Catálogo Galeria SIM

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mostra inaugural 30.06 a 12.08.2011

bruno vieira cassio vasconcellos claudio edinger delson uchôa eliane prolik gilvan nunes gonçalo ivo gustavo speridião joão machado juliana stein kboco leda catunda paolo ridolfi paulo pasta rafael alonso tiago tebet

laura simões de assis e guilherme simões de assis convidam para a mostra inaugural da

quinta-feira, 30 de junho de 2011, 20h

alameda presidente taunay, 130-A curitiba | paraná | brasil | 80420 180 tel. 55 41 3322 1818

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arte contemporânea sim

ao final da década de 50, estas experiências não tiveram quaisquer desdobramentos nas obras de outros artistas da época nem mudaram o rumo de sua própria produção, sempre centrada na pintura. As duas intervenções de Carvalho só começaram de fato a ser incorporadas à gênese de nossa arte mais radical pelo discurso crítico dos anos 90. Sua influência é um fenômeno retrospectivo, recentemente construído, já que nem seu autor as defendia como ações de teor artístico pleno.

fernando cocchiarale SIM é a mais nova galeria de arte contemporânea de Curitiba. A criação deste novo espaço, iniciativa de dois jovens galeristas, os irmãos Guilherme e Laura Simões de Assis, sinaliza um fenômeno cultural recente, observável em todo o país: a expansão da produção artística contemporânea e a ampliação considerável de seu público nas duas últimas décadas. Esse fenômeno, porém, não seria possível sem a abertura de novas instituições culturais nas principais capitais e nas grandes cidades brasileiras.

Em um caminho diverso, a radicalização das propostas inaugurais de Oiticica levou-o, num processo experimental coerente e deliberado, à realização dos núcleos (1960), de penetráveis como o Projeto Cães de Caça (1961), dos Bólides (1963-1966) e dos Parangolés (1964-1969).4 Com igual espírito e mesmo sentido, Clark produziu o Caminhando (1964) e as Máscaras Sensoriais,5 trabalhos que levaram à consolidação das posições pioneiras de ambos em relação à origem e à expansão efetivas da arte contemporânea no Brasil.

Entretanto, exceção feita a centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o colecionismo não tem acompanhado essa expansão. Esse contexto, contudo, tende a alterar-se com o surgimento efetivo de novas galerias pelo país, já que não há colecionadores sem um circuito institucional forte e um

Podemos observar que nos últimos 45 anos a produção visual brasileira configurou uma rede inteligível de obras e de ações contemporâneas que poderiam ser inscritas e, em alguns casos, já se inscrevem, no debate internacional.

mercado diversificado que espelhe a pluralidade dos caminhos pelos quais circula a produção cultural de nossos dias.

Existe, porém, um ar comum nas intervenções propostas pelos jovens artistas brasileiros dessa passagem de milênio que os distingue e especifica em relação aos seus antecessores históricos. O paradigma que atualmente empresta sentido a seus deslocamentos e conexões é o da rede.

Metrópoles como Curitiba parecem caminhar em direção à realidade institucional e mercadológica daqueles centros já mencionados. SIM vem, portanto, somarse às galerias voltadas exclusivamente para a arte contemporânea brasileira já existentes na capital paranaense, e pode ser tomada como mais um passo em direção à sua integração no circuito formado por essas outras cidades. A mostra inaugural da nova galeria anuncia o perfil que pretende consolidar: um espaço aberto à produção contemporânea brasileira, tanto a emergente quanto a de nomes consagrados nos diferentes quadrantes do país. No entanto, entre esclarecer o sentido da produção desses artistas a partir de um breve resumo de suas obras, e, contextualizá-las num breve histórico das condições que levaram à transição da modernidade à contemporaneidade preferimos este último, uma vez que pode contribuir para o esclarecimento de questões que dizem respeito à produção artística das ultimas décadas.

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É integrado por cinco Penetráveis, pelo ‘Poema Enterrado’, de Ferreira Gullar, e pelo Teatro Integral, de 1

Em 1931, Flávio de Carvalho caminhou, sem tirar o

chapéu da cabeça, no sentido contrário ao de uma procissão em São Paulo. Em 1956 saiu pelas ruas centrais da mesma cidade usando o Novo Homem dos Tró-

picos, roupa constituída por um chapéu transparente, blusa de náilon, saia curta pregueada, meias arrastão e sandálias de couro. 2

Conjunto de obras tridimensionais construídas por

placas de metal recortadas em formas geométricas,

As primeiras manifestações da arte contemporânea brasileira ocorreram na passagem dos anos 50 para os 60. Duas ações performáticas de Flávio de Carvalho, a Experiência no 2 e a Experiência no 3, realizadas em 1931 e em 1956;1 os

articuladas por dobradiças e de configuração variável,

Bichos, de Lygia Clark (1960); e os Núcleos e primeiros Penetráveis, de Hélio Oiticica (1960),3 podem ser tomados como emblemas da definitiva sincronização do país em relação às questões universais da arte ocidental. 2

Entretanto, é necessária uma distinção: ainda que as experiências de Flávio de Carvalho tenham precedido às transformações ocorridas nas obras de Clark e Oiticica 4

O Projeto Cães de Caça (1961) só existe em maquete.

conforme a manipulação do espectador.

Reynaldo Jardim. Os Bólides (1963-1966) são obras pictóricas resultantes da inserção de pigmentos em recipientes de vidro, de plástico, de madeira vazada e sacos plásticos, combinados ou em si mesmos. Os

Parangolés são capas feitas pela reunião de tecidos, plásticos, de cores variadas, que, quando usadas pelo espectador e co-partícipe, emprestam às cores que as compõem, dinâmica e movimento. 5

O Caminhando levou Lygia Clark a afirmar: “Daqui em

diante, atribuo uma importância absoluta ao ato imanente realizado pelo participante. O Caminhando (...) Permite a escolha, o imprevisível, a transformação de uma vir-

Feitos a partir de 1960, no Rio de Janeiro, os Núcleos

tualidade em empreendimento concreto (...) Pegue uma

e os Penetráveis dão continuidade à busca das possibi-

dessas tiras de papel que envolvem um livro, corte-a na

lidades da pintura fora do quadro (janela renascentista).

largura e cole-a de maneira a obter o anel de Moebius.

