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Revista World
Sorriso 36 Anos
PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO CONTRA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA “O principal a se compreender é que perder “xixi” não é normal. Muitas mulheres ainda consideram normal perder urina em algum momento da vida. A verdade é que essa condição pode trazer muitos transtornos físicos, comportamentais e emocionais. Uma minoria dessas pacientes relata esse problema aos profissionais de saúde”, explica Dra. Marina.
A Incontinência Urinária é definida como qualquer “perda involuntária” de urina. Acomete grande parte da população, principalmente mulheres. Em média, 26% das mulheres dos países em desenvolvimento, como o Brasil, apresentam esta condição de saúde, sendo aquelas com idades entre 45 e 60 anos as mais acometidas. De acordo com a Dra. Marina Fernandes, médica ginecologista e especialista em uroginecologia, fatores como idade, obesidade, tabagismo, sedentarismo, asma, diabetes, menopausa, má alimentação, constituição física, gestação e parto, podem estar relacionados com um maior risco de desenvolvimento de Incontinência Urinária.
Dra. Marina Silva Fernandes Médica Ginecologista e Obstetra CRM/MT 12930 | RQE 6168 • Médica formada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA-SP), 2006 a 2011; • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012 a 2015; • Residência Médica em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal Obstetrícia Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016 a 2017; • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela AMB; • Título de Mestre em Ciências, Pós-Graduação em Ginecologia (UNIFESP), 2021; • Membro da Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
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Tenho Incontinência Urinária, e agora? Nesses casos, a avaliação por um profissional de saúde é o primeiro passo. “A maioria das mulheres que apresenta incontinência urinária pode ser tratadas com adequação da ingestão de líquidos, mudanças comportamentais e fisioterapia pélvica”, completa. Incontinência Urinária NÃO é “bexiga caída” Outro dado relevante, a maior parte das mulheres confunde Incontinência Urinária com o Prolapso Vaginal, que é a perda do suporte dos órgãos pélvicos gerando a descida das paredes vaginais e a exteriorização destas através do introito vaginal. O diagnóstico diferencial é importante, pois o tratamento é diferente.
Prevenção A continência urinária é um fenômeno que depende de vários fatores. Além disso, o ato de urinar tem uma fisiologia complexa. Ao longo da vida, hábitos de vida e comorbidades podem ter um papel relevante no desenvolvimento de disfunções miccionais. É importante ter em mente que a Incontinência Urinária não é uma doença, mas sim uma condição de saúde que necessita de investigação e tratamento. “Porém, o elemento chave é a prevenção. Identificar fatores de risco, como citado acima, é de fundamental importância. Entender os hábitos miccionais e comportamentais pode atenuar boa parte dos sintomas. Ser avaliada por um profissional experiente no assunto faz toda a diferença. A fisioterapia pélvica é uma aliada no tratamento e na prevenção da Incontinência Urinária, assim como de outras condições ginecológicas”, pontua a ginecologista.