Revista Voz da Igreja - Agosto 2018

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XV - EDIÇÃO 185 - Agosto DE 2018

ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

Impresso Especial 36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS

Ano Jubilar na Arquidiocese de Curitiba Celebraremos os 350 anos fundação da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, atualmente Catedral Basílica. Confira o especial na pág. 10

Campanha da Fraternidade: Confira a lista dos projetos contemplados pelo FDS.

Migrantes em Curitiba: uma realidade que nos provoca à reflexão.

Rezar, falar e convidar são verbos-chave no mês das Vocações.

pág. 16

pág. 18

pág. 25


Agenda Mensal dos Bispos Agosto/2018

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial No próximo mês, setembro, celebraremos 350 anos da fundação de uma pequena igreja dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais, que tornou-se um importante marco na história de Curitiba, passou por mudanças, e hoje abriga a Catedral Basílica. A paróquia que deu origem à Catedral é a instituição mais antiga da cidade e sua história se funde com a da capital paranaense. A partir de agosto deste ano dá-se início às atividades que marcarão o ano jubilar e convidamos a todos para juntos para as celebrações dedicadas a Maria, mãe da Igreja em Curitiba. A revista lançada neste mês de agosto, além de divulgar esta novidade, lembra que estamos no mês das vocações, ressalta a importância da Semana da Família, apresenta uma das expressões da juventude, traz o testemunho de catequistas, aborda a necessidade de formação para o Clero, lança novidades na articulação para uma Igreja mais missionária, entre outros assunto. Entre os temas destacados, há também a ênfase à dimensão social, por meio dos artigos que abordam a questão dos migrantes que por aqui vivem e os resultados do FDS 2018 - gesto concreto da Campanha da Fraternidade. A todos, uma boa leitura.

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Bárbara Moraes: (41) 2105-6342 barbaramm@arquidiocesecwb.org.br

Imprensa: Téo Travagin - 5531 (DRT-PR) comunicacao@arquidiocesecwb.org.br Fones / Fax: (41) 2105-6343 E-mail: comunicacao@arquidiocesecwb.org.br Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Errata No artigo de junho: MEMÓRIA DO PADRE GUILHERME TRACY, na frase: "Foram recuperados [...] mais de 40.000 religiosas", o correto é 40 religiosas.

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Cesar Leandro Ribeiro | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

01 • Assinatura dos Projetos do Fundo 12 • Missa na Catedral Diocesano de Solidariedade, na Cúria • Missa no Santuário Nossa Senhora de • Visita no Seminário São José Guadalupe 02 • Posse de novo Pároco, na Paróquia Nossa 13 • Gravação na TV Evangelizar Senhora da Piedade, em Campo Largo 14 • Reunião da APAC 03 • Aula no Studium Theologicum • Visita no Seminário Bom Pastor • Reunião dos Formadores, no Seminário 15 • Missa da Padroeira, na Paróquia Nossa Rainha dos Apóstolos Senhora do Amparo, em Rio Branco do Sul • Visita no Seminário Propedêutico 16 • Missa no 8º Fórum da ANEC, na FAE 04 • Aula no Seminário Rainha dos Apóstolos • Expediente na Cúria • Crismas na Paróquia Santa Terezinha de 17 a • Reunião Nacional da Comissão Bíblico Liseux 19 Catequética, em São Paulo 05 • Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, em 21 a • Reunião do Conselho Permanente da Colombo 22 CNBB, em Brasília • Missa de Abertura do Mês Vocacional, no 23 • Reunião do Setor Orleans, na Paróquia Santuário Nossa Senhora de Guadalupe Santa Edwiges 06 • Reunião com a Comissão Episcopal de 24 • Assessoria na Assembleia de Pastoral do Pastoral do Regional Sul II, na Sede Regional Sul IV, em Lages – CS 07 • Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria 25 • Formação para o Movimento de Irmãos, • Gravação na TV Evangelizar na Paróquia Sagrada Família, no Novo 08 • Reunião da Diretoria da Pastoral da Mundo Pessoa Idosa 26 • Missa no Paróquia São Pedro e São Paulo, • Posse de novo Pároco, na Paróquia no Tinguí Santíssimo Sacramento 27 • Gravação na TV Evangelizar 09 • Expediente na Cúria 28 • Reunião do Setor Centro, no Santuário • Missa na Paróquia Divino Espírito Santo Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 10 • Aula no Studium Theologicum 29 • Formação Bíblica, na Paróquia Santo • Missa com os Diáconos Permanentes da Antônio, em Orleans Arquidiocese de Curitiba, na Paróquia 30 • Missa de Aniversário do Hospital Cajuru São Pedro 31 • Aula no Studium Theologicum 11 • Formação para as Catequistas, na • Reunião do Setor Mercês, na Paróquia Paróquia São Pedro Nossa Senhora das Mercês

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Rito com a Comunidade 12 • Missa na Paróquia Santa Edwiges Neocatecumenal, na Paróquia São 13 a 17 • Assessorar Retiro no Carmelo de Curitiba Francisco de Assis 15 • Missa na Comunidade Bom Jesus, no Sítio Cercado 03 • Reunião dos Formadores, no Seminário Rainha dos Apóstolos 16 • Crisma na Paróquia São Marcos 04 • Crisma na Paróquia Santa Terezinha 17 • Palestra da Semana da Família, na Lisieux Paróquia Profeta Elias 05 • Palestra Comunidade Canção Nova 18 • Encontro da CRB Sul II • Missa na Capela São João Maria Vianney, • Encontro do CPP e CAEP da Região no Capão Raso Episcopal Sul, Local a Definir 06 • Reunião com a Comissão Episcopal de 19 • Aula no IAFFE Pastoral do Regional Sul II, na Sede 25 e • Retiro com os Seminaristas do Seminário 07 • Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria 26 Filosófico Bom Pastor 08 • Missa na Paróquia Santo Antônio Maria 27 • Missa na Comunidade Santa Mônica Claret 28 • Missa na Paróquia Santana 09 • Retiro com Seminarista do Seminário 30 • Reunião do Setor Boqueirão, na Paróquia Rainha dos Apóstolos São José Operário • Investidura dos MESCES do Setor Portão, 10 • Missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no CIC na Paróquia Menino Jesus de Praga 11 • Ordenação Diaconal, na Paróquia Santa 31 • Reunião do Setor Pinheirinho, no Margarida Santuário da Divina Misericórdia 12 • Missa e Dedicação do Altar, na Paróquia Nossa Senhora da Cabeça

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Assinatura dos Projetos do Fundo Diocesano de Solidariedade, na Cúria 02 • Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia São José 03 • Missa com os Colaboradores, na Cúria • Expediente na Cúria • Reunião dos Formadores, no Seminário Rainha dos Apóstolos • Palestra na Escola Fé e Política, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora 04 • Missa na Comunidade Canção Nova 05 • Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, na Ferraria • Posse de Novo Pároco no Santuário São José, no Capão Raso 07 • Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria • Expediente da Região Episcopal Norte, na Paróquia Santa Cândida 08 • Missa na Paróquia São Pedro, no Umbará 11 • Atividade com o Movimento de Cursilhos, na Casa de Cursilhos • Missa da Novena, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Rio Branco do Sul 12 • Missa no Convento Solitude

14 • Reunião da APAC 15 • Palestra na Semana da Família, na Paróquia Profeta Elias 16 • Missa na Capela Santa Juliana 17 • Missa na Paróquia Santa Edwiges 18 • Missa das Capelinhas, na Paróquia São José Trabalhador • Crismas na Paróquia Sagrada Família, em Colombo 19 • Missa na Paróquia Imaculada Conceição 23 • Expediente na Cúria 24 • Reunião do Setor Cabral, na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré • Missa na Capela de São Bartolomeu, no Santo Inácio 25 • Palestra para o ECC, na Paróquia São José, na Vila Oficinas 26 • Missa no Retiro do Movimento de Irmãos • Rito com a Comunidade Neocatecumenal, na Paróquia N. Sra. da Saúde, em Pinhais 28 • Reunião com a Comissão da Dimensão Social, na Cúria 30 • Missa na Catedral, abertura da Novena da Padroeira


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

ANO JUBILAR É PROCLAMADO EM TODA A ARQUIDIOCESE DE CURITIBA POR OCASIÃO DOS 350 ANOS DE FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS DA CATEDRAL BASÍLICA

A todos e a cada um que as presentes letras virem, graça, benção, saúde e paz da Trindade Santa, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Em Curitiba, o culto a Nossa Senhora da Luz mescla-se à própria fundação do município, tendo seus primeiros habitantes levantado no que é hoje a Praça Tiradentes uma pequena ermida em meados do século XVII. Alguns anos mais tarde, em 1668, teria sido ereta a Paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba, no mesmo ano em que foi erguido o Pelourinho. Nessa instituição, a mais antiga da cidade, foram eleitos e empossados os homens justos que criaram “câmara e justiça”, prestando juramento diante do Vigário de então, o Padre Antônio de Alvarenga, sob o dulcíssimo olhar de Maria Santíssima, Virgem da Luz, invocada como mãe e padroeira dos primeiros homens dessas terras das matas de pinheirais: a Senhora da Luz dos Pinhais. Transcorridos os séculos, passando a Senhora da Terra das Araucárias por três moradas a ela dedicadas, sendo a última delas o atual Templo da igreja Catedral Basílica, os filhos e as filhas dessa terra continuam a alegremente celebrar aquela que lhes indicou o caminho certo a seguir e o local preciso a se assentar.

