Revista Swiss Park - Ed. 14

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ANO IV - Nº 14 - JANEIRO | FEVEREIRO 2009

Recomeço: famílias recompostas Entrega do St.Moritz e do Zermatt

SÃO BER NA R DO DO CA M PO SÃO CA R LOS - CA M PI NAS

IMPRESSO FECHADO - Pode ser aberto pela ECT.

Proposta de redução para o IPTU


Expediente Revista Swiss Park é uma publicação da AGV Campinas Empreendimentos Ltda. Diretor responsável: Ricardo Anversa Design Gráfico: Charles de Souza Leite Lucas Andrade Editorial: Newslink Comunicação. Jornalista Responsável: Raquel Mattos - Mtb 26.865 Textos: Élcio Ramos, Raquel Mattos, Carolina Pimentel, Janaína Nascimento, Lívia Mota e Lana Torres. Fotos: Celso de Menezes. Fotos das págs. 14 e 15: cedidas do acervo pessoal de Ailton Ferreira. Foto da pág. 23: Adriano Rosa. Fotos das págs. 27, 28 e 29: cedidas pela arquiteta Luciana Lopez Martini. Fotos das págs. 44 (canto inferior) e 45: cedidas pelo Núcleo de Cinema de Animação de Campinas.

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ENTREGAS St. Moritz e Zermatt: entregues!

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NATUREZA VIVA Aula no Parque Botânico

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TURISMO Neve para todos os gostos

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TURISMO Com seus próprios olhos

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ESPORTE Made in Brazil

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IMPOSTO IPTU: proposta de redução na alíquota

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ACONTECEU Forte Raio atinge o relógio do Swiss Park

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ARQUITETURA Olha a chuva...

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SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade começa em casa

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COMPORTAMENTO É apenas um recomeço

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ENTREVISTA De cabelos brancos

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AÇÃO SOCIAL Eles animam, eles transformam

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ANDAMENTO DAS OBRAS Andamento das obras

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GASTRONOMIA Sucos invadem a estação

Impressão: Gráfica Ideal. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia da editora.

02 Leia a revista Swiss Park no www.revistaswisspark.com.br Fale com a gente: editorial@revistaswisspark.com.br Anúncios: comercial@revistaswisspark.com.br


EDITORIAL

Participe. Colabore mesmo! Queremos sua opinião

C

omeçamos bem o ano de 2010! Despretensiosamente, pedimos a participação de nossos leitores na matéria que, na época, pensamos em elaborar sobre relacionamento familiar, especialmente entre as famílias que abrigam fi lhos de outros casamentos. Pensamos em abordar como a convivência entre essas pessoas pode ser saudável e harmônica. Para nossa surpresa, recebemos muitos emails resposta. Alguns eram de pessoas que puderam dar seu depoimento sobre o tema que questionamos. Histórias reais, de pessoas que buscam o melhor para manter a família em primeiro lugar. Outros vários emails eram de moradores e futuros moradores que elogiavam a Revista Swiss Park no que diz respeito às pautas jornalísticas. Muita gente também sugeriu temas que, certamente, vamos discutir em nossas reuniões para que se transformem em textos interessantes que possam ser acompanhados por toda a “comunidade” Swiss Park. O que vale ressaltar é que a participação de todos na Revista tem sido cada vez maior e mais constante. E isso nos aponta que estamos cumprindo nosso objetivo com competência. Queremos reafi rmar a

necessidade que temos de ter a colaboração dos nossos leitores para sermos um canal realmente efetivo de comunicação. Sempre que você, leitor, quiser sugerir, criticar ou mesmo comentar sobre a Revista, por favor, entre em contato conosco. Queremos e, mais que isso, ESPERAMOS a sua participação! Ainda sobre a matéria referente ao que chamamos de “famílias recompostas” o resultado você vê na página 32. Trata-se de uma discussão atual, que inclui reflexão e desprendimento de preconceitos. Portanto, por esses motivos descritos acima, acreditamos que nosso ano já inicia com boas energias. Nossa reportagem esteve presente nas assembleias de entrega dos residenciais St.Moritz e Zermatt, que aconteceram em janeiro, e pode entrevistar aqueles que recebiam seus terrenos para iniciar suas obras de construção. O otimismo era recorrente. E confi rmamos que a cada dia contamos com mais leitores. Estamos felizes. Queremos continuar acertando. Para isso, nossa equipe se empenha mais e mais a cada edição. Lembramos que nosso email é editorial@revistaswisspark.com.br. Obrigado e boa leitura!

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ENTREGAS

St. Moritz e Zermatt: entregues!

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O ano já começa aquecido no complexo urbanístico. Prestes a completar quatro anos de seu lançamento, o Swiss Park já comercializou 3.278 lotes dos 5.020 terrenos que irão compor os 18 residenciais

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ano de 2010 começa a todo vapor no Swiss Park. Logo no primeiro mês, dois residenciais foram entregues e completaram a comercialização de 3.278 lotes dos 5.020 terrenos que irão compor os 18 loteamentos do complexo urbanístico. O cronograma de entrega de residenciais segue a rotina programada desde o lançamento do Swiss Park, em 8 de abril de 2006. Para os diretores da AGV Campinas, empresa loteadora do Swiss Park, Ricardo Anversa e Tomaz Vitelli, é uma satisfação conseguir cumprir as metas estabelecidas na abertura do Swiss Park. “Ainda vamos entregar em 2010 mais três residenciais”, disse Tomaz. “Estamos muito felizes com todo esse sucesso do empreendimento”, completa Ricardo. Em janeiro, o St. Moritz foi o primeiro a ser entregue. Em segui-

da, foi o Zermatt. Os dois estão localizados na Avenida Dermival Bernardes Siqueira, a maior do complexo urbanístico. Ambos os loteamentos já tiveram a Assembleia de Instalação dos Residenciais com os proprietários dos terrenos que, na ocasião, tiveram a oportunidade de eleger os membros dos Conselhos Fiscal e Diretor. Os conselhos irão dividir por dois anos a tarefa de administrar o empreendimento junto com a AGV. Com 230 lotes residenciais e um comercial, o St. Moritz possui terrenos que variam de 360 a 720 metros quadrados. Já o Zermatt tem 245 lotes residenciais e 21 comerciais com as mesmas metragens do St. Moritz. E para aproveitar os momentos de lazer e valorizar ainda mais o convívio com a família, os residenciais oferecem salão de jogos, quadra poliesportiva com tênis e “Espaço Fitness”. Além de churrasqueira e playground.


A sede social de cada um está adaptada para o tamanho deles, com salão de festas e espaço gourmet incluindo copa, cozinha, varandas, estacionamento, vestiários e sanitários. Tudo isso sem contar que os condomínios têm paisagismo e projeto urbanístico com toda a infraestrutura, com guias americanas, muros de divisa com três metros de altura em alvenaria e iluminação com lâmpadas de última geração. Para completar, os residenciais possuem portaria própria de dimensões adaptadas para receber o fluxo de veículos, com controle de acesso 24 horas, cadastro de prestadores de serviços, ronda com controle e muros de proteção perimetral. O ano promete para o Swiss Park Campinas, que conta com centenas de canteiros de obras em andamento nos dez loteamentos que já estão prontos e abrigando as novas residências. Seja bem vindo 2010!

St. Moritz

Zermatt


ENTREGAS

Ligia e Ricardo Campiglia e a pequena Thaís

Famílias construindo sonhos

A Revista Swiss Park esteve presente nas assembleias de entrega dos residenciais e pode constatar o entusiasmo das famílias ao verem os loteamentos prontos para receberem as suas casas. É o caso do casal Ricardo e Ligia Campiglia que, além da pequena Thaís, esperam mais uma menina que irá aumentar a família. “Com a gravidez de sete meses da minha esposa a nossa intenção é construir o quanto antes. Sem contar com a qualidade de vida que vamos ter aqui”, diz o futuro morador do Zermatt.

