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Com a greve em maio, a oferta de papéis recuou
A cadeia do papel apura os efeitos da paralisação dos transportes rodoviários que forçou a interrupção da produção e da comercialização por vários dias no mês de maio. Como em outros setores da economia brasileira, os reflexos no mercado de papel devem se estender bem além do período da greve. Conforme a edição 49 do boletim Cenários Ibá, da Indústria Brasileira de Árvores, em maio, a produção, a importação e a venda de papéis recuaram em relação ao mesmo mês do ano passado.
A produção geral de maio caiu 11%, deixando um acumulado anual de 4,216 milhões de toneladas, 0,8% menos que no comparativo com o ano passado. As vendas de papéis ao mercado interno diminuíram 16,7% em maio e 0,6% na parcial dos cinco meses. O comércio exterior também foi impactado pela paralisação dos caminhoneiros. No mercado de papel, as exportações caíram 25,9% no mês de maio, deixando uma variação negativa de 7,77% no resultado parcial do ano, de acordo com o boletim. Já as entradas de papéis estrangeiros para todas as destinações diminuíram 11,7% em relação ao volume do quinto mês de 2017. A publicação aponta ainda que, apesar da redução no mês, o saldo das importações do ano segue positivo em 6,7%.
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No entanto, no mês de junho, as importações de papéis somaram 62,3 mil toneladas, 16,5% menos que as 74,6 mil toneladas do mesmo período de 2017. Pelos números do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o acumulado neste ano é de 366,6 mil toneladas e ainda supera em 2% a parcial dos seis primeiros meses de 2017. Desde abril do ano passado, o saldo parcial do ano vem crescendo em relação ao mesmo período anterior.
O mercado de papel abrange os segmentos de embalagens, impressão e escrita, imprensa, sanitários, papel cartão e outros. Os distribuidores de papel, em geral, têm maior participação nos segmentos que abastecem a produção gráfica e editorial.