
(1)
Inmarsat Limited
0
2
2
2
2
Intelsat LCC
10
10
11
12
7
Loral
1
2
2
2
2
Nahuelsat/Embratel
1
1
1
1
1
New Skies
2
2
2
3
3
PanAmSat
6
6
7
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8
Satmex
3
3
2
2
2
SES Americon
0
1
1
1
1
Star One/Telesat Canadá
1
2
1
1 1
Star One(2)
0
5
5
5
6
30
36
Total
38 42 41
(1) Empresa criada para operar o satélite híbrido . da Hispamar e Telamazon (2) Empresa criada pela Embratel para operar seus satélites Fonte: Anatel Foto: Arquivo
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delas ressaltou as características que fazem da tecnologia satelital um meio único para a distribuição de determina dos conteúdos. Alex Pimentel, da TeleImage, por exemplo, falou sobre o uso da tecnologia para serviços como a pós-produção à dis tância. Este serviço, oferecido pela empre sa do grupo Casablanca, permitiu por exemplo que a equipe do longa “Deus é Brasileiro”, de Cacá Diegues, assistisse na própria locação, no Estado de Tocantins, ao material filmado nos dias anteriores. Os negativos eram enviados a São Paulo, revelados e telecinados. O conteúdo era então transmitido via satélite em uma hora pré-determinada para que a equipe pudesse assisti-lo no set. “Como usamos a banda C, muitas vezes podíamos montar o equipamento na casa de alguém da cidade que tivesse uma parabólica comum instala da, ou seja, um processo muito simples”, explicou Pimentel. Outra aplicação mencionada por ele e também por Fábio Lima, da Rain Net works, na apresentação seguinte, foi o
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cinema digital, para o qual ram curso de especialização. o satélite tem a vocação per Assim, o satélite pareceu ser feita, pois necessita-se distri a melhor opção para atingir buir o sinal simultaneamen simultaneamente hospitais te a salas geograficamente e centros médicos em todos dispersas, muitas vezes os estados e melhorar os localizadas em cidades ou procedimentos deste con bairros onde não há outros tingente. A solução tecnoló meios de comunicação em gica desenvolvida foi a da banda larga. transmissão de vídeo sobre A apresentação sobre IP, tanto em programas ao telemedicina também cha vivo quanto em arquivos mou a atenção do púbico, Pimentel, da Tele que podem ser assistidos formado principalmente Image: tecnologia sob demanda (mas ele obser por prestadores de serviços, permitiu que equipe va que as transmissões ao radiodifusores e usuários de acompanhasse a pósvivo têm muito mais apelo satélites em geral. junto ao público). As aulas produção do filme à O dr. Frederico Perego distância e debates são transmitidos Costa, diretor de teleme pelo sistema com um baixo dicina do Hospital Sírio custo na ponta do receptor, Libanês, de São Paulo, e da Sociedade que precisa apenas de um equipamento Brasileira de Cancerologia, mostrou o de recepção e um computador. O retor projeto Rede Brasileira de Combate ao no, ou seja, perguntas e comentários da Câncer, já em pleno funcionamento em platéia, que se reúne em auditórios para dezenas de hospitais em todo o País. assistir às reuniões, é feito por telefone Segundo ele, o Brasil tem cerca celular. de 238 mil médicos, dos quais 62% atuam nas capitais e apenas 37% fize andrémermelstein
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N達o disponivel
SETEMBRO 9 — Seminário “Telecomunicações: Competição e Políticas”. Paulista Plaza Hotel, São Paulo, SP. . Fone: (11) 3120-2351. E-mail: info@convergeeventos.com.br. Internet: www.convergeeventos.com.br. 11 a 16 — IBC 2003 - International Broadcasting Convention. Amsterdam RAI, Amsterdã, Holanda. Fone: (44-20) 7611-7500. Fax: (44-20) 7611-7530. E-mail: show@ibc.org. . Internet: www.ibc.org. 11 a 18 — XXX Jornada Internacional de Cinema da Bahia. Salvador - BA. Fones: (71) 336-1292 / 336-1680. E-mail: jornada@ufba.br. Internet: jornadabahia. cjb.net. 15 a 17/10 — Curso: Oficina Avan çada de Roteiro. Escuela Internacional de Cine y TV, Cuba. . Fones: (22) 2629-1493 / 9217-1620. . E-mail: alfrec@uol.com.br / patriciamartin@uol.com.br.
18 a 21 — V Mostra Taguatinga O Cinema 16mm. Taguatinga - DF. Fone/ fax: (61) 351-9629 / . 933-3754 E-mail: mostra@mostrataguatinga.com.br. 22 a 19/10 — XIV Videobrasil - Fes tival Internacional de Arte Eletrônica. São Paulo - SP. . Fones: (11) 3645-0516 / 3645-0194. . Fax: (11) 3645-4802. . E-mail: info@videobrasil.org.br. . Internet: www.videobrasil.org.br.
25 a 09/10 — Festival do Rio 2003 / rioscreenings & seminars. Rio de Janeiro - RJ. Fone/fax: (21) 2295-1060. E-mail: seminario@festivaldorio.com.br. Internet: www.festivaldorio.com.br.
OUTUBRO 02 a 04 — XVII Mostra de Vídeo Brasileiro de Santo André - SP. Fone: (11) 4433-0728. E-mail: egoncalves@santoandre.sp.gov.br. Internet: www.santoandre.sp.gov.br.
25 a 28 — I Festival Internacional de Comédias Engraçadas. Osasco - SP. Fone/fax: (41) 336-1539. . E-mail: comedyfest@comedyfest.com.br. Internet: www.comedyfest.com.br.
7 a 9 — ABTA 2003. Expo Center Norte. São Paulo, SP. . Fone: (11) 3120-2351. E-mail: info@convergeeventos.com.br. . Internet: www.abta2003.com.br.
25 a 04/10 — V Festival Internacional de Curtas Metragens de Belo Horizonte - MG. . Fones: (31) 3237-7235/ 3237-7296. . Fax: (31) 3237-7215. . E-mail: festivaldecurtasbh@mg.gov.br. Internet: www.festivaldecurtasbh.com.br..
17 a 30— XXVII Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema em São Paulo - SP. . Fones: (11) 3141-2548/ 3141-1068. . Fax: (11) 3266-7066. . E-mail: info@mostra.org. . Internet: www.mostra.org.
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