1 minute read

DaraPalavra DaraPalavra

Alhos Vedros, fruto das várias fábricas de confecções, assistia diariamente, à hora de almoço, à azáfama das mulheres que saiam das fábricas, para na sua pausa de refeição irem até à pastelaria mais próxima beber o seu cafezinho.

Era ver um mar de gente na rua.

Advertisement

Vila de muitas tradições nas festas, não faltava até a festa dos toiros a correr nas ruas (assisti apenas uma vez, pois não gostei). Ainda me lembro de um homem, o Ti Banana, que foi colhido por um toiro e faleceu. Recordo-me, também, do Sr. Ganhão que transportava pessoas das redondezas na sua carroça para as festas.

Foi no antigo hospital de Alhos Vedros – única maternidade do Concelho – que dei à luz o meu filho mais velho: o Marco. Ainda hoje, cumprimento com carinho a senhora parteira.

O meu pai apanhava lambujinhas para vender, junto ao forno da cal. Para nós, as lambujinhas e os caranguejos eram o marisco dos pobres.

Trabalhei durante 12 anos numa das fábricas de cortiça, a SILVA E ARROJA. Esta fábrica era conhecida na região como a fábrica do banco, pois era detida por uma entidade bancária.

Ao dia de hoje, quando passo junto a esta antiga fábrica, recordo-me de tantas vivências, simples mas bonitas.

This article is from: