Revista Versa Edição 03

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tendem a custar mais, porém, se analisarmos todo o processo, mais o ganho no custo pós-utilização, o resultado se inverte e passa a ser favorável. As verdades de antigamente não valem para o mundo que está nascendo, que só terá futuro se o fizermos sustentável. Portanto, o custo da sustentabilidade não será medido por cifrões e sim pela nossa disposição de construir um futuro digno e um mundo muito melhor

Produtos sustentáveis

Alguns requisitos na hora da escolha dos produtos sustentáveis devem ser verificados, como observar se tem algum selo ou aprovação de entidades com credibilidade no mercado, se faz parte de uma cadeia de produção de baixo impacto socioambiental (desde a extração da matériaprima até o transporte, embalagem e descarte na natureza), se o produto é fabricado por empresa responsável e consciente, se colabora na redução do consumo de água e energia ou se é feito à mão por comunidades tradicionais. Algumas aplicações simples já podem ser inseridas no cotidiano das pessoas: Iluminação natural: priorizando o maior aproveitamento possível de luz natural no interior da casa, o que evita maiores consumos de energia elétrica. Iluminação artificial: embora com uma eficiência energética menor do que as lâmpadas convencionais e um custo superior, a lâmpada do tipo “led” consume menos energia e ainda oferece uma vida útil muito superior. Também há as fluorescentes, que duram mais, consomem menos eletricidade e já estão disponíveis em várias formas e nas cores branca e amarela. Eletrodomésticos: prefira eletrodomésticos com selo Procel, Programa Nacional de Conservação de Energia

Elétrica, criado pelo governo para ajudar o consumidor a escolher os produtos que apresentam alta eficiência energética. Economia de água: torneiras com temporizador e válvulas inteligentes com dois tipos de acionamento para os vasos sanitários, são soluções simples que trazem grandes economias. Madeiras: verifique a procedência dos móveis e objetos de decoração e prefira aqueles que possuem selo verde. Opte também pelo MDF ecológico, livre de formaldeídos, o principal componente poluente.

Madeiras de demolição também são uma grande pedida.

Materiais: procure produtos que geram menos impacto ambiental. Tintas com base de água, que não emitem gases nocivos, bambu e ladrilhos hidráulicos que não são queimados. Os chamados ecomateriais que utilizam-se de elementos descartados, como casca de coco, telhas ecológicas feitas à base de fibra vegetal ou a partir de tubos de creme dental, alumínio, pneus, garrafas pet, fibras naturais, jornais e vários outros materiais recicláveis podem ser aplicados de forma criativa.

Material eco-sustentável: as cascas de coco geradas pela indústria alimentícia, depois de processado mecanicamente, vira pastilhas, que são montadas em placas, lixadas, testadas e embaladas. Prontas, elas cobrem paredes e até pisos e também enfeitam bancadas de lavatórios, molduras e lareiras. Disponível em 13 tipos de diversas cores, em placas de 42 x 42 cm ou 42 x 84 cm, já impermeabilizadas. O preço varia na média, R$ 300 o metro quadrado.²

O estúdio italiano Marcs Design cria objetos de decoração com materiais que deveriam ser descartados, com a convicção de que o futuro do design seja sustentável. Aquilo que o cliente pede para ser recuperado é reinventado em formas e funções dos objetos.

Copos iluminados: Levar uma caneca cerâmica ou de plástico para o escritório é uma boa alternativa para reduzir o uso de copos plásticos descartáveis. A luminária Copólios reaproveita os copinhos descartados após o uso, dando-lhes nova função. A peça tem 60 cm de diâmetro.

abr/2010

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