Informativo SOGIRGS - 42

Boletim Informativo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul Ano 2011 Nº 42 - Out / Nov / Dezembro - Porto Alegre/RS

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Expediente

Out, Nov e Dezembro de 2011 Boletim Informativo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul, filiada à Febrasgo.

SOGIRGS Centro Amrigs Av. Ipiranga, 5311 – Porto Alegre CEP: 90610-000 Fone: (51) 3339-3609 Fax: (51) 3339-6494 E-mail: sogirgs@sogirgs.org.br Site: www.sogirgs.org.br

Editorial

Informação importante sobre a Comissão Nacional de Acreditação

Para encerrar o ano de 2011 é importante relembrarmos um tópico que está sendo amplamente discutido: Comissão Nacional de Acreditação

PRESIDENTE Dr. Flávio da Costa Vieira DIRETORIA ADMINISTRATIVA Dra. Maria Celeste Osório Wender DIRETORIA FINANCEIRA Dr. Breno José Acauan Fº DIRETORIA CIENTÍFICA Dra. Mirela Foresti Jimenez DIRETORIA DE NORMAS Dra. Mila Pontremoli Salcedo DIRETORIA DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Dra. Ana Selma Picoloto DIRETORIA DE DIVULGAÇÃO Dra. Marlui Mesquita Scheid DIRETORIA DE ATIVIDADES REGIONAIS Dra. Thais Guimarães dos Santos DIRETORIA DE ASSUNTOS EXTRAORDINÁRIOS Dra. Beatriz Vailati

(CNA). Conforme a definição do Conselho Federal de Medicina (CFM), a

COORDENAÇÃO EDITORIAL Dra. Marlui Mesquita Scheid

ficando sob a égide das normas e regulamentos estabelecidos nesta reso-

REDAÇÃO E EDIÇÃO Usina de Notícias

cfm.org.br).

PROJETO GRÁFICO Fabrika de Propaganda DIAGRAMAÇÃO Ética Impressora Ltda

Resolução 1.772 de 12 de agosto de 2005 institui o Certificado de Atualização Profissional para os portadores dos títulos de especialista e certificados de áreas de atuação e cria a Comissão Nacional de Acreditação para elaborar normas e regulamentos para este fim, além de coordenar a emissão desses certificados.

Segundo esta resolução, os portadores de títulos de especialista e certificados de áreas de atuação emitidos a partir de 01/01/2006 terão o prazo de até 5 (cinco) anos para se submeterem obrigatoriamente ao processo de certificação de atualização profissional, sob pena de perda do registro desses títulos e/ou certificados. Os portadores dos títulos de especialista e certificados de áreas de atuação emitidos até 31/12/2005 poderão aderir a este processo de certificação de atualização profissional, lução. Para informações complementares, consulte o site do CFM (www.

A SOGIRGS deseja Boas Festas aos associados e seus familiares.

Dra. Mila Pontremoli Salcedo Diretora de Normas da SOGIRGS

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Notícias Sogirgs Dica: como descartar medicamentos vencidos Órgãos públicos e empresas privadas têm se unido para dar o destino correto aos medicamentos vencidos.

Em Porto Alegre, por exemplo, algumas iniciativas já estão sendo realizadas para dar fim a esta problemática. Uma delas é a campanha “Medicamento Vencido – Destino Ambientalmente Correto”, realizada a partir de uma parceria da Prefeitura da Capital, por meio do Conselho Gestor de Educação Ambiental, com a Pharma & Cia e a Rede Panvel.

O material arrecadado é encaminhado à Central de Resíduos Pró-Ambiente.

A coordenadora da Farmácia Universitária da PUCRS, Temis Weber Furlanetto Corte, destaca que os analgésicos e os antiinflamatórios são os medicamentos que lideram a lista dos descartados. “Esse material conta com substâncias em atividade biológica e pode ter efeito adverso gerando bactérias que podem causar danos à natureza”, afirma.

