A "Ardência" de Thiago Medeiros é nele, é dele e é do leitor. Os poemas nos fazem sentir cores e dores do eu lírico, da Macabéa que nele vive e dos homens amados ou rejeitados ou perdidos. Provoca os sentidos como palavras "quase nunca tranquilas"; mesmo quando parece haver a pretensão do descanso e da contemplação, há algo a se mover: as reminiscências, os desejos, as ações, os estados, os quereres se derramam e se fazem sentir do céu da boca em carne viva aos dedos que desenterram ossos e flores. Para queimar ou para sarar; para a fome ou para o amor; para ver e declamar, salve a ardência poética de Thiago.
Ada Lima, poeta.
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