ALMANÁUTICA
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EDITORIAL
Shhhh! É segredo!
E
mbora a seleção final dos filmes concorrentes ao Oscar para a categoria de melhor filme estrangeiro ainda deva ser definida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, uma comissão do Ministério da Cultura indicou o filme “Pequeno segredo”, de David Schürmann para a vaga brasileira. Para suicídio de alguns, e alegria de outros (eu!). Dezesseis filmes disputavam essa vaga. Segundo Alcino Leite Neto, da Folha de São Paulo, o filme “é um oceano de clichês e sentimentalismo. A narrativa é piegas, as imagens são piegas, a banda (sic) sonora é piegas, a direção é de uma platitude sem fim. Nem a talentosa Júlia Lemertz salva-se do naufrágio, enroscada em uma encenação monocórdia e maçante. É dos piores filmes brasileiros recentes”, massacrou o “sábio”. Talvez a critica se explique pelo fato do filme queridinho da esquerda – Aquarius (dirigido por Kléber Mendonça Filho e estrelado por Sônia Braga) – ter sido preterido pela atual Comissão do MinC. Mendonça lamuriou-se ao saber da decisão: “A escolha já era esperada e está em total sintonia com a realidade política do Brasil”. No filme, Clara (Sônia Braga) mora em um apartamento da Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, uma construtora consegue adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia. As críticas de Alcino em http://www1.folha. uol.com.br/ilustrada/2016/09/1812668-cliche-pequeno-segredo-e-dos-piores-filmes-brasileiros-recentes.shtml são meras opiniões rasas de quem não entende a base da estética da arte e da linguagem cinematográfica. Preferiu uma critica-deboche. De concreto, no auge de sua escrivinhação, diz: “Tudo segue aos solavancos” e “personagens que são apenas espectros”. Aqui podemos concordar ou não, mas é a única coisa baseada em algum conceito técnico. No mais tenta disfarçar sua opção política travestida de crítico de cinema: “Havia 16 filmes... Muitos deles abordam temas sociais fortes, como a ganância dos empresários, a luta pela sobrevivência, a repressão policial nas favelas, o racismo...”. Imagino Alcino criticado “Bonequinha de luxo”, “Mágico de Oz” ou os filmes de Mazzaropi... Parece que ele optou pela gourmetização da luta pela moradia. Esqueceu-se que cinema também pode ser distração, diversão, experimento, arte, documentário, reflexões sobre cotidiano, como enxergamos os outros. Como se mostrar sua revolta lá de “New York” fosse construir alguma coisa... Alcino, basta assistir o trailer e ver que o filme é muito bem realizado. Faça o seguinte: Pegue um veleiro e vá a Noronha ou Abrolhos. Leia uns livros no caminho. A Família Schürmann tem uns bons... Leve uns de estética da arte também. De cinema... O anúncio oficial dos indicados ao Oscar será feito somente em 24 de janeiro, e a cerimônia ocorre dia 26 de fevereiro... Até lá poderemos ver os dois filmes e tirar nossas próprias conclusões.
