O Sesc

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Serviço Social do Comércio Departamento Nacional

O Sesc que eu vejo

Sesc | Serviço Social do Comércio Departamento Nacional Rio de Janeiro 2017


70 autores

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70 colaboradores @adrivluz | @_alexpaiva_ | @_raayfelix

@andre.conceicao.ac | @andreezim | @antonnyviana | @cavalcante_netto @chellima1 | @chrisgardner_concurseiro | @coelhomabe | @d_sayuri @danielmvidal | @darcmacedo2012 | @denise15castro | @denisedojb @derezte | @diegocaiaffo | @elaineparaguassu | @erickdell | @felipedepaula @flavio_luiz | @giovanagravina | @hchendes | @jairton_macarrao @jannanneves | @jaque.rp | @jayne_sr | @jorrayna | @josielbernardo @jufrancica | @juliannecravo | @julittocesar | @kamylabrasil | @ldcizaias @leandro.beda | @lucssp | @lucygiffone | @ludisilvas | @marciashima08 @mario_chaves | @mesmartin | @mpradoquito | @munduruca @natalia.santos75 | @nathanilx | @ninegf | @norminhaduque | @odairfs @paty_atkinson | @preischardt3 | @priscilapersonaltrainer | @rafaelcastori


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70 histórias

Amanda Lima | Andreia da Silva Araújo Antonio Francisco da Silva | Aucimara Souza do Nascimento Camila Fernandes | Cristiane Costa | Daliana Golçalves Onofre da Silva Daniel Vidal | Dilva Rosa | Edenir Nascimento | Eliane Lima | Ernandes Tonet Everaldo Quirino da Silva | Fernanda Aparecida Yamamoto | Flávio Pereira Francisca Nunes de Lima | Francisco das Chagas do Nascimento Júnior Geremias Almeida | Gianinna Schaeffer Bernardes | Gilson dos Santos Gilvânia Ferreira Porto | Giorgio Henrique Gonçalves | Helenice Magnoni Lopes | Heribaldo Doroteu de Jesus | Ivanete Maria Pinto | Jaciende de Lima Santos | Jana Freire | Jesus Wgleison | José Geraldo Calmon de Almeida Juliette Carvalho | Lara Martiliano | Leila Cordeiro | Leonardo Vilela Mateus das Neves | Lisefina Alexandre Gomes da Silva | Lohanna Marina Germano Silva | Lucia Fim | Luciana Salviano | Luiz Pacheco | Luzinete do Nascimento Cabral | Manon Alves | Márcia Maria Ribeiro da Silva Alves | Maria de Jesus Pereira | Maria de Lourdes Ferreira dos Santos | Maria de Nazaré Soares Maria do Socorro Freitas Araújo | Maria Eliane Bezerra da Silva Maria Lidiane Campos Dantas | Marta Cocco | Mateus Lopes Madeira Milene Barbosa | Miriam Letícia Añez | Natália Alves | Nubia Lima Otávio Augusto Rodrigues | Pablo Henrique Alves de Moura | Paulo Cesar Winter Raimunda Santos Leal Nascimento | Regina Célia Marins Marques Sara Regina Albuquerque França | Sinara dos Santos | Sônia Francinete Silva Tais Haydee Pedroso | Terezinha Marta | Tony Ferr | Valmir Carlos Alves Vania Maria dos Santos | Vinícius César da Silva Dantas | Vivian Gomes Wendel Marcelo da Silva


UMA HISTÓRIA TEM MUITAS MANEIRAS DE SER CONTADA. UMA DELAS É ATRAVÉS DO OLHAR DAS PESSOAS.


Para comemorar os seus 70 anos, o Sesc decidiu mostrar como se faz presente na vida dos milhares de brasileiros que passam por suas unidades todos os dias. Dessa forma, surgiu O Sesc que eu vejo. Não se trata de um livro histórico, mas de um livro de histórias e olhares, composto por momentos registrados em imagens ou em lembranças, compartilhados entre amigos ou contados em reuniões de família. Convocamos nossos colaboradores e nosso público, em todo o Brasil, para esta missão. Pedimos que compartilhassem suas memórias, seus registros, suas percepções sobre o Sesc, tendo como base as palavras-chave: abraça, une, ativa, inspira e transforma. Recebemos milhares de imagens e histórias. Cada foto neste livro remete à emoção do momento em que a imagem foi feita. São instantâneos da alegria, do encontro de pessoas, da surpresa da descoberta. Cada história mostra uma trajetória, um relacionamento íntimo e duradouro entre pessoas que têm em comum um lugar de encontro e convivência: o Sesc. Receber tantas manifestações de carinho e reconhecimento já garantiriam as belas páginas deste livro e um sentimento de dever cumprido junto às pessoas as quais dedicamos nossos esforços nestas sete décadas. Mas fomos agraciados, ainda, com o registro de nossos colaboradores. Nos relatos de suas experiências e nos retratos de seu dia a dia de trabalho, capturamos dedicação, cumplicidade e orgulho por fazer parte do Sesc. Nas próximas páginas, detenha-se em cada foto, interprete cada olhar, vivencie a diversidade que caracteriza o Brasil e o próprio Sesc. Boa leitura.



Apresentação 11 A proposta 12 Minha história no Sesc 15 Abraça 16 Une 40 Ativa 64 Inspira 88 Transforma 112 Curadores 136


70 OLHARES PARA UMA HISTÓRIA MÚLTIPLA.

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APRESENTAÇÃO

Quem passa pelo Sesc tem muita história para contar e mostrar. Desde aquela lembrança das férias até as primeiras braçadas na piscina, passando pelo encontro com os amigos no grupo de convivência, a pesquisa com os colegas de classe na biblioteca, a ansiedade no consultório do dentista. Histórias cotidianas, mas que revelam a oportunidade de transformação que as inúmeras atividades oferecidas pelo Sesc proporcionam. Foi a partir dessa ideia que começou a ser desenhado o livro O Sesc que eu vejo. A publicação, que tem como proposta celebrar os 70 anos da instituição, mostra o Sesc a partir do olhar e da percepção de seus usuários. Uma celebração coletiva e colaborativa feita por gente que ajuda a escrever sua história. Neste livro, os autores são estudantes, espectadores, atletas, frequentadores, músicos, professores ou integrantes da equipe de colaboradores. Cada um contribuiu com seu olhar sobre um aspecto, uma atividade, uma unidade, mostrou como vê e sente o Sesc em imagens e palavras. O resultado é um mosaico tão diverso e abrangente quanto o próprio Sesc. Mais do que um relato de tudo o que foi feito ou um instantâneo de um momento, o que temos aqui é um panorama vivo, criativo e em transformação.

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A PROPOSTA

Cada participante iria compartilhar sua visão do Sesc. Poderia ser uma foto sobre uma unidade que frequenta; o registro de um evento ou espetáculo; o decorrer de uma aula; o desenrolar de uma atividade; um olhar que traduzisse seu relacionamento com a instituição. A plataforma para captar esses olhares foi a rede social Instagram, por meio do perfil @SescBrasil. Aproximadamente 8 mil pessoas aceitaram o convite e enviaram mais de 10 mil fotos tagueadas com as missões do projeto. Aos nossos funcionários foi feito um convite especial. A ideia era revelar o que veem essas pessoas que, diariamente, constroem o Sesc. Eles participaram das mesmas missões do público, acrescentando a #equipesesc. Recebemos muitas fotos que mostravam sua atividade, sua relação com os frequentadores, mas também o olhar deles como usuários. Foi quando percebemos que não existe uma distinção clara: o Sesc é de todos. Todo mundo se reconhece como parte da família Sesc. Sintetizamos o trabalho desenvolvido pelo Sesc em cinco palavras-chave, que serviram como guia para que os participantes pudessem postar suas fotos no Instagram, mostrando suas experiências no dia a dia com a instituição. As palavras viraram hashtags, que possibilitaram aos curadores identificá-las para selecionar as que melhor expressavam o tema proposto.

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… abraça

Nessa missão, o público poderia mostrar desde o abraço literal até as causas que o Sesc abraça. A ideia era revelar o cuidado com o próximo, a solidariedade que nos faz mais fortes e justos, o carinho entre as pessoas que se encontraram (e se encontram) nos espaços do Sesc.

… ativa

O que ativa a pessoa no Sesc? Esse era o desafio dos nossos participantes, que ia bem além de atividades físicas ou esportes. A proposta era ver todas as formas com que o Sesc move seu público, o faz querer ir mais longe.

… une

O Sesc é local de encontro, é onde as pessoas constroem juntas, trocam ideias, aprendem e ensinam mutuamente. Nas imagens enviadas, os participantes revelaram como o Sesc promove e propicia a união.

… inspira

Nessa missão surgiram palcos, quadras, espaços expositivos e atividades relacionadas à criação e à narrativa. Foi um convite também aos experimentos e à expressão artística de nossos fotógrafos.

e transforma

Talvez essa seja a palavra que melhor traduz o Sesc: ele é espaço de transformação. É onde as pessoas aprendem e ensinam, onde escrevem e expressam sua narrativa pessoal. Nessa missão, pedimos às pessoas que mostrassem como o Sesc transforma e como elas mesmas são transformadas nas salas de aula, nos hotéis, nos palcos e bibliotecas, nas quadras e piscinas, nas campanhas e nas atividades.

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70 HISTÓRIAS PESSOAIS, 70 HISTÓRIAS DO SESC.

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MINHA HISTÓRIA NO SESC

“Uma imagem vale mais do que mil palavras.” No Sesc, porém, há mais histórias do que as que podemos fotografar. Por isso, O Sesc que eu vejo conta também com relatos de funcionários e frequentadores. São histórias pinçadas do site comemorativo sesc70anos.com.br, no ar entre julho e dezembro de 2016. Um espaço aberto a depoimentos sobre o Sesc que revelou histórias emocionantes. Relatos de casais sexagenários que se conheceram quando crianças, brincando nos jardins do Sesc. Histórias de gente que se descobriu cidadã e resgatou a autoestima, tornando-se, inclusive, parceira do Sesc na transformação da comunidade. Pessoas que trabalham no Sesc, ensinando e aprendendo, “vestindo a camisa”. Setenta histórias permeiam as 140 fotos das missões abraça, ativa, une, inspira e transforma, traduzindo esse universo rico e diversificado que é o Sesc.

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A B R A Ç A


1 Tag: #Sesc_Abraça Prazo: de 22/7/2016 a 7/8/2016 Curadores: @ticianaporto e @matheusbeltrao

Abraçar é ser solidário, é se importar, é construir algo juntos… É também carinho, afeto para quem divide a vida com a gente, atenção para o próximo e cuidado com quem mais precisa. Os participantes desta missão traduziram essas ideias em belas imagens. São fotos que revelam, principalmente, muito carinho. Os espaços expositivos, corredores e palcos do Sesc foram cenários perfeitos (e até protagonistas) para novas paixões e para amores que cresceram com o tempo: filhos, namorados, colegas, pais e mães, companheiros de longa data. Sintam-se abraçados.

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Na piscina do Sesc Pousada Bom Despacho (MG), @lucashenrique_edfisica capturou o aprendizado, a diversão e a amizade.

No Sesc Bauru (SP), a composição de @dani.juliao lembra uma pintura geométrica, com o fundo em dois tons de azul dividido pela curva... de gente.

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No Sesc Santana (SP), @dindacorrea emoldurou um encontro em afetuoso preto e branco.

Jรก @luciano_bernardes contou a histรณria de um abraรงo sob a garoa do #SescPompeia (SP).

#sesc_abraรงa 19


A obra “Lágrimas de São Pedro”, de Vinícius S. A., inspira o casal que se abraça na foto de @biamrtns e ilumina os irmãos sorridentes retratados por @the_tokozimas. Tudo arte do Sesc Vila Mariana (SP).

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O Sesc já aproximava as pessoas quando esse casal, que comemora 50 anos juntos, ainda nem namorava. Flagra de @juliobeluzo no Sesc Santo André (SP).

Em Salvador (BA), na comemoração da Semana dos Avós, @sinthiano flagrou a amizade em um clássico e carinhoso preto e branco.

#sesc_abraça 21


H I S T Ó R I A S

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D

ifícil descrever a sensação de tocar em um violino pela primeira vez. Mais difícil ainda é conter a lágrima que rolou ao deslizar o arco para tocar a primeira nota. Isso ocorreu em março de 2015, no Curso de Violino do Sesc Arsenal. Aquilo que sempre foi um sonho estava a segundos de se tornar realidade. Música. Uma das minhas paixões. Terapia das almas, acalanto dos sonhos. E estava bem ali, diante de mim, o instrumento que não só me transformaria por dentro, mas me permitiria levar a outras pessoas um pouco de amor em forma de música. Já no final de 2015, nosso grupo participou de algumas apresentações singelas e grandiosas ao mesmo tempo. Na sequência, fomos tocar numa creche de crianças especiais, parte de um projeto pessoal que desenvolvo. Naquele momento pude perceber que os sonhos se tornam possíveis quando acreditamos neles, mas que acreditar somente não basta. É necessário ir ao encontro dele, criar mecanismos de conquista. O Sesc fez parte não só da realização desse sonho, mas da transformação de um ser humano por dentro, em sua essência. Miriam Letícia Añez – MT


Quando a criançada se encontra, não faz cerimônia: é começar a brincadeira e correr para o abraço. Pode ser no Sesc Pousada Bom Despacho, no coração das Minas Gerais, clique de @edileiacris; ou na serra catarinense, no Sesc Pousada Rural, onde @karimbevervanso registrou a alegria de um feriado em família.

