Material Educativo - Arte Subdesenvolvida em Linguagem Simples

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Mulher fazendo telha, 1953

José Cláudio

Óleo sobre tela

Quem já fez pão, bolo ou biscoito afofando a massa de farinha ou brincou de massinha de modelar?

Nesta pintura, vemos uma pessoa amassando um material.

O nome da pintura é “Mulher fazendo telha”. Para fazer as telhas, que cobrem o teto das casas, usamos o barro, por isso a gente sabe que o que a mulher amassa é o barro. Ela aperta o barro com força, e tem os braços bem grandes e parecem fortes.

Atrás da mulher tem uma prateleira já cheia de telhas, o que mostra que ela trabalhou bastante.

O artista, que se chama José Cláudio, pintou os pés e mãos bem maiores que a cabeça (que está pequenininha) para mostrar que essa mulher trabalha com a força do corpo.

A mulher que amassa o barro para fazer as telhas usa um lenço amarrado na cabeça e um vestido solto.

O sapateiro, 1952

Ailema Bianchetti

Gravura

O nome desta obra é "O Sapateiro".

O sapateiro faz e conserta sapatos.

Aqui ele está com o corpo curvado, apoiando sua cabeça nas mãos. Você acha que ele parece cansado ou chateado? Será que ele adormeceu?

O que você vê na testa do sapateiro? Os risquinhos são as rugas que mostram que ele já é mais velho.

Toque na sua testa. Como ela é? É lisinha ou tem rugas como a do sapateiro?

Procure na obra as sombracelhas do sapateiro. Como elas são?

Ao lado do homem estão alguns pares de sapatos:

um par de tênis

uma sapatilha

um par de chinelos

Tem um pé de sapato de salto alto no cantinho, você consegue achar?

Nós sabemos que o homem está na oficina, porque podemos ver os sapatos e os instrumentos dele de trabalho.

JOGO DO OLHAR

Vamos procurar dois instrumentos que o sapateiro usa?

São dois tipos de faquinhas. Tem uma terceira pendurada nessa mesinha de madeira. Você consegue achar?

O que você acha que são esses rolos?

Imagine que você enrolou um tapete?

Esses rolos devem ser de couro, material que é usado na fabricação de sapatos.

A artista, que se chama Ailema, usou uma técnica que deixa muitos riscos.

Alguns riscos ajudam a gente a ver onde está iluminado e onde está escuro no desenho.

Essa obra tem três cores: o preto, o vermelho alaranjado (meio cor de telha) e o creme do papel.

Em algumas parte o vermelho marca a sombra. Vamos procurar as sombras? Dicas: tem uma sombra atrás do homem, outra sombra debaixo da chinela, a sombra das pernas do sapateiro e a sombra da mesa .

Nessa foto a sombra está na frente do homem, mas ela pode estar atrás, do lado e até debaixo.

Esta obra é uma xilogravura. Ela não é pintada em uma tela, como uma pintura.

A xilogravura é um tipo de gravura que tem a matriz (a base) feita com madeira.

A fome e o brado, 1947

Essa obra é uma escultura. Diferente das pinturas, que ficam penduradas na parede e a gente só consegue ver de frente, a escultura dá para olhar de vários jeitos, de frente, de lado e por trás. Na visita da galeria procure andar ao redor da escultura.

O nome desta obra é “A fome e o brado”. Será que você já ouviu essa palavra antes? Talvez tenha ouvido a palavra BRADO no nosso Hino Nacional? Ela aparece nesta parte: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas. De um povo heróico o brado retumbante”. Brado significa um grito muito forte.

A obra representa esse grito de dor causado pela falta de comida, pela miséria. Na escultura aparece uma família muito fraca. As costelas das crianças estão a vista mostrando a magreza. Os braços são só osso, fininhos, fininhos.

No centro da escultura um mão se ergue para cima.

Essa mão representa o brado, a mão quase que grita aos céus pedindo ajuda!

Um sanduíche muito branco, 1966

Cildo Meireles

Pãozinho, algodão branco

Vocês já tiveram um sonho bem esquisito, onde muitas coisas se confudem?

Cildo Meireles, o artista, sonhou com um sanduiche diferente e depois criou essa obra.

Aqui vemos um sanduíche, mas não é um sanduíche comum. Ele tem um recheio diferente: o algodão!

Recheio de nuvem? Você acha que parece?

Será que esse lanche tem um gosto bom?

Será que enche a barriga?

Como será a sensação na boca?

Esse recheio de algodão pode nos lembrar quando a gente molha o pão no café e ele fica bem fofinho.

Mas outras pessoas acham que esse recheio ia ficar seco na boca e não ia ser nada gostoso.

Menina Ajoelhada, 1945

Candido Portinari

Óleo sobre tela

Onde a menina está?

Repare do chão de terra com algumas pedrinhas. No cantinho da pintura tem a assinatura do artista: Portinari.

O nome dessa obra é “Menina Ajoelhada”.

O rosto da menina está abatido (cansado).

Você acha que ela está chorando?

Menina Ajoelhada, 1945

Candido Portinari

Óleo sobre tela

Vamos observar as cores do fundo da pintura

Algumas cores são chamadas de frias, outras de cores quentes. O laranja, por exemplo, é uma cor quente, enquanto o verde é uma cor fria.

Olhando o céu atrás da menina, que momento do dia você acha que é?

Será que é de manhã cedinho ou já está mais para o fim da tarde?

O artista Candido Portinari retratava o povo brasileiro.

Nas suas pinturas podemos ver: homens trabalhando na plantação do café, as brincadeiras das crianças as famílias lutando em terras secas

Exu Trifacético, 1968

Abdias Nascimento

Acrílica sobre duratex

Nesta pintura, vemos Exú, que é uma orixá no Candomblé.

Quantos personagens você enxerga nessa pintura. Olhando bem, dá para notar que são três!

Podemos enxergar uma linha vertical no meio da tela.

Tem um rosto que olha a gente de frente (o nariz está bem no centro), um rosto vermelho para o lado esquerdo e um rosto preto para o lado direito.

Nas mãos, Exú segura um tridente, que parece um garfo grande ou uma lança.

Na obra podemos ver dois tridentes: um tem uma forma curvada que representa o feminino, já o outro é reto e representa o masculino.

Isso mostra que a figura carrega os dois lados com ela.

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