Revista Soul Black Tie 023

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Aformação inicial do J.B.’s incluía o baixista “William ‘Bootsy’ Collins” e seu guitar rista “Phelps ‘Catfish’ Collins”, anteriormente do obscuro Funk, com a roupagem dos “The Pa cemakers”; “Bobby Byrd” (órgão) e “John ‘Jabo’ Starks” (bateria), ambos remanescentes da ban da de Brown dos anos 60; três inexperientes instrumentistas de trompa, “Clayton ‘Chicken’ Gun nells”, “Darryl ‘Hasaan’ Jamison” e “Robert McCollough”; e o per cursionista de conga “Johnny Griggs”.

Outros antigos ex-integran tes das bandas de Brown, in cluindo o trombonista “Fred Wesley”, “Maceo Parker” e “St. Clair Pinckney”, eventualmente seguiram sua liderança, enquan to os irmãos ‘Collins’ e a maio ria do resto dos JB “Originais” deixaram Brown para se juntar a banda “Parlament-Funkadelic” de “George Clinton”. A formação do J.B.’s mudou com freqüência depois disso, até que o grupo se desfez em 1976, após as saídas de ‘Wesley’ e ‘Parker’.

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Brasil, Novembro de 2022 - No 023 - Distribuição Dirigida e Gratuita
The J.B.’s “Original” 50 anos de Pick-Up Página 04 Turma do Vinil Página 06 e 07 Web Rádio Disco Funk Página 08 e 09 Samba de Raiz Página 10 e 11 Blitz Soul Black Tie Página 12 Sparta Disco Dance Página 13 Uma Breve viagem pela História da Soul Music Páginas 14 e 15

O Retorno!

ita, eu já estava ‘troncho’ de saudade de todos vocês, afinal passaram-se 2 anos e sete meses sem poder fazer Blitz pelos bailes, pesquisar Biografias, escrever matérias, publicar esta humilde Revista e principalmente ver, rever e conhecer novos amigos.

Com esta pandemia que, diga-se de passagem, ainda está sendo controlada, tivemos perdas irrecuperáveis de amigos e conhecidos que fizeram e ainda fazem parte de nossas histó rias. Ainda não estamos livres desta “Coisa”, mas pelo menos estamos vacinados e portanto protegidos.

Alguns bailes já estão sendo feitos, principalmente da tur ma do flash back com os DJs “Max”, “Dó”, “Lacyr”, “Retroma niacos” “Turma do Vinil”, “Sparta Bons Tempos”, “Carlinhos do Sparta” e “Marcelo Belo”. Do lado do Soul, apenas a “Silva nia”, o “Conrad Brown”, o “Waldir Black” e esporadicamente o “Toninho” do ‘Baile da Saudade’, para nos dar um pouco de diversão.

Bem, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Belotur ainda man tem restrições para liberação da “Praça Sete de Setembro” e “Parque Municipal Américo Rene Gianeth” para os tradicionais eventos de Soul Music. Porem a “Feira domingueira da Av. Afonso Pena”, “Virada Cultural”, “Concentrações Políticas” e “Orgulho LGBTQIA+” “Pode”!

Desculpe, mas não dá para entender. Tudo bem, vamos in sistindo que uma hora dá. Enquanto isso, vamos aproveitando o que tem para gerar matéria para preencher as páginas desta nossa Revista.

Agora, mudando de alho para bugalho: Estamos com um programa de web rádio o “Alma Negra”, trazendo muito Soul, Funk, R&B, transmitido pela “Web Rádio Disco Funk” no www. discofunk.com.br, todo sábado as 18:00 horas, com reprise aos domingos no mesmo horário. Agradecemos, aos diretores desta emissora, por mais este espaço de divulgação da boa “Musica Negra”. Vale dar uma conferida!

Este é a sua principal fonte de informação e canal de comu nicação sobre verdadeira história da Musica e Dança Negra! Estamos abertos a “Sugestões” e “Críticas”. Envie um e-mail para soulblacktiebh@gmail.com, dê-nos o seu “Feedback”. Acompanhe-nos pela Fan Page do Facebook: @soulblacktie e nos siga no Instagram @soulblacktie

Boa leitura e um forte AbraSoulBlackTie a todos!

* Esaú Gonçalves é Radialista, DJ e Produtor

Discotecários, Disck jokeys e Video jokeys

Até a década de 1970, só existia um profissional que animava as festas e bailes mecâ nicos: era o “Discotecário”. Bem, o “Discotecário” era a pessoa contratada para trocar os dis cos das vitrolas. Com o apareci mento da ‘Disco’, e o avanço da tecnologia o “Discotecário” era o responsável por trocas as músi cas das Pic-Ups e intercambiar uma e outra pic-up durante toda a festa, evitando que aconteces sem os famosos buracos entre uma música e outra, o que ob viamente ‘esfria’ a pista de dan ça. Até ai, tudo bem, porem este profissional tinha que no mínimo conhecer os LPs e as músicas de sucesso, e claro ter um certo ‘feeling’ para escolher a música certa para entrar depois da outra e manter a pista bem aquecida.

A partir do início da década de 1980, ainda com o avanço da tecnologia (aparecimento do ‘Mi xer’ [em português ‘misturador’]), os “Discotecários” continuaram o seu trabalho de trocar músi ca. Apenas alguns insatisfei tos se autodenominaram “DJs” (Disc Jokeys), pois além de tro car músicas eles começaram a emendar uma música na outra, mantendo as batidas iguais, lan çando assim a mixagem.

No final da década de 1980, novamente com o avanço da tec nologia, apareceram as baterias eletrônicas, e alguns “DJs” evo luíram e iniciaram uma perfor mance até então nunca vista ou ouvida (era Tecno-Funk, Breack, etc.), inceriram o scretch, o beck to beck, o sampler, os efeitos de voz e as distorções sonoras e harmônicas. Nascia daí os “DJs Performaticos”.

Mantendo o foco na evolu ção tecnológica e na cronologia,

não poderia deixar de mencio nar o aparecimento dos “VJs” a partir de meados da década de 1990. Os “VJs” (vídeo Jokeys) apareceram pelo simples fato de amarem vídeo clips, e terem a visão de que seria a ‘bola da vez’, e realmente tiveram uma sacada ‘foda’ demais. Tanto que toda casa noturna que se pre se, tem um “VJ”, além é claro de um “DJ”, pois, se o “VJ” não esta exibindo os vídeos, ele esta cuidando de exibir o visual lumi noso, que é matéria para a pró xima edição.

Então resumindo: Existem “Discotecários” (trocadores de música), “DJs Clássicos” (ado ram mixar), “DJs Performáticos” (amam fazer a música diferente) e os “VJs” (apaixonados por ví deo clips). Para ser qualquer um deles e necessário ter “Talento, Feeling, Ouvido afinado, Sintonia com o público, Visão emergente, Atitude, Austeridade, Profissio nalismo, Fidelidade, Muito Treino e, por incrível que pareça, Humil dade (nunca subserviência).

O Projeto de Lei 3265/12 aprovado, inseriu o DJ (disc -jóquei) e o Produtor DJ na Lei 6533/78 já existente.

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Ê

Personagem: DJ YZA BLACK

Poeta Preto

Vocação é um caminho guiado pelo talento. Se gue-se em frente dependendo da força que o talento tem. Será usada pouca ou muita for ça se a habilidade de adminis trar o talento for desenvolvida o mais cedo possível.

