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Qual a diferença entre insulino resistência e sensibilidade? A sensibilidade é a situação normal do corpo, quando a insulina produzida é suficiente para a absorção da glicose. Já a resistência é um problema que ocorre quando o corpo precisa fabricá-la em excesso
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Possíveis causas de aumento na resistência insulínica: Existe uma herança genética para desenvolver este problema. O excesso de peso e o sedentarismo podem contribuir com a elevação dessa condição. Chamamos de síndrome metabólica quando encontramos o quadro associado ao aumento da medida da cintura, hipertensão arterial, alteração do colesterol e triglicérides com um maior chance dese tornar diabético. O portador de resistência à insulina pode diminuir o risco de diabetes e doenças cardiovasculares, se aplicar algumas mudanças em seu estilo de vida, aumentando a absorção do hormônio. Essas modificações, como perda de peso e pratica regular de atividade física, podem contribuir para reverter o processo. Dicas para reduzir a resistência insulínica e o risco de ter diabetes: Iniciar um plano alimentar com diminuição de gorduras; Consumir frutas e verduras além de vegetais e grãos; Introduzir peixe no plano alimentar; Reduzir o peso tentando buscar IMC abaixo de 25; Ficar de olho na pressão arterial e açúcar no sangue, fazendo medições de forma periódica; Evitar o tabagismo; Realizar atividade física por pelo menos 30 minutos de intensidade moderada, como caminhadas, de 5 a 7 vezes na semana.
Dra. Denise Reis Franco Diretora da ADJ Diabetes Brasil, mestre em endocrinologia clínica pela UNIFESP
“Existe uma herança genética para desenvolver resistência insulínica. O excesso de peso e o sedentarismo podem contribuir para o aumento dessa condição”
Fotos: Divulgação
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insulina, um hormônio sintetizado pelo pâncreas, é responsável por facilitar a utilização da glicose, uma das principais fontes de energia de nosso corpo. Quando o açúcar é retirado dos alimentos na digestão e absorvido pelo intestino, o orgão produtor já libera a insulina, que auxília a entrada do nutriente nas células, onde será utilizado. Ao falarmos em resistência à insulina, estamos considerando uma condição em que o corpo a produz na quantidade dentro do padrão, mas não consegue utilizá-la de maneira adequada. Isso ocorre porque os músculos, gordura e fígado não respondem de forma correta à ação do hormônio, não absorvendo bem o açúcar. O resultado é o corpo precisar dobrar a produção, a fim de conseguir auxiliar o transporte da glicose para dentro das células. Resumindo de maneira simples: se uma pessoa necessita 20 unidades de hormônio para reduzir a glicemia do sangue em 50 mg, ela é mais resistente que outra que precise de apenas 10 unidades com o mesma finalidade. Quem tem resistência pode ter um risco maior em desenvolver diabetes e suas complicações, além de doenças cardiovasculares. Já a sensibilidade à insulina representa as necessidades normais ou baixo da média deste hormônio. Ou seja, quem não é resistente, tem boa sensibilidade e produz a substância na quantidade considerada comum.