Dia de congo era dia de festa. Olhos atentos para o espetáculo que se realizava na rua. O Rei tomava posse do seu trono, por vezes uma simples cadeira recoberta com uma toalha vistosa, mas ainda um trono! O coro de cantores anunciava: Arredar e arredar, dexar passar Nossos reis, nossos reis D. Carlongo Mais a sua, mas a sua divindade Toda ela, toda ela pra seu trono.* Versinhos e cantigas enchiam a noite de alegria: Já fui cravo, já fui rosa Hoje sou manjericão Daquele bem miudinho Que as moças pega na mão.*
*Falas transcritas por João Nogueira (1867-1947) em Fortaleza Velha – Editora Armazém da Cultura, 2013.