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Alberto Zaconeta discute sobre os Escores preditivos de risco
P
rincipal causa de mortalidade materna no Brasil, a préeclâmpsia, doença que acomete 5% das gestações em todo o mundo, continua preocupando os médicos ginecologistas e obstetras. Por se tratar de uma patologia ainda grave, o assunto foi tema da palestra do médico e professor da Universidade de Brasília, Alberto Zaconeta, no 39º Congresso Pernambucano da SOGOPE, durante a Mesa Redonda Síndromes hipertensivas na gestação, coordenada pela médica Melania Amorim, da Paraíba. De acordo com Zaconeta, que discorreu sobre o tema Escores preditivos de risco, o diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia é fundamental para evitar complicações durante a gestação e o parto, bem como colabora para diminuir o índice da mortalidade maternidade. Atualmente entre 5% e 7% das grávidas brasileiras desenvolvem a pré-eclâmpsia se manifesta em 1,3 casos para cada mil partos. “A hipertensão descontrolada e as inflamações no pulmão e no fígado são uma das causas comuns da préeclâmpsia”, revelou o palestrante. Estudo Piers– Outro ponto importante da palestra foi sobre o Estudo Piers (Pre-eclampsia Integrad Estimate of Risck) . Segundo Zaconeta, o estudo tem como objetivo desenvolver o primeiro sistema de classificação da pré-eclampsia com base na capacidade para prever resultados adversos maternos e perinatais. “O desenvolvimento do modelo completo Piers foi concluído e o projeto está atualmente na fase de validação externa. Este modelo não se destina a substituir a avaliação clínica de rotina e estratégias de vigilância, e deve ser usado com cautela”.
Palestra de Alberto Zaconetta lotou o auditório
Alberto Zaconeta falou sobre Síndromes hipertensivas na gestação durante a Mesa Redonda
Conferência Internacional discute o papel da progesterona no abortamento recorrente O aborto espontâneo para quem aguarda, com expectativa, a chegada de um filho, é sempre muito frustrante e depressivo. No caso dos abortos recorrentes, a somatização é ainda maior. “Nessas horas, o médico precisa e ir além da medicina e dar uma boa assistência (psicológica) ao casal”. Foi o que defendeu o especialista italiano, Giancarlo Di Renzo, ao terminar a Conferência Internacional O papel da progesterona no abortamento recorrente, durante o Congresso da SOGOPE. O médico italiano começou a palestra traçando um paralelo entre a mulher moderna e o abortamento recorrente, aquele em que a mulher apresenta duas ou três perdas gestacionais antes das 20 semanas de gestação. “Estudos revelam que cada mulher que sofre de abortos recorrentes tem uma história diferente; um diagnóstico reservado. Mas por outro lado, a maioria delas, é profissional do novo mundo dos negócios e está optando por engravidar cada vez mais tarde”, enfatiza Di Renzo. Em seguida apresentou uma série de fatores que gera o abortamento recorrente e falou dos tratamentos através da suplementação de progesterona. “Precisamos avaliar também as causas que levam a mulher a não segurar a gestação, como fatores genéticos, diabetes, estresse, endócrinos, hemovasculares e infecciosos. As causas anatômicas também são relevantes. Cerca de 10% a 20% das mulheres apresenta má formação do útero”, alertou.
Giancarlo Di Renzo