Newsletter Maio 2012 (Edição Especial Queima das Fitas)

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FICHA TÉCNICA PROJECTO Queima das

Fitas - Maio 2012

CORDENAÇÃO André

Eufrásio e Inês Lopes DESIGN Marta Pilré ILUSTRAÇÃO Vânia Jorge AUTORIA Filipa Almeida, Igor Pereira, Inês Lopes e Viriato Ferreira e Castro MORADA Rua Padre

António Vieira, Edifício da AAC, 4º piso, sala 13, 3000-315 Coimbra, Portugal

EDITORIAL

Uma vez, numa das nossas chatas reuniões semanais da SDDH/ AAC, alguém disse: “Epah, a secção já merecia uma revista bonitinha que mostrasse melhor o bom trabalho que nela já se faz!”. E, nesse instante, pensámos “É isso, ‘bora fazer, agora para a Queima, um livro jeitoso, assim mais formal, com um largo número de páginas que contemple toda a história da secção, explique com pormenor como aqui se trabalha, ilustre a nossa visão acerca dos Direitos Humanos e, por fim, dê a conhecer todos os projectos já realizados!”. Espectacular, de facto… se a Queima não fosse daqui a uma semana e meia e se 80% por cento das pessoas não estivessem bêbadas e sem paciência alguma para ler o que quer que seja! Resultado final: esta newsletter, possivelmente com um ‘chupa’ anexado. inês Lopes

E-MAIL direitoshumanos aac@hotmail.com


s t e a n o com e m o r a m o s o 15º a n i v e r s á r io da s e c ç Ão de defesa dos dir eitos Hum a nos da associ açÃo aca démica de coi m br a (sddH/a ac). e fa z emo -lo sa bendo qu e só atr av és da Histór i a de ca da um dos estuda ntes que por el a tÊm passa do, desde 1997, conHecemos de facto a verdadeira História desta secçÃo.

ADVOGADO

ESTUDANTE DO CURSO DE DIREITO DA FDUC

2º Secretário e Vice-presidente nos anos 2002-04

Vogal, Presidente e Presidente da Mesa de Plenário nos anos 2009-12

quandO entRei PaR a a SddH/a ac, eSPeRava… dar o meu contributo cívico

e participar na política académica sob uma perspectiva diferente, fugindo à influência partidária que rodeava a Academia. Via a secção como um espaço de reflexão perfeito para fazer de um Jurista, um Humanista. O que MaiS Me MaRcOu FOi… não consigo isolar um único evento. A declamação de Poesia «Antologia Coimbrã», a participação no Fórum da TSF acerca da segunda Guerra do Golfo, os debates «Prostituição – da tradicional à estudantil» que fez capa no Diário de Coimbra, entre outros, começavam a fazer da secção uma das vozes autorizadas da Academia para as questões dos Direitos Humanos. nÃO FiZ, MaS GOStaRia de teR FeitO… nada mais do que eu e os meu Colegas fizemos na altura. Bem sabemos que “a obra nunca está completa”, mas chegada a altura de passar o testemunho, desejámos a mesma sor te e vontade aos colegas seguintes.

SOube que eXiStia a SddH/aac PORque...

queria construir currículo na área dos Direitos Humanos ao mesmo tempo que procurava um grupo que discutisse temáticas acerca dos mesmos. Foi ao navegar no site da AAC que descobri as suas secções culturais, em particular a SDDH/AAC, começando pouco tempo depois a ir às reuniões e a participar nos seus projectos.. O Meu MaiOR ORGuLHO na SecÇÃO FOi... vários. A constituição de uma b o a e quip a de v olunt ár ios estudantes, a reestruturação de uma secção que estava presa a moldes e vícios antigos, tornando-a numa das mais vibrantes hoje em dia, e a experiência adquirida com os restantes grupos da AAC e como dirigente associativo, são os meus maiores orgulhos. quandO ceSSei FunÇÕeS cOMO PReSidente, Sabia que…

apenas o título tinha “ido à vida”, pois a dedicação à secção era a mesma. Confiante na nova direcção, desejo nunca abandonar o seu projecto por mais longe que possa estar, à semelhança de fundadores de outras secções.



