Murisokas Action Painting

MÉTRICA DE TEMPO // VOLUME

MURISOKAS ACTION PAINTING

PERFORMANCE

KATHY CARVALHO

MURISOKAS

BY KATHY CARVALHO

Chikungunya, urticária papular ou prurigo estrófulo.

Tal qual uma land art regressiva em

Mosquiteiro de casal resguardando

pequena escala que desenrola por

do ideal das monogamias e sistemas

tempo indeterminado e seu

binários.

esgotamento se dá quando não

Se protegendo da tragicômica

estarei mais esse espaço-território.

telenovela que nos ensina a rir da

“se me atacá, eu vou atacá” a

violência , como em “Mulheres

expressão tão consolidada por Inês

Apaixonadas” quando Marcos bate em

Brasil nesse experimento reluz em

Raquel com uma raquete de tênis.

modulo coreográfico, parte da

Aqui o exame do corpo de delito dá

memória cotidiana da corpa integral,

lugar a abstração da anatomia do

registrando a reatividade que vem

pernilongo e revela suas veias abertas,

do que a racionalidade não

meu sangue espremido com a gama de

contempla e tenta pela lógica,

suas variantes tonais pelas paredes

redefinir.

amareladas do quarto.

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA. EM MEU PAÍS NÃO USAMOS CORAL TINTAS.

Considerando a inexistência de hierarquia entre as provas penais ou autoridade de procedimentos científicos aplicados na produção da prova pericial, afinal, esse tipo de metodologia se contrapõe à fragilidade, à imponderabilidade e à pouca credibilidade dos meios subjetivos de prova. A oralidade tem sua própria corporeidade, logo, como exemplo da prova testemunhal e da confissão gestual, o lápis grafite 2b enumera a ordem dos fatos seguido da sigla p.m ( petite mort ). A fim de, situar as coordenadas dos movimentos-artenucleares in sua total potência radioativa.

Este processo inverso traz o corpo quanto intérprete da linguagem sígnica instantânea para compreender a morte e os simbolismos. Todo o minimalismo existente no que várias vezes é oculto / silenciado, porque a vulnerabilidade habita nos detalhes.

Acreditam na resiliência, essa bela vestimenta romântica que busca justificar a marginalização enquanto incentiva a permanência dentro de uma estrutura desigual.

Metaforicamente é preciso morrer inúmeras vezes e matar diversas gentes para estarmos nesse ponto do caminho, a cada segundo uma parte morre para dar lugar para outras.

Não há apego em achar respostas, nem novas perguntas, existe um desejo de acolher a raiva, a sombra e testemunhar a efemeridade viva.

OLINDA/PE - AGO 2021