A ansiedade da garotinha Nicole Fredericci do Amaral estava explícita com o seu entusiasmo. “Aqui vou poder andar de bicicleta pelas ruas e vou conseguir plantar a minha árvore, diz a filha do casal Letícia e Willians do Amaral. Os futuros moradores do Residencial St. Moritz querem começar a construir a residência ainda em 2010. “Vamos ter a liberdade de ‘montar’ o nosso mundo no Swiss Park com toda a infraestrutura do empreendimento”, diz Letícia A segurança também é uma preocupação do proprietário

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Célia e Francisco Gáy e os filhos Guilherme e Lucas


Letícia e Willians do Amaral e a filha Nicole

de um dos lotes no St. Moritz, Magno Correa Artero, que foi à assembleia acompanhado dos filhos Eric e Emily. “Encontrei um lugar apropriado para os meus filhos crescerem com segurança”, diz. Para o casal Francisco e Célia Gáy, as características e a estrutura do empreendimento foram fundamentais para a compra do terreno. Com filhos adolescentes, o casal pretende usufruir em breve da área de lazer. “Sonhávamos em morar num lugar como este. Na primeira visita já sabia que seria

Magno Correa Artero e os filhos Eric e Emily

aqui que eu iria morar com a minha família”, disse Célia. “Sem contar com a ótima localização e o fácil acesso para qualquer ponta de cidade”, completa Francisco, futuro morador do Zermatt. É no St. Moritz que a família de Fabiane Provazi Gonçalves escolheu morar. Junto com seu marido Gustavo Gonçalves e o filho Lucas, Fabiane será vizinha de seus pais e pretende mudar para o Swiss Park no próximo ano. “Já começamos a construir a nossa tão sonhada casa. Vamos po-

der criar nosso filho em um lugar com liberdade e segurança”, disse o casal que teve a natureza do local como um dos fatores decisivos para a escolha do empreendimento. Em busca de qualidade de vida, o casal Matheus e Elaine Bonfim escolheu o Swiss Park para morar com sua filha, a pequena Isabela. “No futuro, a minha filha vai poder estudar aqui dentro do complexo urbanístico, perto de casa e da natureza. Vamos construir nossa casa o quanto antes”, disse o casal futuro morador do Zermatt.

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Gustavo e Fabiane Provazi Gonçalves e o filho Lucas

Elaine e Matheus Bonfim e a filha Isabela


NATUREZA VIVA

Aula no Parque Botânico N

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Alunos da disciplina Educação Ambiental da Fundação Bradesco foram conferir ao vivo as belezas da natureza. Agrônoma e consultora do Swiss Park ministrou as palestras e orientou no plantio de mudas

no último mês de dezembro, a engenheira agrônoma Dionete Santin, mestre em Botânica e consultora do Swiss Park, recebeu alunos da Fundação Bradesco para duas palestras que aconteceram no Parque Botânico “Amador Aguiar”, que fica localizado dentro do complexo urbanístico. O tema das palestras era “Reflorestamento e importância das matas nativas”. Foram os primeiros eventos na área de educação, que cumprem com uma das funções do Parque, anunciadas na ocasião de sua inauguração, em julho do ano passado. “Aqui, temos a missão de conservar espécies vegetais e, por consequência, toda a fauna que é associada a essa vegetação”, explicou Dionete aos alunos. Os alunos da professora Patrícia Pinto, que leciona a disciplina Educação Ambiental, eram do 7º ano até o 2º ano do Ensino

Médio e foram divididos em dois grupos para as palestras que aconteceram nos dias 10 e 11 de dezembro. A professora contou que mesmo a Fundação Bradesco sendo tão próxima ao Swiss Park, os alunos não sabiam do trabalho que é realizado no Parque Botânico. “Foi uma excelente oportunidade para os alunos verem de perto tudo o que é feito por aqui; além disso, várias outras disciplinas podem se beneficiar tendo esse Parque tão próximo à escola”, disse a professora. Além disso, ela comentou que, embora sua disciplina não seja obrigatória, a cada ano aumenta o número de alunos que querem se inserir na grade. “Isso mostra o crescimento do interesse nas ciências da natureza”, afirmou. Após a palestra, seguindo a orientação da engenheira agrônoma, os alunos puderam plantar mudas cujo desenvolvimento poderá ser acompanhado por eles.


Laboratório “ao vivo”

Dionete Santin falou aos alunos sobre a infraestrutura do Parque em seus mais de meio milhão de metros quadrados. Contou sobre os dez lagos dispostos pelo Parque e mostrou as amostras de plantas que existiam em Campinas na época de seu surgimento e que foram dispostas em módulos especiais próximos à entrada do Parque. A escolha dessas plantas está baseada na tese defendida pela engenheira agrônoma. São três módulos implantados: um representa as campinas, outro o cerrado e o terceiro é rupestre. “O objetivo desses módulos foi

enriquecer ainda mais a paisagem do Parque Botânico”, disse. Além disso, Dionte contou aos alunos a extensão do projeto botânico desenvolvido que prevê o plantio, além das plantas nativas, das ornamentais e também de frutíferas. “As plantas vão florescer o ano todo e temos o objetivo de marcar tudo com placas para que os visitantes possam saber detalhes sobre as espécies enquanto caminham pelas trilhas”, explicou. Segundo Dionete, o Parque Botânico é um laboratório “ao vivo” e os estudantes podem aproveitar essa característica do local.

Foto do local

Alunos da Fundação Bradesco (de uniforme), a professora Patrícia Pinto (à dir.), Dionete Santin e Toninho, funcionário do Swiss Park (ambos à esq.)


NATUREZA VIVA

Muita beleza e alimento para os pássaros

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Colhendo os resultados

Não só de flores vive a paisagem do complexo urbanístico. As árvores frutíferas também enfeitam o Swiss Park. Uma espécie que anda chamando atenção no Parque Botânico “Amador Aguiar” é a pau-viola, cientificamente conhecida como Citharexylum myrianthum. A árvore não passa des-

percebida pelos que descem a avenida Wellman Galvão de França Rangel, próxima ao Residencial Zürich, devido à grande quantidade de frutos de cor vermelho vivo. A planta, além de embelezar o visual, oferece frutos para várias espécies de pássaros que habitam nas redondezas.

Na edição nº 10 da Revista Swiss Park, foi publicada uma matéria apresentando aos futuros moradores algumas espécies de plantas, que, na ocasião, estavam sendo plantadas para compor o visual do Parque Botânico. Nessa edição, mostramos que apesar de pouco tempo, pois se passaram apenas sete meses, uma espécie chamada tinguipreto (Dictyolam vandellianun), que está com apenas um

metro de altura apresenta seu primeiro florescimento. Embora seja ainda uma espécie pequena em fase de crescimento, sua florada já enfeita o complexo urbanístico. Suas flores brancas e miúdas em grande quantidade em breve deverão se tornar um pequeno buquê. Já quando atingir a idade adulta oferecerá uma beleza maior. A espécie também está localizada no Parque Botânico.



TURISMO

Neve para todos os gostos

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Arosa, na Suíça, oferece muitas possibilidades de esportes no inverno. Tem diversão para toda a família

A

rosa é um município da Suíça, no Cantão Grisões, com cerca de 2.294 habitantes, e estende-se por uma área de 42,54 quilômetros quadrados. Está situada há menos de duas horas de Zürich. A língua oficial de Arosa é o alemão. Em média, o sol brilha na cidade de oito a doze horas por dia e, no inverno oferece muitas possibilidades de esportes devido à localização, ao norte,

onde há sempre muita neve. Arosa fica na parte superior do Vale do Schanfigg, cercado por picos elevados, 1.800 metros acima do nível do mar. Com destaque para a cadeia dos Alpes, a principal da Suíça. Para descer dos pontos mais altos, os suíços capricharam nas alternativas. São mais de 200 estações de esqui. Nas cidades, a surpresa também está em cada detalhe das vilas medievais, dos museus e dos festivais de cultura.


Semana tradicional de Ski em Arosa

Inverno suíço A Suíça é o país ideal para os turistas em férias em todas as épocas do ano, mas o inverno - que acontece nos meses de janeiro a fevereiro com temperatura média entre -2ºC e 7º C - ainda oferece um sabor especial a todos os visitantes. Arosa é um exemplo de cidade que é cercada por uma paisagem única e pelo povo hospitaleiro. Os turistas que vão a Arosa podem não só praticar ski e outros esportes de neve como também podem curtir suaves caminha-

das pelas florestas (de contos de fada!) cobertas de neve ou ainda saborear um delicioso fondue em uma cabana nas montanhas. As famílias são extremamente bem-vindas na Suíça, são muitas as estações de férias que dedicam suas atividades especialmente à família e que recebem desde 1996 o selo de qualidade “Families Welcome”. Todos oferecem programas e acomodações especiais, playgrounds, áreas de piquenique e muito mais.

Outro grande atrativo de Arosa são as festas com muita agitação. Todos os meses de janeiro, a pequena cidade de Arosa tem no seu calendário a famosa Skiweek, uma semana inteira de festividades com pacotes especiais para praticar esportes de inverno que recebe todo o público. Há, inclusive, grande enfoque no público gay. Essa semana oferece aos participantes a oportunidade de conhecer pessoas e dançar a noite toda até os primeiros raios de sol. O ponto alto da diversão do evento fica por conta da divertida corrida de Drag Queens (The Drag Queen Fun Race). Todos estão convidados para competir na corrida e “se jogar” na pista de esqui. No final de semana da Skiweek, outra festa estará prestes a animar o público, realizada no The Kitchen Club, com muita agitação, a festa certamente fará com que os últimos dias em Arosa sejam inesquecíveis. E a melhor maneira de evitar a tristeza no fim dessa animada estadia é já agendar as férias da próxima temporada de ski em Arosa, onde – sempre - a neve e a diversão estão garantidas!

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TURISMO

Com seus próprios olhos

Ailton Ferreira visitou a Suíça e esteve em St. Moritz, cidade que dá nome ao residencial onde vai morar. Conheceu, ainda, Luzern e Zürich, que também batizam loteamentos do Swiss Park


O

administrador de empresas Ailton Ferreira, movido pela curiosidade de conhecer o lugar que empresta o nome ao residencial onde ele deve morar em breve, no Swiss Park, aventurou-se na terra do chocolate. Foi durante um tour pela Europa, no qual ele conheceu Holanda, Alemanha, Áustria, República Tcheca, Portugal e Suíça, que ele decidiu visitar a cidade de St. Moritz, homônima ao loteamento entregue em janeiro, onde Ailton possui um terreno.

“Meu projeto já foi aprovado e vou começar a construir já este ano”, disse entusiasmado. Ailton contou que o que mais o encantou na cidade suíça de Saint Moritz foram as belezas naturais. “O lago, a paisagem... É tudo muito bonito!”, apontou. Ele explicou que a viagem ocorreu em meados de agosto de 2008, período em que a cidade vivia seu verão. E, apesar e St. Moritz ser famosa por suas atrações de inverno, conforme a Revista Swiss Park contou em seu último número, ele garantiu que

o local apresenta bons atrativos durante o ano inteiro. “Na ocasião, haviam shows musicais, competições de vela no lago, festival gastronômico, entre outras atrações”, lembrou Ailton. O futuro morador do Swiss Park sabe que, no inverno, as atrações a paisagem mudam muito em St. Moritz. “Agora, tenho vontade de voltar novamente para conhecer a St. Moritz do inverno. Mas este é um plano pro futuro porque, em 2010, estou totalmente focado na construção da minha nova casa”, disse cheio de expectativa.

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ESPORTE

Made in Brazil De olho na febre que tem se tornado a prática do futebol society, esporte nascido em território tupiniquim, o Swiss Park pretende organizar em breve um campeonato interno 16

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o invés de onze, sete jogadores. “O futebol society cresce assustadoramente a cada ano”, comenta o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Sete Society e também presidente da Federação Paulista de Clubes de Futebol Sete Society, Marcello Cordeiro Sangiovanni. De acordo com números da Confederação, existem no País 13 milhões de praticantes do futebol society, cinco mil campos, cinco mil quilômetros quadrados de grama instalada, duas mil equipes filiadas às federações estaduais, 30 mil equipes não-filiadas, mais de três mil árbitros formados, 120 campeonatos oficiais e cerca de três mil campeonatos extra-oficiais. “Antes, a famosa ‘pelada’

era no salão, agora é society”, reforça o presidente. O professor de Educação Física e fisioterapeuta Luís Gustavo Lopes explica que os benefícios de se praticar o esporte são muitos: “O futebol fortalece os músculos de pernas e tronco, queima calorias, estimula a circulação sanguínea e melhora a flexibilidade, o reflexo e a coordenação motora”. Ele lembra, ainda, que as benfeitorias não se restringem ao aspecto físico. “Por ser considerada uma atividade também de lazer, o futebol society proporciona uma aproximação entre os jogadores e, geralmente, os times são formados por grupos de amigos. É comum falarmos que existem três tempos, sendo o último dedicado à comemoração”, brinca.


História do society

Atletas de fim de semana, atentem-se!

O Futebol Sete (é assim que a modalidade está registrada na Secretaria Nacional do Esporte, para manter um nome em português) em meados dos anos 60 já dava seus sinais de surgimento no Sul do País. “A modalidade foi criada pelo ex-árbitro de futebol de salão, o Professor Milton Mattani. Trata-se de um esporte genuinamente brasileiro”, salienta Sangiovanni. Para ele, além de sua origem em território nacional, outro diferencial desta variação do futebol é a ênfase que se dá à disciplina dos jogadores e também a facilidade de adap-

tação que ele apresenta a atletas vindos de outras modalidades. “Tanto quem joga no campo quanto quem joga futsal se adapta facilmente ao society”, afirma. A modalidade não possui verba de apoio nem do Governo do Estado e nem no Governo Federal para a realização de campeonatos. De acordo com o presidente Marcello Cordeiro, o apoio que eles conseguem vem, em sua maioria, da iniciativa privada por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. “Esta carência existe por não se tratar de um esporte olímpico”, explica.

O profissional Luís Gustavo Lopes deixa a dica àqueles que mantém uma vida sedentária, mas gostam de curtir seu futebolzinho esporadicamente nos fins de semana: “A pessoa que só joga bola no fim de semana, corre mais risco de sofrer com dores musculares e problemas cardiovasculares. Para evitar esses problemas, o jogador deve

se preocupar com o fortalecimento muscular e o treino aeróbico, sempre sob orientação de um profissional. É ideal também que o praticante chegue 30 minutos antes da partida para se aquecer e se alongar adequadamente. Durante o jogo é importante beber água ou isotônicos para manter o corpo sempre hidratado”.

Jogos no Swiss Park

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O administrador dos residenciais do Swiss

prática esportiva e a convivência entre os morado-

Park, Vladimir Gerbelli, conta que os mora-

res, o Swiss Park traz como proposta a organiza-

dores e futuros moradores do complexo urba-

ção de um campeonato interno. Então, os atletas

nístico têm se encontrado frequentemente nas

interessados em participar da concretização desta

quadras dos condomínios para a realização de

ideia a entrarem em contato pelo canal de comu-

partidas de futebol sete. Tendo notado este in-

nicação da Revista Swiss Park com seus leitores, o

teresse e também como forma de incentivar a

email editorial@revistaswisspark.com.br.


IMPOSTO

IPTU: proposta de

redução na alíquota

Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos inicia um estudo para reduzir a alíquota do IPTU dos terrenos sem edificação para o exercício de 2011

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O

s carnês do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) de 2010 começaram a chegar nas residências dos contribuintes no começo do mês de fevereiro. O pagamento da cota única, com desconto de 10%, foi no dia 10 de fevereiro para imóveis residenciais, bem como o vencimento da primeira parcela no caso da opção pelo parcelamento em onze vezes. Para os imóveis comerciais, o vencimento foi no dia 18. No caso dos terrenos residenciais ainda sem edificação, a alíquota chega a quase 3% do valor do terreno (varia de 2,3 a 2,8%). Essas alíquotas são semelhantes nas cidades com a infraestrutura do porte de Campinas. “Hoje, quem tem terreno no Swiss Park, por exemplo, tem essa incidência de IPTU, além de outros impostos e o condomínio; ou seja, esse é um valor que para aqueles que de fato

desejam construir com a finalidade de moradia própria, é muito alto”, disse o secretário municipal de Assuntos Jurídicos de Campinas, Carlos Henrique Pinto. O secretário disse que recebeu uma reivindicação de diminuição dessa alíquota das Associações que representam o Swiss Park e iniciou um estudo. “A solicitação foi bem aceita pela administração”, adiantou o secretário. Portanto, para o exercício de 2011, o secretário está otimista que uma nova lei de incentivo à construção da casa própria reduza as alíquotas dos terrenos residenciais. “E isso será irradiado para outros loteamentos da cidade, pois é fato que a cidade teve um enorme boom imobiliário nos últimos quatro anos; há políticas de incentivo para famílias de baixa renda e essa nossa proposta é uma forma de universalizar esses incentivos para as demais classes sociais”, disse.