#sesc_abraça 23


No muro do Sesc Pinheiros (SP), a foto de @nifergo conversa com a foto no cartaz; a arte imita (e cria) a vida. “Seja você agora!” E quem não tem vontade de voltar a ser criança quando vê a foto de @aninhademenezes no Sesc do Paraná?

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No OdontoSesc, os pequenos aprendem brincando a tratar dos dentes e a serem cidadãos. Já os que @alessandrasubtil registrou só largam a brincadeira e o esporte quando é hora do abraço na família.

#sesc_abraça 25


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inha relação com o Sesc é anterior ao próprio Sesc, já que minha mãe e meus tios trabalharam aqui quando ainda era a fábrica da Ibesa (hoje a unidade Pompeia). Eu frequento o Sesc desde a minha infância. Saía do colégio e vinha direto para brincar. Como eu morava em apartamento, o Sesc tornou-se o meu quintal, o lugar aonde eu vinha para brincar e aprender. Eu me lembro de um sabonete quadradinho de erva-doce que tinha no banheiro. Eu pedia para a minha mãe levá-lo, porque eu queria ter o cheirinho do Sesc na nossa casa. No último ano de faculdade, eu fiz estágio aqui. Foi um ano difícil, porque a minha mãe estava muito doente, e o Sesc foi um abraço para mim. Foi um alento e um pedacinho de São Paulo onde eu ainda podia ser feliz. Tem sido assim até hoje. Eu frequento assiduamente essa unidade, porque é o meu lugar de resgate. O lugar onde estão as minhas raízes e onde eu me sinto em casa. Quando venho pra cá, é como se eu fosse encontrar a minha mãe, a minha memória. Camila Fernandes – SP

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eu nome é Lisefina Silva, tenho 73 anos e sou voluntária do Mesa Brasil Sesc, em Teresina, há 11 anos. Minha história no Sesc começou em 1999, quando eu entrei no Trabalho Social com Idosos (TSI). Em 2005, recebi um convite da coordenadora do Mesa Brasil para ser voluntária do programa e, de pronto, aceitei. Desde então não parei mais. Sou a voluntária mais antiga em atividade e não penso em parar. Esse trabalho melhora minha autoestima, me faz sentir viva e útil, gosto muito do que eu faço. Minha função no Mesa Brasil é lançar as doações arrecadadas e as doações feitas no sistema. Para isso, tive que aprender a mexer no computador. Até isso foi bom, pois agora eu posso me comunicar com minha neta que está morando fora do país. A equipe aqui é maravilhosa, somos uma família; me sinto querida e importante, pois sei que meu trabalho ajuda pessoas que realmente precisam. O prazer de ajudar os outros não tem preço, não tem salário que pague. Saber que estou fazendo bem a pessoas que nem me conhecem me enche de alegria. Lisefina Alexandre Gomes da Silva – PI


#equipesesc

@nathanilx | Sesc Fortaleza, CE

@renata.kls | Sesc Ler Arapiraca, AL

#sesc_abraรงa 27


@andreezim | Sesc no PiauĂ­, PI

@adrivluz | Departamento Nacional do Sesc, RJ

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@rodrigo.silvanascimento | Caravana da Esperanรงa, Sesc Siqueira Campos, SE @andre.conceicao.ac | Sesc Interlagos, SP

#sesc_abraรงa 29


@renatawagner | Sesc em SĂŁo Paulo, SP

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@renatocobra | Sesc Belenzinho, SP


inha história começa no Sesc Rio Grande, quando, há 6 anos comecei como estagiária de nutrição do Programa Mesa Brasil e me apaixonei pelo trabalho. Fiquei estagiando por 3 anos até minha formatura, mas meu sonho sempre foi voltar para o Mesa Brasil. Em 2015 passei na seleção para o Mesa Brasil em Lajeado. Foi o segundo dia mais feliz da minha vida! Mudei-me de “mala e cuia” para a cidade, sem conhecer nada, em busca do meu sonho, e hoje estou completamente realizada com o meu trabalho. Mês passado me deparei com uma cena comum para quem trabalha no Mesa Brasil: fomos até uma instituição e encontramos uma criança radiante de felicidade por ter recebido o leite, que disse só poder beber na instituição, porque sua família não tinha dinheiro para comprar. São esses momentos que nos fazem cada vez mais querer trabalhar por um mundo melhor, e é por isso que sou tão apaixonada pelo programa. Quem me conhece sabe que eu iria para qualquer lugar se o meu emprego fosse trabalhar no Mesa Brasil.

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Juliette Carvalho – RS

Márcia Maria Ribeiro da Silva Alves – DF

eu nome é Márcia Maria Ribeiro da Silva Alves, sou assistente social aposentada. Minha história com o Sesc iniciou-se na década de 1970, quando fiz estágio na Unidade 504 Sul. Cursava o 5º semestre de Serviço Social na Universidade de Brasília. O trabalho desenvolvido enquanto estagiária do Sesc era entrevistar comerciários, mas o que me chamava atenção era o trabalho com os idosos na unidade do Sesc da 913 Sul, do qual eu esporadicamente participava na qualidade de ouvinte. Essa foi a minha primeira experiência profissional, que me proporcionou muito conhecimento. Hoje participo ativamente do Grupo dos Mais Vividos (GMV). O Sesc tem uma proposta inovadora de ressignificar a velhice. Percebo que muito do que hoje vivo com o GMV no Sesc Guará poderia ter aplicado quando estava atuando, no processo de trabalho que desenvolvia junto aos grupos que atendia. É muito válido e gratificante ver uma nova geração de profissionais da área trabalhando com a terceira idade em uma perspectiva de promover a qualidade de vida.

#sesc_abraça 31


N E

ntrei no banheiro e vi que as três escovas de dentes que ficaram juntas durante tantos anos não estavam mais lá. As toalhas, os sabonetes, os xampus, os cremes e até as roupas não estavam lá. Quando me vi nesta cena, entendi que era eu quem estava vazia. Chorei o choro de uma mãe que havia cumprido sua missão. Enxuguei as lágrimas, pus meu tênis e fui para o Sesc. Lá nadei, corri, pedalei, malhei, dancei, me diverti. Mas o que de fato curou meu coração foi o monte de outros filhos e amigos que me amaram no Sesc. Edenir Nascimento – SP

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o Tocantins, o Sesc promove o evento Ciranda, em comemoração ao Dia das Crianças. A data é comemorada com a garotada que mora na região do Tênis Sesc, localizado no Aureny III, em Palmas. A criançada dessa área é mais carente e passa o ano esperando aquela manhã especial. Além das brincadeiras e atrações, elas ganham guloseimas, como refrigerante, picolé e salgadinhos. Em uma das edições do projeto, que caminha para seu quinto ano, tive um momento de emoção ao observar um menino, de uns 6 anos, segurar uma garrafinha de refrigerante com o líquido pela metade. Escutei quando ele explicava para um coleguinha que o restante era para seu irmãozinho que não pôde ir. Ele queria muito que seu irmão mais novo tomasse o refrigerante, pois sua mãe raramente tinha dinheiro para comprar. Aquela situação me fez refletir. Quantas vezes desperdiçamos, não damos importância? Fazemos sem querer. Algo que para nós é rotina para outros pode fazer falta. Pode fazer alguém feliz. O Sesc me ensina diariamente a ser uma pessoa melhor. Jana Freire – TO


@vaarouck | Sesc Casa da Música, PA

@coelhomoabe | Sesc Ler Presidente Médici, RO

#sesc_abraça 33


L

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eonardo é autista, foi diagnosticado aos 2 anos. Tem sido uma grande batalha fazer valer os direitos dele. Sempre tivemos dificuldade em incluir o Leo em atividades físicas, ninguém queria abraçar esse desafio com a gente. Eu e meu esposo já estávamos no Sesc praticando atividades físicas quando resolvemos matricular o Leo, aos 20 anos de idade, na natação. Ele participou de uma aula-teste e, para nossa felicidade, foi aceito. Hoje, em poucos meses, vejo ele nadando, se desenvolvendo e feliz. Penso em quantos “nãos” aceitei e em quanto isso retardou o aprendizado dele. Hoje ele melhorou muito a postura, o equilíbrio. Fico feliz que o Sesc tenha dado essa oportunidade ao Leonardo. O resultado é tão satisfatório que vamos tentar uma vaga na academia para trabalhar sua parte muscular, que é pouco desenvolvida. Aprendi que o não pode virar sim se eu lutar para que a condição dele não o afaste de experiências importantes para seu desenvolvimento físico e intelectual. Leonardo Vilela Mateus das Neves – PA (História contada pela mãe do Leonardo)

O

Sesc é como minha família. Aqui eu aprendi o que não sabia, e todos os professores e diretores me acolheram. Aqui é como se fosse a minha segunda casa. Eu entrei sem saber escrever meu nome, e agora consigo encontrar uma data no calendário. Meu sonho era ler a Bíblia e hoje já consigo aos poucos, mas pretendo melhorar ainda mais. Maria de Jesus Pereira – AM


O

Sesc faz parte da minha vida desde criança, quando passava por lá todos os dias a caminho da escola, e, com olhar de criança, ficava admirando aquele prédio. A sensação era de um espaço acolhedor, uma estrutura forte. E eu sempre falava com a minha mãe que gostaria de fazer alguma atividade ali. Foi então que ela conseguiu me inscrever em um curso de datilografia e, depois, em muitos outros que se seguiram. Fiz parte do time de basquete e foram muitas vitórias… Hoje, depois de 37 anos, retorno ao Sesc como funcionária, concretizando toda aquela imagem que tinha de uma empresa que acolhe. O Sesc me acolheu. Regina Célia Marins Marques – ES

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@jannanneves | Sesc Belenzinho, SP

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@derezte | Sesc Vila Mariana, SP


@priscilapersonaltrainer | Sesc Santo Amaro, SP

@julittocesar | Sesc Belenzinho, SP

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O

Sesc é o meu segundo lar. Todos os dias frequento a academia e vejo meus filhos fazerem suas atividades. Minha filha faz curso de violão, participa da colônia de férias; meu filho foi alfabetizado no Sesc e hoje faz natação. Gosto do Sesc, pois lá você tem de tudo. Se você tiver tempo, passa o dia inteiro lá, é uma instituição completa. Os funcionários até viraram nossos amigos. Mas, quando eu penso em Sesc, penso em saúde, pois o Sesc transformou a minha vida justamente em um momento difícil. Em meados dos anos 1990, eu estava em depressão. Me sentia muito mal, não queria sair de casa, então uma amiga me chamou para participar de um curso de pintura em tecido lá. Comecei a fazer o curso e consegui ver que existia um mundo lá fora, que existiam coisas boas para ver e fazer. Foi o Sesc e os meus amigos que me fizeram melhorar e sair dessa doença.

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Maria do Socorro Freitas Araújo – PA

C

onheci o Sesc em 2011, ano em que iniciei na escola de tempo integral como instrutor de música. Em julho daquele ano, participei de uma oficina chamada Farras e Fanfarras, na intenção de levar novidades aos meus alunos. Mantendo contato com os oficineiros, soube da oficina de contação de histórias Trem de Histórias, Uai. Foi a primeira de muitas que participei, o que foi um divisor de águas na minha vida. Poder ensinar de forma lúdica e me divertindo tanto quanto meus alunos era o máximo. Graças a isso, mudei o rumo da minha vida profissional, deixei o curso de Logística e fui fazer Pedagogia. Hoje sou pedagogo e atuo no Sesc Desportivo há quase 2 anos fazendo o que mais amo: levando alegria, fantasia e sonhos a pessoas de todas as idades através da contação de histórias. Mateus Lopes Madeira – MG


S M

inha história de transformação começou no ano de 2013, quando meu filho caçula, que trabalhava no Sesc há alguns anos como motorista, insistiu para que eu me associasse, no intuito de trazer um pouco de lazer para minha vida. Meu esposo faleceu em 2011 e tive depressão, o que me tirou um pouco a alegria de viver e fez com que eu me isolasse. No começo, confesso que ia mais por insistência dos filhos, mas aos poucos fui me engajando, participando das atividades, fiz novas amizades e me divertia com as histórias de vida das colegas. As reuniões foram se tornando cada vez mais prazerosas. Destaco o carisma e o cuidado da coordenadora do grupo com todos. O Sesc transformou a minha vida e, hoje, faz parte da minha história. Passei a ser uma pessoa com mais alegria de viver. Resumindo, o Sesc me abriu as portas para novos horizontes, novos aprendizados, e hoje é o meu melhor lazer! Luzinete do Nascimento Cabral – PE

ou Dilva, tenho 37 anos, trabalho no Sesc desde os 23. Tinha 10 anos quando vi um certificado do Sesc com o nome da minha mãe, de um curso de corte e costura de 1966. Eu perguntei “O que é Sesc?”, e ela respondeu: “É um lugar que ajuda as pessoas, ensina a ter uma profissão e trata a gente muito bem”. Pronto! Era o que eu queria: trabalhar no Sesc. Em 2002 foi inaugurado o Centro de Atividades de Poconé. Participei da seleção e comecei a fazer parte do quadro. Hoje estou à frente dos cursos de Valorização Social e Educação Complementar e vejo claramente as mudanças que acontecem, que me fazem sentir muito orgulho de participar desse processo. Em Poconé, o Sesc transforma vidas através de todos os programas. É aqui que as pessoas encontram qualidade de vida, complementam a renda familiar, participam da vida em sociedade, encontram prazer em viver, deixam de tomar remédios para dormir, motivam-se, sentem-se valorizadas. Vejo o Sesc interna e externamente, porque foi o “meu povo” que teve a vida transformada. Lá atrás, quando desejei trabalhar no Sesc, mesmo sem saber do que se tratava, acho que os anjos disseram amém!

