Setúbal Revista Nr. 20

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IDEIAS SOLTAS

IVONE CAMPOS Bióloga; Professora; Musicoterapeuta; Curso de Educação Musical pelo Conservatório Nacional de Música; Curso de Piano pelo Conservatório Nacional de Música

VAMOS COMEÇAR O ANO A RIR đ&#x;˜Š

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stĂĄ mais do que provado cientiďŹ camente que ao rirmos produzimos serotonina e endorďŹ na, que sĂŁo substâncias quĂ­micas habitualmente conhecidas como “molĂŠculas da felicidadeâ€?. SĂŁo conhecidas vĂĄrias funçþes associadas a estas substâncias ligadas ao apetite, regulação do sono e alteraçþes de humor. Relacionada com esta Ăşltima função existe uma tĂŠcnica cada vez mais usada denominada Risoterapia. Existem jĂĄ em Portugal vĂĄrias empresas apostadas em manter os seus empregados felizes e bem dispostos, proporcionando-lhes sessĂľes regulares deste mĂŠtodo. É fĂĄcil navegarmos por sites repletos de exercĂ­cios promotores de riso induzido e riso verdadeiro, mas nĂŁo ĂŠ por aĂ­ que me alongo hoje neste artigo. Todos temos, sem poder escolher, momentos curtos ou longos embrulhados de tristeza, que se nos deparam como obstĂĄculos penosos de contornar. Podemos contudo eleger estratĂŠgias e ferramentas que nos amparem nesse trilho. NĂŁo abraçar a tristeza. NĂŁo fazer dela nossa amiga. NĂŁo a acolher como visitante desejada. OlhĂĄ-la de frente e acreditar que serĂĄ dissolvida no resto do caminho, todo ele muito maior. Por isso o tĂ­tulo deste artigo: comecemos o ano a rir! Seja um riso induzido ou um riso verdadeiro. Em ambos os casos estaremos a estimular o sistema nervoso, libertando o stress e os pensamentos negativos. Sabia que quando rimos ativamos mais de 400 mĂşsculos, fortalecemos o sistema imunolĂłgico e melhoramos a função pulmonar, entre outros benefĂ­cios? Por isso vamos rir! Vamos rir muito! Sozinhos ou acompanhados! Rir de nĂłs, rir dos outros, com os outros! Rir do ab-

surdo, do insigniďŹ cante, da vida! Para terminar nĂŁo podia deixar de partilhar convosco uma memĂłria muito antiga que por alguma razĂŁo ainda guardo‌ Havia, na minha infância, um concurso televisivo intitulado “Arreganha a Taxaâ€? (presumo que os rapazes e raparigas da minha geração se recordem), que tinha como propĂłsito oferecer o pagamento anual da taxa de televisĂŁo a quem conseguisse rir durante um minuto. A imagem que guardo, e que ainda hoje me faz rir, ĂŠ a de uma senhora, apa-

rentemente septuagenĂĄria, que tentava a todo o custo rir e simultaneamente manter dentro da boca a sua placa (prĂłtese) dentĂĄria, que parecia querer saltar a cada momento. Que me perdoe a minha geração (mais uma vez), mas mais parecia o Mister Ed, o cavalo que falava tambĂŠm nessas ĂŠpocas televisivas. E com esta imagem vos deixo, espero que a rir. SĂł mais uma coisa‌ a dita senhora ganhou đ&#x;˜Š n SetĂşbal Revista

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