Placas monocromáticas de cores quentes (amarelo,

Em seguida, tome uma tesoura, crave um ponta na su-

laranja e vermelho), suspensas por fios, desdobram o

perfície e corte continuadamente no sentido do compri-

plano pictórico no espaço real (núcleos). Os Penetráveis

mento. As Máscaras Sensoriais (1967) não convocam o

são em escala muito maior do que os Núcleos e devem

público à contemplação, mas à participação. Possuem

ser penetrados pelo espectador para que possa interagir

propriedades sinestésicas. Ao serem usadas pelo público

com o espaço criado pela cor.

criam ruídos, experiências táteis e olfativas”.

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Quero aqui destacar que a concepção e a difusão de projetos artísticos por meio de circuitos em rede precedem em mais de duas décadas o instrumento tecnológico (a internet) que as globalizou. São exemplos pioneiros dessa antecedência no Brasil as Inserções em Circuitos Ideológicos, nas quais se incluem o Projeto Coca-Cola (1970) e o Projeto Cédula (1975), de Cildo Meireles, cujo método de circulação é comparável àquele usado pela geração ativista atual. A trama tecida por essas ações e intervenções, a memória e as referências que seus feitos geram, possuem uma dinâmica e uma transitividade articuladas de um ponto de vista análogo ao das redes. surgimento da arte estético-contemplativa Se a Renascença marca o começo do fim do mundo teocrático medieval europeu, o Iluminismo demolirá os seus últimos vestígios, pois lança os fundamentos da vida secular burguesa nos níveis econômico, político, teórico-científico e artísticocultural. É impossível compreendermos o mundo moderno e a crise atual dos valores por ele legados sem que nos remetamos ao Renascimento e ao Iluminismo. Designação abrangente do conjunto do pensamento intelectual que marcou o século XVIII o Iluminismo não é um sistema filosófico específico e tampouco uniforme. Ainda assim marca um período decisivo da história, já que por ser anti-clerical e antimonarquista, foi responsável pelo surgimento dos valores que nortearam a constru5


ção da vida moderna na Europa e, consequentemente, nos Estados Unidos, além de influenciar a independência das colônias latino-americanas e o resto do mundo. Na Idade Média as principais atividades sociais, da política à arte, da economia à ciência, eram integradas à religião. O mundo que emerge do século XVIII europeu foi a primeira experiência sócio-política laica da humanidade e compartimentou progressivamente essas atividades em especializações. Esse pano de fundo secularizado explica-nos o sentido da autonomia da arte em relação à religião: o surgimento de instituições tais como o museu, o artista como detentor de um estilo pessoal reconhecível, as galerias, o mercado, a crítica, a história da arte, a estética e o público, constituem o novo espaço (social) da arte. Dentre eles cabe uma menção especial ao papel do mercado. A encomenda havia sido durante séculos o principal vínculo entre a produção artística e a sociedade. Graças a esse vínculo, essa produção não podia ser plenamente livre já que o artista-artífice (como um arquiteto ou designer atuais) tinha de atender às expectativas do cliente.

mento dos meios e dos espaços convencionais da criação artística. Mas a expansão do espaço da arte não ficou aí. Autorizada por Duchamp, a produção contemporânea passou também a apropriar-se de materiais e objetos extraídos do circuito utilitário e a intervir nos espaços urbanos, naturais, do pensamento, a usar o corpo do próprio artista e, mais recentemente, a tratar de problemas ético-políticos que parecem ter ultrapassado o campo estético, fundado na contemplação. Entretanto essas transformações não são um fenômeno restrito à esfera das artes. Elas se manifestam, hoje, em todas as áreas da produção, do pensamento e do comportamento humano. A barbárie nazi-fascista durante a Segunda Grande Guerra pôs em crise alguns princípios básicos estabelecidos pelo Iluminismo, a partir do final do século XVIII, tais como a separação entre a esfera pública e a privada, a idéia de indivíduo (literalmente unitário, sem divisões), a especialização das atividades profissionais em campos nitidamente separados, a idéia de normalidade, a distinção entre objetividade e subjetividade, entre outros.

O mercado será decisivo para a liberação do artista, já que a partir sua consolidação, sobretudo na Paris do século XIX, o artista deixa progressivamente de atender a encomendas e passa a criar o que seu processo de trabalho determina. Sua obra então deve encontrar uma galeria para vendê-la a um público agora afastado do velho convívio direto e freqüente proporcionado pela encomenda.

Em seu lugar a confusão entre a vida doméstica e a vida social (das colunas sociais ao Big Brother, passando por testes de paternidade ou de fidelidade divulgados na TV) a fragmentação do indivíduo em diversas identidades; a interdisciplinaridade ultrapassando o especialista; a declaração explícita de preferências sexuais e, finalmente, a reaproximação entre arte e vida.

A crítica de arte será doravante a principal mediadora dessa relação entre o artista e o espectador. Junto às novas instituições, as teorias da arte serão responsáveis pela distinção cultural do produto artístico do resto das mercadorias (utilitários) também disponíveis no extenso mercado capitalista. Nesse sentido manifesta em seu campo especializado a separação entre a esfera privada (o mercado atende ao comprador de obras para o universo doméstico) e a pública (museus, crítica de arte etc.).

A produção artística contemporânea manifesta, portanto, de modo agudo essas transformações. A arte estético-contemplativa, cuja origem remontava à Renascença, vem perdendo terreno para a novas formas de apreensão, mais ético-políticas, menos

a virada contemporânea na passagem dos anos 50 para os 60 Expressões do auge do projeto de uma arte autônoma, separada de um cotidiano marcado pela fotografia, pelo cinema, televisão e a publicidade, a arte abstrata e concreta entram em crise, internacionalmente, no final da década de 1950, abrindo caminho para uma nova maneira de conceber, produzir e reinscrever a arte na vida. A melhor maneira de fazê-lo passava pela assimilação dos repertórios dessas novas mídias visuais. A volta da figuração (Pop, Nouveau Réalisme, Outra Figuración e a Nova Figuração, por exemplo), e experiências radicais como as do grupo transnacional Fluxus e, no Brasil, as de Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape, por exemplo, marcam o começo da arte contemporânea. Entre tendências tão diversas, apenas um denominador comum: a busca de reaproximar a arte com a vida, seja pela escolha de ícones do cotidiano como a lata de sopa Campbell`s ou do sabão em pó Brillo (Warhol), seja pelo transborda6

artísticas, mas certamente mais próximas da vida e da sensibilidade do mundo atual. Ainda assim o uso de meios legados pela arte do passado como a pintura e o desenho, renovados, continuam à disposição dos artistas, junto às novas mídias. A fotografia, o vídeo e o filme em película, que pertenciam a campos correlatos, mas separados das artes plásticas, passaram a ser utilizados pelos artistas contemporâneos, embora de modo diverso daquele consagrado em seus campos de origem. Sem falar do transbordamento para espaços e suportes antes não reconhecíveis como pertencentes às artes.

