Senso incomum

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JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 01 ● Nº 00 ● DEZ/2010 ‐ JAN/2011 Rafael Ariza

Ases da Universidade

Estudantes de Engenharia vencem competição nacional de Aerodesign ATUALIDADES: DCE e REITORIA: entenda a manifestação que acabou em processo • FORU: feira de recrutamento ajuda universitários a conquistar primeiro emprego CULTURA: Som independente nascido na UFU ultrapassa muros da universidade • Projetos oferecem atrações para amantes de cinema CIÊNCIA: Alunos da computação se destacam com aplicativo sobre futebol para celular • Empresa criada por estudantes visa mercado nacional de games


Programe‐se

Editorial O mundo universitário por um outro olhar

IV Seminário Nacional de Educação Especial e III Encontro de Escolha uma sala de aula da UFU, Durante o mês de agosto, alunos das âmbito acadêmico, quanto extramuros. Em Pesquisadores em Educação qualquer curso, qualquer campus. Entre e disciplinas de Jornalismo Impresso, Jornalismo cultura, novidades sobre música, literatura e artes Especial

pergunte o que é senso comum. Humanas, exatas ou biológicas, dezenas de respostas certamente surgiriam apontando para aquilo que não é científico, aquilo que é apreendido pelos sentidos, o conhecimento produzido apenas pela experiência humana. Mas, se a pergunta fosse o que é senso incomum? Senso incomum não é conhecimento científico, mas ultrapassa os simples acontecimentos corriqueiros, é a realidade vista sob outro prisma. Essa é a proposta do jornal “Senso (in)comum”, produzido por estudantes de Jornalismo da UFU e destinado a todos os alunos da UFU.

Opinativo, Radiojornalismo e Projeto Interdisciplinar em Comunicação IV, aplicaram questionários nos três campi da UFU em Uberlândia e, com base nestas respostas, construíram o jornal “Senso (in)comum”. Seu objetivo é ser uma nova opção de leitura com notícias da universidade vistas a partir dos interesses dos estudantes, com uma linguagem informal e jovem e um layout despojado. O jornal é divido em três seções: ciência, cultura e atualidades. Em ciência, você encontra informações sobre pesquisas concluídas e em andamento desenvolvidas na UFU tanto em

em geral, além de várias dicas culturais. A seção de atualidades trará notícias diversas sobre acontecimentos, políticas educacionais, cidadania e serviços e incluirá, também, uma agenda. A multiplicidade é o que pretendemos oferecer a você, nosso leitor, sempre de um ponto de vista que fuja do senso comum para alargar seu olhar sobre o mundo universitário. Nesse intento, sua colaboração será decisiva, por isso, escreva, acesse nosso blog, conecte-se conosco em nossas redes sociais e participe sugerindo, opinando e criticando. Boa leitura!

XXXI Painel de Dança: “Ritmo é arte, dançar faz parte!”

Data: 03 de dezembro Local: Ginásio Ataulfo M. Martins da Costa (G1) da FAEFI/UFU, situada à Rua Benjamin Constant, 1286, Bairro Aparecida. Horário: 19 horas

Caiu na rede

Bazinga

Pescador perde peixe e mergulha para pegar de volta: http://migre.me/1XJRT

Já ouviram alguma mentira de pescador? A história de Juninho é difícil de acreditar. Pescou um tucunaré com mais de dez quilos que escapou e foi recapturado, ainda bem que existe o vídeo para comprovar.

CASOS E ACASOS

Quer saber? Joga no Google! Paula Arantes

“Mas você não sabe?”. Essa é a frase mais recorrente no meu cotidiano, já que, há quase dois anos, curso jornalismo. As pessoas vêm me perguntar se conheço as propostas de tal candidato para as eleições, se vi o debate na noite anterior, sobre CPI e mensalão; se estou sabendo qual a taxa de desemprego no país e como tornar o sistema tributário mais justo; quem é o líder do ranking mundial de tênis e o que significa “touch down” no futebol americano. Como se não bastasse, ainda querem saber se ouvi a quinta sinfonia de Beethoven regravada com um novo ritmo que mistura tropicália e bossa nova. A impressão que tenho é que essas pessoas imaginam que eu possuo um binóculo e através dele fico observando tudo. Ou que estou alocada em uma sala com paredes brancas, sem mobília, onde fico sentada em uma grande e confortável poltrona vermelha, observando uma grande bola de cristal. Até que gostaria de ter uma, mas elas não estão à venda e binóculos com tal potência também nunca vi. Sobre o mundo e seus mistérios, isso é conversa de físico, matemático e engenheiro. Ou tarefa para o Google. Eu até me esforço para tentar entender um pouco de tudo. Talvez isso seja o melhor da profissão. Transitar por todas as áreas, conviver

Data: 01 a 04 de dezembro Local: Anfiteatro do bloco 3Q - Campus Santa Mônica http://4seminariocepae.webnode.com.br/

com pessoas diferentes, um novo lugar a cada dia. E sabe qual é o pior? Saber um pouco de tudo. Como temos de estar ‘antenados’ a tudo que acontece, não temos condição de nos aprofundar em diferentes especificidades, mas, mesmo assim, temos de informar o que é notícia. Meu pai me pergunta o resultado da rodada do campeonato brasileiro, minha tia quer saber a situação do serviço social na contemporaneidade, meu tio acha que eu sei sobre o novo Ipod e, na sala de aula, me questionam sobre tributos e alíquotas. Jornalista vara a madrugada, faz plantão na redação, tem de ser o primeiro a chegar ao local do acontecimento. Haja cafeína para se manter alerta. Além disso, fazem loucuras para conseguir informações, encontrar fontes, transformar tudo isso em texto e ser o primeiro a noticiar. Se possível, um furo de reportagem. Se a taxa de desemprego está caindo, se Rafael Nadal é o novo líder do ranking de tênis e se “touch down” no futebol americano é similar ao gol do futebol, tenho de informar, mas tenho mesmo de saber? Não sou oráculo, serei jornalista. Levarei todas as informações a você, mas digo de antemão, não adivinho, não prevejo e nem sei de tudo. Para mais informações, abra o Google na página de internet mais próxima.