Tendo isso em conta, juntamente com o bem espiritual dos fiéis e a propagação dessa pia devoção, DECRETO um Ano Jubilar em todo o território da Arquidiocese de Curitiba por ocasião dos 350 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, e ainda pela passagem do aniversário de 125 anos na inauguração da igreja Catedral Basílica e 25 anos de sua elevação à graça de Basílica Menor. O centro e o ápice da Igreja Particular de Curitiba é a Catedral Basílica, como templo maior e mantenedora da Paróquia Jubilar. Contudo, possa esse ano ser bem celebrado em todas as paróquias, capelas, oratórios, seminários, casas religiosas e no meio do povo de Deus em todo o território Arquidiocesano. Há de se iniciar oficialmente no dia 8 de setembro de 2018, e de se concluir no dia 30 de setembro de 2019, aniversário de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba, ocorrida com a posse de seu primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros. Seja este decreto transcrito na íntegra em todos os Livros do Tombo das paróquias da Arquidiocese, e nelas comunicado ao povo de Deus no dia de início do Ano Jubilar.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

Meus 92 Anos A 11 de agosto, vou comemorar 92 anos de idade e, no dia 28, 52 anos de Bispo. Tudo é graça de Deus e proteção de Nossa Senhora do Carmo. Por isto, até a morte, devo sempre render-lhes profundo hino de ação de graças. Depois de Deus e Nossa Senhora do Carmo, tenho dificuldades de incluir em meus agradecimentos todos que me ajudaram, influíram e me ampararam até hoje. Começo a agradecer às famílias italianas que Deus me deu, Fedalto, Lovato, Marchetti e Bosa. No Arquivo Público do Paraná, no Livro de Tombo nº 0834, da Colônia Nova Itália, folha 92, consta que, a 2 de fevereiro de 1878, chegaram à Colônia Nova Itália as famílias de Giacinto Fedalto e esposa Maria Selva, Giuseppe, o Patriarca, Ângela, os filhos Pietro (Pedro), meu avô, com 7 anos, Luigi (Luiz) pai do Irmão Paulo, Passionista, com 5 anos, Giacinto, com 3 anos e Giácomo (Jacob) com um ano. No Brasil, Giuseppe e Ângela tiveram mais Antônio e João (Pe. Aroldo Kohler, neto deste) Lúcia (Pe. Osmair Strapasson é seu bisneto), Maria, Catarina e Luiza. Nasci na Colônia Antônio Rebouças, município de Campo Largo, fundada a 11 de setembro de 1878, chamada Timbituba. Foi mudado o nome para homenagear o engenheiro baiano, Antônio Rebouças, autor dos projetos das Estradas de Ferro e Graciosa, Curitiba a Paranaguá. Lá se estabeleceram 30 famílias italianas venetas, entre as quais a Família Fedalto: meu tataravô Giacinto, com 60 anos, falecido três meses depois, tendo feito as exéquias o Pe. Antônio Machado, pároco de Campo Largo, meu bisavô Giuseppe, o Patriarca, morto com 55 anos, a 08-10-1900. O Pe. Pietro Nosadini, residente em Rondinha, escreveu no jornal católico “A Estrela”: O Sr. Fedalto foi modelo de pais educadores dos filhos e dedicado membro da comissão da Capela, desde o começo”. Meus avós eram Pedro Fedalto e Ana Lovato, Ângelo Marchetti e Margarida Bosa e meus pais Giácomo (Jacob), Congregado Mariano, e Corona Marchetti, de

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Campo Comprido, do Apostolado da Oração. Sou muito agradecido a meus cinco irmãos e irmã, cunhadas e cunhado, sobrinhos e sobrinhos netos. Meu professor Luiz Lorenzi, catequista, sacristão, encaminhou-me ao seminário, tendo 7 alunos consagrados a Deus: 2 Bispos, 3 Sacerdotes e 2 Irmãos Maristas. Sou muito grato a meus Formadores e Professores dos Seminários de S. José de Curitiba e Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, S. Paulo. Depois de Deus, minha maior gratidão é a Dom Manuel da Silveira D’Elboux, Arcebispo de Curitiba, indicando-me para ser seu Auxiliar. Quando o Núncio Sebastião Bággio incluiu meu nome para ser Bispo de Palmas, Dom Manuel insistiu com o novo Núncio Umberto Mozzoni para continuar seu Auxiliar. Sou muito grato ao Papa Paulo VI, nomeando-me Bispo Auxiliar e Arcebispo, aos Papas S. João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Agradeço muito a meus 6 Bispos Auxiliares: Joaquim Gonçalves, Albano Cavallin, Domingos Wisniewski, Ladislau Biernaski, Moacyr José Vitti, depois meu sucessor, de saudosa memória, e Dom Sérgio Arthur Braschi de Ponta Grossa. Profundo reconhecimento ao Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, aos Bispos do Paraná, escolhendo-me Presidente do Regional Sul II por muitos anos, aos do Brasil votando-me para o Sínodo de Puebla, México, Santo Domingo, República Dominicana, da América e por 8 anos ser do Conselho dos Ministérios e Presidente da Família da América Latina e Caribe. Devo dizer meu muito obrigado aos padres, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas da Arquidiocese de Curitiba. A última palavra: rezem por mim para ter uma santa morte.


Vocações

PE. REGIS SOCZEK BANDIL Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese de Curitiba

POR QUE AGOSTO É O MÊS VOCACIONAL? O mês vocacional foi criado em 1981 por iniciativa da CNBB durante a 19ª Assembleia Geral dos Bispos. O objetivo ao criar este mês era conscientizar toda a Igreja, as comunidades e os cristãos leigos sobre a importância de se trabalhar pelas vocações. Isso significa trabalhar por todas elas: vocação à vida sacerdotal, à vida familiar e à vida consagrada – assim como a vocação dos leigos e leigas. Por isso, então, criou-se este mês. No entanto, o trabalho com as vocações deve ser realizado também em outros momentos ao longo de todo o ano, para que a questão vocacional não fique restrita apenas ao mês de agosto.

Qual o papel do SAV?

Como se envolver no mês vocacional?

O SAV irá encaminhar para as paróquias, por email, subsídios para que, em cada domingo, seja feita uma menção às vocações nas missas. O mais importante é que cada paróquia agilize essa temática, que sejam criativos e aproveitem as liturgias, os momentos com a juventude e com a catequese.

Cada cristão pode se envolver nesta temática de muitas formas. Eu destacaria três - e aqui eu utilizo aquilo que está sendo feito por meio da Ação Evangelizadora: Cada Comunidade uma Nova Vocação. São três verbos bem básicos. O primeiro deles: é importante rezar pelas vocações. A oração é o combustível da vocação e da missão. Quando nós rezamos, é Deus que age e nos transforma. Cada um deve rezar aquilo que lhe convém, mas tem sido pedido que se reze dez ave-marias pelas vocações antes das reuniões, das missas, e de todos os momentos em que houver reunião de pessoas. O segundo verbo é falar. É importante que nós falemos das vocações e, principalmente, que falemos bem. Não é possível ficarmos quietos, sem expressão, calados. Falar é importante, porque, assim, criamos a cultura vocacional nos jovens. Por fim, convidar. Convidar os jovens a conhecer os seminários, as congregações, a conhecer melhor a vida matrimonial, a importância da missão, a conhecer a Jesus Cristo. Quando nós convidamos, o jovem responde com alegria e entusiasmo.

O SAV da Arquidiocese de Curitiba está inserido na Comissão 8, junto com todos os organismos vocacionais de nossa Igreja. Essa comissão tem a missão de animar todas as vocações. Mas claro que isso também depende do envolvimento de cada comunidade. Nós sabemos que, em boa parte das paróquias, os catequistas, os leigos e leigas e as equipes de liturgia também trabalham pelas vocações. Há alguma atividade especial neste mês de agosto?

O importante é deixar o Espírito agir e nos animar durante este mês para todas as vocações. No primeiro domingo de agosto, será o dia de rezar pelo sacerdócio, a vocação do padre. No segundo domingo, dia da vida familiar, já que também será Dia dos Pais. No terceiro domingo, dia do consagrado e da consagrada, do religioso e da religiosa. Por fim, no quarto domingo, dia dos leigos e das leigas. São vocações que se complementam e demonstram a beleza da nossa Igreja.

EXPEDIENTE COMISSÃO DO SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL, MINISTÉRIOS E VIDA CONSAGRADA: Coordenador: Pe. Regis Soczek Bandil. E-mail: sav_curitiba@yahoo.com.br

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Juventude

Santo Aníbal Aníbal Maria Di Francia nasceu em Messina, Itália, em 5 de julho de 1851. Terceiro de quatro filhos, Aníbal perdeu o pai aos 15 meses. Com apenas 17 anos, diante de Jesus Sacramentado, recebeu uma graça especial que podemos definir como a Inteligência do Rogate (Rogai). Completados os estudos, em 16 de março de 1878 foi ordenado sacerdote. Realizando os seus ideais apostólicos, Santo Aníbal iniciou duas famílias religiosas: em 1887, a Congregação das Filhas do Divino Zelo e, dez anos depois, a Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus. Santo Aníbal é considerado o apóstolo do Rogate e/ ou “apóstolo da oração pelas vocações”. O testemunho de vida de Santo Aníbal contribuiu para que a Igreja instituísse, em 1964, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Em 1° de junho de 1927, confortado pela presença de Maria Santíssima, a quem tanto amou durante toda a sua existência terrena, morreu santamente. Foi beatificado em 7 de outubro de 1990 e canonizado no dia 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II. Nós, da Juventude Rogacionista, estamos felizes em poder contar um pouco da história de Santo Aníbal, pois buscamos sempre nos aproximar do exemplo

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de pessoa que ele representa. Para nós, é uma honra fazer parte dessa pastoral dentro de nossa Paróquia, que tem como fundador e padroeiro da congregação um Santo que sempre buscou ajudar os necessitados e despertar vocações. Nós trouxemos também, recentemente, a famosa frase como lema: “A messe é grande, mas os operários são poucos”. Porém, de forma especial, particular e carinhosa, nos referindo à juventude: “A messe é jovem e os operários também”, pois acreditamos, assim como Aníbal, na missão e vocação por amor.


História da Juventude Rogacionista A Juventude Rogacionista de Curitiba foi criada na metade do ano de 2011, tendo como foco principal reunir os grupos de jovens para ir à Jornada Mundial da Juventude 2013 no Rio de Janeiro, promovendo eventos e encontros formativos em prol desta viagem e também da Paróquia. Após a JMJ Rio 2013, a juventude permaneceu ativa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde se mantém viva até hoje, sendo também a sede que representa o estado do Paraná. Durante estes 7 anos, houve muitas modificações e a JR passou por diversas coordenações. Porém, desde o ano de 2015, conta com uma grande equipe que vem tomando conta e promovendo diversas atividades. Desde a metade do ano de 2016, foi eleita uma nova coordenação, que permanece na gestão atualmente com o intuito de se fazer ainda mais presente e tornar a JR muito maior dentro e fora da Paróquia. A união tem sido o maior objetivo. Para isso, no último mês de maio, foram eleitos mais dois membros para compor a coordenação desta Pastoral que cresceu de maneira muito significativa no último ano. Com o apoio do Pároco João Ademir Vilella, do Seminário João Paulo II e de casais de apoio, a Juventude Rogacionista vem conquistando seu espaço e está alcançando cada vez mais jovens para fazer parte desta grande família, como costumamos chamar nossa Pastoral. Ainda durante este ano, estaremos promovendo diversos eventos e movimentos, trazendo ainda mais brilho e alegria jovem para a Paróquia.

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessora Eclesiástica: Ir. Valéria Andrade. Secretário: Patryck Madeira. E-mail: juventude@arquidiocesecwb.org.br. Telefone: 2105-6364

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Catequese

A presença do Laicato na Catequese REFLEXÕES SOBRE A VOCAÇÃO DE CATEQUISTA “Padre, eu tenho um tempinho

rápido, o mais curto, aquele que compromete o mínimo

sobrando na semana, gosta-

possível, que exija o menor testemunho de vida, de obedi-

ria de ser catequista!”. Quem

ência e de participação. A catequese passa pela vida dessas

pensa dessa forma jamais será

pessoas como a brisa fresca da manhã de primavera: im-

catequista! Pode até tentar se

perceptível! Constroem a casa da existência na “areia”!

engajar no grupo de catequese, mas não irá muito longe. É semen-

Vocação, esforço, testemunho e doação são pré-requisi-

te lançada nas pedras, não tem solo

tos para sermos catequistas. A vida espiritual de crianças,

suficiente para a raiz se firmar e alimentar

jovens e adultos está em nossas mãos. A responsabilidade

a planta. O sol forte da caminhada, que requer esforço, tes-

na edificação dessa casa espiritual é nossa, pois todos nós,

temunho e doação é demais para a frágil plantinha: ela só

sem exceção, somos catequistas e catequizandos também.

tem um “tempinho sobrando”. Na verdade, falta-lhe o essencial: Vocação! Ou seja: amor a Deus e aos irmãos acima

Parece difícil, mas não é, porque Deus sempre capacita

de seus interesses particulares. É tempo integral. Ninguém

aqueles a quem Ele escolhe para estar à frente de alguns

é catequista por um ou dois dias, uma ou duas horas; quan-

grupos, seja na família, comunidade ou sociedade. Deus

do se é catequista, é por tempo integral.

não pede diplomas disso ou daquilo; Deus pede amor integral, dedicação integral (vida de oração, formação espiritu-

Quando vamos construir uma casa, procuramos um profis-

al), testemunho de vida integral (coerência no falar e agir,

sional no assunto, não um curioso em edificações. Quando

obediência às leis de Deus e da Igreja) e doação integral

estamos com a saúde abalada, procuramos, sempre que

(humildade, participação, partilha).

possível, o melhor médico, não um curioso em medicina. Quando somos nós que estamos nos preparando para o

A Igreja quer atender às necessidades espirituais dos cris-

mercado de trabalho, procuramos o melhor estabeleci-

tãos nessa caminhada. A formação espiritual e didática,

mento de ensino ou os melhores professores. Não importa

a Catequese, a oração e o louvor, a prática da caridade, a

quanto tempo dure nossa formação, desde que seja a me-

partilha dos dons, o engajamento na comunidade são rea-

lhor. Sabemos, também, que o profissional formado, para

lidades do dia-a-dia de quem atua na Igreja.

se manter atualizado, deve dedicar-se aos cursos de pós-graduação. Tudo certo! Tudo normal! Tudo louvável!

Só há um pedido para aquele que deseja vivenciar o convite de Jesus “Vem e segue-me!”: Vocação!

Quando vamos nos preparar para a edificação do alicerce e das estruturas da vida espiritual, então pode acontecer em algumas pessoas a “Síndrome do Desleixo”. Preferem o mais

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SILVIA MARIA C.S.RUSSO Catequista na Paróquia Santa Quitéria


TESTEMUNHO: MINHA VOCAÇÃO DE CATEQUISTA Ser catequista é fazer parte de algo tão grandioso que

tequistas. A oração proporciona um encontro tão profundo

transcende qualquer explicação. É mais que um sentimen-

com Cristo, que tudo o que fazemos - reuniões, encontros,

to: é divino e se tornou um pedaço de mim. A minha voca-

programações -, sinto que é por Ele conduzido. E com a for-

ção de catequista nasceu quando recebi o sacramento da

ça do Espírito Santo, tudo o que fazemos dá certo.

Crisma. Fui auxiliar de catequista, catequista e logo em seguida coordenadora da minha comunidade. Aprendi como

Vivo um momento muito especial em minha comunidade.

ser uma catequista, como coordenar e, principalmente, a

Somos uma equipe acolhedora, de oração, um grupo de

me encontrar com Deus.

amigos que tem como grande objetivo preparar corações para receber a Cristo. Não é simples falar da minha voca-

Tive que me afastar da catequese para estudar, mas a cate-

ção, porque é difícil transformar em palavras algo que é um

quese nunca saiu de mim. Assim que foi possível, retornei.

sentimento, um carinho de Deus comigo. Mas tenho certe-

Tenho aprendido todos os dias com a minha vocação; não é

za de que minha vocação de catequista transforma todos

Cristo que precisa da minha ajuda, mas eu que tenho o pri-

os dias minha vida, e sou muito grata a Deus por isso.

vilégio de estar mais próxima Dele e assim me tornar uma pessoa melhor. Não tenho medo das dificuldades porque tenho certeza de que Jesus está conduzindo a mim e às minhas colegas ca-

MICHELLI FERRAZ BUZATO Catequista na Paróquia Nossa Senhora da Conceição | Almirante Tamandaré.

12ª ESCOLA DE COORDENADORES DE CATEQUESE É CONCLUÍDA! “Se eu, vosso mestre, vos sirvo, servi vós mesmos uns aos outros!” Mais uma turma de catequistas concluiu a Escola de Coordenadores de Catequese. Preparar-se para o ministério da coordenação de catequese tem sido um desafio a ser enfrentado com o coração, a oração e a formação perseverante! Parabéns a cada um!

IAFFE: CONCLUSÃO DE DUAS ESCOLAS! No dia 22 de julho, duas escolas do IAFFE foram finalizadas com a Santa Missa e a entrega de certificados: a Escola de Pastoral e a Escola de Música Sacra e Litúrgica. Nosso Arcebispo, Dom José Antônio Peruzzo, com carinho, valorizou o empenho e a perseverança de cada aluno que, na busca por formação, deseja melhor servir sua comunidade paroquial. Parabéns!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon.

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Especial

POR GABRIEL FORGATI. COLABORAÇÃO DE MÁRCIA DE CASTRO E CLEIDE FELER

Catedral de Curitiba celebra 350 anos de sua fundação como Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais Neste ano de 2018, a Arquidiocese de Curitiba tem a alegria de comemorar 350 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, construída no ano de 1668. A alegria de poder viver esse ano jubilar é de todos os fiéis, sobretudo porque é nossa “casa comum” e a casa da nossa mãe, a Senhora da Luz, padroeira não apenas da paróquia da Catedral, mas de toda a Arquidiocese de Curitiba - o que inclui paróquias, capelas, seminários, casas religiosas, etc. A devoção a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais deve ser aprimorada e estimulada, e aproveitaremos esse Ano Jubilar para que nossa Padroeira seja mais conhecida entre todos os fiéis de nossa Arquidiocese.

POR QUE FAZER UM ANO JUBILAR? Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é falado sobre o “jubileu”, um ano de libertação dos cativos e de descanso. No livro do Levítico, é dito o que segue: Contarás sete anos sabáticos, sete vezes sete anos, cuja duração fará um período de quarenta e nove anos [...]. 10Santificareis o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras e para a sua família [...], 12apois é o jubileu que vos será sagrado (Lv 25, 8.10.12a). 8

De início, o jubileu – ou Ano Santo - foi estabelecido a cada cem anos. Depois, utilizando das orientações de Levítico, reduziu-se o intervalo para cinquenta anos. Alguns séculos mais tarde, para que toda cristandade vivesse, ao menos uma vez na vida, um ano jubilar, reduziu-se ainda mais o intervalo para vinte e cinco

anos. Os Jubileus proclamados pelo Santo Padre são universais e ocasionalmente podem ser publicados jubileus extraordinários, como o mais recente, da Misericórdia. E é por isso que temos a data dos 350 anos para bem celebrar nossa primeira paróquia. O Decreto do Arcebispo Metropolitano tem validade no território da Arquidiocese de Curitiba e é previsto para durar de 8 de setembro de 2018, Solenidade da Padroeira, até 30 de setembro de 2019, aniversário de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba. Nossa Comissão Organizadora e nosso Conselho de Festeiros já está preparando toda a programação desses quase treze meses de celebrações. O primeiro evento oficial acontecerá no dia 12 de agosto, às 10h, com o lançamento do Selo Postal personalizado, com a presença da Agência Filatélica dos Correios. A programação do Novenário Preparatório e da Solenidade da Padroeira você confere na página 14.

O TÍTULO MARIANO A devoção a Nossa Senhora da Luz é de origem portuguesa, de meados do século XV (c. 1463). O agricultor Pero Martins, de Carnide (hoje distrito de Lisboa) foi levado como prisioneiro pelos árabes muçulmanos para o norte da África. Em sua prisão, todas as noites rezava incessantemente à Santíssima Virgem Maria, pedindo que o livrasse. Atendendo a seu pedido, Maria apareceu-lhe em sonho por trinta noites consecutivas, prometendo que o livraria da prisão no final destas trinta noites.

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E assim foi feito: na manhã do trigésimo primeiro dia, Pero encontrava-se em sua cidade natal e foi cumprir o que Maria lhe havia mandado, de ir buscar uma milagrosa imagem sua junto à Fonte do Machado, de onde muitos já viam sair, há cerca de um mês, uma misteriosa luz. Pero Martins recolheu a imagem e colocou-a à veneração dos fiéis, onde foi construída uma pequena igreja. Em 1575, D. Maria, princesa de Portugal, devota de Nossa Senhora da Luz, mandou construir um grande e suntuoso templo, concluído apenas em 1596, para onde foi levada a imagem do milagre.


A DEVOÇÃO EM CURITIBA A escolha de Nossa Senhora da Luz como padroeira de Curitiba foi dos primeiros povoadores, especialmente do paulista Francisco Soares do Vale, membro de uma conhecida família de São Paulo, que teria se desentendido com o governador da Capitania e, vendo-se obrigado a fugir, veio parar nos campos de Curitiba e, depois de mandar trazer sua família, que veio acompanhada da família de Lourenço Rodrigues de Andrade, fez morada às margens do Rio Atuba, onde já estavam assentados alguns faiscadores do ouro de aluvião. Junto do Atuba, surgiu a Lenda da Fundação de Curitiba, que conta que a imagem de Maria todos os dias amanhecia virada para onde hoje é a Praça Tiradentes. Os povoadores decidiram então se mudar para a região, pedindo ao Cacique Tindiquera, da tribo dos Tinguis, que lhe indicasse um local adequado. O cacique, então, fincou uma vara no chão, exclamando Core-etuba (“muito pinhão”), e ali os povoadores se organizaram, onde hoje é o marco-zero

da cidade, construindo uma pequena capela dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais por volta de 1654, onde se venerou a primeira imagem.

Fundação de Curitiba. Theodoro de Bona. Salão Nobre do Colégio Estadual do Paraná.

AS IMAGENS NA CATEDRAL BASÍLICA A primeira imagem, feita em terracota (barro cozido), foi trazida de São Paulo pelos povoadores em meados do século XVII. Ocupou o trono na primeira capelinha e é parte do acervo do Museu Paranaense desde que foi incorporada por Romário Martins, em 1902. A segunda imagem, também de terracota, feita em Portugal, foi entronizada em grande festa no dia 16 de novembro de 1720 para ocupar o nicho central da Antiga Matriz. Quando substituída pela atual imagem, acabou perdida e foi reencontrada pela Arquidiocese apenas em 1975, que a readquiriu e em 1981 a integrou no acervo do Museu de Arte Sacra de Curitiba.

Primeira imagem de Nossa Senhora da Luz. Acervo Museu Paranaense.