#sesc_abraça

Dilva Rosa – MT

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U N E


2 Tag: #Sesc_Une Prazo: de 22/7/2016 a 21/8/2016 Curadores: @fredbandeira e @narakass

O poder transformador está no encontro, no compartilhamento de ideias e ações. É nas salas de aula, nas piscinas, nos palcos e nas quadras do Sesc que a união ganha força: amizades (e até casais) se formam; alunos e professores compartilham conhecimento; pessoas organizam-se em times e equipes. Por isso, quando propusemos o tema “união”, já esperávamos receber centenas de imagens de gente aprendendo, ajudando, encontrando, fazendo juntos. Dessa galeria diversa, nossos curadores tentaram pinçar um pouco de tudo: dos espetáculos de dança e teatro às escolas, das crianças brincando até o encontro da meia-idade. Tudo junto: unido.

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Palmas para a @ciaflordocerrado e para o projeto Sesc Cênico, que une os artistas ao público, montando espetáculos pela cidades de Goiás. Que o espetáculo da união criativa no Sesc São José dos Campos (SP), clicado por @camilapasin, tenha sempre bis!

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O círculo da educação se fecha (ou se abre?) no Sesc. Em Paranaguá (PR), o trabalho em equipe e o descanso da turma em clique de @gisalorah.

Em Barreiras (BA), tudo azul para a turma de graduação na foto de @erikapaloma.

#sesc_une 43


A arte imita a vida, e @mr.welliton entrou na família de Derlon, em Triunfo (PE). No Sesc no Parque, em Uberaba (MG), pintura, leitura, cidadania e‌ pose de estrela de cinema, na foto de @nagila007.

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No Sesc no Amazonas, o flagrante de arte e confiança de @oliviarosah e da bailarina voadora.

@vivipinheiroo focalizou o deslumbrado espectador nas coxias, acompanhando o EITA (Encontro Beradêro em Dança), em Rondônia.

#sesc_une 45


H I S T Ó R I A S

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P

oderia iniciar falando sobre meu sonho de infância, mas vou começar relatando a história de amor entre meu pai, Damião Onofre, e minha mãe, Severina Gonçalves. Os dois se conheceram quando trabalhavam no Sesc, namoraram e casaram, tiveram três filhas. Meu pai trabalhou por 12 anos e minha mãe, 42 anos, com muito compromisso e muita dedicação. Após sua saída da empresa, lembrei-me do meu “sonho de infância”, do quanto desejava trabalhar no Sesc. Imaginava que era colaboradora do Sesc, e por muitas vezes que divulgava e dava informações para as pessoas sobre os serviços oferecidos. Em 2012, fiz estágio obrigatório da graduação em Pedagogia no Sesc Potilândia. Hoje, em 2016, digo com muito orgulho que faço parte dessa família: sou professora da Escola Sesc Zona Norte. Com a realização do meu sonho, sou grata à minha família por acreditar no meu potencial e ao Sesc pela oportunidade. Busco trabalhar com competência, eficiência, responsabilidade e dedicação, seguindo o exemplo dos meus pais. Tenho orgulho de poder dizer que o Sesc está na minha família de geração em geração! Daliana Gonçalves Onofre da Silva – RN


Entre pretos e brancos, xeque-mate fotográfico de @juvinagre no Sesc Pompeia (SP), pertinho de onde @aclaramt conseguiu a vibração em uníssono: no baixo, no abraço e no gesto.

#sesc_une 47


Chuva de confete e alegria nos pequenos foliões na matinê do Sesc Vila Mariana (SP), em clique fofo e carnavalesco de @juparp. Festa da solidariedade para os gaúchos de Frederico Westphalem, no programa Mesa Brasil, em pose para @susanabalzan.

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Em Barra Mansa (RJ), a gente mantém o corpo saudável fazendo exercício, como mostra @ellidy4. Já a mente sã a gente mantém com a amizade, botando as histórias em dia, fazendo aquele tricô, como conta @marilia_scarabello (SP).

#sesc_une 49


D

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escobri no Sesc a razão do meu viver. Faço parte do grupo Sedução da terceira idade. Viúva e com meus filhos morando em São Paulo, driblei a solidão no Sesc Piedade. Lá aprendi a nadar, escrever poesia, dançar, representar; aprendi a ser feliz. Atualmente minha felicidade está em ser voluntária no trabalho da coleta seletiva, sensibilizando os comerciários, aos domingos, junto com os catadores da cooperativa de Curcurana, a separarem os resíduos gerados. Esses resíduos são encaminhados para a cooperativa, comercializados, e o recurso partilhado com os catadores. Apesar de ser “envelhecente”, aos meus 73 anos contribuo para um planeta mais sustentável e, a partir do meu exemplo, sensibilizo pessoas para preservar o meio ambiente, provando para todos que nunca é tarde para mudarmos e incentivarmos a mudança de outros também. Esse trabalho me deu vida nova, me sinto útil e com a responsabilidade de fazer cada vez mais. Hoje, não posso morrer por dois motivos: preciso deixar um mundo mais sustentável para os meus netos, bisnetos, tataranetos... E porque no céu não vou ter um Sesc para me acolher de braços abertos. O Sesc está tatuado em mim. Maria de Lourdes Ferreira dos Santos – PE

M

eu nome é Vivian, tenho 20 anos e minha história com o Sesc começou há muito tempo. Quando criança, frequentava a unidade de Madureira aos fins de semana com minha família para me divertir. O que eu não podia prever era que, anos depois, voltaria a frequentar a mesma unidade, mas agora trabalhando, através do projeto Jovem Aprendiz. Sobre o Banco Rio de Alimentos, que foi meu local de trabalho durante 13 meses, só posso falar coisas boas. Conheci pessoas maravilhosas, vivi momentos inesquecíveis e levo comigo lembranças que jamais esquecerei. Por conta do convívio na área de serviço social, me identifiquei com a profissão. Hoje curso o terceiro período da minha graduação em Serviço Social e sou muito grata ao Sesc pela oportunidade de ter colaborado em um projeto tão nobre. Vivian Gomes – RJ


#equipesesc

@silvakaren | Departamento Nacional, RJ

@mesmartin | Sesc Gramado, RS

#sesc_une 51


@chrisgardner_concurseiro | Sesc Mineiro GrussaĂ­, RJ @veruscka_brizart | Trabalho Social com Idosos em BelĂŠm, PA

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@felipeedepaula | Programa Curumin, na Aldeia JesuĂ­tica de CarapicuĂ­ba, SP

@jayne_sr | OdontoSesc, GO

#sesc_une 53


@paty_atkinson | Sesc Montenegro, RS

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@richellelaine | Circuito Sesc de Corrida na Lagoa da Pampulha, MG


O

Sesc Seridó é a minha segunda casa. Tive, em 26 de maio de 1998, o meu primeiro filho, o Arthur. Em setembro de 1999, o Sesc foi inaugurado. Anos depois, Arthur começou a ser aluno da Escola Sesc Seridó, onde fez suas primeiras descobertas e peraltices, querendo ser o Homem-Aranha, escalando as paredes da quadra do Sesc. Veio a minha segunda gravidez e fui abençoada com um casal de gêmeos: Carlos Alberto e Ana Clara. Eles hoje estão com 11 anos e também são alunos da Escola Sesc Seridó. Foi assim que o Sesc se tornou a nossa segunda casa. Foi lá onde tudo começou para os meus três filhos. Eu só tenho a agradecer e aplaudir, porque os meus filhos tiveram um ensino maravilhoso, ótimos professores, que podemos chamar de grandes mestres. Obrigada por tudo. Agradeço de coração. Vania Maria dos Santos – RN

N

o início da década de 1980, eu já trabalhava como professora de História, mas me encantei pela prática de ioga e fiz o curso de formação. Fui convidada a dar aulas no Sesc Santa Quitéria e me senti privilegiada com a experiência de trabalhar com a faixa etária denominada terceira idade. Essa expressão era uma novidade geral. Gostei muito das pessoas e só não continuei por mais tempo porque os meus filhos eram muito pequenos e exigiam a minha presença com mais regularidade. Após esse trabalho, voltei algumas vezes às unidades para fazer palestras sobre ioga ou Florais de Minas. Considero a instituição um marco verdadeiro de boas iniciativas e promotora do bem-estar e qualidade de vida. Sesc, aos 70 anos, considere-se jovem, em plena primavera. Terezinha Marta – MG

#sesc_une 55


D S

ou auditor do Conselho Fiscal do Sesc. Certa vez, em uma auditoria no Sesc em Alagoas, presenciei a seguinte cena: uma senhora participava de uma ação para a terceira idade, quando tocou o telefone dela. Ela atendeu, era sua filha querendo saber o que tanto ela fazia no Sesc. Ela respondeu: “Minha filha, aqui eu tomo café da manhã, faço atividade física, danço, encontro as amigas, paquero... Se o Sesc colocar uma cama para eu dormir à noite, não saio mais daqui”. O Sesc é isto: é vida, é luz na vida dos comerciários. Wendel Marcelo da Silva – RJ

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esde que me lembro, o Sesc faz parte da minha vida. Quando eu nasci, minha mãe, Clara Eugênia, trabalhava como assistente social no Sesc e ficou na instituição por 38 anos, até 1996. Cheguei a morar em um prédio na 403 Sul, onde só moravam funcionários do Sesc. Lá conheci meu amigo mais antigo, o Carlos Horácio. Sua mãe também trabalhou no Sesc e hoje ele é funcionário no Departamento Nacional. Participei de diversas colônias de férias. A que mais me marcou foi em Nogueira, onde, com 14 anos, tive minha primeira namorada. Em 2007, fiz prova para o Departamento Nacional e, desde então, trabalho na área de design e utilizo meus conhecimentos em fotografia. Como também sou músico, já fiz diversos shows em unidades do Sesc. Em janeiro de 2015, o meu grupo, o MEB, lançou seu CD no Sesc Copacabana. Enfim, não imagino minha vida sem o Sesc. Flávio Pereira – RJ


@jaque.rp | Sesc Belenzinho, SP @natalia.santos75 | Sesc Nogueira, RJ

#sesc_une 57


H H

á 18 anos viemos para Jundiaí, e o que eu mais sentia falta era do Sesc. Morávamos na avenida Angélica, em São Paulo, e o Sesc Consolação era o nosso clube “de primeira”, que sempre coube no nosso orçamento. Foi nele que, há 45 anos, eu, meu marido e nossas três filhas aprendemos e praticamos toda sorte de esportes: natação, balé, ginástica, judô e o Curumim. Todos os nossos Réveillons foram em Bertioga, com festas inesquecíveis (tenho histórias deliciosas). Todo o Brasil que conhecemos foi pelo Sesc: Espírito Santo, Venda Nova, Poços de Caldas, Grussaí, Pantanal, Itaparica etc., e em vários locais voltamos muitas vezes. Minha felicidade hoje é ter a sorte de o Sesc voltar pra minha vida, mesmo sabendo que somos dois velhinhos, mas... VIVOS e JUNTOS. Lucia Fim – SP

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á alguns marcos na minha vida, e um deles foi a entrada no Sesc, em 2002. Trabalhar como professora da Educação Infantil e, depois, como orientadora pedagógica fez surgir uma Francisca que nem eu conhecia. De tímida a falante. De poucas amizades a gostar muito de estar entre pessoas. Descobri que gosto muito de gente! Trabalhar com educação de crianças é minha praia: um aprendizado a cada dia. Quando acontecem as confraternizações das turmas do 5º ano, fico a olhar aquelas meninas e meninos, me lembrando de quando entraram na escola ainda bem pequenos (quase bebês), e ainda na responsabilidade de cuidar e educar essas crianças na Educação Infantil. Educar no Sesc há quase 14 anos é uma história cheia de pequenas histórias. São histórias de amor, de amizades, de coleguismo, de aprendizado, de amadurecimento. Histórias de vitórias, de caminhos construídos e de respeito às caminhadas. E qual o Sesc que eu vejo? Um Sesc de gente que me faz mais humana, mais capacitada e consciente de que sou uma eterna aprendiz. Obrigada pela oportunidade. Francisca Nunes de Lima – TO


N

a minha infância, quando morava no interior do Paraná, ouvia falar do Sesc por meio do projeto OdontoSesc. O acesso a serviços básicos, como odontologia, era difícil, até porque o município não possuía muitos recursos. Lembro de quando a carreta chegou: foi um evento, desses que agitam cidade pacata e movimentam a rotina dos moradores, pois qualquer novidade era algo fabuloso, especialmente para crianças. Já adulto, me mudei para a capital, onde, por meio de um processo seletivo, tive a oportunidade de ingressar nessa instituição fantástica. Há 5 anos integro a equipe do Sesc no Paraná e me orgulho muito disso. A instituição mudou minha vida, passei a ter mais consciência da questão social, da importância da qualidade de vida. Nunca imaginei que aquele contato na infância, numa cidade do interior, iria se estender para a vida adulta. Ernandes Tonet – PR

#sesc_une 59


@danielmvidal | Sesc Pantanal, MT @rosesoual6 | EJA em Salinรณpolis, PA

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@d_sayuri | Sesc na Flip Paraty, RJ

@robertavilhena | Sesc Pantanal, MT

#sesc_une 61


Q I

niciei minha convivência no Sesc São José, em Recife, no ano de 1973. Cheguei de mansinho, como comerciário, e lá me senti em casa. Nada me faltava: da alimentação no restaurante que fica no Cais de Santa Rita, no centro do Recife, ao lazer e à boa convivência com os amigos que fiz por lá. Passaram-se os tempos e hoje, aposentado no comércio, continuo no Sesc, mas na Paraíba, com a prática esportiva e atividades culturais. Sinto que a maturidade me permite olhar para trás e perceber a importância que o Sesc tem em minha vida e na vida de tantos outros que usufruem dos serviços, dos passeios, das festividades; e observar a dedicação dos que fazem o Sesc, seus dirigentes e professores, que se esforçam para bem servir. Obrigado, Sesc. Enquanto eu puder, vou ficando com vocês.