ENCIT 2010 – 13th Brazilian Congress of Thermal Sciences and Engineering

Evento Regular da ABCM – Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas. O congresso de âmbito internacional ocorre desde 1986, a cada dois anos, em diferentes cidades do Brasil. Organização: Faculdade de Engenharia Tiririca no noticiário americano: Mecânica - UFU http://migre.me/1XJTS Data: 05 a 10 de dezembro A visibilidade midiática conquistada pelo Local: Centro de Convenções do Center humorista Tiririca ultrapassou os limites brasilei- Shopping de Uberlândia - MG ros. Ao se candidatar a deputado federal pelo es- www.swge.org/encit2010 tado de São Paulo ele foi alvo de críticas, especulações e muita polêmica. Este video mostra a fama do humorista brasileiro registrada e Semana de encerramento do curso comentada por um noticiário norte-americano. de Teatro da UFU Apresentação de espetácuForró do Twitter – Comédia MTV: los, exibição de vídeos, http://migre.me/1XJPh workshops, palestras, jam Marcelo Adnet, comediante da MTV, faz sessions e aulas abertas. músicas relacionando ritmos de sucesso a assun- Data: 06 a 10 de dezembro tos que estão em alta na mídia. Sua mais nova Local: Bloco 3M - Campus composição humorística é o Forró do Twitter. Santa Mônica Nela, Adnet alia as peculiaridades dessa rede social como tags, folowers e trending topics às batidas do forró. Paleo Minas 2010 9ª Reunião Anual Regional da Sociedade Vídeos Brasileira de Paleontologia em Minas Gerais disponíveis em Data: 16 a 18 de dezembro youtube.com Local: Auditório 2A - Campus Umuarama https://sites.google.com/site/9paleominas/

Expediente

ciência

Editor-chefe: Arthur Franco/ Editora de fotografia: Marina Martins/ Editora de arte: Elisa Chueiri/ Sub-editores: Eric Dayson, Karine Albuquerque, Natália Faria, Paula Graziela, Stella Vieira e Victor Masson .

Reitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretora da FACED: Mara Rúbia Alves Marques/ Coordenadora do curso de Jornalismo: Adriana Omena/ Professoras responsáveis: Ana Spannenberg, Mirna Tonus, Mônica Nunes e Sandra Garcia / Edição de capa: Carolina cultura Tomaz / Diagramação: Elisa Chueiri e Ricardo Editora-chefe: Diélen Borges/ Editoras de Ferreira de Carvalho. fotografia: Gabrielle Silva e Melina Paixão/ Editor de arte: Felipe Saldanha/ Sub-editores: atualidades Aline de Sá, Cindhi Belafonte, Mayra Cabrera, Editor-chefe: Adriano Cardoso/ Editora de Paula Arantes, Suzana Rosa e Vítor Maciel. fotografia: Mariana Lima/ Editora de arte: Tatiana Oliveira/ Sub-editores: Anna Paula Tiragem: 2000 exemplares / Impressão: ImCastro Alves, Dayane Nogueira, Luiz Fernando prensa Universitária - Gráfica UFU / Blog: Mota, Laís Castro, Lucas Bonon, Lucas Rocha, www.porumoutroolhar.blogspot.com / E-mail: Natália Santos, Raíssa Caixeta, Talita Martins e sensoincomumufu@yahoo.com.br / Telefone: Vítor Ferolla. (34) 3239-4163


EDUCAÇÃO, POLÍTICA E CIDADANIA

Manifestação Estudantil termina em processo

Entenda os dois lados do episódio que culminou com a ocupação da Reitoria e com estudantes denunciados pelo Ministério Público O Ministério Público Federal denunciou 11 estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em nove de outubro deste ano. O processo é decorrente de um inquérito policial instaurado dias após a manifestação artístico-política que reuniu cerca de 300 alunos no prédio da Reitoria da Universidade em 12 de março, durante uma reunião do Conselho Diretor. As acusações são de constrangimento ilegal e depredação do patrimônio público. Durante o protesto, os alunos, que aguardavam do lado de fora do prédio da Reitoria, decidiram ocupar a sala de reuniões, para expor suas reivindicações A tentativa do reitor de se retirar e a insistência dos alunos para que ele permanecesse provocaram um excesso de pressão que estourou a porta de vidro que permitia o acesso à sala. A reunião com os estudantes prosseguiu por cerca de quatro horas, mas não houve acordo.

Com a palavra, o DCE O protesto artístico-político, denominado “É proibido proibir”, pretendia abrir espaço para discutir o uso dos espaços de integração da UFU, explica Marcos Willian de Oliveira, representante discente no Conselho Diretor e membro do Diretório Central de Estudantes (DCE). Entre as reivindicações dos estudantes, estava a questão da ausência de infraestrutura adequada para a expansão da Universidade e a regulamentação do consumo e venda de bebidas alcoólicas durante eventos festivos. Oliveira afirma que a postura conservadora da Administração tem sido

o principal entrave para solucionar essas questões, pautas de reuniões desde o final de 2009, por isso a decisão pelo protesto. Por deliberação da Assembléia, os estudantes foram orientados a não consumir bebidas alcoólicas ou substâncias ilícitas durante o ato. Entretanto, segundo o representante, tal determinação não foi cumprida por todos. Para Marcos Willian, a intimação dos alunos foi uma surpresa. “Na Universidade não foi tomada medida nenhuma. Essa questão podia ter sido resolvida aqui dentro”. Após a convocação, os alunos procuraram uma assessoria jurídica e, enquanto aguarCarolina Tomaz dam a decisão do juWillian: “Essa questão podia ter diciário, de acatar ou sido resolvida aqui” não a denúncia, recorrem a estratégias de mobilização social, como uma petição on-line, que reivindica o arquivamento do processo, uma passeata pelo centro de Uberlândia, que ocorreu em 11 de outubro, e o debate sobre o caso em reuniões do movimento estudantil nacional. Conforme Pedro Moller, membro do DCE, na tentativa de evitar conflitos, os líderes do movimento estudantil iniciaram também uma campanha de conscientização dos alunos. Por meio de faixas e cartazes espalhados pelo campus, eles atentam pa-

Cindhi Belafonte

ra a necessidade do consumo moderado de bebi- dade, a Administração garantiu que não tomaria das alcoólicas e do uso adequado do espaço nenhuma atitude de punição nem de criminalizapúblico. ção dos alunos. “Nosso posicionamento é de respeito com os alunos, mesmo quando eles nos Com a palavra, a Reitoria desrespeitam, quando extrapolam o direito de A manifestação realizada por alunos da reivindicar. A nossa proposta é de respeito e de UFU em março deste ano foi definida pela Admi- educação”, afirmou. nistração Superior Luana Magrela como uma atividade desrespeitosa, que terminou em umincidentelamentável. Segundo o professor Alfredo Júlio Fernandes, reitor desta instituição Mayra Cabrera desde o início de 2009, a reivindicaFernandes diz que a denúncia ção do movimento partiu do MP estudantil é legítima e o que está em desacordo é o modo como o protesto foi conduzido. “Nossa intenção maior é dar apoio e sustentação ao ensino, à aprendizagem, à extensão, à pesquisa e é lógico que também ao lazer e à confraternização, desde que seja de uma maneira respeitosa e que proteja o patrimônio da Universidade”. Em relação ao processo aberto contra os 11 estudantes, a reitoria afirma não ter tomado nenhuma iniciativa. Segundo o reitor, a denúncia partiu do Ministério Público Federal que teve acesso a vídeos captados por celulares de alunos e Manifestação: DCE protesta contra criminalização do disponibilizados na internet. Dentro da Universi- movimento estudantil