A terceira e atual imagem, que ocupa o trono central no Altar-mor da Catedral Basílica, foi feita em Portugal no início da segunda metade do século XIX. Em madeira de pinho de riga, é de qualidade e beleza artística singular. Possui ganchos nas orelhas e furos nos pulsos, para que, próximo de sua festa (a 8 de setembro), as damas piedosas adornassem a imagem com suas preciosas joias pessoais. A data exata de sua chegada a Curitiba não é conhecida; contudo, em 1889, era essa a imagem bordada no estandarte dos festeiros.

Segunda imagem de Nossa Senhora da Luz. Acervo Arquivo Catedralício Dom Alberto José Gonçalves.

Terceira imagem de Nossa Senhora da Luz. Acervo Arquivo Catedralício Dom Alberto José Gonçalves.

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Especial

NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS NA VIDA DA NOSSA IGREJA Desde antes da fundação de Curitiba, por meio de três imagens diferentes, em três templos a ela dedicados, Maria é mãe da Igreja em Curitiba. Na fundação da Vila, acompanhou a eleição e tomada de posse das primeiras autoridades e certamente as abençoou. Dispensou graças e bênçãos sobre todos os que a buscaram nestes 350 anos de história de sua paróquia. Desde sua escolha para ser a mãe do Salvador, também se tornou mãe daqueles que foram salvos por seu Filho, que a Ele e a ela estão unidos tal qual os ramos de uma videira. “Eis aí a tua Mãe!” (Jo 19, 27a), disse Jesus ao discípulo a quem mais amava, que representa todos nós. Maria também é Mãe da Igreja, pois a Igreja se constituiu aos pés da Cruz, e quem permaneceu todos os segundos aos pés do Filho em agonia foi a sua mãe. Por isso, a Igreja, dentre tantos títulos, chama Maria de “medianeira de todas as graças”, pois intercede pelos seus filhos. Trazendo o Filho em seu colo, como o faz nas imagens que temos de Nossa Senhora em nossa terra, sua atitude sempre humilde se revela de forma muito vívida, já que ela nos mostra o Cristo, que disse: “Eu vim como luz do mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas” (Jo 12, 46). O lema da Catedral Basílica, que vemos escrito no Brasão de Armas, fala da gestação de Maria: “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho” (Is 7, 14b). Em latim: Ecce virgo concipiet [et pariet autem filium]. O sentido do título pode abrigar duas interpretações: a primeira, de Maria dando à luz, no sentido de parir, o Salvador; e a segunda, no sentido de trazer luz para a escuridão.

O CULTO que prestamos a Maria é uma homenagem amorosa àquela que nos foi dada como mãe, que cuida dos filhos em peregrinação na vida terrena. A DEVOÇÃO tem o sentido de manifestar amor e veneração com a Mãe de Deus e Mãe dos homens, unida a Cristo na obra da redenção. A INVOCAÇÃO a Maria nos permite recorrer a ela em qualquer necessidade, pois constantemente intercede junto a Jesus, tal qual nas Bodas de Caná, e nos permite alcançar os dons da salvação eterna.

Com o Ano Jubilar, esperamos, muito acima de qualquer outra comemoração, viver e propagar a devoção àquela que nos foi dada como Mãe e Padroeira de todas as paróquias de nossa Arquidiocese nos municípios de Curitiba, Almirante Tamandaré, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Itaperuçu, Palmeira, Pinhais, Porto Amazonas e Rio Branco do Sul. Roguemos para que todos os fiéis estejam mais próximos de nossa Padroeira, visitem sua casa, a ela prestem suas homenagens e, sobretudo, confiem nela em toda e qualquer necessidade. Pede à Mãe que o Filho atende.

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, rogai por nós.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIDIOCESE DE CURITIBA – CATEDRAL METROPOLITANA DE NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS. Com Maria, a Jesus. Curitiba: edição dos autores, 1988. BÍBLIA SAGRADA AVE-MARIA: edição de estudos. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012. CURITIBA, Prefeitura Municipal. O Culto de Nossa Senhora da Luz. Boletim Informativo da Casa Romário Martins, v. 21, n. 102. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1994. DOMIT, Renata. Nossa Senhora da Luz dos Pinhais: Padroeira e testemunhas da fundação e do desenvolvimento de Curitiba. Revista da Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural – Taipa. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, dezembro de 2015. WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina, 1977.

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A CATEDRAL É PRESENÇA IMPORTANTE NA VIDA DE MUITAS PESSOAS Confira algumas histórias de como a Catedral faz parte da vida de alguns paroquianos.

Nós somos do interior do Paraná e viemos para Curitiba em 1979 (José Augusto) e 1983 (Lucinete) para estudar. Começamos a frequentar o grupo de jovens da Catedral e ali nos conhecemos e começamos a namorar. Nessa caminhada em conjunto, nos formamos Ministros da Eucaristia e trabalhamos bastante com a Pastoral Familiar. Nos casamos em 1985, na Catedral, onde nossos dois filhos foram batizados nos anos seguintes. Quando fizemos 25 anos de casados, em 2010, celebramos lá nossas bodas de prata. Nós mudamos de bairro algumas vezes, mas sempre mantivemos um vínculo com a Catedral, com as pastorais e enquanto Ministros da Eucaristia. É uma alegria continuar trabalhando na Catedral na medida do possível. Toda a nossa vida esteve ao redor dela: foi a paróquia em que nos conhecemos e começamos nossa vida de caminhada a dois, e também onde crescemos enquanto família e na nossa fé. Aprendemos muito e pudemos contribuir de alguma forma com essa comunidade. É um desafio, mas continuamos abertos, todos os dias, a essa missão que nos foi confiada por Deus. Estamos com 33 anos de casados e, se for a vontade de Deus, quem sabe celebraremos nossas bodas de ouro na Catedral. José Augusto e Lucinete

Eu trabalho na Liturgia há 30 anos. Na catedral, iniciei em 2006, a convite do hoje Pe. Celmo, da Diocese de São José dos Pinhais. A primeira vez que cantei na Catedral foi exatamente no dia 6 de junho de 2006, Missa de Corpus Christi. Estou há cinco anos na missa que acontece ao meio-dia na Basílica, e em fevereiro assumi a coordenação da música, após 12 anos de serviço. A Catedral é muito importante na minha vida, somente pelo fato de que é a nossa Igreja Mãe. Fico feliz em fazer parte desta família maravilhosa que é a Catedral Basílica Menor de Curitiba! Marcos Nunes

Frequento a Catedral há mais de 14 anos e participo da Santa Missa das 12h de segunda a sexta-feira. Aos sábados e domingos, participo na Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Bigorrilho, onde moro. Pelas condições de estar próxima ao meu trabalho, aproveito o horário do almoço para primeiro suprir as necessidades da minha alma e agradecer a Deus por todas a graças recebidas no dia-a-dia. Participo também da formação do Opus Dei e da Grande Família do Sagrado Coração - GFASC. A Catedral estará sempre presente em minha vida, porque nesse período conheci muitas pessoas e fiz muitos amigos. Aldo Nishimuni

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Especial

SOLENIDADE DA PADROEIRA

2018

Jubileu de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais Novenário Preparatório 1º dia – 30 de agosto – quinta-feira 12h: Santa Missa – Maria, sede a estrela fulgurante que nos guia 2º dia – 31 de agosto – sexta-feira 12h: Santa Missa – Maria, robusteça a nossa fé 3º dia – 1º de setembro – sábado 11h: Momento Mariano 12h: Santa Missa – Maria, abençoai as nossas famílias 4º dia – 2 de setembro – domingo 10h: Santa Missa – Maria, renovai os costumes da sociedade 5º dia – 3 de setembro – segunda-feira 12h: Santa Missa – Maria, iluminai nossas autoridades

Padroeira titular da Igreja Catedral Basílica, do Município e da Arquidiocese de Curitiba 8h30: Santa Missa dos Movimentos Marianos – Catedral Basílica

10h: Santa Missa de Abertura do Ano Jubilar Catedral Basílica

12h: Santa Missa da Juventude - Catedral Basílica 15h: Santa Missa com coroação da imagem peregrina da Padroeira – Santuário de Guadalupe

15h: Santa Missa em prol das vocações sacerdotais e religiosas - Catedral Basílica

16h: Terço Mariano – Santuário de Guadalupe

6º dia – 4 de setembro – terça-feira 12h: Santa Missa – Maria, conservai a Catedral Basílica de Curitiba

17h: Procissão solene em direção à Igreja Catedral

7º dia – 5 de setembro – quarta-feira 12h: Santa Missa – Maria, governai o município de Curitiba

18h: Santa Missa de consagração da Arquidiocese à

8º dia – 6 de setembro – quinta-feira Aniversário da dedicação da igreja 12h: Santa Missa – Maria, abençoai a Arquidiocese de Curitiba 9º dia – 7 de setembro – sexta-feira 12h: Santa Missa – Maria, dai-nos a luz da vossa proteção 17h: Vésperas solenes com benção do Santíssimo Sacramento 18h: Santa Missa: Maria, dai-nos a luz da vossa proteção

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8 de setembro – Solenidade de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

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Basílica – Santuário de Guadalupe

17h: Vésperas solenes - Catedral Basílica Padroeira - Catedral Basílica

TRAGA FLORES A NOSSA SENHORA Para enfeitar o altar-mor da Padroeira nessa comemoração dos 350 anos de fundação da Paróquia da Catedral Basílica, você poderá trazer um vaso ou arranjo de flores desde o primeiro dia de novena. Traga como um presente para Maria!


CLOVIS VENÂNCIO Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo

Dízimo

Mês Vocacional

A Missão do Cristão O termo “vocação” deve ser entendido como um chamado de Deus ao cristão para o exercício de sua missão como batizado. De fato, este “chamado” tem origem no Batismo e implica numa adesão voluntária para assumirmos uma “missão” já neste mundo. Ser cristão autêntico é ser discípulo missionário de Nosso Senhor Jesus Cristo - o qual veio a este mundo para ensinar a todos, através de sua vivência contida no Evangelho, que ser discípulo consiste em “fazer a vontade de Deus Pai”, e que este deve ser o nosso principal objetivo e missão. A vivência das orientações do Evangelho requer um verdadeiro e permanente processo de conversão pessoal, que nos ajuda a vencer o egoísmo e, sobretudo, a desenvolver a fé e amor a Deus e aos irmãos.

