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Alhos Vedros Vedros

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” pretende dar a conhecer a toda a população em geral o que de bom existe, se faz e há na freguesia de Alhos Vedros.

Temos como objectivo dinamizar e aumentar a economia local, aproximando pequenos negócios, comerciantes em nome individual e empresas da população Alhosvedrense.

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Pretendemos conciliar passado e presente e traçar um futuro próspero para a freguesia de Alhos Vedros e para as suas gentes.

Somos a plataforma que ajudará a freguesia de Alhos Vedros a dar-se a conhecer a todo o nosso país e quiçá, dar a conhecer Alhos Vedros a nível europeu e/ou mundial.

Sugestão:

Se tem um negócio na freguesia de Alhos Vedros (negócio físico ou online) e/ou outras informações sobre a freguesia que queira partilhar e divulgar, se pretende contribuir com sugestões para a melhoria contínua da revista digital “Sentir Alhos Vedros”, contacte-nos via e-mail para geral@sentiralhosvedros.pt ou sentiralhosvedros@gmail.com.

Destaque do Mês pág. 5 pág. 5

Olhar Alhos Vedros pág. 12 pág. 12

À Mesa Com... pág. 15 pág. 15

Editorial Editorial

Alhos Vedros

Quando recebi o convite para escrever um editorial para uma Revista de Alhos Vedros, senti-me orgulhoso, mas não percebi o alcance do convite

Ao pensar no que escrever, fui descobrindo que tenho muitas estórias, para partilhar dessa terra que foi muito importante para mim.

Deformacronológica,voupartilharcoisinhass

Para iniciar, é preciso referir que o coração d s anosde60e70estavasituadoemAlhosVedros,aACADEMIADEALHOSVEDROS foiondeabsorvidosesgrandesdeCultura.

Na ACADEMIA assisti a palestras, concertos e peças de Teatro. Ali vi a FORJA de Alves Redol, onde me confrontei pela primeira vez com a Morte, figura toda de branco,queeufugiadasalaemcadasessão,porqueassistia3sessões,nadamais haviaeíamosverTeatronaACADEMIA.

Maistarde,iaparaaVelhinhapraticarkaraté.

EmAlhosVedroscortavaocabelonoSetúbalepassavamuitotemponaOurivesaria doRui,aconvivercomaquelafamíliafantástica.

Era naquela terra tão antiga que ia muitas vezes ao Dr. Pinho e Melo, médico que anosmaistardeencontravanasnoitesdeSábadonoSnobdaCostadaCaparica,ele tambémgostavamuitodemulheres.

Nomeiodaescrita,descubroqueaminhaprimeiranamoradaeradeAlhosVedros.

Agora vou partilhar uma estória muito bonita, eu jogava futebol de 11 muito bem, masjogavaaindamelhorFuteboldeSalão.

Editorial Editorial

Num torneio de futebol de salão da Velhinha eu joguei numa equipa de craques, na final do torneio, no final do jogo estávamos a perder 2-0 e o treinador tirou os craques e mandou-me entrar juntamente com o Joli.

De repente eu marco um golo 2-1 e o Joli faz 2-2.

Com o pavilhão cheio e em euforia há uma bola que vem a sair da área de 7 metros, resguardo a bola e quando a bola passa o rico, remato de calcanhar, a bola passa por baixo da cueca do guarda-redes e é golo.

Sem VAR o árbitro anula o golo, que daria a vitória à minha equipa.

Gera se uma grande confusão e há invasão de campo, eu fugi para cima do palco e escondi-me atrás das cortinas.

Quando tudo acalmou o arbitro surgiu com o regulamento que dizia ser proibido rematar de calcanhar.

Mais tarde, na minha curta experiência de empresário, transfiro os negócios para Alhos Vedros.

Tinha uma fábrica na Estrada Moita / Alhos Vedros e foi-me oferecida uma loja de móveis mesmo na entrada de Alhos Vedros.

A fábrica foi feita com um apoio dos Fundos Comunitários, dinheiro que nunca cheguei a receber e me trouxe muitos problemas.

Entretanto a loja de móveis junto da bomba de gasolina era muito grande e abri um pequeno café na esquina e vendia imensos pequenos almoços às mulheres que trabalhavam na fábrica da frente.

Como não havia nada em Alhos Vedros fiz uma pequena esplanada onde à noite se foi juntando pessoas.

Quando chegou o inverno enfiei a esplanada dentro do armazém que estava vazio e chamei-lhe MOBILGARDEN.

Mas, a coisa começou a correr muito mal. Havia um tipo em Alhos Vedros que teimou em destruir o espaço e aparecia com amigos ao fim da noite e nem conto o que acontecia.

Editorial Editorial

Vi-me encurralado, ainda por cima um tipo que trabalhava para a SPA e cobrava os direitos de Autor, um tal Canhão fez-me procurar uma solução

Um dia em Odemira descobri um Caldeira e vendi-lhe o Mobilgarden e ele fez o Dinossauros e depois a Kleoptara que ainda existe e entrei lá há dias.

Nesses tempos conheci uma figura única no nosso País, conheci o Quim Caiado filho do dono da Corticeira que estava no centro de Alhos Vedros. As estórias com o meu amigo Quim Caiado davam outro editorial.

Apetece-me contar duas ou três, mas vou passar adiante.

Entretanto há uns meses, a minha primeira namorada ligou-me desesperada porque estava doente e o irmão estava com um cancro muito complicado.

Ela sabia, que sou o salva-vidas de serviço e fiz tudo para salvar o seu irmão.

Consegui que fosse transferido do Hospital do Barreiro para o Curry Cabral, conseguiuse melhoras, mas por vezes a morte que conheci na ACADEMIA é mais forte que a VIDA.

No dia em que fui ao funeral, havia muitos carros estacionados e perguntei o que se passava.

Estava a rezar Missa, o cardeal Américo Aguiar.

Nunca me tinha apercebido que Alhos Vedros tinha uma Igreja Matriz com as traseiras para a vila

Pensava que a Igreja era a Capela junto da Misericórdia

Quando entrei na Igreja, fiquei deslumbrado com tanta beleza, para mim das Igrejas mais bonitas que conheço.

No final da Missa vi o Cardeal entregar um presente ao Presidente da Câmara da Moita e ouvi o Padre de Alhos Vedros pedir meio milhão para obras.

Achei desagradável, uma instituição tão rica pedir dinheiro dos nossos impostos, mas adiante.

Editorial Editorial

Quando estava a assistir a todo aquele folclore eclisiástico-politico penitenciava-me.

Naquele dia, o ateu penitenciou-se.

Eu, que digo tantas vezes que não damos valor ao que é nosso, não sabia que tínhamos em Alhos Vedros uma Igreja tão maravilhosa.

Quando iniciei a escrita, pensei que ia escrever um bom Editorial, mas no final e sem ler nem corrigir, sinto que ficou aquém das minhas expectativas, mas fiz com paixão e com respeito pelos que pediram o Editorial e por Vocês que o irão ler.

Porque o passado de Alhos Vedros é tão rico, esquecido e ocultado faço um desafio para o FUTURO, porque só o futuro interessa.

Não deixem uns poucos usarem os meios para mostrar a Alhos Vedros que lhes interessa, envolvam-se nas Coletividades, nos Clubes, nas Associações.

Alhos Vedros tem de se abrir ao Mundo, porque tem PASSADO e tem de ter PRESENTE e FUTURO.

OBRIGADO, ALHOS VEDROS

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