CONEXÃO

CAMPI

UFU implanta rede sem fio

Terceirização modifica RU

Serviço visa a beneficiar a comunidade

Cardápio vegetariano é uma das novidades Aline de Sá

Arthur Franco

A biblioteca do campus Santa Mônica implantou a rede wireless em agosto deste ano, enquanto os usuários da biblioteca do campus Pontal foram contemplados no fim de setembro. Já nos campi Umuarama e Educação Física o serviço foi introduzido posteriormente. O objetivo é trazer praticidade aos discentes, docentes, técnicos e servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O Centro de Tecnologia da Informação (CTI) foi o responsável pela criação e implantação do serviço. O método de acesso demorou cerca de um mês para ser feito e se baseia em um procedimento simples, em que o sistema direciona o usuário à página de login. Após criar o email institucional e senha, o usuário pode usufruir do serviço. Para Fernanda Coelho, 29, analista de sistemas e uma das responsáveis pela implantação do serviço, a wireless beneficia a todos que possuem um email da UFU. “A gente visa ajudar os alunos porque a Universidade existe por causa deles e muitos técnicos administrativos também precisam da internet”. A demanda por redes sem fio era grande, muitos alunos usavam notebooks nas bibliotecas e as ilhas de pesquisa que davam suporte a esses computadores eram poucas. Para Elaine Maria,

52, responsável pela gerência de informatização da biblioteca, “o número de cabeamentos que nós tínhamos estava insuficiente”. Segundo Kellen Freitas, 20, estudante e funcionária da biblioteca, como há poucos computadores no local e muitos alunos têm notebook, a rede wifi facilita o acesso à internet e ajuda nos estudos. “Existe muita burocracia e ainda é restrito aos alunos da UFU”, completa. Para atender a comunidade externa, o setor oferece o uso gratuito de ilhas de pesquisa e locais de cabeamento. Para o estudante Kayo Barros, 20, do 2º ano de Engenharia Química, a internet wifi traz comodidade. “Vai facilitar quando eu tiver que estudar, vou ganhar tempo”.

Como acessar o serviço

1: Acesse o site www.mail.ufu.br 2: Insira email institucional e senha 3: Caso não possua o email, clique na opção E-

mail para Estudantes Vá em Ativar Conta Aluno, insira sua matrícula e senha, que é disponibilizada na coordenação do seu curso 5: Escolha seu email institucional e senha 6: Se o email escolhido não existir, significa que o cadastro foi realizado com sucesso 7: Volte à página de login e acesse o serviço 4:

O Restaurante Universitário do Campus Santa Mônica passou por mudanças no início de 2010, com a implantação de novos projetos e terceirização do serviço. A demanda, que há dois anos era de 1200 refeições/dia, hoje é de 2000, pois a abertura de novos cursos levou a um crescimento no número de usuários. O processo de terceirização da mão-deobra se deu de uma maneira muito rápida. O Gerente da Divisão de Restaurante Universitário, Henri Ford Pereira, considera que foi uma imposição. “Ou fechávamos por falta de mão-de-obra, ou terceirizávamos o serviço”, explica. Um dos resultados da terceirização foi a criação de projetos como o de Alimentação Vegetariana, que entrou em vigor em 2010. Sua implantação surgiu a partir da reivindicação de um aluno a favor de uma alimentação que atendesse a essa demanda. A nutricionista e idealizadora do projeto Luciana Oliveira aponta que “foi exatamente a reclamação de um comensal, uma indignação da parte dele ao levantar a questão, que ganhou força, levou a buscar auxílio e, enfim, implantar a proposta ”. Além disso, foram realizados cursos de capacitação dos funcionários para a produção do novo cardápio. Outra modificação foi o oferecimento de café da manhã para alunos beneficiados com a bol-

sa-alimentação. “Muitos estudantes bolsistas fazem apenas duas refeições por dia: almoço e jantar. E isso é péssimo do ponto de vista nutricional”, comenta Luciana.

Projetos futuros O RU do Campus Umuarama não adotou essas novas modificações. A alimentação é a mesma oferecida aos pacientes e funcionários do Hospital de Clínicas. A perspectiva é que um novo restaurante com serviços terceirizados seja construído no próximo ano. O Campus Educa ainda não possui um Restaurante Universitário. De acordo com Andressa Oliveira, aluna do 4º período de Educação Física, os estudantes fazem suas refeições em uma cantina privada ou em restaurantes próximos. “Alguns alunos costumam ir ao RU Santa Mônica apenas para almoçar”, destaca. A expectativa é que no ano que vem a Universidade construa no campus um refeitório para atender estes alunos. Além disso, existe a proposta de expandir o espaço físico do RU Santa Mônica. A ideia de criar um andar superior surgiu como alternativa para melhorar a ventilação ambiente e, principalmente, acomodar o número crescente de estudantes.


MUNDO UNIVERSITÁRIO

FEMEC realiza feira de oportunidades em Uberlândia Evento conta com palestras e exposições de empresas líderes de mercado Paula Arantes

Passar no vestibular de uma universidade e terminar a graduação é um processo que leva em média cinco anos. Ao fim do curso universitário, o objetivo é conseguir uma oportunidade na área escolhida. Começa, então, uma nova fase: entregar currículos, processos de seleção, participar de dinâmicas e entrevistas são fatos comuns na vida de quem busca um emprego. Uma nova oportunidade surge com a I Feira de Oportunidades e Recrutamento de Uberlândia, organizada por um grupo de alunos da Universidade Federal de Uberlândia. A realização é do Programa de Educação Tutorial e da Empresa Jr (Meta Consultoria) da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEMEC) e conta com o apoio da Empresa Jr da Administração (Apoio Consultoria). A FORU é um elo entre universidade, empresas e indústrias de destaque nacional, na tentativa de aproximar o universitário da sua futura profissão. A iniciativa surgiu a partir de um intercâmbio realizado pelo aluno do quinto ano do curso de Engenharia Mecatrônica, Rony Franco, 22, que passou um ano na França e teve contato com diversas feiras de recrutamento. De volta à UFU, ele propôs a ideia para o professor Solidônio Rodrigues, que na época era tutor do PET. Além de demonstrar interesse, o professor tornou-se orientador e, hoje, coordena os alunos que planejam e organizam a FORU desde o final de 2009. Mais que recrutar alunos e mostrar o vasto campo de oportunidades, a feira traz as empresas até os futuros profissionais, configurando o caminho inverso do mercado de trabalho. Franco conta que as universidades oferecem uma boa formação aos alunos e que as empresas exigem uma mão de obra muito qualificada, mas que esse intermédio entre instituição e universidade não é tão bem articulado e é nesse ponto que a feira apresenta uma solução. Em vez de o aluno graduado procurar

uma oportunidade nas grandes companhias, elas vêm até esses alunos para mostrar o perfil que procuram atualmente. Para isso, haverá palestras que direcionarão o estudante, sobretudo, aqueles que já saíram ou estão saindo da universidade. O professor coordenador vê essa iniciativa como uma tendência, pois, assim, as empresas alcançam os bons profissionais e encontram o perfil adequado para cada tipo de vaga. A FORU auxiliará na cap-