Com efeito, a conversão implica em uma convivência fraterna em comunidade, praticando a partilha de tudo o que somos e de tudo o que temos, pois tudo pertence a Deus. Neste contexto, entende-se mais facilmente, que o DÍZIMO é realmente: uma expressão concreta de partilha. Assim, nossa contribuição dizimal na Igreja, de forma espontânea e generosa, é manifestação de fé e coerência em atender à vontade de Deus. Esta é, pois, a nossa missão como verdadeiros cristãos: colaborarmos efetivamente com a construção do Reino de Deus. Isso se dá na medida em que contribuímos por meio de nossos dons e nosso DÍZIMO com a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, que somos todos nós, para que ela realize sua primeira e principal MISSÃO: dar continuidade ao processo de EVANGELIZAÇÃO a toda a humanidade.

dízimo

TESTEMUNHO - Diácono Bento Scandian O Dízimo é, sempre foi e sempre será um grande desafio de fé! Para mim não foi diferente. No início da minha caminhada, quando comecei a estudar o dízimo lá pela década de 80, também foi da mesma forma. Quando decidi aceitar o desafio do Profeta Malaquias: “fazei a experiência”, comecei em dose bem pequena, com uma pequena contribuição. Fomos percebendo que não fez falta e, no mês seguinte, contribui com um valor um pouco maior e assim por diante, até chegar a um momento em que o percentual era o menos importante, porque percebemos que Deus não se deixa vencer em bondade e misericórdia. Hoje, nós temos essa consciência, essa certeza, essa confiança, e toda vez que falamos sobre o Dízimo, testemunhamos a nossa experiência, o nosso desafio. Por isso, se você que está lendo este depoimento e sente esta inquietude em cumprir a Palavra de Deus e responder às necessidades da Igreja, faça como eu fiz, sempre buscando a experiência do amor de Deus.

Certa vez, Dom Elder Câmara (Bispo Emérito de Olinda - saudosa memória) disse que, quando a pessoa está em dúvida em partilhar, certamente deve também se preocupar com a sua conversão. A conversão leva o cristão ao desprendimento do apego exagerado aos bens materiais para que se torne um dizimista fiel. Sem uma conversão profunda, sem um momento realmente de ter uma experiência do amor de Deus na sua vida, fica difícil partilhar. E mesmo assim, quando eu comecei com a contribuição, já tinha passado por um processo de conversão e, portanto, já tinha essa experiência do amor de Deus. Mesmo assim, ainda ficava reticente: “será que é isso mesmo?” Mas fomos devagar, em doses homeopáticas, para chegar hoje a uma realidade em que não nos preocupamos mais com dúvidas e questionamentos. Não assusta mais ser um dizimista fiel, pois Deus não se deixa vencer em bondade e misericórdia! E lembre-se: não devemos somente ser dizimistas, mas dar ofertas, não somente na Igreja, mas também em algumas outras necessidades que são inadiáveis. É isso, meus irmãos. Um grande abraço. Deus os abençoe!

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309 - Sonia Biscaia - Secretária

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JOÃO SANTIAGO Teólogo, Poeta e Militante Coordenador da CF-2018

Dimensão Social

Campanha da Fraternidade 2018:

UM POÇO DE ÁGUA VIVA E UM FUNDO DE SOLIDARIEDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA Este ano de 2018, em que a Igreja Católica e Apostólica no Brasil, a partir da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB -, vive intensamente a Campanha da Fraternidade com o tema: Fraternidade e a Superação da Violência, vemos ressurgir alguns temas há anos ausentes: desemprego, fome, cesta básica, miséria, exclusão social. Há carências nas políticas públicas nas áreas da saúde, da educação - sobretudo infantil -, da assistência social, e frente à insuficiência do poder público local em responder às necessidades e aos direitos da população. Através do seu gesto concreto, o Fundo Diocesano de Solidariedade – FDS, a Arquidiocese de Curitiba propõe apoiar inciativas que representam um enfrentamento a esta realidade de exclusão social. E frente a este cenário atual, o apoio se torna fundamental para diversas instituições. Neste ano de 2018, 49 projetos se inscreveram para participar do edital FDS, sendo a maioria deles de atuação na área da infância e da adolescência. Apresentaremos, na página seguinte, uma breve descrição de alguns destes projetos. Destacamos, no entanto, três palavras que estiveram constantemente presentes nos projetos e despertaram a atenção da comissão que avalia e seleciona os projetos: criança, comida e fome. É recorrente, na maioria dos projetos apresentados, o pedido de cesta básica e de alimento para as crianças nas creches, excluídas parcial ou totalmente pelos poderes que têm como obrigação legal as manter com dignidade, e que não sabem o que fazer para continuar servindo aos preferidos do Reino (Mt 19,14; Mc 10,13,16). O Fundo Diocesano de Solidariedade, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade, atende

plenamente ao chamado evangélico à misericórdia: contempla projetos de grande importância e que atendem algumas das necessidades mais extremas da vida nas periferias de nossas cidades. Aliás, como é possível verificar nos projetos recebidos pelo edital, atende as preferiras geográficas, mas também as periferias sociais e existenciais. Esta última tão presente nas orações e nos escritos do Papa Francisco, pedindo que a Igreja chegue a cada uma delas. O princípio evangélico de cuidar com misericórdia de todos, indistintamente, está também registrado nos objetivos de uma das instituições contempladas, a Associação Fênix, que atende também o suposto abusador, quando, por exemplo, este é um menor de idade. Neste caso, ele recebe as sanções legais, mas também o acompanhamento psicológico. É importante e necessário ressaltar que a fraternidade do povo de Deus na Arquidiocese de Curitiba cresceu. A arrecadação do Fundo Diocesano de Solidariedade deste ano foi superior à do ano passado (ver box ao final da página). É motivo de alegria para todos nós e enche o povo de Deus de esperança saber que, apesar do desemprego em alta, da cultura da violência e das forças Anti-Reino que pregam o egoísmo e o ódio, o povo sabe a quem serve e a quem segue. Deixamos aqui os nossos agradecimentos aos doadores da coleta solidária do Domingo de Ramos, que nos permitiu contemplar parcial ou totalmente 25 projetos. A equipe da CF-2018 e a comissão do Fundo Diocesano de Solidariedade agradecem e pedem que Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira de Curitiba, lhes abençoe e lhes proteja.

Comunidade contribui cada vez mais com o FDS A partir da Coleta realizada no Domingo de Ramos foi possível aumentar o valor a ser repassado aos projetos sociais em 2018, graças à solidariedade dos doadores. Valor destinado aos projetos do FDS 2017: R$176,286,35 2018: R$ 184,141,70 A lista com as 25 iniciativas apoiadas está disponível em www.arquidiocesedecuritiba.org.br/fds

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CONHEÇA ALGUMAS INICIATIVAS APROVADAS PELO FDS 2018 O edital do Fundo Diocesano de Solidariedade é mantido com as contribuições de doadores na coleta solidária do Domingo de Ramos. Com os recursos arrecadados, foi possivel contemplar parcial ou totalmente 25 projetos que combatem a violência e a exclusão social. Conheça algumas destas iniciativas:

Fraternidade traz amor. Violência não traz flor Centro Assistencial e Educacional Padre Giocondo O Centro Assistencial e Educacional Padre Giocondo é uma unidade de convivência e fortalecimento de vínculos no bairro Cajuru, em Curitiba, que atende diretamente 120 crianças em situação de vulnerabilidade social durante o período em que não estão na escola. Este é o quinto ano em que o Projeto Padre Giocondo recebe o apoio do FDS. Grande parte das melhorias estruturais do centro assistencial são graças a esses recursos. Em 2018, o FDS irá contribuir para proporcionar uma alimentação saudável e de qualidade para as crianças atendidas, já que, para muitas delas, as refeições oferecidas pelo projeto são as únicas que elas têm no dia. Dessa forma, o Projeto Padre Giocondo quer tratar a fome, que também é uma forma de violência. O FDS também irá impulsionar atividades socioeducativas e oficinas com as crianças e a comunidade local para conscientizar sobre a importância de se construir uma cultura de paz.

Projeto Qualificando e Transformando Vidas

Associação Acácias

A Associação Acácias é uma instituição sem fins lucrativos que atua em Curitiba para garantir direitos às crianças e adolescentes. Atualmente, atende 10 crianças e adolescentes em regime de casa lar, 125 crianças de 4 meses a 5 anos no Centro de Educação Infantil, e 22 crianças no centro de convivência e fortalecimento de vínculos no contraturno escolar. O projeto aprovado pelo FDS em 2018 busca orientar as crianças e adolescentes atendidos, especialmente os da casa lar, a viver uma vida mais saudável e longe das drogas. Para isso, a associação irá promover passeios turísticos, atividades físicas, palestras e oficinas sobre o tema.

Horta mantida pelas crianças do CEI da Associação Acácias

Caminhando com as Comunidades Rumo a Transformação Paróquia Nossa Senhora do Amparo

Enfeites natalinos confeccionados com materiais recicláveis em 2017.

Palestra em uma escola da região para chamar as crianças a participar do projeto.

Renascer é Viver Associação Fênix

A Paróquia Nossa Senhora do Amparo fica em Rio Branco do Sul, no Setor Almirante Tamandaré da Arquidiocese de Curitiba, e este ano recebeu apoio do FDS para um projeto que envolve as famílias em situação de vulnerabilidade social da região no processo de reciclagem. O objetivo é auxiliar as famílias a gerar renda e assim diminuir a violência da comunidade, além de tirar as crianças e adolescentes da rua ao proporcioná-las uma atividade durante a tarde. Fachada da Associação Fênix

A Associação Fênix acompanha crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e doméstica, pessoas vivendo com HIV/Aids e famílias vivendo em conflitos, automutilação e suicídio por meio de grupos psicoterapêuticos. O atendimento psicológico e social busca apoiar as mães, pais e crianças para superar as situações de violência e reconstruir suas famílias. Os recursos do Fundo Diocesano de Solidariedade irão auxiliar na manutenção e na sustentabilidade desses grupos ao possibilitar o financiamento da alimentação das pessoas atendidas e do transporte dos colaboradores da Associação.

Lista completa de aprovados pode ser acessada em www.arquidiocesedecuritiba.org.br/fds

Espaço de atendimento psicossocial

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO SOCIAL: Coordenação: Pe. Danilo Pena e Diác. Antonio Carlos Bez. 2105-6326. dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br

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Dimensão Social

JAQUELINE BELO Assistente Social

“Era migrante e tu me acolhestes” Mt 25,35

O Paraná é um dos estados que mais recebe migrantes. O estado recebeu, nos últimos anos, uma nova onda de migrantes em busca de melhores oportunidades. São grupos formados por latino-americanos, haitianos e de países como Guiné-Bissau e Nigéria. O Paraná é também o terceiro estado que mais recebe refugiados da Venezuela. Diante desta realidade, a Pastoral do Migrante tem um pedido mais do que especial e urgente: “Não deixemos que o egoísmo, a indiferença e a arrogância criem preconceitos que impeçam a acolhida. A dignidade humana ultrapassa fronteiras, culturas, costumes, línguas, religiões. Somos todos irmãos!”.

deparamos com uma triste realidade, isto é, hoje se abrem as portas para a mercadoria, (tratados internacionais que favorecem o comércio), mas se fecham as fronteiras para os humanos; isto revela que a importância está no lucro monetário e não na dignidade humana. Os países ricos que são “potências econômicas” criam muros para impedir a passagem. Nós temos a responsabilidade de criar pontes de solidariedade, de proximidade e de caridade, porque sabemos que somos todos migrantes, somos todos irmãos, filhos e filhas do mesmo Pai e da mesma Mãe, somos uma só família, a família humana.

