Relatorios Rosi Vizentim Univesp (2)

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Lista de projetos O uso da tecnologia no trabalho interdisciplinar dos professores Grupo SM 1 | Leonardo do Valle, Marcelo Matos Almeida Porto, Luiz Carlos Lourenço dos Santos, Mariana dos Santos Pereira

Qualidade em Educação: Uso de Tecnologia da Informação para tornar a aprendizagem mais atrativa para alunos do 6º ano da escola E.M.E.B. “Luiz Antoniazzi” Grupo SM 2 | Ricardo Augusto Milani, Raquel Rodrigues Alves, Werner Hillerns Neves

O blog como ferramenta didática para o Ensino de Matemática Grupo SM 3 | Damaris Santana dos Santos Motta, Samuel Gustavo Ferreira, Rosemeiry Antonio Kansem

Trabalhando a interdisciplinaridade com alunos do Ensino Médio Grupo 6T1 | Silvia Correa Guimarães Raposo de Medeiros, Luiz Fabiano Bonetti, Paulo Roberto Gomes, Andre Leme da Silva, Luiz Paulo Alexandre

Como melhorar o atendimento de alunos com necessidades especiais no contra turno de uma escola Grupo 6T 2 | Priscila Lio Crudi, Rafael Crudi, Samantha Bernardo de Mello


O uso da tecnologia no trabalho interdisciplinar dos professores




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UNIVESP - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

LEONARDO DO VALLE LUIZ CARLOS LOURENÇO DOS SANTOS MARCELO MATOS ALMEIDA PORTO MARIANA DOS SANTOS PEREIRA

O uso da tecnologia no trabalho interdisciplinar dos professores

Link do vídeo no Youtube: https://youtu.be/UcXt7HePRZ8

Jundiaí 2015



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UNIVESP - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

LEONARDO DO VALLE LUIZ CARLOS LOURENÇO DOS SANTOS MARCELO MATOS ALMEIDA PORTO MARIANA DOS SANTOS PEREIRA

Trabalho final apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Orientador: Prof. Rosimeire Vizentim

Jundiaí 2015



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VALLE, Leonardo do. SANTOS, Luiz Carlos Lourenço dos. PORTO, Marcelo Matos Almeida.PEREIRA, Mariana dos Santos. Qualidade na educação. Projeto Integrador para a obtenção do título de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Jundiaí. 2015.

RESUMO O trabalho descreve os processos de investigação e prototipação e a utilidade de uma planilha eletrônica feita para orientar professores da Escola Estadual Benedicto Loschi, localizada na zona rural do município de Jundiaí á respeito do quanto a interdisciplinaridade pode contribuir para o aumento da qualidade do ensino. Essa prática educacional surgiu na Europa na década de sessenta e tem como objetivo ampliar o horizonte de pensamento dos alunos, superando a antiga metodologia educacional que fragmenta a produção do conhecimento de cada disciplina em sala de aula, ou seja ela busca estabelecer o sentido de unidade entre os conteúdos ensinados, através de associações que também abrangem a vida social de cada aluno, possibilitando-lhes se tornarem seres pensantes e atuantes, relacionando o conhecimento científico aprendido na escola com o mundo em que vivem. Enquanto fazíamos diversos questionamentos á coordenação da escola durante nossa visita técnica á respeito de como a qualidade do ensino poderia ser melhorada, notamos a ausência de um controle de informação mais eficiente por parte dos professores em relação ao acompanhamento pedagógico dos conteúdos aprendidos por seus alunos nas outras disciplinas, a partir desse momento identificamos a possibilidade de criação de uma planilha de compartilhamento informacional de conteúdos ensinados pelos professores, para que todos possam ter acesso ao conteúdo que seus alunos já aprenderam e também divulgarem o conteúdo que eles já ensinaram em suas disciplinas, cumprindo o currículo escolar de cada série. Nosso projeto consiste em uma planilha eletrônica feita para o acompanhamento pedagógico dos conteúdos a serem ensinados dentro do currículo escolar dos alunos do sexto ano, dividido em várias abas, classificadas por cada disciplina e por sua programação cronológica de ensino distribuída ao longo do ano, que tem como objetivo orientar e possibilitar os professores a realizarem atividades interdisciplinares com seus alunos.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade - Qualidade no ensino - Planilha eletrônica



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VALLE, Leonardo do. SANTOS, Luiz Carlos Lourenço dos. PORTO, Marcelo Matos Almeida.PEREIRA, Mariana dos Santos. Qualidade na educação. Projeto Integrador para a obtenção do título de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Jundiaí. 2015.

ABSTRACT The work describes the prototyping and research process of the use of a spreadsheet made to guide teachers in the State School Benedicto Loschi, located in the countryside of the Jundiaí city, regarding how interdisciplinarity can contribute to increasing the education quality. This educational practice started in Europe during the sixties and aims to broaden the horizon of the students thinking, surpassing the old educational methodology that fragments the production of knowledge of each discipline in the classroom, in other words it seeks to establish a sense of unity among the contents taught, through associations which also cover the social life of each student, enabling them to become thoughtful and active citizens, linking scientific knowledge learned in school to the world in which they live. During we were making several questions to school coordination in our technical visit about how the quality of education could be improved, we note the absence of a more efficient information control by teachers in relation to educational support of content learned by their students in other disciplines, from that time we identified the possibility to create an information sharing spreadsheet with contents taught by teachers in wich everyone of them can have access to the content that their students have learned and also disclose the content they have taught in their disciplines, fulfilling the school curriculum in each series. Our project consists in a spreadsheet made for the pedagogic supervision of contents to be taught within the school curriculum for sixth graders, divided into several tabs, sorted by each subject and its teaching chronological programming, distributed over the year. It aims to guide and enable teachers to conduct interdisciplinary activities with their students.

Keywords: Interdisciplinarity - Education quality - Eletronic spreadsheet


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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Prédio da Escola Estadual Benedicto Loschi

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Figura 2: Atividades na Escola Estadual Benedicto Loschi

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Figura 3: Abas da Planilha Inicial: Protótipo 1

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Figura 4: Aba da disciplina de Português

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Figura 5: Aba da disciplina de Matemática

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Figura 6: Aba da disciplina de História

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Figura 7: Aba da disciplina de Geografia

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Figura 8: Protótipo 2: Aba geral

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Figura 9: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Português com os conteúdos lançados durante todo o ano 31 Figura 10: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Matemática com os conteúdos lançados durante todo o ano

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Figura 11: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Geografia com os conteúdos lançados durante todo o ano

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Figura 12: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de História com os conteúdos lançados durante todo o ano 32 Figura 13: Protótipo 3: Aba da disciplina de Português antes de aplicar qualquer conteúdo 33 Figura 14: Protótipo 3: Aba da disciplina de Matemática antes de aplicar qualquer conteúdo 34 Figura 15: Protótipo 3: Aba da disciplina de História antes de aplicar qualquer conteúdo

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Figura 16: Protótipo 3: Aba da disciplina de Geografia antes de aplicar qualquer conteúdo

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Figura 17: Protótipo 3: Aba da disciplina de Interdisciplinaridade

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Figura 18: Protótipo 3: Aba da disciplina de Interdisciplinaridade

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Figura 19: Validação do Protótipo Final

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Figura 20: Validação do Protótipo Final

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SUMÁRIO 1 - Resumo

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2 - Abstract

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3 - Introdução e Justificativa

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4 - Fundamentação Teórica

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4.1 - Relação da fundamentação teórica com as disciplinas da licenciatura

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5 - Problema e Objetivos da Pesquisa

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6 - Metodologia

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7 - Análise de dados

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7.1 - Descrição do Protótipo

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7.1.1 - Protótipo 1

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7.1.2 - Protótipo 2: Pós Fishbowl

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7.1.3 - Protótipo 3: Planilha Final

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8 - Considerações Finais

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9 - Bibliografia

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3 - INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA Localizada na área rural próxima da divisão de território entre os municípios de Jundiaí e Louveira, ficando á dez quilômetros do centro da cidade e tendo como bairros mais próximos Fernandes, Jardim Celeste, Parque Centenário, Residencial Terra da Uva, Cecap e Morada das Vinhas, onde residem mais de 90% dos alunos, está localizada a Escola Estadual Benedicto Loschi, que oferece aulas nos períodos da manhã e tarde para o segundo ciclo do Ensino Fundamental, turmas do sexto ao nono ano, no regime de progressão continuada funcionando das 7:00 horas ás 17:50 horas. Optamos por realizar para nosso trabalho uma visita técnica á essa escola, pelo fato dela ser uma das poucas escolas rurais do município e por apresentar uma organização diferenciada, pouco comum nas escolas públicas da atualidade no município de Jundiaí. Segundo o Professor Coordenador Rene Guilherme Peronne de Almeida que nos recebeu em duas oportunidades, a área total da escola é de 4.765,04 m² dos quais 1522 m² é área construída. O histórico da escola começa no final da década de cinquenta quando através de insistentes pedidos de agricultores moradores da região, é aberta uma classe somente masculina da primeira série primária na escola que até então se chamava Escola Masculina da Estação de Currupira, nome motivado pela presença de uma linha férrea nas proximidades da escola, que permanece em funcionamento até os dias atuais. Nesse período a escola funcionava na sala de uma casa cedida por um agricultor de plantio de uvas morador da região que se identificava com a necessidade do incentivo escolar para as crianças do bairro. Sob o comando de uma professora primária e a direção da Escola Estadual Joaquim Candelário de Freitas, que fica em um bairro próximo a então Escola Masculina da Estação de Currupira começava a se concretizar. Alguns anos depois ela passa

a atender meninos e meninas no mesmo

espaço, um grande avanço educacional para a época e assim passa a se chamar Escola Mista da Estação de Currupira.


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Com o aumento da demanda de alunos o proprietário cede toda a casa para o funcionamento da escola, que passa a chamar-se Escola Estadual Rural Estação de Currupira e começa a ter duas classes multi-seriadas nos dois períodos diurnos. Em 1989 a escola se instala na localização em que funciona hoje, após o terreno ser cedido pelo Senhor Benedicto Loschi patrono da escola a qual leva seu nome como gratidão da comunidade para com sua digna doação. A escola tem uma localização que pode ser considerada muito privilegiada para o bem estar de seus alunos, ela fica em meio a uma área verde, rodeada por parreiras de uvas, em um dos poucos locais do município onde é possível encontrar um pouco de tranquilidade. Em 1993 é implementado o antigo ginásio na EEPG Benedicto Loschi, sendo uma quinta e outra sexta série, vindas da EEPSG Maurílio Tomanik, escola presente em um bairro vizinho, muito populoso. Figura 1: Prédio da Escola Estadual Benedicto Loschi

Fonte: Acervo de imagens da Escola Estadual Benedicto Loschi Antigamente a escola contava exclusivamente com alunos residentes da zona rural, porém entre os anos de 1995 e 2009 com algumas construções do CDHU na


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região, houveram inúmeras mudanças no perfil da população local que consequentemente mudou o perfil dos alunos. As famílias não são mais constituídas por meeiros e agricultores, mas em grande parte por trabalhadores do comércio, indústrias e outros. Segundo informações da própria escola a renda familiar dos alunos varia entre um á cinco salários mínimos. O perfil dos alunos é caracterizado como muito interessado, no entanto deve-se levar em consideração que uma pequena porcentagem assume atitudes e comportamentos reveladores de seu desinteresse, indisciplina e agressividade, evidenciando carências em nível de educação moral e cívica. Muitos desses casos são motivados pelo desinteresse familiar, fraco investimento na escolaridade dos filhos e as baixas expectativas que alguns alunos possuem em relação aos estudos. A vivência na escola permite concluir a seus profissionais, que pais e outros encarregados da educação das crianças apresentam um nível cultural heterogêneo, desde a formação básica a superior, com maior incidência na primeira. Na maioria dos casos tanto o pai quanto a mãe trabalham fora de casa a assim a situação sócio-econômica em sua grande maioria é estável, possuem casas próprias com acesso a televisores, computadores, aparelhos de telefone celular, etc. O corpo discente da escola atual é formado por aproximadamente 250 alunos, há situações de absenteísmo às aulas relacionadas ao baixo nível de proficiência de competências e habilidades, caracterizado por dificuldades de escrita, leitura, raciocínio lógico e na maneira como os alunos organizam seus métodos de estudo. Na escola há uma sala de leitura multimídia com uma biblioteca adaptada e um laboratório de informática com funcionamento no período da tarde com a presença de um monitor, uma quadra poliesportiva e um espaço com uma horta dedicado aos alunos realizarem práticas agrícolas. Em relação á caracterização física do edifício, a escola conta com quatro salas de aulas, uma secretaria, uma cozinha, quatro banheiros, um almoxarifado, uma sala de direção, uma sala de coordenação, uma sala onde fica a biblioteca e o laboratório de informática e um conjunto de mesas e cadeiras na parte externa coberto com um telhado feito de lona, destinado a atividades especiais ao ar livre. Toda escola é murada, todas as salas possuem cortinas, ventiladores e luzes de emergência, materiais audiovisuais como televisores, aparelhos de dvd, rádios e


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data show, na área externa há uma câmera de vigilância e pontos internos e externos com água natural e gelada. O corpo docente atual é formado por 16 professores, sendo um readaptado. Figura 2: Atividades na Escola Estadual Benedicto Loschi

Fonte: Acervo de imagens da Escola Estadual Benedicto Loschi Entre os anseios da escola estão aumentar a participação dos pais através da APM, conselho de escola e reuniões participativas e também criar um grêmio estudantil atuante. Seu planejamento é voltado a oferecer um ensino de qualidade, com uma equipe de profissionais coesa, que promova conhecimento e aquisição de valores éticos e cívicos e de cidadania, através de relações pedagógicas e humanas levando em consideração as características da comunidade local. São realizados projetos individuais com os alunos, buscando resolver conflitos na relação professor aluno no âmbito escolar. Seu maior principio apresentado pelo coordenador é ser uma escola que se governa dentro dos limites definidos pela legislação, porém que sempre realiza discussões entre professores e pais a respeito de novas medidas a serem estipuladas, visando avanços no ensino e na relação dos alunos com o ambiente escolar. Também existe uma enorme preocupação quanto a assegurar um padrão mínimo de qualidade para todos os alunos, ouvindo e lendo suas opiniões,


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reorganizando o currículo e tomando conhecimento de diversas melhorias que possam ser tomadas, a partir de maneira não isolada e fragmentada e construindo uma maior integração entre os alunos. A valorização dos educadores também é muito pensada por seus gestores, existindo incentivo em relação a formação inicial e contínua dos professores visando ajudar o aperfeiçoamento de sua prática de ensino adotada, através de projetos e programas de treinamentos da Secretaria da Educação que são amplamente divulgados e incentivados. A coordenação da escola nos recebeu com imensa cordialidade e nos ofereceu todas as informações que precisávamos, além de nos mostrar toda a escola e nos apresentar para os professores que trabalhavam no momento, a primeira vista existe uma excelente organização do ambiente escolar, motivada por ser uma escola de pequeno porte, porém é notável o esforço e dedicação de todos os profissionais em relação ao controle dos alunos. Tivemos a oportunidade de acompanhar a entrada dos alunos no período da tarde, nas atividades dentro das salas de aula, laboratório de informática e também durante o intervalo oferecido entre as aulas, em todos esses períodos nos surpreendemos com a organização e a boa qualidade de ensino e métodos pedagógicos presentes no ambiente escolar, por essa razão passamos a investigar e a questionar com o coordenador alguma ação que poderia melhorar ainda mais a organização da escola. Durante tal conversa nos foi passado pelo coordenador que ele em determinada situação recebeu uma reclamação de um professor de história que pediu em sala de aula para que seus alunos do sexto ano escrevessem uma dissertação a respeito de um período histórico vivido pelo Brasil, porém que o mesmo ficou decepcionado com o conteúdo feito pelos alunos. Após analisar a situação o coordenador realizou uma investigação do conteúdo aprendido pelos alunos até o momento e notou que eles ainda não tinham aprendido como dissertar, por mais que já fossem capazes de exporem suas ideias a respeito dos conteúdos aprendidos em cada disciplina. Nesse cenário identificamos o quanto a interdisciplinaridade é importante para a organização e programação pedagógica de uma escola, visto que através dela os professores passam a saber até que ponto podem cobrar o desempenho de seus alunos e avançarem com os conteúdos ensinados, além disso através de diversos


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tipos de atividades feitas em conjunto com os professores de diferentes disciplinas ela tem o poder de ajudar os alunos a associarem o conteúdo aprendido em uma disciplina com todo seu campo de conhecimento escolar, envolvendo as outras disciplinas e o conhecimento adquirido em sua realidade de vida fora da sala de aula. Assim a proposta de nosso protótipo é criar uma planilha eletrônica, utilizando o Microsoft Excel, aplicando

aos alunos do sexto ano do ensino fundamental,

descrevendo em suas várias abas o conteúdo aprendido por eles até o momento em cada disciplina, oferecendo aos professores que tiverem acesso a ela a oportunidade de fazerem um cruzamento de informações que os forneça conhecimento sobre o conteúdo aprendido por seus alunos até o momento em todas as disciplinas. A planilha será feita com a intenção de se tornar uma ferramenta de uso permanente dos professores e coordenador da escola, que a atualizarão diariamente após concluírem suas aulas e avançarem com o conteúdo programático do currículo escolar. Desse modo acreditamos poder contribuir para os avanços das atividades de interdisciplinaridade e também na orientação dos professores em relação ao que esperar de conhecimento e desenvolvimento de seus alunos em cada etapa escolar, também descobrindo como e o quanto a tecnologia pode colaborar no trabalho interdisciplinar dos professores.


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4 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O modelo educacional atual tenta cada vez mais se desassociar das práticas pedagógicas seguidas anteriormente onde

o professor era o provedor de todo

conhecimento passado aos alunos em sala. O professor atualmente passou a atuar como mediador da aprendizagem, suas práticas de ensino devem estar relacionadas a questionar os alunos, levando-os a fazerem pesquisas e consequentemente obterem as informações e respostas desejadas. Assim a escola compreende professores e alunos como agentes envolvidos e essa junção gera possibilidades para o processo de aprendizagem se tornar uma prática de desafios, lançados pelos professores á seus alunos, sendo capazes de observar seus níveis e velocidades de desenvolvimento. Segundo Santos e Garruti (2004), a interdisciplinaridade pode ser muito bem aproveitada para o avanço dessas práticas de ensino na atualidade, pois ela tem como objetivo superar a antiga visão fragmentada de produção de conhecimento em sala de aula, ela busca estabelecer o sentido de unidade e diversidade entre os assuntos ensinados, através de práticas que tornam mais significativas através de associações todas as informações desarticuladas que os alunos recebem separadas em cada disciplina. O conceito de interdisciplinaridade surgiu nas escolas francesas e italianas durante a década de sessenta, pois nesta época os movimentos estudantis lutavam por um novo escolar e parte dos professores mostravam interesse romperem com a educação segmentada. Uma das plausíveis justificativas de tais educadores era que a escola estava cada vez mais sendo influenciada pelo processo de industrialização, no qual cada indivíduo passava a exercer uma função específica no processo de produção. Método muito distinto de uma prática pedagógica coerente que deve buscar formar e possibilitar ao aluno se tornar um ser pensante e atuante, capaz de realizar análises e associações a respeito de tudo o que aprende e convive na sociedade. Porém, até os dias atuais podemos ver escolas que não trabalham com conhecimentos que levam a atuação adequada de seus alunos ao meio em que vivem.


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Grande parte dos conteúdos ensinados não estão associados ao cotidiano dos alunos, que consequentemente não conseguem estabelecer uma relação entre a teoria do que eles aprendem e suas práticas, devido as informações recebidas não apresentarem relações com sua realidade. O trabalho de Bonatto et al (2012), mostra que a interdisciplinaridade pode continuar associando diversos assuntos aprendidos com outras áreas educacionais ou sociais, com o propósito de promover a interação entre o aluno, professor e o cotidiano. Um bom exemplo é o ensino de ciências naturais que possui várias áreas de atuação e campos de trabalho. O modo de pensar interdisciplinar tem a premissa de que nenhuma forma de conhecimento sozinha pode ser racionalmente entendida, é através do cotidiano e do ganho de novas experiências que nos faz refletir é que damos sentido a nossas vidas. Ampliado nosso conhecimento e o aplicando através da relação de nosso conhecimento cientifico com o mundo. Seguindo esse raciocínio a interdisciplinaridade é o conhecimento escolar aplicado a uma nova dinâmica de metodologia. O trabalho de Bonatto et al (2012), descreve a interdisciplinaridade como uma ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre si, pois abrange temas e conteúdos com recursos ampliados e dinâmicos, onde os conteúdos ensinados são melhores aprendidos. O plano pedagógico de ensino do professor não deve ser elaborado totalmente de forma individual. Ele deve ser o resultado da construção coletiva feita pela equipe de professores e também pela participação do aluno. A interdisciplinaridade proporciona ganha a todos, através do conhecimento passado que inibe a existência de algum tipo de complexidade, os professores melhoram suas interações com os colegas de trabalho, repensando suas práticas docentes, os alunos trabalham em grupo e recebem um ensino voltado para compreensão da sociedade em que vivem e a escola tem sua proposta pedagógica refletida constantemente a cada atividade. Uma informação recente e muito relevante citada no trabalho de Silva (2009) é que se adequando a essa nova realidade metodológica de ensino a Universidade Federal de Santa Maria, passou a empregar em seu vestibular questões de múltipla escolha e dissertativas interdisciplinares.


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Além da interdisciplinaridade o uso das tecnologias nas escolas vêm contribuindo muito para o avanço de trabalho de professores e gestores escolares. Em acordo com o com o Ministério da Educação (2006), em 2006 mais de 4,9 mil professores fizeram cursos, ministrados em 845 Núcleos de Tecnologia Educacional estaduais a respeito de como aplicarem o uso de tecnologias para melhorarem suas práticas de ensino. As experiências mostram que os professores que se apropriam das tecnologias, percebem

ganhos na prática pedagógica e

muitos gestores também passaram a ter informações mais precisas e ganho na efetividade de suas atividades de controle escolar, através do uso de algumas tecnologias. Segundo Moran (2013), o conceito de tecnologia é muito mais abrangente do que a relação com equipamentos eletrônicos e modernos que costumamos fazer, tecnologias são os diversos meios, apoios e ferramentas que se pode utilizar em uma escola para que os alunos aprendam, podendo ser até mesmo a forma como eles são organizados em grupos e dentro das salas, o giz que escreve na lousa, um livro, uma revista, ou seja todo material presente em uma escola pode ser considerada uma ferramenta de tecnologia a ser utilizada para o ensino.

