Set dez 2016

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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A hora e a vez da

AGROINDÚSTRIA


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Ação Pró-Amazônia, 25 anos em defesa da região

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Comitê vai desenvolver o Agronegócio

Revista editada pelo Sistema FIEAM Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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A hora e a vez da AGROINDÚSTRIA

Capa Andrea Ribeiro

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DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM

Governo recebe Agenda Estratégica da Indústria do Amazonas

REDAÇÃO Cristiane Jardim Evelyn Lima - MTE 151/AM Mario Freire - MTE 092/AM

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

PROJETO GRÁFICO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM

Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br

PUBLICIDADES Mary Martins e Andrea Ribeiro FOTOGRAFIAS Heider Betcel e Divulgação

Miguel Angelo/CNI

índice

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36 SESI recebe

editorial

Antonio Carlos da Silva (Presidente do Sistema FIEAM)

prêmio do MEC no #ZikaZero MEC/Reprodução

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Tiragem desta edição: 2.000 exemplares Impressão: Grafisa

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pesar das dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira em 2016, e, em particular a amazonense, provocadas em grande parte pela crise política no país, o que agravou ainda mais a crise econômica, levando ao estreitamento da demanda e do poder aquisitivo, me move a esperança de que 2017 traga menos sacrifícios para todos nós. O cenário para 2017 é de uma realidade preocupante economicamente. As previsões de inflação alta, queda do PIB, escassez de recursos, crescimento do nível de desemprego, situação desfavorável do câmbio, queda das exportações e consequentes desníveis da balança de pagamentos, são alguns dos prognósticos sombrios que minam a confiança do empresariado. Todos esses problemas trouxeram consequência grave de redução da produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), em 2016, com uma série de números negativos, cujos resultados já eram previstos, embora não desejados. Várias das atividades realizadas pela FIEAM em 2016 visaram o fortalecimento da indústria local e a defesa do desenvolvimento social e econômico da Zona Franca de Manaus e do Estado do Amazonas, pois a indústria precisa corrigir ineficiências, reduzir custos, ajustar preços, modernizar e inovar os recursos para as empresas continuarem no mercado. Nesse sentido, em reunião com a Presidência da República, propusemos uma “Agenda Estratégica PróCompetitividade”, em que reivindicamos prioridades nas áreas de Infraestrutura, principalmente destacando a atual grave crise energética de Manaus, a recuperação da BR-319, a criação de um porto público que atenda às necessidades de movimentação de cargas, e o fortalecimento institucional da Suframa, restituindo-lhe a autonomia estabelecida no artigo 10º do Decreto Lei nº 288/67. Nesse documento foram expostos de forma sucinta os principais entraves que impedem um avanço maior em direção ao desenvolvimento social e econômico, bem como da preservação ambiental do Amazonas. O nosso compromisso em 2017 continua sendo de empenharmo-nos ainda mais na defesa e modernização da nossa indústria, intensificando o nosso relacionamento institucional com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, apoiado pelos nossos 27 sindicatos patronais, verdadeiros representantes do segmento industrial amazonense. Desejo de coração que todos os obstáculos que possam surgir em 2017 sejam vencidos com a garra que é peculiar do povo amazonense. Que possamos, no próximo ano, festejar os êxitos e as nossas conquistas.

O nosso compromisso em 2017 continua sendo de empenharmonos ainda mais na defesa e modernização da nossa indústria, intensificando o nosso relacionamento institucional com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, apoiado pelos nossos 27 sindicatos patronais

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FIEAM propõe agenda com prioridades da indústria local

Fotos: Miguel Angelo/CNI

Encontro

Em carta entregue ao presidente Michel Temer, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, acompanhado de empresários e outras lideranças do setor, reivindica a priorização da recuperação da BR-319 e o fortalecimento institucional da Suframa, entre outros temas.

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presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, em reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, propôs uma Agenda Estratégica Pró-Competitividade para o Amazonas, com reivindicações consideradas prioritárias em infraestrutura, como a grave crise energética de Manaus, a recuperação da BR-319 e o fortalecimen-

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to institucional da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), restituindo-lhe a autonomia estabelecida no artigo 10º do Decreto Lei nº 288/67. Na ocasião, Antonio Silva entregou a Michel Temer documento que expõe os principais entraves ao avanço do desenvolvimento social e econômico, bem como da preservação ambiental do Amazonas. “A grave crise econômica, que es-

tamos atravessando, desafia a capacidade dos governos, empresas e entidades”, disse Silva, que alertou que é hora de corrigir ineficiências, reduzir custos, ajustar preços, modernizar e inovar os recursos para tornar o mercado brasileiro mais produtivo. De acordo com Silva, o presidente Michel Temer recebeu as propostas como uma contribuição à melhoria de seu governo, e na ocasião demonstrou preocupação com a perda de 50


A grave crise que estamos atravessando desafia a capacidade dos governos e empresas

mil empregos na indústria do Amazonas, a crise energética e com a redução da autonomia da Suframa. Na carta, o empresário chama atenção para o modelo econômico iniciado com o Projeto Zona Franca de Manaus, “notadamente pelos números desenvolvimentistas que apresenta”, o que na sua opinião comprova a validade de uma política fiscal de parcial desagravo e desoneração tributária, “que objetivou superar as

Acompanhado do presidente da CNI, Robson Andrade (dir.), o presidente da FIEAM, Antonio Silva, teve oportunidade de entregar ao presidente Michel Temer, durante o encontro, carta com a Agenda Prioritária da Indústria do Amazonas

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condições adversas de sua localização geográfica, motivo dessa vitoriosa ação de ordem geopolítica”. Em relação à Suframa, Antonio Silva diz no documento que a capacidade de investimento da autarquia no desenvolvimento da Amazônia Ocidental foi tolhida nos últimos anos, em decorrência do contigenciamento dos recursos da sua própria arrecadação. “Para se ter ideia, no período de 2008-2013, do valor total de arrecadação própria, R$ 2,49 bi, foram contigenciados 58%, o que equivale a R$ 1,44 bi”, diz. A respeito da crise energética, Antonio Silva reivindica investimentos urgentes na construção de subestações abaixadoras de tensão para que o Linhão de Tucuruí, já concluído, tenha enfim sua plena operacionalização. As propostas recebidas por Temer seriam encaminhadas aos ministérios competentes. Esse foi o 4º encontro da Presidência da República com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Conselho Nacional do SESI e Federações das Indústias, dos Estados do Acre, Amazonas, Maranhão e Pará. Contas públicas O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que intermediou o encontro dos presidentes de Federações com o presidente Temer, disse que a alta ociosidade do parque industrial brasileiro e as dificuldades financeiras das famílias e das empresas adiarão a retomada do crescimento para o segundo semestre de 2017. A economia brasileira começará a se recuperar lentamente em 2017, previu ele. “A expectativa da indústria é que o governo acelere as reformas estruturais e restabeleça o equilíbrio da economia, abrindo o caminho para o país crescer de forma sustentada”, disse Robson Andrade. O Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0,5%, a indústria terá expansão de 1,3% e os investimentos aumentarão 2,3%, em um cenário de elevado desemprego e baixo consumo, de acordo com as previsões da CNI. v

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Arrecadação Federal no Amazonas em 2015, em reais

58%

Percentual contigenciado da arrecadação própria da Suframa

282 bi

Montante referente à renúncia fiscal em 2015, em reais


Com Michel Temer, além de Antonio Silva, Robson Andrade, e o presidente do Conselho Nacional do SESI, João Henrique Sousa (esquerda), com Luiz Cruz, Amauri Blanco, Wilson Périco, Celso Zilves, Nelson Azevedo, Sócrates Bomfim e João Claudino; na foto abaixo, a reunião dos empresários com o presidente