Esaú Gonçalves é autodi data nesse assunto, uma ca racterística singular de quem tem controle sobre seu talento. É preciso esforço, entendimen to e prática. Durante sua traje tória, fez com que seu talento deixasse pegadas como num mapa, que certamente foram seguidas por admiradores e parceiros. Com 12 anos não

conhecia o mundo, mas já fa zia as pessoas conhecerem o seu MUNDO através das mú sicas que tocava nas festas. Sua bússola era o Toca Dis cos, e o seu mundo preenchia os sonhos e a alma de quem frequentava os bailes. Em se guida emprestou seu talento à algumas das melhores boates de BH.

Consolidou sua vocação ao deixar que as rádios por onde passou traduzissem seu estilo. E o inverso também aconteceu nos bailes: fluidez nas palavras e também no Toca Discos. Era como uma transfusão de san gue: vocação e talento se ali mentando. Sempre digo que DJ’s e público são como um disco de vinil: capa e recheio. É uma relação fiel, sincera, e baseada na reciprocidade. Hoje existem pessoas que se vangloriam de ter “fãs” e “se guidores” por alguns minutos,

horas, e até mesmo semanas. Isso é uma prova de que voca ção e talento nem sempre se encontram.

As performances em “tem plos” como MÁSCARA NE GRA, BAILA COMIGO/RE QUINTE, e rádio DEL REY, transformaram sua trajetória num livro de ata assinado por admiradores nas últimas 5(cin co) décadas. A arte só sobrevi ve quando o artista a mantém

erguida, mesmo ele sendo só um instrumento. Discotecar/ comunicar é uma arte, e Esaú Gonçalves a mantém erguida sobre seus dois pilares: voca ção e talento. Quem testemu nha a performance do DJ YZA BLACK (Esaú Gonçalves) pe las trilhas da Black Music tem duas opções...

A primeira: curtir e deixar a alma se banhar em êxtase.

A segunda: decorar a pri meira.

Um abraço e um queijo.

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50 anos de Pick-Ups de Júlio do Sparta

Esta história começa em um “quartinho de despejos”, na casa do “Sérgio Jacó”, que virou deposito de som da melhor equipe de som da época, a “Som Shine”.

Foi lá onde fiz meu primei ro contato com o “Rodolfo Ma lard”, dono da “Som Shine”. Foi ele quem me “descobriu” e me chamou para integrar a equipe. A gente tinha o privilégio de participar, nenhum dos “cola boradores” ganhava nada, mas só o fato de pertencer à equi pe e estar em todas as festas compensava.

O convite partiu de uma situação inusitada. Como cole ga de rua do “Sergio Jacó”, eu estava na porta do quartinho observando o ‘Rodolfo’ gravan do uma seleção de músicas nacionais que seriam utilizadas como música ambiente em um importante almoço. Em deter minado momento ele começou a ficar apertado com o repertó rio, por falta de conhecimento deste tipo de música. Como eu conhecia bem, comecei a indi car algumas e elas se encaixa vam perfeitamente na seleção. Famoso “lugar certo na hora certa”. Daí partiu o convite, o ano era 1970.

A chance de ser “Discote cário” veio por influência da “Sônia Monteiro”, namorada do ‘Rodolfo’, que ficava me ob servando operando a “caixinha de luz” piscando no ritmo das músicas e não aleatoriamente como fazia o titular absoluto “Zé Fernandes”.

Virei ‘Discotecário’ (hoje chamado DJ). Passei a en saiar, no estúdio as mixagens e seleção de repertório. Naque les tempos não havia “Mixado res”, “Pré-escutas”, “Retornos”, “Fones” e “Pick-Ups” especiais. As ‘mixagens’ eram feitas entre duas pick-ups Garrard através de uma “caixinha” de alterna ção de telefones de uma sala para outra, que a gente chama de “caixinha de passagens” Tudo era feito no “feeling” do ouvido e no tempo certo.

A primeira festa que parti cipei como Discotecário, divi dindo o tempo com o ‘Jacó’, foi no antigo “Country Clube”, hoje “Minas Tenis clube”. Momento inesquecível, o ano era 1971.

Daí em diante, a partir de 1972, a confiança minha e em mim, foi aumentando e passei a assumir as pick-ups em vá rios eventos e locais diferentes.

Naqueles tempos não fazí

eventos ditos especiais como Jantares Dançantes, Trilhas para peças teatrais, Desfiles de Moda e de Misses, Ca samentos dentro de Igrejas, Chás Beneficentes, Carnaval, Réveillon e Bailes Serestas. Como eu tinha um bom co nhecimento musical, a maioria destes eventos especiais so brava para mim. Imagina fazer uma seresta de mais de quatro horas tocando, samba canção, boleros, tangos, rumbas, as famosas Big Bands sem repe tir uma música. Eu fazia e era toda sexta feira no “Jaraguá Country Club”, das 22:00 às 04:00hs.

Mas o local onde toquei mais vezes e fiquei residen te durante muitos anos, foi no “Sparta”. As matinês do ‘Spar ta’ levavam, todo domingo, um público jovem que variava en tre 1.600 e 3.000 pessoas pre sentes, chegando a picos de 5.000 presentes com portões fechados e gente querendo en trar. Até hoje sou reconhecido como “Júlio do Sparta”.

Com o avanço da tecno logia, hoje em dia faço fes tas com um notebook, uma controladora e um pen-drive,

Aí começou a história toda. Passei a integrar a equipe, primeiro como “carregador de caixas” depois como “monta dor”, depois como “instalador”, depois operando “caixinhas de luz”, uma caixinha com vários interruptores que a gente acen dia e apagava as luzes colori das e finalmente como “Disco tecário”.

amos somente festas e bailes, fazíamos praticamente tudo que envolvia música. Existiam poucos conjuntos na época e não existiam os recursos téc nicos de hoje. Era muito dife rente ouvir uma música original nas pick-ups e uma simulação bem intencionada destes con juntos.

Além das festas fazíamos

A “Som Shine”, por ser a melhor equipe da época, era muito requisitada. Várias fo ram as vezes que fazíamos até três eventos por noite e para isto eu montava fitas de rolo com repertórios variados. Não tínhamos uma discoteca duplicada.

Toquei em vários “point´s” da época como o “Circulo Mi litar”, “Sociedade Mineira de Engenheiros”, “Jaraguá Coun try Clube”, “D.A de Medicina”, “DCE´s da Católica e da Fede ral”, “Sparta Vôlei Clube”, “D.I da Polícia”, “Automóvel Clu be”, dentre outros, não só aqui mas como no interior, além das famosas “Festas Juninas” que ocorriam nos principais colégios como o “Pitágoras”, “Promove”, “Santo Antônio”, “Champagnat”, “Loyola”, “Es tadual Central”, “Tiradentes”, “Dom Silvério”, “Colégio Mili tar” e a famosa “Noite do Bode

nada mais daquelas pesadas caixas de discos, e pick-ups. Ainda faço algumas festas tipo “vintage” para pessoas que estão fazendo mais de 50 anos. Também faço parte da equipe da “Web Rádio Disco Funk”, onde só tocamos mú sicas daqueles bons tempos. Temos um programa chama do “hora dançante” que vai ao ar todos dias das 20 às 21:00 horas. Toda quinta feira, nes te horário, preparo um set list especial.

Consegui acompanhar boa parte da evolução, mas com toda certeza nada será igual aqueles bons tempos da ado lescência e das “bolachonas” ou o famoso “Vinil”, além de muitas “histórias”, “causos” e “situações inusitadas”. Quem viveu esta época sabe que re almente foi a melhor.

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Cor de Rosa” do colégio “Santa Maria”.
Júlio Fernandes

The James Brown Band “Original”

varam uma série de sucessos no início dos anos 70, incluindo “Pass the Peas”, “Gimme Some More” e o # 1 R&B “Doing It to Death”. Quase todas as suas gravações foram produzidas por Brown e a maioria foi lan çada em sua própria gravado ra, a “People Records”. Como a maioria das músicas de “Ja mes Brown”, as gravações do J.B.’s são fortemente sample adas por DJs e produtores de discos de hip hop.