4.1 - RELAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA COM AS DISCIPLINAS DA LICENCIATURA Após realizarmos nossa visita técnica e entrevistarmos o coordenador da escola Sr Rene Guilherme Peronne de Almeida, analisamos o ambiente escolar da Escola Estadual Benedicto Loschi e na busca de uma proposta de melhoria para a qualidade de educação ofertada na escola, utilizamos o conceito da metodologia de Design Thinking apresentada pelo Professor Ulisses Araújo na disciplina de Psicologia da Educação, também na disciplina de Sociedade Tecnologia e Inovação, discutimos quais quesitos apresentavam falhas e poderiam ser melhorados e por último na disciplina Processos de Avaliação foi citado o quanto a interdisciplinaridade é importante e os motivos que a levaram se tornar uma prática para escolar que resulta positivamente nos resultados de alguns índices educacionais. Segundo informações apresentadas na vídeo-aula “Design Thinking e educação de valores”, 2015, da disciplina Psicologia da aprendizagem e na vídeo-


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aula “Design Thinking”, 2014, da disciplina Sociedade, tecnologia e inovação, o ambiente escolar é muito amplo em relação as atividades que podem ser sugeridas e praticadas pelos professores, como também a necessidade que eles têm de identificarem melhorias que possam ser feitas para aprimorarem suas técnicas de ensino. Nesse quesito o uso da metodologia do Design Thinking é muito importante pois ele oferece a possibilidade de realizarmos análises de um ambiente ou determinado problema e por meio de discussões analisarmos e propormos diversos tipos de sugestões que nos levem a solução. Seguindo tal metodologia nosso grupo realizou uma visita técnica a Escola Estadual Benedicto Loschi e após a visita nos reunimos e começamos a debater quais quesitos da escola poderiam ser melhorados em relação a qualidade na educação, a partir desse momento após lembrarmos de um relato que nos foi contato sobre um professor de história que ficou desapontado com os alunos quando solicitou que eles dissertassem sobre um tema, porém depois de conversar com os alunos descobriu que eles ainda não haviam aprendido a dissertar nas aulas de língua portuguesa. A partir desse ponto surgiu nossa proposta de criação de uma planilha eletrônica de compartilhamento pedagógico com informações sobre os conteúdos ensinados pelos professores de todas as matérias, para que assim eles pudessem saber o que seus alunos já aprenderam e também passassem a elaborar melhor suas atividades, tendo a oportunidade de cada vez mais buscarem propor atividades interdisciplinares, que são muito importantes para o processo de associação dos temas durante o aprendizado dos alunos. Segundo informações apresentadas na vídeo-aula “A prática interdisciplinar e transversal na pedagogia de projetos”, 2015, da disciplina Psicologia da aprendizagem, a escola ao apresentar a seus alunos atividades interdisciplinares, os conduzem a relacionarem seus conhecimentos de diversas disciplinas de maneira transversal criando um conhecimento multidimensional, muito mais amplo e aplicável em suas realidades de vida. Muitas escolas adotam tais projetos interdisciplinares para verificarem o conhecimento de seus alunos, tanto adquirido na escola, como o conhecimento adquirido em suas vidas cotidianas e assim os incentivam a associá-los em atividades onde buscam solucionar problemas, fazerem análises ou proporem mudanças sobre algum tema, entre diversas outras atividades que podem ser criadas. Tal vídeo-aula apresentou projetos muito interessantes sobre os temas


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violência

contra

mulheres,

onde

os

alunos

mostraram

suas

opiniões

e

conhecimentos sobre história e alguns relatos que puderam viver, também foi mostrado um projeto interdisciplinar muito relevante onde os alunos tinham que identificar problemas sociais em uma determinada comunidade e através de seus diversos conhecimentos eles deveriam propor algum tipo de melhoria. Em tal projeto um grupo identificou a falta de saneamento básico e de coleta de lixo e propôs alguns tipos de medidas, já outro grupo propôs tecnicamente a construção de um sistema de compostagem para o uso dos moradores, demonstrando seus conhecimentos sobre biologia em relação á como construir uma composteira com recursos baratos e também sobre quais seriam as contribuições para a vida da população através de seu uso diário. Segundo informações apresentadas na vídeo-aula “Uso das avaliações externas pelas escolas”, 2015, da disciplinas Processos de Avaliação, cada vez mais as escolas buscam se adequarem para obterem boas notas em avaliações externas como a Prova Brasil que classifica as escolas através do indicador educacional do IDEB, seguindo os resultados apresentados em tais avaliações diversos tipos de problemas são identificados e melhorias são sugeridas. É apontado na vídeo-aula que algumas escolas ao perceberam algum tipo de defasagem no aprendizado de algumas disciplinas, passaram a adotar atividades interdisciplinares para aumentar o interesse e a associação do tema ensinado por tal disciplina pelos alunos, ação que obteve muitos resultados positivos. Desse modo podemos demonstrar que o conteúdo ensinado em diversas disciplinas de nossa graduação até o momento contribuíram em muito para que utilizássemos corretamente a metodologia do Design Thinking na construção de nosso projeto e também que pudéssemos escolher a prática da interdisciplinaridade como tema a ser trabalhado em nosso projeto de melhoria da qualidade da educação.


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5 - PROBLEMAS E OBJETIVOS DA PESQUISA Em nossa visita técnica nos foi passado pela coordenação da escola que seus principais objetivos educacionais em relação a seus alunos são formar cidadãos conscientes de seus deveres e direitos, de modo a serem inseridos na sociedade e se tornarem cidadãos atuantes, diminuindo o desnível social e promovendo a autonomia do aluno, para que ele se posicione criticamente diante das informações, selecionando-as adequadamente, incentivando a reflexão sobre a sociedade em que vivemos e nosso contexto econômico e político, desenvolvendo um trabalho em equipe, envolvendo docente, discente, pais e comunidade com projetos escolares e conteúdos contextualizados. Entre as ações que atualmente estão sendo executadas pelo corpo docente da escola para o atingimento dessas metas estão o estudo contínuo do currículo escolar, a revisão do processo de avaliação e de recuperação paralela, a valorização das habilidades individuais e coletivas dos alunos e também a busca da interdisciplinaridade, através de atividades dirigidas e elaboradas nas reuniões como uma das vias de minimizar a compartimentação dos conhecimentos, levando os professores á reflexão e a produção de conhecimentos, objetivando o desenvolvimento de projetos junto aos alunos. Através desse contexto e de nossa avaliação sobre o ambiente escolar, podemos afirmar que a interdisciplinaridade é o quesito o qual a escola ainda enfrenta maiores problemas em se organizar pedagogicamente e aplicar atividades, visto que nos foi notificado um caso o qual um professor de história exigiu equivocadamente que os alunos dissertassem a respeito de um tema, sendo que eles ainda não possuíam conhecimento suficiente para realizar tal tarefa de maneira efetiva. Assim o objetivo de nosso protótipo é criar uma ferramenta que guie o professor a respeito do conteúdo o qual seus alunos já aprenderam em todas as disciplinas de seu currículo escolar e que ele também possa divulgar aos outros professores o que ele já ensinou para os alunos dentro da programação pedagógica do ano, facilitando assim o ensino das disciplinas e a possibilidade de aplicação de atividades


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interdisciplinares que envolvam os conteúdos de várias disciplinas, ampliando a capacidade de associação e aprendizado dos alunos. Como objetivo secundário nosso protótipo pretende demonstrar o quanto o uso de uma nova ferramenta tecnológica pode ser útil para os avanços administrativos e pedagógicos em uma ambiente escolar. Seguindo todo esse contexto teórico, durante nossa visita a escola E.E Benedicto Loschi no município de Jundiaí, identificamos através de uma conversa com o Professor Coordenador da escola Rene Guilherme Peronne de Almeida, que, certa vez, ele recebeu uma reclamação de um professor de história que pediu em sala de aula para que seus alunos do sexto ano escrevessem uma dissertação a respeito de um período histórico vivido pelo Brasil, porém que o mesmo ficou decepcionado com o trabalho feito pelos alunos, mas ao analisar o conteúdo aprendido por eles até o momento notou que ainda não haviam aprendido a dissertar. Assim identificamos o quanto que a interdisciplinaridade é importante para a organização e programação pedagógica de uma escola, pois através dela os professores passam a saber até que ponto podem cobrar o desempenho de seus alunos e como avançar com o conteúdo já ensinado. Após essa análise bibliográfica e entendimento do ambiente escolar da Escola Estadual Benedicto Loschi, pensando na melhoria de sua qualidade de educação, através

da

metodologia

de

Design

Thinking,

discutimos

quais

quesitos

apresentavam falhas e poderiam ser melhorados. Utilizando essa metodologia, nossa investigação nos levou a identificar que na escola os professores não tinham um acompanhamento

multidisciplinar

aprofundado do conteúdo que seus alunos aprenderam e estão por aprender. Algo muito importante devido a possibilidade de serem feitas atividades interdiciplinares que são muito importantes para o desenvolvimento dos alunos e suas associações de conteúdos aprendidos. Nesse contexto identificamos a necessidade e criamos um protótipo de uma planilha eletrônica capaz de orientar o acompanhamento do conteúdo pedagógico já ensinado e que também está programado a ser ensinado pelos professores.


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6 - METODOLOGIA O trabalho analisa o ambiente escolar á respeito de como as atividades interdiciplinares podem ser aplicadas contribuindo para os avanços na qualidade de ensino, oferecendo a possibilidade de criação de uma planilha eletrônica que oriente os professores á respeito dos conteúdos já ensinados e que estão a ser ensinados em todas as disciplinas. De acordo com Severino (2005), essa pesquisa pode ser classificada como uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva e de dimensão exploratória, pois analisa o ambiente escolar, as práticas atuais dos professores em relação as suas metodologias de ensino e os oferece a possibilidade de se qualificarem através do uso de uma nova ferramenta tecnológica. A metodologia adotada nos permitiu investigar tal problema dentro do ambiente escolar e analisar seu impacto na rotina dos professores ao prepararem suas aulas e avaliarem seus alunos, além da possibilidade de termos como consequência um impacto positivo interferindo no processo de aprendizagem dos alunos. Para tais propósitos utilizamos a metodologia de análise e soluções de problemas do modelo Human Centered Design, segundo a Instituição IDEO (2015) tal metodologia consiste em um conjunto de métodos e processos utilizados para investigar um problema recorrente a um determinado plano. Em seu processo são exigidas aquisições de informações, análise de conhecimento e propostas de soluções para tal problema. Para isso foi feita uma visita técnica a escola a qual adotamos como objeto de nosso trabalho e uma entrevista semi-estruturada com perguntas abertas e fechadas para o coordenador, professores e alunos da escola. Para o conteúdo teórico do trabalho, houve um levantamento bibliográfico em livros e pela internet, através de artigos científicos e informações presentes em portais

a

respeito

do

histórico

da

escola

e

sobre

interdicisplinaridade no processo de ensino na atualidade.

a

importância

da


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7 - ANÁLISE DE DADOS As práticas educacionais atuais cada vez mais buscam tirar do professor a característica centralizadora do conhecimento e tenta cada vez mais lhes dar a função de ser um agente que incentiva os alunos a buscarem o conhecimento também por conta própria e utilizá-lo em situações cotidianas fora das salas de aula. No trabalho de Santos e Garruti (2004), a interdisciplinaridade é citada como uma prática escolar que ajuda os professores a desenvolverem atividades mais estimulantes ao aprendizado dos alunos e também a fazê-los associarem com maior facilidade a ligação entre os conteúdos ensinados por professores de diferentes disciplinas. Bonatto et al (2012), cita que a interdisciplinaridade além de ajudar no aprendizado de diferentes disciplinas, também auxilia os alunos a associarem diversos assuntos aprendidos na escola com outras áreas como a social e política, fundamento muito presente em suas vidas cotidianas. Em recente pesquisa, dados do Ministério da Educação (2006) mostram que em 2006 mais de 4,9 mil professores fizeram cursos voltados a buscar melhorias em suas práticas de ensino. Após tais capacitações, muitos professores adotaram o uso de algum tipo de tecnologia em suas práticas didáticas e puderam testemunhar grande ganho na efetividade de suas atividades de controle escolar e também no desenvolvimento e atenção dos alunos durante as aulas.

7.1 - DESCRIÇÃO DO PROTÓTIPO O protótipo elaborado nesse projeto foi pensado para utilização dos professores do 6º ano do Ensino Fundamental II e do Professor Coordenador Rene Guilherme Peronne de Almeida da Escola Estadual Benedicto Loschi em Jundiaí-SP. A planilha desenvolvida será apresentado em 3 etapas, de acordo com seu desenvolvimento. A primeira etapa: Protótipo Inicial mostra a primeira planilha pensada e desenvolvida de acordo com os objetivos e problemas detectados nas pesquisas anteriores. O segundo protótipo: Protótipo após Sessão Fishbowl mostra a melhoria da planilha inicial após conselhos e críticas de profissionais e educadores durante e após a sessão de apresentação da planilha. O terceiro protótipo: Protótipo Final mostra a


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finalização da planilha proposta por esse projeto, já em etapa possível de ser utilizada pela escola pesquisada, juntamente com a validação pelo Professor Coordenador Rene Guilherme Peronne de Almeida.

7.1.1 - PROTÓTIPO 1 O protótipo inicial é uma planilha eletrônica, elaborada no Software Microsoft Excel, dividida em 4 abas, sendo cada uma delas com uma disciplina letiva, podendo ser extendida para todas as disciplinas do 6º ano do Ensino Fundamental II. Figura 3: Abas da Planilha Inicial: Protótipo 1

Fonte: Elaborada pelo autor Em cada aba está separada uma determinada disciplina, conforme figura 3: PORTUGUÊS, MATEMÁTICA, HISTÓRIA E GEOGRAFIA. Cada disciplina foi feita em uma cor diferente para auxiliar na rápida identificação pelo professor. Cada aba, de cada disciplina, está dividida em 4 colunas, com os 4 bimestres letivos, e em 30 linhas, representando os 30 dias de um mês, conforme figuras 4, 5, 6 e 7.


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Figura 4: Aba da disciplina de PortuguĂŞs

Fonte: Elaborada pelo autor Figura 5: Aba da disciplina de MatemĂĄtica

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 6: Aba da disciplina de Hist贸ria

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 7: Aba da disciplina de Geografia

Fonte: Elaborada pelo autor De acordo com a Planilha inicial, cada professor, responsável por uma disciplina, deve entrar na Planilha e lançar qual foi o conteúdo aplicado na primeira aula do bimestre até a última aula. Como a intenção é que os professores tenham a informação dos conteúdos aplicados em outras disciplinas, cada professor fica responsável por verificar as outras abas para visualizar os conteúdos já registrados. O Coordenador deve ter acesso a planilha e consegue visualizar cada disciplina assim como os professores.

7.1.2 - PROTÓTIPO 2: PÓS FISHBOWL Na data de 19 de setembro de 2015 foi realizado o Fishbowl onde apresentamos nosso projeto. O evento ocorreu com a presença dos professores convidados Daniele Oliveira e Leo Victorino Silva, além de nossa professora mediadora Rosimeire Vizentim. Nosso grupo descreveu o processo realizado na escolha da Escola Estadual Benedicto Loschi para o desenvolvimento de nosso projeto, tudo o que observamos


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e ocorreu durante nossa visita técnica a escola, destacando os pontos mais relevantes e justificando a escolha do tema de interdisciplinaridade e como seria a aplicação, utilidade e contribuição que a planilha eletrônica desenvolvida pelo grupo poderia oferecer para a melhoria da qualidade do ensino naquela escola. Ambos os professores convidados elogiaram o tema interdisciplinaridade e a ideia de utilização por parte dos professores de um recurso tecnológico de fácil acesso dentro de uma escola. As principais obervações e sugestões apresentadas foram: - Anteriormente ao uso da planilha o conceito de interdisciplinaridade deve ser apresentado para os professores e alunos, destacando o quanto essa prática pedagógica é importante e acrescenta novos conhecimentos; - Esclarecer aos professores que para um planejamento mais eficiente, eles devem considerar como objetivo próprio de prática de ensino, convergir e adequar o conteúdo de sua disciplina dentro de um processo no qual o conteúdo de outras disciplinas possam ser misturados dentro do plano de ensino do bimestre, sem perder sua sequência metodológica; - Indicar que os professores podem criar um conjunto de atividades intertextuais e que compartilhem além do conteúdo ensinado, qual é o melhor método de ensino a ser empregado em determinadas atividades; - Mostrar aos professores que o processo de implantação dessa ferramenta na escola não deve ser visto como um peso ou mais uma atividade desgastante na rotina de trabalho, mas sim como uma atividade de apoio e de ajuda mútua entre eles, com utilidades futuras; - Registrar o processo de implantação e analisá-lo posteriormente apontando falhas e sugerindo novas melhorias em um processo contínuo; - Desenvolver a planilha em software de acesso e uso gratuito online, como os documentos

do

Google

Docs,

entre

outros,

que

oferecem

opções

de

compartilhamento e acesso mútuo entre várias pessoas autorizadas, como a ferramenta que utilizamos para escrever o Projeto Integrador nas aulas da Univesp. Após a sessão de Fishbowl, análise e discussão de todas as sugestões dos profissionais ouvidos, o protótipo desenvolvido passou por alterações como: - Cada disciplina passa a possuir a visualização dos conteúdos das outras disciplinas dentro de sua própria aba, com a intenção de facilitar o acesso às informações;


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- Cada aba, de cada disciplina, possui 4 colunas referentes a cada bimestre letivo, sem limite de linhas para lançamento dos conteúdos; -As linhas foram reduzidas e cada professor lança apenas o conteúdo dado, sem especificar em que aula o fez. - O lançamento do conteúdo de cada professor continua manual dentro de sua planilha; Figura 8: Protótipo 2: Aba geral

Fonte: Elaborada pelo autor A figura 8 mostra a aba geral para introdução de qualquer disciplina antes dos lançamentos dos dados. Os conteúdos são lançados na parte à esquerda da planilha, na coluna do respectivo bimestre, pelo professor responsável pela disciplina da aba. Na parte direita da planilha há um quadro com todas as outras disciplinas da planilha organizadas de forma vertical para facilitar a visualização de todos os outros conteúdos. O protótipo 2 prioriza a facilidade da obtenção nas informações dos conteúdos de outras disciplinas poupando tempo do professor.


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Figura 9: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Português com os conteúdos lançados durante todo o ano

Fonte: Elaborada pelo autor Figura 10: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Matemática com os conteúdos lançados durante todo o ano

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 11: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de Geografia com os conteúdos lançados durante todo o ano

Fonte: Elaborada pelo autor Figura 12: Protótipo 2: Exemplo da aba da disciplina de História com os conteúdos lançados durante todo o ano

Fonte: Elaborada pelo autor


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7.1.3 - PROTÓTIPO 3: PLANILHA FINAL Para envio da planilha à Escola Estadual Benedicto Loschi algumas altrações foram feitas visando facilitar a entrada de informações pelos professores e também a visualização dos conteúdos.

Cada aba da Planilha 2 continha bastante

informação, o que tornava seu uso cansativo; portanto como solução à esse problema criou-se uma nova aba denominada INTERDISCIPLINARIDADE onde constam todas as disciplinas e os conteúdos já lançados pelos professores. As abas de cada disciplina passam a ter o conteúdo já lançado nos bimestres, de acordo com o Currículo Do Estado de São Paulo, da Secretaria de Educação, com isso o professor precisa apenas lançar a palavra “ok” no momento que já tiver passado por determinado conteúdo lançado. A intenção dessa mudança é poupar o professor de trabalho duplo e facilitar o lançamento e visualização de todo o conteúdo já aplicado e ainda a ser aplicado. Figura 13: Protótipo 3: Aba da disciplina de Português antes de aplicar qualquer conteúdo

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 14: Protótipo 3: Aba da disciplina de Matemática antes de aplicar qualquer conteúdo

Fonte: Elaborada pelo autor Figura 15: Protótipo 3: Aba da disciplina de História antes de aplicar qualquer conteúdo

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 16: Prot贸tipo 3: Aba da disciplina de Geografia antes de aplicar qualquer conte煤do

Fonte: Elaborada pelo autor


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Figura 17: Protótipo 3: Aba da disciplina de INTERDISCIPLINARIDADE

Fonte: Elaborada pelo autor A figura 17 mostra a aba de INTERDISCIPLINARIDADE antes dos professores lançarem “ok” em seus conteúdos em suas respectivas abas. Conforme um professor coloca a palavra “ok” na coluna de Aplicação em cada bimestre,


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simultaneamente o conteúdo aparecerá na aba de INTERDISCIPLINARIDADE com o “ok” na coluna ao lado, conforme figura 18. Figura 18: Protótipo 3: Aba da disciplina de INTERDISCIPLINARIDADE

Fonte: Elaborada pelo autor


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Após término da planilha final enviamos ao Professor Coordenador Rene que nos respondeu prontamente, conforme figuras 19 e 20. Figura 19: Validação do Protótipo Final


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Figura 20: Validação do Protótipo Final


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8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS A ideia inicial do nosso trabalho, usar a tecnologia para facilitar o trabalho interdisciplinar do professor, foi apoiada na primeira visita a escola escolhida para elaboração e implantação do nosso projeto, está escola foi escolhida por ser de zona rural mesmo estando em meio a cidade e por apresentar uma organização diferente trabalhando inclusive com ao conversar com o coordenador pedagógico soubemos da dificuldade dos professores em acompanhar o que ocorre nas outras disciplinas. A elaboração do projeto ocorreu com um primeiro contato na Escola Estadual Benedicto Loschi onde fomos recebidos de forma muito cordial e com exposição de todo material necessário para preparação do PI, após conhecer e conversar com alguns professores e o coordenador pedagógico, ouvimos que em algumas situações eles se deparavam com problemas relacionados com a interligação de disciplinas, percebemos assim como a interdisciplinaridade é importante e deve ser trabalhada, com estas informações decidimos por projetar algo que pudesse favorecer os professores e a coordenação da escola sem precisar dispensar de verbas exorbitantes, para isso analisamos as dependências da escola e seus recursos e percebemos que a mesma possuí montado e a disposição dos professores um sistema de informática com computadores e impressoras. Nesse cenário nossa ideia foi desenvolver uma planilha que tivesse interatividade com todas as disciplinas ministradas e que facilitasse o acompanhamento dos professores de tudo que é desenvolvido em sala de aula pelos seus pares, além disso, a coordenação pode acompanhar o progresso da grade curricular sem ter que se reunir a todo momento com os professores e assim este tempo pode ser melhor aproveitado. Após a elaboração do protótipo ouve um evento, o fishbowl, onde apresentamos todo o processo de desenvolvimento aos convidados e a nossa professora mediadora, neste evento nosso trabalho foi elogiado pelos convidados e nos foi apresentado algumas ideias de melhoria que claro foram prontamente aceitas e usadas. Ao apresentarmos nosso protótipo aos gestores da Escola Estadual Benedicto Loschi, a escola prontamente nos respondeu concordando com o que foi desenvolvido e elogiando nosso trabalho, ressaltando os pontos positivos do


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protĂłtipo e como ele poderia contribuir para as atividades da escola, afirmando que o mesmo serĂĄ utilizado nas atividades da escola que se iniciarĂŁo no ano letivo de 2016.


