Revista Tela Viva 169 - Março 2007

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( making of )

Lizandra de Almeida

l i z a n d r a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Arsenal anti-monstros

S

fotos: divulgação

e a maioria dos cinemas bombardeia o espectador com baldes de pipoca, refrigerante e blockbusters americanos, no Reserva Cultural, sala de arte localizada na Avenida Paulista, em São Paulo, os filmes são diferenciados e a bombonnière serve croissants, tortinhas de morango e outras especialidades com sotaque francês. Baseada nessa idéia, a agência Éisso! criou este filme, para veiculação na TV por assinatura e no próprio cinema. O slogan “Fuja de monstros e robôs, venha para o Reserva Cultural” já diz tudo. Aproveitando o ar cosmopolita do edifício Gazeta, onde fica o cinema, a agência propôs uma batalha de pipocas, tendo como vilão o astro hollywoodiano King Kong. De um lado, o gorila gigante e outros monstros atacam o prédio, que se defende com tortinhas de morango e croissants. Para produzir o filme, foram usadas diversas técnicas de animação, misturando elementos ao vivo, recortes, imagens criadas em 3D e animação 2D. O cenário e os monstros que atiram pipocas foram construídos a partir de recortes e colagens de vários elementos — o principal deles, no caso, a própria máquina de fazer pipoca. “Usamos várias fotos de brinquedos como referência, para criar os braços e pernas dos monstros, inclusive brinquedos antigos, que dessem essa cara meio retrô”, explica um dos diretores, Celso Soldi. “Os prédios do cenário eram blocos infantis empilhados, que trabalhamos por cima.” O gorila gigante foi feito em animação tradicional, 2D, com um traço bem solto e interpolação de imagens. Em certo momento, pessoas saem correndo dos monstros. Essas ima-

Em animação com visual retrô, o cinema hollywoodiano é contra-atacado por croissants e tortinhas.

gens foram criadas a partir de fotos, que serviram de referência para que os artistas gráficos desenhassem por cima e criassem a animação. A direção de arte do filme aproveitou esse ar hollywoodiano antigo e deu um tratamento em tons de sépia às imagens. “Foi bom poder fazer esse trabalho mais experimental”, afirma o outro diretor, Cleiton Cafeu.

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fichatécnica Cliente Reserva Cultural Produto Sala de Cinema Agência Éisso! Comunicação Dir. de Criação Daniel Zago Dir. de Arte Henrique Favery Produtora Cafeu Filmes Direção Cleiton Cafeu e Celso Soldi Trilha Baticum Pós-produção Cafeu Filmes


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