Plenamente possível

Segurança jurídica “Precisamos, para que a lei tenha segurança jurídica e para que atinja sua finalidade precípua – que é de incentivar a construção da casa própria – que ela seja muito bem regulamentada”, informou Carlos Henrique Pinto. Portanto, segundo o secretário os critérios para poder usufruir do benefício devem ser bem estudados. “Queremos oferecer a alíquota usada em imóveis já construídos (que varia de 0,4 a 0,7% do valor do imóvel, dependendo do padrão construtivo) para o proprietá-

rio que demonstrar, através da planta e do alvará de execução do seu imóvel, por um período de até dois anos, que sua obra será concluída”, explicou. Há que se estabelecer também, segundo ele, um critério bastante objetivo no tocante à quantidade de terrenos que o contribuinte possui e a finalidade da construção. “Só assim poderemos atingir nosso objetivo e evitar especulação imobiliária; quem quiser construir para vender, por exemplo, não poderá usar o benefício”, disse.

O secretário Carlos Henrique Pinto informou que, neste momento, o estudo para a redução da alíquota do IPTU para os terrenos sem edificação está tramitando na secretaria de finanças. “Temos que demonstrar que esse benefício não será uma redução no recebimento de impostos pela Prefeitura, pois esse desconto será compensado com outras receitas que são geradas da construção, em especial o ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), além do comércio de material para construção e geração de renda e emprego. A Prefeitura, portanto, não vai “deixar de receber um imposto” haverá sim uma compensação que suprirá o impacto do desconto que será dado”, adiantou. Depois, a lei ainda precisará passar pela Câmara dos Vereadores e receber o veto do Prefeito. Dessa forma, os futuros moradores do Swiss Park devem ficar atentos no cadastramento de suas obras na Prefeitura para, caso o estudo do secretário Carlos Henrique se transforme em lei, possam pleitear o benefício para o IPTU 2011. Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos de Campinas, Carlos Henrique Pinto: “A solicitação foi bem aceita pela administração”

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ACONTECEU

Forte Raio atinge o relógio do Swiss Park

N

o final do último mês de dezembro, o Relógio – localizado na entrada do Swiss Park, considerado um marco do complexo urbanístico e eleito em votação feita pela Revista Swiss Park o cartão-postal do empreendimento – foi atingido por um raio com forte descarga elétrica, que queimou o maquinário dos quatro equipamentos que funcionavam dentro da torre, bem como a câmera de segurança instalada no local. O raio queimou ainda o transformador de energia elétrica

de toda a região. E isso aconteceu mesmo estando o local equipado com para-raio. No presente momento, a AGV Campinas Empreendimentos, loteadora do Swiss Park, já viabilizou a importação da nova câmera de segurança e a instalação de novo mecanismo nos quatro relógios. O valor investido para esses reparos são da ordem de R$ 50 mil. Já o transformador de energia já foi reparado. A nova câmera de segurança deve estar instalada até o fim de fevereiro e o relógio já está em pleno funcionamento.

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Curiosidades O Brasil é o país no qual mais se registra o acontecimento de raios em todo o mundo. Por ano, cerca de 50 milhões de raios atingem o território brasileiro, estima o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. É o dobro da incidência nos Estados Unidos, por exemplo. Ao todo, os raios causam um prejuízo de R$ 1 bilhão anual à economia do Brasil, apurou o Elat. O setor elétrico é o que acumula mais perdas. Depois seguem os serviços de telecomunicações. Também são atingidos os setores de seguro, eletroeletrônicos, construção civil, aviação, agricultura e até pecuária. Os raios foram responsáveis por 75 mortes no Brasil em 2008 – o recorde da década. Uma explicação para essa grande quantidade de raios deve-se ao tamanho do território, condições climáticas e a ausência de grandes elevações no seu relevo. A cidade brasileira que mais recebe descargas eletricas é Teresina, capital do Piauí, chegando a ser a terceira cidade do mundo onde mais acontecem sequências de descargas elétricas. Por esta razão, a região recebe a curiosa denominação de “Chapada do Corisco”. As informações são da Agência Fapesp.

Foto do local



ARQUITETURA

Olha a chuva... Para evitar a entrada de água em casa, alguns cuidados devem começar já no projeto. Assim, é possível economizar e garantir tranquilidade

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T

ão certo quanto as liquidações e as altas temperaturas no início do ano são as chuvas intensas e constantes. O alto volume de água que cai do céu, normalmente após um dia quente, pode adentrar na casa sem pedir licença e causar muitos danos. Para evitar intempéries, a engenheira civil, Lilian Goraieb, alerta que a prevenção é a forma mais econômica e eficaz nesses casos. Portanto, os cuidados devem começar já durante a fase do projeto da obra. De qualquer forma, depois da obra concluída, é preciso ficar atento à manutenção da laje, substituir telhas quebradas ou realinhá-las de forma correta, manter as calhas e rufos limpos, e, nos jardins, vale deixar áreas livres para que a água possa penetrar melhor no solo. “A proteção contra a chuva funciona bem melhor quando prevista no projeto, aliás, o que é o

mais correto a fazer. Para quem está começando a construir, deve-se isolar toda a alvenaria do contato com o solo, consequentemente, da umidade”, aponta a profissional. De acordo com Lilian, essa isolação pode ser feita por argamassas e tintas impermeabilizantes, assim como mantas. “É importante estudar também as inclinações do telhado e seus materiais”, completa. Quando uma construção não se previne contra os possíveis estragos causados pela chuva, os danos podem ser incalculáveis, segundo a engenheira. “Muitas vezes é preciso quebrar vários pontos da casa para fazer a impermeabilização”, ressalta. A escolha de alguns materiais pode facilitar o escoamento da água da chuva e evitar que ela invada a casa. A engenheira, formada pela Fundação Armando Álvares – FAAP e uma das expositoras da primeira edição da mostra Casa Cor Campinas,


em 2009, sugere alguns revestimentos para as áreas externas. “Existem pisos intertravados que são vazados e pode-se colocar grama dentro deles, diminuindo a impermeabilização da área. Pode-se também colocar placas espaçadas de qualquer material ao invés de colocar piso em tudo. Há no mercado também pisos porosos que absorvem mais água”, recomenda. As telhas também merecem atenção especial. Elas podem ser feitas de diferentes materiais (cerâmicas, fibro-cimento, cimento, metálica, entre outros) e ter diferentes tamanhos e inclinações. De acordo com Lilian, as telhas devem ser escolhidas conforme o projeto, seguindo a inclinação correta do telhado que está em norma. As calhas, que ficam nas extremidades do telhado, e rufos, que interligam a calha à alvenaria, servem para captar a água do telhado e canalizá-la.

Swiss Park em dia de muita chuva


ARQUITETURA

Programe-se A engenheira e designer de interiores, Lilian Goraieb, orienta que a melhor época do ano para iniciar uma obra é durante o outono. “Recomendo que a construção comece após as águas de março que fecham o verão. A água prejudica todos os trabalhos de início, pois ela dificulta escavações, assenta-

Fique de olho mentos de alvenaria e altera as argamassas e o cimento” explica. Ao se programar corretamente, a obra não corre risco de ficar parada por um muito tempo e, assim, quando o período de chuva voltar, a construção já estará na parte interna e o cronograma da obra será seguido.

• manutenção da laje com impermeabilização; • observe se existem telhas mal colocadas ou quebradas; • limpe as calhas e rufos a cada dois meses; • deixe áreas livres nos jardins para o solo absorver melhor a água; • no início da obra, isole a alvenaria do contato com o solo com argamassas, tintas impermeabilizantes ou mantas;

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• escolha revestimentos que facilitem o escoamento da água para as áreas externas; • a colocação das telhas deve seguir a inclinação correta do telhado que está em norma.



SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade começa em casa Técnicas contribuem com a preservação da natureza e reduzem os custos de projetos arquitetônicos

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A

crescente conscientização ambiental traz à tona o conceito de arquitetura sustentável. A construção civil é o segmento que mais consome matériasprimas e recursos naturais no planeta. O arquiteto, por ser o profissional responsável pelo projeto dos espaços no meio urbano, possui um importante papel que vai muito além da especificação de materiais ecologicamente corretos. As consequências das decisões tomadas na elaboração dos projetos arquitetônicos estendem-se ao longo de todo o ciclo de vida das casas e edifícios. Segundo a arquiteta, Luciana Lopez Martini, da LM Projetos, escritório situado em São Carlos, houve um aumento da procura por projetos sustentáveis, entretanto, nem todos os clientes fazem essa opção. “Sempre indico atitudes que podem ser feitas para colaborar com o meio ambiente, pois tenho a preocupação sócio-ambiental nas obras

que realizo”, afirma Luciana. A arquiteta acaba de concluir um projeto na cidade de São Carlos de uma casa totalmente voltada para esse conceito ecológico, utilizando madeira roliça reflorestada e tratada. A obra também tem dormentes de madeira retirada dos trilhos do trem no piso externo e patchwork nos azulejos, além do aquecimento solar para todas as áreas de banheiro, cozinha e churrasqueira. “O resultado foi uma construção ecologicamente correta que imprime a preocupação com o meio ambiente e o aconchego na madeira de eucalipto reflorestada, além de muitos vidros que permitem máxima utilização da luz natural”, explica Luciana. É importante destacar que, segundo a arquiteta, a adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, principalmente, quando adotadas durante as fases de concepção do projeto.


Projeto da arquiteta Luciana Lopez Martini, da LM Projetos, escritรณrio situado em Sรฃo Carlos


SUSTENTABILIDADE

Economia e preservação do meio ambiente

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A arquitetura sustentável ajuda a preservar o meio ambiente, além de ser uma grande aliada do bolso, pois permite economia com gastos de energia e água. “Usar ao máximo a luz solar, incorporando a iluminação natural ao ambiente, permite a construção de espaços mais iluminados e com conforto térmico”, diz Luciana. O que não pode acontecer, ressalta ela, é tornar o ambiente muito quente, que precise de ar condicionado. A dica dela é a casa bem iluminada e bem ventilada. Outro fator é a criação de sistemas para reaproveitamento da água da chuva que possibilitam a utilização mais racional

do recurso natural. “Águas pluviais podem ser utilizadas, por exemplo, em vasos sanitários, irrigação de jardins e lavagens de pisos”, diz Luciana. O lixo que normalmente sobra na obra, pode ser separado e encaminhado para reciclagem (sacos de cimento, caixas de azulejos, entre outros), e ainda, a utilização de cores claras em locais quentes e com muita incidência solar ajudam na reflexão dos raios solares, contribuindo para o não aquecimento interno do ambiente. “Basta ter criatividade, consciência e conhecimento para adaptar essas atitudes no projeto e minimizar o impacto sobre o meio ambiente”, conclui a arquiteta.


“Usar ao máximo a luz solar, incorporando a iluminação natural ao ambiente, permite a construção de espaços mais iluminados e com conforto térmico”, diz a arquiteta Luciana




COMPORTAMENTO

É apenas um recomeço O

As famílias estão cada vez mais diversificadas. Quem acredita que isso é motivo de desestruturação pode estar enganado

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retrato da família está diferente e necessita cada vez mais de legendas para explicar quem é quem no quadro. A tradicional árvore genealógica com pai, mãe e filhos ganha novos “galhos”. Em algumas situações encontramos “os filhos da mulher”, “o irmão por parte de mãe”, “o marido da mamãe” e por aí vai... As relações de parentesco vão se alargando. O divórcio, a separação e os novos casamentos são uma realidade e essas novas configurações familiares requerem muitos cuidados, tolerância, carinho e compreensão. A família é amada e desejada por homens, mulheres, crianças de todas as idades, orientações sexuais e etc. Nas novas famílias, vínculos fortes se formam entre pessoas que não são biologicamente ligadas e as uniões agora são definidas pelo afeto. “A instituição familiar está se adaptando aos novos tempos, assumindo um perfil mais centrado na qualidade das relações entre as

pessoas e no desejo de cada um”, explica Elisabete Dória Bilac, socióloga, professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos de População da Unicamp (NEPO). Relações turbulentas com brigas que desgastam o relacionamento familiar não são mais suportadas por meras conveniências sociais. Pelo contrário. Acabam e dão lugar a outros relacionamentos, que criam uma nova confi guração familiar. “O divórcio não significa o fi m da família. As pessoas estão mais livres para buscar relações mais agradáveis e satisfatórias. Hoje, se os sentimentos individuais não são satisfeitos, as pessoas vão viver de outras maneiras”, diz a socióloga. Quem acredita que essas novas configurações familiares significam desestruturação pode estar enganado. Para Elisabete, a família reflete a imensa mudança global, em outras esferas da vida social. Ela muda profundamente para continuar existindo. “As famílias se reinventam”. A diver-


sidade pode e deve ser positiva, desde que todos os integrantes saibam qual é o seu lugar e respeitem a individualidade de cada um”, enfatiza a pesquisadora e socióloga. As novas confi gurações são cada vez mais comuns. A rede de relações familiares entre irmãos de pais diferentes, avós, tios e primos torna-se mais presente na estrutura social. É possível sim ter um relacionamento familiar de amor, de harmonia e de muito mais felicidade nessas novas confi gurações. A revista Swiss Park buscou entre os moradores e futuros moradores do complexo urbanístico histórias de famílias que se enquadram nessa nova configuração cada vez mais comum. As mensagens que chegaram à nossa reportagem foram muitas e todas indicando que é possível sim ter um relacionamento familiar dentro dessas “novas” árvores genealógicas que se formam com muito amor, harmonia e felicidade.

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COMPORTAMENTO

Laços de família e também de amizade Por Sueli de Souza Dias Fiorini*, futura moradora do Lenk

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*Sueli é casada com Edinilson pai de Wesley de 22 anos e Richard, de 25. O casal tem Eric de 5 anos que por sua vez é tio de Victor de 3 anos e Vinicius de 2 anos filhos do seu irmão Richard.

“A porta estava aberta e vi os três irmãos brincando e se divertindo com o videogame. Seria uma cena comum se não houvesse 20 anos de diferença entre o mais velho, Richard de 25 anos e o caçula, Eric, de 5 anos, além do fato de não serem irmãos bilaterais. A cena me trouxe um sentimento muito agradável e de realização. Nos casamos em 1997 e meu marido já tinha dois filhos do primeiro casamento. Eu tinha apenas 21 anos e minha família não estava muito confiante que este relacionamento poderia dar certo. No começo, os meninos moravam com a mãe, mas depois de algum tempo, vieram morar conosco. Para recebê-los, tivemos que fazer adaptações na casa. Não foi muito fácil, pois tínhamos uma vida muito ocupada devido ao trabalho, estudos e diversos outros compromissos já assumidos. Cumprir horários, ajudar em pequenas tarefas em casa, colaborar com a organi-

zação dos quartos e controlar os gastos com telefones são alguns exemplos dos desafios que enfrentamos com a chegada deles. Durante este período de adaptação, o sentimento de respeito e a vontade recíproca de fazer aquilo tudo funcionar, embora não fossem abertamente discutidos, estavam implícitos nos nossos atos e foram os fatores determinantes para nos manter juntos. Durante a adolescência dos meninos experimentamos todas as mazelas e conflitos deste período da vida, mas, mais uma vez, a tolerância e o respeito mútuo tiveram que ser cuidadosamente cultivados e exercitados. Mesmo diante de todos os problemas que enfrentamos, nunca houve uma palavra ríspida deles para comigo. Em 2004, chegou nosso filho Eric e com ele grandes mudanças nas nossas vidas. Atualmente, os filhos do primeiro casamento já não moram mais conosco. O mais velho mora com a companheira e tem dois filhos:


Victor, de 3 anos e Vinicius, de 2. Meu filho Eric de 5 anos é tio dos dois e adora brincar com eles. O filho do meio, Wesley de 22 anos, vive também com sua companheira e já tem uma vida independente da nossa. Hoje, o pai e os dois filhos mais velhos, embora de gerações diferentes, acabam compartilhando dos mesmos interesses, ideias e opiniões, transformando os laços de família em laços de amizade também. Aproveitamos todas as oportunidades para ficarmos todos juntos. Sempre que possível, nos reunimos para um almoço em família, para um passeio ou para alguma viagem. Nós esperamos que a construção da nossa casa no Swiss Park nos permita mais liberdade, mais mobilidade e opções de lazer. Considerando como convivemos hoje e, levando em conta o que estamos preparando para o futuro, é possível prever que nosso relacionamento familiar tende a ser cada dia melhor”.