Equilíbrio ambiental e evolução social Antonio Silva justificou o conteúdo da “carta ao governo Temer” como uma forma de contribuir para tornar a economia e a indústria amazonense mais dinâmicas, buscando a inserção competitiva dos produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM) e reduzir as dificuldades para alavancar o crescimento econômico e a produtividade local, gerando mais empregos e bem-estar. Para o presidente da FIEAM, essa foi uma oportunidade de também mostrar ao governo que o modelo vem contribuindo para a preservação da maior floresta tropical do mundo. “O modelo possibilitou a implantação de empresas industriais que agridem muito menos a natureza”, diz Silva, lembrando ainda que a preservação de 98% da cobertura vegetal do Amazonas só foi possível por ser a ZFM um modelo de desenvolvimento econômico sustentável bem-sucedido. “Com emprego intensivo de mão de obra, com boa média salarial, criando oportunidades de evolução econômica e social por meio do desenvolvimento de atividades de alto valor agregado, que contribuem de forma significativa para a manutenção da floresta e do equilíbrio ambiental”, enumerou. Segundo Antonio Silva, ao contrário do que é propalado pelos críticos do modelo econômico de incentivos fiscais, a evolução da renúncia fiscal do Governo Federal para a ZFM, comparada ao total das demais renúncias no Brasil, teve comportamento declinante nos últimos cinco anos. Passou de 20,12% em 2011 para 9,85% em 2015. Outro ponto ressaltado na carta é com relação à base de tributação criada pelo modelo, com a evolução da arrecadação federal no Amazonas, de 8,6 bilhões de reais, em 2011, para R$ 13 bilhões em 2015. Antonio Silva diz que a única estratégia capaz de conduzir ao êxito virá da estreita colaboração entre a classe empresarial e o Governo, que deverá ser capaz de consolidar o desejo de transformação, em um projeto de modernização pró-competitiva do PIM e do Parque Produtivo do Amazonas.

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Aniversário

Ação Pró-Amazônia:

‘Temos que trabalhar pelo que nos une’

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Fotos: Miguel Angelo/CNI


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m comemoração aos seus 25 anos de fundação, a Ação Pró-Amazônia, associação formada pelas Federações das Indústrias dos Estados da Amazônia Legal, homenageou, em sessão especial, em 28 de novembro, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, onze personalidades, entre as quais o deputado federal Pauderney Avelino e o chefe de gabinete corporativo da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Sergio Melo de Oliveira. A entrega da Ordem do Mérito Amazônico Danilo Remor foi presidida pelo presidente da FIEAM e da Ação Pró-Amazônia, Antonio Silva, para quem o grande mérito da associação tem sido possibilitar a discussão, estudos e a defesa em conjunto dos interesses da Amazônia. A cerimônia contou com a presença do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, do governador do Amazonas, José Melo e primeira-dama do Estado, Edilene Oliveira, vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, do secretário executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge,

e do presidente da CNI, Robson Andrade, que destacou o desempenho da Pró-Amazônia para o desenvolvimento da região. Andrade ainda afirmou que o Brasil, para melhorar, depende da firme atuação do Congresso Nacional. “Mas não vamos fugir das nossas responsabilidades”, disse, e alertou que o país não enfrenta desindustrialização e sim desnacionalização das empresas. Para mudar o quadro, cobrou as reformas trabalhista e previdenciária. “O país precisa ter segurança jurídica para recuperar credibilidade junto aos investidores internacionais”, acrescentou. O deputado Pauderney Avelino disse que o parlamento é movido a pressão. “É preciso contrapor-se aos movimentos do quanto pior melhor”. Antonio Silva destacou, entre trabalhos realizados pela Pró-Amazônia, o Projeto Norte Competitivo, amplo estudo sobre os gargalos logísticos da região, que inclusive serviu de modelo para as demais regiões do país. O diagnóstico foi encaminhado aos ministérios dos Transportes, Planejamento, Orçamento e Gestão, Desenvolvimen-

to, Indústria e Comércio Exterior, Minas e Energia, Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Temos que trabalhar pelo que nos une”, assegurou o presidente da FIEAM. “Historicamente a região enfrenta desafios e barreiras geográficas, mas acima de tudo, a falta de compreensão de sua complexidade e suas peculiaridades”, incluiu, para lembrar a necessidade de investimentos em infraestrutura para manter e ampliar o investimento produtivo. “Precisamos criar condições para o aproveitamento das riquezas naturais não apenas como plataformas de exportação de matéria-prima ou de fornecedores de produtos não industrializados”, propôs. “Somos 25 milhões de brasileiros na Amazônia Legal, região potencialmente rica e cobiçada, nem sempre priorizada pelo governo”, falou Antonio Silva para uma plateia de empresários da Amazônia Legal, em maioria. A Ação Pró-Amazônia é formada pelas Federações das Indústrias do Acre, do Amapá, do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Antonio Silva discusa no evento que comemorou os 25 anos da Ação PróAmazônia; à direita, o governador José Melo e o presidente da FIEMT, Jandir Milan, na homenagem a Sérgio Melo

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HOMENAGEADOS Ao receber a Ordem do Mérito Amazônico “Danilo Remor”, Sergio Melo disse que foi tomado pelo sentimento de gratidão ao colegiado, que fez deferência a um assessor cuja característica é a discrição, ao presidente Antonio Silva, pessoa especial que Deus colocou em sua vida, e a Jesus Cristo, que tudo providencia em sua existência. A associação também homenageou a superintendente da Federação das Indústrias e do Departamento Regional do SESI Roraima, Almecir de Freitas Câmara; Edilson Baldez das Neves e Benedito Bezerra Mendes, respectivamente, presidente e diretor da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA); o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi; o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre, Carlos Takashi Sasai (in memoriam), José Conrado Azevedo Santos e Gualter Parente Leitão, presidente e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), respectivamente; José João Batista Stival; e o presidente do Conselho de Representantes da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Manoel Francisco das Chagas Neto. v

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Robson Andrade, Antonio Silva e Jandir Milan, da FIEMT, com o homenageado Pauderney Avelino; abaixo, recebem medalhas Edilson Baldez, da FIEMA, José Conrado, da FIEPA, Blairo Maggi, Gualter Leitão e Almecir Câmara (FIER)

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Ação Pró-Amazônia

A missão é atrair investimentos do mundo para a Amazônia

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O diretor executivo da Brazilian American Chamber, James Rosenstein (acima); à esquerda, o presidente Antonio Silva faz seu pronunciamento ao lado dos presidentes das federações, Jandir Milan (FIEMT), e José Conrado (FIEPA); acima, à direita, a mesa do encontro de negócios

Oportunidade para promover o intercâmbio comercial e atrair investimentos estrangeiros para os Estados da região amazônica foram os objetivos da missão que levou a Ação Pró-Amazônia aos Estados Unidos e Canadá, em setembro. Sob a liderança do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e presidente da Ação Pró-Amazônia, Antonio Silva, o grupo, formado também pelos presidentes das federações do Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins visitou oito cidades nos dois países. Desde que foi criada, em 1991, com apoio decisivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Ação Pró-Amazônia, desenvolveu, primeiro em 2011, e agora, em 2016, suas ações mais contundentes na busca pela inserção internacional da Amazônia “como estratégia indutora de desenvolvimento sustentável da região”, de acordo com seus objetivos. A missão começou na Câmara de Comércio Brasil – Estados Unidos (Brazilian American Chamber of Commerce), em Nova York (EUA), sob o comando do seu diretor executivo, James Rosenstein, e participação de empresas norte-americanas, sendo a maioria da área de fundos de investimento. Rosenstein se dispôs a ser futuro parceiro em novos eventos de divulgação do Amazonas e demais estados da região. Na ocasião, Antonio Silva colocou a FIEAM disponível para facilitar os contatos com o governo, empresas, técnicos especialistas nas diversas áreas

econômicas e todos os interessados no diversificado potencial de negócios que o Amazonas detém, como o parque industrial com mais de 600 empresas instaladas em Manaus, que recebem incentivos fiscais, federais e estaduais, e atraem investidores do Centro-Sul do país e de países estrangeiros, tornando-se o 3º mais importante centro industrial do Brasil. “O modelo adotado para o Polo Industrial de Manaus é limpo e atrai atividades econômicas, ajudando a preservar 98% da cobertura original da floresta”, disse Silva, para acrescentar que a correlação entre atividade econômica e preservação ambiental no Amazonas, é comprovada por estudo técnico científico, que contou com a participação de renomados economistas e especialistas da Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de Washington, e com avaliação do Community Research & Development Information Service (Cordis), em Bruxelas – Bélgica. Antonio Silva também mencionou as grandes jazidas minerais, de gás e petróleo. “Temos no Amazonas, grande reservas não aproveitada de potássio e de gás natural que podem ser convertidos em fertilizantes nitrogenados”, relatou, ao também lembrar a aquicultura como um negócio mundial de valor equivalente a 45 bilhões de dólares. “O Amazonas tem grande potencial para exploração e investimentos em aquicultura e piscicultura”, disse. v