The JB Horns

Albums

* Food For Thought (1972) - Doing It to Death (1973)Damn Right I Am Somebody (1974) - Breakin’ Bread (1974)Hustle with Speed (1975) - Jam II Disco Fever (1978) - Groove Machine (1979) - Music for the People e Bring the Funk On Down (1999)

Como The JB Horns

* Pee Wee, Fred and Ma ceo (1989) - Funky Good Time / Live (1993) - I Like It Like That (1994)

Abanda “The J.B.’s” fo ram formados em mar ço de 1970, depois que a maioria dos membros da banda anterior de Brown o abandonou por causa de uma disputa salarial. (As bandas anteriores de Brown dos anos 50 e 60 eram conhecidas como The James Brown Band e The James Brown Orchestra.) A formação inicial do J.B.’s in cluía o baixista “William ‘Boot sy’ Collins” e seu guitarrista “Phelps ‘Catfish’ Collins”, an teriormente do obscuro Funk, com a roupagem dos “The Pacemakers”; “Bobby Byrd” (órgão) e “John ‘Jabo’ Starks” (bateria), ambos remanescen tes da banda de Brown dos anos 60; três inexperientes ins trumentistas de trompa, “Clay ton ‘Chicken’ Gunnells”, “Darryl ‘Hasaan’ Jamison” e “Robert McCollough”; e o percursionis ta de conga “Johnny Griggs”. Esta versão do JB’s tocou em algumas das mais intensas gravações de Funk de Brown, incluindo “Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine”, “Super

Bad”, “Soul Power”, e “Talkin’ Loud and Sayin’ Nothing”. Eles também acompanharam Brown em uma turnê européia (durante a qual gravaram o lon go álbum ao vivo “Love Power Peace”), tocaram no LP duplo de “Sex Machine”, e lançaram dois singles instrumentais, o muito sampleado “The Grunt” e “These Are The J.B.’s”.

Outras escalações

Em dezembro de 1970, o trombonista “Fred Wesley” vol tou à organização de James Brown para liderar os J.B.’s. Outros antigos ex-integrantes das bandas de Brown, incluin do “Maceo Parker” e “St. Clair Pinckney”, eventualmente se guiram sua liderança, enquan to os irmãos ‘Collins’ e a maio ria do resto dos JB “Originais” deixaram Brown para se juntar a banda “Parlament-Funka delic” de “George Clinton”. A formação do J.B.’s mudou com freqüência depois disso, até que o grupo se desfez em 1976, após as saídas de ‘Wes ley’ e ‘Parker’.

Gravações

Além de apoiar Brown no palco e nas gravações duran te esta época, o J.B.’s também gravou álbuns e singles por conta própria, às vezes com Brown se apresentando em órgão ou sintetizador. Seus álbuns eram geralmente uma mistura de faixas pesadas de Funk e algumas peças mais di recionadas ao Jazz. Eles gra

Durante os anos 80 e 90, “Maceo Parker” e “Fred Wes ley” viajaram intermitentemen te sob o nome “The JB Horns”, às vezes com a participação de outros ex-integrantes de ban das de James Brown, como “Alfred ‘Pee Wee’ Ellis”. O JB Horns gravou vários álbuns para o selo “Gramavision” que foram reeditados pela “Rhino Records”. Eles também grava ram um álbum com esse nome, com os produtores “Jeff Mc Cray” e “Richard Mazda” cha mado “I Like It Like That”.

Reunião

Uma versão do J.B.’s, in cluindo “Fred Wesley”, “Boot sy Collins”, “Pee Wee Ellis”, “Bobby Byrd” e “Clyde Stubble field”, reuniram-se para gravar o álbum “Reunion” de 1999, “Bring the Funk on Down”, de dicado à memória de “St. Clair Pinckney”. Álbum lançado no Japão pela “P-Vine Records”, posteriormente em 2002, ree ditado nos EUA pela “Instinct Records”.

Discografia

Singles

(1970) The Grunt, Pt 1 / Pt2 - These Are the JB’s, Pt 1 / Pt 2; (1971) My Brother, Pt 1 / Pt 2 - Gimme Some More / The Ra bbit Got The Gun; (1972) Pass the Peas / Hot Pants Road - Gi vin’ Up Food For Funk, Pt 1 / Pt 2 - Back Stabbers / JB Shout; (1973) Watermelon Man / Alone Again, Naturally - Sportin’ Life / Dirty Harri - Doing It To Death/ Everybody Got Soul - You Can Have Watergate / If You Don’t Get It The First Time… - Same Beat, Pt 1 / Pt 2; (1974) Damn Right I Am Somebody, Pt 1 / Pt 2 - Rockin’ Funky Watergate, Pt 1 / Pt 2 - Little Boy Black / Rockin Funky Watergate - Bre akin’ Bread / Funky Music Is My Style; (1975) Makin’ Love / Rice ‘n’ Ribs - (It’s Not the Express) It’s the JB’s Monaurail, Pt 1 / Pt 2 - Thank You for Lettin’ Me Be Myself and You Be Yours Pt 1 / Pt 2; (1976) All Aboard The Soul Funky Train / Thank You for Lettin’… Pt 1 - Everybody Wanna Get Funky One More Time, Pt 1 / Pt 2

CD compilations

Funky

Good Time: The Anthology (2 CD) (1995) - Food for Funk (1997) - Pass the Peas: The Best of the J.B.’s (2000) * Esaú Gonçalves

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Conhecendo a “Turma do Vinil”

Entrevista realizada em 30/01/2019 com Murilo Cafieiro e Ronan Oliveira, diretores da Turma do Vinil.

o início no Movimento e mais alguns que foram agregados durante este período.

Ronan - Nos somos donos da marca, e mudamos recen temente a nossa Logomarca para fins de atualização, pois a antiga não transmitia exata mente o nosso propósito.

Soul Black Tie - O que é a Turma do Vinil?

Ronan – É um “Projeto Cul tural” de resgate da boa músi ca dos anos de 1970, 1980 até meados de 1990 e de preser vação a memória do ‘vinil’ em forma de músicas, equipamen tos e o próprio disco de vinil.

Soul Black Tie – Como surgiu o nome?

Ronan - Turma do vinil era um programa de rádio (de flash back) que eu tinha em 2003, em Cataguases. Em 2007, já em Belo Horizonte, fazendo o programa “Turma do Vinil” na “Flash Web Rádio”, me encon trei com o “Pardal” que tinha o contato do “Murilo”, “Ernesto” e “Macarrão”. Então marcamos um encontro no estúdio da rá dio e o ‘Murilo’ propôs que fo cemos a “Turma do Vinil”.

Soul Black Tie – Como se tornou um Projeto Cultural?

Ronan - A partir deste en

contro, nos começamos a pro mover resenhas na casa de conhecidos, que a priore era uma reunião descompromissa da. Eu não pude acompanhar todos os encontros por ques tões de agenda mesmo, mas a coisa foi ganhando ‘corpo’, co meçou a chegar mais gente, as resenhas ganharam os bares, e quando eu assustei, já tinha site, camisetas. etc.

Soul Black Tie – Este projeto é legalizado?

Ronan – Sim. Hoje é uma ‘Associação legalmente consti tuída com estatuto e ata regis trados em cartório, ata de reu niões, reuniões periódicas, etc.

Murilo – Em 2009 nós ten tamos legalizar o ‘Movimento’, porem como haviam divergên cias muito fortes em nosso grupo, não conseguimos. En tão em 2016, os mais ativos e menos divergentes, criamos o estatuto e convidamos os que efetivamente estavam desde

Murilo – Esta Logo antiga era muito pesada, não era mui to alegre e nos remetia a ou tros movimentos, como o Black Soul. Somos donos das duas Logos e desde o primeiro dia de 2019 encostamos a antiga por questão de representativi dade.