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9 - BIBLIOGRAFIA A PRÁTICA interdisciplinar e transversal na pedagogia de projetos. In: Psicologia da aprendizagem. São Paulo. Valéria Arantes, 2015. 23:03min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo-aula) BOCHNIAK, Regina. Questionar o conhecimento-Interdisciplinaridade na escola. São Paulo. Loyola, 1992. BONATTO,Andréia, BARROS, Caroline Ramos, GEMELI, Rafael Agnoletto, LOPES, Tatiana Bica, FRISON, Marli Dalagnol, Interdisciplinaridade no ambiente escolar, IX ANPED SUL Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul,2012, Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/24 14/501 Acesso em 10 set 2015 BONINO, Rachel, Mudança de hábitos, Reportagem da Revista Educação, 2011, Disponível em: http://revistaeducacao.com.br/textos/115/artigo234064-1.asp Acesso em: 11 set 2015 BORGES, Priscila, Professor é a chave para o sucesso no uso de tecnologia na sala de aula, Artigo do caderno de educação do Portal de Internet UOL, Disponível em:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-08-22/professor-e-chave-para-osucesso-no-uso-de-tecnologia-na-sala-de-aula.html Acesso em: 11 set 2015 CAVALCANTI, Meire, Interdisciplinaridade: Um avanço na educação, Artigo da Revista Nova Escola, 2005, Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/interdisciplinaridade-avanco-educacao426153.shtml Acesso em: 10 set 2015 DESIGN THINKING. In: Sociedade Tecnologia e Inovação. São Paulo. Edgar Charles Stuber, 2014. 19:06min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo-aula) DESIGN THINKING e educação em valores. In: Psicologia da aprendizagem. São Paulo. Ulisses Araújo, 2015. 18:07min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeoaula) ESCOLA ESTADUAL BENEDICTO LOSCHI, Acervo de Imagens, 2015. INSTITUTO IDEO, Human Centered Design A free innovation guide for social enterprises and NGO´s worldwide, 2015, Disponível em: http://www.ideo.com/work/humancentereddesigntoolkit/ Acesso em: 01 set 2015 GARRUTI, Érica Aparecida, SANTOS, Simone Regina dos, A interdisciplinaridade como forma de superar a fragmentação do conheicmento, 2004, Disponível em: http://revistas.marilia.unesp.br/index.php/ric/article/viewFile/92/93 Acesso em: 10 set 2015


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LAKATOS, Eva Maria Marconi, ANDRADE, Marina de, Fundamentos de metodologia científica , 7 ed, São Paulo, Atlas, 2010. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.Orientações curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 2006, Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf Acesso em 10 set 2015 MORAN, José, Gestão inovadora da escola com tecnologias, 2003, Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/gestao.pdf Acesso em: 11 set 2015 PEREIRA, Isabel Brasil, Interdisciplinaridade, 2009, Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/int.html, Acesso em: 10 set 2015 POLATO, Amanda, Um guia sobre uso de tecnologias em salas de aula, Artigo da Revista Nova Escola, 2009, Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml Acesso em: 11 set 2015 SEVERINO,Antônio Joaquim, Metodologia do trabalho científico.22 ed.São Paulo: Cortez, 2005. SILVA, Delcio Barros da, A interdisciplinaridade ao alcance da escola, 2002, Disponível em: http://coral.ufsm.br/lec/01_01/DelcioLC5.htm Acesso em: 10 set 2015. SOUZA, Isabel Maria Amorim de, SOUZA, Luciana Virgília Amorim de, O uso da tecnologia como facilitadora da aprednizagem do aluno na escola, 2010, Disponíve em: http://200.17.141.110/periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_I ND_8/FORUM_V8_08.pdf Acesso em: 11 set 2015 THIESEN, Juares da Silva, A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem, 2007, Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-24782008000300010&script=sci_arttext Acesso em: 10 set 2015 USO das avaliações externas pelas escolas. In: Processos de avaliação. São Paulo. Nelson Gimenes, 2015. 21:42min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo-aula)



Qualidade em Educação: Uso de Tecnologia da Informação para tornar a aprendizagem mais atrativa para alunos do 6º ano da escola E.M.E.B. “Luiz Antoniazzi”.




RAQUEL RODRIGUES ALVES RICARDO AUGUSTO MILANI WERNER HILLERNS NEVES

Qualidade em Educação: Uso de Tecnologia da Informação para tornar a aprendizagem mais atrativa para alunos do 6º ano da escola E.M.E.B. “Luiz Antoniazzi”.

< ​https://youtu.be/9ZfttE4Jr4o​ >

Jundiaí. Dezembro/2015



Universidade Virtual do Estado de São Paulo RAQUEL RODRIGUES ALVES RICARDO AUGUSTO MILANI WERNER HILLERNS NEVES

Qualidade em Educação: Uso de Tecnologia da Informação para tornar a aprendizagem mais atrativa para alunos do 6º ano da escola E.M.E.B. “Luiz Antoniazzi”.

Projeto Integrador apresentado à Universidade Virtual do Estado de São Paulo para obtenção da aprovação na disciplina Projeto Integrador do 5º Bimestre do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática. Área de Concentração: Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática Orientadora: Profª. Rosemeire

Jundiaí Dezembro/2015. 1


Sumário 1.

Resumo……………………………………………………………………….…03

2.

Abstract​...……………………...…………………………………………...…..04

3.

Introdução e Justificativa…………………………….……………….…......... 05

4.

Fundamentação teórica………………………………………………………..07

5.

Problema e Objetivos da Pesquisa..…..…………….………………...........

09

6.

Metodologia empregada​………………………………………………....

09

7.

Análise de Dados (descrição do protótipo e discussão de resultados)..

12

7.1.1 ­ Protótipo 1 ……………………………………………………………………..13 7.1.2 ­ Protótipo 2 ……………………………………………………………………..14 7.1.3 ­ Protótipo 3 ……………………………………………………………………..15 8.

Considerações Finais …………..….…………………………...……………

18

9.

Bibliografia ..……...….………….……………...……………………………

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2


1. Resumo. O trabalho é resultado de uma observação do cotidiano da escola EMEB “Luiz Antoniazi”, Sendo que o objetivo foi criar um produto inovador para aquela realidade. A partir de observações e entrevistas, percebeu­se uma forte tendência a manter métodos tradicionais de ensino, resistindo à tecnologias já existentes e disponíveis para auxiliar o aprendizado. Como metodologia de pesquisa embasou­se no “Design Thinking” e no “Human Centered Design”, posteriormente, para a coleta de dados foi utilizado instrumentos como: observação e entrevistas e também uma análise bibliográfica. O produto final da pesquisa foi a criação de uma página no facebook com o intuito de estimular os alunos daquela sala a aprender conteúdos de gramática. Palavras­chaves: Aprendizagem. Escola tradicional. Tecnologias. Futuro.

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2. Abstract. The work is the result of observation on the " Luiz Antoniazi " school Since the goal was to create an innovative product to that reality . From observations and interviews , it was noticed a strong tendency to maintain traditional methods of teaching , resisting the existing technologies and available to assist learning. As a research methodology underwrote in the Design Thinking and the Human Centered Design , later , for data collection was used as instruments : observation and interviews as well as a literature review . The final product of the research was the creation of a Facebook page in order to stimulate students that room to learn grammar content. Keywords : Learning. Traditional school. Technologies . Future.

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3. Introdução e Justificativa. O trabalho é resultado de uma observação direta em conjunto a uma entrevista semiestruturada, onde procurou analisar o ambiente escolar na escola “Luiz Antoniazzi”, que atende alunos do 2º ao 5º ano no período da tarde e do 6º ao 9º ano no período da manhã, possuindo 825 alunos e localizada na cidade de Valinhos­SP. Este trabalho focou no tópico de Qualidade na educação: Segundo o dicionário Aurélio 7ª edição, qualidade significa: Propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas, que as distingue das outras e lhes determina a natureza. Por sua vez, segundo as orientações gerais para o projeto integrador do 5º e 6º bimestres – Univesp: Qualidade é uma característica pela qual algo ou alguém se individualiza, distinguindo­se dos demais: é particular de um objeto ou de um indivíduo e pode incluir aspectos positivos ou negativos. A qualidade na educação passa por diferentes aspectos da sociedade, sendo que é importante considerar a qualidade da educação como um todo e não apenas atribuir­lhe à escola: “a qualidade na educação está ligada à harmonia do dia a dia das comunidades, a partir da comunidade escolar, já que qualidade significa melhorar a vida das pessoas. Assim, para esse autor, “a qualidade na educação não pode ser boa se a qualidade do professor, do aluno, da comunidade é ruim. Não podemos separar a qualidade da educação da qualidade como um todo, como se fosse possível ser de qualidade ao entrar na escola e piorar a qualidade ao sair dela. Por isso, o tema da qualidade é tão complexo. Não basta melhorar um aspecto para melhorar a educação como um todo”. GADOTTI (2013). pag. 07.

Para Rios (2001): Uma educação de qualidade é a que forma pessoas com capacidades de solucionar problemas, pessoas que pensem e resolvam, mas ao mesmo tempo, forme pessoas cidadãs, para viver em sociedade, com capacidades morais e éticas, sendo capazes de produzir tanto materiais e serviços como: valores. 5


O cotidiano escolar não passa por transformações há muito tempo, várias foram as revoluções no decorrer do tempo da educação, sendo que muito pouco mudou, tornando­se um aprendizado massante. Segundo a vídeoaula: As Revoluções Educacionais ­ Terceira revolução educacional (sem ano)1 , estamos na terceira revolução educacional, mas ainda pouco da realidade atual está presente na sala de aula, ou seja, uma cultura ultrapassada cerceada dentro da escola. O trabalho tem o objetivo de criar um “produto” que melhore a característica atual que as atividades são oferecidas aos alunos, por meio de uma forma interativa, para se buscar o aprendizado usando ferramentas tecnológicas, desse modo, tornando a interação do aluno com o objeto de estudo menos entediante. Como caminho para se alcançar os objetivos pretendidos, foi utilizada uma metodologia de pesquisa por meio dos seguintes passos: ● Observação direta do local; ● Entrevistas semiestruturadas com aluno e dirigentes; ● Levantamento teórico; ● Idealização de uma solução; ● Apresentação de um protótipo. Pensou­se, para a resolução do problema, uma forma de protótipo simples, economicamente viável e aplicável àquela realidade escolar, sendo de grande valia para o público atingido. 1

A vídeoaula de Psicologia da Aprendizagem ­ As revoluções Educacionais não fornece data.

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4. Fundamentação Teórica. 4.1 Referências das Vídeoaulas. Na videoaula “Redes Sociais na WEB”. (2014), a professora Maria Cristina Barbosa Galvão, apresentou uma aula sobre o uso das redes sociais, com informações sobre o uso correto e a capacidade que um ambiente virtual, como o “Facebook”, pode oferecer quanto à interação e possibilidade de colaboração dentro da sala de aula, desde que seu uso seja para esse fim. Na vídeoaula “Tecnologias e espaços colaborativos mediando a aprendizagem na educação”. (sem ano)2 , o professor Ulisses Araújo explica como espaços que estimulam, tanto a cooperação quanto a aprendizagem, devem estar inserido no processo de formação, sendo que, atualmente, muitos desses recursos são ignorados, ou seja, não são aproveitados pela escola. Essas ferramentas digitais, como o Facebook, deve ser usada para criar ambientes interessantes dentro da escola. Segundo a vídeoaula um de Psicologia da Aprendizagem , estamos na terceira revolução educacional, mas ainda pouco da realidade atual está presente na sala de aula, ou seja, uma cultura ultrapassada cerceada dentro da escola. Videoaula: Tecnologias e espaços colaborativos mediando a aprendizagem na educação não apresenta ano.

2

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5. Problema e Objetivo da Pesquisa. Após as etapas de observação e entrevista com a população local, buscou­se responder a seguinte pergunta: Como tornar mais atrativa a aula de língua portuguesa no 6º Ano da escola EMEB Luiz Antoniazzi? Com o problema da falta de motivação nas aulas em geral, veio a hipótese de se inserir o uso de ferramentas tecnológicas no ambiente escolar como forma de fomento para o aprendizado, pensando em colaboração e apropriação de conhecimentos pelos aluno, considerando que a escola utiliza métodos clássicos, enquanto a realidade fora dela é interativa, com todas as pessoa conectadas, muitos aplicativos disponíveis e, consequentemente, todos aprendendo uns com os outros, em contrapartida desse ambiente escolar, que não acompanhou os novos tempos. O projeto tem como objetivo propor a criação de uma ferramenta virtual que direcione os alunos à conteúdos educativos, conecte­os e que os estimulem a compartilhar aprendizados entre esses mesmos alunos, criando um espaço em que os próprios alunos se ajudem. 8


6. Metodologia empregada. Segundo o Human Centered Design. pag 40, entrevistar é uma arte que equlibra duas necessidades, a de se obter informações relevantes do entrevistado e a de se conectar como um amigo curioso e empático. Para a obtenção de informações escolheu­se a observação direta e a entrevista semiestruturada, esperava­se, com a informalidade e também pensando em não alterar a realidade local, obter informações mais profundas a respeito da realidade escolar.

“A entrevista semiestruturada é um elemento chave para habilitar o diálogo e o envolvimento íntimo com os participantes ao mesmo tempo que se mantém o foco em um tópico em particular. A elaboração cuidadosa das perguntas da entrevista levará os participantes por uma jornada mental que vai do específico ao aspirado e ao palpável”. (HCD. Kit de Ferramentas. 2ª edição. pag.40)

A observação trouxe uma visão ampla das características da escola e da realidade local, resultando em um entendimento pleno. “Antes de filosofar sobre um objeto, é necessário examiná­lo com exatidão. Qualquer explicação ou interpretação deve ser precedida de uma observação e de uma descrição exatas do objeto. [...] Devemos, pois, aprender com um olhar penetrante e descrever com exatidão esse fenômeno peculiar da consciência que chamamos de conhecimento.” (HESSEN, 2000, P. 19)

Primeira observação ocorreu no dia vinte e cinco de Agosto de dois mil e quinze na escola E.M.E.B. “Luiz Antoniazzi”, localizado na rua Ulisses P. de Oliveira Filho, nº. 850 na bairro Vila Santo Antônio, Valinhos/SP. ● Salas tradicionais; ● Uso de lousas com giz; ● Carteiras padronizadas, não atendendo a diferentes estatura de usuários; ● Dificuldade para se elaborar trabalho de casa em grupos; 9


● Salas organizadas; ● Paredes limpas (não há informações sobre o que se aprende); ● Alunos são receptores da informação; ● As aulas são chatas. Segunda observação e entrevista semiestruturada ocorreu na mesma escola e no mesmo mês, sendo que conversamos com alguns integrantes da escola com perguntas sobre o acesso à internet e percebemos que a escola tem condições de oferecer gratuitamente acesso à internet aos alunos. As perguntas e consequentemente as respostas foram as seguintes: ●

A escola tem acesso à internet?

Resposta: Sim. ● Como é o acesso à internet? Resposta: Através de cabos e sinal de Wi­fi; ● A escola tem algum programa que prevê o uso de uma sala de informática? Resposta: O uso é livre e opcional, portanto os professores utilizam de acordo com as suas necessidades e possiblidades. Afirmou­se: Temos uma professora, de matemática, que utiliza um site criado por ela mesma para exercícios com os alunos com uma grande frequência. ● Há algum envolvimento das disciplinas tradicionais no ambiente virtual, ou seja, utilizando a sala de modo interdisciplinar? Como já mencionado, alguns professores utilizam a sala em alguns momentos, mais sistematicamente a professora de matemática. Já foram realizados projetos onde professores de diferentes áreas utilizaram a sala para fins interdisciplinares. Mas no momento não temos esse uso. Essa pesquisa foi baseada na metodologia “Design Thinking”, fundamentando­se no kit de ferramentas HCD (human centered design) e do Design thinking ­ Inovação em negócios. Segundo Design thinking ­ Inovação em negócios, as etapas são: 10


● Imersão A imersão teve o objetivo de o grupo aproximar­se da comunidade a fim de reconhecer dificuldades que poderiam ser trabalhadas no projeto. O grupo observou com profundidade, por meio de visitas ao local e entrevistas.Nessa fase foi compilada bastante informação quanto ao local, condições e carências dessa comunidade. Essa etapa teve o objetivo de entendimento da realidade local e a identificação de necessidades, o que guiará a geração de soluções; ● Análise e síntese Nessa etapa, que veio após o levantamento de dados, houve a organização dos dados observados no local, com a análise surgiram situações que necessitavam ser melhoradas ou reformuladas; ● Ideação Após a análise, ocorreu um “brainstorm”, no qual todos os integrantes contribuíram com “insights” para a ideação de possíveis soluções para o fenômeno encontrado; ● Prototipação Segundo o Vianna (Design Thinking, Inovação em negócios. pag. 122.), O protótipo é a tangibilização de uma ideia, a passagem do abstrato para o físico, de forma a representar a realidade. O produto foi pensado para as necessidades daquela comunidade, que estava imersa em um ambiente desestimulante. O protótipo, pensou o grupo, deveria ser de fácil acessibilidade e que não gerasse gastos para aquela comunidade, como o grupo levantou informações sobre a disponibilidade de acesso à internet na escola, pensou­se em utilizar uma ferramenta que permitisse a interatividade e colaboração entre os alunos daquela sala.

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7. Análise dos dados A análise dos dados indica que a escola segue a linha tradicional de organização das aulas, salvo o caso de um professor que adota meios mais modernos para atrair o interesse de seus alunos. E claramente vemos os alunos tendo contato com tecnologias, tais como internet, mensagens via celular, etc. Notoriamente se vê que os alunos se interessam mais pela aula que faz uso de técnicas mais modernas, afinal isso está mais próximo da realidade deles. A escola possui hardware para a adoção de aulas com meios mais tecnológicos de aula, porém isso não faz parte do plano de aula, é opcional. O impacto disso é a perda de interesse por parte dos alunos no modal clássico, e tal perda afeta diretamente a qualidade de ensino. Analisando o plano de ensino não vemos o uso de tecnologia de forma massiva como é visto na atualidade em outras áreas, e isso não colabora com o educador uma vez que seguir tais diretrizes é determinante na maioria das escolas. 12


7.1 Descrição dos protótipos 7.1.1 ­ Protótipo 1 ­ antes do fishbowl Foi idealizado um site com os conteúdos, nele seria adicionado conteúdos, links, jogos e criaríamos um canal de comunicação com os alunos. Abaixo o link do video descrevendo o protótipo: https://www.youtube.com/watch?v=CU91­b0SbfM 13


7.1.2 Protótipo 2­ Pós­Fishbowl O tema central colocado pelos mentores no Fishbow foi o fato da dificuldade em criar um diferencial para o site para que ele não fosse tido como “mais um”. E de fato, com os meios que dispúnhamos de tempo e custo, isso seria algo muito difícil, pois exigiria muito tempo e recursos com desenvolvimento de sites. Com isso o grupo optou por alterar a plataforma de suporte para o Facebook, No Facebook já encontra­se disponivel um amplo espectro de ferramentas de compartilhamento e multimidia. A única ferramenta que não é exatamente como gostaríamos é a formação de grupo, pois esta acaba sendo criada de forma dissociada à página. 14


7.1.3 ­ Protótipo Final

Página do facebook, Gramática Facilitada: https://www.facebook.com/Gram%C3%A1tica­Facilitada­1071127559572179/​ ) A validação do protótipo ocorreu no dia treze de Novembro de 2015, o grupo visitou a escola “Luiz Antoniazzi”, na cidade de Valinhos, com o objetivo de apresentar e validar o protótipo nessa escola. Fomos recebidos pelo diretor Frederico, que recebeu o documento para validação, onde estava o “link” da página do Facebook, que é o protótipo do projeto. Após conhecer a ferramenta virtual, pedimos um “feedback” então o diretor relatou: O protótipo é uma boa ideia que ajudará os alunos a colaborarem interagirem entre si, sendo que a escolha do Facebook foi boa, pois é uma ferramenta acessível. Link do vídeo : ​https://youtu.be/9ZfttE4Jr4o

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Imagem 1: O diretor da escola conhecendo o protótipo.

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Imagem 2 e 3 (documentos registrando as falas do Diretor, bem como o registro da presença na escola, por meio do carimbo do mesmo.) 17


8. Considerações Finais Este trabalho teve como objetivo buscar, na realidade daquela escola, porque não menos que poderiam ser analisados, bem como melhorados. O problema de pesquisa veio, inicialmente, a partir de observações da realidade local, que , após análises feita pelo grupo, resultou no problema de pesquisa, sendo que esse problema veio em forma de pergunta: Como tornar mais atrativa a aula de gramática no sexto ano da escola "Luiz Antoniazzi" em Valinhos? No entanto, com o conhecimento do problema, veio a ideação do protótipo, que era um site que permitisse a interação do aluno com o conhecimento de forma mais atrativa do que a convencional. No decorrer do tempo, surgiram impasses quanto à capacidade de interatividade do site, então o protótipo sofreu uma melhoria, ou seja, o protótipo foi incorporado numa plataforma mais atrativa, desse modo, permitindo uma maior colaboração entre os alunos e interesse na ferramenta, surgindo, assim, a página do Facebook: Gramática Facilitada. A metodologia “Design Thinking”, foi suficiente para a realização do trabalho, pois permitiu o entendimento dos fenômenos locais, por meio de uma observação dentro daquela realidade, bem como a realização de um "brainstorm". O objetivo do trabalho foi alcançado, pois atingiu­se o ponto de criar uma ferramenta que permitisse aos alunos estudar em um ambiente interativo e estimulante, ou seja, suplantou a versão "chata" da realidade atual, uma das principais questões observadas. 18


9. Bibliografia As Revoluções Educacionais ­ Terceira Revolução Educacional​. RPA 001. São Paulo. Ulisses Araújo. sem ano. 12:53 min. USP/UNIVESP. Vídeoaula 01. FEARP­USP. ​Professor “Dutra” participa de evento sobre experiência interativa de aprendizagem​. http://www.fearp.usp.br/pt­br/item/578­professor­dutra­participa­de­evento­sobre­exp eriencia­interativa­de­aprendizagem.html​ Acesso em: 19/09/2015. GADOTTI, M. ​Qualidade na Educação: ​uma nova abordagem​. Congresso de Educação Básica: Qualidade na aprendizagem. Florianópolis, 2013. pag 07. IDEO. ​Human Centered Design. ​2ª ED. 2009. página 24. http://sigarra.up.pt/feup/pt/publs_pesquisa.show_publ_file?pct_gdoc_id=396424&pct _publ_id=100690​. Acesso em 02 de maio de 2015. RIOS, T. A. ​Compreender e Ensinar: por uma docência de melhor qualidade​. São Paulo: Cortez, 2001. Redes Sociais na WEB​. São Paulo. Maria Cristina Barbosa Galvão. 2014. 04:30 min. USP/UNIVESP. Vídeoaula 25. Tecnologias Colaborativas Mediando a Aprendizagem na Educação​. RPA 001. São Paulo. Ulisses Araújo. sem ano. 01:00 min. USP/UNIVESP. Vídeoaula 10. VIANNA, Heraldo Mavelim. ​Pesquisa em Educação: a observação​, Brasília, Liber livro editora. 2007. página 9. VIANNA, Maurício…[et.al.]. ​Design Thinking: Inovações em Negócio​. 2011, Rio de Janeiro. MJV Press. Páginas 21­65­99­121.