SIM, contudo, apresenta em sua mostra inaugural obras contemporâneas de artistas selecionados pela galeria, produzidas basicamente a partir da pintura – Delson Uchoa (AL), Gustavo Speridião,( RJ), Gonçalo Ivo (RJ), Kboco (SP), Paolo Ridolfi (PR), Paulo Pasta (SP), Rafael Alonso (RJ) e Tiago Tebet (SP) e da fotografia – Cássio Vasconcellos (SP) , Claudio Edinger (SP) e Juliana Stein (PR). Integram também a exposição trabalhos de artistas que habitualmente lançam mão de diferentes meios técnicos, tais como Bruno Vieira (PE) e suas paisagens sobre persianas, Eliane Prolik (PR), com obras da série deformicas, Gilvan Nunes (RJ), com desenhos digitais e porcelanas, João Machado (RJ), com recortes sobre livros, além de uma colagem de Leda Catunda (SP). 7


bruno vieira

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VISTA INEVITÁVEL FOTOGRAFIA IMPRESSA SOBRE PERSIANA 160X120X3CM 2011

VISTA INEVITÁVEL FOTOGRAFIA IMPRESSA SOBRE PERSIANA 160X120X3CM 2011

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cássio vasconcellos

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VIADUTO SANTA IFIGÊNIA FOTOGRAFIA 30X30CM EDIÇÃO DE 3 2002

ESTÁDIO DO PACAEMBU FOTOGRAFIA 30X30CM EDIÇÃO DE 3 2002

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claudio edinger

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SANTA CATARINA PLATE 1 FOTOGRAFIA 110X90CM EDIÇÃO DE 5 2011

SANTA CATARINA PLATE 2 FOTOGRAFIA 110X90CM EDIÇÃO DE 5 2011

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delson uchôa

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BOCA DE FORNO ACRÍLICA E RESINA SOBRE LONA 173X312CM 1988-2002-2011

JANELA DO MANGUE ACRÍLICA E RESINA SOBRE LONA 220X190CM 2011

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eliane prolik

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DEFÓRMICA 41 FÓRMICA E ALUMÍNIO 130X106CM 2011

DEFÓRMICA 44 FÓRMICA E ALUMÍNIO 165 X 180CM 2011

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gilvan nunes

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REBENTO ÓLEO SOBRE TELA 90X110 CM 2011

SEM TÍTULO DESENHOS DIGITAIS 25X19CM CADA 2011

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gonçalo ivo

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ORATÓRIO NAGA ÓLEO SOBRE TELA 100X130CM 2011

ORATÓRIO DO ORIENTE ÓLEO SOBRE TELA 100X100CM 2011

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gustavo speridião

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SEM TÍTULO TÉCNICA MISTA 198X83CM 2011

DEVILS HEARCUT TÉCNICA MISTA 198X125CM 2007

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joão machado

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SEM TÍTULO RECORTE EM LIVRO 33,5X33,5CM 2011

SEM TÍTULO RECORTE EM LIVRO 38X26,5CM 2011

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juliana stein

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SEM TITULO FOTOGRAFIA 100X100CM EDIÇÃO DE 10 2011

SEM TITULO FOTOGRAFIA 100X100CM EDIÇÃO DE 10 2011

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kboco

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CHÁ CHINÊS ÓLEO SOBRE TELA 80X70CM 2011

PAÇOCA DO AMOR ÓLEO SOBRE TELA 80X70CM 2011

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leda catunda

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CAMELO PINTURA E COLAGEM SOBRE PAPEL 70X100CM 2011

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paolo ridolfi

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AZULEJOS ACRÍLICA SOBRE TELA 100X150CM 2010

CÍRCULO EM VERMELHO ACRÍLICA SOBRE TELA 150X150CM 2011

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paulo pasta

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SEM TÍTULO ÓLEO SOBRE TELA 50X70CM 2011

SEM TÍTULO ÓLEO SOBRE TELA 50X70CM 2011

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rafael alonso

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SEM TÍTULO ÓLEO SOBRE CONVITE DE EXPOSIÇÃO 12,7X21,1CM 2010

MODO DE ESPERA ACRÍLICA SOBRE PLACA 170X130CM 2011

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tiago tebet

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FISH ÓLEO SOBRE TELA 200X115,5CM 2011

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bruno vieira Vive e trabalha em Recife, onde nasceu em 1976. É formado em Ciências Sociais e Artes Plásticas pela UFPE (1999). Seus trabalhos incluem pintura, vídeo, fotografia, instalações e ações urbanas. Em 2002, participou da VI Bienal do Recôncavo (BA) e, em 2004, da 9a Bienal de Artes de Santos (SP). Em 2009 e 2010, expôs no Pavilhão da Bienal de São Paulo, em parceria com a Galeria Mariana Moura e a Galeria Anita Schwartz. Ganhou destaque na Bolsa Iberê Camargo (2006), recebeu o Prêmio Projéteis Funarte de Arte Contemporânea (RJ, 2006), ganhou o 2º lugar na Mostra Competitiva do Cinema Digital da Fundação Joaquim Nabuco (PE, 2004) e também o Prêmio de Estímulo, na Semanada SPA/ Intervenção Urbana (PE, 2004). Participou das edições 62ª, 60ª e 58ª do Salão de Abril (CE); do 9º Salão Nacional Victor Meirelles, no Museu de Arte de Santa Catarina (2006); da 5ª e da 6ª edições do Salão Nacional de Arte de Goiás; do 5º Salão de Artes Visuais do Museu de Arte Contemporânea de Jataí (Menção Honrosa, GO, 2006); do XII Salão Municipal de Artes Plásticas de João Pessoa (PB, 2008); do 12º Salão dos Novos, na Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew (SC, 2005), do 46º Salão Pernambucano de Artes Plásticas, no Museu do Estado (PE, 2004); e do 7º Salão Sobral de Arte Contemporânea (CE, 2004). Entre as exposições internacionais, constam a 40