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Everaldo Quirino da Silva – PB

ueremos agradecer ao Sesc por fazer parte da nossa vida. Somos um casal com três filhos. A nossa filha mais velha, que hoje tem 23 anos, foi a primeira que estudou na Escola Sesc. Hoje ela está formada em Direito e teve como principal base de seus estudos para ingressar na faculdade a escola do Sesc. Temos ainda o Lucas e o Matheus, que estudam na escola. Com 15 anos, Lucas está cursando o 1º ano do Ensino Médio, e percebemos o quanto todo o processo pedagógico da escola está sendo importante para a sua formação. E por último o Matheus, com 17 anos, que está cursando atualmente o 8º ano do Ensino Fundamental II. Matheus é um adolescente com necessidades especiais e, desde que ingressou na escola, foi muito bem acolhido e recepcionado pelos profissionais do Sesc. Em geral, as pessoas portadoras de necessidades especiais são excluídas, mas percebemos que a Escola Sesc, através de seus profissionais, sempre teve uma preocupação com a questão da inclusão, e nosso filho é a prova disso. Nesse sentido, fica a nossa gratidão ao Sesc por todo trabalho realizado com os nossos filhos e com a educação no estado de Roraima. Andreia da Silva Araújo – RR


M

aaah credo! Como passa o tempo! Me “pechei” com o Sesc ainda guri. No fim dos anos 1960, a minha mãe tinha uma peleia braba: me levar ao dentista do Sesc que ficava no centro de Porto Alegre. Eu já chegava com o pé no estribo, doido pelo sorvete tri bom que tinha na Rua da Praia. De vereda, já na década de 1970, fui fazer aulas de judô e natação no Sesc Campestre. Lembro-me do frio de renguear cusco na beira da piscina e a minha mãe dizendo: “Aguenta o tirão!”. E o churrasco loco de especial que o meu pai fazia aos domingos lá no Sesc Campestre? Mas bah tchê! São muitas histórias. Não bastasse toda essa convivência com o Sesc, em 2005 me caiu os butiá do bolso, pois fui contratado para trabalhar na instituição. Foram anos muito agradáveis, com inúmeras conquistas, aprendizados e enorme companheirismo, até que em 2014 fui campear outros caminhos profissionais. Em agosto de 2016, fiquei mais faceiro que guri de bombacha nova voltando a trabalhar no Sesc, uma das “Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil”, com a certeza de que a nossa relação continua firme e forte.

S

ou atriz e tenho muito carinho pelo Sesc. No início de 2000, eu era uma jovem apaixonada por teatro, cursando Comunicação Social, numa época em que não havia curso superior de Artes Cênicas em Cuiabá. Estava sempre no Sesc com outros jovens artistas e lá pude assistir a produções do Brasil todo, participar de cursos formativos com ícones do teatro, palhaçaria, dança e dramaturgia, enfim, ter um panorama da produção nacional, o que fortaleceu a produção local e instigou a pesquisa. O Sesc estava presente nos ensaios, já que disponibilizava salas, assim como sempre foi o principal local de fruição dos trabalhos. Foi no próprio Sesc Arsenal que conheci meu futuro marido, o argentino Fernando Perri (ambos em temporada na programação local). Hoje moramos em Chapecó (SC) e formamos juntos a “Cia de La Curva”, com um sólido trabalho de pesquisa voltado à arte da palhaçaria. O Sesc foi o berço de tudo: do meu encontro com a arte do teatro e do meu encontro com meu parceiro de vida e de palco. Sempre grata! Manon Alves – SC

Paulo Cesar Winter – RS

#sesc_une 63


A T I V A


3 Tag: #Sesc_Ativa Prazo: de 22/7/2016 a 4/9/2016 Curadores: @tadisso e @kato78

Corrida, natação, basquete, brincadeiras: o esporte e o lazer não só renderam fotos campeãs na missão Ativa, mas também mostraram como o Sesc ativa ideias, comportamentos e emoções. Imagens da alegria em um baile de carnaval, da beleza de um espetáculo cênico, da vibração de um show traduziram esta característica da instituição. Na galeria de fotos a seguir, o leitor perceberá como o Sesc incentiva seu público e abre espaço para novos caminhos. Como os espaços, a equipe e os programas dão fôlego no esporte e no lazer; animam e revigoram com cultura e educação. Como tudo aquilo que move e motiva, ajuda a transformar o que há ao redor.

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Só falta a força para vencer a preguiça, o resto o Sesc tem: pistas, quadras, piscinas. Arte e movimento de @lallunna no Sesc Pinheiros (SP).

Em Itapecuru Mirim (MA), o pessoal encarou o Dia do Desafio, suou para ganhar saúde e foi clicado por @amandonamachado.

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No Centro Cultural Sesc Glória, em Vitória (ES), tem teatro, cinema, música e dança – dentro e fora! Um clique glorioso de @pereirarosanetto.

A Cobra Grande desceu do Amazonas trazendo lendas, música e danças para a festa das culturas brasileiras no Sesc Campo Limpo (SP), e sorriu para o close de @fan_victoria.

#sesc_ativa 67


O dia de visita do projeto Sesc Conhecer no Lar da Menina, em Alagoas, registrado por @jeannefeiao, é dia de conversar e construir!

Companhias de dança e teatro de todo o país em diálogo criativo no palco do Teatro Jaber Xaud, em Roraima. Jogo de cena de @erikaamandasousa.

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Na foto de @deiseleiteac, turma cheia para o Guitarras Pedagógicas, que percorreu 20 escolas do Acre, botando meninas e meninos para tocar. Quem sabe um deles não fará, um dia, um show no Sesc, como o que @gr_fotografo registrou em São João de Meriti (RJ)?

#sesc_ativa 69


H I S T Ó R I A S

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F

requento o Sesc Consolação há mais de 16 anos. Comecei na hidro para perder alguns quilos, depois resolvi aprender a nadar. Atualmente faço aulas de ioga e condicionamento físico. Há mais ou menos 15 anos resolvi correr, incentivada por um professor do Sesc, Edson Martins. Na época, ele me ajudava com os botões da esteira, pois eu tinha medo de cair. Evoluí e, desde então, já fiz mais de 5 maratonas, algumas internacionais — Deserto do Atacama, Disney, Buenos Aires. Nos últimos anos, comecei a fazer ultramaratonas, ou seja, provas acima de 42km, minha paixão. Em maio de 2016 concluí a mãe de todas as maratonas, na África do Sul: a Comrades Marathon, 89km entre Durban e Joanesburgo, prova com tempo-limite de 12 horas. Para essa, fiz todos os meus treinos de condicionamento no Sesc, sempre incentivada e orientada pelos professores, que viraram amigos. Sou muito grata ao Sesc por isso. De sedentária virei atleta amadora e feliz, com saúde e sem lesões. Em 2017 farei a Comrades novamente, o famoso Back to Back. O sentido da prova inverte: um ano sobe, outro desce, e agora vou subir. Os treinos serão novamente no Sesc Consolação, onde fiz amigos e confio nos profissionais. Maria Eliane Bezerra da Silva – SP


Nas águas da Pousada Sesc Araxá (MG), a recreadora clicada por @thamirisolv não deixa ninguém perder o pique, ativando a saúde e a amizade. Em outras piscinas, @maria_do_socorro_vieira fez o doce retrato da união entre pai e filha no Sesc em Rondônia.

#sesc_ativa 71


A @ciapaodoce, de Mossoró (RN), embarca no Palco Giratório do Sesc para levar arte a todos os lugares. E durante todo ano tem alegria e energia no Sesc Faiçalville, em Goiânia, com parque aquático, quadras, salões de jogos… Ufa! Um flash (ou dois) de @micaela_cunha.

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Você sabia que o Sesc possui a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil? @pattyscherner conferiu: são 108 mil hectares no Pantanal. Em Cuiabá, a cultura popular também é preservada e festejada na Casa do Artesão, visitada por @alinyycris.

#sesc_ativa 73


Q

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uando o Sesc fez a diferença na nossa família, meu filho Luiz Henrique, então com 8 anos, era um garoto nervoso, briguento, se relacionava mal com outras crianças, não sabia dividir nada com ninguém e não aceitava perder nunca. Ao participar da Iniciação Esportiva do Sesc Presidente Médici, apresentou essas dificuldades, porém foi acolhido pelos profissionais que, com amor e um jeito especial de conduzir as situações, o levaram a entender como conviver em harmonia com o grupo. Ao surgir uma vaga no projeto Habilidades de Estudo, mostrou interesse em participar. Lá também foi recebido e tratado com amor pela professora e pelas gestoras, que deram continuidade ao trabalho e ajudaram Luiz Henrique a se transformar no menino que é hoje: calmo, respeitador e que participa de competições com garra, mas sem acessos de ira quando perde, que sabe dividir o que tem com outros e, acima de tudo, que se relaciona bem com as pessoas, tanto em casa quanto em outros ambientes. Isso me leva a refletir sobre o quanto o amor e a boa acolhida podem transformar a vida de uma pessoa, não importa a idade que tenha. Meu filho foi transformado, e sou grata ao Sesc por isso! Sônia Francinete Silva – RO

M

eu nome é Lohanna Marina, tenho 7 anos e moro em Embu das Artes. No bairro onde moro não tem nenhuma área de lazer, nem praças e nenhum local de entretenimento. Assim, depois de tanto tempo trabalhando no comércio, minha mãe resolveu fazer nossa credencial no Sesc. Foi a melhor coisa que me aconteceu: esta credencial mudou minha vida. Sempre que possível vamos ao Sesc Pinheiros e passo o dia inteiro me divertindo! O Sesc mudou minha vida, meu final de semana ficou mais colorido e feliz. Já fomos até viajar e conhecer o Sesc Bertioga. É lindo, comidinha muito gostosa, e o atendimento é espetacular! Também já fui no Sesc Campo Limpo, uma maravilha, com muitas atividades pra nós, crianças. Adorei! Lohanna Marina Germano Silva – SP


#equipesesc

@hchendes | Sesc, MG

@thaisoliveiramdc | Sesc Presidente MĂŠdici, RO

#sesc_ativa 75


@kamylabrasil | Sesc Mecejana, RR

@samuelmilfont | Sesc Crato, CE

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@ldcizaias | Escola Sesc de Ensino MĂŠdio, RJ @ juliannecravo | Viagem de atividades e palestras do hotel Sesc TepequĂŠm, RR

#sesc_ativa 77


@lucygiffone | AvanSesc no Sesc Caiacรณ, RN

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@zihseligabonita | Sesc Barra Mansa, RJ


E

sporte é saúde; esporte é vida; esporte é Sesc; Sesc é esperança. Eu tenho autoridade pra dizer isso, pois comigo aconteceu algo inesperado. Perdi uma perna e frequentava o Sesc apenas pra olhar as pessoas nadando, se divertindo. Eu com aquela vontade de entrar na água e dar umas braçadas, mas tinha vergonha de me expor sem uma perna, tinha medo de não conseguir nadar. Era um nadador nato, tanto no mar como na piscina. Eu estava jogando pingue-pongue com o instrutor do Sesc quando ele me perguntou de sopetão quais esportes eu praticava antes de perder a perna. Respondi: natação e futebol. Ele me disse: “Venha aqui comigo”. Fomos para cima e ele falou: “Está com short de piscina aí?”, “Sim”, retruquei. “Então tire a roupa e entre na piscina.” Ainda com medo e com vergonha, fiz o que ele pediu, entrei na água e descobri que podia nadar como antes. Não deu outra: perdi o medo e a vergonha e voltei a praticar natação. Deixava meninos novos com duas pernas na metade da piscina. Venci a depressão, o preconceito e sabe o que mais? Voltei a sorrir. Minha autoestima foi pras alturas, voltei a trabalhar, a viver a vida. Hoje sou muito feliz, a natação e o Sesc me deram uma nova vida.