Paula Arantes

Parte da Comissão Organizadora da FORU

tação de alunos, sobretudo os da UFU, podendo selecionar os melhores de determinadas áreas. Na visão de Rodrigues, o maior desafio é trazer as empresas para o interior e convencê-las de que Uberlândia é uma cidade que tem porte e que consegue formar bons profissionais. “A reputação da UFU é bem conhecida, isso é muito bom e ajuda muito, mas por ser no interior atrapalha um pouco”, afirma o professor. Já para Franco, o mais complicado foi o início, em que era bastante difícil contatar as empresas. “É a primeira edição da feira, então o desafio era vender credibilidade. As empresas que foram contatadas e aceitaram o convite estão apostando nessa promessa”, revela o estudante. A feira conta com mais de 15 empresas ex-

positoras mais as parcerias, que envolvem roda- loco , e as instituições receberão currículos e os das de palestras, publicidade e logística. Desde o analisarão posteriormente. Ainda existe a possiinício, o intuito dos organizadores é trazer as líde- bilidade de, na própria feira, o aluno se candidares de mercado em cada setor. Na área de consu- tar em uma determinada vaga, de acordo com as mo, a empresa representante é a AmBev, para o listas de ofertas de trabalho que cada empresa setor de siderurgia, vem a ArcelorMittal, que é disponibilizará. maior siderúrgica do mundo, na área de engenhaApesar de ter nascido na FEMEC, a FOria elétrica, a companhia convidada é a Tractebel, RU oferecerá oportunidades aos alunos de todos maior do setor privado no Brasil, os cursos. Segundo Franco, “esalém da Mendes Júnior, que é a "Nós temos um parque sas grandes empresas contratam quinta maior no campo de enge- industrial bom, então isso não só engenheiros, mas contraauxilia até pra trazer nharia civil do país. tam gerenciadores, psicólogos, empresas para a cidade” O contato com as instipessoal que mexe com a parte de Solidônio Rodrigues tuições expositoras foi todo feito comunicação, então hoje, a feira pelos alunos, que utilizaram, inicialmente, da in- já cresceu muito mais do que só a faculdade de fluência de alguns professores. A FEMEC tam- engenharia mecânica”. bém já tem experiência com grandes eventos A FORU acontece nos dias 8 e 9 de decomo o CREEM (Congresso Nacional de Estu- zembro, no Centro de Convenções do Center dantes de Engenharia Mecânica) e a SEMEC (Se- Shopping. São esperadas entre cinco e sete mil mana de Engenharia Mecânica), que trazem pessoas nos dois dias de evento. A feira terá didiversas empresas da área. Atualmente, existe vulgação por diversos meios de comunicação, inuma planilha com as empresas que já participa- cluindo mídia impressa e televisiva. O evento é ram de acontecimentos semelhantes no Brasil, aberto ao público e a entrada é gratuita. Será uma mas que não possuem vínculo com a UFU e a par- grande oportunidade para que jovens talentos e tir disso, os contatos são feitos de maneira aleató- empresas líderes do cenário nacional fiquem ria. frente a frente, promovendo a interação e geranRodrigues revela: “tivemos informações do ótimas possibilidades de recrutamento e conque algumas empresas que estão vindo participar tratação. da feira, estão vindo para conhecer a região, ver como é a estrutura da cidade para saber se é interessante até ter uma filial aqui. Nós temos um parque industrial bom, então isso auxilia até pra trazer empresas para a cidade”. A feira oferecerá dois tipos de interação Confira a programação entre aluno e empresa. A primeira começa logo mais, por volta de um mês, um mês e meio antes completa no site: do evento. O site oficial passou por modificações, www.foru.com.br está dinâmico e conta com um banco de dados, onde os alunos podem cadastrar seus currículos e Acompanhe a feira no twiter demais informações e selecionar para quais em@foru2010 presas desejam enviá-las. A segunda forma será in

SERVIÇO

Atendimento psicológico auxilia universitários Excesso de atividades e estresse levam os estudantes a procurar pelo setor Melina Paixão Melina Paixão

Denílson buscou psicoterapia no 6º período

Problemas de humor, ansiedade, dificuldades no âmbito acadêmico e relacionamentos conflituosos são alguns dos motivos que levam os estudantes da UFU solicitarem auxílio do Setor de Atendimento Psicológico ao Aluno (SEAPS) da universidade. O objetivo do atendimento fornecido pela UFU é garantir a saúde mental dos discentes a fim de que não ha-

ja comprometimento da formação profissional. mentos afetivo e familiar. O excesso de Ao sentir-se inseguro em relação à esco- atividades, estresse e rompimento amoroso tamlha do curso, o aluno de Administração Deníl- bém foram questões apontadas. son Carrijo, 22, procurou pelo setor quando cursava o sexto período da graduação. Ele expli- Psicologia do Universitário ca suas razões: “Quando procurei pelo SEAPS, Na sua origem, em 1976, o SEAPS preseu estava bastante decepcionado com o curso, tava serviço de caráter psicopedagógico. Diante pensei que não era o que eu buscava, aí num mo- da diversidade de diagnósticos, a equipe de promento de indecisão e ansiedade eu resolvi procu- fissionais do setor passou a realizar análises dos rar auxílio”, disse. estudantes de maneira mais direcionada. O quadro de Carrijo ilustra Segundo a psicóloga e cooros resultados de uma pesquisa reali- “Num momento de denadora-chefe do setor, Karen de indecisão e zada pelo SEAPS, entre 2004 e Almeida Rodrigues, foi detectado ansiedade eu resolvi “que muitas das dificuldades psico2006, que traçou o perfil dos seus atendidos. De acordo com a pesqui- procurar auxílio” pedagógicas eram devido às relaDenílson Carrijo sa, as dificuldades acadêmicas reções afetivas”. Com essas relações presentaram 48,5% das reclamações dos indo mal, o desempenho do estudante fica comdiscentes. prometido, explica. “É preciso ter um olhar maiOs sintomas mais frequentes foram rela- or para o sofrimento e a constituição psíquica cionados a fatos como problemas nos relaciona- do estudante que o impede de fluir bem na vida

acadêmica”, completa a psicóloga. Diante dessa percepção, as ações psicológicas passaram a ser prioritariamente clínicas, oferecendo atendimento individual ou em grupo. O encaminhamento dos estudantes ao setor acontece majoritariamente de forma espontânea. Porém, há parceria com as coordenações de curso, que são orientadas a direcionar alunos que apresentarem déficit no desempenho acadêmico ou comportamento incomum.