Soul Black Tie – Quantas pessoas compõem a direto ria?

Murilo – Estatutariamente temos 11 (onze) pessoas na di retoria, porem como toda Asso ciação ou Empresa tem aque les que efetivamente “põem a mão no barro” e outros que só colhem os louros...

Ronan – Ou ficam mera mente de figura decorativa...

Murilo – Nós estamos en trando em uma nova fase que nos levou a repensar e refor mular os objetivos, vamos dar uma enxugada na diretoria e pegar as pessoas que querem realmente trabalhar.

Soul Black Tie – Qual o pro pósito do Movimento Turma do Vinil?

Ronan – O propósito efe tivo é claro, é o entretenimen to. Em meu entendimento, a Turma do Vinil e todo projeto de “Flash Back”, que ganhou força de uns anos para cá, tem o propósito de dar opção de divertimento sadio às pessoas de 40 anos acima. Eu até brinco que nós tiramos os cinquentões de casa. Então o objetivo é de levar alegria a estas pessoas jovens ou os cinquentões que vive ram esta época de ouro. A Turma do Vinil tem uma es sência, e esta essência é o nosso público alvo.

Murilo – Só complemen tando, o objetivo maior da Tur ma do Vinil é o público, más como Associação constituída ela tem estatuto, e lá diz que temos como objetivo preservar a memória do ‘vinil’, utilizando todos os meios possíveis para divulgar a música que agitaram o público passado, divulgando através de mídias sociais, para que se fortaleça a preservação do ‘vinil’ e das músicas que to caram nesta época. Ainda tem uma restrição que “obrigatoria mente” em nossos eventos tem que ter “toca-discos”. Claro, tem um adendo de: é permitido outras mídias.

Ronan – Na verdade com a tecnologia atual, virou uma cenografia, mas é bacana que o pai leva o filho para mostrar o que é um disco de vinil e como funciona, e isso é muito impor tante para nós.

Soul Black Tie – Vocês encontram muitas dificuldades/ resistência na promoção dos eventos?

Ronan - Tirando a dificul dade de logística, para um DJ participar do projeto, ele tem que se encaixar nos nossos parâmetros, no quesito “Line Up” (lista de DJs) na grande maioria dos eventos foi suces so e não perdeu a essência, tem que tocar “o comercial”. Vários DJs nos procuram para mostrar o seu trabalho e nos queremos dar oportunidade, mas temos que escolher “a dedo” para não incorrer em in satisfação do público alvo. Os DJs do ‘line up’ não recebem cachê, mas muitos que já par ticiparam, receberam convites para tocar em outros eventos, inclusive de outros seguimen

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DJ Murilo Cafieiro, Presidente da Turma do Vinil Resenha no Recanto dos DJ’s (união, respeito e troca de informações)

tos. Nós temos um cuidado muito grande com a organi zação do evento, inclusive na escolha dos locais. O local tem que ter conforto, serviço de bar completo, banheiros limpos, lu gar para assentar, etc.

Murilo - Se não existissem estes movimento, onde estes DJs estariam tocando? Em casa? Para a família ou as pare des? Aí quando você chama um DJ para tocar, ele se acha uma estrela, quer fazer exigências e cobrar cachê, achando que nós estamos ficando ricos com os eventos, que nós estamos aparecendo em cima do nome dele. O dono do ‘Estabeleci mento’ não tem como nos pagar muito por um evento, o que nós fazemos é dar um ‘mimo’ para os DJs. Agora em eventos com participação de bilheteria, os DJs que estão ‘roendo o osso’ conosco, são convidados a to car e recebem cachê!

Soul Black Tie - Falem um pouco sobre a relação com outros projetos!

Ronan – Bem o Max (Pro jeto Flash Back) que tem um projeto paralelo mais novo que

o nosso, parece que a 6 (seis) anos, criou o projeto inspirado na Turma do Vinil, porque an tes acontecia uma coisinha ou outra, porem bem esporádico. Vez ou outra acontece um cho que de datas com outros proje tos, mas nada que enfraqueça o movimento como um todo e nos temos uma relação muito tranquila com o Max, até por que, quanto mais movimentos neste estilo tiverem, melhor para todos. Só sobrevive quem leva a sério, tem respeito pelo seu público e procura ser o mais profissional possível.

Murilo – Eu sempre tive a concepção de que quanto mais você fortalece um seguimento trazendo as pessoas que teem os mesmos objetivos, você consegue fluir bem. Mas infe lizmente Belo Horizonte sem pre teve o movimento de DJs e donos de som muito desagre gado. Desde que eu comecei a trabalhar como DJ em 1974 eu percebia que era cada um se defendendo, nós tivemos uma fase do “puxa tapete” no auge das boates. Já tentamos montar uma associação de DJs mas não conseguimos, em

Minas não existe nada, porque a maioria só enxerga o próprio umbigo. Se nós tivéssemos uma organização forte e lega lizada, de DJs, Donos de Som, Boates, não tínhamos perdido tanto, e podíamos lutar contra a ‘Prefeitura’, ‘Orgãos Fiscali zadores’, ‘Juizado de Menos’, ‘Polícia’ e ‘Políticos’. Desde que comecei a fazer as rese nha em minha casa, que cha mo de “Recanto dos DJ’s, entra quem quiser, e tem que deixar as rivalidades do lado de fora do portão, pois lá tem de haver respeito, isso para agregar as pessoas em um objetivo único.

Já tentei conversar sobre agenda com outros movimen tos inutilmente, pois se tem dois eventos na mesma re gião e data, o contratante e o público vão ficar prejudicados. Então só sobrevive quem tem a preocupação com a satisfa ção geral e realmente é pro fissional. Hoje nós temos uma parceria muito forte com o “Tim do Movimento do Sparta Bons Tempos” e com o “Max do Pro jeto Flash back”, já convida mos outros movimentos mas infelizmente eles não querem agregar forças.

Soul Black Tie - Como tem sido a resposta do seu público alvo?

Ronan – A melhor possível. Isso não tem preço. Fui buscar

um banner em uma academia em que participei de um even to como “MC” (Mestre de Ce rimônia) e o proprietário me perguntou quando terá outro evento da “Turma do Vinil”, pois a esposa dele viu um flyer nos so e quer ir ao próximo. Você percebe que está no caminho certo, quando as pessoas que estão assíduas nos eventos, aparecem no próximo com 2, 3, 4 pessoas convidadas dele e que nunca estiveram presen tes em nossos eventos, e isto tem acontecido. Eu tenho ob servado que quando postamos um flyer nas mídias sociais, os compartilhamentos e os co mentários teem aumentado.

O que nos dá mais satisfa ção é ouvir de casais presen tes, que tinha mais de 20 anos que não saiam para se divertir e estavam revivendo coisas boas. Tem casais que até me lhoraram o relacionamento pelo marido e/ou a esposa ter levado o parceiro para nossas resenhas. Pessoas que vieram nos primeiros eventos estão trazendo amigos em outros eventos.

Não tivemos nem uma úni ca ocorrência de discursão ou mal entendido nos eventos, porque as pessoas são educa das, e isso se torna um ótimo referencial.

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Por Radialista, DJ e Mestre de Cerimônias Ronan Oliveira, VicePresidente da Turma do Vinil Hora Dançante da “Turma do Vinil” juntamente com “Tim Sonorização” e “Projeto Flash Back” no Sparta Volei Clube

Web Rádio Disco Funk

Durante os anos 70 e 80, existia um clube social chamado Sparta Vôlei Clube voltado à lazer familiar e de dicado a alguns esportes es pecializados. Para tal o clube construiu um grande ginásio coberto e equipado com uma quadra de tacos, na época muito utilizada em quadras cobertas. O Sparta era locali zado no bairro Caiçara, região nordeste de BH que englobava bairros tradicionais como Car los Prates, Padre Eustáquio e outros.