Murillo NOVAES De volta ao mundo! Olá querido leitor de alma náutica. Eis que estamos aqui na ressaca pós-olímpica assistindo a mais um episódio da interminável série “Brasil varonil rumo à ponte que partiu”. Ou outras rimas... Enquanto boa parte da inteligência(?) nacional se refugia em um dos dois lados de uma mesmíssima, ferruginosa, carcomida e antiga moeda, fingindo, claro, não saber disso e enquanto vemos vários de nossos amigos se digladiando e se enraivecendo para defender posições indefensáveis, em uma ou outra direção, a beleza dos veleiros, do vento que sopra suave em nossas faces e o farfalhar das ondas nas proas de nossos barcos dão algum alento. Ainda bem! No entanto, pus-me a refletir sobre o momento ímpar por que passa nosso país, nosso mundo e nossa, dita, humanidade. O fato é que ao vermos o vicejar da intolerância, a defesa cínica da desigualdade, do preconceito, da violência, da segregação, da intransigência, do “sempre foi assim”, da manutenção, hipócrita, tola ou maldosa, do status quo, do “estado em que as coisas se encontram” – que levará, inevitavelmente à destruição de nossa nave-mãe Terra e de nossa espécie –, ou, pior ainda, a pregação fundamentalista, portanto ignorante e reducionista, de qualquer grupo, político ou religioso, de um suposto retorno a um passado onde, idealmente, estava a solução de tudo e o bom mundo (como se fosse possível fazer história de marcha à ré e como se a solução de qualquer coisa
não estivesse inexoravelmente no futuro), nosso coração marítimo sofre. Sofre porque aqueles que realmente aprenderam a navegar, que realmente aprenderam a admirar e respeitar o mar e sua natureza, no sentido mais amplo do termo, sua diversidade, grandiosidade, energia e beleza, sabem que força, violência, sofreguidão, vontade demasiada, imposição, soberba e egoísmo só levam ao desastre. Eu mesmo sofri uma dura lição para ser lembrado disto. Aqueles que aprenderam a ajustar seus panos, a ler o vento, as ondas e as correntes, a adaptar e coadunar seu barco e seu rumo às condições presentes, ao invés de desafiá-las ou ignorá-las, sabem que, como disse sabiamente o gênio Charles Darwin (a quem toda a genética e medicina moderna, que salva cada vez mais vidas, deve tudo e apesar disso alguns ignorantes insistem em negá-lo), a natureza, portanto a vida, (inclusive a dos homo sapiens ou seríamos agora homo stupidus?) se produz e reproduz em evolução e adaptação constantes. E, ao contrário do que gostam de pregar algumas ideologias, a sobrevivência, no tempo e no espaço, nesta infinita guerra da existência não é a dos mais fortes, dos mais inteligentes, dos mais duros e nem mesmo dos mais capazes, é sim dos mais adaptáveis, dos mais maleáveis, dos que mudaram, inovaram, daqueles que souberam ou conseguiram, por mérito ou acaso, se adequar melhor às sempre cambiáveis circunstâncias do ambiente em que vivem. Os homens do mar o sabem empiricamente! E o que falar do nosso ambiente hoje? O que falar do ambiente filosófico, político, moral, cultural, ético, econômico? O que falar do meio ambiente, da natureza,
Crônicas Flutuantes Ah! O amor!
Graciosa, um ilhote ao norte de Lanzarote, ilha mais ao norte do arquipélago das Caná¡rias, terras há muito pertencentes ao império espanhol. Muitos e importantes fatos narram a história do lugar, desde a maior explosão vulcânica já documentada por homens e mulheres lá pelos inícios dos 1700, até o exílio voluntário (?) de um dos maiores escritores que a língua portuguesa conheceu ao alertar aos da terrinha sobre a possibilidade da não existência de deuses e demônios e passou quase a persona non grata em terras de Cristiano Ronaldo onde nasceu e escreveu a maior parte de sua obra. Pois é nesse ilhote agregado a Lanzarote que estamos. Há aqui uma pequena vila, outrora de pescadores, hoje sustentada por turistas, em sua maioria europeus. Uma marina - pra lá de simpática, águas transparentes, belos e mansos peixes passeando por baixo dos inúmeros veleiros e pequenos barcos de pesca, suficientemente organizada e... preço justíssimo ainda não praticados por Tupiniquins e Tupinambás - abriga o Kuarup, veleiro do meu querido amigo Fábio Tozzi,sobre o qual já vivi aventuras e aventuras. Daqui a dois dias - escrevo essa crônica aos 03/10/2016 -, pretendemos zarpar para o Brasil com paradas previstas em Cabo Verde, Fernado de Noronha,Atol das Rocas e finalmente João Pessoa e Salvador. O Kuarup já carrega muitas primaveras; foi feito na França em 1977, mas continua, Ricardo Amatucci - Editor apesar da idade, muito bem armado. Em