Informações sobre o SEAPS Av. Cesário Alvim, 359 Tel. (34) 3235.2363 Uberlândia‐MG ‐ Centro


ESTANTE DE IDEIAS

Alunos da Engenharia vencem torneio nacional Próximo objetivo da equipe é participar de competição internacional nos EUA Anna Paula Castro Alves

A equipe Tucano do Projeto de Aerodesign, desenvolvido na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) conquistou o primeiro lugar do XII Torneio SAE (Society of Automotive Engeneers) Brasil Aerodesign. O evento aconteceu na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em São José dos Campos - SP, nos dias 21 a 24 de outubro. Entre as 96 equipes inscritas na competição estavam, além das nacionais, algumas do México, Venezuela, Índia e Estados Unidos. Durante o torneio, os alunos defenderam suas aeronaves, de carga controladas, através de rádio em uma apresentação para os engenheiros da Embraer e realizaram testes de vôo. A disputa aconteceu em três categorias diferentes: regular, livre e micro, esta criada recentemente. “Você tem que conseguir o avião mais leve possível que carregue a maior carga”, explica o membro do projeto, Cássio Lopez. Os estudantes da UFU, tradicionalmente, concorrem na categoria regular com a equipe Tucano, vencedora do torneio deste ano e recordista de levantamento de carga. Outra equipe, a Tucano Micro, participou pela primeira vez e conquistou menção honrosa por também ter transportado a maior carga entre os aviões de sua categoria. O nome Tucano é uma homenagem a um avião planejado e construído pela Embraer e também à ave do cerrado. A equipe agora se prepara para participar da competição SAE Aerodesign East, etapa internacional, representando o Brasil na classe Regu-

Equipe Regular 2001

Rafael Ariza

Aeronave da Equipe Tucano carregou 13,950kg na competição

lar. O torneio acontecerá nos Estados Unidos, entre 29 de abril e 1° de maio de 2011, e contará com a presença de equipes das Américas e da Europa. Os alunos aguardam o regulamento da competição para construir uma nova aeronave. 2007

3º lugar Torneio SAE Brasil Aerodesign. 2010

8º lugar e Melhor equipe estreante Torneio 1° lugar Torneio SAE Brasil Aerodesign e SAE Brasil Aerodesign. recorde de maior carga levantada. 2005

2º lugar Torneio SAE Brasil Aerodesign. 2006

Equipe micro

2º lugar Torneio SAE Aerodesign East (etapa 2010 internacional) e recorde de maior carga Menção honrosa por ter carregado maior carga. levantada.

Entenda o projeto O Projeto de extensão Aerodesign tem fins educacionais e busca proporcionar troca de informações da área aeronáutica entre estudantes de várias instituições. Criado na UFU no fim de 2000, pela Faculdade de Engenharia Mecânica, o objetivo é desenhar, planejar e construir aviões de carga controlados por meio de rádio, conforme exigência dos regulamentos dos eventos promovidos pela SAE. Os atuais membros são alunos das Engenharias Mecânica, Mecatrônica ou Aeronáutica da UFU. “O aluno tem oportunidade de colocar em prática muitos conhecimentos. São várias as disciplinas que o projeto utiliza”, diz o professor Rafael Ariza, orientador da equipe. As teorias da Engenharia Aeronáutica estão entre as matérias

que os estudantes têm de estudar, mas que não constam na grade curricular de alguns dos cursos. A dificuldade enfrentada pelos estudantes é a falta de recursos para viabilização das aeronaves e para participar dos torneios. Eles precisam angariar fundos para compra dos materiais necessários e têm dificuldade para encontrar patrocinadores. Para fazer parte do Projeto de Aerodesign, o aluno tem que estar matriculado em algum curso de Engenharia ou Física da UFU. Na seleção, os interessados realizam uma prova sobre aerodinâmica básica e uma dinâmica em grupo. A oficina onde os trabalhos são desenvolvidos fica próxima ao bloco da Faculdade de Mecânica, 1M, no campus Santa Mônica.

Instituto de geografia da UFU explica clima em Uberlândia Estações meteorológicas compõem rede nacional de previsão climática Lucas Rocha Lucas Rocha

Estudos sobre o clima são feitos na Estação Metereológica da universidade

A previsão do tempo é um estudo feito por especialistas em climatologia que utilizam de recursos específicos como aparelhos de medição e coleta. Suas leituras são realizadas a cada hora e

os dados são enviados via celular GSM que são transformados em boletins informativos disponibilizados no site do Instituto de Meteorologia (INPE).Na Universidade Federal de Uberlândia,

a previsão é realizada diariamente pelo Instituto de Geografia, que dispõe de duas estações meteorológicas automáticas, uma delas finalizada em dezembro de 2002, faz parte de uma rede nacional usada na previsão climática em todo o país.

Sazonalidade marcante Uberlândia segue a disposição da parte central do Brasil: tropical semi-úmido. Apesar das quatro estações do ano, a sazonalidade se divide em seis meses, apresentando uma estação quente e chuvosa e outra de temperaturas mais amenas e tempo seco. Na fase chuvosa, que vai de outubro a março ocorre entre 80 e 90% da precipitação, um volume de chuva que varia entre 1100 e 2000 milímetros. No inverno deste ano foi marcante a falta de chuvas e a baixa umidade relativa do ar foi apontada como problemática Segundo Washington Luiz Assunção, 51, professor do Instituto de Geografia da UFU, o momento apresentou certa normalidade na região, o dife-

rencial se deu no prolongamento do período de seca. "O agravante da situação foi a precipitação abaixo da média no tempo chuvoso este ano, nos meses de janeiro a abril. A última chuva significativa foi registrada em abril,voltando a ocorrer somente no final de setembro." O aluno de Geografia e funcionário da Revistaria da UFU, Jessé Block, 18, nasceu em Santo Ângelo, interior do Rio Grande do Sul. Veio para Uberlândia quando criança, está na cidade há sete anos e nota as diferenças: “Aqui é meio período seco, meio período chuvoso; lá as chuvas são distribuídas regularmente”, afirma. Temperatura média

Meses mais frios: 19°C Meses mais quentes: 24,5°C Precipitação média anual: 1580mm

Recordes:

Ano 1981: Menor temperatura -1°C Ano 1998: Maior temperatura 37°C


TELESCÓPIO

Universitários criam aplicativo para celulares

World DroidCup é um software desenvolvido para atender a demanda internacional de fãs do campeonato mundial de futebol Alunos do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um software para celulares no início de 2010. Ele foi disponibilizado na rede mundial de computadores, durante a Copa do Mundo de Futebol e os criadores se sobressaíram diante da concorrência do mercado. O World DroidCup é um aplicativo feito para a plataforma Android, sistema operacional de última geração para celulares. O usuário, fã de futebol, conseguiu ficar por dentro de todos os acontecimentos relativos à Copa, que neste ano teve sede na África do Sul. Resultados, detalhes dos jogos, artilharia, classificação, localização dos estádios e fotos de jogadores foram alguns dos recursos oferecidos pelo produto. O aplicativo foi disponibilizado em sete idiomas, português, inglês, francês, italiano, espanhol, chinês tradicional e chinês simplificado. As informações eram dadas em tempo real e a pessoa tinha noções detalhadas de todos os jogos com ícones que facilitam a interpretação de cada acontecimento. Oferecido gratuitamente, o programa é muito elogiado por internautas, no site AndroLib, onde está disponibilizado. "O World DroidCup teve aproximadamente 190 mil downloads espalhados por todo o mundo. O maior número de usuários reside nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha, mas há outros usuários de países pouco conhecidos por aqui, como Albânia, Quirquistão e Congo, que também utilizaram o aplicativo", comenta Éderson Marchado de Lima, um dos criadores do projeto.