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Últimas ATA Carnet passa a ser emitido pelo CIN/FIEAM Desde o mês de novembro, o Centro Internacional de Negócios (CIN Amazonas) está emitindo o ATA Carnet. Junto com as Federações das Indústrias da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, a FIEAM recebeu treinamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para operar o sistema. O documento aduaneiro permite exportar e importar bens temporariamente sem a incidência de impostos em 75 países, reduzindo a burocracia e estimulando a participação de empresas brasileiras no mercado internacional e a atração de grandes eventos ao país. No primeiro semestre de 2016, em todo o mundo, foram emitidos 95.846 documentos, amparando mais de US$ 11 bilhões em bens. Os países que mais usam o instrumento são Suíça, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Japão. Segundo o diretor executivo do CIN-AM, Marcelo Lima (foto), o Brasil é o primeiro país do Mercosul a aderir ao sistema. A CNI venceu o edital público para ser a instituição garantidora e emissora do ATA Carnet durante cinco anos.

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Luiz Rocha é eleito para Sindicato de Confecções Luiz Augusto Barreto Rocha tomou posse em dezembro como novo presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf). Empresário e proprietário da empresa Bicho da Seda, ele vai representar o segmento de confecção nos próximos três anos. Luiz anunciou que dará sequência ao trabalho desenvolvido pela empresária Ana Paula Perrone, na gestão anterior. Ana Paula permanece na nova diretoria como vice-presidente. Rocha disse que pretende firmar relacionamento com a cadeia têxtil brasileira devido à sua importância para o Amazonas, que depende do fornecimento de tecidos de fora do Estado. Ele também citou as ações de desenvolvimento tecnológico e de qualificação da força de trabalho da confecção do vestuário. “Temos o SENAI a nosso favor, pois qualifica trabalhadores para

a indústria de confecção”, disse. Atualmente, o Sindconf conta com 16 empresas associadas e é um dos 27 sindicatos patronais da FIEAM. DIRETORIA 2016/2019 Presidente: Luiz Augusto Barreto Rocha Vice-presidente: Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone Secretário: Marcelo Macedo dos Anjos Tesoureiro: José Wender Amorim Xavier Tesoureiros Suplentes: Augusto Cesar Barreto Rocha, Alcilene Batalha Pontes, Waldir Paes Landin, e Wedson Amorim Xavier Conselho Fiscal: Ocimar da Silva Cruz Junior, Angelina Márcia Bacelar Pezzi, Fernanda de Andrade Conselho Fiscal Suplentes: Riame Almeida Abrahim, Mariela Zumaeta da Silva, e Thatiane Márcia Pezzi Simões


Azevedo toma posse nos Metalúrgicos O empresário e 1º vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo dos Santos, é o novo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus. Na posse, Azevedo foi saudado pelo presidente da FIEAM, Antonio Silva, como líder forte, atuante e visionário. “Nelson tem um grande desafio pelos próximos quatro anos de impulsionar todos os segmentos que o sindicato dos metalúrgicos envolve”, disse Antonio Silva. Azevedo substitui Athaydes Mariano Félix, falecido em março de 2016, que esteve à frente do SIMMMEM pelos últimos 30 anos. Nelson Azevedo exercerá o mandato até 2020 com a missão de fortalecer o maior sindicato em arrecadação dos 27 que formam o Sistema Indústria do Amazonas. A missão da nova diretoria é defender os direitos e lutar pelos interesses comuns do sindicato que representa os segmentos metalúrgico, duas rodas, componentista de duas rodas, mecânico, fabricantes de descartáveis, condicionadores de

Intercâmbio

ar e de aparelhos de fitness. Uma das preocupações de Azevedo é quanto às reformas necessárias pelas quais o País precisa passar. “Devemos estar atentos para as mudanças na legislação tributária, de forma a preservar as garantias constitucionais da Zona Franca de Manaus, ao mesmo tempo em que essas medidas devem reduzir a nefasta guerra fiscal para o nosso Estado”, disse ele. Nelson Azevedo, que substitui o executivo Genoir Pierosan, que assumiu o sindicato interinamente, com a morte de Athaydes, é economista, proprietário da Poliamazon Polimentos da Amazônia Ltda, do setor de estamparia, soldagem e pintura, e sócio da empresa Metal Alloy, do polo relojoeiro. É também primeiro vice-presidente da FIEAM e presidente do Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon). (Veja ao lado, a composição da nova diretoria).

15 DIRETORIA - 2016/2020 Presidente - Nelson Azevedo dos Santos 1º Vice-Presidente - Paulo S. Takeuchi 2º Vice-Presidente - Ikuo Ikeguchi 1° Secretário - J. Wilson Falcão da Costa 2º Secretário - Cláudio Eduardo Eccel Lago 1º Tesoureiro - João Batista Coelho Mezari 2º Tesoureiro - Mariberto José Correa Freire SUPLENTES João Bosco dos Santos Pereira Junior Dalva Sizuka Sugaya Julio Minoru Moriya Luis Américo Nunes de Melo Júnior Fernando Moschini Marco Vinicius Félix CONSELHO FISCAL João Miori Filho Ivanildo Pereira dos Santos Silvana Aquino da Silva SUPLENTES Leandro Correia Santos de Oliveira José Luiz Vanzin George Luiz Pinto de Miranda Montenegro REPRESENTANTES JUNTO À FIEAM Nelson Azevedo dos Santos Paulo Shuiti Takeuchi SUPLENTES João Batista Coelho Mezari José Wilson Falcão da Costa

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AgroindĂşstria

Novas matrizes econĂ´micas 16


Produção de alface hidropônica é exemplo de empreendimento bemsucedido no agronegócio de Manaus

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omentar novas matrizes econômicas no Amazonas e, ao mesmo tempo, fortalecer o setor primário e a própria indústria do Estado por meio do agronegócio. Esse é o objetivo por trás da instalação do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, materializada ao longo dos últimos meses em uma série de encontros com produtores, entidades de classe, instituições financeiras e órgãos públicos. À frente da instalação do comitê, o 1º vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, disse que novas matrizes

econômicas devem ser fomentadas a partir do potencial natural do Amazonas para impulsionar o aproveitamento sustentável das riquezas regionais. O comitê envolve, além da FIEAM, a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Suframa, entre outros orgãos e associações de produtores do agronegócio. Eleito para coordenar o comitê, o empresário Teruaki Yamagishi, diretor executivo das Coordenadorias Opera-

PRIORIDADE Teruaki Yamagishi, eleito para coordenar o comitê, diz que é preciso quebrar a resistência dos atacadistas e supermercados locais aos produtos regionais

cionais da FIEAM, disse que a prioridade é conquistar o mercado local. “Devemos olhar para os produtos naturais que temos e transformá-los em negócio. A proposta do comitê é proporcionar a troca de ideias e conhecimento sobre o que estamos fazendo para conquistar o nosso mercado”, explicou. Uma das propostas que já começa a dar resultado é a quebra da resistência no mercado local dos atacadistas e supermercados com relação aos produtos regionais. “Antes de pensar em exportação, esses são os primeiros clientes que devemos conquistar para o agronegócio amazonense”, diz Yamagishi. (Continua nas pág. 18, 19, 20 e 21).

