SINDSAÚDE

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Informativo do SINDSAÚDE – Rua Guilherme Rocha, 883 – Centro – Nº 57 • 19/Outubro/2012

Sindsaúde apresenta proposta de reestruturação do PCCS Foto: Cristhyana Abreu

Compare as tabelas: Tabela atual x Tabela proposta pelo Sindsaúde TABELA DE VENCIMENTOS DOS CARGOS/FUNÇÕES DOS GRUPOS OCUPACIONAIS ATIVIDADES AUXILIARES DE SAÚDE (ATS) E ATIVIDADES AUXILIARES DE APOIO DE SAÚDE - AS TABELA PROPOSTA PELO SINDSAÚDE TABELA DE VENCIMENTOS PARA 30 HORAS

Primeira reunião do PCCS, dia 27/9

A proposta de reestruturação do PCCS já foi enviada à SEPLAG e já ocorreram duas reuniões do grupo de trabalho, formado pela SEPLAG, SESA e Sindsaúde. Na ultima reunião, realizada dia 17/10, foram dirimidas algumas dúvidas sobre a proposta de PCCS. Ficou acertado que a comissão irá se reunir com o Eduardo Diogo, secretário de Planejamento, o mais rápido possível, a fim de que se saiba o valor autorizado pelo governo para esta demanda. No início de outubro, os servidores de nível médio da saúde do Estado puderam conhecer e debater a proposta de reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, pois o Sindsaúde organizou um calendário de discussão com os servidores. • ENTENDA A PROPOSTA O PCCS se destina aos servidores ocupantes dos Grupos Ocupacionais Atividades Auxiliares de Saúde (ATS) e Atividades de Apoio em Saúde (AS). A proposta prevê alguns princípios

e diretrizes para o PCCS, como tratamento igualitário para os servidores integrantes dos cargos iguais ou semelhados, entendidos como igualdade de direitos e deveres; concurso público como única forma de ingresso nos grupos ocupacionais ATS e AS; educação permanente e flexibilidade para garantir adequação às necessidades e à dinâmica do SUS. Ascensão funcional – será feita por meio dos processos de progressão e promoção. Promoção é a elevação do servidor de uma para outra classe, imediatamente superior, dentro da mesma carreira. Já a Progressão se dá na mesma classe e poderá ocorrer por tempo de exercício no cargo, por qualificação profissional ou por mérito profissional. Para os servidores do grupo ATS, por exemplo, um curso de aperfeiçoamento, em sua área de atuação, com carga horária igual ou superior a 40h, garante progressão para o nível imediatamente superior.

CLASSE

1

2

3

4

5

A

1.025,05

1.076,30

1.130,12

1.186,62

1.245,95

B

1.127,55

1.183,93

1.243,12

1.305,28

C

1.240,31

1.302,33

1.367,44

CLASSE

11

12

A

1.669,69

B

9

10

1.308,24 1.373,66 1.442,34

1.514,46

1.590,18

1.370,55

1.439,08

1.586,57

1.669,91

1.749,20

1.435,81

1.507,60

1.582,98 1.662,13 1.745,24

1.823,50

1.924,13

13

14

15

19

20

1.753,18

1.840,84

1.932,88

2.029,52

2.131,00 2.237,56 2.349,43

2.466,90

2.590,25

1.836,66

1.928,50

2.024,93

2.126,17

2.232,48

2.344,03 2.461,30 2.584,37

2.713,59

2.849,28

C

2.020,33

2.123,34

2.227,42

2.272,10

2.468,08

2.578,51 2.707,44 2.842,80

2.984,95

3.134,20

CLASSE

21

22

23

24

25

29

30

A

2.719,71

2.855,75

2.998,54

3.148,45

3.305,88

3.471,17 3.644,74 3.826,98

4.018,33

4.202.15

B

2.991,73

3.141,32

3.298,38

3.463,31

3.636,48

3.818,29 4.009,21 4.209,68 4.4420,16 4.641,16

C

3.290,91

3.455,45

3.628,23

3.809,64

4.000,12

4.200,13 4.410,13 4.630,64

7

16

1.511,03

17

26

27

8

18

28

4.862,18

5.105,28

TABELA ATUAL DE VENCIMENTOS A PARTIR DE 01/01/2012 Referência

Valor R$

Referência

Valor R$

1

229,56

21

502,94

2

238,73

22

523,07

3

248,28

23

543,96

4

258,22

24

565,75

5

268,56

25

588,36

6

279,30

26

611,88

7

290,47

27

636,37

8

302,09

28

661,82

9

314,16

29

688,30

10

326,72

30

715,82

11

339,78

31

744,43

12

353,39

32

774,23

13

367,50

33

805,10

14

382,21

34

837,38

15

397,48

35

870,01

16

413,39

36

905,71

17

429,95

37

941,96

18

447,11

38

970,02

19

465,00

39

1.018,50

20

483,61

40

1.050,56

A proposta completa está no site do Sindsaúde: www.sindsaude-ce.com.