Confira a seguir a reflexão:

Basta olharmos para os nossos rostos, para as nossas vidas, para o nosso bairro, para a nossa cidade, para o nosso país, para o atual campeão do mundo, a França, e encontraremos tanta riqueza, beleza e diversidade - graças à ação e ao protagonismo de tantos migrantes, que, aos poucos, foram se integrando, adaptando e, a partir da disciplina, do trabalho honesto, da mentalidade positiva, da sua fé, da arte e da música, conseguiram deixar suas marcas em nossas culturas e acolher as nossas nas suas vidas. Não esqueçamos: a história, a realidade e o mundo são dinâmicos - por isso a migração aconteceu, acontece e sempre acontecerá.

A migração foi, é e será uma realidade iminente, um presente contínuo que atinge todos os quadrantes do mundo: os continentes, as nações, os povos e a sociedade em geral, pois sabemos que o ser humano, por natureza, é um ser peregrino, migrante, que tem que se deslocar, se colocar a caminho, procurando sempre a sobrevivência. Em uma visão cristã, o primeiro migrante foi o mesmo Jesus, que, por amor, compartilhou a nossa própria natureza, saindo do seio de Deus Pai (Cfr. Lc 1, 26-38) para se encarnar no ventre de uma mulher, Maria. Logo após o nascimento do Menino Jesus, Maria e José tiveram que passar por esta experiência amarga e difícil: deixar a sua terra e fugir para o Egito (Cfr. Mt 2,13-18), a fim de salvar as suas vidas e a do Menino para responder à sua missão corredentora. Se olharmos a nossa história, o desenvolvimento geral, a conformação dos diversos continentes, dos diversos países, das diversas línguas, dos diversos estados e cidades do mundo, reconheceremos que todos foram formados, conformados, construídos, potencializados e fortalecidos a partir da riqueza das diferentes culturas, costumes e tradições dos migrantes. Segundo dados estatísticos, o mundo, atualmente, conta com mais de 249 milhões de migrantes, espalhados por todos os cantos, e mais de 24 milhões de refugiados e milhares de apátridas, dos quais muitos estão no Brasil. Hoje, o Paraná, depois de São Paulo, é o segundo estado do Brasil que mais recebe migrantes. É o próprio Evangelho que faz o apelo de responder a esta realidade, que pertence a todos, quando o mesmo Jesus diz: “eu era migrante e vocês me acolheram” Cfr. Mt 25 35). A este princípio evangélico e humanitário é que a Pastoral do Migrante (CEAMIG), dentro das suas limitações, tenta responder, com o trabalho pastoral, de acolher, orientar, proteger, acompanhar, promover e integrar a pessoa do migrante que nos procura todos os dias. “O mundo caminha e não podemos ficar atrás” falava o fundador dos scalabrinianos, Pai dos migrantes. Estas palavras nos interpelam e nos provocam para não ficarmos de braços cruzados, indiferentes diante de uma realidade desafiante. Olhando para o mundo pós-moderno globalizado e fragmentado, nos

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

São muitos os que já chegaram e se integraram, são muitos os que estão chegando, atualmente milhares de venezuelanos. Mais de 600 já em Curitiba, que precisam de todos nós, do nosso apoio e solidariedade, para se integrarem e alcançarem as condições básicas de vida; serão muitos os que no futuro deixarão suas terras e chegarão aqui, pois a dinâmica cíclica do mundo os obrigou partir e, assim, sempre haverá migrantes necessitados do apoio e da solidariedade de todos. O Papa Francisco, na abertura do VI Fórum “Migração e Paz em Roma”, em fevereiro do ano passado, nos convidava a acolher, proteger, promover e integrar os migrantes. “Acredito que a conjugação desses quatro verbos, na primeira pessoa do singular e na primeira pessoa do plural, é hoje uma responsabilidade, um dever que temos para com nossos irmãos e irmãs que, por várias razões, foram forçados a deixar sua pátria. Um dever de justiça, de civilidade e de solidariedade” (Papa Francisco). O egoísmo, a indiferença, a arrogância e muitos outros “pecados” de nossa sociedade criam preconceitos como a xenofobia, que impedem a acolhida, a hospitalidade e a integração dos recém-chegados. Novamente, não esqueçamos a nossa história, pois todos somos todos migrantes, que respiramos e transpiramos diversidade, e todos precisamos gozar os mesmos direitos. A dignidade humana ultrapassa fronteiras, culturas, costumes, línguas, religiões. Somos todos iguais, somos todos humanos, somos todos irmãos! Não tenhamos medo da diversidade, ela nos enriquece e nos potencializa. Tenhamos medo de sermos indiferentes e arrogantes, pois isso indicaria que não conhecemos a nossa história e o nosso passado.


“Agradeço muito ao Brasil e, em especial, aos amigos que fiz na Arquidiocese de Curitiba” Conheça a história de Domingos Có, migrante da Guine Bissau: segundo ele, só conseguiu se manter no Brasil graças às pessoas que conheceu aqui em Curitiba por meio da Pastoral do Migrante.

Domingos Có nasceu em 1981 em Bissau, na Guine Bissau, país no continente africano. Em 2008, reconhecendo que seu país ainda não oferecia muitas oportunidades de ensino superior, decidiu vir para o Brasil para estudar. Juntou o dinheiro que conseguiu para embarcar ao país e, aproveitando os contatos que tinha na época, veio para Curitiba. “Alguns amigos do meu país vieram para cá por meio de convênio com a UFPR, mas eu não tive essa sorte. Então, decidi vir por conta própria e buscar uma forma de me sustentar e pagar pelos meus estudos”, relata Domingos. Chegando em Curitiba, esbarrou nas dificuldades por que muitos migrantes passam, como a de vencer as barreiras do preconceito. Sem recursos para estudar e ainda sem trabalho, Domingos buscou apoio na Igreja. Pegou o endereço da Cúria Metropolitana, no São Francisco, e foi ali para conversar. “Eu fui muito bem acolhido. Ninguém me conhecia, mas todos se dispuseram a me dar atenção. Falei com o vigia, depois com uma das funcionárias, que me levou ao Centro de Pastoral, onde conheci o Padre Alex Cordeiro e o então secretário do setor Juventude, Renato Moiteiro. Eles foram muito importantes para mim”, relata. Domingos explica que foram eles os que mais lhe ajudaram. “O que fizeram por mim foi mais importante do que qualquer contribuição material. Eles buscaram contatos de pessoas que pudessem me ajudar a ir atrás do meu sonho de estudar e estes contatos me auxiliaram muito”. Além disso, a equipe do Centro de Pastoral lhe indicou conhecer a Pastoral do Migrante, na Paróquia São José e Santa Felicidade, onde foi atendido pela Elizete e o Padre Gustot, do Haiti. Segundo Domingos, o contato na Pastoral do Migrante foi um dos que mudou sua vida. Nos dias que se passaram, ele foi à PUC-PR buscar informações para um curso para seu primo. Ali, conheceu um professor de teologia, César Kusma, que parou suas atividades para ouvir o rapaz. “Ele me disse que se eu quisesse pleitear uma bolsa ali, o melhor caminho seria passar no vestibular primeiro. Eu não tinha dinheiro para a inscrição e ele me deu duas notas de R$50,00”. Emocionado, Domingos aceitou, foi à Pastoral do Migrante para utilizar a internet, fez sua inscrição, imprimiu o boleto e no dia seguinte, último dia das inscrições, ele iria pagar. Porém, quando acordou, descobriu que o colega com quem dividia o quarto havia pegado R$50,00. Nesse momento, sentiu mais uma vez a benção em conhecer pessoas bondosas, seus amigos moçambicanos, que em-

prestaram o dinheiro que faltava para ele pagar a inscrição. Conseguiu. Passou no vestibular de Ciências Econômicas e logo conquistou a bolsa de estudos. Formou-se com louvor. “Nesse tempo todo, somente tenho agradecimentos a fazer. Além de todas pessoas no Centro Pastoral e na Pastoral do Migrante, agradeço ao Márcio Arantes, empresário que conheci por meio da Pastoral, que me deu o primeiro emprego aqui. Ao Fábio Tadeu, que foi meu professor e que me convidou para trabalhar com ele depois que me formei, entre muitas outras pessoas”. Domingos destacou, entre os agradecimentos, o Padre Alex e o Renato, que se tornaram amigos próximos. Durante este período no Brasil, Domingos quis ser batizado. Católico, ele passou a frequentar a Igreja Nossa Senhora do Guadalupe em Curitiba. Buscou a catequese para adultos e convidou seus amigos: Renato para ser padrinho e o Padre Alex para batizá-lo. Desde março deste ano até agosto, Domingos não está no Brasil, pois voltou para Guiné-Bissau ver a família. Ambos os pais faleceram no período em que ele esteve aqui, mas Domingos sente que eles se orgulharam muito do filho. Ele quer voltar ao Brasil em breve. Desde que chegou até hoje, não perdeu uma Festa do Migrante – realizada anualmente pela Pastoral do Migrante no Bosque São Cristóvão.

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Família & Vida

Celebrando a Família No período de 12 a 18 de agosto deste ano, acontece a

empresários, profissionais liberais, políticos, pessoas

Semana Nacional da Família, com o tema: Evangelho

de boa vontade e, de modo particular, todo o mundo

da Família, alegria para o mundo. Por iniciativa de ca-

católico e cristão no sentido de refletir, redescobrir e

sais das Equipes de Nossa Senhora, a primeira Semana

promover os verdadeiros valores e a dignidade da vida

da Família aconteceu de 25 de agosto a 2 de setembro

e a da família.

de 1973 em Santos (SP). Em 1976, tornou-se oficial no Regional Sul 1 da CNBB.

De acordo com a caminhada, criatividade, costumes culturais e locais, há várias atividades que podem ser

Depois de ampla consulta aos Regionais e Dioceses, o

feitas durante a Semana Nacional da Família, desde

Setor Família e Vida da CNBB, hoje Comissão Episcopal

caminhadas e carreatas até celebrações eucarísticas e

Pastoral para a Vida e a Família, definiu que, a partir de

de adoração, passando por palestras, simpósios, con-

1993, a Semana da Família seria celebrada na semana

ferências, vigílias, etc. Sem esquecer de momentos de

seguinte ao dia dos Pais, no mês de agosto – mês voca-

confraternização e lazer em família.

cional –, como Semana Nacional da Família, em vista do descontentamento, inquietação e desejo de se fazer

Sugerimos a seguir um momento celebrativo da famí-

alguma coisa em defesa e promoção da família.

lia, em família, com a família e para a família. A celebração pode ser feita com sua família, com as famílias da

A Semana Nacional da Família busca mobilizar toda a sociedade brasileira, a comunidade universitária, os

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

vizinhança ou da comunidade.