suas partes, por assim dizer, fundamentais, não nos deixa preocupados; coisas corriqueiras, no entanto, podem eventualmente causar pequenos desconfortos: um fogão preguiçosamente entupido, pequeno pinga-pingas aqui e acolá, uma maresiazinha incontrolável que causadora de algumas artroses nas juntas do piloto de vento e etc. Tudo, no mais das vezes, resolvido com um pouco de bom senso, paciência e boa cerveja gelada. Nessa sua viagem atual, o Kuarup saiu de Santarém, estado do Pará, desceu quase mil quilômetros o Rio Amazonas, gigante em toda sua extenção, foi ao Caribe,voou para os Açores, Ilha da Madeira e... Lanzarote; tudo isso, entre idas e vindas de seus tripulantes, em dez meses. Agora então,com seu capitão Fabio, eu, o Afrânio e o Mauricio, retornara ao Brasil, devendo fincar amarras em Florianópolis. Do velejar por aíi, coisa boa demais da conta é conhecer pessoas e fazer novos amigos. Nossos vizinhos são de muitos lugares; Alemanha, Suécia, França, Espanha - claro - Itália. Todavia, por primeira vez em minhas modestas andanças - maneira de dizer - por domínios do velho e bom Netuno, tenho o prazer de ter como vizinho um barco de um cara que nasceu no maior de todos os continentes - mas que já não existe. Um lituano!, num barco de última geração. Hightec é pouco para descrevê-lo - o barco, não o cara. Anda ai ¬ por volta de seus 40...42 pés, uma popa que eu nunca tinha visto, tão larga como boca máxima, mastro de materiais exóticos, mui-
da relação do homem com seus coabitantes também plenos de vida, animal ou vegetal, igualmente tripulantes de nossa nave? O que falar da manutenção da nave em si? Como seguir navegando nestas condições? Que rumo tomar? São questões que deveriam afligir qualquer velejador terráqueo dos mares celestes neste princípio de terceiro milênio. Será mesmo que os passageiros da primeira classe acreditam que quando nosso Titanic colidir com o iceberg a parte deles do navio não afundará junto a todas as outras? Será que existem botes salva-vidas nos mares gelados da via láctea? Ou perecemos todos, finalmente, por obra de Deus ou da realidade, reduzidos à nossa tão negada, mas tão verdadeira, igualdade? Os que singram os oceanos sabem que, pela ética marinheira, mesmo o mais poderoso navio de guerra mudará seu rumo para acudir um irmão do mar em risco real, sabe que a embarcação com maior capacidade de manobra deve, obrigatoriamente, ceder ante a uma embarcação que tenha menos condições de manobrar. Convido o leitor a refletir sobre isso em termos mais amplos e humanitários. Em termos políticos e filosóficos. Será que a solução para nossos conflitos é mesmo a intolerância ao diverso de nós, o isolamento em nossas próprias crenças, o desprezo pelo outro e pelo diferente? Ou poderíamos, com a ação coordenada de todos os tripulantes, com tolerância, paciência, integração, cooperação e boa vontade navegar melhor por estes tempos que se mostram tão tempestuosos? Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Coluna do escritor José Paulo de Paula to fino e leve,cruzetas enormes lembrando pequenas asas, quilha que se move com a inclinação, sistema elétrico integrado com moderníssimas baterias de níiquel/cádmio. Se passa, todavia, que essa novíssima maquina de velejar vem tendo comportamentos, digamos, ligeiramente rebeldes - não vou entrar em detalhes para não entediar desnecessariamente o leitor - que se encarregaram de fornecer ao nosso novo amigo lituano algumas apreensões que o estão deixando com encanações maléficas, de maneira que, momentaneamente parece hesitar na retomada dos rumos delimitados por seus sonhos. Fiquei a conjecturar filosofias sobre os bons e velhos barcos simples quando comparados aos mais modernas, difíceis