Assembleia aprova reivindicações para 2013 Em assembleia realizada no dia 19/10, no Cerest, os trabalhadores aprovaram as reivindicações para o ano de 2013 nos setores da Filantropia e Privado. Para 2013, o sindicato irá reivindicar reajuste de 15% sobre o salário de janeiro de 2013, inclusive para os que ganham salário mínimo. A pauta reivindica criação de pisos salariais para outras categorias e também contém os seguintes pisos: • Recepcionista/atendente: R$ 710,00;

6

• Auxiliar de enfermagem/laboratório: R$ 816,00; • Técnico de enfermagem/laboratório: R$ 972,00; A assembleia aprovou também que será pedido auxílio creche/babá no valor de R$ 150,00, por filho(a). Outras novidades que serão incluídas na pauta de reivindicações dizem respeito ao tíquete-alimentação, no valor de R$ 8,00, por dia e o adicional noturno até o fim da jornada, quando esta se estender além das cinco horas da manhã.

Nesta edição: Balanço da gestão 2009/2012, nas páginas 3 e 4. Encarte com demonstrativos da prestação de contas 2011 e parecer do conselho fiscal.


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Hospitais do Estado são campeões de denúncias Os hospitais do Estado estão entre os mais denunciados ao Sindsaúde por assédio moral e discriminação

Clínica Genesis é condenada a pagar indenização por assédio moral A Clínica Genesis (Wilka e Ponte) foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar indenização por danos morais no valor de dez mil reais. A juíza do Trabalho, Laura Anísia Moreira de Sousa Pinto, considerou como assédio moral a conduta praticada pela médica Socorro Magalhães. Testemunhas ouvidas no processo confirmaram que Socorro Magalhães chamou uma auxiliar de enfermagem de “quenga”, falando, na presença de pacientes, a seguinte frase: “quem é a ‘quenga’ que está com meu paciente?”. A denúncia que chegou ao Sindsaúde e que gerou o

processo contra a Clínica Genesis indica que a médica tinha comportamento desrespeitoso e de forma continuada também com outras auxiliares de enfermagem. Socorro Magalhães utilizava expressões como “negas fedorentas” para humilhar as auxiliares de enfermagem. O sindicato comemora a decisão da justiça e a coragem da auxiliar de enfermagem que denunciou o assédio, no entanto, recorreu da decisão quanto ao valor, pois o jurídico do Sindsaúde entende que a condenação deveria ser maior, em razão da gravidade das ofensas contra os trabalhadores.

Técnica de enfermagem move ação por assédio moral Uma técnica de enfermagem decidiu romper o silêncio e entrar na Justiça pelo assédio moral que vem sofrendo há cinco meses na Unimed Lar. A profissional denuncia desrespeito aos técnicos, inacessibilidade, ausência de supervisão, desconhecimento do perfil dos pacientes e dos técnicos, lotação inadequada do ponto de vista do endereço e da capacitação/formação dos profissionais, insatisfação e desmotivação profissional. De acordo com a trabalhadora, a supervisora, enfermeira Priscila, trata as técnicas de enfermagem de modo grosseiro e autoritário. “Nosso contato com ela deveria ser feito por telefone, mas ela raras vezes atende ao telefone e, quando atende, é em tom bem aborrecido. Diz que após o horário comercial não liguem para ela, liguem para a Unimed Urgente, pois ela ‘não ganha para isso’”, relata a empregada.

Outra denúncia grave é que a supervisora não visita os pacientes. “Ela não conhece os pacientes atendidos atualmente e isso dificulta nosso trabalho, pois ela nos manda cuidar de pacientes para os quais não temos perfil”, esclarece. Também por isso a supervisora acaba colocando as profissionais para trabalhar em endereços muito distantes uns dos outros, dificultando o acesso e causando transtornos à vida pessoal das trabalhadoras, como demissão de outros empregos, faltas a aulas em escolas/faculdades, problemas familiares, risco de vida, entre outros. Todo esse quadro gerou grande insatisfação e desmotivação profissional. Uma prova disso é a grande quantidade de atestados médicos e pedidos de demissão das auxiliares e técnicas de enfermagem. “A frase mais ouvida por todos é ‘se não estiver satisfeita, pode pedir as contas’”, lamenta.