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O blog como ferramenta didรกtica para o Ensino de Matemรกtica




UNIVESP ­ FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DAMARIS SANTANA DOS SANTOS MOTTA ROSEMEIRY ANTONIO HANSEM SAMUEL GUSTAVO FERREIRA

O BLOG COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

Link do vídeo no youtube: <​https://youtu.be/PhSbQR5Pzd8​> JUNDIAÍ 2015



UNIVESP ­ FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DAMARIS SANTANA DOS SANTOS MOTTA ROSEMEIRY ANTONIO HANSEM SAMUEL GUSTAVO FERREIRA

O BLOG COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

Trabalho

final apresentado na

disciplina de Projeto Integrador para o curso Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Fundação Universidade Virtual do Estado De São Paulo (UNIVESP). JUNDIAÍ 2015

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RESUMO Com a finalidade de contribuir com a melhoria na qualidade da educação da escola estadual Professora Cecilia Rolemberg Porto Guelli, localizada na cidade de Jundiaí, foi realizada uma visita em campo que consistia na observação do cotidiano escolar de seus alunos, assim como uma entrevista semi­estruturada sobre a opinião dos professores sobre a qualidade da educação, seja ela dentro ou fora da sala de aula. O trabalho foi embasado no modelo design thinking, o qual integra a colaboração multidisciplinar e colaborativa à criação de produtos e serviços inovadores com foco no usuário final. A partir dos resultados obtidos junto aos professores sobre a necessidade do uso de novas tecnologias e de inovações em suas aulas, criamos um blog a ser utilizado na disciplina de matemática, mais especificamente para a 3º série do ensino médio, a fim de tornar estas aulas mais atrativas e interativas, de forma a fazer com que o aluno contribua com a sua construção como um sujeito ativo e co­autor de sua aprendizagem, uma vez que as aulas tradicionais já não atendem a estes grupo de alunos tão acostumado com as novas tecnologias. Desta forma consideramos o blog como um recurso metodológico que ira auxiliar o professor com estratégias de ensino que vão além das salas de aulas, de forma diversificada, com sistematização do conhecimento e muita interatividade, através de ideias, experiências e iniciativas inovadoras que busquem vencer os desafios apresentados diariamente, dentro e fora da sala de aula. Palavras­chaves:​ Qualidade na Educação. Aluno. Tecnologia. Blog. 2


ABSTRACT In order to contribute to improving the quality of public school education teacher Cecilia Rolemberg Port Guelli, located in the city of Jundiaí, a visit was carried out on the field consisted of the observation of the everyday school life of their students, as well as a semi­interview structured on the views of teachers on the quality of education, whether inside or outside the classroom. The work was based on design thinking model, which integrates multidisciplinary and collaborative cooperation to the creation of innovative products and services focused on the end user. From the results obtained from the teachers about the necessity of using new technologies and innovations in their classes, we created a blog to be used in math discipline, more specifically for the 3rd year of high school in order to make these classes more attractive and interactive, in order to make students contribute to its construction as an active subject and co­author of their learning, since the traditional classes no longer meet this group of students so used to the new technologies . Thus we consider the blog as a methodological resource that will help teachers with teaching strategies that go beyond the classroom, in a diversified manner, with systematization of knowledge and a lot of interactivity through ideas, innovative experiences and initiatives that seek to overcome the challenges presented daily, inside and outside the classroom. Keywords:​ Quality in Educação. Student. Technology. Blog. 3


SUMÁRIO INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA……………………………………………...…......05 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………………...07 PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA………………………………………...10 METODOLOGIA EMPREGADA………………………………………………………..11 ANÁLISE DOS DADOS…………………………………………………………….…...13 CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………...…………………………………..23 BIBLIOGRÁFICA………………………...……………………………………………....25 ANEXOS……………………………………………………………………....................26 4


INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA A chegada das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) na escola evidencia desafios e problemas relacionados aos espaços e aos tempos que o uso das tecnologias novas e convencionais provocam nas práticas que ocorrem no cotidiano da escola. Para entendê­los e superá­los é fundamental reconhecer as pontencialidades das tecnologias disponíveis e a realidade em que a escola se encontra inserida, identificando as características do trabalho pedagógico que nela se realizam, de seu corpo docente e discente, de sua comunidade interna e externa. Esse conhecimento favorece a incorporação de diferentes tecnologias ( computadores, internet, tv, vídeo, smartphone,entre outros.) existentes na escola à prática pedagógica e a outras atividades escolares nas situações em que possam trazer contribuições significativas para aprendizagem. As tecnologias são utilizadas de acordo com os propósitos educacionais e as estratégias mais adequadas para propiciar ao aluno a aprendizagem, não se tratando da informatização do ensino, que reduz as tecnologias a meros instrumentos para instruir os alunos. No processo de incorporação das tecnologias na escola, aprende­se a lidar com a diversidade, a abrangência e a rapidez de acesso as informações, bem como com a novas possibilidades de comunicação e interação, o que propicia novas formas de aprender, ensinar e produzir conhecimento. Para que as novas tecnologias não sejam vistas como apenas mais um modismo, mas com a relevância e o poder educacional transformador que elas possuem, é preciso refletir sobre o processo de ensino de maneira global. Antes de tudo, é necessário que todos estejam conscientes e preparados para assumir novas perspectivas filosóficas, que contemplem visões inovadoras de ensino e escola, aproveitando­se das amplas possibilidades comunicativas e informativas das novas tecnologias, para a concretização de um ensino crítico e transformador de qualidade. (KENSKI, 2004, p.73)

Cabe a escola ter objetivos mais amplos, preparando seu aluno de forma crítica, criativa, pensante, abertos a novas reflexões e aprendizagens e com a mesma rapidez das mudanças e novidades do mundo globalizado. Quando a escola utiliza as diversas ferramentas tecnológicas, oportuniza aos seus educandos a apropriação não somente das tecnologias, como também

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possibilita uma forma de integração à sociedade em que vivem, o acesso ao mundo globalizado e a possibilidade de leitura crítica sobre essas mudanças culturais. O presente trabalho tem como título “O blog como ferramenta didática para o ensino de matemática”, que surgiu a partir das entrevistas realizadas com os professores, que colocaram como necessidade a inovação nas aulas por meio de tecnologias. Das respostas apresentadas surgiu a ideia de formularmos um protótipo que tem o objetivo de contribuir em avanços tecnológicos na educação. O blog é um recurso e uma estratégia pedagógica, onde as aulas possam se tornar mais atrativas e interativas, pois existe meio para que o aluno contribua com a construção, participe das discussões sendo um sujeito ativo e co­autor de sua aprendizagem. O blog apesar de muito explorado em diversas áreas aqui será utilizado do ponto de vista pedagógico, como sendo um conceito de comunicação no processo de aprendizagem e atento as necessidades dos alunos e dos professores no contexto atual de rápidas transformações tecnológicas, com facilidade de acesso a um volume gigantesco de informação, é papel dos educadores acompanhar esses avanços e integrá­los ao ambiente escolar. Esse conceito também se aplica aos diferentes modos de linguagens, dinâmicas e interações entre professores e alunos e entre os próprios alunos, atendendo a diversidade e respeitando o tempo de aprendizagem e a especificidade de cada aluno. Considerando assim, o blog como recurso metodológico para auxiliar o professor em como modificar as estrategias de ensino alem da sala de aula, com diversidade, especificidade, integração (aluno­aluno, aluno­professor) e tecnologia para uma melhor qualidade de ensino. 6


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente trabalhou partiu da observação em campo, de uma sala de aula de 3º serie do ensino médio do período diurno, tendo como base a estratégia em projetos visto na disciplina de Psicologia da Aprendizagem. A escola estadual de ensino fundamental e médio, Professora Cecilia Rolemberg Porto Guelli esta localizada no bairro da Vila Rio Branco em Jundiaí e conta no momento com 805 alunos matriculados, sendo 420 alunos no ensino médio e 385 alunos no ensino fundamental II. Em seguida foi realizada uma entrevista semi estruturada com os professores, conforme anexo 1, tendo como principio orientador a qualidade na educação. Diante do exposto, pudemos verificar que 80% dos professores são a favor e já se utilizam, de modo ainda tímida, dos meios tecnológicos para fins didáticos, enquanto que 20% dos professores preferem as aulas tradicionais, apenas com o uso do quadro negro, giz e livros como materiais didáticos. Com o avança da globalização as tecnologias passaram a estar inseridas no cotidianos dos alunos e chegam a eles com intensidade e frequência cada vez maiores. Portanto na educação as tecnologias também podem assumir uma função importante em termos de apoio pedagógico. Moran (2009) vem salientar que a internet é um grande apoio a educação, uma âncora indispensável a embarcação. Mas ele também ressalta a importância da formação continuada dos professores, a fim de que eles possam saber como gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade. Hoje em dia os blogs são vistos por muitos professores como uma alternativa para a comunicação na educação e um excelente meio para oferecer aos alunos uma formação descentralizada. Ainda de acordo com alguns educadores não há limites para a utilização desses blogs, primeiro pela facilidade de publicação, uma vez que não é necessário ao professor e aos alunos possuírem conhecimentos tecnológicos e segundo pelo grande atrativo que estas paginas exercem sobre os jovens, mas cabe aos

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professores direcionar suas aulas e aproveitar o que a internet pode oferecer de melhor. De acordo com Marçal Flores (1996) a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o seu processo ensino e aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares que visem o seu desenvolvimento integral. Uma vantagem do uso dos blogs é a possibilidade de organização e sistematização do conhecimento, de forma a organiza­lo de acordo com as necessidades especificas de cada sala de aula, além de formar uma poderosa rede de aprendizagem no ensino de matemática com ferramentas modernas e muita interatividade, levando o aluno a um mundo de diversão e aprendizado. O Blog reúne ideias, experiências e iniciativas inovadoras para vencer os desafios de Matemática que se apresentam diariamente dentro e fora da sala de aula. Fundamentação teórica à partir dos conteúdos vistos em aula. A criação deste protótipo esta embasado em varias disciplinas vistas durante este curso de licenciatura em ciências naturais e matemática, sendo algumas delas citadas abaixo. Letramento digital Na aula 23 da disciplina Letramento Digital ministrada pela professora Maria C. B. Galvão “Blog como um recurso para disseminação da informação” vimos que o blog pode ser visto como um diário pessoal, que pode ser escrito por uma ou mais pessoas e que tem como vantagem a publicação instantânea, ou seja, a rapidez na postagem das informações, devendo conter conteúdos bem variados e tendo como característica a possibilidade de serem incluídos comentários pelos usuários, facilitando assim a interação e a participação dos alunos ou público ao qual ele se destina. Sociedade, Tecnologia e Inovação Já na aula 6 “O futuro da aprendizagem” desta disciplina e ministrada pelo professor Reinhold Stenbeck, vimos que os recursos para aprendizagem são abundantes e que uma das habilidades para a aprendizagem no século XXV serão 8


a criatividade e a inovação, e que uma mudança chave será a aprendizagem continua, a qual não deve ocorrer somente dentro da sala de aula, portanto como educadores devemos levar os alunos a utilizarem novos recursos para o seu desenvolvimento. Psicologia do Desenvolvimento Na aula 9 “A criança que não aprende” ministrada pela professora Silvia Colelo é discutida a importância do professor em despertar no aluno a vontade de aprender, lhe oferecendo um ensino melhor e desafiador, pois os alunos do século XXI não querem decorar matéria, e que portanto cabe ao professor dar mais autonomia para que os alunos possam buscar o conhecimento e ver no professor apenas um mediador que lhe mostre o caminho. 9


PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA O problema deste projeto, visa a criação de um protótipo para sanar a questão apresentada pelos professores de como tornar as aulas de matemática mais atrativas e interativas para os alunos se utilizando da tecnologia? Este problema foi levantado através de observações em sala de aula (anexo 1) e por meio de entrevista (anexo 2) realizada com os professores da escola estadual Professora Cecilia Rolemberg Porto Guelli localizada na cidade de Jundiaí. A entrevista ocorreu de maneira aberta para que os professores apresentassem suas opiniões e sugestões sobre a qualidade da educação, seja dentro ou fora da sala de aula, e quais seriam suas opiniões sobre como melhorar a qualidade desta educação. Diante do exposto, o objetivo principal deste trabalho é a criação de um blog para ser utilizado na disciplina de matemática, mais especificamente para as salas de 3º série do ensino médio, como um recurso tecnológico que busque melhorar a qualidade da educação, tornando as aulas mais atrativas e interativas aos alunos bem como estender as discussões realizadas em sala de aula para além do limite previamente estabelecido, além de dar aos alunos uma oportunidade de serem mais participativos e co­autores do seu aprendizado. 10


METODOLOGIA EMPREGADA A metodologia utilizada neste projeto está embasada no modelo design thinking, que é uma metodologia que integra colaboração multidisciplinar e interativa à criação de produtos, sistemas e serviços inovadores com foco no usuário final, o objetivo principal é de ouvir as necessidades de uma determinada população sempre com o objetivo de criar um protótipo para solucionar o dado problema. Como instrumento para a coleta de dados foram utilizados dois modelos de pesquisa científica, uma através de entrevista semi estruturada e outra de pesquisa de campo que caracteriza­se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisas com uma abordagem direta e com o objetivo de analisar os aspectos qualitativos e quantitativos das aulas nesta comunidade escolar. A primeira abordagem que realizamos foi uma entrevista semi­estruturada com os professores da Escola Professora Cecilia Rolemberg Porto Guelli ­ Escola pública estadual que atende alunos do ensino fundamental e médio, localizada no bairro da Vila Rio Branco em Jundiaí. As respostas obtidas giraram em torno de uma possível mudança nas aulas, cujo conteúdo é bastante tradicional e monótono, não sendo portanto interessante aos alunos. “O papel da escola tradicional é justamente fazer com que o aluno cresça pelo próprio mérito a partir do professor que repassa a eles todo o conhecimento obtido pela humanidade, de uma forma extremamente mecânica, fria e crua, e de uma forma generalizadora na qual as particularidades são eram respeitadas, alunos sempre seriam alunos independente das especificidades, e o professor seria o dono do saber e do conhecimento, deixando assim vigente a posição do professor como sujeito ativo, e o aluno como sujeito passivo, sujeito este que deveria apenas receber o conhecimento e por si só desenvolver suas características sociais, políticas e humanas em geral de uma forma que os menos capazes ficariam para trás nessa escala de desenvolvimento. O caminho cultural em direção ao saber é o mesmo para todos os alunos, desde que se esforcem. Assim, os menos capazes devem lutar para superar as dificuldades e conquistar um lugar junto aos mais capazes. Caso não consigam, devem procurar um ensino mais profissionalizante.” (GÔNGORA. 1985, p. 23).

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Os professores mencionaram a necessidade de inovação nas aulas por meio de tecnologias a fim de torná­las mais atrativas e interativas para os alunos. A segunda abordagem foi uma visita (Anexo 1) em uma sala de 3ª série do ensino médio com o objetivo de observar o dia a dia da escola com foco na qualidade das aulas e buscando encontrar possíveis problemas que impeçam a qualidade do ensino nesta escola. Um dos problemas verificados é a dinâmica das aulas e o tempo limite que as aulas possuem, ficando muitas vezes restritas aos 50 minutos de cada aula. O professor de matemática responsável pela sala no momento da visita também mencionou que gostaria de utilizar a tecnologia em suas aulas mas que não sabia como realizar este objetivo. A partir dos problemas desta escola resolvemos realizar um protótipo que supra

as

necessidades

de

todos

os

envolvidos

no

processo

de

ensino­aprendizagem desta comunidade. A criação de um Blog cumpre com o que precisamos, a vantagem do uso dos blogs é a possibilidade de organização e sistematização do conhecimento, pois podemos utiliza­lo de acordo com as necessidades especificas de cada sala de aula, além de formar uma poderosa rede de aprendizagem no ensino de matemática com ferramentas modernas e muita interatividade que levam o aluno a um mundo de diversão e aprendizado. 12


ANALISE DOS DADOS PROTÓTIPO 1 (INICIAL) A partir das observações realizadas em sala de aula e da entrevista semi estrutura realizada com os professores da escola estadual Cecilia Rolemberg Porto Guelli este trabalho resultou na criação de um blog como uma ferramenta metodológica no ensino de matemática para alunos da 3ª série do ensino médio. Para a criação deste protótipo também levamos em consideração a grande facilidade encontrada nos dias de hoje para o acesso a internet, seja ela por meio de notebooks, tabletes ou mesmo celulares. A prototipação do blog partiu inicialmente da realização de uma sessão de brainstorming1 pelo grupo, onde cada participante pode dar sugestões e opiniões sobre a temática a ser abordada neste blog, assim como quais recursos seriam utilizados para a sua criação.

​Dinâmica de grupo usada como uma técnica para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e para estimular o pensamento criativo.

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Após o consenso do grupo e se buscando uma maior praticidade na sua utilização pelos professores o protótipo foi criado através do blogspost e denominado <http://matematicablablabla.blogspot.com.br/>. Para a apresentação do protótipo levamos em conta os conteúdos vistos em sala de aula, assim como a possibilidade de maior participação e interação dos alunos através de conteúdos inovadores. Em nosso contexto o blog será voltado para os conteúdos abordados em sala de aula através da publicação de exercícios, dicas, humor, desafios, curiosidades, enquetes, jogos online, entre outras atividades a serem atualizadas constantemente. Ainda segundo o professor Ulisses Araújo o uso dessas tecnologias são uma forma de atingir as finalidades da educação, mas para que ela de certo se faz necessário um projeto acadêmico pedagógico coerente com a tecnologia que vai ser utilizada, portanto o blog proposto para ser utilizado na disciplina de matemática tem por objetivo: ➢ Tornar o Ensino da Matemática atrativa aos alunos; ➢ Aumentar a qualidade das aulas de matemática; ➢ Auxiliar na mediação pedagógica; 14


➢ Aumentar a interatividade entre aluno e professor; ➢ Otimizar o tempo na sala de aula; ➢ Criar um grupo de estudos e discussão online; ➢ Criar um canal adicional de comunicação; ➢ Permitir flexibilidade; ➢ Aproximar o aprendizado formal ao informal; ➢ Mudança de paradigmas tradicionais em relação ao processo de ensino e aprendizagem. Fotos do protótipo inicial.

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Link

do

vídeo

produzido

a

partir

do

protótipo

inicial:

https://youtu.be/FdsdICYFMgc Protótipo 2 (Sessão de Fishbowl) Após a criação e o desenvolvimento deste protótipo inicial, realizamos no dia 19 de Setembro de 2015 uma apresentação aos professores convidados Daniele Oliveira e Leonardo Valle, através de uma sessão de Fishbowl, os quais destacaram sobre a importância da atualização constante do blog, assim como da necessidade da produção de conteúdos autorais, além de destacarem sobre a importância de que todos os links utilizados no blog sejam referenciados. Protótipo 3 (Validação do protótipo junto ao professor de matemática) No dia 14 de Outubro de 2015 foi realizada uma nova visita a escola em estudo para a apresentação do protótipo inicial ao professor da disciplina de matemática a fim de realizar a sua validação pelo professor. 19


Nesta visita constatamos a surpresa e a satisfação do professor sobre o blog apresentado, e o mesmo sugeriu que por se tratar de uma turma de 3º série do ensino médio o mesmo deveria apresentar questões sobre o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) o qual é realizado pela maioria dos alunos. Segundo o professor poderíamos incluir dicas sobre os cuidados a serem tomados antes da prova, como alimentação, vestimenta e a necessidade de uma noite bem dormida, assim como alimentos e materiais a serem levados pelos alunos para a realização da prova, e o mais importante, a postagem de possíveis fórmulas a serem utilizadas pelo alunos para a realização dos exercícios. Fotos da validação do protótipo junto ao professor

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FOTOS DO PROTÓTIPO FINAL

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos observar através dos dois modelos de instrumentos que utilizamos para a coleta de dados (entrevista semi­estruturada e pesquisa de campo) que a principal necessidade dos alunos da escola estadual Cecilia Rolemberg Porto Guelli é a necessidade de um recurso tecnológico que busque melhorar a qualidade da educação, tornando as aulas mais atrativas e dando os alunos uma oportunidade de serem mais participativos e co­autores do seu aprendizado. A partir dos resultados obtidos procuramos desenvolver uma ferramenta que os ajudassem a tornar estas aulas muito mais dinâmicas e interessantes. Propomos a construção de um Blog como ferramenta didática para o ensino da matemática com a finalidade de contribuir para a melhoria na qualidade das aulas e por considerar o Blog um excelente recurso metodológico, o qual irá auxiliar o professor com estratégias de ensino que vão além das salas de aulas, de forma diversificada, com sistematização do conhecimento e muita interatividade, através de ideias, experiências e iniciativas inovadoras que busquem vencer os desafios apresentados diariamente, dentro e fora da sala de aula. Considerado um espaço democrático, o blog é cada vez mais usado por professores, tanto por sua linguagem como por ser um excelente complemento ao ensino de todas as disciplinas. O blog possibilita a produção de textos, análises e opiniões sobre atualidade, publicação de fotos e vídeos, além de favorecer a imaginação e facilitar a socialização através dos comentários que poderão ser postados. Permite ainda ao aluno manifestar suas ideias sem restrições e propicia a interação direta com os outros colegas e o professor. Consideramos portanto que nossas expectativas em relação a construção deste protótipo foram alcançadas, pois conseguimos retorno importantes quando tivemos a sessão de fishbowl onde os professores avaliaram o blog como sendo importantíssimo e muito bem estruturado. O mesmo retorno positivo alcançamos quando apresentamos o protótipo ao professor de matemática da escola em questão, o mesmo achou que o blog tem

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bastante utilidade e apenas recomendou que incluíssemos um tópico que fale do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A metodologia escolhida para este trabalho foi a melhor opção pois conseguimos levantar as principais necessidades dos alunos. A dificuldade que encontramos ao longo do processo foi o acesso à escola, tanto para o inicio do projeto quanto para o retorno para sua validação. Por fim, podemos considerar que o projeto Integrador atendeu nossas expectativas, assim como a dos professores consultados, e que o mesmo ira trazer melhoras significativas para a questão da qualidade na educação. 24


BIBLIOGRÁFIA Araújo, Ulisses, ​Estratégias de Projetos (EVS)​,videoaula da disciplina de Psicologia da Aprendizagem do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo,São Paulo,2015. Araújo, Ulisses, ​Tecnologia e espaços colaborativos mediando a aprendizagem​,videoaula da disciplina de Psicologia da Aprendizagem do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estadode São Paulo,São Paulo,2015. Colelo. Silvia, ​A criança que não aprende​, videoaula da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo,São Paulo,2015. Flores, Angelita Marçal. ​A Informática na Educação​: Uma Perspectiva Pedagógica – monografia­ Universidade do Sul de Santa Catarina 1996. Disponível em http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm (nov/2002) Stenbeck. Reinhold, ​O futuro da aprendizagem​, videoaula da disciplina de Sociedade, Tecnologia e Inovação do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo,São Paulo,2015. Galvão, Maria C. B., ​Blog como um recurso para disseminação da informação​, videoaula da disciplina de Letramento Digital do curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo,São Paulo,2015 KENSKI, Vani Moreira. ​Educação e tecnologias​: o novo ritmo da educação. Campinas: Papirus, 2007. Moran, José Manuel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas: Papirus,2000. Universo Ead. http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm ­ acesso realizado em 12 de setembro de 2015 Uso do blog na educação <​http://pt.slideshare.net/abruzaca/uso­do­blog­na­educao­1928973​> acessado em 20 de setembro de 2015. 25


Anexo 1: Observações em sala de aula. Foi possível observar que nas duas primeiras aulas é possível dar aula, os alunos conseguem fazer silêncio e o nível de atenção é mais alto. Mais ainda há os que não estão interessados e conversam. Já na terceira aula, os alunos estavam mais preocupados com a saída para o intervalo, tentando puxar com o professor assuntos que não são da matéria, a fim de desviar o assunto da aula. Depois do intervalo teve apresentação de dança e a aula foi usada para ensaio. Na última aula os alunos já não estavam mais animados e o déficit de atenção diminuiu, fazendo com que houvesse muita falação em sala. Na opinião do professor os itens que prejudicam a qualidade do ensino: ❖ Cobrança da diretoria de ensino quanto ao uso do caderninho, por serem os exercícios que caem nas provas do Saresp e da avaliação diagnostica. ❖ Falta de recurso tecnológico, como data shom, para que as aulas pudessem ser mais inovadoras e atrativas para os alunos. ❖ ​A presença em sala de aula dos alunos inclusão, os professores não possuem uma formação pedagógica, e por este motivo tem dificuldades de lidar com eles dentro da sala, como os alunos não entendem a matéria se dispersam e acabam atrapalhando o restante da turma. Segundo o professor a aula Sape é sempre no contraturno (conforme vimos em vídeo). ❖ ​Outro problema é o Eca (estatuto da criança e adolescente), o qual tem foco apenas nos direitos dos alunos e não nos seus deveres. O professor não pode, por exemplo, expulsar um aluno, tem que procurar vaga em outra escola para a transferência (convida­lo a se retirar). ❖ Outra coisa que atrapalha a qualidade da educação é a classe social dos alunos (cultura), mas não é caso desta escola. ❖ Para o professor o uso de celulares e tabletes pode melhorar a qualidade do ensino, pois a aula se tornaria mais atrativa para os alunos, ele mesmo não vê problemas em deixar os alunos utilizaram celulares até mesmo para tirar foto do quadro. 26