De acordo com a Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), cabe aos geradores de resíduos de serviços de saúde a responsabilidade pelo gerenciamento destes, a partir da geração dos mesmos até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais, de saúde pública e de saúde ocupacional.

Ainda, segundo a Resolução (art.21), os resíduos considerados de risco químico, como é o caso

dos medicamentos, quando não forem submetidos a processos de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ter tratamento e disposição final específicos, em locais previamente licenciados pelo órgão ambiental competente. Portanto, a Sogirgs sugere aos médicos associados orientarem seus pacientes quanto ao descarte correto dos medicamentos.

Núcleo de Uroginecologia da Sogirgs completa 8 anos de atividades Com o objetivo de promover discussões através da leitura de artigos científicos, além da divisão de experiências entre médicos que atuam na área de Uroginecologia, o Núcleo de Uroginecologia da Sogirgs encerra 2011 comemorando seus 8 anos de atuação junto aos associados da entidade. Segundo o médico Lucas Schreiner, coordenador do Núcleo, atualmente, participam das reuniões cerca de 20 profissionais. “Contamos com especialistas dos hospitais São Lucas da PUCRS, Santa Casa, Fêmina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Presidente Vargas que atuam com ensino, pesquisa e assistência em uroginecologia”, destaca Schreiner que coordena as atividades junto com a médica Ana Selma Picoloto.

Os encontros, que são abertos aos associados, acontecem às quartas-feiras, às 19h30, na AMRIGS (Avenida Ipiranga, 5311). Os textos abordados nos encontros são disponibilizados no site da entidade (www.sogirgs.org.br) antes das reuniões.

Nota de falecimento: Martim G. Graudenz (1926-2011) Por Gustavo Py Gomes da Silveira No dia 7 de novembro de 2011, faleceu em Caxias do Sul, onde estava passeando, o Prof. Dr. Martim Graudenz, figura importante da ginecologia gaúcha, que teve especial dedicação à patologia na área ginecológica.

Nascido em Porto Alegre a 9 de fevereiro de 1926, no bairro Navegantes,

Dr. Martim Graudenz, (1926-2011)

após completar o curso de medicina na Universidade Federal do Rio Grande

Ao completar 70 anos, decidiu abandonar a clínica, passando a se

do Sul, fez residência médica em Ginecologia na Universidade de Chicago.

dedicar, em medicina, apenas à patologia, no seu Instituto de Patologia. Foi

Conheceu ali a Dra. Edith Potter, destacada patologista, desenvolvendo seu

muito profícuo este seu período pelos textos que escreveu sobre assuntos

interesse por essa área, onde atuou até a sua morte. De volta ao Brasil,

diversos, vistos da ótica de sua imensa experiência vital. Vários desses

trouxe o micrótomo com vistas a se firmar como patologista.

escritos são conhecidos de nossos associados por terem sido publicados

Foi muito importante sua atividade médica, seja como ginecologista

na Fêmina.

com grande clínica, seja como patologista, seja como professor. Livre

Do seu primeiro casamento, com Marília Silveira Graudenz, teve

Docente de Clínica Ginecológica, foi professor da cadeira de ginecologia

quatro filhos – Márcia, Gustavo, Martim e Eduardo. Márcia é doutora em

na UFRGS da qual veio a se afastar voluntariamente alguns anos depois.

medicina e professora dos Departamentos de Patologia da UFRGS e da

Participou ativamente das atividades associativas e presidiu a Sogirgs,

UFCSPA. Aos seus cinco netos dedicou muito do seu tempo com encontros

então chamada de Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da AMRIGS.

semanais festivos. Faleceu aos 85 anos de idade de forma súbita, junto a sua

Foi presença marcante em conclaves médicos protagonizando alguns

atual esposa, Nilza Filizola, ficando não saudável pouco mais de 24 horas,

momentos importantes da evolução da especialidade.

como as boas pessoas merecem.