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Estímulo à produção familiar Iniciativas de estímulo ao pequeno produtor, além de políticas de aquisição de produtos da agricultura familiar, em Manaus e nos municípios do interior do Estado, estiveram no centro das discussões do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio com a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). De acordo com Thomaz Meirelles, analista de operações da Conab, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o órgão contribui para a sustentação de projetos de produtores rurais, comprando a produção da agricultura familiar. Desde 2003, segundo ele, a Conab compra a produção e doa os produtos para programas sociais coordenados pelo Mesa Brasil, programa desenvolvido pelo Serviço Social do Comércio, Sesc, que congrega bancos de alimentos contra a fome e o desperdício. “Toda a nossa aquisição de mais de 50% dos municípios do Estado é destinada ao Mesa Brasil. Entre 2014 e 2015 doamos mais de 4 mil toneladas de produtos para a região metropolitana de Manaus. A distribuição dos alimentos é feita pelo Sesc e contempla número superior a 100 programas sociais”, disse Meirelles. O analista destacou os principais programas do setor primário desenvolvidos pela Conab, dentre eles o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que vem atendendo a demanda específica do Amazonas; o de Capital de Giro, que antecipa valor ao produtor para aquisição de produtos e implementos agrícolas, com taxa de juros de 4% ao ano.

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“A exemplo do Programa de Capital de Giro, temos a produção de castanha dos municípios de Lábrea e Manicoré, e de guaraná, do município de Urucará e do Consórcio dos Produtores SateréMawé”, apontou o analista. O consórcio CPSM é formado por cerca de 500 famílias de indígenas da etnia SateréMawé, produtoras principalmente de

guaraná nativo na região da Terra Indígena Andirá-Marau, localizada entre os Estados do Amazonas e Pará. Thomaz Meirelles destacou também a ação da Conab voltada ao extrativismo, a Política de Garantia de Preço Mínimo, que paga diferença ao extrativista e negocia a produção por um preço abaixo do


Fotos: Reprodução

Ampliar Plano Safra é desafio

previsto pelo Governo Federal. Como exemplo, o analista apresentou o caso da borracha, vendida hoje por seringueiros e cooperativas a R$ 2,50 o quilo, quando o preço mínimo tabelado pelo Governo é de R$ 5,22 o quilo. A diferença é paga pela Conab ao produtor para garantir sua produção e renda.

O secretário executivo da Sepror, Valdenor Cardoso, disse que a criação do Comitê do Agronegócio dará nova força para o setor primário devido ao apoio de instituições firmes e mobilizadoras da sociedade e do governo. “Sem essa integração tudo fica mais difícil. Esperamos com esse comitê patrocinado pela FIEAM, que é o braço da economia do Amazonas, e pela força institucional da FAEA, romper as barreiras do agronegócio no Estado”, disse. Segundo Valdenor, os eixos programáticos da Sepror, por meio do Plano Safra, contemplam piscicultura e pesca manejada; fruticultura e produtos regionais; manejo sustentável dos recursos naturais; produção sustentável da pecuária; infraestrutura de apoio à produção sustentável; gestão da capacitação e difusão de tecnologias de produção

sustentável; agricultura indígena; agroecologia e produção orgânica; certificação da produção sustentável; e apoio à comercialização. Valdenor Cardoso reconhece que o órgão estadual possui alguns desafios para que as iniciativas propostas de ampliação do Plano Safra funcionem efetivamente, como o fortalecimento das estruturas operacionais, ordenamento do arranjo institucional, fomento da infraestrutura de apoio à produção (estradas vicinais, agroindústrias, provimento de insumos agrícolas etc), priorizar a agenda do setor primário na sociedade amazonense e a captação de recursos. O total de investimento aplicado pelo Governo do Amazonas para desenvolvimento do Plano Safra é de R$362 milhões, de acordo com a Sepror.

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A Hidroverde produz em mais de 30 galpões nos bairros Jorge Teixeira e Manoa. De acordo com o produtor, um galpão de 100 metros quadrados por 6,5 metros de largura para cultivo hidropônico tem custo inicial de R$ 25 mil para uma colheita mensal de 3 mil a 3,5 mil maços. O empresário conta com apoio da Suframa e do Banco da Amazônia. A hidroponia é um método diferenciado em relação ao plantio no solo. O cultivo é feito na água e com tubulações adequadas, de acordo com a área reservada para a produção. Paulo Hamada ressalta que muitas hortaliças poderiam ser plantadas com essa técnica, como o cheiro-verde (coentro e cebolinha), rúcula, salsa e agrião. Para o empresário, um dos benefícios é a produção contínua, porque independe do clima e sazonalidade dos rios, pois o plantio é feito em áreas cobertas, além de possuir melhor logística de colheita.

Alface hidropônica e peixe congelado Três “cases” de sucesso apresentados ao Comitê comprovam que é possível desenvolver boas - e lucrativas - ideias seja na terra ou água. Da alface hidropônica, da Hidroverde, ao peixe congelado da Delicatessen Pescado, o agronegócio tem rendido bons frutos nas últimas duas décadas no Amazonas. Há 16 anos no mercado, a Hidroverde se tornou autossuficiente no fornecimento da hortaliça, segundo o proprietário da empresa, Paulo Hamada, que possui entre seus clientes as cozinhas do Polo Industrial de Manaus e as redes de supermercados da cidade. Segundo Hamada, um dos precursores dessa modalidade de plantio em Manaus, a produção é de 80 mil maços mensais de vários tipos de alface. Ele estima que haja no mercado local cerca de 30 produtores da alface hidropônica.

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Café amazônico A empresa Café Apuí, desde 2008, cultiva o fruto no município de Apuí, a 408 quilômetros de Manaus. “Iniciamos

com plantação em pequena escala. Já triplicamos a produção de nove sacas de café por hectare para 20, mas ainda temos dificuldade em comercializar nosso produto que é 100% natural, orgânico, regional e totalmente amazônico”, afirmou o gerente comercial, Jonatas Machado. O gerente revela que a falta de estabilidade do mercado orgânico local é um dos agravantes do agronegócio de café, além do escasso incentivo. Quanto à parceria, o representante comercial acredita que a inciativa do Comitê irá contribuir para melhor colocação do Café Apuí no mercado, tendo uma rede de contatos que pode ser transformada numa base de parceria sólida. “O Comitê do Agronegócio é uma iniciativa importante para os produtores regionais que estavam carentes de uma representação forte que pudesse ouvir e atender nossas prioridades. Vislumbramos ter contato com Governo e Prefeitura de Manaus para incluir o nosso café na merenda escolar e assim conquistar o mercado local, já pensando no futuro com a ampliação de nossa produção”, falou Machado.


Já o “case do beneficiamento do pescado foi apresentado pelo engenheiro de pesca, Nilson Carvalho, proprietário da Delicatessen Pescado, que está no mercado desde 1998, com a oferta de produtos de peixes regionais congelados, tendo o diferencial de agregar qualidade e tecnologia inovadora e competitiva. Entre os produtos da Delicatassem estão o picadinho, a lasanha, hambúrguer e steak de pescado, todos produzidos a partir de pesquisas no acervo de mais de três mil espécies encontradas nos rios do Amazonas. “Desenvolvemos produtos com tecnologia e alto valor agregado para atender um mercado mais exigente, lançando sempre produtos novos num lugar onde o costume da população é o peixe frito ou assado. Em nossa trajetória de mais de 15 anos, fomos várias vezes reconhecidos com premiações, sendo o primeiro lugar por dois anos consecutivos no Prêmio Fucapi/CNPq de Tecnologia (1997 e 1998), e segundo lugar no Prêmio Samuel Benchimol (2004), e sendo aprovado nos Editais PAPPE/FINEP Amazonas em 2006, PAPPE/FINEP Subvenção em 2009 e do

Edital de Projetos Criativos da Suframa, CBA e FAPEAM em 2011”, disse Nilson Carvalho, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Segundo o relatório “O estado mundial da pesca e agricultura em 2016”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO 2010), a expectativa é que o Brasil registre o maior crescimento percentual do consumo per capita e da produção de pescados no planeta. A estimativa da demanda por produtos pesqueiros comestíveis mais saudáveis em 2025 será de 290 mil toneladas. “Os produtos à base de pescado de valor agregado, elaborado pela Delicatessen têm viabilidade técnica e econômica para conquistar o mercado do Amazonas e das demais regiões do país, até mesmo o mercado internacional”, afirmou Nilson.

