Comunicacion solidaria en la sociedad de la informacion

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COMUNICACIÓN SOLIDARIA EN LA SOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN

instituições, denominações, congregações ou grupos de para-igreja" (Hoover:1998: 2002). Evidentemente que o autor está se reportando ao contexto norte americano cujos processos de organização e de expansão da "Igreja Eletrônica" são distintos daqueles que marcam a sua existência no Brasil. Entretanto, sua chamada de atenção para a existência destes novos formatos de práticas tele religiosas, serve-nos como um mote para as considerações que se seguem. Como resposta aos processos provocados pela secularização, especialmente os efeitos da vida instrumental, que provocaram o crescente empobrecimento da experiência, sem mistério e sem magia, temos o aparecimento de novos formatos de estruturação de novas experiências, fundados em neo-devocionalismos, em novas formas de ajuntamentos, as voltas com a invenção de novos processos que permitissem o restabelecimento da vida comunitária. Se, de um modo mais remoto, os mídias, se incorporavam, num primeiro momento, á protocolos clássicos de mediação da religião, desta feita, especialmente a partir dos anos 70, temos a ocorrência não apenas de um certo deslocamento das práticas religiosas-católicas e protestantes, de fundo pentecostal, para o nicho das mídias, mas, sobretudo, a adoção disseminada de práticas tele midiáticas nos processos de produção da atividade religiosa. A modernização das tecnologias de comunicação, no Brasil, fornece, além de outros fatores, as possibilidades para que instituições religiosas, onde indivíduos constituam novos nichos em cujos formatos e pedagogias a experiência religiosa passa a se constituir. Evidente que não se pode atribuir este fenômeno, apenas á motivações comerciais, típicas da natureza da atividade do infoentretenimento ensejado pelas tecnologias midiáticas. Para, além disso, ha que se destacar o papel crescente que tem a ordem da midiatização de não só visibilizar a vida das instituições, mas, como é o caso das práticas religiosas, constitui-las segundo urna nova lógica de produção de sentido. Registro comunicacional, ou antropológico, Barbero lembra que o papel dos mídias neste caso é um "fenômeno cultural através do qual as pessoas, muitas pessoas, cada vez mais pessoas, vivem a constituição do sentido de sua vida", no que chama ainda, estes novos modos mass midiáticos de juntar as pessoas" (Barbero, 1995: p. 2 e ss).

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