Foi nos anos 70 que co meçaram os movimentos dos famosos “bailinhos e domin gueiras”, encontro voltado aos jovens adolescentes e que ocorriam, geralmente nas tardes de domingo.

Aproveitando o momento, o Sparta começou a promo ver a “hora dançante” em sua quadra, a princípio aos sába dos e posteriormente aos do mingos, entre 18 e 23 horas.

O Sparta, durante os anos 70, recebia um público que girava em torno de duas mil pessoas, chegando, por vezes a picos de três, qua tro e cinco mil pessoas. As Horas Dançantes do Sparta, foram uma de maior sucesso da época e deixou milhares de ex frequentadores com grandes lembranças daquela época.

Recentemente, um grupo de frequentadores resolveu criar um grupo no WhatsApp denominado “Sparta Bons Tempos” Nasceu a ideia de realizar uma festa que relem brasse aquelas festas dos anos 70. Então foi realizada a primeira “Sparta Bons Tem pos, A Festa” com presença de mais de 1.100 pessoas.

Em função desta realiza ção, surgiu a oportunidade de adquirir uma web rádio, que poderia permitir que es tes “saudosistas” pudessem

ouvir as musicas dos anos 70/80 e 90 que não se ouve normalmente. Então o grupo comprou a Web Rádio Disco funk.

A rádio está com esta nova administração a mais de cinco anos e vem sendo man tida com recursos próprios, que não são suficientes para a necessidade. Não se trata de uma rádio convencional, não temos locutores, só vi nhetas de chamadas. Não temos patrocinadores e nem anunciantes, porém criamos uma programação diferen ciada que mantem um públi co cativo que nos possibilita ocupar o oitavo lugar geral em Belo Horizonte (concorre mos com rádios evangélicas, sertanejas e pop do momen to) e o quinto a nível nacional dentro do nosso seguimento. Lembramos que, Belo Hori zonte conta com mais de 180 Web Rádios e no Brasil são aproximadamente 18.000 web rádios.

Criamos uma progra mação, bem voltada para “aqueles tempos”, que per mite uma variação dos tipos de músicas e também não a deixa maçante, repetitiva e cansativa.

Foram criados os seguintes programas:

Programa “Hora Dançante”:

Este programa vai ao ar de segunda a sexta feira as 20:00 horas e é produzido e mixado pelos DJ’s “Ailton Macieira”, “Max”, “Geninho”, “Júlio Fer nandes” e “Murilo Cafieiro”. Com musicas dos anos 70/80 e 90. Ele é reprisado no dia pos terior as 10:00 e 17:00 horas.

Programa “De Rosto Colado”:

Programa apresentado pelos DJ’s colaboradores da “Rádio Disco Funk”, todas as terças e sextas feiras as 21:00 horas e reprisado no domingo. Voltado aos tempos do roman tismo, onde um tempo era de dicado para execução de “mu sicas lentas românticas” para casais dançarem abraçados.

Programa “Alma Negra”

Programa voltado para o movimento Black, tocando músicas dos estilos ‘Soul Mu

sic’, ‘Funk Music’ (o verdadeiro Funk) e ‘R&B’ com as músicas que agitaram os bailes Black dos anos 70 e 80. O progra ma é produzido e apresentado pelo Radialista e DJ “Yza Bla ck” e vai ao ar aos sábados às 18:00 horas e reprisado aos domingos também ás 18:00 horas.

Programa “Só Remix”:

Neste programa, apresen tado as quartas feiras as 21:00 horas, as músicas são tocadas em suas versões remixadas, mais modernas e digitalizadas. O interessante deste programa é que ele é produzido e mixado pelo DJ “Ricardo Malta” que é deficiente visual.

Programa “Hall da Fama”

Este é um programa que apresenta uma ‘Micro-Biogra fia’, as ‘Bio-Curiosidades’ (os fatos mais curiosos da historia) e as musicas mais tocadas de cantores, cantoras, grupos mu sicais e bandas que fizeram e que ainda fazem sucesso. O programa é coproduzido e apresentado pelo DJ “Jú lio Fernandes” e o Radialista “Esaú Gonçalves”. Ele vai ao ar na última quinta feira de cada mês, sendo reprisado na primeira quinta feira do mês subsequente, ambos as 21:00 horas.

Programa “Melhores da Semana”

Como não temos o progra ma “Hora Dançante” nem sá bado e nem domingo, reprisa mos o que foi escolhido como o melhor da semana, através dos comentários recebidos pe los mesmos.

Quem somos e Onde estamos

A Rádio possui um site (discofunk.com.br), páginas no Facebook (Disco Funk Web Rádio), Instagram (radiodisco funk) e no YouTube (RADIO DISCOFUNK). Embora seja uma rádio que toque musicas dos anos 70/80/90 e 2000,

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não é só voltada ao publico mais velho. Sabemos que existe uma gama de jovens que curtem as músicas des tes anos, inclusive com vários depoimentos do tipo “Gostaria de ter vivido este período”. De cididos a tornar nossa Rádio autossuficiente, Estamos por

criar um departamento comer cial para viabilizar os recursos necessários à manutenção da mesma.

Escute nossa emissora, siga-nos em nossas redes so ciais e se inscreva em nosso canal no YouTube. Tenho cer teza que você vai se apaixonar!

Programação semanal

Segundas Feiras

10 horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Murilo Cafieiro.

17 Horas- Reprise do programa Hora Dançante – DJ Murilo Cafieiro

20 Horas – Programa Hora Dançante – DJ Ailton Macieira Terças Feiras

10 Horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Ailton Macieira

17 Horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Ailton Macieira

20 Horas – Programa Hora Dançante – DJ Max

22 Horas - Programa de Rosto Colado – Só músicas lentas Quartas Feiras

10- Horas - Reprise do programa Hora Dançante – DJ Max

17 Horas - Reprise do programa Hora Dançante – DJ Max

20 Horas – Programa Hora Dançante – DJ Geninho

21 Horas – Programa Só Remix DJ Ricardo Malta Quintas Feiras

10 Horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Geninho

17 Horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Geninho

20 Horas – Programa Hora Dançante – DJ Júlio Fernandes

21 Horas – Programa Hall da Fama – Esaú Gonçalves e Júlio Fernandes (sempre na ultima quinta do mês) Sextas Feiras

10 Horas – Reprise do programa Hora Dançante – DJ Júlio Fernandes

17 Horas - Reprise do programa Hora Dançante – DJ Júlio Fernandes

20 Horas - Programa Hora Dançante – DJ Murilo Cafieiro

22 Horas – Programa de Rosto Colado Sábados

14:00 horas – Programa as melhores da semana

18:00 Horas – Programa Alma Negra Dj Yza Black

20:00 Horas – Programa as melhores da semana Domingos

14 horas – Reprise do Programa as melhores da semana

18:00 Horas – Reprise do Programa Alma Negra Dj Yza Black

20 Horas – Reprise do programa De Rosto Colado

9
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Brasil,

Samba com hora marcada

O espaço Baticum

É

assim que acontece o Samba de qualidade. Em 2016, Welington Márcio “Etinho” teve a ideia de juntar alguns amigos sambistas e montar um projeto ambicioso e visionário, com a humilde função de resgatar o melhor do Samba de Raiz. O projeto engatinhou, caminhou e hoje é uma realidade consumada. Durante os eventos do Pro jeto “Samba das Onze”, que diga-se de passagem é mui to bem frequentado, não dá para ficar parado. Com um toque contagiante, bem com passado, assustadoramente afinado e as vozes de Juran dy e Elcinho, completam este cenário.