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Retrospectiva Sogirgs 2011 No ano de 2011, a Sogirgs realizou eventos científicos em diferentes regiões do Rio Grande do Sul com o objetivo de propiciar o debate de temas relevantes e levar novas informações aos médicos ginecologistas e obstetras assim como a residentes e a outros profissionais interessados nos temas. Os cursos de Porto Alegre foram coordenados pela Dra. Mirela Foresti Jimenez, Diretora Científica da Sogirgs, e os do interior tiveram a coordenação da médica e Diretora de Atividades Regionais da entidade, Thaís Guimarães dos Santos. Confira, a seguir, uma retrospectiva do ano. E agende-se para 2012!

Curso “Obesidade na Mulher” – Março A Sogirgs promoveu nos dias 25 e 26 de março o Curso “Obesidade na Mulher”, em Porto Alegre. A epidemia da obesidade feminina, a obesidade nas diferentes etapas da vida, tratamento farmacológico e cirurgia bariátrica foram os assuntos abordados. O evento contou com a participação da médica Rosana Radominski, de Curitiba.

Curso Sogirgs Região Sul e II Jornada de Ginecologia e Obstetrícia das Universidades do Extremo Sul - Abril A Sogirgs promoveu nos dias 15 e 16 de abril o Curso Sogirgs Região Sul e a II Jornada de Ginecologia e Obstetrícia das Universidades do Extremo Sul, em Pelotas. Anticoncepção contínua, reprodução humana, epidemia de prematuros e perinatologia foram alguns dos temas debatidos. A coordenação local foi da médica Gislaine Silveira de Vargas. O evento teve como convidado nacional o médico Eliano Pellini, de São Paulo.

Curso Sogirgs Planalto Médio e 2ª Jornada de Ginecologia do Planalto Médio - Maio Nos dias 20 e 21 de maio, aconteceu o Curso Sogirgs Planalto Médio e a 2ª Jornada de Ginecologia do Planalto Médio, em Passo Fundo. O evento abordou temas como gestação na adolescência, anticoncepcionais orais e avaliação da vitalidade fetal.

A coordenação local ficou a cargo dos médicos Glênio Spinato e José Emílio Mendes Lima.

Curso “Gestação de Alto Risco” - Abril Nos dias 29 e 30 de abril, aconteceu o curso “Gestação de Alto Risco”, promovido pela Sogirgs em Porto Alegre. Amniocentese, via de parto, prematuridade extrema e métodos de indução do parto estiveram em pauta em palestras e mesas-redondas.

Curso “A mulher, os hormônios e os neurônios” - Maio Nos dias 27 e 28 de maio, ocorreu o curso “A mulher, os hormônios e os neurônios” na capital gaúcha.

A atividade reuniu especialistas na área e teve como principais assuntos: anorexia nervosa, depressão pósparto, síndrome pré-menstrual e estresse. O evento contou com a participação dos médicos Elisa Brietzke e Malcolm Montgomery, de São Paulo.

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Curso Sogirgs Região Noroeste e Curso “Atualização em Ginecologia e Obstetrícia” - Junho Nos dias 17 e 18 de junho, ocorreu em Ijuí o Curso Sogirgs Região Noroeste e o Curso “Atualização em Ginecologia e Obstetrícia”. Entre os assuntos discutidos estiveram Síndrome dos Ovários Policísticos, Osteoporose, Contracepção e Infecções na Gestação.

A atividade teve a coordenação local do médico Dario Gervasio Ronchi.

Curso sobre Anticoncepção - Setembro Nos dias 23 e 24 de setembro, a Sogirgs promoveu juntamente com a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o curso “Anticoncepção”, em Porto Alegre. Entre os temas abordados estiveram anticoncepção em situações especiais, como eleger o contraceptivo na Síndrome de Ovário Policístico (SOP) e gestação após contracepção definitiva. O curso contou, ainda, com a participação de dois especialistas nacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP): Luiz Eduardo Albuquerque e Cristina Guazzelli.