Anexo 2: Entrevista semi­estruturada. 1. Quantidade de alunos matriculados nesta escola? A escola estadual Professora Cecilia Rolemberg Porto Guelli, possui turmas de ensino fundamental II e Médio. Sendo ministradas as aulas do ensino Médio no período da manhã e o fundamental no período da tarde. Existem atualmente 805 alunos matriculados, sendo 420 alunos o ensino médio e 385 alunos no ensino fundamental II. 2. Como o professor pode se utilizar do data show em sala de aula? Nesta escola para o professor ter acesso ao data show, ele precisa reservar o horário com o professor coordenador informando a data e as aulas em que pretende utiliza­lo. Percebe­se que os professores normalmente utilizam do equipamento para apresentar algumas imagens e animações didáticas que muitas vezes não dá para ser feita apenas na lousa. Praticamente todos os professores fazem apresentações com emprego de palavras­chaves e frases curtas, além de imagens, mapas, gráficos e demais elementos que venham a ser necessários. 3. Como a direção desta escola reage ao uso do celular em sala de aula? A reação da direção desta escola quanto ao uso de celular em sala de aula, e praticamente em todas as escolas do Estado de São Paulo obedecem ao ​Decreto nº 52.625 de 15 de Janeiro de 2008​, que regulamenta o uso de telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado de São Paulo. Artigo 1º ­ Fica proibido, durante o horário das aulas, o uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino. Parágrafo único ­ A desobediência ao contido no "caput" deste artigo acarretará a adoção de medidas previstas em regimento escolar ou normas de convivência da escola. Claro que nada impede do professor utilizar esse recurso para fins didáticos. Ou seja, não estão proibindo o professor e seus alunos de usar aparelhos tecnológicos (desde que tenham alguma finalidade com a matéria). Fora isso, é proibido sim o uso dos aparelhos. 4. Você concorda com o uso do celular, para fins didáticos, em sala de aula? Entrevistando os professores da escola é possível perceber que a maioria, cerca de 80% é a favor do uso do celular para fins didáticos, enquanto que 20%, sendo estes 27


os professores mais conservadores, acreditam que o uso do celular em sala de aula só ira atrapalhar ainda mais, gerando mais indisciplina. 5. De que forma você faria o uso de celulares em sala de aula com seus alunos? A professora de sociologia utiliza o celular para pesquisa de palavras e textos na internet. A professora de inglês permite que os alunos utilizem o tradutor. Já o professor de matemática em algumas aulas permite o uso da calculadora do celular. O professor de artes também pede para que os alunos façam pesquisas sobre o assunto que ele esta trabalhando em determinado momento de sua aula. Em geral os professores permitem o uso do celular para pesquisas na internet, cálculos, gravar uma dança que será apresentada ou mesmo uma apresentação feita em sala de aula. Porém, segundo os professores, este uso tem que ser bem administrado para que os alunos não percam o foco das aulas, sempre deve haver um propósito pedagógico. Os demais professores não souberam informar de que forma fariam uso do celular. 6. Você já tentou ou conhece algum projeto com o uso de celulares em sala de aula? Em relação a projetos de ensino, os professores disseram não conhecer projetos com a utilização de celulares. 28



Trabalhando a interdisciplinaridade com alunos do Ensino MĂŠdio




UNIVESP ­ FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANDRÉ LEME DA SILVA LUIS PAULO ALEXANDRE LUIZ FABIANO BONETTI PAULO ROBERTO GOMES SÍLVIA C. GUIMARÃES R. MEDEIROS

TRABALHANDO A INTERDISCIPLINARIDADE COM OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Link do vídeo no youtube: https://youtu.be/_fB8tYaJkNY

Jundiaí, SP 2015



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UNIVESP ­ FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANDRÉ LEME DA SILVA LUIS PAULO ALEXANDRE LUIZ FABIANO BONETTI PAULO ROBERTO GOMES SÍLVIA C. GUIMARÃES R. MEDEIROS

TRABALHANDO A INTERDISCIPLINARIDADE COM OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Trabalho final apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Fundação Universidade Virtual do Estado De São Paulo (UNIVESP).

Jundiaí, SP 2015



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RESUMO

O presente trabalho visa realizar a integração e a interação interdisciplinar no ambiente escolar com alunos de uma escola do ensino médio, com intuito de detectar possíveis problemas na educação e que possam ser melhor compreeendidos através de protótipos. Ao realizar uma observação com alunos de uma instituição de ensino, ficou claro a falta de vontade e comprometimento dos alunos em sala de aula. Após estudo realizado é evidente que assuntos do tipo meio ambiente, poluição podem ser levados para fora da sala de aula, fazendo com que os alunos através de aulas práticas comecem a enxergar o mundo que eles vivem com outros olhos, interligando as disciplinas para um melhor aprendizado. Palavras­chave: educação, interdisciplinaridade, meio ambiente, escola, poluição.


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ABSTRACT

This research project is aimed at integrating and creating interdisciplinarity at the school environment, taking students of the first year of high school into account. It also intends to identify educational issues that may be better understood and solved with the use of prototypes. By observing students reactions at a certain school it was clear that they lacked willingness and commitment to study. It was also evident that environmental studies, including pollution, could be performed outdoors and outside the school. The use of applied and practical classes can lead students to see the world from another point of view and help them relate different disciplines to a better learning process. Key words: education, interdisciplinarity, environment, school, pollution.


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SUMÁRIO

1 ­ INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA…………………………………………………... 5 2 ­ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...…………………………………………………….8 2 .1 ­ Psicologia da aprendizagem……..……………………………..…………..8 2 .2 ­ Biologia, Química, Meio Ambiente e Sustentabilidade………………......9 2 .3 ­ Sociedade, Tecnologia e Inovação; Letramento Digital………..……….10 ​ 2.4 ­ Ácidos, Bases e indicadores………………………………………………..12 2.4.1 ­ Conceitos…………………………………………………………………...12 ​ 2.4.2 ­ Método de Análise de pH…………………………………………………13 ​ 2.4.3 ­ Procedimento………………………………………………………………13 3 ­ PROBLEMA E OBJETIVOS...…………………………………………………….....15 4 ­ METODOLOGIA…………......…………………………………………………….....17 5 ­ ANÁLISE DE DADOS….........…………………………………………………….....20 5.1 ­ Protótipo 1…………...….............……………………………………….....20 5.2 ­ Protótipo 2…………...….............……………………………………….....22 5.2.1 ­ Procedimento de montagem…….…………….……………...……........24 5.2.1.1 ­ Passo a passo da montagem.…………………………...……............27 5.2.1.1.1 ­ Construção do filtro.………………………...……………….............28 5.2.1.1.2 ­ Construção do reservatório de água...………………...…..............29 5.2.1.1.3 ­ Protótipo final montado…....………….………………...…..............30 5.2.2 ­ Levantamento dos custos dos materiais....…….……………...…….....31 5.2.3 ­ Validação do Protótipo 2……………….......…….……………...…….....32 6 ­ CONCLUSÃO…………..……………………………………………………………... 35 7 ­ BIBLIOGRAFIA...………………………………………………………………………36


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1 ­ INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Com intuito de contribuir para melhorar a qualidade da educação na escola ETB ­ ESCOLA TÉCNICA DO BRASIL, situada em Jundiaí, Estado de São Paulo, buscamos a formulação de um protótipo, baseado na interdisciplinaridade de Biologia e de Química. Mediante estudo do meio ambiente, realizamos uma atividade prática com alunos do Ensino Médio, com uma pesquisa de campo do Rio Jundiaí, na mesma cidade. Existe atualmente, um consenso entre docentes e pesquisadores em educação, sobre a importância da integração das disciplinas escolares, e da contextualização dos conteúdos, e cada vez mais ouvimos falar em interdisciplinaridade. Para Santomé (1998, p. 63) a interdisciplinaridade:

​...implica em uma vontade e compromisso de elaborar um contexto mais geral, no qual cada uma das disciplinas em contato são por sua vez modificadas e passam a depender claramente uma das outras. Aqui se estabelece uma interação entre duas ou mais disciplinas, o que resultará em intercomunicação e enriquecimento recíproco e, conseqüentemente, em uma transformação de suas metodologias de pesquisa, em uma modificação de conceitos, de terminologias fundamentais, etc. Entre as diferentes matérias ocorrem intercâmbios mútuos e recíprocas integrações; existe um equilíbrio de forças nas relações estabelecidas.

A interdisciplinaridade visa uma formação a partir de uma visão global de mundo, preparando os alunos para “articular, religar, contextualizar, situar­se num contexto e, se possível, globalizar, reunir os conhecimentos adquiridos” (MORIN, 2002B, p. 29). É um conceito de uma relação entre o todo e as partes, apoiado na complexidade do tratamento de um tema, que ultrapassa as barreiras disciplinares. A aprendizagem humana necessita da conexão de conhecimentos ao contexto. Temos à disposição ferramentas da tecnologia e da informática, facilitando a assimilação de conceitos e a formação de uma rede de conhecimentos. Da


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mesma forma, o currículo das disciplinas também deve formar uma rede facilitadora da aprendizagem (MACHADO, 2000). As disciplinas constituem fundamentos que alavancam a capacidade humana de conhecer o mundo. Vivemos em um período de mudanças de pensamento e de revisão das fronteiras, que a todo momento alteram a posição do seres humanos no mundo. Tais mudanças só podem ser elucidadas, quando possibilitarmos o diálogo e colaboração entre disciplinas. Para pensarmos o desenvolvimento humano e seu domínio do meio ambiente, é preciso um trabalho interdisciplinar. O tema “Meio Ambiente” é complexo. Ao analisarmos os processos ambientais de seus ângulos mais sensíveis à existência humana, torna­se impossível seu estudo limitado a apenas um campo de estudo. A colaboração entre as disciplinas é indispensável para a compreensão dos sistemas físico­naturais e suas interações com a sociedade. Quando centralizamos o campo das preocupações ambientais com nosso cotidiano, nos tornamos ao mesmo tempo, sujeitos, atores, objetos e produtos. Entretanto, visando a integração das disciplinas de Química e Biologia para o estudo do meio ambiente, idealizamos um protótipo no qual o Rio Jundiaí será objeto de estudo dos alunos do 1º ano do ensino médio, da escola já citada anteriormente, e que envolve a coleta de uma amostra da água do rio, análise do pH dessa amostra e estudo sobre como é feito o tratamento de efluentes. Segundo Souza (2015), o Potencial Hidrogeniônico (pH) é o logaritmo negativo da molaridade do íon hidrônio em uma solução pH = ­log[H​3​O​+​]. O pH < 7 indica uma solução ácida ; pH > 7, uma solução básica/alcalina (Atkins 2006). Portanto, esse ​é um índice que nos permite conhecer a acidez, neutralidade ou

alcalinidade de um meio aquoso qualquer, determinados pela concentração de íons de Hidrogênio (H​+​). A cidade de Jundiaí trata 100% de seus efluentes, segundo dados fornecidos

pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), publicado regularmente pelo Ministério das Cidades. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) comporta uma capacidade de tratamento equivalente a uma população de 1 milhão de habitantes, em parâmetros de DBO­ Demanda Bioquímica de Oxigênio de cinco dias, e chega a 60 toneladas de DBO/dia. A população de Jundiaí é de cerca


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de 370 mil habitantes, e a estação trata efluentes provenientes de outros 15 municípios, que são trazidos por caminhões tanque, e passam pelo tratamento biológico antes de serem despejados no Rio Jundiaí. Desejamos melhorar a qualidade da educação desses alunos, buscando a interdisciplinaridade em Ciências Naturais, a fim de que o aluno possa compreender conceitos teóricos abordados em sala de aula, de forma concreta e ampla, agindo como construtor de seu próprio conhecimento, numa abordagem construtivista. Acreditamos que o desenvolvimento do ser humano acontece num processo construído ativamente, em suas relações com o ambiente físico e social. Após os alunos tomarem sólido conhecimento sobre o processo de tratamento de efluentes, elaboramos a confecção de uma maquete de uma fossa asséptica.


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2 ­ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A equipe responsável por este Projeto Integrador o realizou durante o curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, em 2015. Muitos conhecimentos, obtidos ao longo dos períodos acadêmicos vivenciados, foram considerados e, consequentemente, vários deles se encontram aqui elencados. Ao constatar a baixa motivação dos alunos para o estudo, a equipe se concentrou em determinar uma estratégia didática que buscasse melhorar a qualidade do ensino.

2.1 Psicologia da Aprendizagem Consideramos, por exemplo, o momento educativo em que nos encontramos, explicitado em vídeo­aula 2 da disciplina de Psicologia da Aprendizagem, que é

Quarta Revolução Educacional (A quarta revolução

educacional, 2015). Nesse contexto educacional, muitas dimensões precisam ser consideradas para cativar os alunos. Os conteúdos devem ser acompanhados de debates sobre as atitudes éticas e de responsabilidade social, de forma a promovermos uma vida mais sustentável. O contexto de vida dos educandos deve ser considerado, de maneira a relacionar o conhecimento à vida cotidiana. O ensino precisa ocorrer de forma dinâmica, rompendo barreiras do espaço educativo e inovando na maneira de engajar os alunos. Finalmente, o aluno deve ser o autor dos próprios conhecimentos, cabendo aos professores a função de facilitadores do processo de aprendizagem. As vídeo­aulas 4 e 6 (Interdisciplinaridade e transversalidade, 2015; Transversalidade, interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, 2015) , dessa mesma disciplina, também nos orientaram, quando trouxeram o depoimento do


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filósofo francês Edgar Morin: “é preciso incorporar métodos mais contextualizadores e alternativos, para que a educação não se baseie só nas especialidades”, e enfatizaram a

pedagogia de projetos como forma de incentivar a

interdisciplinaridade e a transversalidade. Os projetos são apresentados como ferramentas capazes de promover a construção de relações e de significados dos conhecimentos, rompendo a linearidade do aprendizado. Mediante sua realização, os alunos deparam­se com problemas a serem solucionados, tornando­se atores do processo de busca de soluções, em vez de meros receptores passivos de informações.

2.2 Biologia, Química, Meio Ambiente e Sustentabilidade A disciplina de Meio Ambiente e Sustentabilidade também serviu ao embasamento teórico do trabalho quando, em vídeo­aula 11, discutiu a gestão de recursos hídricos (Gestão de recursos hídricos, 2015). A escolha pela realização de um protótipo de filtro de água considerou a relevância do tema do uso consciente da água, sua atual valoração econômica e a perspectiva de escassez desse recurso. Aquela aula destacou muito bem os papéis importantíssimos da água, de atendimento das necessidades básicas de hidratação de seres humanos e de animais, de manutenção e equilíbrio de ecossitemas, de insumo às produções agrícolas e industriais e ainda seu uso como via de transporte, no caso dos rios de água doce. Naturalmente, destacou­se o papel fundamental que o Rio Jundiaí apresenta para a cidade, seja econômico, cênico ou cultural e histórico. Ainda tratando dos aspectos motivacionais dos alunos, fizemos uso das informações apresentadas na vídeo­aula 1 da disciplina de Biologia (Apresentação da disciplina, 2015), que discutiu as razões para aprender e para ensinar Biologia, dentre elas ampliar e diversificar o repertório de conhecimentos sobre a vida, seus conceitos, processos e entendimentos, que capacitem a todos realizar análises


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críticas sobre a realidade que nos cerca, assegurando os instrumentos necessários à tomadas de decisão conscientes. Somaram­se às questões de conteúdo os conhecimentos pertinentes à área de Química, como a conceituação de pH e questões operacionais de elaboração de um protótipo de filtragem de água. Como mencionado anteriormente, os conhecimentos descritos acima foram mobilizados na determinação de uma estratégia de abordagem de assuntos relacionados à Biologia e à Química. Determinamos o conteúdo a ser abordado e a forma ou estratégia didática necessária à elaboração da aula, isto é, um projeto interdisciplinar de tratamento de água. No tocante à realização de nosso próprio Projeto Integrador de pesquisa, que é este trabalho, usamos técnicas da Aprendizagem Baseada em Problemas e Projetos, que é um​ ​método também conhecido por ​Design Thinking​.

2.3 Sociedade, Tecnologia e Inovação; Letramento Digital O método será descrito em mais detalhes na seção sobre Metodologias de Pesquisa, mas vale enfatizar que a introdução de seus conceitos fundamentais deu­se pelas vídeoaulas 1 e 2 da disciplina Sociedade, Tecnologia e Inovação, deste curso de Licenciatura da UNIVESP (Inovação e criatividade, 2014; ​Design Thinking​, 2014).

Naquelas aulas é possível verificar que o ​Design Thinking é uma forma

prática de resolver problemas cotidianos, que parte da escuta dos envolvidos por uma equipe multidisciplinar, de forma empática e livre de julgamentos, que posteriormente trabalham em equipe na proposição de soluções inovadoras, que são concretizadas em um protótipo a ser testado na comunidade. As aulas enfatizam que o processo de inovação ocorre de maneira caótica e não linear, que deve ser conduzido em um ambiente agradável, e permeado por confiança, colaboração e pensamento integrativo.


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Os conhecimentos instrumentais de aplicativos e usos da Internet foram decisivos, já que o Projeto Integrador foi construído tanto presencialmente quanto virtualmente. Ferramentas de busca na web, de encontros virtuais, de documentos compartilhados, entre outros recursos de tecnologia, foram utilizados, e para seu conhecimento e apropriação, colaboraram os conteúdos de videoaulas da disciplina de Letramento Digital (Comunicação em tempo real na web, 2014; Tipos de recursos informacionais disponíveis na web e avaliação de seus conteúdos, 2014). Podendo integrar­se com áreas específicas, visando o propósito de promover uma interação entre o aluno, professor e o cotidiano, considerando as ciências naturais como umas das mais diversas em função de seus vários campos de trabalho. Atualmente exigisse que o nível de atualização prevaleça em qualquer carga que vai exercer na área de ciências naturais. Projetos aos alunos, para desenvolver e contribuir com o aprendizado foi tema debatido em diversas videoaulas, a pedagogia de projetos permitindo articular conhecimentos transversais e interdisciplinares em sala de aula, ( Transversalidade, interdisciplinaridade e pedagogia de projetos, 2015). Apresentados exemplos de atividades que evidenciam como a estratégia de projetos, possibilita que as disciplinas escolares relacionem­se entre si e com o tema transversal na construção de um conhecimento multidimensional, que não se justifica por si mesmo, mas tem a intenção de levar alunos e alunas a conhecer e transformar o mundo em que vivem. ( A prática interdisciplinar e transversal na pedagogia de projetos, 2015). Vivenciando problemas e mostrando aos alunos na prática alguns exemplos do cotidiano, a aula de psicologia de aprendizagem, professores de uma escola pública de Campinas que, ao escolherem um rio da região como objeto de estudo, desenvolvem, na prática, a transversalidade e a interdisciplinaridade nas áreas de geografia, língua portuguesa e química.( Interdisciplinaridade e transversalidade, 2015). E apresentando temas como meio ambiente e sustentabilidade, interagindo o aluno com temas repletos de informações como ​o movimento


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ambientalista reenvindicando e repensando a nossa relação com o meio ambiente, não só apenas no sentido de conservação, mas abordando um aspecto maior, social e democrático. ( Educação ambiental: caminhos trilhados, mitos e chavões, 2015 ).

2.4 ­ Ácidos, Bases e indicadores Um dos principais temas abordados no currículo de química do ensino médio é o conceito de Acidez/ Basicidade e de seus reflexos no meio ambiente, principalmente no que diz respeito à água que é uma substância indispensável para a sobrevivência de todo ser vivo. No princípio da descoberta cientistas descreviam uma substância ácida sendo algo de sabor azedo, enquanto substâncias básicas tinham como característica o gosto de sabão. Com o avanço da ciência foram criados métodos menos perigosos para identificar os ácidos e bases como, por exemplo, o uso de indicadores como o tornassol1 . Com o avanço da tecnologia foram desenvolvidos ainda medidores de pH eletrônicos que são conhecidos também pelo nome de pHmetros.

2.4.1 ­ Conceitos

Para comprovar a existência e veracidade dos fatos deste conteúdo nos

basearemos em algumas teorias: ­ Stevan Arrenhius, químico sueco que definiu o ácido com um composto que contém hidrogênio

e reage com a água para formar

íons hidrogênio (H​+​) e bases que reagem com a água formando íons hidróxido na água (OH​­​). (ATKINS 2006; p.87) ​s.m. Matéria corante azul extraída de vários vegetais, especialmente de certos liquens, empregada no preparo do papel de tornassol. Química Papel de tornassol, papel tinto de azul com o tornassol e que se usa nos laboratórios para determinar a presença dos ácidos, pela propriedade que tem de se avermelhar ao contato deles. 1


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­ Bronsted­Lowry, químicos que trabalhavam independentemente um do outro, mas com um mesmo objetivo, buscar uma solução para o conceito de Arrenhius que só era válido quando o solvente fosse água. Definiram então que um ácido é um doador de prótons enquanto uma base é um aceitador de prótons. (ATKINS 2006; p. 88) ­ Lewis, neste experimento ficou constado que ácido é toda espécie química que recebe pare eletrônicos isolados, e base é toda espécie química que cede pares de elétrons isolados, formando ligações coordenadas.

A partir da contextualização e apresentação das teorias e suas aplicações

durante o andamento do projeto os alunos poderão definir e escolher o seu objeto de estudo, o que reverte a autonomia da construção de conhecimento aos discentes, contribuindo para a prototipação do projeto.

2.4.2 ­ Método de Análise de pH O procedimento de medição do pH consiste na verificação da quantidade íons H+ e OH­ contidos em determinada quantidade de amostra. Será utilizado o kit Genko, ou similar, de medição de pH para a obter valores aproximados (dada a imprecisão e desvio do método).

2.4.3 ­ Procedimento 1 ­ Enxágue a célula comparadora na própria água da piscina antes e depois de cada uso.


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2 ­ Mergulhe a célula de boca para baixo até cerca de 30 cm abaixo da superfície e vire­a de boca para cima para colher amostra daquela profundidade dentro dos tubos da célula desprezando o excesso de água. 3 – Adicione 4 gotas, do reagente Genco pH contido no kit, ao tubo com a amostra. 4 – Tampe o tubo e agite a amostra afim de homogeneizar amostra e reagente. 5 – Compare com os padrões contidos no kit. 6 – Após uso lave o tubo com água corrente, seque­o e armazene­o junto com o kit ao abrigo da luz e em lugar seco e arejado.

Figura 1 ­ Kit para medir Ph


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3 ­ PROBLEMA E OBJETIVO

A atual falta de interesse dos discentes com relação a antigas formas de

exposição de aulas, tem se tornado cada vez mais uma dificuldade para os professores. Frente a esse problema, nota­se cada vez mais um declínio no aproveitamento, em números (notas), dos estudantes. E se olharmos o ambiente externo às escolas, os alunos por muitas vezes desconhecem aspectos dos impactos e consequências dos avanços da humanidade. Para essa aproximação de mundos distintos, o intuito é trazer projetos que envolvam e englobem aulas práticas acompanhadas de aulas expositivas, mas não apenas

trazendo

conteúdos

solitários,

e

sim

buscando

sempre

a

interdisciplinaridade dos currículos, como meio de trazer o discente para dentro da aula, com total atenção ao conteúdo ministrado e principalmente, de dar autonomia ao aluno quanto ao seu aprendizado. E como podemos construir um relacionamento entre as disciplinas e a vida dos alunos fora do âmbito escolar? E nessa perspectiva, a interdisciplinaridade aparece como um novo conceito para as disciplinas, não para mudar seu foco principal, e sim unificar suas relações. Considerando a educação atual, limitada aos mesmos métodos há séculos, focada em reprodução de conteúdos, e formação de mão de obra, na qual inicialmente foi criada, para o desenvolvimento tecnológico foi extremamente fundamental, mas hoje a sociedade precisa de uma escola inovadora, que profissionalize e também forme novos cidadãos críticos em relação as questões complexas da sociedade moderna. Nossa proposta é mudar os conceitos atuais de conhecimento e propiciar aos alunos um relacionamento com o mundo atual, sem perder o objetivo principal, mas dar um novo olhar construtivo das relações das disciplinas de Química e Biologia. Para essa proposta, decidimos pelo estudo do Rio Jundiaí, em Jundiaí, Estado de São Paulo, como tema, por oferecer várias questões para trabalharmos o projeto.