Sugestão de Celebração AMBIENTAÇÃO Preparar o local onde será feita a celebração com uma mesinha no centro. Colocar uma toalha branca, uma cruz ou um crucifixo, a Bíblia, uma imagem (ou um quadro) da Sagrada Família e uma vela. Outros arranjos complementares podem ser feitos, com tecido colorido ou flores.

ACOLHIDA O/a animador/a da celebração faz a acolhida de forma espontânea, dando as boas-vindas a todos/as. Criar um “clima” alegre e despojado que leve todos/as a se sentir à vontade para partilhar pensamentos, orações e dúvidas. Se o grupo for constituído por vizinhos ou membros da comunidade, fazer as apresentações de forma simples (nome, parentesco, etc)

Anim.: Iniciamos esta nossa celebração em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todos.: Amém. Anim.: Vinde Espírito Santo... (rezar com calma, pausadamente) Todos.: enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra. Anim.: Oremos... Todos.: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém. Aqui, ao invés de rezar, pode-se cantar: Vem, Espírito Santo, vem! Ou outro canto sobre o Espírito Santo.

PERDÃO Para que toda celebração seja bem feita, bem participada, um dos requisitos é estar em paz: consigo, com os irmãos e irmãs, com o mundo e com Deus. Em primeiro lugar, fazer um exame de consciência para ver a quem perdoar e a quem pedir perdão entre os irmãos e irmãs e também a Deus. Se houver alguém entre aqueles/ as que estão presentes que se enquadrem na proposição, vá até ele/a e, com ou sem palavras, dê-lhe um abraço fraterno. Aproveite e faça o propósito para uma boa confissão na primeira ocasião, se for o caso. Anim.: Por todos aqueles a quem ofendi, eu te peço, Senhor Todos.: Tenha compaixão de nós, e, perdoe os nossos pecados. Anim.: Por todos aqueles que me ofenderam, eu te peço, Senhor Todos.: Perdoai-lhes as ofensas e sede cada vez mais misericordioso com todos.

PALAVRA DE DEUS Uma pessoa faz a leitura do texto bíblico escolhido pelo grupo, com calma, pausadamente, lentamente. Antes da leitura pode-se cantar: 1. Dá-me a palavra certa, na hora certa e do jeito certo e pra pessoa certa! ou 2. Vai falar no evangelho, / Jesus Cristo Aleluia Sua palavra é alimento / Que dá vida Aleluia Sugestão de textos que podem ser utilizados pelo grupo nesse momento (use apenas um): • A mãe e os “irmãos” de Jesus: Mt 12, 46-50; Mc 3, 31-35; Lc 8, 19-21. • José assume a paternidade legal de Jesus: Mt 1, 18-25. • Jesus entre os doutores: Lc 2, 41-52. • Abandonar-se à Providência: Mt 6, 25-34. • Os verdadeiros discípulos: Mt 7, 21-27.

PARTILHA DA PALAVRA

Anim.: Meus irmãos e minhas irmãs, depois de ouvirmos este texto da Sagrada Escritura, vamos partilhar aquilo que tocou nosso coração e nos motiva a ser melhores, tanto individualmente como em família. Deixar que os comentários sejam feitos à vontade. Se for necessário, o/a animador/a poderá ajudar com as perguntas a seguir. 1. O que diz o texto? 2. O que chamou a atenção no texto lido? 3. Quais são os personagens do nosso texto? 4. Qual é a Boa Notícia que o texto traz para nós? 5. Que atitude pede de cada um de nós? 6. E como família, o que podemos fazer? 7. Qual a relação entre o que diz o texto e o que vivemos em família? Dê exemplos práticos disso.

NOSSA RESPOSTA A DEUS Fazer preces espontâneas, utilizando aquilo que se destacou para cada um no texto que foi lido e partilhado pelo grupo. Depois de cada prece, todos podem responder juntos (rezando ou cantando): Todos.: Abençoa, Senhor, as famílias, Amém! Abençoa, Senhor, a minha também!

VIVÊNCIA DA PALAVRA

Anim.: Toda celebração deve produzir frutos: de paz, de solidariedade, de justiça. Assim, depois de ouvirmos a Palavra, de refletirmos sobre ela, de entendermos a mensagem que nos foi passada, vamos agora viver, no dia-a-dia esses ensinamentos, começando em nossa família. (pequeno momento de silêncio. Em seguida, cantar a ORAÇÃO PELA FAMÍLIA do pe. Zézinho. Terminado o canto, continuar) Anim.: Jesus, Maria e José! Todos.: Nossa família, vossa é! Anim.: O Senhor esteja conosco! Todos.: Ele está no meio de nós! Anim.: Abençoe-nos, Deus Todo-poderoso Pai e Filho e Espírito Santo! Todos.: Amém!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun. Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309 Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

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COMIDI

Setores da Arquidiocese em articulação por uma

Igreja toda missionária Uma Igreja em estado permanente de missão, uma Igreja de Irmãos

Uma nova iniciativa está em andamento na Arquidioce-

3.

Que cada Paróquia tenha uma equipe de Animação

se de Curitiba. Tem o objetivo de conectar todas as for-

missionária para dinamizar a missionariedade de toda a

ças vivas das paróquias e comunidades para fortalecer

paróquia, envolvendo as pastorais, movimentos, grupos,

a dimensão missionária desde a base. Trata-se de uma

etc.;

Articulação Missionária: uma série de atividades em conjunto para maior fortalecimento e organização dos Setores Pastorais, paróquias e comunidades no sentido

4. Que haja assessoria e acompanhamento do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI).

de se colocar em estado permanente de missão. “A missão é a razão de ser da Igreja, define sua identidade mais

As atividades para promover esta articulação missioná-

profunda” (DA p 373).

ria nos setores já tiveram início. Além da carta enviada a cada coordenador de setor, reuniões já tem ocorrido.

A Arquidiocese de Curitiba conta com 15 setores pas-

No setor Orleans já ocorreram duas reuniões: uma em

torais, divididos geograficamente, para facilitar a co-

10 de maio e outra em 18 de junho. No setor Cabral, hou-

municação e a promoção de ações de evangelização,

ve reuniões no dia 15 de maio e 25 de junho, e no setor

comunitárias e administrativas, buscando a unidade

Boqueirão, a primeira reunião foi realizada no dia 10 de

da Igreja. E é por meio destes setores que estão sendo

julho. Todos os setores estão sendo convidados para

organizadas e realizadas reuniões para fortalecer a mis-

se articularem e agendarem suas reuniões.

sionariedade na base. A missão não é uma entre muitas atividades da Igreja. Por meio desta articulação, a proposta é:

Ela decorre de sua “natureza missionária”, que tem sua origem no envio do Filho e na missão do Espírito Santo,

1.

Que cada Setor Pastoral tenha um padre, religiosa ou

segundo o desígnio de Deus Pai.

religioso como o referencial para a missão; 2.

Que cada Setor Pastoral possa ter uma equipe de Animação e Cooperação Missionária para acompanhar e fortalecer as equipes paroquiais;

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

Confira em qual setor pastoral está inserida sua paróquia: www.arquidiocesedecuritiba.org.br/paroquias


Palavra Símbolos Missionários percorreram todas paróquias da Arquidiocese de Curitiba Em setembro de 2017 a Arquidiocese de Curitiba, acolhendo com decisão o convite evangélico do Papa Francisco por uma Igreja em saída, iniciou uma atividade com o desejo de intensificar ainda mais os horizontes missionários de nossa Igreja: a peregrinação da Palavra e dos Símbolos Missionários (a cruz e a imagem de Nossa Senhora da luz dos Pinhais) pelas paróquias que formam a nossa Arquidiocese. Em junho de 2018 esta peregrinação foi concluída. O planejamento agora é envolver os movimentos e pastorais em nova etapa da peregrinação. Confira a seguir o breve relato de quatro paróquias ao acolherem a Palavra e os Símbolos Missionários.

P Paróquia São Marcos, Setor Santa Felicidade Os Símbolos Missionários estiveram na Paróquia nos dias 14 e 15 de abril - sábado e domingo. No domingo, às 15h, os paroquianos realizaram uma procissão em carro aberto com os símbolos até a Cruz do Pilarzinho, um local bastante movimentado. Os fiéis montaram uma tenda na praça e realizaram um momento de oração, música e pregação com os símbolos missionários: 144 pessoas se reuniram e muitos testemunharam a ação ao passar pelo local. Foi um momento muito bonito de unidade e também de evangelização da comunidade local. P Paróquia Santo Antônio, Setor Orleans/Campo Comprido Os Símbolos Missionários estiveram na Paróquia entre os dias 16 e 20 de fevereiro, coincidindo como o fim de semana do retiro paroquial. Dom Peruzzo visitou a paróquia no dia 18 pela manhã e almoçou com os paroquianos. No dia 20, a peregrinação seguiu em direção à Paróquia do Senhor Bom Jesus, na Ferraria. Chegando lá, os símbolos foram acolhidos pelo pároco, Pe. Márcio, e alguns paroquianos, que logo em seguida iniciaram a oração do terço.

EXPEDIENTE COMISSÃODADIMENSÃOMISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@arquidiocesecwb.org.br

P Paróquia São José Operário, Setor Boqueirão No dia 3 de dezembro de 2017, a Peregrinação Missionária chegou ao Setor Boqueirão. Foram momentos riquíssimos de expressão de fé, devoção, acolhimento, partilha e oração. Na Paróquia São josé Operário, a novena de Natal foi encerrada com uma peregrinação entre a Capela Bom Pastor e a praça do bairro. Com a presença dos símbolos, os fiéis vivenciaram o período natalino com mais intensidade. O ponto alto da passagem dos Símbolos Missionários pela paróquia foram as visitas aos enfermos. Ministros testemunharam que saíram para evangelizar e foram evangelizados pela fé e esperança daqueles que estão doentes e debilitados fisicamente, mas que mantém sua fé sadia e fortalecida. Naqueles corpos frágeis, percebemos a força que vem de Deus. No instante em que a Bíblia e o Símbolos são trazidos, podemos ver em seus olhos a esperança renovada. Sabemos que ali Jesus se manifestou e continua se manifestando de forma extraordinária, na maior simplicidade do mundo. P Santuário Nossa Senhora de Salette, Setor Cabral De 5 a 18 de novembro, o Setor Cabral acolheu a os Símbolos Missionários. O Santuário N. Sra. de Salette os levou aos lugares de suas atividades missionárias, de tal forma que a Imagem de N. Sra. da Luz pôde visitar cinco lares de idosos, com momentos de oração e testemunhos emocionantes de devoção. A Bíblia foi destaque na visita com celebração da Palavra na Comunidade Terapêutica de Dependentes Químicos e do Álcool, pois algumas lideranças do Santuário Salette atuam como missionários ali, onde muitos são evangélicos e, pela Palavra de Deus, pode-se fazer uma bonita experiência ecumênica. Para que a Cruz Missionária ficasse à vista e acessível a todos que quisessem dela se aproximar para oração, no Santuário Salette ela ficou exposta no Fac Símile. Experimentamos então a força da palavra que diz: “Quando serei elevado da terra, atrairei todos a mim” (Jo, 12,32), pois muitos foram os que passaram pelo Santuário.