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Curso Sogirgs Região Serrana, “II Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Serra Gaúcha” e “II Encontro dos Ex-alunos e Residentes de G&O do HG/ UCS” - Outubro A Sogirgs realizou o Curso Sogirgs Região Serrana, a “II Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Serra Gaúcha” e o “II Encontro dos Ex-alunos e Residentes de G&O do HG/UCS”, nos dias 7 e 8 de outubro, em Caxias do Sul. Temas como vacina contra o HPV, incontinência urinária, contracepção no século XXI, gestação de alto risco e doenças infecciosas em obstetrícia, entre outros, foram discutidos no evento. A coordenação local foi dos médicos Dilma Tessari, Elaine Sangalli Mallman, Eleonora Bedin Pasqualotto, José Mauro Madi e Paulo Roberto Cará. A atividade contou com a participação dos médicos Eliano Pellini e Marcelo Zugaib, de São Paulo.

XVIII Jornada Mercosul em Sant’ana do Livramento - Agosto A XVIII Jornada Mercosul aconteceu em Sant’ana do Livramento, nos dias 5 e 6 de agosto. O evento reuniu especialistas da área e discutiu assuntos como terapêutica ginecológica, atualizações em obstetrícia e prevenção do câncer ginecológico. A Jornada teve coordenação local do médico Ângelo Sérgio Lopes Moreira.

Curso Sogirgs Santa Cruz do Sul - Setembro A Sogirgs também esteve presente na região do Vale do Rio Pardo em 2011. O evento aconteceu na cidade de Santa Cruz do Sul, no dia 3 de setembro. A coordenação local foi do médico Felipe Costa. Mesas redondas, conferências e paineis integraram a programação.

Curso de Mastologia - Outubro A Sogirgs e a Sociedade Brasileira de Mastologia (ABM) promoveram o Curso de Mastologia em Porto Alegre, nos dias 14 e 15 de outubro. Assuntos como Rastreamento e diagnóstico em mastologia, Reconstrução Mamária e Novidades em Oncoplastia, A mama e os hormônios, moleculares tumorais e sua implicação clínica, entre outros, foram discutidos no evento. A coordenação local foi dos médicos Andrea Pires Souto Damin, Fernando Schuh e Rodrigo Cericatto.

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Curso Sogirgs Região Central e 2° Simpósio de Toco-Ginecologia em Santa Maria - Novembro A Sogirgs realizou nos dias 4 e 5 de novembro, o Curso Sogirgs Região Central e o 2º Simpósio de Toco-Ginecologia, em Santa Maria. O evento contou com conferências, paineis e mini-conferências, sob a coordenação local dos médicos Paulo Afonso Beltrame e Felipe Costa.

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Sogirgs realiza 12ª edição da Prova de Avaliação dos Programas de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia No mês de setembro, foi realizada a 12ª edição da Prova de Avaliação dos Programas de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia da Sogirgs. Participaram do processo 155 residentes dos 14 Serviços de Residência Médica em atividade no Estado. A prova foi aplicada no Centro de Eventos da AMRIGS para os serviços de Porto Alegre e contou com a presença de um preceptor local e de um representante de outro Serviço para os Programas de Residência Médica em GO do interior do Estado. Ao todo, foram 50 questões, 25 de cada especialidade.

Os serviços foram ranqueados sem identificação e a cada serviço participante foi enviado o desempenho em relação aos outros do Estado. Através da iniciativa, a Sogirgs pretende viabilizar a análise dos temas abordados entre a preceptoria e os residentes, oportunizando a atualização médica continuada.

