Aerolândia gylmar chaves

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Um bairro também sobrevive da saúde

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m seus primórdios, faleciam na Aerolândia muitos de seus moradores, principalmente pela ausência de recursos médicos e clínicos com suportes técnicos disponíveis. Até os anos 1960 e 1970 era comum a notícia de mortes prematuras de crianças e adultos, vítimas do sarampo, caxumba e outras mais. A precariedade da saúde era tão assustadora que a população costumava assistir a enterros de recém-nascidos “transportados em caixas de papelão ou madeira confeccionadas de maneira artesanal até o Cemitério da Messejana, o mais próximo da região”, revela-nos Francisco Caminha e João Luís Filgueiras, em seu livro Aerolândia, seu povo, sua história: de sua origem aos dias atuais. Sobre os serviços relativos à saúde da população, o bairro conta hoje somente com o Posto de Saúde César Cals de Oliveira, que a cada dia se torna insuficiente para as necessidades clínicas e ambulatoriais, além de umas poucas farmácias. Meu pai se chamava João Pereira de Sousa, mas era conhecido como Pererinha. Ele nasceu na cidade de Piancó, na Paraíba, e veio para o Ceará nos idos dos anos 40, para servir o Exército. 49


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