do trabalho cáustico de Eça. E nessa leitura os personagens centrais de «Os Maias», vão sentir-se «traídos» pelo criador. Ou melhor usados. E é sua pretensão afirmar que havia outra maneira de se ser irónico. Afinal – sentem Ega e Carlos da Maia – Eça «viu» na Costa-Nova, in loco, outras gentes, ainda sãs. E ao pé dessas pessoas, até os «cabotinos» lisboetas, ainda poderiam ter salvação. E porque não aceitar que os personagens se gostassem de ver tratados em uma outra perspectiva? As pessoas (e personagens) têm de ser obrigatoriamente à imagem e semelhança, do que pretendem os seus criadores? E pronto… Desafiei-me, e agora deixo-vos com este petit essai, que me farão favor de perdoar a ousadia. Senos Fonseca
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