Cada residente recebeu o seu boletim de desempenho. A média geral da prova foi de 57,5 havendo melhor desempenho conforme o ano de residência (R1: 55,6; R2 56,2; R3 61,4; R4 64,7), conforme demonstrado no gráfico. Foram analisados os índices de Facilidade e de Discriminação das questões, sendo a prova considerada regular em relação à discriminação e média quanto ao grau de dificuldade. Em relação ao exame aplicado no ano anterior, esta foi considerada como tendo maior grau de dificuldade e com semelhante grau de discriminação.

Gostaríamos de agradecer aos supervisores, professores e preceptores de cada Serviço que enviaram questões para prova, o que proporcionou o êxito desta 12ª edição de Avaliação dos Programas de RM do nosso Estado. A Sogirgs solicita que os preceptores analisem todas as questões avaliando as alternativas, bem como os índices de discriminação e facilidade, para que possamos manter a qualidade das questões.

Desde 2005, a diretoria da Sogirgs vem premiando os três residentes que obtiverem o melhor desempenho com a isenção da taxa de anuidade da Sogirgs/FEBRASGO para o ano imediatamente posterior. Este ano, a entidade proverá, além desta isenção, a inscrição cortesia de sócio para o Congresso Sul-Brasileiro da Especialidade em 2012 e um jaleco personalizado da Sogirgs. Em 2011, participaram da elaboração da prova os doutores Patrícia El Beitune, Mila de Moura Behar Pontremoli Salcedo, Thais Guimarães dos Santos, Ricardo dos Reis, Felipe Costa e João Sabino Lahorgue da Cunha Filho.

Drª Patrícia El Beitune Coordenadora da 12ª Avaliação RM Sogirgs

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Curso de Mastologia Prevenção primária do câncer de mama: o que há de novo?

Três são as estratégias usadas na prevenção primária do câncer de mama (CM): a) mudanças no estilo de vida: consiste em intervir sobre os fatores de risco, como evitar a obesidade, restringir o consumo crônico de álcool, estimular a atividade física, mas que, embora desejáveis, são de difícil mensuração e pouca aplicabilidade prática. b) cirurgias redutoras de risco: a principal (as outras, ooforectomia e mamoplastia redutora tem pequeno significado clínico) é a mastectomia, cujo emprego vem crescendo nos últimos 10 anos. Diminui o risco em até 95% e está indicada nos casos de mutações genéticas, lesões pré-malignas e associação de fatores.

A técnica preferida é a mastectomia subcutânea com colocação de implantes de silicone. c) Quimioprevenção: vários agentes têm sido propostos, mas nenhum é o ideal devido aos efeitos colaterais, pois estamos lidando com uma população sadia. O tamoxifeno é o único aprovado neste cenário e proporciona uma redução em torno de

Terapia hormonal e câncer de mama O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres e Porto Alegre é a líder nacional em casos. Entre os fatores de risco está o uso da terapia hormonal (TH) combinada que ocasionaria um aumento da proliferação celular na mama devido ao estímulo, sobretudo da progesterona. O uso da TH no câncer de mama já foi amplamente estudado, e sofreu impacto após a publicação dos resultados de estudos como o WHI (JAMA, 2003) e o Million Women Study (Lancet, 2003) que demonstraram um aumento de risco relativo de 1,24 - 1,66 para as usuárias de TH combinada a partir do quinto ano. Já com relação ao uso do estrogênio isolado (histerectomizadas) os dados do WHI demonstram uma proteção às usuárias com relação ao câncer de mama, inclusive com dados a longo prazo (JAMA, 2011). Em termos absolutos, no

Carlos Henrique Menke Fundador do Serviço de Mastologia do Hosp. de Clínicas de Porto Alegre, da UFRGS; Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional do RS

50%. Esse benefício se limita a neoplasias com receptor hormonal positivo. O raloxifeno pode ser usado em pós-menopáusicas com osteopenia/osteoporose. Os inibidores de aromatase anastrozole e exemestano possuem perfil de toxicidade aceitável, redução de risco um pouco maior e estão entrando na prática diária, porém se restringem às mulheres menopáusicas. Nova droga, muito promissora, é o metformin, antidiabético oral, com poucos efeitos indesejáveis e que atua também na prevenção do CM receptor negativo. Está sendo testado em estudos fase III. Para que a quimioprofilaxia realmente tenha impacto na prevenção, há necessidade de marcadores biológicos para caracterizar melhor o alto risco, de desfechos substitutos para avaliar a eficácia da droga e da combinação de agentes para cobrir os casos de receptores hormonais positivos e negativos.