“Converging Trajectories”, na Modified Arts (EUA); a “Arteba’10”, na Belizário Galeria de Arte (Argentina); a “Coletivo Mini em Marte”, na Galeria Marte Upmarket Montevideo (Uruguai); além de outras em Marselha, Paris, Londres e Barcelona. Tem obras em coleções como Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CE), Instituto Cultural Banco

tors, 10 writers” (Phaidon Press) são alguns de seus livros publicados. Suas imagens já foram expostas no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos, em Cuba, no Uruguai, no México, na Itália, na Alemanha, no Equador, na Austrália e na Holanda. Destacamse as exposições: “Panorâmicas”, na II Bienal de Fotografia de Curiti-

Real (PE), Fundação Rômulo Maiorama (PA), Museu de Arte Contemporânea de Jataí (GO) e Pinacoteca da Universidade Federal de Sergipe (SE).

ba (1998); “Paisagens Marinhas”, no Museu da República (RJ, 1995); “10 Anos +1: os anos recentes da Arte Brasileira”, no Instituto Tomie Ohtake (SP, 2006), com curadoria de Agnaldo Farias; e “Mapas Abiertos – Fotografia Latino-Americana 1991-2002”, itinerante pela Finlândia, Chile, México e Espanha, sob curadoria do crítico e professor Alejandro Castellote. Cássio Vasconcellos foi vencedor de prêmios como “Prêmio Porto Seguro Fotografia” (SP, 2001); “Prêmio J. P. Morgan de Fotografia, Aquisição” (SP, 1999); e “Prêmio Nacional de Fotografia” FUNARTE (1995). Está em coleções da Bibliothèque Nationale (Paris), Museo Nacional de Bellas Artes (Argentina), Danforth Museum of Art, Fogg Art Museum, Museum of Fine Arts, Polaroid Collection, Worcester Art Museum (EUA), Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Coleção Gilberto Chateaubriand), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Coleção Pirelli), Museu de Arte de São Paulo e Museu da Imagem e do Som (SP).

cássio vasconcellos Especialista em fotografias aéreas, Cássio Vasconcellos sempre foi apaixonado por helicópteros. Tem fotografias do alto de cidades, com paisagens enormes, mas também retratos feitos em polaroides, que já deram a volta ao mundo. Seu trabalho “Noturno” foi transformado em livro (Editora Bookmark, 2002) e já foi exibido em Paris, Toulouse, Peru e no Brasil, onde ganhou o prêmio de “Melhor Exposição de Fotografia do Ano” pela Associação Paulista de Críticos de Arte (SP, 2002). Ele iniciou sua carreira na Escola Imagem-Ação (1981), trabalhou para grandes revistas (Bravo, IstoÉ, European Photography/Alemanha, Time/ EUA e Latinarte Magazine/Argentina), fez fotografia publicitária e foi repórter fotográfico da Folha de S. Paulo. “Polaroid Book” (Editora Taschen, 2005) e “Blink – 100 photographers, 10 cura-

claudio edinger Nascido no Rio de Janeiro (1952), é formado em Economia pela Universidade Makenzie (1974). Em 1976, foi morar em Nova York, onde se estabeleceu como fotógrafo independente, atuando em projetos de fotografia documental e realizando diversas publicações (The New York Times, London Sunday Times, Vanity Fair, El País, Time). Foi professor da New School for Social Research e tem diversos livros publicados, como “Chealsea Hotel” (Editora Abbeville Press, 1983), “Venice Beach” (Editora Abbeville Press, 1985), vencedores do Prêmio Leica de Excelência em Fotografia. Sua primeira exposição individual, “Edifício Martinelli”, foi em 1970, no Museu de Arte de São Paulo. Em 1995, realizou outra exposição individual, “Old Havana” (Galeria Fotóptica), que mais tarde viria a compor um livro homônimo lançado pela Editora DBA e eleito um dos melhores do ano pela revista American Photo (1997). Também foi vencedor do Prêmio Pictures of The Year pela revista Newsweek. Já participou de exposições coletivas no ICP New York, Pompidou Center (França) Photographer’s Gallery (Inglaterra), Perpignan Photo Fest (França) e Higashikawa Photo Fest (Japão). Suas imagens fazem parte do Museu de Arte de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, do Museu Metronòm (Barcelona), do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Mu-

seu de Arte Contemporânea de São Paulo, além de fazer parte de importantes coleções, como Credit Suisse, AT&T Photo Collection, Centro Cultural Banco do Brasil, Equity International Photo Collection e Itaú Cultural. Algumas de suas séries fotográficas são: “Carnaval” (1996) – Melhor Fotógrafo Estrangeiro pela Higashikawa Award (Japão); “Loucura” (1997) – vencedora do Prêmio Ernst Haas; “Porta-retratos” (1999); “São Paulo” – Prêmio Porto Seguro 2007; “Rio” – Melhor Livro do Ano pela PDN Photo Annual 2006; “Sertão da Bahia” – Prêmio Porto Seguro 2010 e Melhor Projeto Pessoal pela PDN Photo Annual 2010.

delson uchôa

traz à tona questões como o arquétipo e o pessoal, o universal e o regional, o popular e o kitsch”. Em 1993, retornou em definitivo à Maceió, onde instalou seu ateliê na praia de Ipioca. Em 1998 participou da XXIV Bienal Internacional de São Paulo, sob curadoria de Paulo Herkenhoff, que diz: “Uchoa extrai luminosidade e estridência cultural da cor do Nordeste”. Em 2003 realizou exposição individual no Instituto Tomie Ohtake (SP); em 2004 participou da mostra “Onde está você, geração 80?”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; em 2005 expôs no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, em Recife; e em 2010 no SESC Pompeia, em São Paulo. Conta com várias participações em