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Cinthya, Richard, Ednilson, Sueli, Wesley e Tatiana. As crianças Eric, Vinícius e Victor


COMPORTAMENTO

Feliz outra vez Por Patrícia Grasseschi*, futura moradora do Zurich

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*Patricia é mãe de Sergio de 24 anos e Samara de 21. Há 13 é casada com Osmario Bezerra de Lima, divorciado e sem filhos.

“Casei-me aos 20 anos e tive dois filhos. Após sete anos de casamento nos separamos. Na época, minha filha Samara tinha 2 anos e meu filho Sérgio, 5. Após, seis anos conheci meu atual marido, Osmario, e resolvemos morar juntos. Como a aproximação dele com as crianças foi muito tranquila, acreditei que não teríamos nenhum problema de adaptação na reestruturação do núcleo familiar. Ledo engano. Meu marido, não teve uma estrutura familiar bem definida e passou sua infância e adolescência morando com familiares, portanto, nunca teve um modelo de pai. Aliado a isso, apesar de já ter sido casado por três anos, optou por não ter filhos. E os conflitos começaram: de um lado minha filha, do outro meu companheiro. Eram queixas dos dois lados: era um reclamando do comportamento do outro: minha filha dizendo que ele roubou o espaço dela, um achando que eu dava mais atenção para outro, choro de uma lado e gritos do outro e,

neste meio de campo, eu, totalmente perdida e tentando ser o mais imparcial possível. Meus familiares por sua vez, não facilitaram em nada: eram contra desde o início ao meu relacionamento; era um tal de “eu não te disse?”. Hoje, analisando a situação, percebo que eles contribuíram muito para que eu continuasse, pois eu quis provar que tinha acertado na escolha e que podia ser feliz. Apesar da pouca idade meu filho sempre estava do meu lado, me apoiando. Para passar por tudo isso contei com a ajuda de três amigas que me deram apoio irrestrito e sábios conselhos. Hoje, passados 13 anos, somos de fato uma família com seus erros e acertos e com muito amor um pelo outro. Não há receitas para ser feliz, acredito que o que fez a paz reinar na minha casa foi ouvir os dois lados e não tomar partido de nenhum, mas, acima de tudo, ter uma grande vontade de fazer dar certo, acreditar que é possível ser feliz de novo”.


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Patrícia, Sérgio, Osmario e Samara


ENTREVISTA

De cabelos brancos O mês de fevereiro é comemorativo para a terceira idade. No dia 27 de fevereiro de 2007 foi consolidada a legislação relativa a essa faixa etária no Estado de São Paulo

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O

avanço da medicina moderna aliado ao aumento de renda da população acima de 60 anos, na última década, resultaram em uma significativa mudança na expectativa de vida do brasileiro. A previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que em 2025, nosso país chegue a marca de 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos, se colocando em sexto lugar em número de idosos em todo o mundo. Já são quase 21 milhões de pessoas nesta faixa etária. A proporção de brasileiros idosos aumentou 5,7% em 2008 em relação a 2007 e cresceu mais de 23% nos últimos dez anos. Não é novidade que para fazer

parte destas estatísticas é preciso pensar em qualidade de vida, equilibrando trabalho, saúde e lazer. Por isso, a Revista Swiss Park conversou com o médico, Paulo Valente, especialista em geriatria. Com 23 anos de profissão e com muita experiência em ouvir aqueles que estão na chamada terceira idade, Valente aconselha os idosos de amanhã e orienta os que já têm fios de cabelo branco a fazerem desta etapa da vida, uma fase de vitalidade. Afinal, não é maravilhosa a perspectiva de poder viver um século ou mais? De poder ver netos, bisnetos ou, até, tataranetos? Então, há basicamente um segredo: comece a planejar essa vida longa desde cedo.


O que significa qualidade de vida na terceira idade? O preceito básico da geriatria é o envelhecer com dignidade e qualidade de vida. Então isso é fundamental. Tanto a dignidade como a qualidade de vida. Tendo uma qualidade de vida, com boa saúde e uma boa reserva financeira, o idoso pode ter condições de aproveitar muito essa fase da aposentadoria. Aposentadoria pode significar o começo de uma nova vida? Deveria ser um prêmio por todo o período de trabalho. No Brasil, isso é muito difícil porque os valores da aposentadoria são mais baixos com isso fica difícil para o idoso se manter financeiramente até por conta dos medicamentos que são mais caros e nem todos podem ser fornecidos pela rede pública. Muito do dinheiro da aposentadoria acaba indo com o gasto em medicamentos. Mas essa é uma fase em que o idoso deveria fazer outras atividades. Então, ele poderia utilizar para lazer, para

A mulher tem uma mentalidade mais preventiva. Poucos homens que vêm ao consultório vêm por livre e espontânea vontade. A maioria é porque a filha ou a esposa marcam a consulta

passeio com a família. O único revés é a questão econômica. Apenas isso. Quais são os principais desafios dos mais velhos relacionados à saúde física? Quais as doenças que mais os atingem? Uma das doenças mais prevalentes na terceira idade é a hipertensão arterial, conhecida por pressão alta. É muito prevalente. Há ainda as doenças osteoarticulares como a artrose, osteoporose, e outras doenças ósseas da área reumatológica. É muito importante uma medicina preventiva quando se tem pouca idade, ou seja, quando se está na fase adulta e já vai começando a cuidar da saúde para quando chegar na terceira idade poder aproveitar dessa longevi-

dade. A década de 2000 a 2010 é a década dos nonagenários. Então muitas pessoas fizeram noventa anos. E isso se deve aos avanços da medicina e a uma mentalidade mais preventiva e numa idade mais precoce. O Mal de Alzheimer talvez seja a doença que mais aflige a terceira idade e seus familiares. Como essa doença age no sistema neurológico e quais os sintomas? O que ocorre no Mal de Alzheimer é que as causas ainda não são completamente esclarecidas. Mas vão ocorrendo alterações no cérebro, de caráter neurológico. Essas alterações vão ocorrendo por depósitos de substâncias no cérebro, e isso traz sintomas de um déficit de memória, acompanhado de outras situações de caráter cognitivo. Atividade cognitiva está ligada a memória, concentração, atenção. A pessoa vai ficando esquecida e a memória recente é a primeira a ser afetada, passando depois a apagar fatos mais antigos de 30, 40 anos atrás. E o

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ENTREVISTA

idoso também vai ficando repetitivo. Algumas atitudes podem ocorrer de forma desconexa e ele vai perdendo a noção de determinadas convenções. Essa deterioração vai sendo gradativa e ainda é fruto de muito estudo. Muitos medicamentos têm sido lançados nesse sentido e se tem tido muitos avanços nessa parte. Estamos otimistas. Mas trata-se de uma doença progressiva, que vai passando por fases. Os remédios não curam, ainda. Eles interferem nessas fases, retardando sua evolução. É verdade que não existe uma forma conhecida de prevenção?