O autor declara não ter qualquer tipo de conflito de interesse em relação ao tema.

Valentino Magno Mestre em Ciências Médicas Médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entanto, o aumento de risco para a TH combinada significa menos de 1 caso adicional a cada 100 mulheres, não contra indicando o uso de TH combinada para a maioria das pacientes que necessitarem tratamento. Persistem as orientações de usar a TH apenas para os casos com indicação bem definida e por um período inferior a 5 anos, sempre que possível.

O uso da Tibolona também possui as mesmas restrições. O screening para as usuárias de TH é o mesmo preconizado universalmente e pacientes com câncer de mama devem evitar o uso da TH. O autor declara não ter qualquer tipo de conflito de interesse em relação ao tema.

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Curso de Mastologia O papel da mamografia no rastreamento do câncer de mama O rastreamento é entendido como uma ação diagnóstica em pessoas que não apresentam qualquer alteração de saúde, nenhum sintoma e nenhum sinal. Como tal o rastreamento não pode gerar qualquer risco nem custos excessivos e apresentar evidências de benefício para a paciente que a ele se submete. A mamografia tem sido aceita como o exame mais importante para rastrear o câncer de mama, sobretudo nas suas fases iniciais, pré-clinicas, quando se podem observar assimetrias estruturais, lesões focais muito pequenas, microcalcificações pleomórficas, enfim, tudo aquilo que não se diagnostica de outra forma, permitindo a identificação de neoplasmas malignos em fase muito inicial e, inclusive, as lesões pré-malignas. Benefícios indiscutíveis promovidos pelo rastreamento mamográfico.

Três pontos vêm sendo debatidos com mais intensidade nos últimos anos: 1º - O risco de exame mamográfico falso negativo: existe o câncer, mas ele não é visto na mamografia.

O exame falso-negativo é danoso, pois pode a paciente se sentir segura com aquele resultado e não valorizar qualquer alteração que venha a observar nas suas mamas; 2º - O risco de exame mamográfico falso-positivo: a paciente ingressa numa sucessão de exames, incluindo procedimentos cirúrgicos, tudo sem a menor necessidade, envolvendo riscos e

Gustavo Py Gomes da Silveira Professor Titular de Ginecologia da UFCPA Chefe do Serviço de Ginecologia do Complexo Hospitalar Santa Casa Membro da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CREMERS gastos inúteis. Os exames falso-positivos serão mais comuns com mamas densas, o que é esperado na paciente jovem; 3º - O risco de raios sobre as mamas: no passado era considerado irrelevante esse risco, mas recentemente tem sido lembrado e considerado. Assim surge a busca de uma periodicidade maior que a anual no rastreamento mamográfico. Diretrizes de instituições importantes já sugerem o rastreamento bienal como trazendo os mesmos benefícios.

Recomendação da U.S. Preventive Services Task Force contraindica o rastreamento de rotina em mulheres entre 40 e 49 anos, considera que o rastreamento iniciado antes dos 50 anos deveria ser uma decisão individual baseada nos benefícios e prejuízos e recomenda o rastreamento mamográfico bienal para mulheres entre 50 e 74 anos de idade.

O autor declara não ter qualquer tipo de conflito de interesse em relação ao tema.