Conheci o projeto através de um Amigo, quando eles to cavam ainda no bairro Helió polis, isto antes da ‘pandemia’. Hoje, de casa nova, posso afir mar que a qualidade dos even tos se mantem com a mais alta

classe.

O nome “Samba das Onze” é em homenagem a “Adoniram Barbosa”. O proje to é formado pelos sambistas: “Etinho” (Cuíca e Voz), “Nego” (Precursão e Voz), “Elsinho” (Pandeiro e Voz), “Jurandy” (Voz e Pandeiro), “Xuxu” (Ca vaquinho e Voz), “Alex” (Vio lão e Voz) e “Paulo” (Violão e Voz). Além deste time, sempre aparece (do nada), convida dos que acabam por abrilhan tar ainda mais o projeto. Os eventos acontecem de 15 em

15 dias, sempre aos domingos das 11:00 da manhã às 15:00 horas. O preço é bem acessí vel, R$ 15,00 por pessoa, em um espaço amplo e bem are jado.

BATICUM (Tendinha Cul tural), fica localizado à rua Ita raré, 566 no Bairro Concórdia em Belo Horizonte. Como já disse, é um local amplo, are jado, coberto, com um piso bom para dançar, muitas me sas e cadeiras para acomodar os frequentadores, banheiros bem equipados e limpíssimos, cozinha asseadíssima, recep ção e atendimento excelentes. Tira-gosto de dar água na boca e com um tempero magnífico e aquela cerveja de boa qualida de e geladáça.

Para quem ainda não co nhece, vale muito a pena pres tigiar o “Samba das Onze” lá no “Baticum”.

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Origem do Samba

do samba está associada à mistura de ele mentos musicais herdados da África e da Europa que se deu na cidade do Rio de Janeiro no século XIX.

Aorigem

Osamba é considerado por muitos críticos de música popular, artistas, historiado res e cientistas sociais como o mais original dos gêneros musicais brasilei ros ou o gênero musical tipicamente brasileiro. A despeito da centralidade ou não do samba como gênero musi cal nacional, sua origem (ou a história de sua origem) nos traz o registro de uma imensa mistura de ritmos e tra dições que atravessam a história do país.

O samba originou-se dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram como escravos para o Brasil. Esses batuques estavam geralmente associados a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de comunicação ritual através da música e da dança, da percussão e dos movimentos do corpo. Os ritmos do batuque aos poucos foram incor porando elementos de outros tipos de música, sobretudo no cenário do Rio de Janeiro do século XIX.

A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que se tornara a capital do Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de outras regiões do país, sobretudo do ‘Recôncavo Baiano’. Foi nesse contexto que nasceram os aglomerados em torno das reli giões “Iorubás” na região central da cidade, principalmente na região da ‘Praça Onze’, onde atuavam Mães e Pais de santo. Foi neste ambiente que as primeiras rodas de samba apareceram, misturando-se os ele mentos do batuque africano com a polca e o maxixe.

As transformações que aconte ceram no Brasil no final desse século, incluindo a “Abolição da Escravatu ra”, fizeram com que muitos negros libertos se mudassem para a capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro. Lá, os negros reuniram-se em bairros como ‘Saúde’, ‘Estácio’ e ‘Gamboa’. Esses encontros davam-se nos “Ter reiros” (locais de práticas religiosas e encontros comunitários, além de lazer e diversão).

Os terreiros eram propriedades das “Tias Baianas”, mulheres que difundiram práticas do candomblé no Rio de Janeiro e usavam suas proprie dades para que os sambas pudessem acontecer. Isso porque, até a década de 1920, as festividades afro-brasilei ras eram proibidas, pois eram consi deradas “imorais” pelos costumes da época (um indício claro de racismo sobre a cultura afro-brasileira).

to conhecidos nesse contexto: “João da Baiana” (1887-1974), filho da baia na “Tia Perciliana”, de Santo Amaro de Purificação, que gravou o samba “Batuque na cozinha”, e “Donga” (Joa quim Maria dos Santos) (1890-1974), que registrou, em 27 de novembro de 1916, aquele que ficou conhecido

“Um das possíveis origens, segundo Nei Lopes, seria a etnia “Quioco”, na qual samba significa cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito. Há quem diga que vem do “Banto” semba, como o significado de umbigo ou coração. Parecia aplicar-se a danças nupciais de “Angola” caracterizadas pela umbigada, em uma espécie de ritual de fertilidade. Na Bahia surge a modalidade “Samba de Roda”, em que homens tocam e só as mulheres dançam, uma de cada vez. Há outras versões, menos rígidas, em que um casal ocupa o centro da roda.”

A palavra samba remete, propria mente, à diversão e à festa. Porém, como o tempo, ela passou a significar a batalha entre especialistas no gêne ro, a batalha entre quem improvisava melhor os versos na roda de samba. Um dos seguimentos do samba ca rioca, o “Partido Alto”, caracterizou-se por isso.

Como referido, esse ‘Samba de Roda’ determinou a essência do sam ba tipicamente carioca, isto é, seu caráter coletivo, com versos de im proviso e refrões cantados em grupo. Na virada do século XIX para o século XX, o samba foi se afirmando como gênero musical popular dominante nos subúrbios e, depois, nos morros cariocas. Dois sambistas ficaram mui

como o primeiro samba registrado em gravadoras: “Pelo telefone”.

A partir dos anos 1930, o samba ganhou grande espaço na indústria fonográfica e também foi usado pela política ditatorial de “Getúlio Vargas” na época do “Estado Novo”, no seu projeto de “Construção da Identidade e Nacionalidade do Brasileiro”. Um dos grandes estudiosos das raízes do samba também era sambista e figurou entre os nomes que se alas traram no Rio de Janeiro nos anos 1930. Seu apelido era “Almirante”, seu nome era “Henrique Foreis Do mingues” (1908 - 1980), que depois se tornou radialista. ‘Almirante’ inte grou o grupo “Bando dos Tangarás” junto a “Noel Rosa” na Vila Isabel.

Sua obra “No tempo de Noel Rosa” busca por elementos folclóricos do samba urbano desenvolvidos no Rio e relaciona esse gênero com as várias influências de outros ritmos musicais de várias partes do Brasil. Nomes como “Wilson Batista”, “Noel Rosa”, “Cartola” e “Nelson Cavaqui nho” também se tornaram referência desse período.

Um elemento fundamental do samba são os instrumentos de per cussão, e, quando surgiu, atabaques e tambores, por exemplo, eram muito utilizados. No samba urbano carioca, atualmente uma das modalidades mais populares do samba, os instru mentos mais utilizados são o pandei ro, o surdo, o tamborim, a cuíca, o ganzá, o cavaquinho, o violão, o ago gô, o reco-reco, entre outros.

Reconhece-se o samba como um dos estilos mais importantes da cultura e da identidade do brasileiro, e esse reconhecimento manifesta-se pelo fato de que o samba urbano ca rioca, assim como seus subgêneros, é considerado “patrimônio cultural imaterial” do Brasil, pelo “Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio nal”.

Atualmente existe uma data co memorativa em homenagem a esse importante gênero musical de nossa cultura. O “Dia Nacional do Samba” é comemorado no dia 2 de dezembro. A data foi criada por iniciativa de um vereador baiano, chamado “Luis Mon teiro da Costa”, em homenagem ao sambista “Ary Barroso”.

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Soul Black Tie
Pintura de J. Mortiz Rugendas registra o batuque de negros no Brasil do século XIX

Astúcia, Coragem e Determinação!