de serem consertadas e que necessitam para tal seres humanos dotados de conhecimentos sofisticadíssimos e especializados, mas que, lamentavelmente, não são encontrados facilmente em qualquer esquina. Confesso certa confusão a respeito e não sei como poderíamos ajudar nosso novo amigo. No entanto ele tem um trunfo inquestionável sobre nós que, tenho certeza, o fará perder seus temores e retomar os tais rumos; está acompanhado de uma garota, também lituana. Uma garota... Como poderia descrevê-la? Uma garota absolutamente graciosa... José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros “É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que podem ser encomendados em zepearte@gmail.com
Umas e Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
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Eduardo Sylvestre Capacitar para transformar Fevesp e CBvela tem investido em qualificação para o Instrutor e técnico de Vela
a lio Vian Por Hé
Desapega Mara, desapega... Você conhece o Hashtag Sal? É um canal no YouTube com uma série de entrevistas com pessoas que escolheram morar no mar. Muita gente já passou pelas lentes sensíveis de Adriano Plotzki. A regra é que ele chegue até o entrevistado em seu barco, o Brutus, levando junto o fotógrafo Ernani Oliveira ou, às vezes, Aline Sena, a misteriosa senhora #Sal, que mostrou a cara na visita a Amyr Klink, na marina do Engenho, em Paraty. Amyr nos conta, em um longo bate-papo, que “barco é uma máquina diferente de um carro, barco é uma máquina que tem um grau de ociosidade muito grande, aonde a grande sacada é o uso compartilhado”. Vi uma pesquisa, não lembro onde, que nos Estados Unidos há mais de 12 milhões de barcos registrados, porém a média de uso por ano é de apenas 30 dias - talvez por conta do inverno rigoroso. Já em nosso paraíso tropical, se você não usa o barco ao menos 45 dias por ano, é melhor partir para o aluguel. Ou para a propriedade compartilhada. Aqui em Angra dos Reis, na BR Marina, já existe este tipo de serviço. Funciona assim, como simplificou Renata Liu, sócia da SailAbout: ao invés de comprar um barco inteiro, você adquire uma cota e cada cotista é proprietário dessa fração. Como em um condomínio, existe uma convenção onde os sócios têm direitos e responsabilidades iguais sobre o barco. As despesas com manutenção e limpeza, seguro e estadia na marina são divididas entre os cotistas. Ao contrário do modelo de time share, os sócios do bem adquirido sequer precisam ser amigos, nem mesmo conhecidos. O cliente é o dono do barco e pode vender sua parte quando quiser. Nos idos de 1985 compartilhei um Rio 20 em sociedade com meus sogros e a experiência foi boa. A chave para o sucesso é uma boa adiministração com um contrato bem redigido, tipo pré-nupcial (se a sociedade for pras cucuias, faça como o casal da comédia A Guerra dos Roses). O pulo do gato é o próximo a usar o barco não perder horas em manutenções e o receba limpinho, abastecido, com roupa de cama e banho cheirando a amaciante e até sua escova de dente no armário do banheiro. E o barco ainda pode ser alugado para charter que, dependendo do movimento, paga as despesas e ainda sobra um troco para a cerveja! Lembre-se que estas despesas levam, por ano, quase 10% do valor do bem, diz Renata. Sem levar em conta a cerveja, digo eu. Tenho usado pouco o MaraCatu. Estou passando uma chuva, e como chove!, em um apartamento da família no Bracuhy. Nesses tempos bicudos até já penso em abrir cotas para sócios. Difícil mesmo vai ser convencer minha mulher a compartilhar o seu barquinho. Desapega Mara, desapega... Mais sobre o pau do burro
Muitos leitores ficaram curiosos quanto ao personagem da última coluna “O pau do burro”. Ele também está no Hashtag Sal, é o “Espírito de Lancheiro”, nos episódios 31 e 32. Pesquisa lá! Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com