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Antigamente o Rio oferecia uma grande biodiversidade, e hoje sofre com lançamento de esgoto, sem contar o mau aproveitamento do seu potencial hídrico, para o abastecimento da cidade de Jundiaí e de outras da região. Ao adotarmos um enfoque interdisciplinar, temos como objetivo restituir o caráter de complexidade e totalidade do mundo real, onde todos podemos atuar. O pensamento científico, diferentemente de outras formas de pensamento, divide esse mundo em diferentes ângulos e organizações, para poder desenvolver instrumentos específicos, como métodos, definições e conceitos, para explicar e descrever fenômenos. Tal reducionismo tornou possível a produção de conhecimentos, viabilizando o surgimento e desenvolvimento do pensamento científico. Essa abordagem diversificada da realidade acabou sendo absorvida, reforçada e cristalizada pelo sistema educacional.

Os objetos de pesquisa a serem tratados de forma interdisciplinar não se

satisfazem trabalhando com apenas um segmento da realidade, por razões unicamente conceituais e metodológicas. ​Com foco no estudo do meio ambiente,

pela ótica das ciências naturais, mais especificamente Química e Biologia, em uma aula prática, os alunos farão a coleta de uma amostra de água do Rio Jundiaí para uma análise química do pH, e após a análise, a confecção de uma maquete de um filtro biológico.


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4 ­ METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente trabalho, como primeira etapa,

buscamos uma escola pública que, em suas dependências, apresentasse o ensino para alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Devido a maior facilidade, procuramos algumas entidades na cidade de Jundiaí, e mesmo apresentando a carta de apresentação da UNIVESP e explicando que se tratava de um Projeto Integrador, nossa entrada não foi permitida. Dessa forma, com o fato de dois integrantes lecionarem em uma escola particular, procuramos a coordenação e direção da escola, que nos permitiu a realização da atividade. O trabalho foi desenvolvido com os alunos do 1º ano do ensino médio na ETB

­ ESCOLA TÉCNICA DO BRASIL​, situada no centro de Jundiaí. A escola

possui uma estrutura com 18 salas, 3 laboratórios de informática, 1 laboratório de eletrônica, 1 laboratório de mecânica. Toda essa estrutura para atender alunos tanto de seus cursos técnicos nas área de: mecânica; mecatrônica; segurança do trabalho; eletrotécnica; plásticos; administração, quanto do ​ensino médio regular​, sendo este último o público alvo com o qual trabalhamos para desenvolver este projeto. Para o desenvolvimento, fomos a campo utilizando os princípios do ​Design

Thinking. ​O método do Design Thinking organiza­se em procedimentos sequenciais. Um grupo de pessoas, preferencialmente com formação multidisciplinar se

reúne para auxiliar uma comunidade que necessite. O grupo se dirige a essas pessoas, conversando de maneira aberta, ouvindo histórias e queixas pela primeira vez, e para tanto, adota a postura de nunca ter tido contato anterior com os assuntos tratados. O objetivo deste comportamento é o de criar empatia, colocando­se no lugar do outro e enxergando a situação da comunidade, a partir do ponto de vista dos narradores das histórias. Uma vez coletadas as histórias em campo, a equipe se reúne para analisar as situações e os problemas narrados. Determinada a questão a ser atacada, o grupo passa a fazer brainstorms (“chuva de ideias”), pelos quais levanta diversas


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possibilidades de solucionar o problema. As opções são criticamente analisadas por todos e finalmente se opta por uma delas. À partir de então, busca­se desenvolver um protótipo de solução, que seja operacionalmente e financeiramente viável e acessível a comunidade, de realização e implantação simples. A etapa seguinte consiste em levar o protótipo à comunidade, para que seus habitantes a analisem e critiquem. Esse procedimento de obter o feed­back local dá oportunidade à equipe multidisciplinar de ajustar o protótipo. O grupo se reúne mais uma vez para confeccionar os ajustes. Finalmente, a etapa de teste do protótipo é alcançada, quando a equipe retorna ao campo e implementa a solução para a comunidade. Seguindo as etapas descritas anteriormente, nos deslocamos até a escola e realizamos uma observação inicial, dessa forma conseguimos observar como é o ambiente dentro da escola, verificamos os laboratórios, quais equipamentos possuíam, suas finalidades, olhamos também as salas de aulas, e suas condições, dessa forma pudemos elaborar alguns questionamentos. A próxima etapa foi ouvir nosso público alvo, nesse caso os alunos. Para o desenvolvimento dessa etapa possuímos diferentes ferramentas, em sua grande maioria as pesquisas são realizadas com a utilização de questionários. Em seu trabalho, Amaro Ana: Póvoa Andreia: Macedo Lúcia (2005, p.6), destacam três tipos de questionários para pesquisa:

[...] questionário aberto, fechado e misto. O questionário do tipo aberto é aquele que utiliza questões de resposta aberta. Este tipo de questionário proporciona respostas de maior profundidade, ou seja, dá ao sujeito uma maior liberdade de resposta, podendo esta ser redigida pelo próprio. [...] O questionário do tipo fechado tem na sua construção questões de resposta fechada, permitindo obter respostas que possibilitam a comparação com outros instrumentos de recolha de dados. Este tipo de questionário facilita o tratamento e análise da informação, exigindo menos tempo. [...] O outro tipo de questionário que pode ser aplicado, tal como já fora dito, são os questionários de tipo misto, que tal como o nome indica são questionários que apresentam questões de diferentes tipos: resposta aberta e resposta fechada.


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Por esses motivos, para a execução desse trabalho, optamos pela utilização do questionário aberto, sendo que dessa maneira objetivamos que os alunos pudessem expressar suas opiniões quando ouvidos. Para nosso trabalho, procuramos conversar com os alunos do 1º ano do ensino médio; durante essa conversa conseguimos obter algumas informações dos alunos, onde os mesmos apontavam dificuldades no entendimento de alguns conceitos, outros mencionavam que a estrutura da escola poderia se melhorada. O fato que mais nos chamou a atenção foi a observação dos alunos quanto a ficarem muito presos dentro da sala de aula, algo massante para os mesmos, além de desestimulador. Disseram que seria muito mais proveitoso se, dentro dos fundamentos das disciplinas, pudesse haver prática, permitindo assim uma melhor assimilação do conteúdo abordado pelo professor.


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5 ­ ANÁLISE DE DADOS 5.1 ­ Protótipo 1 Partindo da análise das respostas dos alunos e da verificação do conteúdo abordado dentro de algumas disciplinas do ensino médio, elaboramos o protótipo que consiste na interdisciplinaridade entre Química e Biologia. Dentro desse contexto, nos baseamos no trabalho por projetos, para estimular o desenvolvimento dos alunos, permitindo assim uma maior interação deles com os conteúdos abordados. Para a interação entre as disciplinas, propomos a elaboração de um filtro biológico, onde o mesmo proporcionará a simulação de uma estação de tratamento de esgoto. O funcionamento do mesmo se baseia no consumo da matéria orgânica presente na água que descartamos em nossa casa, e posterior filtragem, dessa forma podemos devolver a mesma aos rios com um menor carga de poluentes. No desenvolvimento dessa atividade estão envolvidas, além da construção do filtro, a interação com o meio ambiente e a criação de uma consciência ambiental. A figura 1 exemplifica a ideia do protótipo que, no primeiro momento, foi baseado em modelos já existentes e aplicados em propriedades rurais. Para esse trabalho são utilizados materiais de fácil acesso, o que possibilita ser construído de forma prática. Lembramos que o modelo que será construído deverá ser em uma escala menor, permitindo assim o transporte e apresentação na escola.

Figura 2 ­ Imagem do protótipo de filtro


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Material Húmus de Minhoca Raspa de madeira Areia Lavada Brita Seixo Tabela 1 ­ Materiais utilizados no modelo inicial.

O projeto deverá ser desenvolvido em algumas etapas pelos professores. A primeira delas é a explanação sobre o Rio Jundiaí, que será a base da interdisciplinaridade, onde nasce, qual influência positiva que provoca nas cidades por onde passa. A segunda parte será a verificação de aspectos negativos quanto a poluição do rio, qual influência direta ou indireta temos com esse assunto. E por último, temos a elaboração do filtro em escala pelos alunos, permitindo assim o entendimento dos conteúdos abordados pelo professor. Dentro desses assuntos podemos destacar a medição do Ph em Química, em Biologia podem ser abordados a questão do meio ambiente e a biodiversidade. Lembramos que, para chegar a esses tópicos, baseamo­nos na análise do curriculum escolar do ensino médio.


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5.2 ­ Protótipo 2 Com a ideia inicial do protótipo elaborada, apresentamos a mesma para que diversos estudiosos e pesquisadores pudessem avaliá­la e apresentar sugestões de melhoria, o que foi realizado pelo método de ​Fishbowl​.

A discussão em grupo ocorreu de forma virtual, em 18 de setembro de 2015,

com a participação de nossos colegas de Licenciatura, além dos professores convidados Professor ​Dr. Luiz Fernando Gomes, Professora Doutora Helena Leme, Professora Ms. Daniele Oliveira, Professor Ms. Leo Victorino da Silva e Professora Ms. Rosimeire Vizentim. O processo de análise pelo ​Fishbowl , de ​Smart e Featheringham, é descrito por ​SHEPHERD, BRAHAM e ELSTON (2010): “The `fishbowl` discussion exercise described by Smart and Featheringham (2006) requires students to either engage in active discussion about a business­related issue within a group or observe and evaluate their peers doing so. The researchers point out that in addition to encouraging business undergraduates to develop their communication skills (the purpose for which it was originally designed), the exercise also represents a situation in which students are allowed to teach and learn from each other. This type of peer interaction during learning has been associated with the promotion of a deep level of learning and understanding (Anderson, Howe, Soden, Halliday and Low, 2001).”

Para a apresentação do projeto aos professores convidados, foram apresentadas diversas ferramentas. Devido à limitação de tempo que o aprendizado de novas ferramentas demandava, optamos pela projeção de slides, que continham ilustrações, permitindo assim a representação gráfica do projeto inicial. Ao termino da apresentação do projeto, todos os professores convidados puderam indagar o grupo por quaisquer esclarecimentos que desejassem, lembrando que, antes da participação no ​Fishbowl, todos receberam uma cópia do

projeto, para que pudessem entender a ideia que tínhamos em mente. Os participantes, ao se interarem do protótipo, puderam dar sua contribuição para a


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melhoria do projeto, seja utilizando sua experiencia na vivência da educação, ou pelo compartilhamento de trabalhos desenvolvidos fora do ambiente escolar. Dentre as informações que foram agregadas para a continuação do trabalho estão: ● Elaboração de um procedimento passo a passo para a montagem do filtro; ● Levantamento do custo envolvido para a fabricação do filtro; ● Formas de avaliação dos alunos durante a elaboração do projeto; ● Formas de mensurar o atingimento dos objetivos; ● Tempo estimado para a execução da tarefa. Ambos os professores contribuíram para a melhoria de nosso projeto, lembrando que nem todas as informações passadas por eles foram aplicadas. De acordo com os ensinamentos que obtivemos através das aulas, conseguimos criar convicções que nos ajudam a discernir sobre o que é ou não aplicável na melhoria de um projeto. Ao analisarmos essas sugestões, encerramos a primeira parte do protótipo, podendo assim seguir para o próximo passo. Finalizada a apresentação do ​Fishbowl, ​fomos em busca da melhoria do

protótipo, seguindo as orientações passadas pelos professores convidados.

Dessa maneira, buscamos elaborar um passo a passo para a montagem do filtro, juntamente com a determinação de seu custo estimado, permitindo assim que os alunos possam desenvolver a atividade durante o período escolar. Acreditamos que essa tarefa pode ser executada por eles como uma atividade extra sala, pois como o tempo de aula é curto, sua elaboração dentro de sala se tornaria inviável.


24

5.2.1 ­ PROCEDIMENTO DE MONTAGEM Finalizada a apresentação do ​Fishbowl, ​procuramos desenvolver um

procedimento para a montagem do filtro, permitindo assim que os alunos tivessem um modelo de base para se espelhar. Dessa forma buscamos utilizar materiais de fácil acesso e baixo custo, permitindo assim que todos os alunos possam participar da elaboração do filtro. Nesse projeto utilizamos os seguintes materiais:

● 4 garrafas pet de 500 ml: Irão permitir que o filtro seja construído, servindo como base para a sustentação dos outros elementos. Podem ser coletadas através da reciclagem.

Figura 3 ­ Amostra do material utilizado ( garrafas )

● Materiais para filtragem: A principal origem da areia usada em filtração é o leito de rios que produz a areia fina (Figura 6), média (2) ou grossa (Figura 5) e ainda existe o pedrisco ( Figura 4) e outras que podem ser usadas na filtração ou montagem do filtro. A areia especial de granulometria 0,5 a 0,9 mm tem eficiência na retenção de partículas (limo, lodo, grãos de areia), resíduos de encanamento e outras impurezas em suspensão na água. Remove a turbidez melhorando a cor e o sabor.


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Figura 4 ­ Amostra do material utilizado (Pedrisco)

Figura 5 ­ Amostra do material utilizado (Areia Grossa)

Figura 6 ­ Amostra do material utilizado (Areia Fina)


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● Húmus de minhoca: Será responsável por fornecer as bactérias responsáveis por retirarem a matéria orgânica da água, constituindo a base fundamental de toda a filtragem biológica. Sem elas seria muito difícil, se não impossível, mantermos ambientes perfeitamente equilibrados e saudáveis. Uma das suas principais funções é a sua atuação no ciclo do nitrogênio.

Figura 7 ­ Amostra do material utilizado (Húmus)

● Algodão: Responsável para retenção de partículas entre as camadas dos filtros.

Figura 8 ­ Amostra do material utilizado (algodão)


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5.2.1.1 ­ PASSO A PASSO DA MONTAGEM Para darmos início a construção do filtro, o procedimento foi dividido em algumas etapas, tornando mais simples a sua execução. Como nosso projeto se baseia na construção de um filtro biológico, precisamos de uma camada de material orgânico, sendo que essa será responsável pelo consumo de matérias das águas. Para isso, devemos seguir os seguintes passos: ● 1° Passo: Pegue uma segunda garrafa plástica, faça um furo em sua base, coloque um canudo para que a saída da água seja facilitada e coloque uma camada de algodão sobre o mesmo, conforme apresentado na figura à seguir.

Figura 9 ­ Procedimento de montagem filtragem orgânica

● 2° Passo: Com o auxilio de um funil, complete a garrafa com o humus de minhoca.

Figura 10 ­ Procedimento de montagem filtragem orgânica


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5.2.1.1.1 ­ Construção do Filtro O uso de filtros de areia de ação rápida é o tipo mais comum de tratamento físico da água, sua construção é simples. ● 1° Passo: pegue uma das garrafas e corte seu bocal, conforme apresentado na figura. Faça um furo na lateral da parte inferior na garrafa para se colocar um canudo para que a água possa sair.

Figura 11 ­ Procedimento de montagem filtragem de areia

● 2° Passo: coloque no fundo da garrafa uma camada de algodão permitindo assim a retenção de parte das partículas antes do final do processo, como apresentado na figura anterior. ● 3° Passo: após a camada de algodão, devemos colocar as camadas dos materiais filtrantes seguindo uma ordem pré determinada, geralmente estabelecida de acordo com as orientações do professor. Para nosso trabalho definimos a seguinte ordem: areia fina, areia grossa e o pedrisco e, entre cada uma delas, uma camada de algodão, conforme apresentado na figura à seguir. A proporção dos materiais é de um terço do volume da garrafa de cada um deles, as figuras a seguir ajudarão na visualização desse procedimento.


29

Figura 12

Figura 13

Figura 14

Figura 15

Figura 16

Figura 17

As figuras de 12 a 17 ilustram o passo a passo da montagem das camadas do filtro.

5.2.1.1.2 ­ Construção do reservatório de água Para que nosso projeto funcione, dependemos de um reservatório de água e que a mesma sai para o restante do sistema de forma bastante lenta, dessa foma teremos que ter um controle de vazão nesse reservatório, que se dará pela ação da gravidade. ● 1° Passo: Pegue a terceira garrafa plástica e em sua base faça cinco pequenos furos com o auxilio de uma agulha de costura aquecida,


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peça ajuda de um adulto para o aquecimento da mesma. conforme apresentado na figura a seguir.

​Figura 18 ­ Procedimento de montagem reservatório 5.2.1.1.3 ­ Protótipo final montado. Após seguir o passo a passo citado acima, posicionamos os elementos de forma sequencial, permitindo assim o funcionamento do sistema de filtragem como apresentado na figura a seguir. Para que os elementos do sistema ficassem fixos, utilizamos algumas pranchas de madeira que foram encontradas na rua, o mesmo pode ser montado dentro de um tubo plástico de PVC, ou sobre caixas de papelão.

Figura 19 ­ Protótipo montado


31

5.2.2 ­ LEVANTAMENTO DOS CUSTOS DOS MATERIAIS Outro ponto levantado pelos professores durante o ​Fishbowl, ​foi a questão de

quanto seria o valor do material para a montagem do protótipo. A obtenção dessas

informações são importantes para que haja o planejamento prévio da escola e caso seja necessário que os alunos comprem o material, os pais ja serão avisado do custo para o projeto. Dessa forma para a elaboração e construção do modelo, aproveitamos e levantamos os valores dos materiais, sendo os mesmos descritos na tabela 2, lembramos que para a execução do protótipo, tivemos que comprar o material necessário, mas um obstáculo encontrado foi que os mesmos só eram vendidos em embalagens com quantidades elevadas e dessa forma ao comprar uma única quantidade do mesmo podemos utilizar em mais de um projeto. Material

Peso da Embalagem

Custo

Húmus de Minhoca

3 Kg

R$ 3,50

Areia Fina

18 Kg

R$ 4,00

Areia Grossa

18 Kg

R$ 4,00

Pedrisco

18 Kg

R$ 4,00

Garrafa Pet 500 ml

­

Reciclada

Algodão

­

­

Tabela 2 ­ Custo dos materiais para a fabricação do filtro ( fonte própria )

Como o projeto foi montado utilizando garrafas plásticas, a quantidade de material é proporcional às mesmas, dessa forma podemos elaborar uma nova tabela com os custos reais do material utilizado no projeto.


32

Material

Quantidade utilizada

Custo

Húmus de Minhoca

450 g

R$ 0,525

Areia Fina

120 g

R$ 0,027

Areia Grossa

120 g

R$ 0,027

Pedrisco

120 g

R$ 0,027

Garrafa Pet 500 ml

­

Reciclada

Algodão

­

­

Tabela 3 ­ Custo dos materiais para a fabricação do filtro ( fonte própria )

Através da elaboração do levantamento de custos, podemos observar que o investimento feito é muito baixo. o importante é lembrar que o ganho de aprendizado que nossos alunos terão é muito grande e dessa forma estaremos contribuindo para a formação de novos cidadãos.

5.2.3 ­ Validação do Protótipo 2 Com o termino da elaboração do protótipo chegou a parte mais importante, a apresentação do mesmo para a comunidade acadêmica, o que nos permitirá a aprovação e possíveis melhorias que devam ser feitas. Como o foco do nosso trabalho é a interdisciplinaridade entre Química e Biologia, retornamos a escola ​ETB

­ ESCOLA TÉCNICA DO BRASIL, ​e com a autorização da coordenação

procuramos os professores das disciplinas e apresentamos nosso projeto. Durante esse procedimento, explicamos para eles que através da escuta dos alunos baseada no processo de ​Design Thinking e da aplicação de um questionário, os

mesmos indicaram apresentar grandes dificuldades em entender alguns conceitos básicos das disciplinas, além disso, alegaram sentir falta de aulas práticas, dessa maneira acabam não tendo interesse pelas aulas. Como solução para esse problema apontado pelos alunos e trabalhando um tema recente em nosso dia a dia


33

a falta de água, buscamos desenvolver um protótipo onde mesclasse os ensinamentos

das disciplinas e ajudasse a desenvolver entres eles uma

consciência de preservação ambiental. A base dos estudos será o Rio Jundiaí e sua importância como fonte de captação de água para as cidades da região.

​Figura 20 ­ Rio Jundiaí, objeto de estudo

A atividade será dividida em alguma etapas: ­

Explanação sobre a importância do Rio para a Cidade.

­

Captação da amostra de água do rio para estudos.

­

Análise do Ph da água.

­

Construção do filtro biológico.

­

Análise da água na saída do filtro.

Explicamos também o processo de funcionamento do protótipo sendo que o mesmo permitirá o desenvolvimento de diversos conteúdos com os alunos do ensino médio, seja em Química ou em Biologia. Após o termino da apresentação, os professores ficaram entusiasmados e nos deram um ​feedback​ 2 sobre a utilização do protótipo durante as aulas.

​Feedback ​é uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a uma determinado pedido ou acontecimento. O termo é utilizado em áreas como Administração de Empresas, Psicologia ou Engenharia

2


34

O professor de Química, disse que pode aplicar o desenvolvimento do filtro para explicar o processo indicadores químicos, os mesmos são utilizados para mostrar se determinadas substância são ácidas ou básicas. Outro ponto importante que pode ser trabalhado é a medição do Ph da água, esse processo é feito com a amostra da água coletada. O modelo que será construído poderá servir também para a exemplificação do sistema de tratamento de esgoto. Além disso como sugestão de melhoria ele recomendou a aplicação do carvão ativado no final do filtro para eliminar a turbidez da água, que devido o contato com o húmus de minhoca acabava saindo com coloração mais escura. Em Biologia foi apresentado diversos pontos que podem ser trabalhados utilizando o protótipo, podemos destacar: ­

Meio ambiente, onde pode ser trabalhado a importância da manutenção dos recursos naturais para nossa sobrevivência.

­

Análise do tipo de micro­organismos presentes na águas antes e após a passagem pelo filtro. Aqui pode­se trabalhar também o cultivo de bactérias em gelatina.

Um ponto em comum destacado por ambos é que existem melhorias a fazer e que essas melhorias podem ser feitas pelos próprios alunos, estimulando assim o aprendizado dos mesmos. Outra observação foi de que esse projeto pode ser aplicado não somente com o 1° ano do ensino médio (como havíamos pensado), mas sim com todos os 3 anos, ou seja, o protótipo pode ser expandido. Além disso os mesmos indicaram uma possível utilização do projeto em Física, devido a utilização de conceitos de pressão e gravidade, dessa forma a interdisciplinaridade abrângiria um número maior de assuntos.