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Formação para presbíteros

PE. JUAREZ RANGEL Coordenador do Clero Diocesano

Os padres cuidam do povo. E quem cuida dos padres? Com a preocupação de zelar pelos padres, a Comissão Regional dos Presbíteros da CNBB Sul II elaborou um curso piloto voltado ao cuidado do padre. O encontro aconteceu em Guaratuba (PR) e contou com 29 sacerdotes de 14 dioceses de todo o estado.

pleta equipe multidisciplinar que atuou conosco por esse tempo, educando e formando de maneira a construir o padre numa unidade de vida: cuidar do espiritual, psíquico, social, lazer e cultural, vendo o padre na sua completude entre o universo antropológico e as coisas do Reino.

Esse projeto é voltado para sacerdotes entre 10 e 25 anos de ministério, os quais são chamados: “vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco” (Mc 06, 31), versículo que inspirou o curso. O padre, como pessoa comum, precisa se cuidar para estar mais facilmente a serviço da paróquia e, consequentemente, do Reino de Deus.

Pela manhã, tínhamos qualidade de vida e bem-estar; à tarde, atualização teológica, passando pela Eucaristia, e à noite até descontração com atividade lúdica.

Nos 15 dias em que passamos reunidos em 29 padres, trilhamos “a contínua construção da unidade de vida”, tema do curso e sua proposta para os dias vivenciados; ser padre e ser humano, homem terreno que deve apontar o céu. Foi um caminho pensado por módulos com os seguintes eixos temáticos: a) vida humana-afetiva; b) vida espiritual; c) vida comunitária; d) vida intelectual; e) vida apostólica. Tivemos uma com-

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A equipe do Regional buscou oferecer descanso, formação permanente em todas as dimensões do presbítero, estar com os irmãos padres, reavivar a vocação presbiteral, redescobrir o gosto de estar com o Senhor e consigo mesmo, admirar-se e encantar-se com Jesus, o bom Pastor, e o Ministério Presbiteral. Em outras palavras, louvado seja Deus por esta oportunidade vivida. Obrigado a este cuidado dispensado a nós, padres do Estado do Paraná, e que venham outros cursos como este para o bem dos padres.


Reflexão

PE. RIVAEL DE JESUS NACIMENTO Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes – Campo Comprido

Religião, Ética e Política Quem não as tem? Estar na Igreja e testemunhar a fé não nos livra de problemas, mas nos ajuda a vencê-los. Na ação pastoral, que possamos despertar, em nossas paróquias, pessoas para o bem e para a gratuidade. A partida de Dona Ana nos faz pensar muito nessa tarefa da continuidade.

Na segunda semana de julho, aconteceu em Belo Horizonte o 31° encontro da Soter (Sociedade de Teologia e Ciências da Religião). Participei do evento ao lado dos companheiros Pe. Regis Bandil e o professor Diogo Pessoto, pastoralista do Colégio Marista Paranaense. No evento, encontrei muitos conhecidos, professores da PUC-PR e nomes de referência em todo o país. Os assuntos principais tratados foram: religião, ética e política na pós-modernidade. Os temas estudados trazem elementos importantes para o tempo presente e tudo o que estamos vivendo. Um tempo que dá a impressão de que mais nada nos comove e nada nos sensibiliza. Para nós, padres, que trabalhamos com pastoral, uma pergunta inquietante é: como acertar o método? Como evitar erros e contradições na vida pastoral e comunitária? Penso que toda a reflexão abordada no encontro despertou em todos a necessidade de enfrentamento da realidade. Apresentarei as três palavras chaves que estruturaram o tema: a) Religião – A palavra vem do latim e significa religar - ou ligar. Estamos ligados a uma crença, a uma força superior. No sábado de 14 de julho, faleceu uma pessoa muito boa de nossa comunidade católica na Arquidiocese: Ana Stresser. Ela se santificou como mãe, esposa, avó e uma líder em comunidade em Rio Branco do Sul. Podemos dizer que se trata de uma pessoa RELIGIOSA; nos ditos populares, uma pessoa do bem; ou, como diria o Papa Francisco, “um evangelho vivo”. A religião nos toca, nos faz sermos gratuitos, sensíveis e nos dá esperança para vencermos todas as dificuldades que temos.

b) Ética – A ética sempre esteve presente na antropologia e na história, mas foi neste último século que ganhou um espaço maior. A ética estuda o agir humano, as relações e a conduta. O que impera no cenário da humanidade é um agir nas aparências e a lógica dos espetáculos: muita gente querendo aparecer e ser celebridade. Uma filosofia utilitarista que sucumbe o ser humano e o leva a pensar que sempre está esgotado e que suas forças se acabarão. Parece que a verdade não tem mais espaço (veritas liberat vos. Jo 8, 32). Como se sentir livre em uma sociedade que faz tantos apelos para a insatisfação e para um consumismo sem limites? Aqui poderia também citar a estética, que ancorou no cais da existência e massacra o ser humano: ela dita regras e padrões, que geram desconfortos e angustias, principalmente no meio da juventude. c) Política – Logo virão as eleições para a presidência do nosso país, governadores, senadores e deputados. Nunca nos sentimos tanto como num barco à deriva como nestes últimos anos! Não entendemos como políticos fazem leis somente para beneficiar a si mesmos e sem comprometimento com a população. Nossas comunidades são chamadas a estudar ações para que ocorra um comprometimento e outras opções sejam olhadas: nomes com fichas limpas e sem mancha de corrupção. As três palavras nos provocam a pensar no mistério de Deus, a esperar dias melhores e a educar para atitudes e mudanças. Como a fé faz a diferença no cenário da vida! No desejo da santidade - longe da crença de que o ser humano tudo pode somente com suas forças -, que todos nós batizados e nossas comunidades católicas possam testemunhar a vida como bem-aventurados do Senhor, “assembleia de chamados e de convocados para ser felizes”. Assim busquemos a felicidade que vem do mistério de Deus e que esta nos acompanhe todos os dias de nossas vidas. Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

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Painel

IAM + 1 DE TODAS AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNDO, SEMPRE AMIGOS! O COMIDI da Arquidiocese de Curitiba lança um desafio para todos os grupos da IAM: A Infância e Adolescência Missionária tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo nelas o protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crianças". Sendo assim, pelo projeto IAM +1, cada grupo da IAM ajudará a formar mais um, com o objetivo de que a Infância e Adolescência Missionária chegue em todas as paróquias da Arquidiocese. Quanto mais grupos da IAM, mais Jesus se tornará conhecido e amado (primeiro compromisso). Cada grupo já formado ajudará a formar outros grupos nas paróquias vizinhas, nas Capelas, Comunidades, escolas e outros grupos na mesma paróquia, para um maior comprometimento vocacional e missionário.

Oficina de intérpretes A Pastoral do Surdo da Arquidiocese de Curitiba teve a alegria de realizar, no dia 14 de julho, uma Oficina para Intérpretes Católicos de Libras. A formação aconteceu na Paróquia Santa Isabel/ Nossa Senhora da Ternura e contou com 47 participantes de diversas cidades. O objetivo da formação foi ampliar o conhecimento dos sinais bíblicos e litúrgicos para que seja possível evangelizar os surdos sempre com maior clareza e entendimento. Houve dinâmicas, momentos de espiritualidade e entrosamento entre surdos e ouvintes, a fim de expandir vocabulários. Os participantes gostaram muito da formação e já pedem nova data para outra oficina.

Pascom realiza curso de escrita criativa Aconteceu, no mês de julho, o segundo curso da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Curitiba na FASBAM – Faculdade São Basílio Magno. Desta vez, o tema abordado foi Escrita Criativa e teve como assessora a Prof. Me. Ana Beatriz Dias Pinto (foto). Durante o curso, a Prof. Ana Beatriz auxiliou os participantes a conhecerem os pilares textuais para a produção de textos criativos para os diferentes estilos de mídia, públicos e finalidades. “A grande participação dos agentes de pastoral e dos seminaristas da nossa Arquidiocese e das diversas congregações e ordens religiosas da região nos motivam a dar continuidade com este trabalho de evangelização que está dando certo”, destaca o coordenador da PASCOM, Antonio Kayser.

Pascom de Curitiba participa de encontro nacional Entre os dias 19 e 22 de julho, aconteceu em Aparecida (SP) o 6º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, com o tema “Comunicação e Igreja”. Neste encontro, organizado pela CNBB, estiveram presentes mais de 600 pessoas - entre elas, membros da equipe da Pascom da Arquidiocese de Curitiba. Diversas conferências e seminários promoveram a partilha de experiências da PASCOM em todo o Brasil durante os quatro dias de evento. Foto: Equipe da Pascom do Regional Sul II da CNBB

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Setor Juventude promove palestra sobre suicídio entre jovens No dia 21 de julho, o Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba promoveu a palestra “Suicídio entre jovens e adolescentes: causas e prevenção”, conduzida pelo Prof. Dr. Clóves Amissis Amorim, psicólogo e professor da PUC-PR. No evento, foram discutidos os múltiplos fatores que contribuem para levar a pessoa a tentar o suicídio. Assim, o foco principal foi a prevenção. A palestra foi aberta ao público e reuniu religiosos, leigos ligados a pastorais, interessados na área da saúde e pessoas de diferentes interesses, fato que mostra o quão recorrente é o tema do suicídio atualmente e a preocupação de se saber lidar com isso.

Festa do Carmo teve a participação dos bispos de Curitiba A Festa em honra a Nossa Senhora do Carmo é uma tradição de 64 anos que reúne milhares de pessoas e já faz parte do calendário turístico do estado do Paraná. Neste ano, o Santuário em Curitiba teve um motivo a mais para comemorar: o Novenário Perpétuo está completando 20 anos. Durante os quatro dias de festa, a devoção a Nossa Senhora do Carmo foi promovida por meio da cultura, da solidariedade e da espiritualidade. Além do tríduo preparatório, houve praça de alimentação, shows, atividades para crianças, festival de prêmios, passeio ciclístico e diversas outras atrações. Dom Peruzzo, Dom Amilton Manoel e Dom Francisco Cota estiveram presentes na Festa e celebraram missas.

A Arquidiocese e a Catedral Basílica de Curitiba, juntamente com a Agência Filatélica dos Correios, convidam para o lançamento oficial do Selo Postal personalizado alusivo ao Jubileu de 350 anos da Paróquia Nossa da Luz dos Pinhais, a realizar-se no dia 12 de agosto de 2018, domingo, na Santa Missa das 10h, presidida por Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba. Catedral Basílica de Curitiba - Rua Barão do Serro Azul, 31 - Centro - Curitiba/PR Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2018

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Artigos religiosos, livros e outras publicações Adquira no setor de artigos religiosos da Mitra da Arquidiocese de Curitiba

P Av. Jaime Reis nº 369 Alto São Francisco, Curitiba/PR M sac@arquidiocesecwb.org.br Telefone: (41) 2105-6325


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