O empresário Nilson Carvalho apresentou na FIEAM alguns produtos da sua empresa Delicatessen Pescado, que oferece peixe regional congelado

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O vicepresidente da FIEAM, Nelson Azevedo (centro) reunido com os principais agentes financeiros do setor rural do Amazonas; na foto à direita, Paulo Roberto Silva, da Sudam

Selo garante De onde vem o dinheiro qualidade, mas para o agronegócio ponte não satisfaz Mais de 50% dos investimentos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) previstos para 2017 serão destinados à agroindústria, com destaque para aquisição de máquinas e equipamentos, asfaltamento de vicinais, mercados e feiras, entre outros investimentos considerados básicos para tornar pujante os negócios e a indústria do setor primário. O anúncio foi feito pelo superintendente da autarquia, Paulo Roberto da Silva, em reunião do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio no Amazonas, na sede da (FIEAM), quando ele apresentou o plano de ação para o próximo ano e apontou alguns gargalos dos nove estados assistidos pelos incentivos e apoio financeiro da Sudam. Paulo Silva disse que está empenhado em readequar os recursos da autarquia para atender as prioridades da região. Mais de R$ 1 bilhão foram retirados do orçamento da Sudam, que em 2016 contou com R$ 1,5 bilhão do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FD A).

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“O (Ministério do) Planejamento retirou mais de R$ 1 bilhão do nosso Fundo para 2017. Acredito que precisamos muito de investimentos e não podemos perder R$ 1 bilhão de um fundo que está disponível com taxas subsidiadas e que pode ser aplicado na infraestrutura de nossa região”, destacou. O FDA é gerenciado pela Sudam para financiamento de projetos privados de infraestrutura, setores tradicionais de inovação tecnológica e de serviços, para os estados da Amazônia Legal, visando estimular seu crescimento econômico. Paulo Roberto disse que, em breve, a Sudam, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) buscará a efetiva aplicação dos recursos disponíveis para financiar a cadeia produtiva da mandioca, do açaí, leite e fármacos na Amazônia. Ele explicou ainda o investimento num sistema para interligar todos os estoques de pescado da Amazônia, para facilitar a identificação dos pescados disponíveis, locais e compradores. O projeto ligará

essa cadeia, promovendo maior acesso do pescador com o seu mercado de consumo, o que deve impulsionar o surgimento e o fortalecimento de cooperativas. Em 2017, a Sudam irá unir forças com as Federações das Indústrias para levantar a bandeira em defesa dos incentivos fiscais para as indústrias de transformação, inclusive do agronegócio, que tem o incentivo da Sudam de redução de 75% do Imposto de Renda. “Em 2018, a Lei que determina esse incentivo terá seu efeito suspenso e será uma outra briga a ser levantada em 2017. Nesta luta vamos precisar do apoio das Federações das Indústrias”. Na reunião, Silva entregou o Laudo Constitutivo do direito a redução de 75% do IR e adicionais não-restituíveis calculados sobre o lucro da exploração, com fruição por 10 anos, às empresas Metalúrgica Sato da Amazônia Ltda, Rubi Indústria de Velas da Amazônia Ltda, Transire Fabricação de Componentes Eletrônicos Ltda, Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda e Procter&Gamble do Brasil S.A.


da Amazônia (Basa), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Do microcrédito, na faixa de R$ 500,00 a R$ 15 mil, ao crédito estruturante, acima de R$ 1,5 milhão, a Afeam apresentou seu portfólio com três tipos de crédito disponíveis e suas três formas de pagamento. O microcrédito vem com juros de 13% ao ano, enquanto no intermediário, de até R$ 150 mil, os juros são de 6%, de acordo com o presidente da agência Evandor Geber Filho. Os recursos do Basa para o agronegócio na região vêm do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), com crédito para financiar construção, reforma, ampliação, máquinas, veículos, embarcações, capital de giro ou custeio, entre outros. Os encargos financeiros do Basa são aplicados da seguinte forma: ru-

Linhas de crédito com vantagens especiais O fomento do agronegócio no Amazonas passa pela oferta de linhas de crédito com vantagens especiais e programas de financiamento voltados exclusivamente à produção rural. Só falta ao produtor conhecer os mecanismos de acesso e descobrir qual deles se encaixa melhor em seu orçamento. Para apresentar as oportunidades disponíveis no mercado e esclarecer dúvidas, o Comitê do Agronegócio promoveu, na sede da FIEAM, o primeiro encontro dos produtores locais com agentes financeiros que atuam com crédito rural, como a Agência de Desenvolvimento e Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), o Banco

ral de 7,65% a 12,35% ao ano com prazo básico de pagamento de até 12 anos com até quatro anos de carência, além de outras opções para os créditos especiais. O BB, no Amazonas, atende todas as linhas do agronegócio, sendo o agente financeiro pioneiro nesse tipo de financiamento. O banco tem aplicado cerca de R$ 110 milhões na produção rural e R$ 70 milhões na agroindústria, uma carteira próxima de R$ 200 milhões, de acordo com o gerente de agronegócio do BB no Amazonas, Alzir Borgert. Já a Caixa Econômica Federal no Amazonas, oferece crédito pecuário com juros de 9,5% ao ano, com até R$ 3 milhões de limite para cada beneficiário, entre outras opções. A Caixa é a instituição financeira mais recente no fornecimento de crédito rural, com menos de três anos de atuação neste tipo de financiamento e apenas para gado de corte, como explicou o gerente Alderglan Teles. v

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Inovação

Diretoria da Moto Honda da Amazônia, com Paulo Takeuchi (no centro, de boné vermelho) na largada da “Expedição CG 40 Anos”, formada por motociclistas convidados pela empresa

HONDA quarentona E

m 2016, a festa no Polo de Duas Rodas, um dos mais importantes do Polo Industrial de Manaus (PIM), foi por conta da Moto Honda da Amazônia. Motivo é o que não faltou para a empresa deixar a crise um pouco de lado e comemorar, mesmo de forma discreta, no melhor estilo japonês. O primeiro motivo veio com o aniversário de 40 anos da instalação da fábrica no PIM. Em outubro de 1976, a empresa de origem japonesa inaugurou em Manaus sua primeira unidade no Brasil, de onde saiu primeira CG (leia matéria na página ao lado), até hoje o veículo mais vendido do Brasil. Nas quatro décadas seguintes, da fábrica

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de Manaus sairam mais de 21 milhões de motos, das quais 11 milhões só de CG, além de quadriciclos e motores estacionários, de acordo com a página da Honda na internet. A empresa continua líder do segmento, embora tenha amargado uma queda de cerca de 40% em sua produção em 2016. Mesmo assim, de acordo com os dados da Suframa, referentes ao mês de outubro, as motocicletas, motonetas e ciclomotores continuavam entre os cinco principais produtos do PIM, por faturamento, ao lado das TVs com LCD, telefones celulares e condicionadores de ar. Para completar o ciclo de comemorações no polo de duas rodas, em de-

zembro, foi a vez da Abraciclo festejar seus 40 anos de existência. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, por coincidência, foi constituída em 1976, época em que o veículo de duas rodas predominante no Brasil ainda era a bicicleta, dado o estado incipiente da produção de motocicletas. O diretor-executivo de Relações Institucionais da Moto Honda e atual presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi, acredita na retomada do crescimento do PIM em 2017, sobretudo do polo de duas rodas, que vem amargando quedas sucessivas de venda de motos nos últimos quatro anos. v