Nascido em Maceió em 1956, formouse em medicina em 1981, realizando estudos de pintura paralelamente ao curso médico. Permaneceu durante o ano de 1982 na Europa, em viagem de estudo e pesquisa dos grandes mestres da arte, fixando-se principalmente em Paris. A partir desse período, dedicou-se integralmente à pintura. No seu retorno ao Brasil, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde, em 1984, participou da antológica exposição “Como vai você, geração 80?”.

relevantes exposições internacionais,

Foi Jorge Guinle quem o apresentou na sua primeira exposição individual no Rio, em 1985, ressaltando a imagística popular e a vitalidade plástica de seu trabalho: “O conjunto de trabalhos de Delson Uchôa inevitavelmente

tro de Arte Contemporânea Inhotim

entre as quais a 53a Bienal de Veneza (Itália, 2009), a Bienal de Havana (Cuba, 2009) e a 12a Bienal do Cairo (Egito, 2010). Suas obras fazem parte dos acervos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, do Museu Nacional de Belas Artes (RJ), do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Recife, PE), do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba, PR), do Cen(Brumadinho, MG), das coleções João Sattamini e Gilberto Chateaubriand (RJ), na Coleção Bernardo Paz (MG) e nas coleções Vogt Collection e York Stark Collection (Alemanha). 41


eliane prolik Nascida em Curitiba, a artista frequentou o curso de Filosofia, mas é em Pintura que completa sua graduação (1981). Em 1985, estudou com Luciano Fabro na Accademia di Belle Arti di Brera (Milão) e, em 2000, terminou pós-graduação em História da Arte pela Embap – Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Sua produção artística começa com desenhos e gravuras, passando por intervenções urbanas (como “Aceite - Cor, Forma, Ação”, na Galeria Júlio Moreira, em Curitiba, 2010), esculturas e pinturas. A tensão e o equilíbrio são componentes constantes na sua obra, bem como a alusão a formas geométricas. Sobre a série “Defórmica”, o crítico e professor de arte Ronaldo Brito diz que “a sua única premissa é dinamizar-se indefinidamente, fugir a todo custo de configurações fechadas”. Entre as exposições coletivas de que participou destacam-se: Bienal Internacional de São Paulo (1987 e 2002), I Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 1997), Bienal Brasil Século XX (Fundação Bienal de São Paulo, 1994), Salão Nacional de Artes Plásticas (Rio de Janeiro, 1988) e Panorama da Arte Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1991). Tem quatro premiações no Salão Paranaense (Curitiba), recebeu o Prêmio Priece Waterhouse (1995) e o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea (1991). Outros museus e espaços culturais que também re42

ceberam suas obras: Waterfront Gallery (Bélgica), Espaço Cultural Sérgio Porto (RJ), Museu Oscar Niemeyer (PR), Galeria Carminha Macedo (MG), Centro Cultural Banco do Brasil (SP) e Casa de Cultura Joaquim Nabuco (PE), além de exposições em Lima, Berlim e Paris. Possui obras em diversas coleções públicas: Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Paraná e Museu Metropolitano de Curitiba.

gilvan nunes Nasceu em Minas Gerais, na cidade de Vermelho Novo, mas mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou (1991) na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Lá teve aulas com os professores Charles Watson, Hilton Berredo, Daniel Senise, Beatriz Milhazes e Milton Machado, com quem aprendeu a lidar com as cores e adquiriu a técnica do fazer manual de sua arte. Nunes pinta paisagens imaginárias em telas com motivos florais, fazendo uma edição de fragmentos com apropriação de objetos cotidianos. Segundo o curador do Museu Nacional de Belas Artes, Paulo Herkenhoff, “Gilvan cria um filtro

kitsch para imagens da cultura popular fundindo obras e espaço”. Em 2011, expôs na Galeria Oscar Cruz (SP) e no Celeiro Patriarcal de Vila

Franca de Xira (Liboa, Portugal). Em 2009, expôs na Galeria Patrícia Costa (RJ). Em 2003 e 1998, participou de exposições coletivas no Museu Nacional de Belas Artes (RJ). Dentre as galerias internacionais, destacam-se: Art Gallery 100 (Bélgica, 2007), Ten Bompas Gallery (África do Sul, 2004), Moja Modern Art Gallery (África do Sul, 2004) e Feira de Arte de Buenos Aires (Argentina, 2003). Em 1993, participou do XII Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sua obra ganhou o Prêmio Aquisição da Fundação Rômulo Maiorama (Belém, 2001).

gonçalo ivo Nascido em 1958, no Rio de Janeiro, é filho do poeta Lêdo Ivo e da professora Maria Leda Ivo. Levado por seus pais desde a infância, visitou com assiduidade os ateliês dos artistas Emeric Marcier, Iberê Camargo, Abelardo Zaluar e Augusto Rodrigues. Em 1976, frequentou curso de desenho com Aluísio Carvão e pintura com Sérgio Campos Mello, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir de então, realizou inúmeras viagens de pesquisa pelo Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa. Em 1983, formou-se em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense. Em 1984, participou da antológica exposição “Como vai você, Geração 80?”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), e em 1985 montou ateliê no bairro de Santa Teresa, no Rio de

Janeiro. Em 1988, instalou-se no sítio São João, município de Teresópolis, onde construiu seu atual ateliê. A partir do ano 2000 radicou-se em Paris com sua família, cidade que escolheu para se estabelecer e montar ateliê, alternando, desde então, períodos de trabalho entre a França e o Brasil. Vários livros foram publicados enfocando sua obra, com textos de renomados críticos brasileiros e internacionais. Sua obra encontra-se presente nos acervos de museus, instituições e destacadas coleções. É representado por galerias no Brasil e na Europa. Ao longo de sua trajetória, tem exposto sua obra em destacadas galerias de arte, feiras de arte nacionais e internacionais, espaços culturais e museus, entre os quais o Museu Nacional de Belas Artes (RJ), o Centro Cultural Cândido Mendes (RJ), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Instituto Moreira Salles, o Paço Imperial do Rio de Janeiro, a Galeria Anita Schwartz (RJ), a Dan Galeria (SP), a Simões de Assis Galeria de Arte (Curitiba), a Venice Design Art Gallery (Veneza) e a Galerie Flak (Paris). Possui obras nos acervos de museus, instituições e coleções: Museum of Geometric and MADI Art (Dallas, EUA), Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Union de Ban-

ques Suisses, Deutsche Bank, Banco J. P. Morgan, Bank Boston, Coleção João Sattamini (RJ), Coleção Marcantonio Villaça, Coleção Itaú Cultural, Coleção Instituto Moreira Salles, Coleção da Universidade de Fortaleza e Fundação Edson Queiroz, entre outros.

gustavo speridião Este carioca que nasceu e mora até hoje no centro do Rio de Janeiro é mestre em Linguagens Visuais (2007) e graduado em Pintura (2005) pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Foi vencedor de diversos prêmios, como Heineken Novos Talentos da Pintura (1998), Funarte Marcantonio Vilaça (Museu de Arte Contemporânea de Niterói), Intervenção Urbana na Semana de Artes Visuais de Recife (2004), Prêmio FASM (Faculdade Santa Marcelina) de Vídeo-Arte (São Paulo), SPA das Artes (Recife) e Rumos Artes Visuais 2008-2009. Sua obra mistura pintura, colagem, desenho e fotografia de grandes formatos e sempre com muita informação. “Como pintor, prefiro receber influências de um escritor do que de outro pintor”, afirma o artista, que busca links com a realidade informal, refletindo sobre a vida, buscando entender o mundo. Para ele, a arte é pensar a sociedade. Participou da exposição “Novas Aquisições” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, da Feira Internacional de Arte de São Paulo e do Viradão Carioca (com o projeto “Simultâneo”, uma ação de

intervenção urbana que propõe múltiplas projeções simultâneas de fotografia). Fez residência artística durante três meses no ateliê L’Imprimirie (Paris). Entre as principais exposições estão: “Uma Epopeia Fotográfica”, na Galeria Kiosko, em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia, 2009), “Fin > Reload”, no L’Espace Topographie de l’Art (Paris, 2009), “Nova Arte Nova”, no Centro Cultural Banco do Brasil (São Paulo, 2009), “Nano Exposição 7”, no Studio 44 (Suécia, 2009), e “Paper Trail”, na Allsopp Contemporary (Londres, 2008). Já expôs no Paço Imperial (Rio e Janeiro), no Itaú Cultural (São Paulo), na Galeira Vermelho (SP), na Galeria Murilo Castro (MG), na Galeria Artur Fidalgo (RJ), no ECCO – Espaço Cultural Contemporâneo (Brasília), no Centro de Arte Hélio Oiticica, na Gentil Carioca (2006), no Museo de Arte y Diseño Contemporaneo (Costa Rica, 2003) e no Museu de Arte Moderna da Bahia.

joão machado Nascido no Rio de Janeiro em 1977, vive no exterior desde 1986. Atualmente vive e trabalha em Paris. É graduado pela Art Center College in Film, Los Angeles, Bachelor´s Degree of Fine Arts (1996-1999). Frequentou a Academia de Belas Artes de Paris, em 1995, e estudou Filme e Televisão na New York University, em 1996. Artista multimídia, trabalha com textos para teatro e televisão, videoarte, gra43


fismos e esculturas, produzindo uma obra múltipla e original. Sua produção recente destaca-se pelas colagens, em que mapas, revistas, notas fiscais, canhotos, embalagens de alimentos, partituras e livros são minuciosamente esculpidos em cortes de bisturi para ganhar novas imagens e formatos.

gura humana, fazendo o espectador

Principais exposições: Contemporary

mesmo tempo plástico e ideológico.

Latin American Art, LAAS, Los Angeles, USA, 2007; Figures & Forces, Jan Baum Gallery, Los Angeles, USA, 2007; Museu de Arte Moderna de Joinville, SC, 2008; Rites of Passage/ The Mortality of Time, Nave Gallery, MA, USA, 2008; Laws of Silence, Galeria Peçaúnica, Rio de Janeiro; Galerie Valmay, Paris, 2009; Noho Modern Gallery, Dislocation, Los Angeles, 2009; e Galerie Valmay, Paris 2011.

O que se vê não é explícito. É inte-

Publicações: The Map as Art – Contemporary Artists explore Cartography, Katherine Harmon, Princeton Architetural Press, USA, 2009; Maps by João Machado – Compilation of map art, USA; The Amputees – Photoplay, Editions Terre Noire, Paris; João Machado – Select Works, Edition I, Rio de Janeiro.

lano (Itália, 2007) e da Kaunas Photo

pensar, refletir e experienciar imagens diferentes. A artista mistura o sutil e o contundente. Segundo Philipe Dubois, crítico de fotografia e professor da Universidade de Liége e da Universidade de Paris, “as montagens e justaposições de Juliana criam um efeito ao

ressante ver alguém que não pensa a fotografia apenas como imagem”. Em 2010, participou da Biennal de Québec (Canadá) e da 29ª Bienal Internacional de São Paulo. Sua carreira internacional começou em 2001, quando expôs na Áustria. Depois disso, participou da Photo España Festival (Madri, 2003), da Carreau du Temple (Paris, 2005), da Fondazione Triennale di MiFestival of Light (Lituânia). Em 2001, recebeu o Prêmio Rumos Itaú Cultural Artes Visuais e tem obras compondo acervo do Museu da Fotografia de Braga (Portugal), do Museu de Arte Contemporânea (Curitiba), do Museum of 21 Century (Áustria) e da Fundação Cultural de Curitiba.

juliana stein

Kboco

Nascida em Passo Fundo (1970), vive e trabalha em Curitiba. É formada em psicologia (UFPR) e estudou História da Arte, desenho e técnicas de aquarela em Florença e Veneza. No final dos anos 90, começou a fotografar. O eixo central do seu trabalho é a fi-

