Sicom ii final online

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empresa ao longo de oito anos. No caso da Fundipress, a identidade visual foi criada pela própria gráfica que imprimia os materiais da empresa. Nota-se que não houve preocupação estética ou mercadológica, e que seu objetivo era apenas de identificar a empresa. Nessa época, a Fundipress ainda se chamava Fundição Jo-lindo, nome que, assim como a representação gráfica, acompanhou a empresa por 32 anos. Esta realidade é citada por Petit (2006), onde afirma que, no geral, os empresários dão pouca importância a sua imagem visual. Normalmente deixam isso aos cuidados do terceiro escalão da empresa, que na maioria das vezes não está preparado para assumir tanta responsabilidade (PETIT, 2006). No mesmo âmbito, Cesar (2006) diz que com a propagação do uso de computadores, é cada vez mais comum que pessoas que não têm conhecimento algum sobre identidade visual, criem logotipos em 10 ou 20 minutos. A mudança foi desencadeada nas duas empresas, por uma necessidade que os gestores perceberam em profissionalizar a empresa. Os sócios da ACRC Imóveis sempre tiveram a consciência de que a identidade visual que tinham não era adequada, então quando houve um crescimento na empresa, os gestores quiseram torná-la mais profissional. Na Fundipress, os sócios viram que era necessário mudar principalmente o nome, e que a identidade visual teria de acompanhar essa mudança. Na busca em tornar a empresa mais profissional e modernizá-la definiram o nome Fundipress e iniciaram um processo para reformulação da identidade visual da empresa. As direções das duas empresas tinham noção de que precisariam contratar uma empresa especializada para o desenvolvimento desse trabalho, mas o conhecimento que eles tinham sobre identidade 136

visual era básico. No caso da Fundipress, um dos sócios tinha certa experiência por ter realizado alguns trabalhos anteriores com agências de propaganda, mesmo assim, sentiram falta de um departamento de marketing ou algum profissional interno para auxiliar nesse processo. O processo de desenvolvimento da identidade visual percorrido pela ACRC Imóveis demandou maior empenho por parte dos sócios, até encontrar um fornecedor que desenvolvesse um trabalho que representasse bem o que eles queriam. Perceberam alguma falta de profissionalismo por parte de alguns fornecedores contatados, exemplificando com o caso de um fornecedor que já havia iniciado o desenvolvimento de propostas antes mesmo da primeira conversa. Esta atitude do fornecedor contradiz o que é citado por autores como Fuentes (2006), Petit (2006) e Cesar (2006). Fuentes (2006) acredita que aceitar o vínculo entre cliente e designer para alcançar um objetivo é o primeiro passo para conseguir as melhores soluções. Para Petit (2006) o cliente deve fazer parte do processo, o que ele quer deve ser considerado pelo designer gráfico. Até que por fim, por meio de indicação, a ACRC encontrou um fornecedor que atendesse as suas necessidades de forma profissional. Foi feito um briefing de forma correta e apresentado um trabalho dentro do esperado após cerca de três semanas, sendo aprovado de imediato. Segundo o entrevistado, os sócios-proprietários aprenderam muito com todo esse processo, passando a ter a noção de que uma identidade visual é muito importante e carrega uma série de significados. A aprovação foi realizada pelos proprietários da empresa e mostrada posteriormente para os colaboradores e para o mercado.

A importância da identidade visual no mercado competitivo: um estudo em micro, pequenas e médias empresas (MPME) de Blumenau/SC e região


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