CG125 é daquele tempo Para comemorar os 40 anos do lançamento da CG 125, sua primeira moto produzida no Brasil, a Honda apresentou, em 4 de outubro, na sede da planta no Polo Industrial de Manaus, uma edição especial do modelo CG 160 Titan, modelo top da marca japonesa, que detém o título de campeã de vendas, com 11 milhões de unidades entregues nessas quatro décadas. Na comemoração ainda houve espaço para a largada da “Expedição CG 40 Anos”, que reuniu um grupo de cinco pilotos veteranos e aficionados da marca. Para o diretor-executivo da Honda, Paulo Takeuchi, é um orgulho saber que este produto conquistou o público brasileiro e que contribui para a economia do Amazonas. “Acredito que nesses 40 anos o mais importante é que pudemos formar vários profissionais, além de ter empregado os profissionais que formamos, e hoje se estendem a uma categoria muito forte no Polo Industrial de Manaus (PIM). Então acho que não só os profissionais que trabalharam e trabalham aqui, mas também toda a família, que recebeu maior estrutura, então isso tudo nos dá bastante orgulho”, disse o diretor. Paulo Takeuchi, que está na empresa há 38 anos, acompanhou de perto o desempenho da Moto Honda e do próprio modelo Zona Franca de Manaus, que em 2017 completa 50 anos, e diz estar vivendo cada momento de crise como “mais um a ser superado a cada

dia”. “É inegável que o país está vivendo uma crise bastante prolongada, mas eu acho que agora nós estamos vendo que temos uma perspectiva boa para 2017, melhorando gradativamente. Já estamos nos preparando para o futuro, porque crise, nesses 40 anos, nós já passamos por várias, então será mais uma para enfrentarmos, e vamos superar, sim, sem dúvidas”. Expedição As novidades da série CG 160 Titan foram vividas na estrada, em primeira mão, pelo grupo de motociclistas veteranos convidados pela Moto Honda, para participar da “Expedição 40 Anos”, que saiu da fábrica de Manaus, com destino à sede da empresa em São Paulo, SP, em duas direções, uma pelo Nordesteste e outra pelo Centro Oeste, as duas num trajeto de aproximadamente 6 mil km de estrada.

Linha de produção Em 1976, é inaugurada a fábrica da Moto Honda da Amazônia, em Manaus, a maior unidade de produção de motos Honda no mundo:

1

. O veículo mais vendido do Brasil Ainda em 1976, é produzida a primeira CG, a 125. De lá para cá, a unidade produziu mais de 21 milhões de motos.

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. Um complexo processo produtivo Nas instalações da fábrica em Manaus são desenvolvidos moldes e ferramentas de produção e os principais componentes, como escapamento, rodas, guidões e peças para chassis.

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. Moto e quadriciclos Em Manaus, são produzidas motos de 100 a 1000cc, além de quadriciclos e motores estacionários Fonte: www.honda.com.br

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Reprodução/Fiocruz

Qualishow

FIEAM promove a 23ª edição do “Qualishow Prêmio Qualidade Amazonas em cenário de in

Momento‘show

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w”, com a cerimônia de entrega dos troféus do nspiração italiana e música de Luciano Bruno

w’ da Qualidade

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Workshop

T

empos de crise representam oportunidades para organizações públicas e privadas aperfeiçoarem seus modelos de gestão e processos produtivos. Essa foi a lição assimilada e compartilhada pelos 39 finalistas do 23º Prêmio Qualidade Amazonas (PQA), promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). E deu um sabor especial à cerimônia de premiação, o “Qualishow”, em 4 de novembro, no Diamond Convention Center. Ao abrir a cerimônia, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou justamente o momento em que vive o País. “Aqui estão organizações que mesmo diante da crise econômica não perdem o foco de seguir em frente, buscando atuar com qualidade na gestão e em seus processos. Todos estão de parabéns e são exemplos de organizações públicas e privadas de excelência”, discursou. Única organização contemplada com o troféu Ouro na modalidade Gestão, em 2016, o Comando da 12ª Região Militar festejou seu terceiro ano consecutivo no topo da premiação na categoria Administração Direta. Para o comandante Antônio Eufrásio, o PQA permite à organização militar a melhoria da gestão ao interagir com a sociedade e poder observar os casos de sucesso da administração privada.

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O presidente da FIEAM, Antonio Silva, entrega o Troféu Ouro na modalidade Gestão ao comandante da 12ª Região Militar, general Antonio Eufrásio; à direita, os patrocinadores do PQA 2016

Modalidade Gestão TROFÉU OURO

CATEGORIA ADMINISTRAÇÃO DIRETA • COMANDO DA 12ª REGIÃO MILITAR

TROFÉU PRATA

CATEGORIA ADMINISTRAÇÃO DIRETA • 29ª CIRCUNSCRIÇÃO DE SERVIÇO MILITAR • PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO

TROFÉU BRONZE

CATEGORIA ADMINISTRAÇÃO DIRETA • COLÉGIO MILITAR DE MANAUS CATEGORIA MÉDIA ORGANIZAÇÃO • SAMEL

TROFÉU DESTAQUE

CATEGORIA ADMINISTRAÇÃO DIRETA • ESTAÇÃO NAVAL DO RIO NEGRO

Menção Honrosa Acima, no alto, representantes das organizações militares premiadas no PQA, incluindo a 29ª Circunscrição de Serviço Militar e o Parque Regional de Manutenção, que conquistaram o Troféu Prata na modalidade Gestão; à esquerda, os vencedores do Troféu Bronze, o Hospital Samel e o Colégio Militar de Manaus; acima, representantes da Estação Naval do Rio Negro, Troféu Destaque no PQA 2016

• 2º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA • 4º BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA • 6º BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA • CENTRO DE INTENDÊNCIA DA MARINHA EM MANAUS • 17ª BRIGADA DE INFANTARIA DE SELVA • 3º ESQUADRÃO DE HELICÓPTEROS DE EMPREGO EM GERAL • PADARIA LISBOA

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“Nosso principal objetivo em participar do PQA é a integração dos militares com a sociedade da qual a organização faz parte. Ao melhorar a nossa gestão, como entidade pública e do Estado, podemos mostrar à Nação como os recursos vindos dela estão sendo bem empregados”, disse o general Eufrásio. A 12ª RM foi uma das 12 organizações militares a colocar seu modelo gerencial à disposição dos juízes do Prêmio para ser avaliado. Na modalidade Gestão, o único representante da iniciativa privada, o Hospital Samel, conquistou o Troféu Bronze na categoria média organização. Na premiação, a responsável pelo setor de qualidade da empresa, Ana Beatriz Antony, disse que o hospital se tornou referência no Amazonas, tanto que é o único a ter a acreditação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), nível 2, que destaca as melhorias de processos e gestão de uma organização. “Também somos o único hospital da Região Norte a ter a ISO 14.001, certificação que confirma nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental”, disse Ana Beatriz. A organização hospitalar deve inaugurar ainda este ano seu mais novo prédio, que é totalmente sustentável com iluminação 100% led e aproveitamento da água da chuva e luz solar. A nova instalação está localizada em frente ao Hospital, na Avenida Joaquim Nabuco. Para 2017, há previsão de inauguração do complexo hospitalar/hotel que está em construção no bairro Aleixo. As duas novas unidades vão agregar 283 leitos aos 108 já existentes na Samel. A modalidade Gestão teve ainda entre os agraciados da noite, estes com o Troféu Destaque, o 2º Grupamento de Engenharia, o 4º e o 6º batalhões de Infantaria de Selva, o Centro de Intendência da Marinha em Manaus, a 17ª Brigada de Infantaria de Selva e a Estação Naval do Rio Negro. O troféu Prata na categoria Administração Direta foi entregue à 29ª Circunscrição de Serviço Militar e ao Parque Regional de Manutenção. O troféu Bronze na mesma categoria saiu para o Colégio Militar de Manaus. Processos produtivos Com número recorde de participantes, o segmento industrial teve premiados 22 projetos para solução de problemas, melhorias, inovação ou desenvolvimento sustentável. Da melhoria no processo de soldagem de peças para motocicletas à diminuição do consumo de tinta ou GLP (gás de cozinha), sempre com base no aumento da produtividade, grandes, médias e pequenas indústrias abriram suas oficinas e linhas de montagem à observação e avaliação dos juízes do PQA. Entre as grandes indústrias, a Brasil Norte Bebidas Ltda conquistou o Troféu Ouro com um projeto para diminuir as perdas de desinfetante em seu processo produtivo. Com a mudança, a empresa, que é fornecedora da Coca-Cola, pas-