empre tive muitas dores e dificuldades para executar exercícios físicos. Ano passado descobri que sou portadora de artrite reumatoide precoce e, assim, iniciei o tratamento com medicamentos e dieta. Como parte dele, em agosto de 2015 comecei a fazer natação no Sesc Consolação. Eu não conseguia entrar com a cabeça na água e nem entrar na piscina sem que “desse pé”. Também comecei na ginástica multifuncional e, em pouco tempo, já me sentia mais confiante. Os professores (muito bem preparados) me ajudaram e me incentivaram a fazer as atividades físicas que, até então, nunca pensei ser capaz. Com esse apoio, hoje faço parte do grupo de corrida, já sei fazer os quatro nados, além de participar de esportes como vôlei, tênis e handebol. Participei de triathlon, biathlon e mais de 30 competições de corrida. Minha rotina de vida mudou e já me sinto uma atleta. O Sesc mudou minha vida para muito melhor. Não sei se tenho palavras para agradecer e descrever tamanha felicidade. Fernanda Aparecida Yamamoto – SP

#sesc_ativa

José Geraldo Calmon de Almeida – MA

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E

scutei, na rádio Educativa, que o Sesc tinha aberto inscrições para um Laboratório de Expressão e Criação Literária. Telefonei às pressas. Em Alagoas, era um acontecimento inédito para os aspirantes a escritores e amantes da leitura. Fui selecionada e quase não me coube o contentamento ao descobrir que nosso facilitador seria o escritor Nilton Resende. Admirava-o de outros tempos. A experiência do Laboratório mudou as minhas escolhas e passei a me ver com profissionalismo e orgulho enquanto artista. Tatuei o símbolo do infinito no meu pulso direito, acompanhando minha escrita destra para que eu jamais me esqueça da liberdade que as palavras me dão quando a gente se permite ser de verdade. Sara Regina Albuquerque França – AL

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U

ma bela tarde minha vizinha me convidou para ir ao Sesc. Eu nunca tinha tempo, porque eu almoçava e dormia. Ela insistia toda semana. Ela ligava e dizia: “Vai hoje?”, “Vou não”. Um dia resolvi ir. Tudo começou buscando uma saúde melhor no grupo de mulheres Conversando Sobre Saúde. Logo de primeira fui chamada para cantar no coral, o que eu amei. Depois chegaram as oficinas com reciclagem e outras. Participei de todas, mas em uma delas estou envolvida há três anos. No começo foi pra contar a história da saúde da região e a história do lugar: Guaxuma, Riacho Doce, Garça Torta, Boca do Rio. Bordamos e fizemos uma exposição. Eu, Natália Alves, 50 anos, mãe e avó, faço parte da história do Sesc por 5 anos e ele mudou minha vida, pois tudo o que faz eu participo. Hoje me sinto melhor, tenho novas amizades e aprendizado. Natália Alves por Mabel de Araújo – AL


@marciashima08 | Sesc RibeirĂŁo Preto, SP @jairton_macarrao | Escola Educar Sesc, CE

#sesc_ativa 81


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m 2002, aos 8 anos, minha história se transforma com a instituição. Cabocla do interior do estado do Amazonas aprende a nadar em piscina? Isso mesmo, no Sesc Balneário de Manacapuru essa habilidade foi ativada, me inspirando a seguir em frente na busca pela superação de minhas limitações. Treze anos mais tarde, como acadêmica de Pedagogia, retorno ao Sesc para estagiar na área de Assistência, por meio do Trabalho Social com Idosos, na unidade Balneário de Manaus. A empresa, o ambiente de trabalho e a interação com os idosos me fizeram sentir em meio a uma família! Sem dúvidas o Sesc une. Em meu segundo ano no Programa Especial de Bolsa de Estágio (Pebe), atuo na área da educação, Ensino Fundamental I. Diariamente, no trajeto Manacapuru-Manaus-Manacapuru para estudar e trabalhar no Sesc, os desafios e obstáculos são muitos, porém, as motivações pessoais e a vontade de me tornar uma profissional mais completa e preparada para o mercado de trabalho me impulsionam a não parar nunca. A família Sesc me faz desejar não sair da “casa”. É, gente, o Sesc abraça! Minhas experiências e aprendizagens foram ampliadas, meu horizonte se expandiu e o sentimento é de gratidão. Aucimara Souza do Nascimento – AM

M

eu nome é Vinícius César da Silva Dantas, tenho 15 anos, estudo no Colégio Nadir Mendes Montanha, e este é o segundo ano que participo do projeto Futuro Integral. Eu mudei muito com o projeto. Antes eu não gostava de português, e hoje em dia eu gosto. Conheci muitas coisas novas e legais que não fazem parte das aulas normais do colégio, como, por exemplo, haicai, a obra de Paulo Leminski, poesia concreta. Eu acho que poderia ter mais projetos como o do Sesc, porque a educação é tudo, e o Brasil precisa investir muito nisso. Como já dizia Pitágoras: “Educai as crianças e não será preciso punir os homens”. Realmente, o Sesc me mudou para melhor. Mudou até meu jeito de pensar e ver as coisas. Antes eu vinha ao colégio para bagunçar e conversar, e hoje sei que preciso estudar e aproveitar as oportunidades para ser alguém cada vez melhor. Vinícius César da Silva Dantas – PR


E

u trabalho como cozinheira há 22 anos. Nunca fiz curso de informática, não sabia nem ligar o computador. Agora, com essa oportunidade aqui no Sesc, eu aprendi a ligar, a usar as ferramentas, a entrar na internet e até a fazer um cadastro no Facebook. Fiz muitos amigos pelo Face e também tive a oportunidade de aprender muitas receitas que posso usar no meu dia a dia. Para mim foi muito gratificante, pois eu não sabia nada e agora já tenho alguma noção de novas tecnologias. Com isso, posso usar meu computador, que até então ficava de enfeite na minha casa. Helenice Magnoni Lopes – PR

#sesc_ativa 83


@darcmacedo2012 | Sesc Juazeiro do Norte, CE

@odairfs | Sesc Pompeia, SP

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@antonnyviana | Sesc Juazeiro do Norte, CE

@valcarvalho5326 | Sesc Escola de Porto Velho, RO

#sesc_ativa 85


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prazer e o desejo de uma mãe é ver o filho feliz, com saúde e qualidade de vida. Aos 12 anos, Jônathas era uma criança tímida, acima do peso e pouco sociável. Fiz sua matrícula na natação do Sesc e aos poucos percebi que, além de perder peso, ele ficava mais solto, conversava mais e fazia amigos. Coloquei-o na aula de basquete aos 13 anos, com o professor Rodrigo, que foi um profissional que muito o ajudou a ver a vida de forma diferente. Jônathas começou a treinar muito, sorria com mais facilidade, a lista de amigos aumentou muito, e nós, pais, o acompanhávamos nos campeonatos regionais. Viajou pelo estado várias vezes e foi selecionado para compor a seleção brasileira infantojuvenil de basquete de Mato Grosso do Sul, trazendo diversas medalhas. Hoje, após 10 anos de trajetória, percebo o quanto o Sesc mudou a vida do meu filho como atleta, cidadão e uma pessoa que ajuda a transformar pessoas. Eu amo esta instituição. Nubia Lima – MS

N

unca fui à escola. Meus pais eram empregados em uma fazenda, não tiveram consciência de escola para mim ou para os meus irmãos. Entrei numa escola pela primeira vez com o Sesc, na Alfabetização. Eu sempre tive muita vontade de escrever. Já trabalhei em fazenda, já tive oportunidade de emprego bom em São Paulo, que perdi por não saber ler, mas sou contratado do Sesc Almenara como auxiliar de hospedagem há quatro anos. Eu gosto de escrever um pouco de poesia, tenho umas já escritas, e tenho o desejo de que algum dia alguém leia e saiba que aquele texto é do Valmir, que não sabia ler e aprendeu no Sesc. Valmir Carlos Alves – MG


U

m amigo que estudava no EJA do Sesc Ler Surubim sempre me falava do Sesc e de como era bom estudar lá. Então, em 2014 resolvi fazer minha matrícula. Voltei a estudar com 57 anos de idade. Pra mim, foi nascer de novo. Eu tive o prazer de conhecer pessoas maravilhosas. Minha primeira professora foi Mirelly, um anjo da guarda! Minha segunda professora, Carmem Berta, era maravilhosa! O professor Marcos, de informática, e o de hidroginástica são nota 10! Foi estudando no Sesc que eu conheci lugares maravilhosos através dos passeios. Hoje eu faço parte do grupo da terceira idade, o Raio de Sol, e participo das reuniões, dos passeios, das oficinas, festas e comemorações que fazem toda a diferença na minha vida. Pra mim, isso tudo é fantástico! Luzinete do Nascimento Cabral – PE

M

eu nome é Luiz Pacheco, tenho 59 anos, sou baiano da cidade de Entre Rios e pai de 4 filhos. Tenho o Sesc como minha segunda família. Minha mãe faleceu muito cedo e precisei ajudar em casa, começando a trabalhar na roça com 6 anos. Nunca pude ir à escola, mas, mesmo assim, formei uma família e fiz o melhor pelos meus filhos. Depois que me separei, rodei esse Brasil todo sem saber ler nem escrever, pegando ônibus, aviões, perguntando e me virando como podia. Por força do destino, cheguei à cidade de Caçador. Me casei novamente com uma grande mulher, que sempre me ajudou e incentivou muito. Me reencontrei no Sesc, onde realizei meu sonho de criança: ler e escrever. Hoje vejo o mundo com outros olhos, pois me considerava um cego. O Sesc foi uma das melhores coisas da minha vida. Tenho muito orgulho de estar presente na comemoração dos 70 anos e fazer parte dessa família. Luiz Pacheco – SC

#sesc_ativa 87


I N S P I R A


4 Tag: #Sesc_Inspira Prazo: de 22/7/2016 a 18/9/2016 Curadores: @annafischer e @rodrigobw

O que desperta o olhar e a criatividade é fonte de inspiração. Dessa fonte saíram imagens poéticas, luminosas, encantadoras. São fotos que passeiam por todos os campos de ação do Sesc, mostrando como a instituição permite o voo alto e o horizonte amplo a todos os seus usuários. Os participantes desta missão extravasaram a criatividade. Inspirados pela arte, acabaram criando arte na forma de imagens: reflexos, jogos de luz, novos ângulos. As fotos dançaram, soaram como música, contaram histórias, brincaram com o espectador. Elas tanto foram inspiradas pelo trabalho do Sesc quanto tornaram-se, pela fotografia, fontes de inspiração.

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Para se inspirar, tente ver as coisas por outra perspectiva… @heloisacapasso fez uma releitura da instalação no Sesc Belenzinho (SP).

@guilheermeps congelou o movimento em um ângulo original e fez uma foto campeã nas ruas de Pelotas (RS).

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Cuidar da semente; colher o fruto. Para os alunos do Sesc no Paraná, fotografados por @tadashifotografia, preservar o meio ambiente é pura diversão.

No Parque Estadual de Vila Velha, o Sesc Ponta Grossa (PR) comemorou a Semana da Família, e @ju_morais24 irmanou as pessoas à natureza.

#sesc_inspira 91


“Fadas do dente” mesmo são as educadoras do Sesc, que mostram para as crianças de Araripina (PE) como cuidar da saúde bucal. Clique de @jessicaaciole09.

No quadro de @misterlexlindo, o projeto Mãos que Costuram Vidas, da Ação Comunitária do Sesc no Ceará, inspira as mulheres a recontarem seu passado e a escreverem seu futuro com pano e linha.

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O Sesc Partituras resgata, preserva e disponibiliza composições brasileiras para músicos, como o flautista retratado por @juniorpanela no concerto em Fortaleza (CE).

Sorocaba vai no ritmo do Festival Sesc Jazz & Blues (SP), que celebrou os ritmos afro-americanos com músicos do Brasil e do mundo. Um clique cheio de groove de @pedro_henrique_negrao.

#sesc_inspira 93


H I S T Ó R I A S

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S

ou Francisco das Chagas do Nascimento Júnior, mas todos me conhecem como Júnior. Tenho 45 anos e trabalho com moradores de rua em Teresina, cidade onde nasci, filho de pai ajudante de pedreiro e mãe dona de casa. Estudei a vida toda em escola pública e, ao concluir o Ensino Médio, sonhava entrar na universidade, mas não tinha base. Então conheci o pré-vestibular do Sesc. Passei a estudar numa sala com ar condicionado e com professores assíduos e dedicados. E o mais importante: nunca fui tratado com diferença no Sesc por conta da minha condição social. Em 1995, fui aprovado no vestibular da Universidade Federal do Piauí para o curso de História. Quando meu nome saiu no jornal, eu não acreditei. Guardei o jornal e dormi com ele três dias. Com o diploma, decidi retribuir o apoio que recebi do Sesc, atendendo a pessoas com as mesmas necessidades pelas quais passei. Em 1999, criei o primeiro pré-vestibular do Brasil para negros e pobres, e, em 1º de agosto de 2004, nasceu o Movimento Pela Paz na Periferia (MP3), que atualmente beneficia mais de 18 mil jovens com aulas de pré-vestibular e cursos como informática, robótica, mecânica, corte e costura e dança de rua. Francisco das Chagas do Nascimento Júnior – PI


@jaquezumbido capturou, em luz e cor, a vibração do maculelê, dança da mistura cultural brasileira apresentada pelo grupo piauiense Raízes do Nordeste no Sesc Avenida (PI).

