As regioes do desenvolvimento

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A Srª Ana Amélia (Bloco Democracia Participativa/PP - RS) – Senadora Simone, acho que todos os senadores aqui ficaram ouvindo-a. Quem subiu à tribuna não foi uma recém-eleita Senadora, que talvez nunca tivesse exercido mandatos nesta Casa. Chegou aqui uma política com posição clara e firme e com uma genética inquestionável. Seu pai, Ramez Tebet, presidiu esta Casa, o Senado Federal, e todos têm uma lembrança muito saudosa do seu papel e da sua relevância. V. Exª mostra sua visão como ex-prefeita de uma cidade do Mato Grosso do Sul. Tem aqui colegas representantes da melhor qualidade, como meu amigo Waldemir Moka, do seu Partido, o PMDB, e como o Senador Ruben Figueiró, do PSDB, uma figura doce e muitíssimo preparada, um sábio, que era também nosso conselheiro por sua experiência de vida, por sua capacidade e por sua integridade pessoal, moral e ética. Então, V. Exª está chegando aqui com a naturalidade de uso da tribuna de uma experiente Parlamentar, que chegou para não decepcionar aquela eleitora que lhe apontou o dedo em riste. É esse o sentimento que grande parte dos eleitores conscientes brasileiros têm em relação à classe política. E é isto que, quando eles vão votar, eles estão exigindo de nós: compromisso com a ética e com a responsabilidade. Eu queria cumprimentá-la e dizer que estaremos juntos aqui, homens e mulheres, Senadora Simone Tebet. Eu também sempre fiz parte das minorias. Fui jornalista num ambiente só masculino. A universidade era formada em 90% por homens. Depois, no exercício da profissão, no jornalismo econômico, 90% eram homens. Felizmente, hoje mudou tudo: são 90% de mulheres nas faculdades, são 90% das mulheres colunistas fazendo jornalismo econômico no País. Então, isso mudou. E espero que, brevemente, esta Casa também mude, com mais mulheres como a senhora fazendo a diferença aqui, com esse protagonismo e com essa decisão. Quanto a essa questão do pacto federativo, V. Exª traz a experiência de uma prefeita. Para quem paga imposto, Senadora, não importa saber se a segurança ou a saúde são de responsabilidade do Estado, da União ou do Município. O que importa é haver o serviço. Agora, a forma como essa repartição do recurso é feita é inaceitável, é antidemocrática, é injusta e fere o princípio de uma repartição equilibrada entre os entes federativos. A nossa Federação está fragilizada. Está fragilizada porque as prefeituras, ao longo do tempo, tiveram aumento das responsabilidades e uma redução gradual da receita. Quando o Governo Federal faz festa com o chapéu alheio, desonera, reduz IPI para vários setores importantes, impacta sobre a receita das prefeituras, sobre o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). E aí como vai fechar a conta, Senadora? Como é que vai fechar a conta no fim do ano? E aí o prefeito é responsabilizado criminalmente porque não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma lei maravilhosa, que veio botar um freio na gastança. Então, precisamos discutir com urgência, como disse V. Exª, não apenas a reforma política, mas também essa questão do pacto federativo. Hoje, ser prefeito é um ato de coragem. Então, eu queria me solidarizar com o seu pronunciamento, dizer que estamos aqui, juntos, porque esta é a Casa da República e esta Casa tem responsabilidade com os eleitores, como essa senhora que, lá em seu Mato Grosso do Sul, a questionou para dizer que a senhora é o último fio de esperança que resta para ela, uma eleitora que não sei que idade tem, mas não

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Senadora SIMONE TEBET


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