Olhei par a ela e vi todos os tipos de pessoas: altas, baixas, magras, gordas, grávidas, deficientes, homens, mulheres, idosas, crianças, amarelas ou pretas. A imagem era bem clara – todas as pessoas se cr uzavam, e com elas, todos os seus direitos, liberdades e garantias. Ou ausência deles. A verdade é que, desse ‘cruzamento’, saiem sempre consequências, e nem todas facilmente visíveis. A violação dos Direitos do Homem não acontece só na China ou na África Subsariana, acontece também aqui, na Europa, em Por tugal, em todo o lado, todos os dias. O meu vizinho de cima é um idoso a viver sozinho, o meu colega de grupo é vítima de maus tratos, a minha prima não tem dinheiro para continuar a estudar, e por isso, prostituir-se, o meu melhor amigo não

se quer assumir, porque os bisexuais são discriminados, a minha irmã é cega e ninguém lhe dá emprego. E ainda assim, contudo, a imagem parece tão colorida, não é? A realidade dos Direitos Humanos, também é assim, mascarada, escondida, à espera de alguém que lhe dê voz. Em Portugal, durante o ano passado, a PSP registou mais de 2500 de idosos encontrados mortos em casa, dos quais 99 em Coimbra; e a APAV estimou, por dia, duas dezenas de mulheres vítimas de violência doméstica. Não são números, são “o meu vizinho” e a “minha colega”, somos nós. Palavras como respeito, liberdade e tolerância ainda não fazem sentido para todas as pessoas e nós temos temos que ter consciência disso. No mínimo.


e m só de t eor i a v i v e o Hom e m , e pa r a a l é m de e sta r mos atentos às violações que todos os dias vemos cometidas contra os Direitos Humanos, é preciso actuar. E actuar faz parte do dia-a-dia de quem trabalhar na SDDH/AAC. Vários foram os projectos em que participá mos, que organizá mos e que ainda continua mos a desen volv er… sozinhos ou em pa rcer i a, quer com estuda ntes singulares quer com outras ONGs. Vale a pena conhecer alguns deles.

O que é? Um espaço intimista de discussão, informação e partilha, aberto a todos. Objectivo Fazer Coimbra, sobretudo os estudantes, reflectir acerca das temáticas

actuais dos Direitos Humanos. Quando? Todos os meses.

O que é? Uma plataforma que dinamiza um conjunto de iniciativas relativas aos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM). OBJECTIVO Sensibilizar a população

coimbrã para a necessidade antigir mos os 8 ODM, sobretudo o 1º - erradicar a pobreza extrema. Quando? Anualmente, em Outubro, de 2010 a 2015.

O que é? Um concurso nacional com várias etapas e actividades relacionadas com os ODM, desenvolvido para estudantes universitários e organizado pela Agência ODM. Objectivo

Promover localmente os ODM e capacitar os estudantes de competências e oportunidades concretas. Quando? Primeiro semestre do ano 2011.


O que é? Uma campanha

constituída por um debate e sucessivas intervenções teatrais de rua, em parceiria com uma estudante de Erasmus, Sofia Poppi, mestranda na área.

ObjectivO Sensiblizar e informar os estudantes para a violação sexual que é cometida durante e em nome da guerra e as suas consequências. quandO? Primeiro semestre do ano 2011.

O que é? Uma rúbrica audiovisual, desenvolvida em parceria com a Secção de Televisão da AAC, que consiste na realização de entrevistas aleatórias na rua. ObjectivO

Perceber e dar a conhecer o que os estudantes sabem acerca dos Direitos Humanos. quandO? Todos os meses.

O que é? Uma plataforma anti-transfobia e homofobia que desenvolve um conjunto de iniciativas de luta contra o preconceito baseado na orientação sexual e identidade

de género. ObjectivO Mudar mentalidades, acabar com a discriminação e garantir direitos iguais para as pessoas LGBT. quandO? Durante todo o ano.

O que é? Uma campanha de sensibilização dinâmica e um conjunto de jogos interactivos, com oferta de brindes. ObjectivO Sensibilizar os estudantes para os comportamentos de risco a

evitar e dar a conhecer algumas das temáticas e realidades dos Direitos Humanos. quandO? Anualmente, em Maio, durante a Queima das Fitas.



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