O Festival Internacional da Música transforma Pelotas (RS) em uma grande sinfonia, com recitais, concertos e aulas de música de câmara. Clique afinado de @f_neves_ .

#sesc_inspira 95


No Sesc do Acre, @mary16mello registrou a atividade laboral da equipe: esporte e lazer para manter a forma e o pique.

@dibella conseguiu um novo ângulo para admirar o traço de Lina Bo Bardi no Sesc Pompeia (SP): uma conversa entre os volumes brutos, a paineira e a lua.

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No Sesc Belenzinho (SP), nada é pequenininho: são mais de 50 mil metros quadrados de quadras, pistas, bibliotecas, consultórios, salas de aula… e piscinas para inspirar a @nathanetaveira.

Educação a gente tem que cuidar desde cedo. Na hortinha do Sesc Montes Claros (MG), a gente colhe trabalho em equipe, respeito à natureza, uma vida mais saudável… e o belo registro de @martins.estelar88.

#sesc_inspira 97


M

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inhas memórias de infância se confundem com as visitas às unidades do Sesc. Desde as animadas colônias de férias, regadas a pula-pula e perna de pau até as amizades feitas durante os treinos de natação no Sesc Potilândia. Mas, para mim, o que mais marcou foram as tardes que passava com minha avó na unidade Sesc Rio Branco. Cinéfila que é, minha avó sempre fez questão de me levar para assistir a filmes desde muito nova, e o CineSesc sempre foi um ótimo incentivador dessa paixão. Meu programa favorito aos 11 anos era almoçar no Sesc e assistir à sessão das 14h, exibida na sala de cinema do Sesc Rio Branco. A tarde geralmente terminava com visitas à biblioteca para ver as últimas revistas em quadrinhos e livros infantis. Hoje, minha avó não frequenta mais o cinema, pois a idade não lhe permite. Quanto a mim, eu aprendi tudo o que ela me ensinou e continuo frequentando a biblioteca do Sesc, o CineSesc e todas as atividades culturais oferecidas, aproveitando o que o Sesc faz de melhor: levar o acesso à cultura a todos que não têm oportunidade. Luciana Salviano – RN

S

ou Ivanete Maria Pinto, tenho 49 anos. Moro em um sítio e não tive oportunidade de estudar. Um dia, em casa, com o rádio ligado, ouvi um convite para estudar no Sesc Ler Ji-Paraná, em Rondônia, que dizia que “nunca é tarde pra recomeçar”. Senti que aquilo era pra mim. Eu e minha filha fomos ao Sesc e realizamos a matrícula. O sonho estava começando. Iniciei na Alfabetização e neste ano concluo a 4ª série do EJA. Tenho muito incentivo dos meus professores, que são também amigos que me aconselham quando necessito. Antes de estudar no Sesc, fiz curso de pintura, biscuit, entre outros, mas nunca consegui um emprego para mostrar o que sei. Todos falavam que é necessário o estudo. E isso foi mais um incentivo. O diferencial do Sesc Ler é que já no início valorizou o que sei. Um dia a professora me convidou a dar uma aula de pintura em tecido. Ela explicou sobre a mistura das cores e depois eu, aluna, passei a ser professora. Nesse dia quase chorei. Fui valorizada na frente de todos, que diziam: “Hoje, Nete, você é a professora, estamos aprendendo com você”. Que felicidade! Ivanete Maria Pinto – RO


#equipesesc

@norminhaduque | Sesc Juiz de Fora, MG

@preischardt3 | Hotel Sesc Caiobรก, PR

#sesc_inspira 99


@leandro.beda | Sesc Serra Azul, MT

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@tucameireles | Sesc no Cearรก


@josielbernardo | Sesc Juazeiro do Norte, CE @chellima1 | Sesc PoconĂŠ, Pantanal, MT

#sesc_inspira 101


@denisedojb | Sesc na FLIP , Paraty, RJ @jorrayna | Sesc Juazeiro do Norte, CE

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S

ou atriz e bailarina do Sesc Ler de Belo Jardim. Eu vivia angustiada, não tinha amigos e fiquei com depressão. O estado mais crítico foi quando comecei a acreditar que Deus não existia, apesar de ser religiosa. Porém, Deus não me abandonou e colocou esta instituição em meu caminho. No começo foi difícil, mas o professor Ítalo Martins me guiou para o fascinante mundo do teatro, que me salvou da depressão. Esta arte tão generosa me acolheu e me transformou. Um ano depois, entrei nas aulas de dança, de perna de pau e até descobri que tinha talento para cantar! Nesses quatro anos vivi coisas, conheci grupos, participei de diversas atividades artísticas, experiências e emoções que me fizeram enxergar o mundo pelos olhos da arte. Aprendi a amar a vida de uma forma muito bela, e tudo isso é graças ao Sesc. Jaciende de Lima Santos – PE

S

ou Heribaldo Doroteu de Jesus e me aposentei aos 55 anos de idade, após uma depressão. Nesse mesmo período entrei no grupo Nova Vida do Sesc Siqueira Campos. Tive o prazer de conhecer e integrar o coral, fazer curso de informática, pilates e inglês, participar do projeto Reciclarte e me encontrar no teatro. No Sesc eu tive grandes incentivos para publicar minhas ideias e pensamentos. Esses incentivos fizeram com que eu produzisse o livro Balaio de poesias. No dia 12 de fevereiro de 2016, com o apoio do Sesc e da sua equipe, lancei meu livro, fato marcante na minha vida, e posso dizer que foi também para os técnicos que atuam junto do Grupo Nova Vida. Não sabia que tinha uma identificação com a escrita, com o meio artístico e cultural. Devo isso ao Sesc. Quero agradecer aos colaboradores toda direção, pois acreditaram e depositaram confiança em mim. O Sesc me permite renascer todas as manhãs, assim que acordo, aumentando a minha autoestima. Agradeço de coração. Heribaldo Doroteu de Jesus – SE

#sesc_inspira 103


A M

eu nome é Milene, estou no 9º ano do Ensino Fundamental e comecei a frequentar o Sesc este ano. Antes, as minhas tardes eram muito entediantes, mas, depois que comecei no projeto Futuro Integral, ficaram mais emocionantes. Comecei a me interessar mais pelo futuro, queria saber cada vez de mais coisas. Fomos a passeios culturais, havia coisas que eu não sabia que existiam e achei muito interessante. Iniciamos também o projeto da horta comunitária e aprendemos a cultivar as plantas e a ajudar as pessoas da comunidade. Através das atividades do Sesc, passei a me interessar muito mais pela cultura do meu país – sem contar que aprendi muito mais coisas de matemática do que eu nunca saberia. O projeto Futuro Integral me fez desenvolver mais compaixão pelas pessoas e me ajudou a fazer mais amigos. O Sesc fez muita diferença na minha vida.

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Milene Barbosa – PR

minha história com o Sesc iniciou no ano de 1994. Na época eu atuava no comércio e me cadastrei como comerciário. Usufruía dos diversos serviços e atividades oferecidos, como eventos culturais. Utilizava o restaurante e participava da corrida de rua. Meu filho, Mateus Vinícius, participou do projeto do coral do Sesc por dois anos, saiu apenas porque atingiu a idade-limite. Esse projeto maravilhoso revelou vários talentos no estado de Roraima e despertou no meu filho o amor à música. Ele continuou estudando música em outra instituição e hoje toca teclado, violão, guitarra e participa da banda da igreja. Hoje faço parte do Sesc como comunidade, participo de várias atividades esportivas, principalmente da corrida de rua. Tenho uma academia de Kung Fu e incentivo meus alunos a participarem da corrida de rua para a melhoria do condicionamento físico, boa prática do Kung Fu, qualidade de vida e bem-estar. O Sesc transformou a vida do meu filho ao despertá-lo à música, e transformou a minha ao me incentivar e transformar vidas de pessoas por meio do esporte. O Sesc tem meu respeito e gratidão pelos relevantes serviços prestados à sociedade. Geremias Almeida – RR


@cavalcante_netto | Sesc Guaxuma, AL

@munduruca | Sesc em São Paulo, SP

#sesc_inspira 105


D

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urante 11 anos atuei como profissional liberal (dentista), sem nenhum vínculo empregatício, e tinha uma renda satisfatória. Aparentemente tudo ia bem, porém algo estava faltando! Através de um amigo, tive o conhecimento do processo seletivo no Sesc Anápolis para responsável técnico de clínica odontológica. Por morar em um prédio vizinho ao Sesc, achei a ideia interessante. Fiz o processo e fui aprovado. Entrando no Sesc, depois de alguns dias de convivência com os funcionários da unidade executiva e da administração, pude perceber uma grande satisfação e mudança pessoal. Não imaginava que o “algo” que faltava em minha vida estava tão próximo de casa. Hoje sou muito grato ao Sesc por propiciar o meu complemento. Não existe sensação melhor do que acordar e saber que tenho uma referência. Me dedico e procuro fazer o melhor na minha função, pois dinheiro algum conseguiria comprar a satisfação e a realização que hoje carrego na alma. Obrigado por, verdadeiramente, transformar vidas! Giorgio Henrique Gonçalves – GO

F

iz meu primeiro curso no Sesc em 2015: uma oficina de circo. Depois conheci o Ateliê Sesc de Cinema. Fiz amizades com gente que faz e ama arte, história, cinema, literatura, poesia, fotografia, telas, artes misturadas, vivências… O curso abriu meus olhos para a produção local e o cinema de uma forma geral. Acrescentou muito, muito conhecimento, mas, acima de tudo, muito amor, muito afeto, muita experiência e lembranças de dias repletos de sede de informação. A turma do Ateliê Sesc de Cinema 2015 foi minha experiência mais intensa e mais harmônica em um curso, algo que levarei pra vida. Lara Martiliano – AL


A

paixão pela leitura começou quando eu entrei pela primeira vez no carro do BiblioSesc, no bairro do Graciliano Ramos (Maceió). A acolhida da atendente Mônica Meirelles foi suficiente para me tornar leitor assíduo da biblioteca. Sempre gostei de pensar em histórias, mas não tinha coragem de colocá-las no papel, achando que não tinha capacidade alguma de escrever algo que alguém gostasse de ler. Contudo, com o incentivo da minha irmã e da Mônica, consegui colocar no papel a minha primeira história, um romance que jamais pensei que escreveria. Um gesto de amor nasceu do incentivo e da leitura de diversos livros disponíveis no acervo do BiblioSesc. Anos depois, meu livro foi lançado dentro da biblioteca. Pensei: “Agora sou um escritor!”. E as histórias não pararam por aí. Hoje tenho três livros lançados e mais dois em produção! Obrigado, Sesc, não sei o que seria de mim se naquele dia, voltando da escola, eu não tivesse entrado naquele caminhão! Tony Ferr – AL

#sesc_inspira 107


@_alexpaiva_ | Sesc Ler, RO

@ludisilvas | Sesc Juazeiro do Norte, CE

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@mario_chaves | Sesc Caxias do Sul, RS

#sesc_inspira

@ninegf | Sesc Serra Azul, MT

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O

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Sesc chegou em Cuiabá (MT) como uma arca cheia de vida, salvando as manifestações culturais do nosso estado daqueles dilúvios que a massificação e o descaso provocam na alma das novas e velhas gerações, afogando seu potencial criativo. Fiz parte da primeira edição do projeto Poesia, Versos e Cordas, recepcionando a escritora Roseana Murray, juntamente com o professor Mario Cezar, da Universidade Federal de Mato Grosso. Depois participei de outras edições, mediei bate-papos com ilustres convidados, como Moacyr Scliar, fiz parte do júri regional de algumas edições do Prêmio Sesc, lancei livros. Mas a história mais marcante que tenho com o Sesc Arsenal foi o convite para escrever um poema infantil para o musical Dó, ré, mi, fá... Depois daquele poema, feito sob encomenda, já lancei dois livros de poemas infantis e tenho um terceiro no prelo. Não fosse por esse convite, talvez eu nunca tivesse experimentado a imensa alegria de escrever para crianças e como criança. Essa alegria se soma ao reconhecimento de o Sesc ser um dos, senão o espaço mais importante do nosso estado, pelo fomento às artes, pelos intercâmbios e pelo contato com artistas e intelectuais de outras regiões do país. Gratidão! Marta Cocco – MT

M

inha história de vida foi no Sesc. Durante 35 anos vivi diariamente, no mínimo por 5 horas, na unidade Uberlândia. Minha mãe dedicou sua vida ao Sesc e lá eu me eduquei, me socializei, aprendi a pintar, a bordar, a costurar, a cantar, a nadar, a conviver com os mais vividos. Participei de vários projetos e viagens de excursão pelas colônias de férias. Foi no Sesc que eu soube o que era uma aula de pintura, cerâmica no forno, meus primeiros desafios. Já participei de exposições com os quadros a óleo que aprendi a pintar no Sesc. Hoje tenho filhos, e eles foram educados na escolinha do Sesc. Viajo com meus filhos e com meu marido pelo Sesc. O que não falta são fotos em colônias de férias, nas escolinhas, nos desafios da unidade. Eu amo o Sesc! Cristiane Costa – MG