2° Simpósio de Toco-Ginecologia - Santa Maria Trombofilias na Gestação Trombofilia é a tendência ao tromboembolismo, manifestado geralmente como trombose venosa ou embolia pulmonar. Há várias publicações sugerindo uma associação entre trombofilias e eventos adversos da gestação (abortamento habitual, morte fetal de 2º ou 3º trimestres, pré-eclampsia grave, crescimento intrauterino restrito precoce, descolamento placentário prematuro e outros). As principais trombofilias (devido ao risco muito elevado de trombose) são a síndrome antifosfolípide (SAFL), homozigose para fator V de Leiden, homozigose para mutação da protrombina G20210A, heterozigose simultânea para esses dois últimos fatores e deficiência de antitrombina III. A única trombofilia que inequivocamente se associa a adversidades obstétricas é a SAFL (aborto habitual, morte fetal intrauterina, restrição

Cristiano Caetano Salazar Ginecologista e Obstetra de crescimento fetal); a literatura científica aponta evidências conflitantes com relação às outras trombofilias. À exceção do rastreamento de SAFL em quem teve dois ou mais abortos espontâneos, não há evidência científica que recomende investigar trombofilias com base no mau passado obstétrico. O manejo das gestações com trombofilias deve seguir diretrizes específicas com base principalmente no risco de tromboembolismo, e não na história obstétrica, uma vez que não há ensaios clínicos suficientes que suportem tal conduta. Atualmente, a única indicação precisa de tratamento profilático é para gestantes com SAFL que tiveram duas ou mais perdas gestacionais.

O autor declara não ter qualquer tipo de conflito de interesse em relação ao tema.

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Jornada Mercosul

O câncer de colo uterino e medidas preventivas em ovário

Na parte de exames de imagens, a Ressonância Magnética ocupou um papel importante na cirurgia conservadora da fertilidade. O PET-CT tem um papel na avaliação de persistência de doença pós tratamento e na avaliação retroperitoneal. Nos estágios iniciais, estão ganhando força os tratamentos mais conservadores (lesões < que 2 cm sem invasão vasculo-linfática. A Traquelectomia Radical Vaginal ou Abdominal é uma técnica cirúrgica conservadora da fertilidade para tumores ≤ 2cm e segura do ponto de vista oncológico. Nos tumores avançados, o avanço da quimioterapia associada à radioterapia tem ganhado muita força (citotoxicidade direta, controle de metástases subclínicas e radiossensibilização), com publicação recente associando mais uma droga à Cisplatina já conhecida desde 1999, a Gencitabina, com ganho de sobrevida significativo.

No câncer de ovário devemos avaliar a prevenção primária e secundária e enquadrar a paciente em grupo de risco populacional ou de alto risco. Os fatores de risco são: história familiar de câncer de ovário ou mama em parentes de 1

Ricardo dos Reis Professor do Depto. de Ginecologia e Obstetrícia da UFRGS Oncologia Ginecológica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre grau, nuliparidade, não uso de anticoncepcional hormonal oral (ACO) e outros. Na prevenção primária, nós devemos estimular as medidas preventivas (paridade, uso de ACO e outros) além de indicar salpingo-ooforectomia bilateral após os 40 anos com prole completa em pacientes de alto risco. Nas pacientes de risco populacional devemos estimular medidas preventivas (ACO) e a salpingo-ooforectomia profilática junto com outra cirurgia pélvica em pacientes após a menopausa (≥ 50 anos). Na prevenção secundária, em pacientes de alto risco, está indicado exames de CA 125 e Ecografia Transvaginal 6/6 meses mesmo na ausência de estudos mostrando diminuição da mortalidade por câncer de ovário com esta conduta. Nas pacientes de risco populacional, não está indicado rastreamento do câncer de ovário com Eco TV e CA 125, pois segundo publicação recente, o uso destes exames anuais não trouxe impacto em termos de diminuição da mortalidade.

O autor declara não ter qualquer tipo de conflito de interesse em relação ao tema.

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COMUNICADO ATENÇÃO: MODIFICAÇÃO NO SISTEMA DE COBRANÇA SOGIRGS

A Diretoria SOGIRGS

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