Todos sabem que trabalho na World Sailing e dou cursos para capacitação de instrutores e técnicos nível 1, 2 e 3 ao redor do mundo. O que muitos não sabem é que estes cursos de capacitação da World Sailing estão disponíveis através da Federação Estadual de vela que é ligada a CBVela, e muitas vezes sem custo algum para clubes federados. Após 3 anos de intensa dedicação da FEVESP/CBVela para expandir o nosso esporte com padronização de ensino, qualificação de instrutores e técnicos com metas claras e objetivas, começamos a ver algumas mudanças e alguns frutos que podem ser vistos em vários pontos do Estado de São Paulo, como Escola de Vela do YCSA, Paulista, Escola Municipal de Vela de Ilhabela, São Sebastião e até mesmo em Parati, RJ. Roberta Cosulich, uma velejadora apaixonada pelo nosso esporte e sócia do SPYC na Represa de Guarapiranga é um destes frutos. Quando ela e seu marido levaram seu barco para Parati, teve contato com o Instituto Náutico Parati (INP), uma escola de vela simples com 10 alunos e 6 barcos, que ensinava crianças a velejar aos Sábados e começou a então a colaborar com a Escola. Ao descobrir que a FEVESP dava curso de capacitação, viu nisso uma oportunidade de transformação e prontamente se inscreveu no curso Nível 1 de Instrutores que seria dado no SPYC (São Paulo Yacht Club). Fez este curso 3 anos atrás, junto com vários outros instrutores de São Paulo, Santos, Ilhabela e São Sebastião. “Em 2013 nos mudamos para Paraty definitivamente e meu envolvimento
com a escola se tornou integral. Para poder fazer um bom trabalho e com o apoio da CBVela, Fevesp e Feverj, acabei fazendo o curso gratuito oferecido pela Fevesp e ministrado pelo Eduardo Sylvestre, onde tive contato com outros 10 alunos como eu, interessadas em lecionar vela para crianças. O curso foi um divisor de águas no desenvolvimento do INP. Melhoramos nosso curso, sistematizamos processos internos e a evolução das aulas aplicando o tema Segurança, Aprendizado e Diversão além de muitas outras ideias inovadoras. Com isso conquistamos as crianças e os pais delas, que tinham medo de ver seus filhos sozinhos velejando. Paraty é uma belíssima cidade histórica do Brasil conhecida mundialmente e, infelizmente, tem uma miséria decorrente dos subempregos gerados pelo turismo muito grande. Por este motivo o perfil do aluno da escola mudou. Antes deste curso Nivel 1 para Instrutores, nossas aulas aconteciam somente aos sábados. Depois de analisada a situação da cidade, juntamente com outras Ongs, entendemos a necessidade de atender ao contra turno das escolas públicas para que as crianças não ficassem na rua a disposição dos traficantes e da prostituição”, diz Roberta Hoje a escola atende alunos durante toda a semana e com ajuda de proprietários e clubes como YCSA, o INP tem um total de 22 veleiros doados (Optimist, laser, HC14). Além de aulas de vela, regatas e passeios diversos, o INP oferece formação profissional para os alunos na área de marcenaria, reparação em fibra de
vidro integrando e dando oportunidade de emprego para os seus alunos no mundo náutico. “Ver uma criança que não tinha perspectiva na vida aprender a velejar, desenvolver sua autonomia e segurança é absolutamente compensador. Uma criança que comanda seu barco, para onde quer, como quer, que o concerta quando quebra e que é capaz de ensinar o que sabe a outra pessoa, nunca mais será a mesma. Ela desenvolveu sua dignidade!”, completa Roberta. Hoje o INP é uma esperança para várias crianças que voltaram a ter acesso ao mar e tem como coordenadora a Lais, que é uma ex-aluna que conta com três professores, todos ex-alunos da Roberta. Como esta história temos também várias outras onde todas tem em comum a capacitação promovida pela CBVela através da federação local com o aval da World Sailing. A Fevesp já formou 75 instrutores, minha esperança é que milhares possam ser formados em todos os Estados do Brasil e sim fazer a diferença para o nosso esporte a Vela descobrindo novos talentos e despertando o Cidadão Solidário dentro de cada um de nós. A Fevesp estará promovendo um curso nível 2 ainda este ano e em Janeiro mais um curso nível 1. Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
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Ano 05, número 27 nov/dez de 2016 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br
Foto da capa: Mussulo 40, que participará da Regata Cape2Rio. Foto: Ricardo Cardoso