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Na verdade não há uma prevenção que se possa fazer. Sabemos que ter uma vida saudável, procurar sempre o médico, ter cuidado com excessos são atitudes que ajudam. Mas isso já vale para uma série de patologias. Pesquisas apontam também que é muito importante estar sempre estimulando o cérebro. Leitura, palavras cruzadas, crochê são algumas atividades recomendadas. E o principal é

É importante lembrar que quando se é mais jovem, com os filhos em fase de crescimento, pouca gente imagina que vai morar ali por muitos e muitos anos. E depois a escada, por exemplo, passa a ser um problema sério

tentar aprender uma nova atividade. Uma recomendação é aprender uma nova língua. E pesquisas também apontam que as mulheres vivem mais que os homens. Segundo o IBGE, no Sudeste, os homens vivem cerca de nove anos a menos que o chamado “sexo frágil”... As mulheres possuem a necessidade incorporada de cuidar da saúde? A mulher tem uma mentalidade mais preventiva. O homem acha que deve ir ao médico quando ele está muito doente, quando ele não está passando bem. Ele ainda não consegue compreender a situação de que ele poderia ir ao médico, fazer

exames, descobrir doenças que não apresentam sintomas. Você pode ter o aumento do colesterol, o aumento da glicose, mas num nível não muito alto, você pode não ter sintoma nenhum. Então você já começa a cuidar antes que apareça uma doença mais adiante como um enfarto, um derrame, diabete. Poucos homens que vêm ao consultório vêm por livre e espontânea vontade. A maioria é porque a filha ou a esposa marcam a consulta. Às vezes a esposa marca para ela e para ele e os dois se consultam. Fiz um cálculo há algum tempo, e a proporção era de 85% mulher e o restante homem. Felizmente, as consultas masculinas aumentaram e, hoje, podemos usar a proporção 70% mulher e 30% homem. Muitas famílias preparam os projetos arquitetônicos de suas casas no Swiss Park. Algumas já querem prever suas vidas daqui há alguns anos e outras já convivem com idosos. Quais as dicas para ter uma casa preparada para a terceira idade?


É importante lembrar que quando se é mais jovem, com os filhos em fase de crescimento, pouca gente imagina que vai morar ali por muitos e muitos anos. E depois a escada, por exemplo, passa a ser um problema sério por causa do equilíbrio que fica comprometido. E, além disso, ainda tem o fato das doenças de coluna, de joelho, de bacia, que fazem com que a escada seja um fator impeditivo do idoso se locomover. O movimento de descer a escada sempre é pior para o joelho do que o de subir. A chance do joelho não obedecer ao movimento e a pessoa cair na escada é alta. Barras de apoio são importantes no banheiro, sobretudo, no box. Pensando nesses detalhes, tudo fica mais fácil. E nos congressos médicos de geriatria, até a aula é de prevenção de queda. O grande problema é a queda do idoso, porque numa certa faixa etária, as mulheres, por exemplo, depois da menopausa, e os homens depois dos seus 60, 65 anos, já começam a desenvolver a osteoporose. Então com a queda, o risco de fratura é bem mais

É muito importante uma medicina preventiva quando se tem pouca idade, ou seja, quando se está na fase adulta e já vai começando a cuidar da saúde para quando chegar na terceira idade poder aproveitar dessa longevidade

alto que no jovem. Determinadas situações como tapetes pequenos soltos são muito perigosos. O costume de encerar a casa torna o piso mais escorregadio. Tem que ter cuidado. Usar tapetes mais firmes. Não ter muitos móveis aglomerados para evitar tropeços.

De que forma as famílias que convivem com uma pessoa idosa em casa, podem fazer com que essa fase seja mais feliz? Isso é realmente importante. As pessoas precisam se reprogramar para dar mais atenção aos mais velhos. Sabemos que com a correria do dia a dia e o estresse da vida atual essa não é tarefa fácil. Entretanto, vale muito incentivar o idoso a ter uma atividade depois da aposentadoria. Pode ser ginástica, na qual as pessoas da mesma idade convivem e trocam experiências. É muito importante que o idoso conheça outras pessoas e converse de assuntos diferentes, que busque novas amizades, novos contatos. Entrou um bom filme em cartaz, vá ao cinema, vá assistir a uma peça de teatro, faça excursões, viagens com o pessoal da terceira idade. Atividades profissionais também são indicadas. A pessoa pode se aposentar e pode fazer determinados projetos, mantendo o intelecto funcionando também no aspecto profissional. Então, são situações estimulantes e vão ser completamente positivas.

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AÇÃO SOCIAL

Eles animam, eles transformam Arte, imaginação e cidadania. Essa é a receita que move há 35 anos o Núcleo de Cinema de Animação de Campinas a oferecer oficinas de ensino para crianças de comunidades carentes 42

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e Campinas ao Xingu, do Pantanal ao Rio de Janeiro, de tribos indígenas, na Amazônia, à Bahia de todos os santos. O Núcleo de Cinema de Animação de Campinas, que completa em abril 35 anos de existência, já viajou o País, levando a arte da cinematografia, especificamente a ilustrada, como um agente transformador na vida de jovens e crianças de comunidades e escolas públicas por onde passaram. “Os temas normalmente são ligados à questão ecológica ou ligados à própria comunidade a que pertencem as crianças. E nós conseguimos ver a transformação de cada jovem ao final das atividades”, explica Maurício Squarisi, um dos cineastas idealizadores do Núcleo. O NCAC conseguiu acumular em seu acervo, nestes 35 anos de caminhada, mais de 220 filmes. A maior parte dos títulos são produtos dessas oficinas socioculturais (cerca de 70%, de acordo com Maurício). Desses, mais da metade foram produzidos por comunidades e escolas públicas de Campinas, cidade-

berço do Núcleo. “A gente desenha um hominho (sic) e depois a perna dele em outra posição. Aí, tem um truque, a gente faz um movimento e ele se movimenta. É muito legal!”, conta Priscilla Aparecida Silva de Souza, de 16 anos de idade, sobre os primeiros exercícios que fez durante a oficina da qual participou. Estes encontros e atividades renderam um curta sobre a comunidade dela, a Santa Lúcia. Maurício comanda as oficinas ao lado de seu companheiro de fundação do Núcleo, o também cineasta Wilson Lazaretti e outros profissionais que compõem o grupo. Ele explica que quando levam este estúdio itinerante às comunidades, a ideia é soltar a imaginação das crianças, primando por aquilo que ele chama de “desenho puro”. “Se for para elas desenharem uma árvore, por exemplo, não queremos que eles desenhem a árvore como viram em um filme da Disney ou no gibi do Maurício de Souza. Nós levamos os jovens até uma árvore da comunidade deles, eles observam e desenham da forma como absorveram o que viram”, explica.



AÇÃO SOCIAL

Oficinas com liberdade

Maurício Squarisi

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Tudo na oficina é feito de forma muito livre, segundo Squarisi. “Até as funções acabam surgindo naturalmente”, conta. Cada oficina pede cerca de oito encontros de quatro horas cada. As turmas não ultrapassam nunca a quantidade de 15 pessoas e, para 2010, estão previstas visitas do grupo a Uberlândia (Minas Gerais), Itumbiara (Goiás), Balsas e Porto Franco (Maranhão), Franca e Ribeirão Preto (São Paulo), além de uma próxima oficina no Museu de Imagem e Som de Campinas, que será realizada logo após a semana do carnaval. Para esta última, o grupo de jovens já está fechado. Serão 15 meninas do Grupo Primavera, de Campinas. “Estou ansioso e com uma expectativa enorme para ver como será esta oficina 100% feminina”, brinca Maurício. Nessas três décadas e meia de existência, o Núcleo de Cinema e de Animação já teve o traba-

lho de seus jovens aprendizes expostos em mostras de grande importância no cenário da cinematografia animada nacional e internacional. Trabalhos produzidos dentro deste projeto foram veiculados na Anima Mundi, Cine Cufa, Festival de Cinema Infantil de Florianópolis e um dos grupo, inclusive, foi até Brasília apresentar seu curta no Congresso Nacional. “Alguns jovens se interessam pela arte da animação e chegam a falar na possibilidade de levar a prática à diante como profissão”, conta o cineasta Maurício. Em alguns casos, trata-se apenas de um encantamento efêmero típico dos juvenis. Mas Maurício conta que há quem tenha levado esse sonho adiante. “Podemos citar como exemplo o caso do Haroldo Guimarães Neto”, relembra Maurício. O cineasta, de acordo com ele, iniciou-se na animação em uma das oficinas


do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas e, hoje, comanda a HGN Produções, que deu suporte a várias produções da Walt Disney, sendo que a última delas foi no longa “A princesa e o sapo”, lançado em dezembro do ano passado nos Estados Unidos e, no dia 4 de fevereiro, aqui no Brasil. Muito mais importante que pinçar novos talentos, o ideal do núcleo é promover a cidadania por meio da arte, do desenho, da animação. E o testemunho da jovem Priscilla revela o sucesso do grupo naquilo que eles propõem: “Eu consegui perceber como era mesmo a minha comunidade. Colocamos no nosso vídeo as coisas boas e as ruins também que passamos aqui. As oficinas me trouxeram, principalmente, a vontade de melhorar as coisas e também a chance de fazer novas amizades. Isso foi muito legal!”.