Projeto atrai aventureiros

Tatiana Oliveira

O projeto Trilhas Interpretativas (T.I.) foi idealizado por Douglas Abrahão, estudante de Educação Física da UFU, e um grupo de amigos, com a intenção de preservar e compartilhar os espaços naturais e urbanos que frequentavam nos fins de semana para praticar esportes como rapel, rafting e trekking. Abrahão explica que a proposta do T.I. “é usar os esportes de aventura como mediadores do homem para ele se reconhecer, formar um laço com o meio”. Atualmente registrado em cartório, o T.I. se constitui como Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A entidade não tem fins lucrativos, tendo como contribuição apenas cartazes e folders de divulgação financiados pela Prefeitura. A verba e os equipamentos necessários para a realização das atividades são adquiridos por doações avulsas. Além de atividades de aventura, também são previstos cursos, palestras, apresentações de áudiovisual, dinâmicas de grupo, oficinas de capacitação e grupos de estudo e pesquisa. A entidade está aberta para qualquer um que queria contribuir e praticar as atividades, independente de credo, classe, idade, gênero e etnia. É necessário formular uma carta de intenção descrevendo o motivo da participação e preencher os requisitos colocados por Abrahão no estatuto: amar a natureza, gostar de riscos, de ajudar ao próximo e ao meio ambiente.

Adriano Cardoso

Éderson Machado de Lima, Leonardo de Sá Alt e Christiano Catalán Guedes criaram a empresa NoIdea Mobile para gerenciar a produção. Com o aplicativo, os estudantes que cursam o último período lucraram cerca de US$ 180,00 por dia com publicidade, e agora estão avançando no segmento desenvolvendo um aplicativo para acompanhar a Liga dos Campeões da Europa (UEFA Champions League).

Mercado de trabalho 'Os alunos puderam experimentar como é atuar no mercado de trabalho tendo contato direto com clientes, neste caso, mais de 190 mil. Além disso, aprenderam ainda como é trabalhar sob pressão, pois houve milhares de sugestões e críticas relativas ao World DoidCup, que recebeu melhoras a partir destas. Entre os concorrentes brasileiros, o software dos estudantes também conseguiu destaque. "O nosso era o mais completo. Os principais concorrentes eram de fora do Brasil", explica Leonardo de Sá Alt. Empresas privadas da região de Uberlândia já analisam a possibilidade de custear a criação de novos produtos da NoIdea Mobile. “Descobrimos que algumas começam a patrocinar projetos de iniciação científica, mas ainda a principal preocupação delas é atrair o maior número de estagiários possível”, afirma Lima. Os membros da NoIdea Mobile já estudam a possibilidade de cobrar pelas próximas produções. Com a popularização do software, eles conseguem espaço necessário para isso.

Elisa Chueiri

Software apresenta informações no display de celular

Onde encontrar o aplicativo? Informações detalhadas sobre os recursos do Endereço eletrônico gerenciado pelos criadores do software World DroidCup: aplicativo podem ser encontradas no site: http://migre.me/1vXDJ

http://www.noideamobile.com

Alunos aliam conhecimento a entretenimento Produção independente visa atingir o mercado nacional de jogos Natália Santos Natália Santos

Cinco membros da Conic Games contam as metas e objetivos da futura empresa

Conic Games é um grupo que tem como principal objetivo a criação de programas e jogos de computador, para que seus membros aprendam, na prática, o funcionamento das empresas do ramo. Fundado em 2009 e formado por oito alunos do sexto período de Ciências da Computação da Universidade Federal de Uberlândia, alia a teoria adquirida no curso ao meio de diversão em comum: os jogos. Lucas Silva, membro da equipe, afirma que, desde criança, seu sonho é trabalhar na área, “minha motivação ao entrar na Co-

nic foi tanto o aprendizado quanto a profissionalização deste. É gratificante poder trabalhar com algo que gostamos”, diz. Segundo Filipe Forattini, um dos fundadores, a Conic Games possui dois trabalhos em andamento: um programa empresarial e um jogo. O primeiro é o Conis, um software de gestão de projetos destinado a empresas. O segundo é o Área 41, elaborado em formato de resolução de problemas (Puzzle), os quais são resolvidos através de reações químicas simbolizadas por diferentes ele-

mentos que, por meio de combinações, promovem resultados variados. Inicialmente, a idéia do grupo era criar um jogo educativo que pudesse concorrer em projetos de incentivo científico da UFU. Porém, de acordo com Forattini, sua comercialização seria dificultada pelo fato de a categoria educativa ser rotulada como desinteressante, e o intuito é destinar suas criações ao mercado consumidor da área, que tem preferência pelos jogos de aventura. Por esse motivo, a equipe atua independentemente de auxílios financeiros da Universidade. Na criação, são utilizadas plataformas disponibilizadas gratuitamente pela Microsoft, como a Xbox LIVE. A produção do Área 41 prevê o levantamento de capital para registrar a Conic Games como empresa. “Nosso objetivo é que a Conic cresça em Uberlândia e, futuramente, se destaque no mercado brasileiro”, afirma Tafael Caixeta, integrante da Conic. O próximo trabalho a ser desenvolvido é baseado no formato RPG (role-playing game), jogo de interpretação de papéis e personagens. O grupo espera que a produção atenda às expectativas do mercado. “Os jogos de aventura são, hoje, elementos chave das grandes empresas. Se este projeto atingir a meta de ser atrativo e inteligente, estaremos no caminho certo” concluiu Filipe Forattini.


NASCIDOS NA UFU

O jambolão que espalhou frutos por Uberlândia Bandas de ex‐alunos da UFU fazem da cidade referência em música independente Laís Castro, Luiz Fernando Motta e Victor Maciel

A Universidade Federal de Uberlândia é um dos grandes celeiros do cenário musical da cidade. A efervescência gerada pelo encontro de jovens em um ambiente de debate e construção de novas ideias provocou o surgimento de alguns dos nomes que representam hoje a música uberlandense em outros cantos do país. O Festival Jambolada surge nesse contexto de iniciativas de fomento à cultura local. O evento nasceu em 2005 e foi o primeiro festival de música independente da cidade. O nome não surgiu por acaso. Refere-se ao Jambolão, árvore entre os blocos 1H e 1I do Campus Santa Mônica sob a qual vários estudantes envolvidos com a cultura na Universidade se reuniam. Tassio Lopes, ativista cultural, vê atualmente uma estrutura bem mais favorável para a música autoral na cidade. “O único espaço em Uberlândia que essas bandas tinham para tocar era a Universidade. Passados nove anos, encontramos um quadro completamente diferente”, diz. Hoje, alguns dos grupos que se beneficiam com isso são as bandas Porcas Borboletas e Dom Capaz – que se apresentaram no Jambolada – e o Grupo Tamboril de Arte Independente – parceiro do evento.