E

Gilson dos Santos – SE

T

oda vez que me aproximo do Sesc Cidade Alta sinto como se estivesse embarcando em um túnel do tempo que me leva a recordar um dos momentos mais felizes da minha vida: a infância. Meu pai era comerciário e durante muitos anos fiz balé na instituição. Foi aqui que eu pude aumentar ainda mais o meu amor pela dança e pelas artes como um todo. Lembro-me perfeitamente das aulas de tia Elma, do convívio com as coleguinhas, da música que era usada no encerramento das atividades e dos almoços que eu fazia com minha mãe aqui. Carrego o Sesc num cantinho especial do meu coração e desejo que por muitos e muitos anos ele siga transformando a vida de outras pessoas, assim como fez com a minha! Amanda Lima – RN

#sesc_inspira

ntrei no Sesc nos anos 1980, por uma cena do acaso. Idealizei fazer uma exposição com desenhos coloridos, em folhas de papel chumbo com lápis de cera, na Universidade Federal do Sergipe, para expor minhas poesias e de outros poetas que comigo criaram o grupo de Poesia Marginal. A mostra foi um sucesso, culminou com uma reportagem na TV Globo e com uma matéria no jornal da tarde da Bahia que destacava a natureza visceral dos escritos. Alguns dias depois, fui convidado para fazer uma mostra no Sesc, que foi vista por milhares de comerciários e alcançou grande repercussão na cidade. Tempos depois, me tornei estagiário na biblioteca da instituição e exerci múltiplas funções de gestão, inclusive o cargo de Diretor Regional. São 30 anos de vivências criativas e democráticas que marcaram a minha existência, como viajar com o mestre Ariano Suassuna, para mostrarlhe o potencial cultural do meu estado, que culminou em um filme dirigido por Rosemberg Cariri; sentar à mesa de um boteco para beber uma cerveja gelada em uma conversa demorada com João Nogueira, na quadra do Sesc; conhecer o grande violonista Turíbio Santos; abraçar Gilberto Gil e Frei Beto e rezar com a Monja Coen.

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T R A N S F O R M A


5 Tag: #Sesc_Transforma Prazo: de 22/7/2016 a 2/10/2016 Curadores: @dejumatos e @malaquiasgui

Pessoas são feitas do encontro com outras pessoas, das experiências que vivenciam, da amizade, do companheirismo e da diversidade. A troca de conhecimento, as descobertas e os encontros são inspiração para o desenvolvimento e a transformação. No Sesc, todos os dias, pessoas transformam pessoas. As imagens captadas pelos participantes desta missão traduziram as múltiplas formas que o Sesc criou para possibilitar a transformação, seja das pessoas, seja dos lugares, seja de si, pois quem transforma também é transformado. E lá se vão 70 anos acompanhando o público neste processo que gera novas ações, novos projetos, novas ideias. Ao chegar à última fotografia, vimos que ainda há muito o que mostrar sobre como o Sesc transforma, inspira, une, ativa e abraça!

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Na cena de @prixprixprix, o espectador faz sua estreia no Teatro Anchieta. Nosso pequeno poderá contar com o Sesc Consolação (SP) para crescer em cultura e cidadania.

Esporte para todos: a porta-bandeira posa para @alleixus no desfile dos Jogos Internos do Sesc no Amapá.

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Com tinta e traços, dar forma à sua história e desenhar para si uma nova narrativa, mais colorida. Um gesto de transformação no Sesc na Paraíba, registrado por @lislyneves.

Na foto de @affernandes, a experiência transformadora da arte-educação do Sesc em São Paulo deixa marcas nos alunos (de todas as idades).

#sesc_transforma 115


Rubens Fernandes “conversa” com a plateia no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (SP) sobre fotografia moderna no Brasil, tema que @andersoul73 domina.

Da tradição vem a transformação: bumba meu boi, reisado, caboclinhos para as novas gerações, em todas as suas cores, na foto de @mtavares20 (CE).

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Sorrisos cheios de dentes (de leite) por trás das máscaras. @ludimilarispoli transformou a higiene bucal em brincadeira para a turminha de Goiás.

Em Paulo Afonso (BA), a transformação em toda a família: a irmã mais velha incentiva a menor em seus primeiros passos no mundo da leitura. Foto carinhosa de @leiilacordeiiro.

#sesc_transforma 117


H I S T Ó R I A S

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A

minha história com o Sesc se baseia em superação. No ambiente em que vivia, não teria a menor chance de me desenvolver socialmente. Sou um garoto humilde, de família pobre, moro em um bairro perigoso, bem longe do centro da cidade e do Sesc. Mas eu escolhi ser bem diferente das pessoas ao meu redor, fazer a diferença na minha vida e na da minha família. Fiquei sabendo do curso de teatro que o Sesc oferecia e, como sempre adorei trazer alegria à vida das pessoas, me inscrevi mesmo sem apoio algum da minha família. Quem sabe assim minha vida tomaria outro rumo? E tomou. Hoje, três anos depois, sou uma pessoa transformada. Superei a vida proposta por meu ambiente, a ‘’vida de rua’’, e me transformei em quem sou. Pretendo continuar em constante estado de transformação para ser cada vez melhor. Devo minha mudança ao Sesc, pois através dele continuei meus estudos. Tenho desejo de fazer um curso superior na área de Teatro e fazer por outras pessoas o mesmo que o Sesc fez por mim. Pablo Henrique Alves de Moura – RR


Na foto de @isonethalmeida, o espetáculo é com violinos e, ainda, flauta, coral, cavaquinho, clarinete… Aplausos para o projeto Musicar do Sesc no Maranhão!

Mágica, brincadeira e também cultura e cidadania com a plateia da Cia. do Quintal, em flagra da @doramendesfotografia. No Sesc Pompeia (SP), o espetáculo não pode parar!

#sesc_transforma 119


Quem cedo madruga ganha saúde, amizade e disposição no Sesc Campo Limpo (SP). @marcoshessel13 acordou cedo e conseguiu o belo quadro ao sol matutino.

O poder transformador da arte, na foto de @moisescosta (RO): criar uma reação, um impulso criativo… Ou a vontade de dançar!

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O Sesc Ler Paulo Afonso (BA) tem tudo para a transformação de crianças, jovens e adultos: salas de aula, biblioteca, auditório – e até um espaço para os alunos exporem suas criações. Clique certeiro de @romildoalvesjunior.

O Sesc (MA) navega também pelo Solimões, ajudando a transformar, com informação e cidadania, as moradoras de Manacapuru. Belo registro de @elcianascimento.

#sesc_transforma 121


M

eu nome é Sinara Santos e sou professora de EJA (Educação de Jovens e Adultos) há mais de 10 anos no Sesc Ler Caçador, o que me deu a oportunidade de ver, ouvir e presenciar muitas histórias. Entre elas, a história de vida da aluna Ivonete Siqueira. Com apenas 11 anos, ela perdeu a mãe e foi parar nas ruas de Curitiba. Menina negra, viveu várias situações de perigo, medo, fome e preconceito. Entre todas essas angústias, tinha o sonho de aprender a ler e escrever. E foi aqui no Sesc, com seus 61 anos de idade, que ela teve sua primeira aula. Lá estava ela, tímida e nervosa, porém cheia de vontade de aprender. Aprendeu a acreditar em seus sonhos, pois agora deseja ser poetisa. E, quando lhe perguntamos em que o Sesc contribuiu em sua vida, ela se emocionou ao dizer que aqui ela se sente cidadã. Tenho orgulho de dizer que sou colaboradora de uma instituição que transforma pessoas.

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Sinara dos Santos – SC

S

ou Lidiane Dantas, assistente social, e em uma entrevista social conheci o Sr. Waldyr Vetorri, 75 anos. Paulista, neto de imigrantes italianos, ele contou sua história de luta e resistência. Desde jovem, foi integrante de movimentos sociais contra a ditadura em São Paulo, mas nunca contou à família, para que ficassem em segurança. Foi justamente no ano de 2011, em uma sala do TSI do Sesc no Ceará, que o senhor Waldyr compartilhou pela primeira vez sua história de vida. Hoje ainda continua lutando por direitos sociais com o premiado projeto do Sesc, Cidadania Ativa, que visa ampliar o protagonismo da pessoa idosa em comunidades. Há 60 anos, seu Waldyr almoçava no Sesc em São Paulo, na rua do Carmo, em 1956. E hoje continua almoçando no Sesc, na Terra do Sol, fazendo a diferença como protagonista em projetos desta instituição. Ele transformou a minha vida pessoal e profissional com suas histórias reais de luta por uma sociedade justa e igualitária. A luta continua. Vida longa ao Seu Waldyr e ao Sesc. Maria Lidiane Campos Dantas – CE


#equipesesc

@denise15castro | Sesc Juiz de Fora, MG

@mpradoquito | Sesc Pouso Alegre, MG

#sesc_transforma 123


@romeumarinho | Sesc Belenzinho, SP @flavio_luiz | Sesc Pantanal, MT

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@suocamargo | Sesc Piracicaba, SP

@jufrancica | Sesc Araraquara, SP

#sesc_transforma 125


@erickdell | Sesc Guaxuma, AL

@_raayfelix | Sesc Campo Limpo, SP

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O

lá, meu nome é Otávio Augusto Rodrigues dos Santos. Nasci em Maceió, Alagoas, filho de Maria e José. Fui criado desde pequeno para ser um homem de bem, batalhador e, sobretudo, um guerreiro. Minha infância não foi nada fácil, crescemos em meio a muitas dificuldades. Meu pai teve que lutar bastante para cuidar de nós e nos dar educação, pois dizia: “Meus filhos, eu infelizmente não tenho nenhuma herança para deixar para vocês, a única coisa que posso deixar é a educação”. Em 2008, descobrimos a Escola Sesc de Ensino Médio, uma escola-residência de primeiro mundo que possui uma qualidade de ensino nunca antes vista no país. Minha irmã fez a prova e passou. Tudo na nossa vida mudou, fiquei cada vez mais encantado com a escola, e em 2013 fiz a prova. Em 2014, entrei na escola e estou até hoje caminhando para um futuro que, graças ao Sesc, mudou as nossas vidas.

ou Antônio Francisco, tenho 55 anos, sou aluno de EJA, Educação de Jovens e Adultos, do Sesc Ler Arapiraca. Minha história começa no ano de 2012, quando fui ao banco e não consegui sacar meu dinheiro. Uma moça olhou para mim e perguntou se eu sabia ler e escrever. Respondi que não, e ela me aconselhou a estudar. Foi uma vergonha, mas, ao mesmo tempo, foi um incentivo. Chegando em casa, contei para minha prima, e ela falou: “Por que você não vai estudar no Sesc?”. Foi aí que eu mudei minha vida. Hoje eu escrevo, faço leitura, vou ao banco e saco meu dinheiro, escrevo cartas para minha família que mora em São Paulo – graças a Deus e ao Sesc. Depois de um tempo, voltei ao banco e encontrei a moça. Fiz questão de ir até ela para agradecer. Hoje conquistei minha confiança de cidadão e minha independência graças ao Sesc. Antonio Francisco da Silva – AL

#sesc_transforma

Otávio Augusto Rodrigues – AL

S

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S N

osso vovozão faz 70 anos, o que falar dele? O tempo passou, e ele cada dia fica mais rejuvenescido, experiente, maduro e, como sempre, ensinando pessoas a transformar pessoas. Transformou a minha vida. Por meio dele constituí família. Sou casado, tenho três filhos. O crescimento, a educação e o sustento deles vêm desse vovozão de 70 anos – um vovozão que fica mais forte a cada dia. Sabe por quê? Porque a sua força é fazer outras pessoas o amarem e se sentirem felizes. Ele proporciona a essas pessoas cultura, saúde, lazer, educação, turismo... Tenho orgulho de fazer parte da história do Serviço Social do Comércio, o Sesc. Parabéns a todos que fazem ou já fizeram parte da história desse vovozão. E, com certeza, muitos de vocês que estão lendo essa mensagem, um dia poderão fazer parte dessa história também. Então, parabéns, Sesc! Afinal, 70 anos não são 70 dias.