Em junho de 2021, ainda dentro de uma pandemia de corona vírus, O projeto Stylo Soul, na pessoa da DJ Silvania juntamente com o ex-dançari no Enéias (hoje DJ Duarte), re solveram trazer para os aman tes da Black Music, o retorno dos bailes.

Em parceria com o “Ale xandre”, deixaram o medo de lado e iniciaram as matinês aos domingos no bairro Ca bana, com muito Soul, Funk e James Brown para deleite dos aficionados pela cultura Blacks Music.

Resultado: sucesso total com casa lotada das 15:00 às 20:00 horas no “Bar do Xan dão”. DJ Silvania com seu to que já bem conhecido da turma do Soul, agitando a pista sem medo de ser feliz. Na mesma

vibe, o mais novo DJ Duarte, acompanha o mesmo estilo, arrancando da cartola, músi cas que realmente tocaram nos bailes dos anos 70, fazem os frequentadores irem ao de lírio.

Neste clima de festa, já passaram por lá alguns Djs de renome em Belo Horizonte como “Conrad Brown”, “Pei xinho”, “Metralha”, “Yza Bla ck”, “Equipe Retromaníacos”, “Newton Sergio”, “Waldir Bla ck” e outros, fazendo sua parti cipação para o deleite da turma presente.

O “Bar do Xandão” fica lo calizado na rua Independên cia, 657 no bairro Cabana em Belo Horizonte. Após a ‘Matinê Black’ o DJ Alexandre ainda oferece o melhor do forró (para quem gosta).

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Sparta Disco Dance, a festa!

Quem voltou a balançar as estruturas da turma que é apaixonado pelo “Flash Back” de boa qualidade foram “Car linhos Sparta” e o “DJ Ailton Macieira” com a festa “Sparta Disco Dance”. Já que a pande mia de corona vírus esta con trolada, a festa voltou a todo vapor, desta feita no “Rota 677 Pub Music”.

A primeira deste ano acon teceu no dia 14 de maio, co mandada pelo DJ Ailton Ma cieira que deu um show com seu repertório musical que li teralmente levantou o público presente. A segunda foi no dia 20 de agosto ultimo, desta vez contou com a presença do DJ Ricardo Malta que foi convida do a tocar na festa, abrilhan tando ainda mais o evento.

Nas duas oportunidades, o ‘play list’ musical passou pelo Soul, Funk, Dance, Disco, Rock e Pop Music dos anos 70 e 80, com alguma pitada dos anos 90, para balancear e com muita música boa selecio nadas a dedo. As duas festas contou com um publico muito

animado, repleto de gente bo nita e diversificada, com uma organização impecável, pre parada para quem gosta de Flash Back. Diga-se de passa gem, os ingressos esgotaram logo na primeira semana de vendas.

O “Rota 677 Pub Music” fica localizado na rua Vila Rica, 677 no bairro Padre Eustáquio em Belo Horizonte e conta com serviço de bar impecável com bebidas geladas e quentes, e aquele tira-gosto feito na hora.

Precisamos parabenizar a organização do evento “Spar ta Disco Dance” na pessoa do “Carlinhos Sparta” e “Tim Trios Elétricos”, assim como a equi pe do “Rota 677 Pub Music” pela equipe sempre alinhada. E para fechar o ano com chave de ouro, no próximo dia 26 de novembro, tem a terceira fes ta, que acontece das 19:00 às 01:00 horas, para mantermos vivas as boas lembranças, o corpo em forma e o espírito re juvenescido!

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* Soul Black Tie

Uma breve viagem pela

Soul (em inglês: alma) é um gênero musical dos Esta dos Unidos que nasceu do Rhythm and Blues (R&B) e do gospel durante o final da década de 1950 e início da dé cada de 1960 entre os negros. Durante a mesma época, o ter mo Soul já era usado nos Esta dos Unidos como um adjetivo usado em referência ao afro-a mericano, como em “soul food” (“comida de alma”). Esse uso apareceu justamente numa época de vários movimentos sociais, tanto com a revolução dos jovens, como os movimen tos antiguerra e antirracistas. Por consequência, a “música soul” nada mais era que uma referência à música negra, in dependentemente de gênero e alguns acreditavam que era simplesmente um novo termo para Rhythm and Blues.

O Soul era, certamente, um resgate das raízes da música negra – com forte influencia do Blues com sua emoção, do Jazz com sua intensidade e em particular, do Gospel com o uso de chamadas e respostas. “Ray Charles” pode muito bem ter sido o primeiro a secularizar o Soul tendendo ao Gospel, mas o Soul atingiu sua plenitu de no trabalho da “Rainha do Soul”, “Aretha Franklin”.

ria Stax Records (baseada em Memphis). Cantores do porte “Otis Redding”, “Sam e Dave”, e os “Staple Singers”, produzi ram shows com tanta intensida de que o levaram de volta aos Blues Shouters dos anos 30 e 40. A Atlântic usou estúdios de gravação do sul, como Fame Studios e Muscle Shoals, para produzir discos maravilhosos de cantores como “Wilson Pi ckett” e “Solomon Burk”.

Artistas famosos frequente mente gravavam nos estúdios do sul para dar um up em suas carreiras. “Etta James” gravou o grande (“Tell Mama”) em “Muscle Shoals” e “Percy Sle dge’s” (“When A Man Loves A Woman”), gravado nas proxi midades de Sheffield, tornou -se a primeira canção da Soul do Sul a alcançar o número um nas paradas.

porque embalava seu material tão bem e, ao fazê-lo, conse guia atrair o público adolescen te branco, bem como o tradi cional mercado negro.

Durante a década de 1960, surgiu até o programa de te levisão estadunidense “Soul Train”, que apresentava os su cessos da música negra dos EUA, independentemente do gênero do sucesso musical. Ainda no Rhythm and Blues, a popular dupla “Sam & Dave” escreveu um sucesso que ressurgiu mais tarde no filme “Blues Brothers”, no qual inter pretam a canção “Soul Man”. Sua letra cita “(… eu sou um homem negro …)”.

Características do Soul

A apresentação da músi ca soul é emotiva; a melodia é bem ornamental, misteriosa e com improvisações, rodo pios corporais do(a) cantor(a) e efeitos sonoros dos instru mentos. Os ritmos pegavam facilmente, acentuados com o bater de palmas e os movimen tos plásticos da coreografia são detalhes importantes. Ou

Desenvolvimento

A Atlantic Records foi, o principal cenário da evolução da Black Music - produzindo primeiro “Aretha” em 1967 (“I’ve Never Loved A Man”), no início de uma das maiores sé ries de gravações de Soul de todos os tempos. Mas mesmo antes do trabalho de Aretha, a Soul Music já havia lançado uma série de artistas do sul em gravadoras como a lendá

Naturalmente, haviam vá rios estilos diferentes para a Soul Music e o som da Motown de Detroit dividiram a opinião e estimularam o debate entre crí ticos e historiadores do Soul, desde meados dos anos 60. É mais leve, um estilo mais ligado ao pop e seu direcionamento para atrair uma audiência mais ampla, levaram muitos críticos a descartar este estilo como uma alternativa leve e menos autêntica para a Stax / Atlan tic Soul sulista. O argumento também pode mostrar que, ao lado do material “mais pop” de artistas como “The Supremes”, o selo produziu artistas e ma teriais com o verdadeiro estilo gospel – o material inicial dos “Contours”, o clássico início de “Marvin Gaye”, os excelen tes desempenhos vocais da “Temptation”, tudo leva a igreja e a herança Gospel. Motown era muitas vezes considerado como inferior, simplesmente

tras características estilísticas importantes são as perguntas e respostas entre o cantor e o coral, e uma interpretação dra mática do vocalista principal. A música Soul normalmente

O desenvolvimento da Soul Music foi acelerado graças a duas tendências: o R&B e o gospel. Artistas como “Ben E. King”, “Ray Charles”, “Solomon Burke”, “Jackie Wilson”, “Sam Cooke” e “The Isley Brothers” fundiram a paixão dos vocais gospel com a música cativan te e rítmica do R&B, formando assim o Soul no final dos anos 1950. Socialmente, a grande audiência de adolescentes brancos que ouvia (inicial mente) cópias (ou “covers”) brancos do R&B e sucessos de Rock começou a procurar gravações dos artistas negros originais, tais como “Little Ri chard” e “Chuck Berry”. No fim dos anos 1950, isto fez com que várias gravadoras buscas sem versões vendáveis de mú sica. Os mais influentes selos de gravadoras eram a “Stax re cords”, baseada em Memphis, Tennessee, e a Motown, base ada na região de Detroit.