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Ao som dos hits italianos do cantor Luciano Bruno (na foto maior, à esquerda), o Qualishow 2016 entregou 26 troféus na modalidade Processo em sete categorias, com destaque para as indústrias do Polo Industrial de Manaus

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sou a economizar mais de R$ 251 mil, incluindo o uso de água, que saiu de 1 milhão de litros em 2015 para 357,8 mil litros em 2016. O diretor da empresa, Bruno Sobral, disse que além da redução de detergente, monitorado no período de janeiro a setembro, o mais importante para a organização foi o impacto na sustentabilidade ambiental da empresa com a redução do consumo de quase 700 mil litros de água. “O reconhecimento da FIEAM em nossa ação pela qualidade nos processos industriais da Brasil Norte Bebidas é um orgulho para gestores e colaboradores da empresa, pois valorizamos a cultura de melhoria em nossa atividade fabril, o que chamamos de excelência operacional”, explicou Sobral. Na mesma categoria Grande Indústria, as empresas Yamaha Motor da Amazônia Ltda e Honda Componentes da Amazônia Ltda tiveram reconhecidos com o Ouro seus projetos, respectivamente, para reduzir o uso de GLP nas atividades industriais e para reduzir o índice de processos que causavam dificuldade de montagem na linha automatizada do escapamento KVSK. O gerente de produção da Honda Componentes da Amazônia, Daniel Aoki, disse que a companhia segue o conceito de excelência de seu fundador, Soichiro Honda, de não se satisfazer com a meta de 100% da qualidade, mas ir além e buscar os 110% nos processos de produção. “A Honda é sinônimo de qualidade e é por isso que participar deste prêmio nos traz muita felicidade”, enfatizou Aoki, ao explicar o projeto que conquistou o troféu ouro. Criatividade Criatividade e praticidade ajudaram a Siemens Eletrônica a conquistar dois troféus, este ano, um voltado à cultura da inovação, que valeu Ouro, e outro para implementação de melhorias na linha de produção, premiado com a Prata. A empresa passou a investir mais na preparação dos trabalhadores com o “Programa Especialistas Lean”, baseado na filosofia de gestão japonesa de práticas e resultados, onde os próprios colaboradores atuaram como voluntários. O troféu ouro na modalidade Processo, categoria Média Indústria, foi conquistado ainda pelos projetos da Technicolor Brasil Mídia e Entretenimento, Sodécia da Amazônia e o da Siemens Eletrônica (veja lista no quadro ao lado). No 25º ano do Programa Qualidade Amazonas, as 39 organizações finalistas conquistaram troféus. Foram 20 representantes do segmento industrial, 12 da área governaO mental e cinco do setor de serviços. reconhecimento A festa de reconhecimento às boas da FIEAM à nossa práticas da qualidade, o “Qualishow”, ação pela qualidade é aconteceu no clima romântico italiano, com a apresentação especial do cantor um orgulho para gestores Luciano Bruno. v e colaboradores da BNB

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Bruno Sobral - diretor


Modalidade Processo TROFÉU OURO

CATEGORIA GRANDE INDÚSTRIA • BRASIL NORTE BEBIDAS LTDA • YAMAHA MOTOR DA AMAZÔNIA LTDA • HONDA COMPONENTES DA AMAZÔNIA LTDA CATEGORIA MÉDIA INDÚSTRIA • TECHNICOLOR BRASIL LTDA (INOVAÇÃO) • SODECIA DA AMAZÔNIA LTDA • SIEMENS ELETRÔNICA (INOVAÇÃO)

TROFÉU PRATA

Acima, o secretário da SeplanCTI, Thomaz Meirelles (esq.) com os representantes da Honda Componentes, Yamaha Motor e Brasil Norte Bebidas; à esquerda, o pessoal da Technicolor, Sodécia da Amazônia e Siemens Eletrônica; abaixo, o diretor da BNB, Bruno Sobral

CATEGORIA GRANDE INDÚSTRIA • SHOWA DO BRASIL LTDA • MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA • PANASONIC DO BRASIL • WHIRLPOOL LATIN AMERICA • PHILCO ELETRONICS S/A CATEGORIA MÉDIA INDÚSTRIA • FERMAZON FERRO E AÇO DO AMAZONAS •3M MANAUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS LTDA • HTA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA • SIEMENS ELETRÔNICA (MELHORIA) •TECHNICOLOR DO BRASIL LTDA (DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) • YAMAHA MOTOR COMPONENTES DA AMAZÔNIA LTDA • BRITÂNIA COMPONENTES ELETRÔNICOS • REXAM AMAZÔNIA LTDA CATEGORIA MICRO E PEQUENA INDÚSTRIA • SONOREY • AGA MÓVEIS IND. E COM. DE MÓVEIS CATEGORIA SERVIÇO/COMÉRCIO • CASA DOS COMPRESSORES • CASA DO ELETRICISTA • PRIMAZZIA GESTÃO DE CONDOMÍNIOS • TAMBAQUI DE BANDA CATEGORIA GOVERNAMENTAL • CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA - CIGS

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Torneio de Robótica

Aprendiz de Gênio U

m projeto para salvar da ameaça de extinção o primata Sauim-de-coleira (saguinus bicolor) deu à equipe Invictus, da Escola Municipal Jorge de Rezende Sobrinho, do bairro Tancredo Neves, na zona Leste de Manaus, o 1º lugar no Torneio de Robótica FIRST LEGO League (FLL) – Etapa Regional Norte, disputado em Manaus no início de dezembro. Em 2º lugar, ficou a equipe Amazônidas, da Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara (AM), e em 3º, a Marco Zero Robotic, da Escola Visconde de Mauá, do SESI Amapá. O resultado garantiu classificação das três equipes para participar do Torneio

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Nacional de Robótica, que acontece em março de 2017, em Brasília, reunindo equipes de todo o Brasil. A etapa regional Norte foi realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, com a participação de 28 equipes formadas por pelo menos 200 alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares da região. Organizado pelo SESI, o torneio é realizado por meio de uma parceria do SESI Nacional com a organização norte-americana FIRST (For Inspiration and Recongnition of Science and Technology) e o grupo dinamarquês LEGO Education, com o objetivo de despertar o interesse das escolas para

temas, como ciência e tecnologia. Nessa edição, as equipes trabalharam com o tema Animal Allies (aliados dos animais, em inglês), e o desafio era investigar e solucionar um determinado problema que melhore a interação das pessoas com os animais. Uma das atividades é a programação de robôs autônomos usando a tecnologia LEGO® Mindstorms® para cumprir as missões da mesa da competição. Além dos três primeiros colocados na Champion’s Award, foram premiadas quatro equipes dentro da categoria Design do Robô (veja lista ao lado), outras três na área de Pesquisa e mais três no quesito Core Values. v