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Jesus Wgleison – AC

ou Eliane, aluna do curso de culinária do Sesc Feira de Santana, do qual minha mãe, Chirle, também participa. Estamos muito felizes em participar, o que nos trouxe possibilidades ímpares. Minha mãe, após sofrer perdas familiares irreparáveis há pouco mais de 16 anos, vinha enfrentando o triste fantasma da depressão. Seu estado era tão crítico que não saía de casa durante esses longos anos, nem sequer para colocar um lixo na porta de casa. Fiquei desempregada e fui fazer o curso para ajudar a ter alguma fonte de renda e, com muita insistência, pedi à minha mãe que fosse comigo. Ela mesma fez a inscrição. Tivemos nossa primeira aula e fomos muito bem recebidas pela professora de culinária, que nos abriu um leque de oportunidades. E daquela aula em diante minha mãe está encantada, feliz como nunca, não falta a uma aula, sempre participativa e dizendo que é um sonho fazer o que gosta. E o melhor de tudo: não a vejo mais triste, sua saúde tem melhorado consideravelmente e iniciamos uma pequena fabricação de doces, sequilhos e biscoitos para ajudar na renda familiar. Só temos a agradecer pela iniciativa do Sesc e da nossa professora! Eliane Lima – BA


@diegocaiaffo | Evento Sesc com Você, no Novo Parque da Lagoa em João Pessoa, PB

@rafaometto | Sesc Piracicaba, SP

#sesc_transforma 129


M J

amais imaginaria que, com meus 65 anos, eu pudesse ler e escrever. O Sesc trouxe a esperança de volta pra minha vida, meu deu dignidade, me transformou em gente! Quando entrei no EJA e vi as letras naquele quadro, cheguei a chorar de tanto desespero. Pra mim, aquilo era outra língua. Mas, com muito carinho, minha professora me ensinou que nunca é tarde para aprender. Todos os dias, quando acordo, agradeço a Deus pelo Sesc, pelos professores, que tiveram paciência comigo, e, principalmente, por todos aqueles que me recebem bem. Com o Sesc sinto que tenho uma família de verdade. Raimunda Santos Leal Nascimento – SE

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inha história com o Sesc começa na época da construção da Unidade de Nova Iguaçu. Meus avós moravam lá perto. Fui vendo a obra e criando expectativas junto com meus amigos sobre que lugar seria aquele, com tantas promessas de brincar! O Sesc chegou e logo modificou a vida de toda a comunidade do seu entorno! Nas férias, ia para a piscina com o grupo de amigos, usávamos a quadra para jogos de vôlei, futebol, basquete. Minha adolescência foi carregada de memórias constituídas por lá. Um dia, minha mãe, ao ver o anúncio de vaga para trabalhar com formação de professores, me incentivou a participar do processo. Quando ligaram me convidando para participar do processo, estranhei, já que na minha memória de usuária o Sesc não fazia Educação. E o amor cresceu! Meu filho me avisa que está indo jogar bola com os amigos no Sesc, e eu fico segura, porque sei como são cuidadas as pessoas que estão nesse espaço de respeito. Frequentamos nas férias, nos feriados, nos fins de semana! Agora, temos a expectativa do neto ir estudar lá no próximo ano! Que bom que minha família tem pelo Sesc o mesmo carinho e admiração que tenho. Que bom fazer parte dos 70 anos! Que bom que meu caminho foi atravessado pelo Sesc! Gilvânia Ferreira Porto – RJ


J

oão é nascido e criado no Pantanal. João só conhecia borboletas de vê-las voando por aí. Não sabia que elas são o resultado da metamorfose das lagartas. A maior surpresa dele foi quando lhe disseram isso. Espantou-se! Naquele momento, o Sesc implantava o borboletário no Hotel Sesc Porto Cercado, e João foi convidado para participar do projeto. No início, seu trabalho foi caçar lagartas e cuidar para que elas conseguissem se metamorfosear. Ele assim o fez, ainda sem muito acreditar, mas ansioso por testemunhar a transformação. No momento em que viu a lagarta se transformar, se encantou. A partir desse dia, João diz que seu modo de pensar e agir mudou. As borboletas transformaram João, e ele cuida delas como o seu bem mais precioso. Daniel Vidal – GO

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@rafaelcastori | Sesc JundiaĂ­, SP @lucssp | Sesc Pinheiros, SP

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@elaineparaguassu | Sesc Fortaleza, CE

@giovanagravina | Sesc Pompeia, SP

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C

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omecei a trabalhar na unidade Sesc Ler Paulo Afonso em 2007. Nesses quase 10 anos de trabalho, eu simplesmente me apaixonei pela instituição. Em todos os seus campos de atuação, eu pude conhecer as mais variadas formas de ensino. Tivemos acesso aos projetos culturais que visavam não apenas a difundir uma mensagem, mas também a desenvolver um pensamento crítico, a formar plateia e também proporcionar o acesso à cultura, fato este que não seria possível na cidade sem o Sesc. Conheci muitos grupos musicais, construí histórias no coração das minhas filhas ao passar temporadas de férias em várias unidades do Brasil. Participei de vários projetos voltados ao esporte e à educação em saúde, que me despertaram para uma mudança na qualidade de vida da minha família. Conheci histórias de alunos que foram totalmente modificadas pelo simples acesso à educação de qualidade e aos cursos de valorização, fato este que me motivava diariamente. Construí amizades que levarei para o resto da vida. Enfim, me apaixonei por tudo o que o Sesc é e representa. Leila Cordeiro – BA

C

onheci o Sesc através de um amigo da faculdade e comecei a trabalhar em Pinheiros, numa casa da década de 1950. Ali, por sete anos, pude presenciar artistas como Zé Luis Mazziotti, Hermínio Bello de Carvalho, Marília Pêra, Jair Rodrigues e tantos outros cantarem e ensaiarem ao lado de minha sala, onde era o camarim. Em Pinheiros, conheci Jesus, meu marido. Posso dizer que encontrei Jesus no Sesc! Depois passei pelo Sesc Santo Amaro, região com características completamente diferentes. Lá vi muita coisa legal e vivenciei situações que me tornaram mais humana. Com certeza, me fez uma pessoa muito melhor do que eu era. Trabalhar no Sesc foi e é transformador. Hoje, no Sesc Santos, vejo como minhas experiências na instituição trouxeram mudanças na minha vida de forma significativa. Tais Haydee Pedroso – SP


I

Gianinna Schaeffer Bernardes – AL

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m 31 de dezembro de 1998, cheguei em Macapá com meus dois filhos para recomeçar uma nova fase da minha vida familiar com meu esposo, que estava trabalhando em uma loja do comércio local. Assim, conheci o Sesc Araxá, no Amapá, e fiquei encantada com o lugar. Meus filhos passaram a estudar na Escola Sesc e, como sempre fui agitada e curiosa, voluntariamente passei a ajudar na escola. Foi ali que, através de contratação temporária, obtive minhas primeiras experiências profissionais com formação em magistério e, em seguida, ingressei no quadro funcional. Foi por meio de um curso pré-vestibular oferecido gratuitamente pelo Sesc que alcancei minha formação superior em Pedagogia e, com isso, cresci na instituição. Hoje estou na coordenação Sesc Ler e neste ano tive a experiência de assumir a Diretoria de Programas Sociais do Sesc por 20 dias. Portanto, minha história é mais que uma relação de trabalho, é uma relação de amor, respeito e gratidão por tudo o que o Sesc fez na minha vida. Maria de Nazaré Soares – AP

#sesc_transforma

mpossível falar da minha história em Alagoas sem falar do Sesc… Há 10 anos vim do Rio Grande do Sul morar em Alagoas, e dois cursos feitos no Sesc foram fundamentais para ampliar meus horizontes no universo das histórias: um curso de contação de histórias e outro de escrita criativa. Juntando o gosto pelas histórias e a paixão pelo bordado, passei a fazer um trabalho que convida as pessoas a expressarem suas histórias através do bordado. E foi do próprio Sesc que surgiu um convite-desafio: estimular mulheres participantes do projeto Conversando sobre Saúde a retratarem o lugar em que vivem através do bordado. Em meio a mangueiras e cajueiros, foram bordadas tradições, paisagens, histórias… Tesouros bordados, lindamente expostos na Galeria de Artes do Sesc Centro. Em cada obra, uma história de transformação; o bordado inaugurou novos sentidos na vida dessas mulheres. Finalizado o trabalho, ficou o gostinho de “quero mais”, o desejo de continuar… Mantendo acesa a chama do bordado, as bordadeiras e eu criamos o grupo BORDAZUL, e dia a dia vamos ladrilhando nosso caminho com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante... Também acredito nisto: pessoas transformam pessoas!

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C U R A D O R E S

Para a curadoria das fotos do projeto Sesc 70 anos, convidamos fotógrafos que estão acostumados a compartilhar suas fotos com milhares de pessoas no Instagram. O desafio agora era o contrário: ver milhares de fotos e escolher entre elas apenas 28 imagens que melhor sintetizassem cada palavra-chave da campanha: abraça, une, ativa, inspira e transforma. O trabalho foi duro, e os curadores, rigorosos: “Valorizamos o empenho estético das produções, mas procuramos destacar afeto e singularidade”, definiu Matheus Beltrão. Foi também prazeroso: uma viagem em fotos por um Brasil de exuberante diversidade. “Redescobrimos um pouco da cultura e do costume de cada lugar, expressos nos diversos projetos e ações”, comentou Guilherme Malaquias. Se para alguns foi descoberta, outros se identificaram nas imagens, como Nara Kassinoff: “Tive uma satisfação especial, já que o Sesc é parte muito importante da minha vida, onde até já fiz cursos sobre fotografia”. Em comum com os curadores, a alegria de fazer parte da celebração dos 70 anos do Sesc com este projeto. Como resumiu Juliana Matos, “foi emocionante selecionar as fotos que mais transparecem a real transformação na vida das pessoas”.


Guilherme Malaquias

Rodrigo Vieira

Formado em Arquitetura e Urbanismo, artista visual curioso, Guilherme Malaquias (@malaquiasgui) nasceu em Salvador há 28 anos e lá reside atualmente. Atua como arquiteto e desenvolve um trabalho de documentação fotográfica do centro histórico da cidade.

Rodrigo Vieira (@rodrigobw) é publicitário, diretor de arte e de criação. Fotógrafo de rua, usuário sugerido no Instagram, Tumblr Spotlight, recomendado no EyeEm com nove Menções Honrosas no Mobile Photo Awards. Já expôs em São Paulo, Nova York, Caracas, São Francisco, Miami, Tóquio, Toronto, Londres e Berlim. Hoje é editor da revista Shooter no Brasil e fotógrafo e sócio do Studio Rua.

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Fabrício Miranda

Juliana Matos

Fabrício Miranda, baiano de Jequié, 23 anos, fotógrafo mobile e instagrammer (@tadisso). “Não foi fácil escolher entre milhares de fotos as que melhor se relacionassem com o tema do desafio. O projeto foi sensacional, ajudou as pessoas a mostrarem seus olhares através da fotografia e a revelarem a beleza das unidades do Sesc espalhadas pelo Brasil.“

No Instagram, Juliana Matos é @dejumatos. “Eu gosto de gente. Por isso, investigo tudo o que é humano, efêmero e instável. Minha ferramenta é a câmera, com a qual construo imagens emocionais: portais de beleza, de conexão e de natureza para elevar o espírito do observador e, na sua mente, provocar mágica.”


Matheus Beltrão

Anna Fischer

Matheus Beltrão, de Recife, cria conteúdo no Instagram (@matheusbeltrao) desde 2012 e vem desenvolvendo trabalhos experimentais nas artes visuais, seja na fotografia, em projetos individuais, ou no cinema, em coletivos artísticos e pedagógicos, como o Filma que Vai Cair e o Fazer o Mundo Fazendo Vídeo.

@annafischer alia trabalho autoral com atuação profissional no mercado editorial com foco em comportamento, viagens e retratos para revistas de todo o Brasil e exterior. Baseada no Rio de Janeiro, já participou de exposições coletivas no Brasil e na Argentina, além de uma individual chamada Telefone Sem Fio, com fotografias feitas com celular.

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Rubens Kato

Nara Kassinoff

Rubens Kato (@kato78) é um fotógrafo de São Paulo. Especializado em fotografia de comida, sabe misturar sua experiência como diretor de arte e designer na hora de montar suas produções, sempre realizadas com um cuidado impecável com cada detalhe.

Paulistana, designer gráfico e fotógrafa de rua, usa principalmente o celular para fazer suas fotografias. Com sua atuação no Instagram (@narakass), começou um exercício diário fotográfico de captar o cotidiano. É colaboradora no The Everyday Projects e foi contemplada com o Grande Prêmio no Festival Latino-americano de Mobgrafia 2016.


Fred Bandeira

Ticiana Porto

Fred Bandeira (@fredbandeira) é de Belo Horizonte. Sua fotografia capta a beleza minimalista da natureza, dos grafismos urbanos, sempre observando simetrias e contrastes.

Ticiana Porto (@ticianaporto) é pernambucana e mora no Rio de Janeiro, cidade que é um de seus temas favoritos para fotos de paisagem e cotidiano. É fotógrafa de still de cinema, curadora e tem desenvolvido seu trabalho em direção de arte.

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Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária responsável: Aline Graziele Benitez CRB8/9922

S515

SESC

1.ed.

O Sesc que eu vejo / Sesc. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Sesc Nacional, 2017. 144 p.; 22x22 cm. –

ISBN: 978-85-8254-059-6 1. Sesc – 70 anos. 2. Celebração. 3. Depoimento – biografia. 4. Fotografia. I. Título. CDD 394.2

Índice para catálogo sistemático: 1. Celebração: Sesc 70 anos

394.2


Sesc | Serviço Social do Comércio Fotos e textos licenciados individualmente Presidência do Conselho Nacional Antonio Oliveira Santos Departamento Nacional Direção-Geral Carlos Artexes Simões Coordenação Departamento de Comunicação Pedro Hammerschmidt Capeto


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