INFLUENZA (GRIPE)
Autor: Dr. Julival Ribeiro (HBDF) Revisão: Dra. Nancy Bellei (DIP/UNIFESP)
23 de Abril de 2018 (revisada em abril 2019)
1. O que é Influenza? Resposta: Influenza – também conhecida como gripe ou gripe sazonal – é uma infecção viral aguda do trato respiratório, comunitária, com distribuição global e elevada transmissibilidade.1 Outros vírus respiratórios podem originar infeções com quadros clínicos semelhantes à síndrome gripal, sem serem consideradas gripe.1 No caso da Influenza, a sazonalidade é bem característica e dependente da latitude. No Brasil, o padrão de sazonalidade da Influenza varia entre as diversas regiões, sendo mais marcado naquelas que têm estações climáticas bem definidas, ocorrendo, com maior frequência, nos meses mais frios, em locais de clima temperado, e, no período chuvoso, em locais de clima tropical. Como se trata de um país com grande extensão territorial, é possível que mais de um padrão epidemiológico possa ser observado. 2,3 No século XX, foram registradas três grandes pandemias de Influenza: em 1918, conhecida como Gripe Espanhola, causada pelo subtipo A (H1N1), ocasionou de 40 a 50 milhões de mortes; em 1957-58, conhecida como Gripe Asiática, causada pelo vírus A/Singapura/1/57 (H2N2), teve como consequência de 1 a 2 milhões de mortes; em 1968 - 69 Gripe de Hong- Kong, causada pelo vírus Influenza A (H3N2), provocou de 500 a 1.000.000 de mortes. No século XXI, a primeira pandemia de 2009-2010, conhecida como Gripe Suína, causada por um novo subtipo de vírus Influenza A H1N1pdm 2009, levou a óbito cerca de 19.000 pessoas; estimativas em modelos matemáticos sugerem, entretanto, até 575.000 mortes pela Gripe Suína. 4 2. Qual o agente etiológico da Influenza? Resposta: O agente etiológico da gripe é o Myxovirus influenzae, pertencente à família Orthomyxoviridae; apresenta um genoma constituído por segmentos de ácido ribonucleico (RNA), o qual codifica várias proteínas virais, entre as quais a hemaglutinina e a neuraminidase. A segmentação do genoma do vírus (oito segmentos de RNA) é o que explica a sua grande variabilidade.5 1