35

6 ­ CONCLUSÃO

Durante a elaboração desse projeto, enfrentamos grandes dificuldades, em

especial podemos citar a dificuldade em encontrar uma escola que nos abrisse a porta para o desenvolvimento do trabalho, com a ajuda e compreensão da coordenação da escola ETB ­ Escolas Técnicas Brasil, conseguimos concluir mais uma etapa em nossa formação. Com a escuta dos alunos na escola, elaboramos um protótipo onde buscávamos atender a uma necessidade básica dos alunos, que era a de transformar aulas fundamentais em experiencias mais dinâmicas e interessantes, que interligasse o que aprendiam em sala com itens de seu dia a dia. Como por exemplo um sistema de tratamento de água, sendo que esse hoje é um recurso precioso que devemos preservar, bem como a biodiversidade presente em nosso planeta. Através da realização do projeto, pudemos observar que a interdisciplinaridade pode sim ser aplicada dentro do cotidiano escolar e com o auxilio de experimentos simples, os alunos podem ter um melhor aprendizado e absorção do conteúdo apresentado. Podemos destacar nesse trabalho que ao apresentarmos o estudo desenvolvido para outros profissionais de ensino, pudemos perceber que existem pontos a ser melhorados, e que para termos acertos as vezes erraremos muitas vezes. Ao apresentarmos o projeto à comunidade acadêmica pudemos perceber que nosso trabalho, contribuirá com os professores para o desenvolvimento de uma aula mais dinâmica melhorando assim o interesse dos alunos, ajudando no aumento de conhecimento dos mesmos. O retorno mais importante foi de que o projeto pode ser expandido para mais séries e mais disciplinas, reforçando assim que o trabalho árduo desprendido em seu desenvolvimento foi recompensado.


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7 ­ BIBLIOGRAFIA

AMARO, A.; PÓVOA, A.; MACEDO, L. ; A arte de fazer questionários. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. 2004/2005. Disponível em : http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/a_arte_de_fazer_questionario.pdf. Acesso em: 12/11/2015. A QUARTA Revolução Educacional. In Psicologia da Aprendizagem. São Paulo. Ulisses Araújo, 2015,17:18 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 02) A PRÁTICA interdisciplinar e transversal na pedagogia de projetos. In Psicologia da Aprendizagem. São Paulo.Valéria Arantes, 2015. 23:04 min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 07) APRESENTAÇÃO da disciplina. In Biologia. São Paulo. Suzana Ursi, 2015, 17:23 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 1) ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 965 p. COMUNICAÇÃO em tempo real na web. In Letramento Digital. São Paulo. Maria Cristiane Barbosa Galvão, 2014, 22:02 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 6) DESIGN Thinking​. In Sociedade, Tecnologia e Inovação. São Paulo. Edgard Charles Stuber, 2014,19:06 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 3) EDUCAÇÃO ambiental: caminhos trilhados, mitos e chavões. In Meio ambiente e Sustentabilidade. São Paulo. Patricia Silva Leme, 2015. 20:08 min., color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 03) FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GESTÃO de recursos hídricos. In Meio ambiente e Sustentabilidade. São Paulo. Mariana Santos, 2015,16:47 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 11) INOVAÇÃO e criatividade. In Sociedade, Tecnologia e Inovação. São Paulo. Edgard Charles Stuber, 2014, 16:56 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 2) INTERDISCIPLINARIDADE e transversalidade. In Psicologia da Aprendizagem. São Paulo. Nílson José Machado, 2015, 17:17 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 04) LEE, John David. Química Inorgânica não tão concisa. 1. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2003.


37

KOTZ, John C.; TREICHEL JUNIOR, Paul M. Química Geral e Reações Químicas. vol. 1, 5ª. ed., São Paulo: Pioneira Thomson, 2005, 671p. SOUZA, Líria Alves De. Conceito de pH; ​Brasil Escola​. Disponível em http://www.brasilescola.com/quimica/conceito­ph.htm. Acesso em 27/09/2015. SHEPHERD, Therese; BRAHAM, Julia; ELSTON, Carol. Listening and Interpersonal SkillsReview.Disponívelem:​http://archive.learnhigher.ac.uk/resources/files/LIPS/litera ture_review.pdf​The Design Thinking Toolkit for Educators. Disponível em​http://www.designthinkingforeducators.com/toolk TIPOS de recursos informacionais disponíveis na web e avaliação de seus conteúdos. In Letramento Digital. São Paulo. Maria Cristiane Barbosa Galvão, 2014, 21:52 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 8 ) TRANSVERSALIDADE, interdisciplinaridade, pedagogia de projetos. In Psicologia da Aprendizagem. São Paulo. Valéria Arantes, 2015, 21:22 min, color. (USP/ UNIVESP – internet – vídeo­aula 06)



Como melhorar o atendimento de alunos com necessidades especiais no contra turno de uma escola




UNIVESP ­ UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PRISCILA LIO CRUDI RAFAEL CRUDI SAMANTHA BERNARDO DE MELLO

COMO MELHORAR O ATENDIMENTO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO CONTRA TURNO DE UMA ESCOLA?

Link do vídeo no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=OjRa3mC64XQ&feature=youtu.be

JUNDIAÍ​­SP 2015



1

UNIVESP ­ UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PRISCILA LIO CRUDI RAFAEL CRUDI SAMANTHA BERNARDO DE MELLO

​COMO MELHORAR O ATENDIMENTO DE ALUNOS COM

NECESSIDADES ESPECIAIS NO CONTRA TURNO DE UMA ESCOLA?

Trabalho final apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática ​ Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP).

JUNDIAÍ​­SP 2015



2

RESUMO

Começamos nossa elaboração pela pesquisa aberta, ouvindo as opiniões dos professores e diretora da escola, como vemos no método do design thinking, para apenas posteriormente escolhermos um problema como foco de pesquisa e do desenvolvimento do projeto. Baseado nos resultados de pesquisa e em nossa experiência das aulas que tivemos ao longo dos últimos bimestres do curso de licenciatura em ciências naturais e matemática da Univesp, sabemos que de acordo com as diretrizes e bases da educação, alunos com necessidades especiais tem aulas adicionais no chamado 'contra­turno' e de acordo com nossa pesquisa, utilizando design thinking e ouvindo professores e a direção da escola, constatamos que estas aulas de educação especial são pouco efetivos e necessitam de atividades diferentes para melhor desenvolvimento dos alunos. Depois de pesquisas nas fontes bibliográficas, concluímos que uma atividade artística poderia ajudar nas aulas de contra­turno e um método que reunia as qualidades de facilidade de realização, baixo custo, praticidade e desenvolvimento de habilidades cognitivo­motoras, facilmente implementável nas escolas, seria a técnica de papel machê.

Palavras­chave: Artes. Deficiência. Necessidades Especiais. Papel Machê. Sala de Recursos.



3

ABSTRACT

We had begun to elaborate by an open research, listening to the opinions of teatchers and the school principal, as seen on the design thinking method, and only after that we had choosen a problem as our research focus for this project's development. Based on the research results and our experience from the classes or previous bimesters of the natural sciences and mathematics teacher's degree course of Univesp, we know that accordingo to Law of Directives and Bases of National Education, students with special needs have additional classes on extra­curricular shift and, according to our research and methodology used, we found that those classes aren't effective enough and need different activities to improve the students development. After the research on the bibliographic sources, we concluded that an artistic activity could help on the extra­curricular shift and a method that would gather the easy to perform, low cost, praticity and development of cognitive­motor abilities qualities, easy to implement on the schools, would be the Papier Mâché technique. Keywords: Arts. Disability. Special Needs. Papier Mâché. Resources Room.



4

SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO

6

1.1

Justificativa

8

2.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

11

2.1

História da Educação

11

2.2.1 Videoaula 09 ­ Dos Modos de Ensinar e Aprender: método individual, mútuo e simultâneo ­ 2014

11

2.1.2 Videoaula 21 ­ A inclusão do “diferente” nas salas de aula 2.2

regulares ­ 2014

11

Psicologia do Desenvolvimento

12

2.2.1 Texto­base 1 ­ A diversidade cultural como princípio

no desenvolvimento psicológico

12

2.2.2 Videoaula 15 ­ O processo de conhecimento e seus protagonistas

13

2.3

13

Educação e Inclusão Social

2.3.1 Videoaula 12 ­ O público, o privado e a Educação Especial

13

2.3.2 Videoaula 13 ­ A articulação entre o serviço de Educação Especial

2.4

e Ensino Regular: recursos, acessibilidade e tecnologia assistiva

14

Psicologia da Aprendizagem

15

2.4.1 Videoaula 03 ­ Diversidade e múltiplas linguagens

15

2.4.2. Videoaula 06 ­ Transversalidade, interdisciplinaridade e pedagogia de projetos

16

3.

PROBLEMA E OBJETIVOS DE PESQUISA

17

4.

METODOLOGIA EMPREGADA

4.1

Segunda observação

22

5.

ANÁLISE DOS DADOS

24

5.1

Protótipo

24

20

5.1.1 Descrição do protótipo inicial

24

5.2

27

Fishbowl

5.2.1 Apresentação do Fishbowl

27

5.2.2 Segundo protótipo

29

5.3

33

Protótipo final


5

6.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

42

BIBLIOGRAFIA

44


6

1.​ ​INTRODUÇÃO

Admitir as diferenças nos indivíduos é imprescindível para que usufruam de condições diferenciadas que lhes assegure igualdade de oportunidade para desenvolver suas potencialidades no processo de aprendizagem, principalmente quando se diz respeito ao indivíduo portador de necessidades especiais. O Art. 2º do Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2013 define pessoas com deficiência aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. O conceito de inclusão foi fortalecido na da Declaração de Salamanca, que possibilitou profundas mudanças na educação. Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) prescreve as Diretrizes da Educação Para Todos, apontando que os currículos escolares precisam ser flexíveis, de modo que se adaptem às necessidades dos alunos, e não ao contrário, como podemos ver cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem, cada criança tem e características, interesse, capacidades necessidades de aprendizagem que lhe são próprias, as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades. (FERNANDES, 1997 apud FERNANDES & REDIG, 2007, in NUNES et al, 2007 p.113)

Conquanto, esses mesmos alunos têm a possibilidade de aprender, expressar­se quando lhes são oferecidas ferramentas adequadas, proporcionando assim melhor acessibilidade. Vygotski (1997) considera a socialização como ponto fundamental para o pleno desenvolvimento de um indivíduo. Em sua teoria histórico­cultural, ele destaca a linguagem como fundamental para tal processo de construção da personalidade.


7

Através da história pudemos observar que a ideia de inclusão e deficiência equivale ao tipo de informação que os indivíduos têm sobre tais assuntos ao longo da vida. Muitas vezes formamos este conceito pautado no senso comum,com base em observações isentas de uma análise mais profunda do comportamento do indivíduo. Portanto, é preciso uma reflexão que propicie mudança nas concepções e valores, e seu impacto sobre as pessoas, promovendo condições adequadas de desenvolvimento, qualidade de vida e autonomia das pessoas com necessidades educacionais especiais. O uso de classificações e definições precisam ser contextualizados, não se delimitando na simples especificação de um quadro de deficiência, transtorno, síndrome, distúrbio, ou aptidão. As pessoas se remodelam continuamente, e tal dinamismo precisa de uma atuação pedagógica para atuar a situação da exclusão, substanciando a importância de ambientes heterogêneos com o intuito de promover a aprendizagem de todos os alunos (BRASIL, 2010 p. 21). A partir das ideias de Ginzburg (1989 apud AMARO, 2006 p.67), não é adequado caraterizar todos os indivíduos de forma igualitária, uma vez que partimos do preceito de que cada um possui sua singularidade, e que parte de diferentes estímulos e ambientes determinará o grau de comprometimento físico e psíquico de cada um. Então, As razões da incerteza da medicina pareciam ser fundamentalmente duas. Em primeiro lugar, não bastava catalogar todas as doenças até compô­las num quadro ordenado: em cada indivíduo, a doença assumia características diferentes. Em segundo lugar, os conhecimentos das doenças permaneciam indireto, indiciário: o corpo vivo é por definição inatingível (GINZBURG, 1989 apud AMARO, 2006, p.67).

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) traz uma inovação mais do que necessária , o Atendimento Educacional Especializado – AEE, que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação

dos alunos, considerando suas necessidades específicas"

(SEESP/MEC, 2008). O AEE é complementar e/ou suplementar na formação do


8

aluno, buscando a sua autonomia na escola e fora dela, sendo de oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É preferencialmente realizado nas escolas comuns, em um espaço físico próprio para tais atividades, a Sala de Recursos Multifuncional. Faz parte do projeto político pedagógico da escola. Nas Salas de Recursos Multifuncionais são atendidos alunos público­alvo da educação especial, de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto N.6.571/2008. O homem utiliza diferentes linguagens para compreender e se comunicar com o mundo que o cerca. Desde muito tempo atrás o homem necessita comunicar­se com a sociedade na qual vive. As primeiras manifestações no que diz respeito à comunicação já acontecia na pré­história, com as representações feitas através de pinturas sobre animais, figuras humanas, rituais, danças e músicas. Portanto, considera­se a Arte como um universo de múltiplas linguagens que podem ser expressas de diferentes formas de comunicação e expressão, com intuito de socialização e estimulação do desenvolvimento psicomotor das crianças para contribuir com o aprendizado escolar, sejam elas com ou sem deficiência.

1.1 Justificativa

Ao se relacionar com a natureza e o mundo que o cerca, o indivíduo assimila

suas especificidades psicológicas, culturais e sociais, adquirindo a possibilidade de desenvolvimento (BUORO, 2000; MARTINS, 2000). Seguindo tais conceitos, com intuito de melhorar a qualidade no atendimento de alunos portadores de necessidades especiais do contra­turno de uma escola municipal, propomos uma atividade de artes plásticas, mais especificamente um trabalho de modelagem de papel machê, utilizando basicamente papel, cola e água, onde é possível obter uma massa lisa e homogênea, e após a secagem da escultura, receber pintura com tinta PVA. A linguagem artística faz parte do ser humano, que se desenvolve no contexto das manifestações culturais, e se humaniza a cada vivência estética. Ao


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trabalhar com a sensibilidade e sentimentos das crianças, o educador deve deixar de lado o pronto e o acabado (REILY, 1986; ATACK, 1995).

Quando uma atividade artística é planejada adequadamente, contribui

positivamente para a promoção do desenvolvimento das habilidades, capacidades, além da linguagem, porém é preciso que o professor aprecie o valor global da expressão artística como sendo uma forma de comunicação.

Segundo Manzini; Deliberato (2004), a comunicação não se limita apenas à

fala e à escrita, mas pode ser muito mais abrangente, podendo ser feita com recursos expressivos verbais e não verbais, se misturando e se complementando. A comunicação é indispensável para o sucesso nos âmbitos acadêmico e social. Para Lowenfeld (1977), a criança tem seu mundo particular, onde guarda seus medos, anseios e necessidades e muitas vezes não sabe bem como lidar com esse mundo. Nesse sentido, a Arte pode ser um canal para que esses sentimentos se exteriorizem. Para Barbosa (1975) o ensino de artes pode não propiciar oportunidades para que todas as crianças sejam produtoras, mas podem se tornar observadoras, uma vez que o objeto de arte age sobre quem o observa, oferecendo a chance de o indivíduo organizar sentimentos e ideias. A partir do estado de transformação da razão e da sensibilidade, que são fatores de nosso processo criativo, os limites se desfazem e diferenças se tornam uma soma de peculiaridades, segundo Aragão (2002). Pedagogicamente, alunos “devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para se familiarizarem com as diversas formas de produção artística” (PARANÁ, 2006, p. 59). Significa envolver em uma dimensão estética a apropriação e a apreciação dos objetos da natureza e da cultura. A definição da Arte não se limita em um único sentido, em apenas produzir objetos e estimular estados psíquicos no receptor, mas sim criar um processo totalizante, levando o indivíduo a olhar a Arte como um modo de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmo (FERRAZ; FUSARI, 1993; BOSI, 2003). Duarte (1994) afirma que a Arte pode dar forma aos pensamentos, sentimentos e emoções, organizados em um texto visual, pela oportunidade de


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expressão. Esperamos proporcionar aos alunos um momento agradável através de livre expressão da linguagem artística, com a finalidade de contribuir para sua socialização no contexto escolar e estimular tal forma de linguagem não falada. Os trabalhos finalizados serão devidamente registrados e expostos em uma plataforma online, para divulgação aos pais, familiares e amigos, contendo a descrição do trabalho para que outros educadores possam aplicá­lo em sua sala ou escola.


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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 História da Educação No segundo bimestre deste curso, nos foi apresentada, a disciplina de História da Educação, aonde foram abordados os seguintes assuntos que contribuiram para a fundamentação teórica deste projeto. 2.1.1 Videoaula 09 ­ Dos Modos de Ensinar e Aprender: método individual, mútuo e simultâneo ­ 2014 Saber aprender e ensinar no século XXI é enfrentar o desafio contextual de estarmos em processo de construção de uma sociedade do conhecimento (ou aprendente) que tem seu foco na produção intelectual, com intensiva utilização das tecnologias da comunicação e informação. Fica cada vez mais claro que o conhecimento é determinante recurso social, econômico, cultural e humano neste novo período de nossa evolução histórica: a sociedade aprendente. É Hugo Assman que nos diz que com a expressão sociedade aprendente "pretende­se inculcar que a sociedade inteira deve entrar em estado de aprendizagem e transformar­se numa imensa rede de ecologias cognitivas". Conforme dito pela Professora Paula Perin Vincentini na videoaula

em nosso momento histórico atual, reside nos projetos político­pedagógicos a busca por coerência entre as práticas de ensinagens e os novos paradigmas científicos que, no contexto das emergentes mudanças, devem estar presentes nas reformulações pedagógicas.

2.1.2 Videoaula 21 ­ A inclusão do “diferente” nas salas de aula regulares ­ 2014 No Brasil a apropriação do discurso favorável à inclusão foi fortemente influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década


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de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais. No que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem dele necessitar, a atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma definição de prioridades e define como aluno portador de necessidades especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens curriculares, diferenciadas dos demais alunos e que requeiram recursos pedagógicos e metodologias específicas, sendo assim classificados: alunos com deficiência; alunos com condutas típicas e alunos com superdotação/altas habilidades. Na concepção histórico­crítica, Saviani (2001), aponta que o papel do professor nesse processo de inclusão é fundamental, uma vez que, ele é o mediador do processo ensino/aprendizagem. 2.2 Psicologia do Desenvolvimento Ao longo do quarto bimestre do curso, a disciplina Psicologia do Desenvolvimento nos apresentou um universo, até então desconhecido ou mesmo despercebido, e colaborou com a construçao desse trabalho com os tópicos a seguir. 2.2.1 Texto­base 1 ­ A diversidade cultural como princípio no desenvolvimento psicológico Consideramos que “toda a educação é cultura”, à medida que a aprendizagem de sistemas simbólicos, sócio­históricos e culturais ocorre por meio das relações dos atores sociais, o que se dá por meio da educação. o que [e ensinado e o que se ensina não vem de foram neura das concepções politicas e sociais. A aprendizagem cultural, transmitida pela educação escolar, suscita muitas indagações e provocações e, ao mesmo tempo, merece ser concebida como uma fronteira de disputa de quais saberes sociais e culturais devem fazer parte do conhecimento dito universal da humanidade.


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2.2.2 Videoaula 15 ­ O processo de conhecimento e seus protagonistas As crianças aprendem as qualidades humanas (aptidões, as capacidades, as habilidades, a atenção, a memória voluntária, a fala, o pensamento...), internalizam as qualidades humanas que são primeiro vividas; o desenvolvimento psicológico delas é movido pelas experiências concretas da vida e educação; aprendem de uma forma diferente em cada idade; linguagem que possibilita uma relação da criança com o mundo ao redor. Quando criança/aluno aprende a usar um objeto; o uso adequado reaviva a energia disposta ​ as forças humanas essenciais ou as funções psíquicas superiores;

o objeto da cultura ​ criado e aperfeiçoado ao longo da história humana como a fala,

a escrita, as diferentes linguagens de expressão, as coisas materiais e não materiais, os hábitos e costumes, a ciência e as técnicas, a lógica ​ guardam em si

as qualidades humanas necessárias ao seu uso; no desenvolvimento da criança, a forma ideal, a forma final, está e deverá aparecer ao final do desenvolvimento, não somente existe no meio e concerne à criança logo desde o início, mas ela realmente interage, realmente exerce influência sobre a forma primária, sobre os primeiros passos do desenvolvimento infantil (Vygotsky, 2010). Um desafio: a superar é a concepção de criança/aluno como incapaz. A criança/aluno aprende como sujeito da atividade ​ conceito de vivência. 2.3 Educação e Inclusão Social Sem dúvida, foi a disciplina de maior contribuição para toda a pesquisa, dada à sua importância para as instinuiçoes de ensino e pais de alunos com alguma deficiencia. Dos temas abordados, estes se destacaram: 2.3.1​ ​Videoaula 12 ­ O público, o privado e a Educação Especial

O sistema de Educação Especial existente é decorrente de uma longa construção social, envolvendo indivíduos, entidades particulares e governo. Em


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termos mundiais, apesar de haver registros do trabalho de instituições de recolhimento desde o ano de 1247, até o século XVII não havia o reconhecimento das diferenças individuais ou bases cientificas realistas, de forma que as deficiências, comumente, eram ligadas ao misticismo e ao ocultismo. O primeiro registro de entidade brasileira destinada ao tratamento de pessoas com deficiência foi a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos que ocorreu no Rio de Janeiro em 1854. No Brasil, a história da Educação Especial pode ser dividida em dois períodos. O primeiro deles entre os anos de 1854 a 1956 compreende algumas poucas iniciativas isoladas de entidades públicas ou privadas, pois não havia uma política voltada para pessoas com necessidades especiais. No segundo período, a partir de 1956, passou a haver uma coordenação entre as ações e passam a ocorrer iniciativas oficiais de âmbito nacional, envolvendo a articulação tanto de entidades privadas, como as públicas. Com a organização das entidades, houve um maior envolvimento da sociedade, ganharam força e exerceram forte influência na criação das políticas públicas voltadas para a educação e assistência das pessoas com necessidades especiais. 2.3.2 Videoaula 13 ­ A articulacao entre o serviço de Educação Especial e Ensino Regular: recursos, acessibilidade e tecnologia assistiva O Atendimento Educacional Especializado, ou AEE, é um serviço da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, de caráter complementar ou suplementar à formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/super­dotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares no ensino regular. É realizado no turno inverso ao da sala de aula comum nas salas de recursos multifuncionais. O atendimento na sala de recursos multifuncionais não é um reforço escolar, visa desenvolver as habilidades dos alunos nas suas especificidades, sendo importante a realização de um plano de desenvolvimento individual (PDI).


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Os dados estatísticos mostram que o número de matrículas das pessoas com necessidades especiais vem crescendo ao longo dos anos, porém a inclusão dos estudantes não pode ficar limitada a sua matrícula no ensino regular, e o ideal é que o aluno frequente as aulas em escolas do ensino regular, devidamente adaptadas para atender as pessoas com deficiência, combinado com o atendimento educacional especializado. O objetivo da Educação Inclusiva é democratizar o acesso à informação, promover uma formação adequada e desta forma, proporcionar condições de equiparação de oportunidades para todos. No atendimento educacional especializado são realizados o desenvolvimento de conteúdos, como: o ensino e interpretação de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), Língua Portuguesa para Surdos, Sistema Braile, utilização do Soroban, orientação para mobilidade, comunicação alternativa, tecnologia assistida e informática educativa, entre outros. A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação são as duas principais leis que regem a educação especial inclusiva, mas a legislação não se limita a elas, e existem várias outras leis que reforçam, normatizam e as complementam. 2.4 Psicologia da Aprendizagem Esta disciplina pontuou em alguns aspectos específicos para a construçao do protótipo sua importância veio relacionado ao design thinking apresentado em algumas aulas e como a aprendizagem é singular para cada indivíduo. 2.4.1 Videoaula 03 ­ Diversidade e múltiplas linguagens Como incorporar a diversidade dentro do processo formativo? A diversidade deve ser a matéria prima para o trabalho pedagógico de qualidade e não um obstáculo. Para que a escola atenda essa diversidade e promova uma aprendizagem de qualidade para todos é necessário incorporar as múltiplas


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linguagens do cotidiano dos estudantes. Um mesmo objeto em um programa de aprendizagem pode ser organizado de forma diferente. Não existe uma única forma de aprender, uma única forma de se passar o conhecimento, e sim várias formas que enriquecem o processo de aprendizagem. 2.4.2. Videoaula 06 ­ Transversalidade, interdisciplinaridade e pedagogia de projetos Transversalidade e contextualização do conhecimento. Objetivos simultâneos na escola: estudo disciplinar e formação ética. Conhecimento como rede de relações, de significados. Estratégias de projetos: abertura para o novo; perspectiva de uma ação voltada para o futuro, compromisso com as mudanças; possibilidade de decisões, escolhas apostas, ricos e incertezas; dar um sentido ao conhecimento; planejar estratégias que vão além da compartimentalização disciplinar; participação ativa dos estudantes; identificação de problemas; elaboração de perguntas; busca por respostas para lidar com os problemas.