A trajetória de Kboco (1978) é carre-

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gada de um romantismo que contrasta com o resultado de seus trabalhos, seja nos grafites que realizava em Goiânia, sua terra natal, seja nas diversas cidades brasileiras que percorreu nos últimos dez anos. A instrução formal

em artes começou com cursos livres, instigados por sua mãe, porém sua escola foram as ruas, zonas degradadas e, sobretudo, as pessoas que conheceu em cidades como Olinda, Salvador, Vitória, Porto Alegre, Santiago do Chile, Berlim e Nova York, entre outras. Em cada uma dessas localidades, Kboco alimentou seu vocabulário visual com grafites e pinturas em que experimentava soluções para espaços públicos e também privados da periferia, agregando texturas, cores e elementos arquitetônicos à sua produção. Este o alimento primordial do seu trabalho: o contato direto com as ruas e as pessoas.

expôs na Bienal de Valencia (Espanha, 2007), na Galerie Natalhie Duchayne (França, 2007), na Jonathan Levine Gallery (Nova York, 2007), na Bienal Internacional de São Paulo (2009), na IX Bienal de Monterrey (México, 2009) e na Arte Basel (2009). Em 2011, expôs na Galeria Lu Magnus (Nova York) e realizou o projeto “Próximo Futuro” nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal).

À experiência urbana e humana de que se alimenta, o artista soma elementos das culturas pré-colombianas e também árabes, especialmente o simbolismo dos padrões geométricos das mesquitas que visitou no sul da Espanha. O orientalismo da recente produção advém do apreço pelos vencidos, pelas culturas subjugadas pela civilização ocidental ou marginalizadas por questões sociopolíticas.

so feminino é transmitida através dos

Atualmente, vive e trabalha em São Paulo, deixando as paredes da periferia para ganhar prestígio nos mais respeitados espaços culturais do mundo. Um dos responsáveis por essa mudança foi Felipe Chaimovich, curador do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Ele visitou 14 cidades do país e convidou Kboco para participar da exposição coletiva “Panorama da Arte Brasileira” de 2005. De lá para cá, já

cesso que passa por diversos estudos

leda catunda Nascida em São Paulo (1961), a artista

Gallery e Museum Ludwig, ambos em 1993), no Japão (Tokyo Wonder Site, 2008), em Nova Iorque (Moma, 1993) e em Cuba (I Bienal de La Habana). Em 2009, realizou sua primeira mostra retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo, com curadoria de Ivo Mesquita. Já participou de algumas edições da Bienal Internacional de São Paulo, de exposições no Museu Oscar Niemeyer (PR), no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Paço Imperial (RJ) e no Museu de Arte Moderna de São Paulo, possuindo obras no acervo de inúmeros museus e destacadas coleções.

Nascido em Maringá, em 1962, Paolo Ridolfi, pintor e escultor, a partir da década de 1980, teve intensa presença na arte contemporânea brasileira, através de exposições individuais e coletivas e participações em salões de arte, nos quais ganhou diversos prêmios. Dentre eles, destacam-se o 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea (São Paulo, 1985), o 9º Salão Nacional (Rio de Janeiro, 1986), o 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea (São Paulo, 1987), o 6º Salão Paulista de Arte Contemporânea (São Paulo, 1988), o 10º Salão Nacional (Rio de Janeiro, 1988), o Salão Paranaense da Paisagem

já expôs sua obra em várias partes do

paolo ridolfi

(Curitiba, 1987, 1990, 1991, 1995, 1997 ba, 1987, 1988, 1989, 1992 e 2001).

O colorido da sua arte já ganhou vi-

“A movimentação da superfície das pinturas de Paolo Ridolfi sugere a porosidade das paredes, a possibilidade de que elas, ao invés de bloquear nossa visão, o avanço do nosso corpo, enunciem a passagem para um outro lugar, uma zona misteriosa que captura nossos olhos, fazendo-os avançar em suas entranhas. Simultaneamente a esses efeitos de profundidade acontecem os jogos de superfície, o embaralhamento e distorções de módulos planares, recursos que emprestam movimento ao olhar, fazendo-o deliciar-se no simples percorrer ocioso, como alguém que se deixa contemplar incansavelmente o vai e vem hipnótico das ondas, a ondulação lenta das chamas de uma fogueira, o batuque desencontrado de uma chuva forte sobre um teto metálico.”

sibilidade na Holanda (Pulitzer Art

(Agnaldo Farias, 2009)

loto da Universidade de Brasília, Terre-

mundo. Sua identidade com o univertecidos, retalhos, utilizando técnicas artesanais de desenho, colagem, costura e pintura. São peças curiosas, que revelam o dia a dia, as formas arredondadas assimétricas, buscando interferir nas imagens que já estão no mundo. Por isso, apropria-se de toalhas, almofadas, objetos, dando formas, texturas e volumes diferentes do usual e com pitadas de humor. Sua obra é um prode preparação (e planejamento) de desenhos em lápis de cor, aquarela, em croqui no papel e lona com marcações em estampas para realizar o trabalho final. Essa “poética da maciez” vem sendo evidenciada desde a coletiva “Pintura como Meio”, no Museu de Arte Contemporânea da USP (1983).

e 2004) e o Salão Paranaense (CuritiPrincipais exposições individuais e coletivas: Casa Triângulo (São Paulo, 1988); Casa Andrade Muricy, Sala Miguel Bakun, Objetos (Curitiba, 1988); SESC São Paulo, Projeto Parceiros do Tietê (São Paulo, 1991); Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Reflexão dos anos 80 (Curitiba, 1991); Centro Cultural de Campinas (1991); 9ª Mostra do Desenho Brasileiro (MAM São Paulo, 1991); Casa Triângulo, Um olhar sobre o Figurativo, curadoria Leonilson (São Paulo, 1992); UEL – Universidade Estadual de Londrina (1997); Teatro Calil Haddad, Sala de Exposições (Maringá, 2000 e 2009); Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Retratos (Curitiba, 2006); Casa Andrade Muricy, Imãs (Curitiba, 2008); Espaço Pi-

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nos Mirantes (Brasília, 2008); Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Experiências Contemporâneas (Brasília, 2009). Obras no acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba), no Museu Oscar Niemeyer (Curitiba) e na Coleção Marcantonio Vilaça.