Justiça manda Coopen pagar verbas rescisórias e FGTS Mais uma vitória dos cooperados. A juíza da 13ª Vara do Trabalho de Fortaleza determinou, por meio de sentença publicada em 08/10 deste ano, que a Coopen pague todos os direitos trabalhistas a uma excooperada que trabalhou como auxiliar de enfermagem no Hospital Mental de Messejana por quase dez anos (de 1999 a 2008). Agora a justiça determinou que a Coopen deve pagar o FGTS de todo o período trabalhado, além de férias, 13º salário e adicional de insalubridade. Ficou decidido também que a ex-cooperada tem direito à multa de 40% sobre o FGTS e aviso prévio. O vínculo de emprego da ex-cooperada já tinha sido reconhecido em última instância, não cabendo mais recurso da Coopen, neste caso particular. Com esta última

decisão da 13ª Vara, a Coopen pode recorrer apenas quanto ao valor das verbas decididas pela Justiça. Por conta da divulgação do julgamento do TST, a Coopen chegou a notificar o Sindsaúde, ameaçando indenização por danos morais. É muito curioso: a Coopen explora os profissionais de saúde e ainda quer ganhar dinheiro dos trabalhadores, por meio de ações contra quem está lutando pela valorização da categoria e pelo fim da precarização das condições de trabalho. Quem quiser consultar o processo no site da justiça do Trabalho é só acessar www.trt7.jus.br e digitar o processo n. 62600, ano 2009, 13ª Vara do Trabalho de Fortaleza. O cooperado interessado em ingressar com ação, procure o sindicato, no horário comercial, na Rua Guilherme Rocha, 883, Centro, ou pelos telefones 3212.5109 ou 8861.0977.

Ação trabalhista: ex-empregados da Clínica de Acidentes S/A devem procurar o jurídico do Sindsaúde Os ex-empregados da CLÍNICA DE ACIDENTES S/A, adiante relacionados, devem procurar, no horário comercial, o jurídico do Sindsaúde para tratarem do recebimento de valores oriundos de uma ação trabalhista ajuizada em 2006: Antonilda da Silva Fernandes, Maria Salete R. da Silva, Lindomar Barbosa de Sousa, Helena Alves de Oliveira, Marina Maia da Silva, Marinilze Ferreira da Silva, Maria Lenice Rodrigues Alencar, Maria de Nazaré Tavares, Maria da Conceição C Araujo, Maria do Socorro Barboza da Silva, Maria do Socorro B. da Silva, Maria Dantas de Carvalho, Maria Aparecida Gomes Freire, Maria de Alencar Santos, Neuma Duavy Costa, Maria Ivone Rocha Leal, Maria da Conceição L. Lopes e Maria Eliete Belchior de Sousa. Entre em contato com o jurídico pelos telefones: 8861.0977, 9903.5247 e 3212.5109, no horário comercial.

No Hospital Infantil Albert Sabin, ocorre discriminação de servidores de nível médio. Segundo eles, não podem entrar no próprio local de trabalho com bolsa. “Onde vamos colocar nossos pertences? Eles pensam que nós vamos roubar? Mas os servidores de nível superior entram com malas e ninguém diz nada”, protestam. O assédio moral apavora os funcionários do Hospital Geral César Cals. Uma cooperada foi vítima de assédio moral por parte da enfermeira coordenadora da endoscopia do HGCC. Ela chamou a atenção da técnica de enfermagem durante um procedimento, na frente do médico e pacientes. “A enfermeira fazia cobranças impossíveis de serem executadas”, conta. Ainda segundo a trabalhadora, a enfermeira não executava seu próprio trabalho e cobrava dos subordinados que o fizessem. “Depois de um sábado inteiro de trabalho, ela já gritou chamando todo mundo de ‘imprestável’”, lembra. A trabalhadora fez Boletim de Ocorrência. Nesse mesmo hospital, vale o ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”. Foi retirada a ficha do funcionário que garantia, há muito tempo, marcação de consultas médicas. Agora, o próprio servidor que trabalha na saúde, se tiver algum problema, tem que pegar a fila comum, um massacre para quem já trabalha além da conta. Os profissionais assediadores precisam saber que todos os servidores públicos têm os mesmos direitos e deveres e não cabe a eles dispensar esse tipo de tratamento. Exatamente por isso lutamos pela lei 15.036/2011 (publicada em 18/11/2011), que regulamenta penalidades para os servidores públicos estaduais assediadores. Já o Hospital Mental de Messejana faz os servidores passarem fome, negando café da manhã aos trabalhadores que chegam às 7h para iniciar o plantão diurno. Ao invés de servir o café com carioquinha às 7h, o hospital faz os servidores esperarem até às 9h por um simples cafezinho. A direção também não permite que levem o lanche de casa. Como ficam os servidores idosos, hipertensos, com diabetes? Isso é desumano! Para garantir que ninguém vai lanchar, a direção ameaça as copeiras de saíram do hospital algemadas caso deem alimento aos auxiliares e técnicos.