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3. PROBLEMA E OBJETIVO

Estatuto da Pessoa com Deficiência, cap. IV, Art. 27. Dispõe que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. A educação especial é definida por uma proposta pedagógica que visa assegurar recursos e serviços educacionais especiais, organizados de forma a apoiar, complementar, suplementar e, algumas vezes, substituir os serviços educacionais comuns, visando garantir a educação escolar e a promoção do desenvolvimento das potencialidades dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL, 2001, p. 69). Os ambientes escolares inclusivos são fundamentados em um conceito de identidade e diferenças, sendo que as relações entre ambas não se organizam por oposições binárias (normal/especial, branco/negro, masculino/feminino, pobre/rico). A educação inclusiva se opõe à artificialidade das identidades “normais” e vê as diferenças pelo ângulo da multiplicidade, e não da diversidade, como tanto se proclama. É uma educação que deve garantir o direito à diferença e não à diversidade, pois quando tratamos como diversidade, seguimos reafirmando o idêntico. A diferença está no múltiplo e não do diverso, pois a multiplicidade produz diferenças que são irredutíveis à identidade. A diversidade se limita apenas ao existente. A multiplicidade se estende, prolifera. A diversidade é apenas um dado da natureza ou da cultura. A multiplicidade é mais, é um movimento que estimula a diferença que se recusa a se fundir com o idêntico (Silva, 2000, p.100­101). Para facilitar tal inclusão, o AEE precisa oferecer condições adequadas no processo educativo formal, deve ser ofertado preferencialmente na mesma escola comum onde o aluno estuda.


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Com foco nessa inclusão, partimos para a seguinte pergunta (problema de pesquisa): Como melhorar o atendimento de alunos com necessidades especiais no contra turno de uma escola através das artes? Uma vez reconhecendo a importância de desenvolver atividades que proporcionem uma oportunidade de trabalhar a socialização através do uso de uma linguagem não escrita ­ a arte ­ onde todos pudessem participar, independentemente de suas peculiaridades ou limitações. Para isso é preciso compreender a relação que existe entre cognição e deficiência intelectual. É preciso nos questionar se um atraso cognitivo possa comprometer tanto a autonomia de um indivíduo que possa levá­lo a uma total dependência da sociedade, e verificar se a escola poderia ser pilar essencial para mudanças significativas de tais limitações. Esses questionamentos reportam as várias teorias que afirmam que uma mudança de comportamento é válida quando conseguimos reconhecer as diferentes fases do desenvolvimento, nos possibilitando a desenvolver motricidade, socialização e cognição verbal, não utilizando somente a linguagem, mas através de demonstrações de expressões ainda pouco exploradas, porém eficientes. Nesse contexto, podemos citar as artes visuais como uma forma de demonstração de expressão. Todos os indivíduos, portador ou não de algum tipo de deficiência, são capazes de desenvolver um nível de habilidade artística, social e conhecimento humano, o que torna possível potencializar a cognição. A arte atua no desenvolvimento da cognição, da capacidade de aprender, pois na arte é permitido ousar, explorar, experimentar, sonhar, inventar, sem precisar de respostas certas e erradas, revelando novas capacidades. Para poder aprender é preciso ver, conhecer, para então contextualizar, atribuir significados. Estimula a atenção, percepção, imaginação, memória, raciocínio, pensamento, afetividade.

A expressão que a Arte proporciona, se torna um canal de comunicação

entre aquele que produz e as pessoas próximas, podendo expressar mais sobre o autor do que quando dito, tanto para o indivíduo com ou sem deficiência (REILY, 1986; ATACK, 1995). A exploração tátil e a manipulação de objetos são essenciais para o desenvolvimento de uma criança, sendo uma forma de descobrir o mundo ao seu


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redor. O professor deve explorar essa curiosidade nata do ser humano através do desenvolvimento de atividades que instiguem tais características. A arte tridimensional, que envolve a modelagem é uma ferramenta que promove as habilidades citadas. Para Cunha: [...] ao invés de o professor simplesmente disponibilizar materiais, as crianças devem ser desafiadas a explorar os materiais em todas as suas possibilidades, como numa atividade banal com o lápis de cor e papel. Podemos transformar essas propostas simplistas e comuns em uma proposta instigadora e fonte de descobertas, além de conhecermos as hipóteses das crianças sobre o que vamos trabalhar (1999, p. 57). A arte tridimensional é uma atividade sensorial. Através da manipulação de materiais que propiciem tal trabalho, o indivíduo melhora sua motricidade e a capacidade criativa. Oferece ainda um desenvolvimento intelectual através da focalização sistemática na representação simbólica, além da promoção da habilidade na coordenação motora. Além disso, as Artes Visuais podem trabalhar temas interdisciplinares. Também é possível trabalhar nos alunos a livre expressão de sentimentos e emoções, tornando­a importante instrumento para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor. Pela modelagem também conseguimos perceber o quanto é importante a criança expressar os seus sentimentos, fazendo com que os educadores reflitam sobre a utilização da modelagem para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da criança. O objetivo principal do nosso protótipo ao trabalhar com o aluno com deficiência no contexto escolar, é compreender as habilidades e necessidades de cada um, para que assim sejam feitas as adaptações aos recursos, além das estratégias de ensino para propiciar a aprendizagem adequada. Portanto, é necessário que seja utilizado um meio de comunicação independente. Nesse sentido, para Reily (1986) e Atack (1995), a Arte oferece um universo amplo de variadas formas de linguagem, podendo oferecer múltiplas formas de comunicação, meio de auto afirmação e oportunidades de expressão, de modo a contribuir para o desenvolvimento da criatividade e favorecer a socialização.


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4. METODOLOGIA

Para identificar a possibilidades de atuar para melhorar a qualidade na

educação de uma escola, realizamos inicialmente uma observação na escola municipal “Professor Fauze Calil Canfur” situada no município de Monte Mor ­ SP. ​A

observação se trata de um exame minucioso e atento a respeito de um fenômeno

ou parte dele, tornando­se uma técnica científica quando serve a um objetivo formulado de pesquisa, é planejada, registrada e oferecendo proposições gerais (Richardson, 1999). A escola possui 7 salas de aula em cada período, totalizando 14 classes. Na parte da manhã funciona o ensino fundamental II e na parte da tarde o fundamental I e uma sala de 6º ano. O prédio conta com uma secretaria, uma sala de direção, uma sala dos professores, uma biblioteca, uma sala de informática e uma sala de recursos. Cada sala possui uma lousa digital e um projetor. As salas têm em média 25 alunos, com exceção do 2º ano que comporta 36, com grandes dificuldades. Na entrada é realizada a acolhida pela coordenadora e professores. Os alunos aguardam em fila, na quadra. Também é entoado o hino nacional e o da cidade, uma vez por semana. Os espaços diferenciados são pouco utilizados pelos professores. A escola abriga alunos com necessidades especiais, sendo a maioria destes com deficiência intelectual ou auditiva. Contudo foi dito que apesar da oferta, poucos freqüentam este atendimento, que é realizado no contra turno. Em conversa com os professores também foi verificado que, apesar de trabalharem com esta especialidade, alguns deles não possuem formação específica para atuar na educação especial.


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Entrada da escola

Pátio

Corredor


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4.1 Segunda observação

Após a primeira observação, decidimos delimitar nossa pesquisa à alunos portadores de necessidades especiais. Segundo ​Kreppner (2001) e Cole (2004),

através da observação que muitos dados sobre o desenvolvimento infantil podem ser explorados e desvendados. O conhecimento sobre peculiaridades do desenvolvimento das crianças nos fornece subsídios e recursos para que então os profissionais da educação e da saúde atuem na estimulação do desenvolvimento infantil (Vygotsky, 1991; Bomtempo, 1997 & Bichara, 2001) Partimos então para uma segunda obervação. ​com intuito de compreender

melhor a atuação da escola junto a esses alunos. A escola atende alunos com

necessidades especiais com idade que varia entre 07 e 19 anos, desde a 1ª série ate a 9ª séria da educação básica, inclusive alunos de outras escolas onde não possuem sala de recursos. O atendimento no contra turno oferecido só é possível a partir da emissão de laudo médico atestando alguma deficiência. Quando a escola identifica alunos que são de inclusão porém não possuem tal laudo, o atendimento no contra turno é feito mediante autorização dos responsáveis. As deficiências são variadas, em sua maioria são deficiência intelectual e deficiência auditiva. Há dois alunos com Síndrome de Down, sendo um confirmado com laudo médico. No contra­turno, os alunos são atendidos em sala específica de recurso, com computador, dispondo de softwares e aplicativos diferenciados, porém não são explorados pela falta de conhecimento das professoras e pela falta de investimentos na área. O atendimento é feito por uma professora que atua no período da manhã, e uma para o período da tarde. Os alunos utilizam a mesma sala, mas em horários separados, sendo agrupados por deficiência. São atendidos 3 alunos de manhã e 3 no período da tarde, e todos possuem laudo médico, mas não são muito frequentes. Existem mais 4 alunos em cada período que carecem de atendimento especializado, mas necessitam de autorização dos respectivos responsáveis, pois o atendimento ocorrerá nos turnos de aula regular.


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A partir das observações, idealizamos uma atividade de artes a ser

desenvolvida no contra turno, utilizando a técnica de papel machê para proporcionar uma linguagem artística livre para a modelagem de esculturas, com intuito de auxiliar na promoção da socialização desses alunos. Após a confecção, as imagens dos trabalhos desenvolvidos ficarão expostos em uma plataforma online, para o acesso de pais, familiares e amigos, e ainda para que possa servir como modelo para ser usado por outros educadores, incentivando o desenvolvimento desse trabalho em outras escolas.

Sala de recursos


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5. ANÁLISE DOS DADOS

5.1 Protótipo

Com intuito de atuar no contra­turno de uma escola pública municipal, onde crianças e jovens portadores de necessidades especiais são atendidos, buscamos a criação de um protótipo utilizando artes visuais, pois acreditamos que possa atingir de maneira positiva os alunos, independente de quais forem as suas idades e diferentes deficiências presentes, se tratando de um instrumento essencial ao desenvolvimento da consciência, evidenciando o seu processo de elaboração intelectual, emocional e perceptivo do mundo, no qual são agentes. A proposta consiste na criação de esculturas feitas pelos alunos utilizando a técnica de papel machê, que se trata de uma massa preparada com papel e cola. A massa pode ser preparada com jornais velhos e outros papéis, reforçando o conceito de reciclagem e sustentabilidade, e então facilmente modelada, possibilitando a criação de diferentes esculturas. O trabalho visa estimular os sentidos, a coordenação motora e a autonomia. 5.1.1 Descrição do protótipo inicial Primeiramente, idealizamos um protótipo onde os alunos, juntamente com a professora, confeccionem a massa de papel machê, e então moldam uma escultura. Os trabalhos desenvolvidos seriam expostos na escola na próxima reunião de pais, para que o aluno se sinta reconhecido e estimulado. Material: ● 2 rolos de papel higiênico ou um bocado de jornal ● Água (fria ou quente) ● 1/2 kg de cola branca com base de PVA ● 01 recipiente tamanho médio (bacia ou balde) ● 01 colher ou espátula ● Peneira ou escorredor


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Passo a passo para confecção da massa:

1. Coloque o(s) rolo(s) de papel higiênico, sem o cilindro interno de papelão, em um recipiente e adicione água. Pode adicionar agua fria ou quente. A água quente dissolve mais rapidamente as fibras do papel.

2. Esfarele o papel até dissolver bem. Se usou água quente esfarele usando uma espátula. Pode­se também utilizar o liquidificador. Coloque uma porção de papel e adicione três porções proporcionais de água. Liquidifique, coe e siga a sequência a partir do quadro.

3. Retire o excesso de água com a ajuda de um coador. É importante que o papel seja bem coado. Aperte entre as mãos pequenas quantidades de papel


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retirando bastante a água. Pode colocar os bolinhos de papel em uma tolha, enrolando­os e espremendo­os ainda mais. 4. Depois de retirar bastante a água, esfarele o papel com as mãos até conseguir “grãos” bem suave.

5. Adicione cola aos poucos até que a massa fique úmida e com consistência parecida com massa de modelar. Pronto, pode usar. Não acrescentar muita cola, se isso acontecer adicione mais papel.

6. Se usar jornal: rasgue em pedaços pequenos e liquidifique. Se usar água quente o papel dissolve melhor. 7. Deixe a peça secando a sombra em local arejado. Se for necessário colocá­la no sol, faça isso só após sentir que sua peça está seca ao toque e que está há algum tempo secando a sombra. Isso evita rachaduras e deformações. Não faça peças maciças, faça um suporte ou estrutura. Por exemplo, se for fazer uma bola, pegue uma bola de isopor e cubra­a com a massa de papel machê.


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5.2 Fishbowl Foi realizado um Fishbowl virtualmente entre nosso grupo, a mediadora e professores convidados, para a apresentação do protótipo e sugestões e melhorias para o desenvolvimento do protótipo. Fishbowl ou metodologia do aquário, é uma dinâmica que incentiva a participação de todos os envolvidos no projeto, tornando os debates mais pluralistas.

Sessão de Fishbowl via Hangouts

5.2.1 Apresentação do Fishbowl


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5.2.2 Segundo protótipo

A princípio, a ideia do grupo consistia em apresentar as esculturas em papel

machê desenvolvidas pelos alunos através de uma exposição na escola, no dia da reunião de pais. Após o Fishbowl, redirecionamos o modo como a apresentação dos trabalhos será feita, admitindo um melhor aproveitamento desse trabalho se apresentados em uma plataforma virtual, uma vez admitindo que o número de pessoas atingidas online é maior do que em apenas a exposição dentro dos limites físicos da escola, dessa forma outros educadores poderiam aproveitar a ideia e aplicar com seus alunos, o os familiares e amigos dos alunos poderiam visualizar e guardar as fotos via download.


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Após a sessão de Fishbowl e reelaboração do Protótipo 2, voltamos à escola para apresentar a ideia do protótipo 2 para as professoras de artes e a da sala de recursos. Levamos conosco uma pequena quantidade de massa de papel machê, para que as professoras pudessem conhecer o material.

Inicialmente, a professora da sala de recursos nos atendeu na própria sala, nos explicando como é feito o atendimento aos alunos com necessidades especiais, que tipo de atividades eles desenvolvem, explicou um pouco da personalidade de cada aluno e de suas famílias.


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Segundo a professora, há 2 problemas frequentes relacionados a esses alunos: Alguns não tem apoio da família, simplesmente frequentam a escola, o que acaba deixando o aluno se sentindo inferior; já outros, recebem muita atenção, porém de forma inadequada, vitimando a criança, o que acaba limitando seu esforço próprio. Ela explica então a importância da relação entre a família e a escola para um bom atendimento a esses alunos. A professora compara ainda o atendimento desses alunos na rede pública estadual e municipal, pois a mesma atua em ambas. Para ela, a rede pública estadual oferece menos recursos a esses alunos e pouco incentivo aos professores. Já na rede municipal, encontrou mais autonomia e suporte para atender alunos com deficiência. Ela ainda afirma que os professores que atuam nas salas de recursos recebem pouco treinamento, apenas participam de eventos pontuais, e não são suficientes para um bom preparo.


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Com relação ao protótipo, a professora acredita ser uma atividade válida, que pode colaborar muito para o desenvolvimento dos alunos. Ela especifica uma de suas alunas, portadora de deficiência auditiva, que apresenta dificuldades de memorização. Em uma atividade de ciências, de elaboração de uma maquete desenvolvida pela escola, a aluna apresentou grande habilidade ao desenvolver o trabalho. Apesar da dificuldade de memorização da aluna, a mesma possui uma habilidade antes desconhecida pela professora, que é a de trabalhar com artes. Ela ainda ressalta que há uma preocupação muito grande em alfabetizar os alunos portadores de deficiência, e muitas vezes esses alunos não têm contato com atividades lúdicas que envolvam outras disciplinas, apenas Língua Portuguesa e Matemática, e por isso seria estimulante uma atividade com Artes durante essas aulas. Em seguida, ainda na sala de recursos, conversamos com a professora de Artes. Ela afirma que os alunos gostam muito de trabalhar com massas, inclusive a massa caseira feita com trigo e água, mas que esse tipo de massa caseira não possibilita criação de esculturas, pois acaba estragando dias depois, por conter ingredientes alimentícios. Já a massa de papel machê oferece a oportunidade de criar esculturas, pois depois de seca, permite a aplicação de pinturas, sem se deteriorar com o tempo. Portanto, ela também acredita que nosso protótipo seria válido para esses alunos. A professora de Artes acredita que não é adequado que os alunos participem de todas as etapas, dizendo que a etapa onde é necessário que o papel seja batido em liquidificador e coado, seria melhor apenas as professoras realizarem, devido à dificuldade que alguns teriam em participar. Ela também nos explica que seriam necessárias mais do que uma aula para a conclusão do trabalho.


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5.3 Protótipo final A partir da segunda visita à escola, acatamos a ideia da professora de Artes quanto às etapas que devem ser feitas somente para a professora, e ainda pudemos organizar melhor o cronograma de cada etapa do protótipo. Desta forma, segue abaixo o protótipo definitivo em detalhes: Tempo necessário: 3 aulas Material: ● Jornal ● Água (fria ou quente) ● Cola branca à base de PVA, o quanto baste ● 01 recipiente tamanho médio (bacia ou balde) ● Peneira ou escorredor ● Tinta PVA­ diversas cores ● Embalagens vazias (iogurte, garrafinhas de refrigerante, etc.)


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Passo a passo: Primeira aula 1. Picar o jornal com as mãos e em seguida colocar o jornal picado no recipiente com água. Deixar descansar até a próxima aula. Fazer com os alunos.


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Etapas executadas pela professora: 2. Após repouso, bater o jornal com água em um liquidificador simples, até que fique bem esfarelado­ Somente a professora faz.

3. Coar em peneira o material batido, e em seguida, espremer com as mãos, afim de retirar bem o excesso de água­ Somente a professora faz.


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4. Depois de retirar bastante a água, esfarele o papel com as mãos até conseguir “grãos” bem suaves.­ Somente a professora faz.

Segunda aula


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5. Com o papel já esfarelado, adicione cola e sove a massa aos poucos até que fique úmida e com consistência parecida com massa de modelar. A quantidade de cola vai depender da qualidade da cola e o tipo de papel utilizado. A massa está pronta para ser modelada. Fazer com os alunos.

6. Após modelagem, deixe a peça secando a sombra em local arejado. Se for necessário colocá­la no sol, faça isso só após sentir que sua peça está seca ao toque e que está há algum tempo secando a sombra. Isso evita rachaduras e deformações. Não faça peças maciças, faça um suporte ou estrutura, utilizando materiais descartáveis, como por exemplo potes de iogurte, garrafinhas PET, etc.


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Terceira aula 7. Após secagem da peça, os alunos devem pinta­la com tinta PVA. 8. As esculturas devem ser fotografadas pela professora, e inseridas na plataforma virtual Flickr, que se trata de um site de partilha e hospedagem de fotos gratuito. Para postagem das fotos na plataforma, é necessário criar uma conta de e­mail no domínio Yahoo. Essa plataforma permite que outras pessoas possam visualizar as fotografias, possibilitando que outros professores ou educadores possam usar a ideia do nosso protótipo, além de servir para que os familiares e amigos dos alunos possam apreciar as esculturas. Basta acessar o site ​https://www.flickr.com/​ e clicar no link “cadastre­se”.

Crie então uma conta, se cadastrando no Yahoo.


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Feito o cadastro, basta entrar em sua área do Flickr. (Lá é possível selecionar uma imagem para seu perfil e imagem de fundo, como qualquer outra rede social). No canto superior direito da página, há o ícone de uma nuvem com uma seta. Clicando no ícone, as fotos poderão ser carregadas do computador para a plataforma.


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Ao clicar, a página será direcionada para um locar de upload das imagens. Serão carregadas quantas imagens o usuário quiser, possibilitando também a inserção de legenda.

Após carregar as imagens, basta clicar no link “upload de x fotos” localizado na parte superior direita e as fotos serão publicadas.


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Clicando em alguma imagem, a mesma será ampliada para melhor visualização. Podemos observar no canto inferior direito o ícone de uma seta apontado para baixo, onde é possível baixar a imagem para seu computador. Dessa forma, os familiares e amigos dos alunos poderão guardar a foto da escultura.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio dos resultados obtidos nas pesquisas, entrevistas, observação da realidade da escola pesquisada, fishbowl e nos utilizando das ferramentas de design thinking, buscou­se identificar melhorias no aproveitamento da sala de recursos para os alunos com deficiencia, levando em consideraçao as necessidades de cada um e um modelo prático e viavél de projeto. As aulas do contra­turno têm por função desenvolver habilidades necessárias ao desenvolvimento dos alunos, que não são desenvolvidas durante as aulas do turno regular, na sala de aula comum à todos os alunos. O objetivo principal do nosso protótipo ao trabalhar com o aluno com deficiência no contexto escolar, é compreender as habilidades e necessidades de cada um, para que assim sejam feitas as adaptações aos recursos, além das estratégias de ensino para propiciar a aprendizagem adequada. Quando uma atividade artística é planejada adequadamente, contribui positivamente para a promoção do desenvolvimento das habilidades, capacidades, além da linguagem, porém é preciso que o professor aprecie o valor global da expressão artística como sendo uma forma de comunicação, que não se limita apenas à fala e à escrita, mas pode ser muito mais abrangente, podendo ser feita com recursos expressivos verbais e não verbais, se misturando e se complementando. A comunicação é indispensável para o sucesso nos âmbitos acadêmico e social. Com intuito de melhorar a qualidade no atendimento de alunos portadores de necessidades especiais do contra­turno de uma escola municipal, propomos uma atividade de artes plásticas, mais especificamente um trabalho de modelagem de papel machê, utilizando basicamente papel, cola e água, onde é possível obter uma massa lisa e homogênea, e após a secagem da escultura, receber pintura com tinta PVA. Este protótipo final contém informações que poderão ser utilizadas por outras escolas como estratégia de ensino/aprendizagem no contra­turno pois contem dados detalhados de pesquisa e um passo a passo para sua realização, além do foco não ter sido a escola em particular, mas as aulas e as necessidades especiais


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dos alunos, com foco num projeto prático, barato e efetivo, utilizando da fórmula do papel machê, fazendo as esculturas, pintando e posteriormente fotografando os resultados e colocando na rede Flickr para divulgação. Concluímos que a abordagem proposta é válida, o que foi confirmado com os convidados do fishbowl e também na escola com os professores. Pelo que constatamos, são poucas as opções e atividades, sendo a proposta do projeto, além de simples, prática e barata, pode incentivar outras iniciativas neste sentido de desenvolvimento cognitivo e auxiliar num contra­turno melhor e mais efetivo no cumprimento de sua função para com os alunos de necessidades especiais.


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