Porcas seguiu crescimento da cultura local O Porcas Borboletas surgiu no final de 1999, numa época em que os espaços para atividades culturais na UFU eram limitados e estruturas como a do Centro de Convivência eram um so-

nho distante de ser realizado. A primeira apresentação da banda – na época, conhecida pelo polêmico nome “Pau de Bosta” – foi em uma sala de aula, durante um congresso do Curso de Letras. Rebeca Linhares Maciel

Banda Porcas Borboletas em show

No semestre seguinte, o Porcas fez o primeiro show em um palco maior, na Calourada. A partir daí, a banda ganhou mais visibilidade e extrapolou as fronteiras de Uberlândia. “Aproveitamos o contexto da Universidade para nossas primeiras saídas. Tocamos em vários congressos e encontros estudantis no Brasil inteiro, principalmente em 2000 e 2001”, comenta Enzo Banzo, vocalista e violonista do grupo. Os anos seguintes foram de crescimento. Em 2005 foi gravado o primeiro álbum, “Um Carinho com os Dentes”, viabilizado pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, e o grupo circulou por vários festivais do país na turnê de divulgação do disco.

Dom Capaz já virou toque de celular O começo de quase toda banda costuma ser bem parecido. Ensaiar bastante é o primeiro passo e o estúdio, às vezes, é improvisado. Para a Dom Capaz, o espaço conseguido foi a UFU. Depois de dar sinais de crescimento – como o lançamento do segundo videoclipe e o planejamento de segundo EP – eles se lembram do único local que tinham para mostrar sua música. Mesmo depois de ter conquistado palcos de festivais nacionais, a possibilidade de tocar na UFU é sempre bem-vinda ao Dom Capaz. “O público de lá tem muito a ver com a gente, é o que a gente tem mais proximidade. É muito bom que as pessoas possam ir lá de graça para escutar o nosso som”, diz Lucas Paiva.

O baixista Felipe Tavares enxerga todo o processo interligado. “A banda passou por transformações, mudaram alguns integrantes, a linha das músicas está diferente, ganhamos mais prática nas composições e isso faz parte do processo”. O baixista é o integrante mais novo, mas sabe da importância do espaço universitário para a Dom Capaz. Para ele, sempre existe a vontade de tocar na Universidade para fortalecer e ganhar mais público da cidade onde moram.

Tamboril divulga arte universitária O Grupo Tamboril de Arte Independente é uma iniciativa artística que surgiu dentro da UFU, com o intuito de escoar a produção universitária nas áreas de cultura, teatro, fotografia, literatura, música e audiovisual para o circuito independente de Uberlândia. O Tamboril conta hoje com cinco integrantes ativos e parcerias dentro e fora da instituição. Não rejeita as manifestações culturais que ocorrem fora do circuito estudantil, mas admite que a inclusão no espaço universitário contribuiu para essa confluência de estilos, artes e pensamentos. “Estar num âmbito acadêmico só ajudou, porque aqui dentro do campus tem essa necessidade, você vê que tem muito artista e muita gente que não tem produção para os seus projetos. A academia, com certeza, dá muito mais legitimidade para o grupo ter esses recursos”, explica Gabriel Pontes, 23, representante do audiovisual.

Baterias são atração à parte em eventos acadêmicos Som das charangas marca presença nas olimpíadas universitárias e integra alunos Natália Faria e Suzana Rosa

As Olimpíadas Universitárias da UFU voltaram a ser realizadas no ano passado e trouxeram à tona a disputa entre as charangas da Universidade na abertura oficial do evento. Das 25 delegações que competiram nos jogos, quatro participaram do desafio de baterias: A Charanga (Engenharia), Medonha (Medicina), Dentadura (Odontologia) e Vaca Loca (Veterinária). Elas foram avaliadas por uma comissão composta por cinco membros da universidade, escolhidos aleatoriamente, nos quesitos animação e harmonia rítmica. A vencedora deste ano foi a Medonha. De acordo com Carla Mariana Lemes, técnica em desporto da UFU, a competição entre as baterias é um meio de elevar a qualidade do evento. “As charangas são torcidas organizadas; incentivá-las torna o evento mais bonito e valoriza a competição esportiva”, comenta.

Integração e rivalidade Marcelo Tenani, 19, aluno de Administração e membro da Mercenária, bateria da atlética Monetária, considera que as baterias permitem a integração entre diferentes equipes e o envolvimento com os jogos, mesmo para quem não é atleta. “Fiquei surpreso por ter chegado a um ensaio e a galera da Charanga estar lá tocando e bebendo com a gente”, conta. No passado, porém, havia mais brigas e provocações, conforme lembra Eduardo Macedo, funcionário da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PROEX), que teve opor-

Natália Faria

bito da Universidade. A formação dessas associações está diretamente relacionada à realização de eventos esportivos acadêmicos e nelas são criadas as baterias. O número de atléticas vem crescendo na UFU: das 13 que existem atualmente, nove foram formadas neste ano.

Por que charanga?

Charanga é um estilo musical dançante de Cuba, com uma banda e vários instrumentos. Aqui no Brasil, o nome foi utilizado pela primeira vez, em 1942, para nomear a Charanga Rubro-Negra, torcida organizada do Flamengo. A partir daí, as baterias de torcidas organizadas passaram a ser chamadas de charangas. A bateria da Engenharia da UFU aderiu à tendência e foi denominada pelos seus integrantes não como uma charanga, mas como “A Charanga”. Charanga: a bateria das engenharias nas olimpíadas universitárias

tunidade de vivenciar algumas olimpíadas universitárias como atleta na sua época de estudante. Para ele, as baterias são uma tradição e devem ser incentivadas pela direção da universidade. O coordenador da Charanga, Pedro Henrique Brito, 19, aluno de Engenharia Elétrica, explica que, por existir há 41 anos, A Charanga auxiliou na formação da bateria da Medicina, mas garante que cada uma tem sua identidade: “hoje em dia estamos mais consolidados nesse sentido;

eles têm mais autonomia, a gente também”. O aluno de Medicina Lucas Cota, 20, concorda: “Tem alguns toques que são básicos, mas cada uma tenta inovar de algum jeito”. Apesar da rivalidade, os alunos consideram a disputa saudável.

Atléticas: incentivo ao esporte As Associações Atléticas Acadêmicas (AAA) são criadas com o objetivo de incentivar a prática esportiva, recreativa e competitiva no âm-

Como criar uma Atlética?

Os alunos que queiram formar a sua associação, que pode ser de um ou mais cursos, devem comparecer à Divisão de Esportes e Lazer Universitários (DIESU), localizada no campus Educação Física, situado na Rua Benjamin Constant, 1286, Bairro Aparecida. Os telefones são (34) 32182959 e 3218-2960.


Cultura e arte em 16 mm

Película perfeita

UFU e Secretaria da Cultura oferecem projetos de apoio e divulgação de cinema em Uberlândia

Paula Arantes

Harry Potter e as Relíquias da Morte Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) têm uma nova missão: localizar e destruir o segredo da imortalidade e destruição de Voldemort: as Horcruxes. Cada um deles recebe um presente revelado pelo testamento de Dumbledore e o trio descobre a origem das relíquias da morte. Estreou internacionalmente nos cinemas no dia 19 de novembro.