Etapa Regional Norte Champion’s Award 1º Invictus – Escola Municipal Jorge de Rezende Sobrinho (Manaus-AM) 2º Amazônidas – Escola SESI Abrahão Sabbá (Itacoatiara-AM) 3º Marco Zero Robotic – Escola Visconde de Mauá, do SESI Amapá (Macapá-AP) (Classificados para o Torneio Nacional

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Design do Robô Design Mecânico – Autobot, Escola Estadual Professor Waldock Fricke de Lyra (Manaus-AM) Programação –World Doctors, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Manaus) Estratégia/Inovação –Lego Master, da Escola SESI Padre Francisco Luppino (Parintins-AM) Desempenho do Robô -Amazônidas, Escola SESI Abrahão Sabbá (Itacoatiara-AM)

Pesquisa Apresentação –Black and White, da Escola SESI Adalberto Valle (Manaus-AM) Solução Inovadora –Esasbot, da Escola SENAI Antonio Simões (Manaus-AM) Projeto de Pesquisa –Brasileiríssimos, da Escola SESI Abrahão Sabbá (Itacoatiara-AM)

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Core Values Inspiração –Team Prodixys, da Escola SESI Dra. Emina Barbosa (Manaus-AM) Trabalho em Equipe –Avengers, da Escola Estadual Professor Waldock Fricke de Lyra (Manaus-AM) Gracious Profissionalism –Robotic Monkey Sauim, da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa (Manaus-AM)

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Vídeo

A gerente Maria Acilda (esquerda) com as professoras Elaine e Kelsilene, e os alunos do SESI, no aeroporto, a caminho de Brasília para receber o prêmio

Prêmio #Zikazero A

lunos e professoras do SESI Amazonas receberam, em 8 de novembro, em Brasília, o prêmio do Júri Popular na modalidade Educação Infantil, categoria Rede Privada, no concurso nacional de vídeos “Pesquisar e Conhecer para Combater o Aedes Aegypti”, do Programa #Zikazero, do Ministério da Educação (MEC). O vídeo “Na Amazônia, Aedes Aegypti? Nem com nojo”, venceu as etapas estadual e nacional, esta disputada com 256 concorrentes de todo o país. Em clima de euforia e brincadeiras, monitorados por mães e professoras, Matheus Mendes, Louise Emanuelly da Costa e Nicole Belarmino, todos de

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6 anos de idade e alunos do 2º período da educação infantil da Escola SESI Dr. Francisco Garcia, embarcaram para uma viagem de dois dias à capital federal para participar de ações educativas de combate ao mosquito vetor da dengue. A viagem fez parte da premiação do MEC. O vídeo, de 1 minuto e 15 segundos de duração (para acessar, entre na página https://youtu.be/HzaXNwxl7kI), recebeu 1.392 votos pela internet e fez jus ao prêmio do Júri Popular. A Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, de Manaus, conquistou o primeiro lugar na modalidade Educação Infantil, categoria Rede Pública, na escolha da Comissão Julgadora.


Os três alunos do SESI foram acompanhados das professoras do pré-escolar, Elaine Araújo e Kelsilene Paiva, a gerente da Escola SESI, Maria Acilda dos Santos, além de Leila Mendes e Edwilma Mota da Silva, mães, respectivamente, de Matheus e Louise. Com o coração apertado por se separar pela primeira vez da filha Nicole, a funcionária pública Millian Abreu de Vasconcelos, de 26 anos, acompanhou de perto o embarque da equipe. Segundo Millian, um problema inesperado a impediu de viajar, mas, ao mesmo tempo, não poderia deixar que a filha perdesse a oportunidade. “Eu sei que a minha filha está em boas mãos. A professora Kelsilene é como se fosse a segunda mãe dela”, disse, lembrando que Nicole, assim como Matheus e Louise está na Escola SESI, desde o maternal. A Escola SESI Dr. Francisco Garcia funciona também como creche voltada para os filhos dos trabalhadores da indústria local. Inclusão social O prêmio do MEC para a Escola SESI ganhou um inesperado caráter de inclusão social. O aluno Matheus Mendes, que integra a equipe, é autista, o que fez crescer ainda mais o peso do vídeo premiado. Segundo a mãe, Leila Mendes, de 44 anos, foi importante o que fizeram as professoras ao acreditar no potencial da criança. “Participar do vídeo e das atividades paralelas tem ajudado muito na socialização do Matheus. Para ele, o que a professora diz é lei”, diz a mãe. Em Brasília, a programação das equipes premiadas de todo o país incluiu atividades educativas de combate ao mosquito, vetor da Dengue e do vírus Zika, e a cerimônia de entrega dos troféus no Estádio Mané Garrincha. Além das 11 instituições premiadas no Júri Popular - de universidades a educação infantil -, outras 11 foram premiadas pela Comissão Julgadora do Prêmio #Zikazero, somando 22 vídeos com o tema Aedes aegypti. v

A aluna do SESI Amazonas, Louise Emanuelly, posou para a campanha do MEC de divulgação do aplicativo

Aplicativo ajuda a localizar e destruir focos Em Brasília, os alunos premiados no concurso Pesquisar e Conhecer para Combater o Aedes Aegypti foram apresentados em primeira mão ao aplicativo para smartphones desenvolvido pelo MEC para uso nas escolas de todo o país como mais uma ação de combate ao mosquito, vetor da dengue e outras doenças. Disponível nas plataformas iOS/Android o aplicativo será utilizado pelo MEC como material didático: os alunos serão colocados diante de um desafio para destruir todos os focos virtuais de proliferação do mosquito em sua escola, seguindo critérios já conhecidos na prática, como a eliminação de água parada e a limpeza de locais com entulhos e lixo. De acordo com o MEC, a intenção é seguir com o trabalho coletivo, de forma lúdica, mobilizando a rede de ensino para as práticas que cola-

boram para o controle do inseto em todas as regiões do país. O aplicativo, como explicou a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/ MEC) Ivana de Siqueira, é resultado de um processo colaborativo para a prevenção no âmbito da educação. O aplicativo foi concluído no final de novembro e seria disponibilizado imediatamente para todas as escolas do país. Na apresentação prévia, no Estádio Mané Garrincha, onde ocorreu a cerimônia de premiação do #Zikazero, a aluna do SESI Amazonas, Louise Emanuelly, ganhou destaque na chamada do aplicativo no portal do MEC. “Os alunos já usaram o aplicativo e fizeram uma busca no Estádio, onde foram localizados alguns focos, tudo de forma virtual, como pneus e vasos de plantas”, disse a secretária Ivana.

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Diretoria

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM Presidente Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente Nelson Azevedo dos Santos 2ª Vice-Presidente Tereza Cristina Calderaro Corrêa Vice-Presidentes Roberto de Lima Caminha Filho Aldimar José Diger Paes Wilson Luiz Buzato Périco Carlos Alberto Rosas Monteiro Eduardo Jorge de Oliveira Lopes Amauri Carlos Blanco Sócrates Bomfim Neto Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone 1º Secretário Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário Roberto Benedito de Almeida 1º Tesoureiro Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro Augusto César Costa da Silva

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Diretores Renato de Paula Simões Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Sebastião Nascimento Guerreiro Luiz Carvalho Cruz Mateus de Oliveira Araújo Frank Benzecry Williams Teixeira Barbosa Antônio Julião de Sousa Sandro Augusto Lima dos Santos Paulo Shuiti Takeuchi Francisco Ritta Bernardino Joaquim Auzier de Almeida Mário Jorge Medeiros de Moraes Genoir Pierosan José Miguel da Silva Nasser Pedro de Faria e Cunha Monteiro Frank Lopes Pereira Conselho Fiscal/Titulares: José Nasser Celso Zilves Carlos Alberto Marques de Azevedo Suplentes Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde Delegado representante junto ao Conselho da CNI/Titulares Antonio Carlos da Silva Suplentes Nelson Azevedo dos Santos Carlos Alberto Rosas Monteiro


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