Para apoiar O Núcleo atualmente se mantém do apoio da iniciativa privada bem como das leis de incentivo, como a Lei Rouanet. A empresa que tiver interesse em apoiar os projetos pode contatar o núcleo pelo site www.ncacampinas.com.br.


ANDAMENTO DAS OBRAS

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Topografia Terraplenagem Galeria de Água Pluviais Guias e Sarjetas Pavimentação Rede de Esgoto Rede de Água Potável Reservatório de Água Potável Energia Elétrica Portaria Salão de Convivência Esportes Proteção Perimetral - Muro

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ANDAMENTO DAS OBRAS

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Genéve

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Zermatt

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Sucos invadem a estação

GASTRONOMIA

Opção saudável para quem quer se refrescar e manter a forma durante todo o verão. Além de tudo, são deliciosos

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uem resiste a um bom copo de suco de frutas, principalmente nos dias quentes do verão? Os sucos são uma forma prática e gostosa de consumir boas quantidades de vitaminas e minerais, mesmo para quem não tem o hábito de comer frutas in natura. Entre os que fornecem baixa quantidade de calorias, destaque para os de limão, maracujá, melancia e abacaxi. Para não estragar a leveza, é bom não adoçar a bebida. “Os sucos são calóricos quando adoçados, principalmente com açúcar”, alerta a nutricionista Claudia Novais, especializada em nutrição esportiva. Há sucos para todos os gostos e necessidades. Há os que melhoram a nossa disposição, os que acalmam, os antioxidantes, os refrescantes e muitos outros. E, num país com tantas variedades de frutas, como

o nosso, não há motivos para não tomar muito suco. “Nessa época temos um aumento de 50% nas vendas, o suco mais vendido aqui é o de abacaxi e o melancia, que são refrescantes”, afi rma Osmar Gouveia, proprietário da Frutaria Joara. As casas de sucos têm cardápio fi xo, mas estão abertas a novidades e até a novos pedidos. “Se o cliente chega com um pedido diferente e criativo, nós

fazemos; se ficar bom incluo no cardápio”, afi rma Osmar. Para quem aprecia água de coco, aliála à fruta predileta é uma ótima opção. É com esse ingrediente natural que o Coco Up Mix, com quiosque no Campinas Shopping, atrai os consumidores de alimentos com efeito restaurador. “A água de coco quebra o sabor ácido de algumas frutas cítricas”, diz Cássio Toledo, proprietário da franquia.


Mistura de letras

Mitos sobre a polpa

Ingredientes diferentes

A casa de sucos Sucão, que já ganhou o prêmio da Revista Veja Campinas como melhor suco por três anos, brinca com os nomes das bebidas conforme os ingredientes. Abaxuva (abacaxi e uva), Morange (morango e laranja), Carinhoso (mamão e maracujá) e Melcaxi (melão e abacaxi), são alguns exemplos. “A arte de fazer o suco envolve a utilização dos ingredientes na medida certa, não é só misturar as frutas, tem que ter qualidade”, afi rma Antonio Martins Mesquita, proprietário do Sucão há 30 anos. No Ykiabacaxy, trailer que fica na lagoa do Taquaral, algumas receitas são batizadas com nomes de personalidades. Tem o Joaquim Cruz (maçã, cenoura e laranja), Guga (xarope de guaraná e limão), Ayrton Senna (mamão, cenoura e laranja), Gustavo Borges (morango, banana e laranja), e Magic Paula (caju, abacaxi e laranja). “Os preparados com açaí também são os preferidos dos atletas que pedalam, correm e caminham na Lagoa do Taquaral”, afi rma Tom Correa, proprietário do Ykiabacaxy.

Além do suco da fruta natural, de acordo com a nutricionista Claudia Novais, as polpas de frutas também têm valor nutritivo se no armazenamento não ocorrerem mudanças bruscas de temperatura. Também é importante que haja uma seleção criteriosa da matéria-prima e na maioria das vezes o potencial vitamínico para vitamina C é diminuído. Por outro lado, mesmo congeladas, as polpas de frutas são excelentes fontes de polifenóis, substâncias presentes nas frutas com excelentes funções terapêuticas.

A clorofi la é o pigmento verde das plantas. Possui magnésio, ferro, cobre e potássio que ajuda no combate ao envelhecimento, pois atua melhorando a condição sanguínea, visto que possui ação antioxidante e fornece elementos nutricionais com capacidade para regular o metabolismo. “A clorofi la é um ingrediente novo na mistura dos sucos que traz como beneficio a reparação das estruturas danificadas das moléculas do corpo e, com isso, reduz a velocidade do envelhecimento”, afi rma a nutricionista Claudia. O Ginseng, também muito utilizado nos sucos, ajuda na reconstrução de células e dá força muscular, melhora a memória, aumento da vitalidade, reforça a imunidade e ajuda no equilíbrio do metabolismo. De acordo com a nutricionista, para fazer uma boa combinação de propriedades energizantes, antioxidantes e refrescantes, devem estar presentes nos sucos, folhas verdes escuras (couve , salsinha, espinafre) por serem fontes de ferro, o ginseng (pequena quantidade) por ser energizante, um cítrico (laranja ou limão) , por ser fonte de vitamina C e uma fonte de fibras (linhaça) por também ser fonte de ômega 3 .Para você se refrescar no verão e contribuir para um organismo mais do que saudável, a nutricionista Claudia Novais indica algumas combinações de sucos que são um verdadeiro sucesso. Veja na próxima página. Agora, é só experimentar!

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GASTRONOMIA

Suco fortificante Ingredientes: • 4 col. (sopa) de beterraba crua ralada; • 1 xíc. (chá) de água mineral; • 1 xíc. (chá) de suco de acerola; • 1 col. (chá) de levedo de cerveja; • 1 punhado de folhas de hortelã. Bata no liquidificador a beterraba com a água mineral. Junte o suco de beterraba ao suco de acerola, acrescente o levedo de cerveja e mexa. Juntos, o ferro da beterraba e do levedo mais a vitamina C da acerola facilitam a oxigenação das células, espantando o cansaço e a tendência à anemia causada pela perda de ferro pela menstruação. O levedo também fornece vitaminas do complexo B, que melhoram o pique e o humor. Suco Desintoxicante 50

Ingredientes: • ½ pepino; • 1 beterraba; • ½ maçã, sem sementes; • 4 cenouras, sem folhas.

Passe tudo pela centrífuga e está pronto para beber.

Suco beleza Total

Suco anti-inchaço

Ingredientes:

Ingredientes: • Suco de 1 lima da pérsia; • 3 xícaras de chá de melancia picada; • 10 folhas de capimcidreira fresco; • Adoçante (opcional).

• 2 cenouras cruas picadas; • ½ maçã com a casca

e sem sementes; • 1 xíc. (chá) de melão picado; • 1 fatia de gengibre sem casca; • 1 punhado de salsa; • 1 col. (sobremesa) de semente de linhaça dourada; • Adoçante (opcional). Passe os ingredientes na centrífuga ou no liquidificador. Se preferir, coe. A cenoura e a salsa são fontes de betacaroteno, que, transformado no organismo em vitamina A, estimula o sistema imunológico e atua na recuperação e no brilho da pele. Ainda tem substância antiinflamatória e antienvelhecimento.

Bata todos os ingredientes no liquidificador e coe. A lima-da-pérsia, a melancia e o capim-cidreira possuem compostos bioativos com ação diurética, diminuindo o inchaço e a retenção de líquidos típicos do período pré-menstrual ou causados pelo uso de anticoncepcionais.

Endereços para matar a sede! Frutaria Joara Rua Dr. Quirino, 1.156, Galeria dos Arcos, Centro. Tel. (19) 3231.9463 De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h; sábado, até as 12h. Sucão Rua Benjamin Constant, 1.108, Centro. Tel. (19) 3236.8646. De segunda a sábado, das 9h à meia-noite; domingo, das 12h à meia-noite.

Sucos Naturais Ykiabacaxy Portão principal do Parque Portugal (Lagoa do Taquaral). Tel. (19) 3256.8950. Todos os dias, das 7h30 às 21h. Coco Up Mix Campinas Shopping, no trevo da Rod. Anhanguera com Rod. Santos Dumont. Tel. (19) 3384.5383. Funciona no mesmo horário do shopping.



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