Assédio moral na Associação Beneficente Médica de Pajuçara (Abemp) Funcionários denunciam casos de assédio moral por parte da coordenadora de Enfermagem, que se dirige aos empregados com autoritarismo, abusos e gritos. Quando adoecem, os funcionários precisam se dirigir ao Centro de Fortaleza para entregar o atestado a um médico que não tem endereço fixo e, segundo os trabalhadores, nunca está no local para recebê-los. Além disso, alguns funcionários são obrigados a assumir dois setores, caso contrário, são advertidos pela coordenadora.

Unimed Regional faz do vestiário um Big Brother No Hospital Regional da Unimed, a direção colocou câmeras filmadoras nos vestiários masculinos dos funcionários e retirou o chuveiro do vestiário masculino do Centro Cirúrgico. “Após um procedimento cirúrgico, não podemos nem tomar um banho para eliminar a contaminação”, reclamam os empregados.

Centro de Laser e Diagnose: funcionários trabalham mais que 8 horas diárias O mural do Centro de Laser e Diagnose Ocular (CLDO) diz: horário de trabalho dos funcionários, das 8 às 18h, com duas horas para almoço. Tudo balela! Os empregados têm hora para entrar, mas não para sair, e apenas uma hora para almoçar. Aos sábados, deveriam trabalhar até às 14h, mas sempre ficam até às 16h. Trabalham todos os feriados, sem horas extras ou folgas. Quem se negar a trabalhar no feriado, terá desconto como falta de 3 dias. O Ministério do Trabalho já esteve lá, mas a administração deu uma versão bem diferente.


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Greves movimentam lutas da Saúde entre 2009 e 2012 Sindicato de luta é combativo, negocia, tem flexibilidade, mas quando percebe que os patrões querem enrolar os trabalhadores, parte para a arma mais poderosa que temos: cruzar os braços. Nesse sentido, a atual gestão do Sindsaúde (2009-2012) realizou greves englobando agentes comunitários de saúde (ACS), servidores municipais, servidores do Estado e funcionários do setor filantrópico. Foto: Comunicação

ACS e servidores do Estado Fotos: Cristhyana Abreu

ACS municipais Com greves, Sindsaúde e ACS conquistaram repasse do incentivo onde não havia e maiores porcentagens onde já era feito e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por todo o Ceará – os municípios de Pacajus, Quiterianópolis, Santana do Cariri, Caririaçu, Tamboril, Itapiúna, Pereiro, Acopiara, Poranga e Piquet Carneiro cruzaram os braços, fizeram passeatas, até que conseguiram a vitória. No município de e Deputado Irapuan Pinheiro, não foi preciso nem fazer greve. Antes que o movimento iniciasse, o prefeito negociou o incentivo e os EPIs.

Nas ruas de Acopiara, ACS mostram seu poder de mobilização

No Hospital César Cals, servidores fazem enterro simbólico das chefias assediadoras.

Servidores municipais Os servidores dos municípios de Jaguaribe, Caucaia, Pereiro e Poranga fizeram greves e conquistaram diversas demandas. Em Jaguaribe, garantiram reajuste salarial de 8% e abertura de diálogo sobre PCCS; em Caucaia, conseguiram direito a férias, 13º salário e pagamento de 30% mensal sobre o valor do salário base dos ACS, a título de incentivo. Já em Pereiro, dois projetos de lei foram aprovados – um concede gratificação de 130 reais para os auxiliares de enfermagem; o outro aumenta o incentivo dos ACS, que passará de 90 para 180 reais, além de conceder fardamento anual, o 14º integral e todo material de trabalho, como também protetor solar.

Setor filantrópico Primeiro dia de ocupação dos jardins do Palácio da Abolição.