Elisa Chueiri

O fato de existir um único cinema na cidade não limita as possibilidades de acesso ao gênero. A Universidade Federal de Uberlândia e a Secretaria Municipal de Cultura, por meio de projetos, tentam ampliar os conteúdos relacionados a filmes e documentários, com o intuito de garantir o alcance a públicos variados, pertencentes a qualquer estrato social. O “Cinema na UFU” é uma parceria dos projetos “Allons au Cinéma” (mostra de cinema francófono) e “Ciclo de Cine Argentino”, do Instituto de Letras e Linguística (ILEEL). O “Allons au Cinéma” comemora três anos de existência em dezembro de 2010. Já a mostra de cinema arElisa Chueiri

Paulo Torres, ao lado de projetor de cinema em 16mm de 1940, exposto na Casa da Cultura

gentino foi criada em 2009 e recebe apoio, além do ILEEL, do Consulado Geral da República Argentina, em Belo Horizonte. Mesmo fazendo parte de um projeto de incentivo, Maria Stela Marques, uma das coodenadoras do “Allons au Cinéma” fica triste ao pensar que o cinema da cidade é totalmente voltado para o mercado, sem uma preocupação cultural. "O cinema peca ao supor que o público não vai se sentir atraído por outros tipos de filmes”, afirma. Outro projeto em desenvolvimento na Universidade é o “Cinema no Campus”, organizado pela Diretoria de Cultura (DiCult) desde 2008. No momento, as exibições estão pausadas, pois o projeto está em fase de reformulação e expansão. Também envolve filmes que não entram no circuito comercial. “São filmes de arte, sobre os quais se tem outra preocupação”, afirma a Diretora de Cultura, Irlei Margarete Machado. A DiCult também promove o “Cinema na Roça”, na zona rural. Atrelado ao Núcleo de Estudos Canadenses (NEC), há o projeto “Cine Canadá”, uma realização do PET Letras. Lorraine Belz Silva, estudante do 8º período do curso de Letras e integrante do PET e da comissão organizadora do Cine Canadá diz que o objetivo do NEC e do projeto é divulgar a cultura canadense. Conta também que os filmes, dificilmente encontrados em locadoras, são emprestados pela Embaixada do Canadá. Além da UFU, há incentivo da prefeitura. Um dos projetos mais antigos da

Letra a letra McFly ‐ Above the noise

Penso, logo clico

Rihanna ‐ Loud

www.sensacionalista.com.br

Este blog cria “notícias” de forma engraçada. Sugestão: leia a “notícia” Mineiro chileno se emociona ao saber que sua mulher está grávida de 5 semanas.

www.scriptease.tv

Totalmente uberlandense, o scriptease.tv é um pouco comédia e um pouco documentário e possui um estilo único de “um canal de TV, fora da TV”. www.nadaver.com/tag/problogger/page/2

A série Perfil volta para homenagear um grande cantor e compositor do cenário musical brasileiro. Neste CD estão os sucessos de Jorge Mário da Silva, o Seu Jorge, dono de um timbre inigualável e ginga tipicamente brasileira. Destaque para canções como “Mina do condomínio” e “Burguesinha”. O quinto álbum da cantora de Barbados será lançado no mês de novembro e marcará uma nova fase em sua carreira. O single de estreia é “Only Girl (In the World)”, cantado ao vivo no MV EMA 2010. Em sua segunda semana de divulgação, alcançou a terceira colocação no Bilboard Hot 100.

Saindo do forno

Vítor Ferolla

Aline de Sá

O álbum marca o retorno da banda britânica para a gravadora que lançou seus três primeiros discos, a Island, e a uma mudança em seu estilo musical. Os singles "Party Girl" e "Shine a Light" estão presentes no CD, com previsão de lançamento para novembro de 2010.

Seu Jorge – Perfil

Secretaria de Cultura de Uberlândia, o “Cineclube Cultura” existe desde 1984 e tem o objetivo de ampliar o acesso da população ao conteúdo cinematográfico. O projeto acontece na Oficina Cultural, em uma sala com capacidade para 80 pessoas, aos sábados e domingos, às 20horas. Os filmes exibidos raramente estão nos cinemas e na televisão. “É uma programação cultural, totalmente financiada pela prefeitura”, explica Paulo Torres, responsável pelo setor de audiovisual da Secretaria. Há também o Reflexões de um Liquidificador projeto “Cinema para Todos”, que exibe filmes em escolas da periferia da cidade e A história de humor é narrada na zona rural. “A secretaria de cultura por um liquidificador (dublado por Selcresceu muito. “Uberlândia é privilegiada, ton Mello) que conversa com sua proporque é muito raro uma cidade de interior prietária, Elvira (Ana Lúcia Torre). Os ter uma estrutura como a que tem aqui. Há dois são, na verdade, cúmplices de um um incentivo muito grande”, comenta. crime: o assassinato de Onofre, marido O Cineclube possui telão, mesa de de Elvira, que foi moído no liquidificasom e iluminação e as mostras são organidor. O filme brasileiro foi lançado em zadas por temas mensais. Paulo faz a curaagosto e não fez a rota comercial. doria, mas as sugestões do público que frequenta também são consideradas. Além das sessões de cinema, o projeto prevê o diálogo da cinegrafia com outras formas de O Último Voo expressão artística, como exposições de arO famoso piloto inglês Bill Lante, apresentações de dança e música. Ele caster desaparece no deserto do Saara conta que quando foi organizado um condurante uma tentativa de recorde na certo musical de jazz, associado a uma seletravessia entre Londres e o Cabo. Sua ção de filmes com trilha sonora do mesmo esposa tem uma única obsessão: encongênero, “o sucesso foi estrondoso, muita trá-lo. Para continuar a busca, ela se une gente não conseguiu assistir, só pôde ouvir a uma perigosa expedição em território do pátio”. Os filmes exibidos são parte de tuareg, na tentativa de encontrar seu um acervo particular de Paulo, alguns são grande amor. Lançamento nas locadoalugados, e outros emprestados por ras. colecionadores.

Tirinhas cômicas sobre personagem que é um blogueiro profissional. diversita.blog.br/blog

Blog sobre cinema, teatro, literatura, música e tecnologia criado por um mestrando em Culturas Midiáticas Audiovisuais na UFPB. www.10real.com.br

Venda ou compre seus serviços/produtos por 10 reais.

Cindhi Belafonte

John Lennon: o ídolo que transformou gerações Gary Tillery

Três décadas após a morte de John Lennon, a Universo dos Livros lança a biografia do cantor e compositor. A obra traz fatos inéditos, como a criação dos Beatles e o romance com Yoko Ono. O livro é a chance de conhecer a história deste ícone da música. A garota Einstein Philip Sington

Na Alemanha de 1932, uma jovem é encontrada desacordada em um bosque de Berlim. Após sair do coma, não se lembra de nada. O psiquiatra Martin Kirsh assume seu caso, mas durante o tratamento, se envolve emocionalmente com ela. Já está disponível nas livrarias, pela editora Objetiva.

O Triângulo Mineiro, do Império à República Luís Augusto Bustamante O livro de Luís Bustamante aborda as alterações territoriais do Brasil no século XIX. A obra é lançamento da EDUFU e pode ser adquirida em suas livrarias. Alunos da Universidade Federal de Uberlândia têm desconto de 35%.


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