paulo pasta Paulo Pasta nasceu em 1959, em Ariranha (SP). Vive e trabalha em São Paulo. É pintor, desenhista, ilustrador e professor. Graduou-se em Artes Plásticas na Escola de Comunicações e Artes da USP, em 1983. Estudou desenho e gravura com Evandro Carlos Jardim, Regina Silveira e Carmela Gross. Atuou como arte-educador na Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1983 e 1985. Em 1984 realizou sua primeira exposição individual em São Paulo. Em 1986 recebeu o prêmio aquisição no IX Salão Nacional de Artes Plásticas do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e em 1987, o prêmio Secretaria de Estado da Cultura no V Salão Paulista de Arte Contemporânea. Recebeu a Bolsa Emile Eddé, de Artes Plásticas, em 1988. Em 1989 recebe prêmio no XI Salão de Arte Contemporânea da Funarte, Rio de Janeiro. Em 1990, recebeu o Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília (DF), e, em 1997, o Prêmio Price Waterhouse - Conjunto de Obras, no 25º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 46

Tem relevante atividade docente, lecionando pintura na Faculdade Santa Marcelina, entre 1987 e 1999, e desenho na Universidade Mackenzie, entre 1995 e 2002. Torna-se mestre em Artes Plásticas pela ECA/USP em 2002. Ministra cursos livres em várias instituições culturais de São Paulo, e desde 1998 é professor da Fundação Armando Álvares Penteado. Entre suas principais publicações, estão os livros Paulo Pasta publicado pela Edusp em 1998 e Paulo Pasta publicado pela Cosac Naify em 2006. Sua carreira é entremeada de inúmeras exposições individuais e coletivas em instituições e galerias, entre as quais a III Bienal de Cuenca (Equador, 1991), XXII Bienal Internacional de São Paulo (1994), III Bienal do Mercosul (2002), Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e Museu de Arte Moderna de São Paulo (2002), mostra individual no Centro Cultural de São Paulo (2004) e mostra retrospectiva na Estação Pinacoteca (São Paulo, 2006). Sua obra está presente no acervo de museus e coleções particulares, como Coleção Marcantonio Vilaça (Recife), Coleção José Olympio Pereira (São Paulo), Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna de Brasília, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Coleção Patrícia Cisneros (Caracas, Venezuela), entre outros.

rafael alonso Nasceu em Niterói (1983), mas vive e trabalha no Rio de Janeiro. É mestrando em Linguagens Visuais e também formado em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Em 2010, ganhou bolsa e fez parte do programa de aprofundamento na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, sob orientação de Glória Ferreira, Lívia Flores e Luiz Ernesto de Moraes. Foi assistente nos ateliês dos artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde. Diversos espaços culturais já expuseram seu trabalho individualmente: Paço das Artes (SP), Galeria Cosmocopa (RJ), Galeria Amarelonegro (RJ), Centro Cultural São Paulo, Galeria de Arte do SESC Niterói (RJ) e Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (RJ). Em 2011, foi convidado pelo curador Marcus Lontra a participar da exposição coletiva “Pintura Reprojetada”, no Centro Cultural Marcantonio Vilaça (DF), e também expôs em Fortaleza, a convite do curador Felipe Escovino. Dentre as exposições internacionais, destaca-se “Converging Trajectories”, na Modifed Arts (EUA, 2010). Em 2005, entrou no programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais e foi um dos artistas selecionados para ser retratado em reportagens especiais publicadas na revista digital da Fundação Iberê Camargo. Além disso, participou de dezenas de exposições coletivas, como “Além do Horizonte”, na Galeria Amarelonegro (RJ, 2010); “Álvaro Seixas e Rafael Alonso”, na Subterrânea

Atelier (Porto Alegre, 2010); “Arsenal”, na Galeria Emma Thomas + Baro (SP, 2010); “De passagem”, com curadoria de Fernanda Lopes, na Galeria Mendes Wood (SP, 2009); e “Mirantes”, Itaú Rumos Artes Visuais, com curadoria de Alexandre Sequeira (Rio Branco, AC). Em 2008, recebeu o “Prêmio SIM Artes Visuais” e participou da mostra “Arte pela Amazônia”, no Pavilhão da Bienal de São Paulo.

tiago tebet Nascido em 1986, em São Paulo, Tiago Tebet concluiu o Curso de Artes Visuais na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP) em 2009. Antes de lançar carreira solo, atuou como assistente do ateliê do professor Antonio Peticov (2006 e 2007), que lhe ensinou pintura no Núcleo de Arte Contemporânea de São Paulo. Em 2007, fez o curso “Imagem na pintura contemporânea”, com Leda Catunda, artista com a qual trabalhou como assistente no ano de 2009. O conjunto da obra traz rigorosidade nos traços e detalhes, principalmente na geometria das imagens de suas cortinas. É um artista que busca reproduzir fielmente a realidade, trabalhando com cores primárias (azul, amarelo e vermelho) para compor sua obra. A primeira exposição individual, intitulada “Standard”, aconteceu em 2011, na Luciana Brito Galeria (São Paulo). Entre as exposições coletivas estão “Paralela 2010 – a contemplação do mundo”, no Liceu de Artes e Ofícios de São Pau-

lo, com curadoria do crítico e professor Paulo Reis; “Arrebaldes e arredores”, no Edifício Lutecia F.A.A.P (2010); e três edições da Anual de Artes Plásticas F.A.A.P., de 2007, 2008 e 2009, quando foi contemplado com o prêmio da 40ª edição. Destaca-se a participação de Tiago Tebet compondo o Grupo Anarcademia (de Dora Longo Bahia) na 28ª Bienal Internacional de São Paulo, com curadoria de Ivo Mesquita. Outros espaços culturais que tiveram suas obras expostas foram a Luciana Brito Galeria (2009) e a Galeria Novembro Arte Contemporânea (2009).

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Copyright 2011 SIM galeria Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer processo sem a prévia autorização por escrito do editor. SIM galeria mostra inaugural De 30/06 a 12/07/2011 curadoria fernando cocchiarale projeto e coordenação laura simões de assis e guilherme simões de assis colaboração flavia simões de assis e waldir simões de assis filho projeto da exposição fernando cocchiarale montagem da exposição raul fuganti texto crítico fernando cocchiarale projeto gráfico mayra pedroso fotografia das obras miguel ricardo melo e sergio guerini tratamento de imagem miguel ricado melo biografia dos artistas juliana cecatto revisão de textos altair pivovar impressão maxi gráfica

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