Em uma greve histórica de 45 dias, em 2012, ACS e servidores do Estado conquistaram o compromisso do governador Cid Gomes de atender suas demandas até o final de novembro: reestruturação do PCCS e gratificação de plantões aos finais de semana para os servidores; licença maternidade de seis meses e adicional de insalubridade para os agentes. Com intensa adesão da categoria, a greve já começou forte, com a ocupação do Palácio da Abolição por 800 trabalhadores durante dois dias. Houve manifestações nos municípios e, em Fortaleza, concentrações diárias nos hospitais, mais duas passeatas ao Palácio da Abolição e entrega de carta aos deputados/as cearenses. Ganhamos o apoio da sociedade, que soube de nossas reivindicações por meio das TVs, rádios e jornais que cobriram praticamente todas as nossas atividades. Os servidores e ACS não tiveram perda de direitos.

Em uma greve vitoriosa de 23 dias, em maio de 2011, os trabalhadores da Sameac conquistaram reajuste de 9,3% para as categorias que ganham o piso. Em 2012, nem foi preciso fazer greve. A direção da Sameac ainda lembrava do movimento do ano anterior e decidiu apresentar melhores propostas. No Hospital Batista, os funcionários não ficaram calados diante do desrespeito dos patrões – no mês de maio de 2011, fizeram greve contra o atraso no pagamento de salário e no repasse do vale transporte e contra o não fornecimento de alimentação adequada. Esse movimento foi muito importante para aumentar a consciência entre os trabalhadores e mostrar à direção do Hospital que é preciso respeitá-los.

Paralisação inédita na Unimed Fortaleza Em uma atitude de muita coragem, os funcionários da Unimed Fortaleza paralisaram o trabalho durante meia hora no dia 19/6 deste ano. Os funcionários conseguiram, com o movimento, melhores propostas para a Convenção Coletiva 2012: piso de auxiliar de enfermagem de R$ 670,00, piso de técnico de enfermagem de R$ 700,00, piso de motorista de ambulância de R$ 1.135,00, tíquete alimentação de R$ 282,50, auxílio creche de R$ 105,00 e reajuste de 5,5%. “A Unimed Fortaleza não aceitava nem discutir o piso de técnico de enfermagem e depois da paralisação mudou de opinião”, destaca a secretária geral do Sindsaúde, Marta Brandão. De fato, foi uma mudança significativa para os técnicos de enfermagem: além de aceitar criar o piso, a cooperativa se comprometeu a promover para técnico de enfermagem todos os auxiliares que tenham curso de técnico e estejam regularizados no Coren. Em 2011, o sindicato já havia investido em campanhas especiais para pressionar Unimed Fortaleza e setor filantrópico pela assinatura de Convenções Coletivas. Foram lançadas notas, entramos em contato com a imprensa para denunciar a intransigência dos patrões e também fizemos isso por meio de outdoors espalhados pela cidade. Tudo com charges bem humoradas, para animar a nossa luta e desmascarar os patrões gananciosos. Não foi à toa que, na Unimed Fortaleza, houve reajuste de 6%, e, no setor filantrópico, arrancamos reajuste de 6,5%.

Fotos: Cristhyana Abreu


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Congresso: categoria decidiu e gestão executou Com o expressivo número de 300 delegados, vindos do interior e da capital, ocorreu no dia 26/11/2011 o Congresso Extraordinário dos Trabalhadores da Saúde. O Congresso decidiu que o Sindsaúde deveria: Luta pela licença maternidade de seis meses e adicional de insalubridade para os ACS e PCCS e gratificação de plantões nos finais de semana para servidores do Estado

Instalar novas subsedes, em Aracati, Crateús e Baturité

Realizar encontro para debater situação de auxiliares e técnicos de enfermagem dos hospitais públicos, privados e organizações sociais Foto: Comunicação

Foto: Cristhyana Abreu

Foto: Cristhyana Abreu

Vestidos de branco, servidores e ACS marcharam rumo ao Palácio da Abolição no dia 30/8/2012)

Inauguração da subsede de Crateús)

Encontro debateu condições de trabalho dos profissionais da saúde)

Todas as resoluções foram seguidas à risca. O quesito luta pela pauta dos ACS e servidores de nível médio desencadeou, a partir de dezembro de 2011, uma série de mobilizações, paralisações e, no início de agosto de 2012, uma greve história na saúde, que durou 45 dias. Em maio deste ano, no I Encontro dos Au-

xiliares e Técnicos de Enfermagem, vimos um auditório lotado de auxiliares e técnicos de enfermagem de 37 municípios cearenses e capital, interessados em debater a luta pela redução da jornada de 30 horas, piso salarial nacional e assédio moral. Já a instalação das novas subsedes ocorreu

no início do mês de julho, com a intenção de atender a uma demanda da própria base, que queria estar mais perto do sindicato. “As pessoas entendem cada vez mais a importância de lutar por seus direitos e, por isso, precisamos interiorizar o Sindsaúde”, destaca a presidente do sindicato, Teresa Neuma Siqueira.