Durante os anos 1960, a Soul Music era popular entre negros nos Estados Unidos, e entre muitos ouvintes influentes espalhados pelos Estados Uni dos e Europa. Artistas do cha mado “Blue-eyed Soul” (“Soul Branco”); músicos brancos que

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também apresenta cantores acompanhados por uma banda tradicionalmente composta de uma seção rítmica e de metais (Instrumentos de sopro).

historia da Soul Music

tocavam para platéias brancas tais como “The Righteous Bro thers” alcançaram um grande sucesso em curto prazo, ape sar de artistas como “Aretha Franklin”, “Esther Phillips” e o músico “James Brown” terem provado ser mais duradouros. Outros importantes músicos de Soul da época foram “Solomon Burke”, “Bobby Bland”, “Otis Redding”, “Wilson Pickett” e “Joe Tex”. Da mesma forma que o “Blue-eyed Soul”, surgiu nesta época um grande núme ro de variedades regionais do Soul.

gêneros foram influenciados pelo ritmo da Discothèque. Um exemplo foi o grupo de “Philly Soul” “MFSB” (produzidos por Kenneth Gamble e Leon Huff) ou o dançante Funk de “Rick James” (“You and I”), de 1978.

No início dos anos 1970, o soul foi influenciado pelo rock psicodélico e outras varieda des, e artistas como “Marvin Gaye” (“What’s Going On”) e “Curtis Mayfield” (“Superfly”) lançaram declarações, em forma de discos, com duras críticas sociais. Artistas como James Brown conduziram o Soul para uma espécie de “jam festival” dançante, resultando nas bandas de Funk Music dos anos 1970, como o “Funka delic”, “The Main Ingredient”, “The Meters” e “War”. Durante os anos 1970, algumas figuras do “Soul Branco” comercial, como “Daryl Hall & John Oa tes” alcançaram grande su cesso, e também grupos como “The Delfonics” e grupos do “soul da Filadélfia”. Por volta do fim dos anos 1970, a Disco Music dominava as paradas, e o Funk, o “Philly Soul” (Soul da Filadélfia) e muitos outros

Com a “decadência” da Disco Music em fins dos anos 70, super-estrelas do soul, como “Prince” (“Purple Rain”) e “Michael Jackson” (“Thril ler”) decolaram. Com vocais quentes e sensuais e batidas dançantes, estes artistas domi naram as paradas durante os anos 1980. Cantoras de soul tais como “Whitney Houston”, “Janet Jackson” e “Tina Tur ner” também ganharam grande popularidade durante a última metade da década.

No início dos anos 1990, enquanto o Rock Alternativo, o Heavy Metal de grupos como “Metallica”, e o “Gangsta Rap” dominavam as paradas, alguns grupos começaram a fundir o chamado “Hip Hop” ao Soul. “Michael Jackson” e o grupo “Boyz II Men” foram os mais populares dentre os pioneiros desta fusão. Durante a última parte da década, o chamado Neo Soul, surgiu e continuou esta mistura do Hip Hop ao soul, conduzido por nomes como “Christina Aguilera”, “Ma riah Carey”, “Mary J. Blige”, “Lauryn Hill” e “Erykah Badu”.

Subgêneros

Soul de Detroit (Motown) - Dominados por “Berry Gor

dy” e sua gravadora Motown, o Soul de Detroit é fortemen te rítmico e influenciado pelo Gospel. Freqüentemente in clui acompanhamento com palmas e uma forte linha de baixo, sons de violinos, sinos e outros instrumentos não-tra dicionais. A Motown tinha sua própria banda, chamada “The Funk Brothers”. Outros artistas e grupos: “Marvin Gaye”, “The Temptations”, “Smokey Ro binson”, “Gladys Knight & the Pips”, “Martha Reeves & The Vandellas”, “The Marvelettes”, “Mary Wells”, “Diana Ross” e o grupo “The Supremes”, “The Jackson 5”, “The Four Tops” e os compositores “Brian Holland”, “Lamont Dozier” e “Eddie Holland”.

como

e “The Memphis Horns” (uma parte da secção de metais dos “The Bar-Keys”). O selo contava ainda com “So lomon Burke”, “Otis Redding”, “Carla Thomas”, “Sam & Dave”, “Rufus Thomas”, “William Bell” e “Eddie Floyd” entre seus as tros.

Soul de Memphis, Deep Soul e Southern Soul - Os termos Deep Soul e Southern Soul geralmente se referem a um agitado e energético estilo de soul, combinando a energia do R&B com a pulsante músi ca Gospel do sul dos Estados Unidos. O selo Stax Records de Memphis no Tenesse, delibera damente cultivava um soul bem característico, o que incluía a colocação dos vocais bem atrás durante a mixagem da grava ção do que em outros discos de R&B da época, o uso de metais em parte da gravação no lugar dos vocais de fundo, e um foco na parte mais baixa do espectro de freqüências sonoras musi cais (sons graves). A grande maioria dos lançamentos da Stax foram acompanhadas pe las bandas da própria grava dora, “Booker T and the MGs” (que incluía lendas do soul

Soul de Chicago - O Soul de Chicago geralmente tinha in fluência da música gospel, mas o grande número de gravado ras com sede na cidade tende ram a produzir um som mais diversificado do que em outras cidades. “Vee Jay Records”, que durou até 1966, produziu gravações de “Jerry Butler”, “Betty Everett”, “Dee Clark”, e “Gene Chandler”. A “Chess Re cords”, um selo principalmente de blues e rock and roll, produ ziu um grande número de artis tas de soul. “Mayfield” não só marcou muitos sucessos com seu grupo, “The Impressions”, mas escreveu muitas canções de sucesso para os artistas de Chicago e produziu sucessos nos seus selo próprios para “The Fascinations” e “The Five Stairsteps”.

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‘Booker T. Jones’, ‘Steve Cropper’, ‘Donald “Duck” Dunn’ e ‘Al Jackson’) Soul Black Tie

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As informações descritas aqui foram repassadas pelos responsáveis dos respectivos Movimentos e Casas Noturnas, isentando a “Revista Soul Black Tie Belo Horizonte” de respon sabilidade por qualquer mudança ocorrida no decorrer do mês.

Soul dos Amigos

Conrad Brown informa que aos domingos tem Baile no Centro Comercial João Paulo II na Rua Antônio Eustáquio Piazza, 2514 - Tirol, Belo Horizonte. No comando o próprio Conrad Brown, com muito Dance, Funk e Soul Music, das 15:00 as 20:00 horas. Baile Aberto.

Projeto Stylo Soul

DJ Duarte informa que aos domingos tem Matinê no “Bar do Xandão”, na rua Independência, 657 no bairro Cabana em Belo Horizonte, das 15:00 às 20:00 horas. DJ Silvania juntamente com o DJ Duarte e convidados Tocando muito Soul Music.

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