Campanha contra o banco de horas na Filantropia paralisou hospitais Foto: Cristhyana Abreu

Mobilização obriga Dasa a regularizar salários Em abril deste ano, o Sindsaúde lutou contra irregularidades salariais na Dasa/LabPasteur. A empresa não pagava o piso de auxiliares e técnicos de laboratório (R$ 680,00 e R$ 720,00), contratando-os como “auxiliares de coleta” (uma profissão que nem existe), pagando apenas R$565,00. O Sindsaúde, então, entrou na Justiça e conseguiu que a carteira de trabalho dos funcionários seja assinada como deve: auxiliar de laboratório ou técnico de laboratório. Com isso, a empresa fica obrigada a cumprir tudo que determina a Convenção. A luta começou mobilizando os trabalhadores, com entrega de notas explicando as irregularidades cometidas pela Dasa e três atos em frente ao laboratório – dois no Harmony Medical Center, na Avenida Dom Luís, e outro no laboratório da Avenida Oliveira Paiva. “Ficamos muitos felizes com o resultado dessa luta e pudemos mostrar à Dasa que mesmo sendo o maior laboratório das Américas precisa, sim, respeitar as leis, os trabalhadores e o sindicato”, declara a secretária geral do Sindsaúde, Marta Brandão.

Em 2011, o Sindsaúde e os trabalhadores da Filantropia mobilizaram-se fortemente contra a implantação do banco de horas. Durante os meses de março e abril, paralisamos o Hospital Cura D’Ars, a Santa Casa de Sobral, Santa Casa de Fortaleza, e, no Cariri, Hospital São Francisco (Crato) e Hospital São Vicente (Barbalha). Em julho de 2011, o sindicato iniciou a campanha “Xô, banco de horas!”, com as Manifestações da Indignação em hospitais filantrópicos de todo o Estado. Para que a sociedade conhecesse nossa luta, espalhamos outdoors em Fortaleza, Crato, Iguatu e Sobral, publicamos nota em jornal, vídeo na TV e fizemos contato com toda a mídia para denunciar as dificuldades dos trabalhadores da Filantropia. Manifestação no Harmony Medical Center, dia 5/4.

Informativo do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Ceará – SINDSAÚDE – Nº 57 • 19/Outubro/2012

Rua Guilherme Rocha, 883 – 60.030-141 – Fortaleza – Ceará – Telefones: (85) 3212.5109 / 3231.5780 / 3253.3907 / 3253.1973 – Secretaria: (85) 8889.1887 / 9938.8103 / (88) 8854.4267 – Site: www.sindsaude-ce.com – Para sugestões de matérias, críticas ou elogios, entrar em contato pelo e-mail sindsaude@sindsaude-ce.com. – Jornalista responsável – Camila Queiroz MTB JP 2484/CE – Fechamento desta edição: 19/07/2012 – Tiragem: 10 mil exemplares. Sub-sedes: Sobral – Rua Menino Deus, 287. Sala 102, Centro – (88) 36132584 e (88) 9985 0297; Crato – Avenida Duque de Caxias, 447. Centro – (88) 35231849 e (88) 86956578; Iguatu – Rua Nelson de Sousa Alencar, 64. Veneza – (88) 35811725 e (88) 99877508 ; Aracati: Rua Joaquim Ponciano, 891 – Centro. E-mail: subsedearacati@gmail.com; Baturité: Rua Vigário Homero Pedroza, 1940 – bairro Conselheiro Estelita. CEP: 62.760-000. Fone: (85) 3347.1019. E-mail: subsedebaturite@bol.com.br; Crateús: Rua Francisco Sá, 330, altos – Centro. E-mail: subsedecrateus@gmail.com. Presidente: Tereza Neuma Siqueira – Conselho Editorial: José Maria de Oliveira, Marta Brandão e Maria Marli Pereira – Diagramação: Normando Ribeiro CE 00043DG


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